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Estrutura de sistema de custos e preços para produção industrial

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

TIAGO GABBI

ESTRUTURA DE SISTEMA DE CUSTOS E PREÇOS PARA

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

IJUÍ/RS

2013.

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TIAGO GABBI

ESTRUTURA DE SISTEMA DE CUSTOS E PREÇOS PARA

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI, como requisito parcial para obtenção do titulo de Bacharel em Ciências Contábeis.

PROFESSORA ORIENTADORA: EUSÉLIA PAVEGLIO VIEIRA

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RESUMO

Desde o seu surgimento a contabilidade tem como objetivo o controle dos gastos, receitas, custos, e despesas. Com o acompanhamento do comportamento destes itens, seus gestores visam melhorar os resultados da organização. O objetivo do presente estudo é estruturar um sistema de custos e analisar o preço atual proporcionando informações para o gerenciamento da empresa na busca pela solidificação no mercado agrícola. Realizou-se coleta de dados por meio da analise de notas fiscais de compra de matéria-prima e de produtos acabados que fazem parte do produto final, e ainda obteve-se por meio de conversas informais e por observação, onde analisou-se os dados relevantes para a pesquisa. Com os dados apurados, realizou-se a classificação dos custos pelos métodos de custeio por absorção e variável. Chegando aos preços de venda, tanto pelo preço de venda orientativo como ao realizado atualmente pela empresa e em comparação, pode-se perceber que a empresa não atinge a sua margem de lucro esperada, e consequentemente os resultados alcançados, são diferentes dos pretendidos.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Diferenças entre Custeio Variável e Fixo ...26

Quadro 02: Cálculo dos honorários administrativos ...39

Quadro 03: Cálculo da depreciação ...40

Quadro 04: Custos indiretos...41

Quadro 05: Custo por hora máquina...44

Quadro 06: Cálculo do custo com mão de obra direta...45

Quadro 07: Tempo de horas maquinas para fabricação de um equipamento...46

Quadro 08: Aços utilizados na produção do guincho...47

Quadro 09: Itens comprados prontos...49

Quadro 10: Custeio por absorção...50

Quadro 11: Custeio variável...50

Quadro 12: Preço de venda orientativo...52

Quadro 13: Preço de venda mínimo...52

Quadro 14: Margem de contribuição unitária – orientativo...53

Quadro 15: Margem de contribuição unitária – praticado...53

Quadro 16: Ponto de equilíbrio contábil – Orientativo...54

Quadro 17: Ponto de equilíbrio contábil – Praticado...54

Quadro 18: Margem de segurança operacional – Orientativo...55

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LISTA DE GRÁFICOS:

Gráfico 01: Custos Indiretos Fixos...42 Gráfico 02: Custos Indiretos Variáveis ...43 Gráfico 03: Métodos de custeio...51

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LISTA DE FIGURAS:

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7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...9 1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ...11 1.1. Tema ...11 1.2. Caracterização da Organização ...11 1.3. Problema ...11 1.4. Objetivos ...12 1.4.1. Objetivo Geral ...12 1.4.2. Objetivo Especifico ...12 1.5. Justificativa...13 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...14 2.1. Contabilidade ...14 2.2. Contabilidade de Custos ...15

2.2.1. Classificação dos Custos ...16

2.2.2. Custos Patrimoniais...18

2.2.3. Custos com Pessoal ...20

2.2.4. Custos Materiais ...21

2.2.5. Sistema de Custeio por Ordem de Produção ...22

2.2.6. Métodos de Custeio ...23

2.2.6.1.Método de Custeio por Absorção ...23

2.2.6.2.Método de Custeio Variável ...24

2.2.7. Análise de Custo, Volume e Resultado ...26

2.2.7.1.Formação de Preço de Venda ...26

2.2.7.2.Formação de Mark-up ...27

2.2.7.3.Margem de Contribuição ...28

2.2.7.4.Ponto de Equilíbrio ...29

2.2.7.5.Margem de Segurança Operacional ...31

3. METODOLOGIA ...32

3.1. Classificação da Pesquisa ...32

3.1.1. Quanto a Natureza ...32

3.1.2. Quanto aos Objetivos...32

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3.1.4. Quanto aos Procedimentos ...33

3.2. Coleta de Dados ...34

3.3. Análise e Interpretação de Dados ...35

4. ESTUDO APLICADO...36

4.1. Características da empresa ...36

4.2. Mapeamento do processo de produção...36

4.3. Apuração dos custos indiretos...38

4.4. Apuração dos custos diretos...43

4.5. Apuração da matéria prima...47

4.6. Custeio por absorção...50

4.7. Custeio variável...50

4.8. Formação do preço de venda...51

4.9. Margem de contribuição...53

4.10. Ponto de equilíbrio...54

4.11. Margem de segurança operacional...54

CONCLUSÃO...56

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INTRODUÇÃO

Atualmente a contabilidade vem se destacando no meio organizacional por exercer função vital na gestão das entidades. Com as mudanças frequentes no meio contábil, surge a necessidade da visualização de forma clara da situação patrimonial, econômica e financeira das entidades, para permitir um maior entendimento dos gestores. Esta ciência bem como o profissional desta área necessita deter conhecimentos imprescindíveis à gestão organizacional, dando ênfase aos controles das empresas nos mais variados segmentos da sociedade.

A contabilidade tem por meta o controle dos gastos, receitas, custos, e despesas visando o acompanhamento do comportamento destes itens, no sentido de melhorar os resultados da organização.

As industriais estão sempre em constantes transformações, batalhando cada vez mais em busca da eficiência e produtividade. Para isso aliam-se nas informações proporcionadas pela gestão de custos, onde os gestores retiram informações preciosas para alcançarem o menor custo possível para seus produtos e serviços, obtendo um retorno que possibilite a sua permanência no mercado competitivo.

Neste contexto, o objetivo deste de trabalho de conclusão de curso é de apresentar um sistema de Gestão de Custos e Formação de Preços na empresa Hj Usinagem Ltda, localizada na cidade de Panambi (RS), revendo os custos de um de seus produtos.

Nesse sentido, o capítulo um evidencia a delimitação do tema, questão de pesquisa, objetivos e justificativa da escolha do tema em estudo.

O capitulo dois apresenta o referencial teórico que tem por base conceitos e teorias usadas na aplicação do estudo prático, bem como a classificação do custos, métodos de custeio, tanto por absorção como variável, a formação do Mark up, a formação do preço de venda e ainda o ponto de equilíbrio e a margem de segurança operacional.

Na seqüência, no capitulo três constam procedimentos metodológicos, o qual norteou a realização do estudo prático com a classificação da pesquisa, coleta, analise e interpretação de dados.

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O quarto capítulo apresenta o estudo de caso aplicado, que realizou-se para atender os objetivos gerais e específicos, assim como responder de forma satisfatória a questão de pesquisa proposta neste estudo. Neste realizou-se a correta classificação dos custos, levantado os custos pelos métodos de custeio por absorção e variável, onde formou-se o Mark up e o preço de venda, e após, encontrado o ponto de equilíbrio e a margem de segurança operacional.

E por fim, apresentam-se a conclusão e as referencias pesquisadas ao logo do estudo visando à construção de um referencial teórico de forma a viabilizar a realização deste estudo.

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1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

1.1 Tema

A Ciência Contábil possui um campo muito amplo de atuação profissional, sendo um deles a contabilidade de custos, tendo como objetivo coletar, processar e analisar dados para auxiliar no processo de tomada de decisão. Nesse sentido, escolheu-se a área de contabilidade de custos na produção industrial de uma máquina de projetar reboco.

1.2 Caracterização Empresa

A empresa Hj Usinagem Ltda iniciou suas atividades no ano de 2010, constituída por dois sócios e enquadrada no simples nacional. Inicialmente alugou uma parte de um prédio com duas máquinas próprias, sendo que os sócios são responsáveis pelo gerenciamento e pela operação das máquinas.

Atualmente é referência na área de automação industrial e serviços especiais na área de usinagem. Conta com 16 colaboradores e apresenta um crescimento satisfatório na visão dos sócios, por ser uma empresa muito jovem, tem um faturamento mensal em torno de R$ 150.000,00 e esta enquadrada fiscalmente no simples nacional.

1.3 Problema

A Contabilidade de custos conforme Padoveze (2003) objetiva avaliar, apurar e identificar os custos de produção, para transformar em informações que facilitem a gestão da empresa no processo de tomada de decisão.

Segundo Padoveze pode-se definir custos como “a mensuração econômica de recursos (produtos, serviços e direitos) adquiridos para a obtenção e a venda dos produtos e serviços da empresa. Em palavras mais simples, custo é valor pago por alguma coisa.”

Neste contexto, a contabilidade de custos aplicada a atividade industrial, especificado na produção de um guincho frontal fixo, tem uma importância

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fundamental na analise da composição dos custos de produção, na formação de preços orientativo, os quais são comparados com os preços praticados pelo mercado, bem como na analise da margem de contribuição gerada, do ponto de equilíbrio necessário, que são informações necessárias para a gestão da empresa industrial.

Portanto, a empresa onde realizou-se o estudo, tem necessidade de saber se o preço de venda utilizado no momento esta condizente com os custos gastos para a fabricação do produto e gerando os resultados desejados para o crescimento dos negócios, buscando um posicionamento neste segmento no mercado.

Neste sentido, questiona-se: de que forma a contabilidade de custos e a analise de preços pode contribuir com informações para a gestão da empresa?

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo Geral

Estruturar um sistema de custos que proporcione informações para o gerenciamento da empresa na busca pela solidificação no mercado, na produção industrial de um guincho frontal fixo.

1.4.2 Objetivos Específicos

 Revisar a Bibliografia referente a custos, gestão de custos, métodos de custeio.

 Levantar o custo da mão-de-obra; matéria prima; despesas administrativas e operacionais.

 Apurar o custo total pelos métodos de custeio por absorção e variável.  Calcular o preço de venda orientativo e preço mínimo.

 Avaliar preço de venda utilizado pela empresa e o preço de venda orientativo, bem como os resultados.

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1.5 Justificativa

A contabilidade e a gestão de custos têm contribuído muito na gestão das empresas industriais no sentido de analisar os custos de produção e gerenciar a formação de preços e os resultados por eles obtidos.

Para a empresa onde o estudo desenvolveu-se pode trazer muitas contribuições no sentido de analisar se os custos atualmente calculados estão coerentes com os que foram levantados e se os atuais preços estão gerando as margens de resultado desejado.

Para a universidade e especialmente aos estudantes do Curso de Ciências contábeis e áreas afins este estudo pode ser utilizado como uma fonte alternativa de pesquisa na área de contabilidade de custos.

Para o acadêmico de Ciências Contábeis este estudo aprimorou os conhecimentos específicos nesta área, oportunizando assim um futuro profissional na área de custos industriais e a viabilização de novos equipamentos desenvolvidos pelas indústrias da região.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Contabilidade

A contabilidade nasce com a própria civilização com a finalidade de o homem ter conhecimento sobre as suas riquezas acumuladas. Pode ser entendida como uma ciência, a qual estuda as mutações de um patrimônio. Em síntese a Contabilidade através de suas técnicas, coleta os dados referentes as transações das entidades, agrupa-os conforme as composições do patrimônio, e a partir daí gera informações com características diferenciadas, com fins legais e fins gerenciais. Basso (2005,p. 22) , descreve Contabilidade como:

Conjunto ordenado de conhecimentos, leis princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira.

Tem como objeto o patrimônio das entidades, sendo assim, possui um campo de aplicação muito amplo, pois onde existir um patrimônio definido e delimitado, haverá a necessidade de se fazer a contabilidade.

A contabilidade só tem sentido quando gera informação relevante ao usuário, os quais são classificados nas seguintes categorias, segundo o tipo de informação que demandam:

a) Administradores, diretores e executivos – uso da informação contábil no processo decisório, contribuindo para que as decisões possam ser tomadas com o maior grau de acerto possível;

b) Sócios e/ou acionistas – uso da informação contábil para certificarem-se da real situação do patrimônio da entidade: segurança, lucratividade e rentabilidade do investimento realizado na entidade;

c) Bancos, financiadores e investidores – informações patrimoniais, econômicas e financeiras, com vistas a avaliar as reais garantias oferecidas quando da concessão de empréstimos e de aplicações de dinheiro na entidade;

d) Fornecedores – semelhantes aos bancos e financiadores, os fornecedores realizam estudos sobre as demonstrações contábeis da entidade para aquilatar a sua capacidade de liquidar obrigações e as suas possibilidades de sucesso econômico, como condizentes do credito;

e) Governos federal, estaduais e municipais – efetuam estudos sobre os dados contábeis das empresas para o planejamento e o controle de

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15 suas receitas tributaria, bem como das políticas macroeconômicas (BASSO, 2005, p.26).

Neste sentido, a contabilidade gera informações para os mais diversos usuários.

2.2. Contabilidade de Custos

A rentabilidade dos negócios vem através do aperfeiçoamento dos processos administrativos. Para a realização desse objetivo é necessário cada vez mais a presença de profissionais capacitados. Há tempos atrás a administração era feita de forma intuitiva, onde muitos atingiam o sucesso, porém na atualidade, devido a alta competitividade de mercado, a qualidade das informações gerenciais é de fundamental importância para o sucesso da organização.

Segundo Martins (1998) a contabilidade de custos nasceu da contabilidade financeira quando havia a necessidade de avaliar os estoques na indústria especificamente. Anteriormente os produtos eram fabricados por artesões, sendo que estes eram constituídos por pessoas físicas, que pouco se preocupavam com os custos de seus produtos. Todavia, naquela época, o processo de produção era muito semelhante ao processo artesanal, que entendia por custo basicamente a matéria-prima e a mão-de-obra, que eram sem dúvida os mais relevantes.

A contabilidade de custos é uma atividade que se assemelha a um processador de informações, que recebe (ou obtém) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais ( LEONE, 2000, p.21).

Por meio das informações geradas pela contabilidade de custos é que podemos tomar as melhores decisões gerenciais.

Portanto, a contabilidade de custos coleta, classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de dados internos, bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados externos. Os dados coletados podem ser tanto monetários com o físicos. É neste ponto que reside uma das grandes potencialidades da Contabilidade de Custos: a combinação de dados monetários e físicos resulta em indicadores gerenciais de grande poder informativo.

Na seqüência, a Contabilidade de Custos acumula, organiza, analisa e interpreta os dados operacionais, monetários e físicos e os indicadores combinados no sentido de produzir, para os diversos níveis de

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16 administração e de operação, relatórios com as informações de custos solicitados (VIEIRA, 2011, p.4).

A contabilidade de custos possui um vasto campo de atuação profissional, sempre com ênfase ao gerenciamento das atividades da organização e nos processos decisórios, oportunizando aos seus usuários, estabilidade e que sempre estejam preparados para enfrentar com eficiência e agilidade os problemas que as entidades possuem no cotidiano, permitindo assim um resultado satisfatório.

2.2.1 Classificação dos Custos

Muitos são os custos de uma empresa, por isso há uma classificação para eles. Segundo Leone (2000) os custos estão classificados como indiretos e diretos.

A classificação dos custos da empresa, dos produtos, das operações, enfim, do objeto que esta sendo examinado e analisado, em diretos e indiretos destina-se a fornecer informações para a determinação do montante mais realístico do custo desse objeto, bem como para o controle dos custos dos centros de responsabilidade e, de modo geral, de todos os segmentos que tiveram seus custos identificados e acumulados. Em resumo, o que quer dizer é que a diferenciação entre custos diretos e indiretos é necessária para o calculo mais realístico do custo de qualquer objeto, para a verificação da rentabilidade e da eficiência das varias atividades da empresa (LEONE, 2000, p.58).

Segundo Wernke (2001), custos diretos são os gastos facilmente apropriáveis às unidades produzidas, são aqueles que podem ser identificados como pertencentes a este ou àquele produto. Por sua natureza, características próprias e objetividade de identificação no produto são imputadas por medições objetivas ou por controles individuais como a ficha técnica do produto, sem a necessidade de rateios.

Para Leone (2000) custos diretos são aqueles custos (ou despesas) que podem se facilmente identificados com o objeto de custeio. São os custos diretamente identificados aos seus causadores, ou seja, quem consumiu aquele custo que se identifica com o produto vai ter que assumir o seu valor. Para que seja feita a identificação, não há necessidade de rateio.

Ainda conforme Leone (2000) custos indiretos são os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a um grupo ou a outro

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segmento ou atividade operacional, e caso sejam atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, serão mediante critérios de rateio. São os gastos que a empresa tem para exercer suas atividades, mas que não tem relação direta com um produto ou serviço específico, pois se relacionam com vários produtos ao mesmo tempo. Às vezes, por causa de sua não relevância, alguns custos são alocados aos objetos do custeio através de rateios. Neste caso, adotando o rateio, os custos serão considerados indiretos.

Custos fixos são aqueles que não variam com alteração no volume de produção ou vendas.

São os custos, que em determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa. Existem mesmo que não haja produção. Podem ser agrupados em: custo fixo de capacidade–custo relativo às instalações da empresa, refletindo a capacidade instalada da empresa, como depreciação, amortização etc.; custo fixo operacional – relativo à operação das instalações da empresa, como seguro, imposto predial etc. Exemplos clássicos de custos fixos podem ser apresentados por meio dos gastos com alugueis e depreciação – independentemente dos volumes produzidos, os valores registrados com ambos os gastos serão os mesmos. É importante destacar que a natureza de custos fixos ou variáveis esta associada aos volumes produzidos e não ao tempo (BRUNI e FAMA, 2004,p.32).

Incluem também as despesas operacionais do negócio, se o mesmo for de serviços, devem constar no orçamento inicial fornecido ao cliente.

A fim de que os resultados de cada serviço contratado, quando encerrado, possam ser apropriadamente determinado, é imperativo que um sistema de contas de controle seja mantido: vendas, mão-de-obra, compras e outras despesas. A conta de compras deve ser separada por atividade, de forma a permitir uma melhor aplicação dos custos...A questão concernente ao tratamento contábil dos serviços em execução não é tão complexa neste tipo de atividade como o é nas atividades industriais.Isto porque, em sua maioria, os serviços são executados rapidamente.A prática aceitável é não antecipar lucros de serviços ainda em execução,a não ser no caso de serviços de grande escala, cujos resultados(receitas e custos), considerados significativos, tenham já ocorrido em sua maior parte. Neste caso usa-se uma proporção para fins de apuração do resultado até aquele determinado período (BOMFIM e PASSARELLI, 2006, p. 193-194).

Portanto, pode-se dizer que os custos fixos são aqueles que permanecem inalterados, ou seja não têm vínculo com o aumento ou diminuição da produção,

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comercialização e prestação de serviços, permanecendo no mesmo valor independentemente do volume produzido.

Diferente dos custos fixos, os variáveis, são diretamente alterados conforme a oscilação do volume produzido.

Custos variáveis são os que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. Quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais. São todos os valores consumidos ou aplicados que têm seu crescimento vinculado à quantidade produzida pela empresa. Têm seu valor determinado em função de oscilações na atividade da empresa, variando de valor na proporção direta do nível de atividade (WERNKE, 2001, p.14).

Bomfim e Passarelli (2006, p.194), define custos variáveis como:

o custo das mercadorias vendidas do Demonstrativo de Resultado deve refletir os custos primários (materiais e mão-de-obra) somente dos serviços completados, consistentes com a as receitas relatadas no mesmo período .O estoque de materiais disponíveis ao final do período (no armazém, na loja ou nos locais de prestação de serviço), deduzido do total das compras e acrescido ao estoque inicial do período, é usado para determinar o custo das mercadorias ou materiais consumidos nos serviços executados durante esse mesmo período. Para determinar o custo de mão-de-obra nos trabalhos completados, usa-se o saldo da conta de salários diferidos no começo e no fim do período. Soma-se o custo de toda mão-de-obra paga durante o período e, dessa soma, se deduz o total da conta de salários diferido no início e o total pendente diferido no final do período. A mão-de-obra pendente é o total de mão-de-mão-de-obra paga ou reservada no final do período, referente aos trabalhos em processo de execução e não faturados até o final do período. Outros custos variáveis (como transporte, encargos sociais, etc) são tomados por estimativa na elaboração do orçamento preparado para o cliente, de forma que, quanto maior o trabalho, maior parcela de alocação dessas despesas variáveis receberá, além da alocação dos outros custos fixos operacionais.

Custos variáveis são aqueles que alteram conforme o volume produzido e o tipo de produto fabricado. São utilizados para fins gerenciais, fornecendo ferramentas que auxiliam no processo de gerenciamento da empresa.

2.2.2 Custos Patrimoniais

No custo Patrimonial temos a depreciação, que consiste na diminuição do valor dos bens do ativo resultante do desgaste do uso podendo ser considera como custo ou despesa.

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Conforme a Resolução CFC Nº. 1.136/08 depreciação é a redução do valor dos bens tangíveis pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO E RECONHECIMENTO

3. Para o registro da depreciação, amortização e exaustão devem ser observados os seguintes aspectos:

(a) obrigatoriedade do seu reconhecimento;

(b) valor da parcela que deve ser reconhecida no resultado como decréscimo patrimonial, e, no balanço patrimonial, representada em conta redutora do respectivo ativo;

(c) circunstâncias que podem influenciar seu registro.

4. O valor depreciado, amortizado ou exaurido, apurado mensalmente, deve ser reconhecido nas contas de resultado do exercício.

5. O valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exercício. Quando as expectativas diferirem das estimativas anteriores, as alterações devem ser efetuadas.

6. A depreciação, a amortização e a exaustão devem ser reconhecidas até que o valor líquido contábil do ativo seja igual ao valor residual.

7. A depreciação, a amortização ou a exaustão de um ativo começa quando o item estiver em condições de uso.

8. A depreciação e a amortização não cessam quando o ativo torna-se obsoleto ou é retirado temporariamente de operação.

9. Os seguintes fatores devem ser considerados ao se estimar a vida útil econômica de um ativo:

(a) a capacidade de geração de benefícios futuros;

(b) o desgaste físico decorrente de fatores operacionais ou não; (c) a obsolescência tecnológica;

(d) os limites legais ou contratuais sobre o uso ou a exploração do ativo. 10. A vida útil econômica deve ser definida com base em parâmetros e

índices admitidos em norma ou laudo técnico específico.

11. Nos casos de bens reavaliados, a depreciação, a amortização ou a exaustão devem ser calculadas e registradas sobre o novo valor, considerada a vida útil econômica indicada em laudo técnico específico. 12. Não estão sujeitos ao regime de depreciação:

(a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antigüidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;

(b) bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;

(c) animais que se destinam à exposição e à preservação; (d) terrenos rurais e urbanos.

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20 13. Os métodos de depreciação, amortização e exaustão devem ser compatíveis com a vida útil econômica do ativo e aplicados uniformemente.

14. Sem prejuízo da utilização de outros métodos de cálculo dos encargos de depreciação, podem ser adotados:

(a) o método das quotas constantes; (b) o método das somas dos dígitos; (c) o método das unidades produzidas.

15. A depreciação de bens imóveis deve ser calculada com base, exclusivamente, no custo de construção, deduzido o valor dos terrenos. (RESOLUÇÃO CFC Nº1.136/08-NBC T 16.9).

A taxa de depreciação corresponde o percentual de depreciação a ser lançado na escrituração entidade como custo ou despesa operacional, é definido com base no tempo de vida útil dos bens, nas taxas de depreciação vigentes, e observando a dedução do valor residual.

2.2.3 Custos com Pessoal

Dentre os custos com pessoal são dois os grupos de classificação da mão-de-obra: mão-de-obra direta; mão-de-obra indireta. Mão-de-obra direta é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração. Se for necessário rateio sob qualquer critério para distribuir o custo da mão-de-obra é classificada como mão-de-obra indireta.

Segundo Martins (2001) podemos definir mão-de-obra direta como aquela representada pelos trabalhadores envolvidos diretamente na elaboração de um determinado tipo de bem entre os vários tipos que podem ser elaborados na empresa, numa fábrica ou num setor. É a mão-de-obra cujo custo pode ser apropriado diretamente a cada um dos diferentes tipos de bens em elaboração, no momento da ocorrência do custo, ou seja, durante o ciclo produtivo da empresa.

Ainda conforme Martins (2001) pode-se definir Mão-de-obra Indireta como aquela representada pelos trabalhadores ou outras categorias profissionais que não estão envolvidos diretamente na elaboração de determinado tipo de bem, entre os vários tipos em elaboração. É a mão-de-obra comum a vários tipos de bem em produção, cuja parcela pertencente a cada tipo de produção ou função de custo é impossível de ser determinada no momento de sua ocorrência. Conforme nosso

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exemplo da padaria industrial, a mão de obra indireta corresponde ao pessoal de limpeza, vigilância, gerente de produção, ou seja, quem está no suporte para que a produção aconteça.

Para calcular o custo da mão-de-obra direta é preciso calcular qual o valor a ser atribuído por hora de trabalho, baseado na legislação e no contrato de trabalho. São direitos do trabalhador: repouso semanal remunerado, férias, 13º salário, contribuição para o INSS, remuneração dos feriados, faltas abonadas, FGTS, e outros garantidos por acordos ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias profissionais.

2.2.4 Custos Materiais

Ao adquirir materiais para a fabricação de um produto, deve-se ter o cuidado registrar todos os gastos necessários para que eles cheguem ao estabelecimento da entidade compradora. A sua correta alocação é imprescindível, pois trata-se de um dos componentes do cálculo do preço de venda.

De acordo com Martins (2001, p.124) podem-se dividir todos os problemas existentes numa empresa com a relação de materiais em três campos:

- Avaliação; qual o momento a atribuir quando várias unidades são comparadas por preços diferentes, o que fazer com os custos do departamento de compras, como tratar o ICMS, como contabilizar as sucatas.

- Controle; como distribuir as funções de compra, pedido, recepção e uso por pessoas diferentes, como desenhar as requisições e planejar seu fluxo, como organizar o “kardex”, como fazer a inspeção para verificar o efetivo consumo nas finalidades para as quais foram requisitadas etc.

- Programação; quanto comprar, quando comprar, fixação de lotes econômicos de aquisição, definição de estoques mínimos de segurança etc.

Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.95).O princípio contábil de Custo de Aquisição determina que se incluam no custo dos materiais, todos os outros custos decorrentes da compra, e que se deduzam todos os descontos e bonificações eventuais recebidos.

Portanto todos bens produzidos e adquiridos ou os estoques com objetivo de vendas e para consumo da própria entidade devem ser corretamente controlados, e

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analisados para proporcionar melhores resultados na formação e composição dos custos.

2.2.5 Sistema de Custeio por Ordem de Produção

O sistema de custo por de produção é mais adequado quando a firma tem um processo produtivo não repetitivo e onde cada produto ou grupo de produtos é diferente, atendendo às necessidades especificas de cada cliente. Utilizado normalmente por empresas que fabricam produtos por encomenda ou realizam serviços personalizados.

Segundo Leone (2000, p.235) Sistema de Custo por Ordem de produção é “o sistema de custos que acumula e registra dados de operações das fabricas que trabalham sob o regime de encomenda”.

Os custos diretos de material e mão-de-obra utilizados em uma determinada ordem são alocados a partir de registros mantidos para este propósito. Os custos indiretos são usualmente aplicados às ordens por taxas predeterminadas, tendo como base horas de mão-de-obra direta.

O setor de planejamento e controle de produção abre uma ordem para fabricar ou realizar determinada quantidade de produto ou serviço, e todos os custos específicos que serão necessários para elaborar a quantidade autorizada do produto ou serviço serão registrados e acumulados nessa ordem de produção. Ao final, obtem-se todos os gastos daquela autorização. Se for uma quantidade única, já terá o custo unitário do produto ou serviço; se for um lote de produção, obter-se-á o custo unitário pelo custo médio da ordem, considerando a quantidade do lote.

Normalmente o sistema de acumulação por ordem é utilizado por empresas que fabricam produtos por encomenda ou fazem serviços personalizados. Quando se recebe a encomenda, abre-se a ordem autorizando a produção (PADOVEZE, 2005, p.82).

Cada ordem recebe um número ou código de barras, onde são incorridos custos de material e ou mão-de-obra, relacionados com a ordem, onde ficam registrados na conta produção em andamento.

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2.2.6 Métodos de Custeio

A atribuição dos custos variáveis aos produtos é efetuada facilmente pelos controles técnicos ou sistemas informatizados (lista de componentes do produto). Quando se lida com custos fixos, porém, é necessário recorrer a métodos específicos de custeamento.

2.2.6.1 Método de Custeio por Absorção

Esse método é o mais utilizado pelas empresas brasileiras, pois além de respeitar os Princípios Fundamentais de Contabilidade, é aceito pela legislação comercial e pela legislação fiscal. Segundo Leone (2000, p.242) o critério do custo por absorção é aquele que inclui todos os custos indiretos de fabricação de certo período nos custos de suas diferentes atividades industriais, sejam produtos, processos ou serviços. O critério para tanto precisa recorrer a uma série de rateios por causa dos custos comuns, de difícil identificação ou não relevantes. A finalidade principal do critério é ter o custo total(direto e indireto) de cada objeto de custeio. Este custo total se destina, entre outros fins, a determinar a rentabilidade de cada atividade, a avaliar os elementos que compõem o patrimônio e a compor uma informação significativa no auxílio à decisão de estabelecer os preços de venda dos produtos ou dos serviços.

O custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou serviço) absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados a fabricação (LEONE, 2008, p.242).

No método de custeio por absorção é possível atribuir parte dos custos indiretos ao produto em fabricação através de critérios de rateio.

O custeio por absorção é empregado quando se deseja atribuir um valor de custos ao produto, atribuindo-lhe também uma parte de custos indiretos. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos, de forma direta e indireta mediante critérios de rateios (WERNKE, 2001, p.20).

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Custeio por Absorção é o método de custeio do estoque no qual todos os custos de fabricação, variáveis e fixos, são considerados custos inventariáveis.

Como nos métodos de custeamento por absorção são utilizados os gastos indiretos fixos, que, por sua característica básica, não são identificáveis claramente aos produtos e serviços finais, há a necessidade de utilização de procedimentos de distribuição desses gastos aos produtos, por meio de algum critério a ser definido. O processo de distribuição de gastos indiretos fixos aos produtos e serviços é mais comumente denominado rateio, sendo utilizados também as denominações alocação ou apropriação de custos indiretos aos produtos.

A palavra absorção é utilizada há muito tempo, basicamente em função da idéia de que, após a apuração do custo unitário dos produtos e serviços com os custos diretos e variáveis, há a necessidade de que os produtos e serviços também “absorvam” os demais custos indiretos, para que se tenha uma idéia do custo unitário total, ou seja, um valor de custo unitário com todos os custos apropriados aos produtos e serviços (PADOVEZE, 2005, p.79)

Segundo Wernke (2001, p. 36), as vantagens do custeio por absorção:

– atende à legislação fiscal e deve ser usado quando a empresa busca o uso do sistema de custos integrado à Contabilidade;

– permite a apuração do custo por centro de custos, visto que sua aplicação exige a organização contábil nesse sentido. Tal recurso, quando os custos forem alocados aos departamentos de forma adequada, possibilita o acompanhamento de cada área;

– ao absorver todos os custos de produção, permite a apuração do custo total de cada produto.

Ainda conforme Wernke (2001, p.21) as desvantagens são:

A principal desvantagem do custeio por absorção consiste na utilização dos rateios para distribuir os custos entre departamentos e ou produtos. Com o nem sempre tais critérios são objetivos, podem distorcer os resultados, penalizando alguns produtos e beneficiando outros.

2.2.6.2 Método de Custeio Variável

É um método conveniente no planejamento, controle e tomada de decisões administrativas, pois neste método o lucro se move na mesma direção que o volume de vendas, porém não é aceito pela legislação.

O custeamento variável é um critério usado para acumular os custos de qualquer objeto ou segmento da empresa. Normalmente, o custeamento variável é aplicado ao sistema de acumulação de custos das operações fabris. O critério pode ser empregado quando o contador desejar determinar o custo de qualquer outro segmento da empresa que não seja o da produção...O custeamento variável pode ser aplicado a qualquer sistema

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25 de determinação de custos. Ele oferece vantagens quando aplicado ao sistema de custeio por ordens de produção, por processo, pela responsabilidade e, sobretudo, quando a estes sistemas é articulado o sistema de custos estimados ou padronizados (LEONE, 2008, p.390-391).

Wernke destaca alguns pontos importantes para o método de custo variável:

- prioriza o aspecto gerencial ao enfatizar a rentabilidade de cada produtos em as distorções ocasionadas pelos rateios de custos fixos aos produtos; - não é aceito pela legislação tributária para fins de avaliação de estoques; - não envolve rateios e critérios de distribuição de gastos, facilitando o cálculo;

- exige uma estrutura de classificação rígida entre gastos de natureza fixa e variável;

- com a elevação do valor dos custos fixos, não considerados neste método, a análise de desempenho pode ser prejudicada e deve merecer considerações mais acuradas;(WERNKE, 2001, p.21)

Como o custeio variável não atende as exigências da legislação ele age assim como instrumento gerador de informações para melhor orientar no processo gerencial.

Conforme Leone pode-se fazer um comparativo entre os dois métodos de custeio apresentado no quadro a seguir:

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Quadro 01

Diferenças entre Custeio Variável e Fixo

Custeamento variável Custeamento por absorção

Classifica os custos em fixos e variáveis Não há preocupação por essa classificação Classifica os custos em diretos e indiretos Também classifica os custos em diretos e

indiretos Debita o segmento, cujo custo está sendo

apurado, apenas os custos que são diretos ao segmento e variáveis em relação ao parâmetro escolhido como base.

Debita o segmento, cujo custo está sendo apurado, os seus custos diretos e também os custos indiretos através de uma taxa de absorção.

Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de vendas.

Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção.

É um critério administrativo, gerencial, interno É um critério legal, fiscal, externo Aparentemente sua filosofia básica contraria os

preceitos geralmente aceitos na contabilidade, principalmente os fundamentos de “regime de competência”.

Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente aceitos, principalmente do “regime de competência”. Apresenta a Contribuição Marginal – diferença

entre as receitas e os custos diretos e variáveis do segmento estudado.

Apresenta a Margem Operacional – diferença entre as receitas e os custos diretos e variáveis do segmento estudado.

O custeamento variável destina-se a auxiliar, sobretudo, a gerencia no processo de planejamento e tomada de decisões.

O custeamento por absorção destina-se a auxiliar a gerência no processo de determinação da rentabilidade e de avaliação patrimonial. Como o custeamento variável trata dos custos

diretos e variáveis de determinado segmento, o controle da absorção dos custos da capacidade ociosa não é bem explorado.

Como o custeamento por absorção trata dos custos diretos e indiretos de determinado segmento, sem cogitar de perquirir se os custos são variáveis ou fixos, apresenta melhor visão para o controle da absorção dos custos da capacidade ociosa.

Fonte: Leone (2008, p. 405)

2.2.7 Analise de custo, volume, resultado

2.2.7.1 Formação de Preço de venda

Um dos fatores mais importantes para uma empresa é determinar o preço de venda, onde deve ser observado o mercado, o custo do produto e o lucro desejado, possibilitando que seja o preço certo, e que satisfaça o mercado consumidor, bem como dono do negócio.

Para determinar os preços de vendas de produtos e serviços é necessário o uso de técnicas adequadas bem como o do pessoal especializado para assegurara rentabilidade do negócio.

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27 Com base nos dados de custos do produto a ser estimado e na política de lucros da empresa, define-se um preço preliminar. Normalmente, a composição desse preço é feita acrescentando-se uma determinada porcentagem ao custo apurado para o produto. Essa porcentagem-conhecida como mark-up –via regra inclui, além de tributos como ICMS, o IPI e o PIS/COFINS, uma parcela para cobertura de despesas não diretamente atribuíveis ao produto(como despesas de vendas, administrativas e financeiras) e o nível de lucro pretendido. Quando se utiliza o sistema de custeio direto, o mark-up deve compreender, ainda, um fator destinado á absorção das despesas fixas de fabricação. Esse preço preliminar é analisado em função das condições do mercado, do que se conhece a respeito da mais provável estratégia de produto e de preços dos principais concorrentes, do poder de compra dos possíveis consumidores do produto e de outros fatores relevantes que possam afetar o desempenho das vendas se o preço preliminarmente definido vier a ser praticado (BOMFIM e PASSARELLI, 2006, p.446).

É indicado também, analisar o mercado, a concorrência e demais fatores capazes de influenciar as decisões de preços da empresa, bem como definir estratégias com base nos objetivos da organização. Desta maneira podemos garantir uma definição de preços de forma criteriosa e livre de quaisquer influências ou vícios comportamentais.

2.2.7.2 Formação do Mark-up

De acordo com Santos (1991) o mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. Mark-up também é definido como sendo um valor adicionado ao custo. Usualmente expresso como um percentual do preço de venda, ou ainda, como um aumento sobre um preço de varejo originalmente estabelecido.

Segundo Bruni e Famá (2004, p. 341-342) existem duas formas para encontrar o mark-up, que são: multiplicador, mais usual, representa por quanto devem ser multiplicados os custos para se obter o preço de venda a praticar; e divisor, menos usual, representa percentualmente o custo em relação ao preço de venda. Conforme formulas a seguir.

Mark-up multiplicador

Mark-up = Preço de venda ou Mark-up= 1______________ Custo 1 – soma das taxas percentuais

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Mark-up divisor

Mark-up =100 - soma das taxas percentuais 100

Independente do tipo de mark-up que utilizar para formar o preço devenda, este terá o mesmo valor final. Isso significa que possuímos duas maneiras de cálculo para chegar ao preço de venda.

2.2.7.3 Margem de Contribuição

A margem de contribuição é o valor contribuído por cada unidade para o pagamento dos custos, despesas fixas e formar lucro, pode ser unitária quando a contribuição é por unidade ou total quando sua contribuição é feita de diversos produtos.

A margem de contribuição é o valor resultante da venda de uma unidade, após deduzidos os custos e despesas variáveis associados ao produto comercializado. Tal valor contribuirá para pagar os custos fixos da empresa e gerar lucro.

Segundo o mesmo autor as vantagens e limitações da margem de contribuição:

a) é um instrumento para avaliar a viabilidade de aceitação de pedidos em condições especiais;

b) ajudam a administração a decidir que produtos devem merecer maior esforço de venda ou colocados em planos secundários ou simplesmente tolerados pelos benefícios de vendas que possam trazer a outros produtos; c) são essenciais para auxiliar os administradores a decidirem se um segmento produtivo deve ser abandonado ou não;

d) podem ser usadas para avaliar alternativas quanto a reduções de preços, descontos especiais, campanhas publicitárias especiais e uso de prêmios para aumentar o volume de vendas;

e) a margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação entre custos, volume, preços e lucros, fundamentando tecnicamente as decisões de venda;

f) basear o cálculo dos preços de venda somente com dados da margem de contribuição pode resultar em valores que não cubram todos os custos necessários para manter as atividades a longo prazo;

g) é útil para tomada de decisões de curto prazo, mas pode levar o administrador a menosprezar a importância dos custos fixos (WERNKE, 2001, p.42 e 44).

Conforme Vieira (2008, p.39), a margem de contribuição unitária é igual ao preço de venda unitário do produto (PVu) menos seus custos variáveis unitários (CVu) e despesas variáveis unitárias (DVu).

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A margem de contribuição total representa a parcela do preço que está disponível para a cobertura dos custos fixos e para a geração do lucro.

Então tem-se: MC Total = MCu x Quantidade Vendida

O estudo da margem de contribuição é um elemento essencial que auxilia os gestores processo de tomada de decisões no curto prazo.

2.2.7.4 Ponto de Equilíbrio

O Ponto de Equilíbrio é quando os custos se igualam as receitas, neste ponto não se tem lucro nem prejuízo, pode-se dizer que é o nível da atividade.

De acordo com Leone (2008, p.447), “o Ponto de Equilíbrio é o ponto da atividade da empresa em que não há lucros nem prejuízos o ponto de Equilíbrio pode ser calculado matematicamente.”

PE= Custo fixo total

Margem contribuição unitária

Entende-se que o Ponto de Equilíbrio é momento em que os custos de produção e de vendas se empatam, onde a situação está equilibrada entre as despesas totais e os custos totais em relação as suas receitas totais. Dessa maneira pode-se identificar o volume de unidades necessárias para suprir os gastos fixos.

Dependendo da necessidade da empresa ou do gestor, o ponto de equilíbrio possibilita adaptações que suprem as informações gerenciais não possuídas. Essas adaptações originam tipos de ponto de equilíbrio distintos que, se ajustam ás diversas situações de planejamento das atividades da empresa. Por exemplo: em alguns casos é necessário fazer o estudo de ponto de equilíbrio em valor e em outras situações é recomendável a determinação do ponto de equilíbrio em unidades. As diversas variantes de ponto de equilíbrio são elaboradas com a retirada de alguns fatores (custos e despesas) da fórmula de cálculo, com a introdução do valor do lucro que se pretende atingir ou pela inserção de pagamentos a serem efetuados no período analisado. Em ambos os casos podem ser calculados em valor e unidade.

1-Ponto equilíbrio contábil em unidades (PEC un.) PEC un. = Custos fixos($)

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30 Margem Contribuição unitária($)

Define o numero de produtos (peças, metros, quilos etc.) que devem ser fabricados e vendidos para que o resultado seja zero(não haja lucro nem prejuízo).Para determinar tal quantidade, divide-se o valor total dos custos fixos($) pelo valor da margem de contribuição unitária($).Assim, cada produto vendido ira cobrir, com sua margem de contribuição unitária, uma parte dos custos fixos totais da empresa.

1-Ponto equilíbrio Contábil com valor (PEC valor) PEC valor = Custos fixos ($)

Percentual da margem de contribuição (%)

O ponto de equilíbrio contábil em valor (PEC valor) representa qual o valor mínimo (Em$) que deve ser vendido para que a empresa não tenha prejuízo nem lucro. Esse tipo de ponto é usado quando: a)o numero de produtos comercializados é muito grande, havendo dificuldades de se obter o mix de produtos e suas quantidades; b)existem dificuldade de identificar os custos e despesas fixas para cada produto.

2-Ponto equilíbrio financeiro (PE fin.) em quantidade

PE fin =Custos Fixos ($)-Depreciações ($)+Divida período ($) Margem de contribuição

No ponto equilíbrio financeiro (PE fin.), calcula-se o nível de atividades (querem unidades, quer em valor monetário) suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto a depreciação) e outras dividas que a empresa tenha que saldar no período como empréstimos e financiamentos bancários. A diferença é que nesse tipo exclui-se dos custos fixos totais o valor relativo a depreciação.

3-Ponto de equilíbrio econômico (PE econ.) PE econ.=Custos fixos ($)+lucro desejado($) Margem contribuição unitária

A cobrança para o atendimento de metas de lucros obriga o gestor a buscara informação de qual numero de unidade é necessário vender para Alcançar o objetivo fixado pela diretoria da empresa. Exclui a variável lucro desejado .

4-Ponto de equilíbrio mix(em unidades) PE unidades (mix) =Custos fixos ($) ΣMCUi x Xi

Σ(Xi) Onde: Σ= somatório

MCUi margem de contribuição unitária Xi= volume previsto de venda por produto

As fórmulas apresentadas de ponto equilíbrio em unidades (quer contábil, financeiro ou econômico) são aplicáveis a apenas um produto. Como a maioria da empresa comercializa diversos produtos, a aplicabilidade de tais fórmulas é restrita a poucas situações. Para essas empresas, a principal dificuldade encontrada no cálculo do ponto equilíbrio é a diversidade de produtos que compõem o mix ofertado e as conseqüências distintas nas margens de contribuição de cada mercadoria.

Para encontrar o ponto equilíbrio em unidades (mix), é necessário duas etapas. A primeira consiste em determinar o ponto equilíbrio total conforme fórmula acima. Apos encontrar o numero total de unidades, calcula-se quanto desse total refere-se aos produtos individualmente, considerando os percentuais do volume total vendido.

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31 Para calcular o ponto mix em valor, basta multiplicar o ponto equilíbrio mixem unidades de cada produto pelo respectivo preço de venda(WERNKE, 2001, p.50 a 55).

Através da determinação do Ponto de Equilíbrio permite-se avaliar a empresaem relação ao nível de operação lucro/prejuízo zero, e a partir disso pode-se estabelecer metas para pode-se afastar positivamente despode-se ponto.

2.2.7.5 Margem de Segurança Operacional

A margem de segurança operacional representa o volume de vendas que ultrapassam o Ponto de Equilíbrio, ou seja, o lucro da empresa e expressa quanto às vendas podem diminuir sem que a empresa incorra no prejuízo.

Conforme Leone (2008, p.p.433 e 434), quanto maior a margem de segurança, melhor para a empresa. A margem Indica que a empresa terá capacidades para produzir maiores lucros totais. Um nível de ponto de equilíbrio muito perto do nível da capacidade máxima significa que a empresa terá menor caminho a percorrer no sentido de lucros maiores. A margem de segurança é calculada do seguinte modo:

Margem de segurança =Volume de unidade na – Volume no ponto (em unidades) Capacidade total de vendas de equilíbrio

Segundo Wernke (2001, p.62), “a margem de segurança é o volume de vendas que supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. Ou seja, representa o quanto as vendas podem cair sem que haja prejuízo para a empresa”.

A margem de segurança pode ser vista como uma medida crua do risco, pois existem eventos desconhecidos quando os planos são elaborados, podendo reduzir as vendas abaixo do nível esperado. Então quanto maior for a margem de segurança operacional menor será seu impacto devido a eventos inesperados de redução de venda.

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3. METODOLOGIA

3.1 Classificação da Pesquisa

3.1.1 Quanto a natureza

Este estudo classifica-se como pesquisa aplicada, pois o estudo realizou-se por meio de um problema real de uma organização. Segundo Vergara (2004, p. 47) a pesquisa classificada como aplicada “é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, tendo finalidade prática e motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador e situada sobre tudo no nível da especulação”.

3.1.2 Quanto aos objetivos

O presente estudo se enquadra como pesquisa exploratória e descritiva, pois a mesma apresenta a necessidade de descobrir esclarecimentos sobre o assunto tratado.

Segundo Beuren (2010), este tipo de estudo se caracteriza principalmente pela falta de conhecimento da temática do objeto abordado, tem por uma de suas características a necessidade de descobrir esclarecimentos sobre o assunto tratado, ou seja é uma conexão de conhecimentos específicos a um novo campo a ser explorado.

3.1.3 Quanto a forma

A pesquisa classifica-se como qualitativa segundo Bogdan e Biklen (1994) trata-se de uma investigação direta de uma fonte de dados no ambiente natural, constituindo-se o pesquisador no instrumento principal. É uma pesquisa descritiva, em que os investigadores, interessando-se mais pelo processo do que pelos resultados, examinam os dados de maneira indutiva e privilegiam o significado.

Os dados recolhidos são designados por qualitativos, o que significa ricos em pormenores descritivos relativamente a pessoas, locais e conversas, e

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33 de complexo tratamento estatístico. As questões a investigar não se estabelecem mediante a operacionalização de variáveis, sendo, outros sim, formuladas com o objetivo de investigar os fenômenos em toda a sua complexidade e em contexto natural (BOGDAN e BIKLEN, 1994, p. 16)

Em geral a pesquisa tem objetivo de destacar características que não são observadas superficialmente, sendo necessário um conhecimento mais aprofundado nos processos, pois na abordagem qualitativa não se pode numerar ou medir unidades ou mesmo categorias homogêneas.

3.1.4 Quanto aos procedimentos

De acordo com Gil (2002) o elemento mais importante para a identificação de um delineamento é o procedimento adotado para a coleta de dados. Assim, podem ser definidos dois grandes grupos de delineamentos: aqueles que se valem das chamadas fontes de “papel” e aqueles cujos dados são fornecidos por pessoas. No primeiro grupo, estão a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. No segundo, estão a pesquisa experimental, a pesquisa ex-post facto, o levantamento e o estudo de caso.

A pesquisa Bibliográfica é essencial para o desenvolvimento deste trabalho pois é através dela que serão pesquisados em livros e artigos científicos.

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. As pesquisas sobre ideologias, bem como que se propõem a analise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas.( GIL, 2002, p. 44)

O estudo também tem como característica utilizar uma fonte de pesquisa documental que ainda não possui um estudo aprofundado e que ainda podem ser reelaborados.

A pesquisa documental assemelha-se muito a pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas esta na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que

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34 ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa (GIL, 2002, p. 45)

Também enquadra-se como estudo de caso, pois tem um assunto como objetivo da pesquisa e será realizado o detalhamento do mesmo. Segundo Vergara (1997, p. 47) “Estudo de caso é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão publico, uma comunidade ou mesmo um país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo.”

Portanto, este estudo buscou na revisão bibliográfica os conceitos necessários e o aprofundamento do conhecimento na área da contabilidade de custos, e posteriormente foi levantado os dados para a estruturação do sistema de custos e analise dos resultados por meio do estudo de caso em uma indústria de maquinas.

3.2. Plano de coleta de dados

Os dados foram obtidos por meio de conversas informais, observação onde analisou-se os dados relevantes para a pesquisa e através de observação não participante.

A entrevista é um procedimento no qual você faz perguntas a alguém que, oralmente, lhe responde. A presença física de ambos é necessária no momento da entrevista, mas, se você dispõe de mídia interativa, ela se torna dispensável. A entrevista pode ser informal, focalizada ou por pautas. Entrevista informal ou aberta é quase uma “conversa jogada fora”, mas tem um objetivo especifico: coletar os dados de você necessita. (VERGARA, 2004, p. 55)

Ainda foram realizadas coletas de dados por meio de analises de notas fiscais de compra de matéria-prima e de produtos acabados que fazem parte do produto final.

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3.3. Plano de análise e interpretação dos dados

Após coletados todos os dados necessários para o desenvolvimento da pesquisa, foram trabalhados os mesmos a fim de obter-se um raciocino conclusivo para o problema proposto.

Baseado nas analises dos dados elaborou-se planilhas eletrônicas contendo todos os custos necessários para chegar no produto final, para facilitar a interpretação dos dados coletados afim de se chegar nos objetivos propostos.

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4. ESTUDO APLICADO

Este item abrange o desenvolvimento prático do estudo realizado, contempla os meios pelos quais os dados são coletados, estruturados e analisados, a fim de obter-se a melhor resposta para a questão que norteia este estudo.

4.1 Características da Empresa

A empresa é gerenciada pelo sócio majoritário com o auxilio de seu gerente comercial, os quais são responsáveis pelas vendas e negociações com os clientes, onde é estipulado o preço e o prazo para entrega do mesmo.

Atualmente conta com 13 colaboradores, sendo 6 na parte de projetos e administrativo, e 7 na parte de produção.

Todo o processo de industrialização do equipamento em estudo é realizada dentro da empresa, não dependendo assim de terceiros para montagem do mesmo, que é realizado em apenas um dia de serviço.

4.2 Mapeamento do processo de produção

Neste item é realizado o mapeamento de todo o processo produtivo de um guincho hidráulico frontal produzido na Empresa Hj Usinagem Ltda no mês de outubro de 2013.

O fluxograma da figura 01 a seguir, está representando as etapas de produção do guincho.

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Figura 01

Fluxograma das atividades para a produção de um guincho.

Fonte: Dados conforme pesquisa

Primeiramente é realizada a venda do equipamento, após é gerado o pedido de venda do mesmo. Com o pedido de venda em mãos o setor de compras realiza a compra do todos os materiais necessários para a produção do equipamento, conforme lista de materiais fornecidos através do projeto, todos os itens são comprados mediante pedido de compra. Cabe ainda ao setor de compras monitorar os produtos até a chegada à empresa.

Ao receber os materiais na empresa todos os itens são conferidos pelo líder da fábrica por meio do pedido de compra emitido pelo setor de compras. Com todos os materiais conferidos é realizado o lançamento dos mesmos para estoque. Após é realizado a abertura das ordens de fabricação do mesmo.

Nas ordens de fabricação estão mencionados todos os processos necessários para a fabricação do guincho. Todos os processos são iniciados no

VENDA Pedido de venda COMPRAS Pedido de compra

Rastramento Recebimento/confere ncia Lançamento em estoque PROCESSOS

Abertura das ordens

de fabricação FÁBRICA Corte das MP Usinagem

Montagem/solda Pintura

Montagem final Emissão da NF

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setor de corte, onde são cortadas as chapas no plasma e as barras de tubos na serra. As barras de tubos são encaminhadas para o setor de usinagem, onde são realizados os processos de torneamento nos tubos redondos e o processo de fresamento nos tubos retangulares.

Com os materiais cortados e usinados, passa para o setor de montagem e solda dos conjuntos, que logo após são encaminhados para o setor de pintura. Depois de pintados voltam para o setor de montagem onde é realizada a montagem final do equipamento, onde são incluídos todos os itens comprados prontos. Em seguida é emitida a nota fiscal.

4.3 Apuração dos custos indiretos

Neste item são levantados todos os custos indiretos necessários para a produção de um guincho hidráulico frontal, como os honorários do pessoal da administração, energia elétrica, agua, depreciação, seguros, enfim, todos os gastos que não participam diretamente na produção do guincho.

No quadro a seguir temos os gastos com mão de obra indireta, que são todas as pessoas que estão indiretamente envolvidas no processo de produção. Realizou-se o calculo de todos os custos que tem-Realizou-se na empresa, onde somando-Realizou-se o salário bruto com o adicional de insalubridade, e sobre este adicionando-se 8,33% sobre férias, 8,33% sobre décimo terceiro salário, 2,78% correspondente a um terço sobre férias, tendo assim um subtotal que a partir deste é somado 35,80% que são as provisões correspondentes a admissões, demissões, atestados, multas rescisórias que a empresa calcula sobre os funcionários, mais 8% que corresponde ao Fundo de Garantia do Trabalhador.

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Quadro 02

Calculo dos honorários administrativos

Honorários administrativos

Função Gerente Financeiro Fiscal Projetista Programador Líder Salario Bruto 2.300,00 1.100,00 1.250,00 1.450,00 1.250,00 2.000,00 Insalubridade - - - 179,52 179,52 179,52 Subtotal 2.300,00 1.100,00 1.250,00 1.629,52 1.429,52 2.179,52 Férias 8,33 8,33 8,33 8,33 8,33 8,33 13º sal 8,33 8,33 8,33 8,33 8,33 8,33 1/3 férias 2,78 2,78 2,78 2,78 2,78 2,78 Subtotal 2.747,12 1.313,84 1.493,00 1.946,30 1.707,42 2.603,22 Previsões 35,80 35,80 35,80 35,80 35,80 35,80 FGTS 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 Total 3.950,36 1.889,30 2.146,93 2.798,78 2.455,27 3.743,43 Total 16.984,07 Fonte: dados conforme pesquisa

Fazem parte dos custos indiretos todas as depreciações tanto das maquinas como dos equipamentos. A empresa possui 2 tornos convencionais, 2 fresadoras convencionais, 1 plasma CNC (comando numérico computadorizado), 2 aparelhos de solda, 1 equipamento de pintura, 1 compressor de ar que é utilizado em toda a fábrica, 1 serra e 1 veiculo.

Na parte de equipamentos a empresa possui 8 computadores no valor de R$ 17.200,00, 1 impressora no valor de R$1.000,00, 2 nobreaks no valor de R$ 1.000,00, 2 armários no valor de R$ 1.200,00, 8 mesas no valor de R$ 1.600,00, 10 cadeiras no valor de R$ 1.200,00, 2 sofás no valor R$ 2.000,00, ferramentas para usinagem no valor de R$ 16.850,00, instrumentos de medição no valor de R$ 10.250,00.

Para o calculo da depreciação foi considerado o custo dos equipamentos conforme suas notas fiscais de compra, diminuindo o seu valor residual, o qual

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levou-se em consideração o tempo de uso e o estado de conservação que os mesmos se encontram. Com o valor a ser depreciado acertado, foi determinada a taxa (vida útil do bem) conforme a legislação, ou menor, de acordo com o estado do bem, dividindo o valor a ser depreciado pela taxa encontramos o valor da depreciação anual, está dividida por 12 encontramos o valor a ser depreciado por mês.

Quadro 03 Cálculo da depreciação

Fonte: Dados conforme pesquisa

Cálculo da depreciação Bens Valor do bem Valor residual Valor a ser depreciado Taxa Depreciação ano Depreciação mês Maquinas e equipamentos Torno Strong 85.000,00 9.500,00 75.500 10 7.550,00 629,17 Torno Nardini 25.000,00 2.500,00 22.500 10 2.250,00 187,50 Fresa Strong 35.000,00 8.000,00 27.000 10 2.700,00 225,00 Fresa Veker 22.000,00 5.000,00 17.000 10 1.700,00 141,67 Plasma 170.000,00 17.000,00 153.000 10 15.300,00 1.275,00 Aparelho de solda 01 5.600,00 500,00 5.100 10 510,00 42,50 Aparelho de solda 02 5.600,00 500,00 5.100 10 510,00 42,50 Equipamento pintura 1.000,00 - 1.000 2 500,00 41,67 Compressor de ar 15.500,00 1.000,00 14.500 10 1.450,00 120,83 Serra 4.000,00 400,00 3.600 10 360,00 30,00 Veículos 22.000,00 7.000,00 15.000 5 3.000,00 250,00 Total 2.985,83 Móveis e Utensílios 52.300,00 - 52.300 5 10.460,00 871,67 Total 871,67

Referências

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