GEOLOGIA: HISTÓRIA E DINÂMICA
DO PLANETA TERRA
Assim como o ser humano tem a sua história, a Terra também
passou por uma série de eventos e transformações até culminar
no planeta hoje existente.
No decorrer do século XIX, com o amadurecimento dessa
descoberta e a análise de rochas e fósseis, foi efetuada a
ordenação mais precisa dos eventos geológicos ocorridos na
Terra, permitindo a elaboração da atual escala do tempo
geológico.
Até o século XIX, especulava-se sobre a idade do planeta, mas não
havia meios científicos de a determinar. No entanto com a
descoberta da radioatividade, tornou-se possível datar as rochas
e, a partir disso, estabelecer a cronologia dos eventos ocorridos
no planeta desde a sua formação.
GEOLOGIA: HISTÓRIA E DINÂMICA
DO PLANETA TERRA
DATAÇÃO ABSOLUTA (RADIOMÉTRICA) DOS FÓSSEIS
► Baseada no conhecimento de que os elementos químicos
radioativos se desintegram ao longo do tempo,
transformando-se em outros elementos químicos (taxa de desintegração é
CONSTANTE para cada elemento).
► Vários elementos químicos se apresentam sob a forma de
um ou mais isótopos (elementos químicos com mesmo
número de PRÓTONS e diferentes NÚMEROS DE MASSA).
* Carbono – 12 → C
12
(6 prótons e 6 nêutrons = número de massa 12).
* Carbono – 14 → C
14
(6 prótons e 8 nêutrons = número de massa 14).
ISÓTOPO RADIOATIVO
► Os isótopos radioativos SÃO INSTÁVEIS → emitem
partículas e radiações eletromagnéticas de alta energia =
DECAIMENTO RADIOATIVO → ocorre segundo uma taxa
constante = MEIA-VIDA.
MEIA-VIDA DE UM ISÓTOPO = PERÍODO DE TEMPO EM QUE
METADE DOS ÁTOMOS DO ISÓTOPO SOFRE DECAIMENTO
RADIOATIVO.
N
14
C
14
5.730 anos
DATAÇÃO ABSOLUTA (RADIOMÉTRICA) DOS FÓSSEIS
► Com base na radioatividade e estudando o decaimento do
urânio em Chumbo nos minerais, em 1946, foi determinado
que a idade da Terra era superior a três bilhões de anos.
Atualmente, devido à modernização das técnicas de datação
e a descoberta de elementos radioativos mais eficazes, a
idade da Terra foi calculada em 4,56 bilhões de anos que
corresponde à meia-vida do Urânio 238.
DATAÇÃO ABSOLUTA (RADIOMÉTRICA) DA TERRA
A FORMAÇÃO DO
PLANETA TERRA
Com o passar de vários milhões de anos,
essa
bola incandescente foi aos
poucos se resfriando e solidificando na sua parte externa.
Segundo a teoria mais aceita pelos cientistas:
Logo no início da formação
do Sistema Solar.
Por volta de 5 bilhões
de anos atrás.
A Terra era uma grande bola incandescente, com
temperaturas próximas a 1.500 graus Celsius (°C).
FORMANDO
O que chamamos de litosfera, cuja superfície habitamos.
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O planeta Terra
atualmente, em fotografia ge
rada a partir de
imagem de satélite.
Por volta de 4,6 bilhões de anos
atrás, a temperatura da Terra
começou a baixar, dando origem
a um grande período de chuvas,
por causa da condensação do
vapor d’água contido na
atmosfera.
Durante o processo de resfriamento da Terra, houve liberação de gases e
vapores.
Eles deram origem a uma camada
de ar chamada atmosfera. Que
envolve e protege a Terra.
A FORMAÇÃO DO
PLANETA TERRA
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A chuva caía continuamente.
Acumula-se nas partes mais baixas da superfície.
Formando os oceanos
As águas marinhas e as continentais formam a hidrosfera, que
significa esfera de água.
• Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, surgiu a vida na Terra.
A vida vegetal e animal, que começou a se desenvolver
inicialmente nos oceanos, graças ao conjunto de influências
dessas três esferas – litosfera, atmosfera e hidrosfera –, deu
origem à quarta esfera: a biosfera ou esfera da vida.
A biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra.
A FORMAÇÃO DO
PLANETA TERRA
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Em virtude desse rompimento, as
consequências para a vida animal e
vegetal tornam-se tanto mais
graves quanto maiores forem as
transformações.
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Isso determinou um equilíbrio no planeta.
Se ocorrer alguma alteração em uma das “esferas”, as outras
também podem ser afetadas.
Os seres humanos, ao promoverem
transformações no espaço natural,
romperam esse equilíbrio.
Em todo o processo de formação da Terra, houve um inter-relacionamento
entre as “esferas”.
A FORMAÇÃO DO
PLANETA TERRA
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Conhecimento da vida no passado
► Como isso é possível, se não havia ninguém para “contar a história”?
► Análise e interpretação de vestígios e fósseis de seres que habitaram a
Terra há muito tempo.
HISTÓRIA DA VIDA ↔ HISTÓRIA GEOLÓGICA DA TERRA
EVENTOS
GEOLÓGICOS
ALTERAÇÃO
DE
AMBIENTES
DOS RUMOS
DEFINIÇÃO
DA EVOLUÇÃO
GEOLOGIA: HISTÓRIA E DINÂMICA
DIVISÕES DO TEMPO GEOLÓGICO
ERAS GEOLÓGICAS
PERÍODOS GEOLÓGICOS
ÉPOCAS GEOLÓGICAS
EVENTOS
MARCANTES
ÉON = várias eras
GEOLOGIA: HISTÓRIA E DINÂMICA
DO PLANETA TERRA
ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO
ÉON
ERA
PERÍODO (milhões de anos)
Hadeano
Pré-Cambriana
4.566
Arqueano
3.850 a 3.000
Proterozoico
2.500 a 900
Fanerozoico
Paleozoica
Cambriano
570
Ordoviciano
505
Siluriano
438
Devoniano
408
Carbonífero
360 a 320
Permiano
286
Mesozoica
Triássico
245
Jurássico
208
Cretáceo
144
Cenozoica
Terciário
66,4 a 23,7
Quaternário
5,3 a 0,01
Eras Geológicas
GEOLOGIA: HISTÓRIA E DINÂMICA
DO PLANETA TERRA
ERAS GEOLÓGICAS
Arqueozoica
Formação das rochas magmáticas e metamórficas mais antigas.
Fósseis mais antigos. Início da oxidação da Atmosfera.
Proterozoica
Formação de escudos cristalinos mais antigos. Início da
tectônica atual com a dinâmica da expansão do assoalho
oceânico e subducção.
Paleozoica
A atmosfera se torna oxidante. Intenso tectonismo e glaciações.
Consolidação do continente único. Formação de grandes
depósitos sedimentares sobre os escudos cristalinos antigos.
Início do processo de formação do carvão mineral.
Mesozoica
Intensas atividades vulcânicas. Sedimentação dos fundos
marinhos – originando grande parte das jazidas de petróleo e
gás natural.
Cenozoica
Terciário: Formação dos dobramentos modernos (Andes, Alpes,
Himalaia, Montanhas Rochosas) e ilhas vulcânicas.
Quaternário: Grandes Glaciações e Contornos dos continentes
atuais.
Imagem: http://wwwblogdoprofalexandre.blogspot.com.br/2012/08/o-tempo-geologico-e-o-tempo-historico.html
GEOLOGIA: HISTÓRIA E DINÂMICA
DO PLANETA TERRA
PRINCIPAIS EVENTOS BIOLÓGICOS DURANTE O
TEMPO GEOLÓGICO
PRÉ-CAMBRIANA
PALEOZOICA
MESOZOICA
CENOZOICA
Vida na Terra.
Surgimento das
algas.
Dinossauros e
aves.
Macacos
antropoides.
Células
procarióticas.
Plantas vasculares.
Mamíferos.
Hominídeos e
mamíferos de
grande porte.
Fotossíntese.
Peixes, anfíbios e
répteis.
-
Homem.
Células
eucarióticas.
Insetos.
-
Extinção dos
grandes répteis.
Seres
multicelulares.
“Big Bang
Biológico”.
-
-
► PRÉ-CAMBRIANA PALEOZOICA
Rochas com
poucos fósseis
Rochas com
muitos fósseis
Rochas revelam profundas mudanças
climáticas
(frio intenso → temperaturas + amenas)
Ambiente mais favorável à vida.
Surgimento de novas espécies.
EXPLOSÃO CAMBRIANA
GEOLOGIA: HISTÓRIA E DINÂMICA
DO PLANETA TERRA
► PALEOZOICA MESOZOICA
Catástrofe (erupção vulcânica) causou a extinção de grande
quantidade de seres vivos (90% das espécies).
Surgimento do supercontinente PANGEA (posteriormente se
fragmentaria, originando os atuais continentes).
GEOLOGIA: HISTÓRIA E DINÂMICA
DO PLANETA TERRA
► MESOZOICA CENOZOICA
Provável colisão de um grande asteroide com a Terra
levou à extinção de muitas espécies (dinossauros).
Nova Era Glacial (esfriamento da Terra).
Cratera de 320 Km de diâmetro (península de Yucatán – México).
GEOLOGIA: HISTÓRIA E DINÂMICA
DO PLANETA TERRA
Colisão.
Grande quantidade de poeira na
atmosfera (meses ou anos).
Luz solar impedida de atingir a
superfície terrestre.
Resfriamento do planeta e morte de
muitas plantas.
Falta de alimento para os herbívoros
(alteração de toda uma teia alimentar).
GEOLOGIA: HISTÓRIA E DINÂMICA
DO PLANETA TERRA
O CICLO DAS ROCHAS
ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
Núcleo Interno
Núcleo Externo
Manto
Crosta
A crosta terrestre é a parte
superficial ou externa já
consolidada no planeta,
sobre a qual vivemos.
O manto, ou camada intermediária, é composto predominantemente pelo magma.
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ESTRUTURA INTERNA DA
TERRA
Imagem: www.tocadacotia.com
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A MOBILIDADE DA CROSTA TERRESTRE:
AS PLACAS TECTÔNICAS
Em 1912, o cientista alemão Alfred Wegener divulgou uma teoria, chamada deriva
dos continentes, segundo a qual, há muitos milhões de anos, existia um único bloco
continental, que ele denominou Pangeia.
Aproximadamente entre 200 e 250 milhões de anos atrás, a Pangeia teria se rompido,
formando dois grandes blocos, o continente Laurasiático (Norte) e o continente
Gondwana (Sul).
Após essa primeira separação, outras subdivisões teriam ocorrido, até que os
continentes tomassem a forma e a dimensão atuais.
Fonte: Concise Atlas of the world. Nova York: Oxford University Press, 1993. p. 4./Atlas Geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE. p. 64-65 (adaptado).
Etapas do processo de afastamento das placas tectônicas, dando origem à formação atual dos continentes,
que, no entanto, continua sofrendo alterações:
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Essas placas, assentadas sobre a
camada pastosa do manto,
movimentam-se continuamente. A velocidade desmovimentam-ses
movimentos, porém, é muito baixa. A
placa sul-americana, que inclui a
América do Sul, por exemplo, afasta-se
da placa africana a uma velocidade de
aproximadamente 3 centímetros por ano.
No princípio, a teoria de Wegener não foi muito aceita.
Isso só mudou com a descoberta de que a crosta terrestre é
formada pelas placas tectônicas e que realmente não constitui,
como se imaginava, uma camada inteira ou contínua.
A comprovação de que a
camada mais externa da
Terra se subdivide em
várias partes, formando
um quebra-cabeças,
deu-se em 1984.
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A MOBILIDADE DA CROSTA TERRESTRE
AS PLACAS TECTÔNICAS
EVIDÊNCIAS QUE
COMPROVAM A TEORIA DA
DERIVA CONTINENTAL
Feições geomorfológicas, como a cadeia de
montanha da Serra do Cabo (África do Sul)
de direção leste-oeste que seria a
continuação da Sierra de La Ventana
(Argentina), ou ainda o planalto da Costa do
Marfim (África) que teria continuidade no
Brasil.
Presença de fósseis de Glossoptéris (tipo de
gimnosperma primitiva) em regiões da
África e Brasil, cujas ocorrências se
correlacionam perfeitamente ao se
juntarem os continentes.
Evidência de glaciação há aproximadamente, 300 milhões de anos na região
sudeste do Brasil, Sul da África, Índia, Oeste da Austrália e Antártica, o que
levou a acreditar que no passado, a distribuição das geleiras estaria restrita
a uma calota polar no sul do planeta.
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São as seguintes as principais placas litosféricas: africana, americana,
eurasiana, pacífica, indo-australiana, antártica e nazca, que se movem com
velocidade que variam de 1,3 a 18,3 cm por ano. A velocidade absoluta da
placa sul-americana é de aproximadamente 4 cm por ano para oeste.
MOVIMENTOS DAS PLACAS
TECTÔNICAS
Movimento entre Placas Divergentes ou Construtivas
Ocorre quando as placas se movimentam para direções contrárias
entre si.
Movimento de Placas Convergentes ou Destrutivas
Este caso ocorre quando duas placas se chocam. Na maior parte
das vezes, uma delas desliza por debaixo da outra, formando
profunda trincheira que penetra pelo fundo oceânico.
Movimento Horizontal (Conservativo) ou de Falha Transformante
Separa placas que estão se deslocando lateralmente. O atrito
entre as placas é grande de modo que podem ocorrer grandes
esforços e deformações nas rochas que, periodicamente, são
liberados por meio de grandes terremotos.
LIMITE DIVERGENTE – DORSAIS
MESO-OCEÂNICAS
Nova crosta é formada pela atividade magmática
Vulcões submarinos e Atividade sísmica.
Limite Convergente
do tipo Oceano-Continente
Limite Convergente
do tipo Oceano -Oceano
MOVIMENTOS DAS PLACAS
TECTÔNICAS
LIMITE CONVERGENTE
CONTINENTE–CONTINENTE
MOVIMENTOS DAS PLACAS
TECTÔNICAS
LIMITES CONSERVATIVOS
MOVIMENTOS DAS PLACAS
TECTÔNICAS
ZONA DE SUBDUCÇÃO
OCEANO - OCEANO
Arcos de Ilhas:
• Cinturão Tectônico de intensos sismos.
• Alto fluxo de calor, arco com vulcões ativos.
ZONA DE SUBDUCÇÃO OCEANO-CONTINENTE
Imagens: Ético Sistema de Ensino
ONDAS SÍMICAS
SISMÓGRAFO
Esquema: Editora Saraiva
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EPIROGÊNESE:
é um conjunto de processos que resultam no
movimento da crosta terrestre, no sentido ascendente ou
descendente. Além disso, atinge vastas áreas continentais de forma
lenta, ocasionando regressões e transgressões marinhas. Ela também
pode ser definida como "Movimento Positivo" (vertical para cima) e
"Movimento Negativo" (vertical para baixo), das placas tectônicas. É
um movimento muito lento, e que não tem ligação com fortes ações
tectônicas, como terremotos.
MOVIMENTO EPIROGENÉTICO:
é um movimento geológico vertical, os
movimentos da crosta terrestre cujo sentido é ascendente ou
descendente, atingindo vastas áreas continentais, porém de forma
lenta, inclusive ocasionando regressões e transgressões marinhas.
MOVIMENTOS GEOLÓGICOS -
TECTONISMO
OROGÊNESE:
é o conjunto de processos que levam à formação ou
rejuvenescimento de montanhas ou cadeias de montanhas produzido
principalmente pelo diastrofismo (dobramentos, falhas ou a
combinação dos dois ), ou seja, pela deformação compressiva da
litosfera continental.
MOVIMENTOS GEOLÓGICOS -
TECTONISMO
MOVIMENTO OROGENÉTICO:
é um movimento geológico horizontal, que
pode ser entendido como o conjunto de processos que levam à formação
ou rejuvenescimento de montanhas ou cadeias de montanhas produzido
principalmente pelo diastrofismo (dobramentos, falhas ou a combinação
dos dois), ou seja, pela deformação compressiva da litosfera continental.
A orogenia ocorre quando há colisão de placas tectônicas e traz como
consequência a formação de dobramentos, cordilheiras ou fossas. Sua
área de atuação é marcada pela ocorrência frequente de sismos e pela
presença abundante de vulcões.
ROCHAS ÍGNEAS OU
MAGMÁTICAS
TIPOS DE ROCHA
METAMÓRFICAS
SEDIMENTARES
Rochas Ígneas ou
Magmáticas
Foram os primeiros tipos de rochas que se formaram, com a
consolidação da parte externa do planeta, há bilhões de anos.
A solidificação do magma pode se realizar tanto sobre a superfície
terrestre como no interior da crosta.
Esses tipos de rochas são
resultantes do resfriamento
e consolidação do magma,
que provém do interior da
Terra e é o principal
componente do manto.
O granito é um exemplo de rocha magmática.
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TIPOS DE ROCHA
As Rochas Ígneas e Magmáticas se dividem em extrusivas ou vulcânicas e
em intrusivas ou plutônicas.
Rochas intrusivas ou plutônicas:
são resultado de um lento
resfriamento do magma, originárias de regiões profundas no subsolo,
dando origem a cristais. Exemplos de rochas magmáticas são o granito
e o gabro.
Rochas extrusivas ou vulcânicas:
As formam-se a partir da expulsão do
magma devido às erupções vulcânicas, tendo um rápido resfriamento ao
atingir a superfície, passando do estado líquido ou gasoso num pequeno
intervalo de tempo. Por causa desse mesmo processo, sua estrutura será
vítrea, como consequência do pequeno intervalo de tempo que
impossibilita a cristalização dos minerais. Exemplos de rochas
magmáticas extrusivas são o basalto e a obsidiana.
TIPOS DE ROCHA
TIPOS DE ROCHA
Ígneas ou Magmáticas
As rochas ígneas ou magmáticas podem ser classificadas, ainda
como ácidas, básicas ou neutras. Tal diferenciação relaciona-se
diretamente com o teor de silício que a rocha apresenta na sua
composição.
A rocha será ácida quando esta possuir teores de silício acima de
65%, ocorrendo assim a formação de silicato e de cristais de
quartzo.
As rochas neutras serão formadas quando o teor de silício vai de
52 a 65%.
Finalmente, nas rochas básicas teremos um teor de silício que
varia entre 45 e 52%, sem ocorrer a formação de quartzo.
Formam-se pela acumulação (deposição) de
sedimentos, provenientes da fragmentação
de outras rochas; pela ação da água, do
vento e do gelo; e de restos de organismos
animais e vegetais. O processo de formação
das rochas sedimentares é extremamente
lento. Portanto, as rochas sedimentares são
formadas a partir da ação do agentes de
intemperismo e pedogênese.
Rochas sedimentares
Uma rocha magmática exposta, por exemplo, na superfície da Terra
sofre a ação do tempo e vai sendo decomposta. Os sedimentos, por sua
vez, depositam-se aos poucos no fundo de um lago ou oceano. Nesse
local, eles vão sendo comprimidos em camadas que, depois de muito
tempo, formam rochas sedimentares, como o arenito.
O calcário é um exemplo de rocha sedimentar.
Fonte: Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
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TIPOS DE ROCHA
Rochas metamórficas
Jazida de mármore em Carrara, na Itália.
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As rochas metamórficas geralmente são
ricas em metais. Quando possuem grãos
de ouro, prata, ferro ou outros metais são
chamadas minérios, todas de valor
comercial.
Esses tipos de rochas são resultados da transformação de rochas
sedimentares ou magmáticas, submetidas a grandes pressões (peso) e
elevadas temperaturas, formando, por exemplo, o mármore.
Embora possam manter características da rocha original, as rochas
metamórficas geralmente adquirem características novas. Elas costumam
se formar abaixo da superfície, em grande profundidade.
Fonte: Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
TIPOS DE ROCHA
Atenção: as rochas metamórficas
resultam de uma
rocha preexistente
ESTRUTURA GEOLÓGICA DO PLANETA
A partir da constatação do processo de formação rochosa
predo-minante, é possível classificar a estrutura geológica da Terra em:
CRISTALINA: rica em minerais metálicos, como cobre e ouro; sua
formação viria desde a Era Pré-Cambriana (escudos) até a Era
Paleozoica (maciços ou dobramentos antigos).
SEDIMENTAR: principalmente formada nas eras Paleozoica e
Mesozoica; ocorrências de jazidas de combustíveis fósseis, como o
petróleo, carvão e gás natural; estrutura predominante no território
brasileiro.
MODERNA (ou dobramentos modernos): formações ligadas ao
período Terciário da Era Cenozoica; pouco resistentes; foram afetadas
pelo movimento das placas tectônicas, resultando em grandes
cordilheiras e montanhas; ocorrência de minerais metálicos e
combustíveis fósseis.
O Brasil está totalmente contido na Plataforma Sul-Americana, cujo
embasamento de evolução geológica é muito complexo, remontando
à era Arqueana. Teve a sua consolidação completada entre o período
Proterozoico Superior e o início do período Paleozoico, com o
encerramento no ciclo Brasiliano.
ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL
O embasamento da Plataforma Sul-Americana acha-se essencialmente
estruturado sobre rochas metamórficas de idade arqueana, associado
às unidades proterozoicas que são representadas por faixas de
dobramentos e coberturas sedimentares e vulcânicas, pouco o nada
metamorfizadas.
Esse embasamento acha-se extensamente exposto em grandes
escudos, separados entre si por coberturas fanerozoicas, cujos limites
se estendem aos países vizinhos. Destacam-se os escudos das Guianas,
Brasil Central e Atlântico.
MAPA DA ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL
O escudo das
Guianas
compreende o
norte da bacia
Amazônica. O
escudo Brasileiro
divide-se em
Brasil-Central que
estende-se pelo
interior do Brasil e
sul dessa bacia; e
em escudo
Atlântico que
expõe-se na
porção oriental
atingindo a borda
atlântica.
Mapa: Google Imagens. Filtro de licença: marcadas para reutilização
com modificação. Disponível em:
<http://www.brcactaceae.org/ima gens/geol.gif>. Acesso em: 25 out.
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Sobre essa plataforma desenvolveram-se no Brasil, a partir do
Ordoviciano-Siluriano (Era Paleozoica), as coberturas sedimentares e
vulcânicas que preencheram espacialmente três extensas bacias:
Amazonas, Parnaíba e Paraná. Além dessas bacias, diversas outras bacias
menores, inclusive bacias costeiras e outras áreas de sedimentação
ocorrem expostas sobre a plataforma.
ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL
As bacias sedimentares ocupam cerca de 64% da área total do território
brasileiro. São divididas em grandes e pequenas bacias, denominadas
fanerozóicas, porque se formaram nas eras Paleozóica, Mesozóica e
Cenozóica.
No Brasil, as áreas cristalinas (escudos) ocupam cerca de 36% do
território, tendo sido formadas em épocas muito antigas
(pré-cambrianas). Os terrenos arqueozoicos correspondem a 32%, e os
proterozoicos a 4% da área total do país.
Nos terrenos da Era Proterozóica, estão as riquezas minerais do Brasil
(ferro, manganês, bauxita, ouro, entre outros).
ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL
Os movimentos orogênicos (dobramentos) no Brasil ocorreram em eras
muito antigas (principalmente pré-cambrianas), denominadas ciclo
brasiliano, dando origem às serras do Mar, da Mantiqueira e do
Espinhaço.
Os movimentos epirogênicos têm ocorrido nos últimos setenta milhões
de anos, soerguendo bacias sedimentares e formando planaltos.
O vulcanismo ocorreu, no Brasil, em épocas muito remotas,
principalmente na Era Mesozóica, quando lavas vulcânicas cobriram
extensas áreas das regiões de Poços de Caldas e Araxá, em Minas Gerais,
e grande parte do planalto Arenito-Basáltico, em São Paulo e no Paraná.
A atividade vulcânica esteve presente também na formação de nossas
ilhas oceânicas.
1. (PUC-RS) Muitas catástrofes naturais abalam a humanidade, como
terremotos, vulcanismo e maremotos. No Brasil, a ausência desses
fenômenos é explicada pela:
a) existência de terrenos cristalinos antigos localizados nos limites
de placas tectônicas.
b) ausência de rochas vulcânicas basálticas, indispensáveis na
ocorrência de vulcões.
c) localização, distante de dorsais oceânicas e das bordas das placas
tectônicas.
d) grande massa continental, que evita o escape do magma, mesmo
estando em áreas de subducção.
e) localização na Placa Sul-Americana, que não se movimenta desde
a Era Mesozóica.
1. (PUC-RS) Muitas catástrofes naturais abalam a humanidade, como
terremotos, vulcanismo e maremotos. No Brasil, a ausência desses
fenômenos é explicada pela:
a) existência de terrenos cristalinos antigos localizados nos limites
de placas tectônicas.
b) ausência de rochas vulcânicas basálticas, indispensáveis na
ocorrência de vulcões.
c) localização, distante de dorsais oceânicas e das bordas das placas
tectônicas.
d) grande massa continental, que evita o escape do magma, mesmo
estando em áreas de subducção.
e) localização na Placa Sul-Americana, que não se movimenta desde
a Era Mesozóica.
2. (UECE) A parte sólida e a parte com material em
estado de fusão da Terra correspondem,
respectivamente, à
a) criosfera e à litosfera.
b) litosfera e ao magma.
c) hidrosfera e ao magma.
d) troposfera e à criosfera.
e) troposfera e à litosfera.
EXERCÍCIOS
2. (UECE) A parte sólida e a parte com material em
estado de fusão da Terra correspondem,
respectivamente, à
a) criosfera e à litosfera.
b) litosfera e ao magma.
c) hidrosfera e ao magma.
d) troposfera e à criosfera.
e) troposfera e à litosfera.
EXERCÍCIOS
3. (FACID) Terremotos são gerados pelos movimentos naturais das
placas tectônicas da Terra, que causam ajustes na crosta terrestre,
afetando a organização das sociedades.
Em relação aos sismos naturais, é correto afirmar que eles são
causados por:
a) forças endógenas incontroláveis.
b) energias exógenas excepcionais.
c) forças antrópicas descontroladas.
d) energias antrópicas excepcionais.
e) forças endógenas e antrópicas.
3. (FACID) Terremotos são gerados pelos movimentos naturais das
placas tectônicas da Terra, que causam ajustes na crosta terrestre,
afetando a organização das sociedades.
Em relação aos sismos naturais, é correto afirmar que eles são
causados por:
a) forças endógenas incontroláveis.
b) energias exógenas excepcionais.
c) forças antrópicas descontroladas.
d) energias antrópicas excepcionais.
e) forças endógenas e antrópicas.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Lúcia Mariana Alves de & RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia. Vol. Único.
São Paulo: Ática, 2003.
BRANCO, A. L. & LUCCI E. A. G. Geografia: Homem & Espaço. São Paulo: Saraiva. 2011.
MARTINEZ, Rogério; GARCIA, Wanessa; ALVES, Andressa & BOLIGIAN, Levon.
Geografia: Espaço e Vivência. Vol. 9. São Paulo: Atual, 2009.
MORAES, Paulo Roberto. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Harbra, V. Único,
2010.
PINTO, Anderson Alves. Geomorfologia. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2016
(Material Didático). 162 p.