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Apost Metod Cient 1

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Academic year: 2021

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www.unoesc.edu.br Universidade do Oeste de Santa Catarina

2º Semestre de 2006

(2)

M593 Metodologia científica : educação a distância / (coord.) Ardinete Rover. – Joaçaba : UNOESC, 2006.

103 p. : il. ; 23 cm. – (Material didático)

Modo de acesso: Unoesc Virtual. Também disponível para reprografia. Inclui bibliografia

1. Metodologia científica. I. Rover, Ardinete, (coord.)

CDD 001.42

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unoesc.

Este material é de uso exclusivo dos alunos matriculados nas disciplinas a distância da Unoesc.

Reitoria:

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Campus de São Miguel do Oeste Rua Oiapoc, 211 Bairro Agostini CEP 89900-000 Fone: 49 3631-1000 Campus de Videira Rua Paese, 198 Bairro das Torres CEP 89560-000 Fone: 49 3551-1422

Campus de Xanxerê Rua Dirceu Giordani, 696 Bairro Universitário CEP 89820-000 Fone: 49 3441-7000

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Reitor: Aristides Cimadon Presidente da Funoesc: Genesio Téo Vice-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e

Extensão: Luiz Carlos Lückmann Vice-reitora de Graduação: Ana Beatriz Brancher

Vice-reitores de Campus: Campus de São Miguel do Oeste: Vitor C. D’Agostini Campus de Videira: Antonio Carlos de Souza Campus de Xanxerê: Genesio Téo

Diretor Geral de Administração: Campus de Joaçaba: Osmar Mena Barreto Pró-reitores de Pesquisa, Pós-Graduação

e Extensão: Campus de São Miguel do Oeste: Roque Strieder Campus de Videira: Marcelo Zenaro

Pró-reitores de Graduação: Campus de São Miguel do Oeste: Nelson Santos Machado Campus de Videira: Ernani Tadeu Rizzi

Campus de Xanxerê: Roberto Mauro Dall’Agnol

Coordenação da Unoesc Virtual: Ardinete Rover

Coordenações locais da Unoesc Virtual: Campus de Joaçaba: Roseli Rocha Moterle

Campus de São Miguel do Oeste: Anibal Lopes Guedes Campus de Videira: Rosa Maria Pascoali

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Informação e Comunicação: Campus de Joaçaba: Lindamir Secchi Gadler Campus de São Miguel do Oeste: Carlos Requia Campus de Videira: Fabiano Wonzoski

Campus de Xanxerê: Davidson Mazzoco Davi Professores conteudistas da Disciplina de

Metodologia Científica: Abele Marcos Casarotto Ardinete Rover

Claudia Elisa Grasel Ernani Tadeu Rizzi Rosa Maria Pascoali

Teresa Machado da Silva Dill Elaboração e produção gráfica: Roseli Rocha Moterle

Revisão Lingüística: Marisa Vargas

Débora Diersmann Silva Pereira Revisão Eletrônica: Débora Diersmann Silva Pereira

Capa: Coordenadoria de Comunicação e Marketing Elediana Fátima de Quadros

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO... 3

PLANO DE ESTUDO DA DISCIPLINA ... 5

UNIDADE 1 CIÊNCIA E CONHECIMENTO... 7

SEÇÃO 1 A disciplina Metodologia Científica ... 8

SEÇÃO 2 A definição de ciência ... 9

SEÇÃO 3 A natureza do conhecimento ...13

SEÇÃO 4 Método e técnica ...17

UNIDADE 2 A LEITURA E A DOCUMENTAÇÃO... 23

SEÇÃO 1 A importância da leitura... 24

SEÇÃO 2 Aproveitamento da leitura ... 26

SECÃO 3 Documentação ... 28

UNIDADE 3 ELABORAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS ACADÊMICOS ... 33

SEÇÃO 1 Técnicas para redigir textos ... 34

SEÇÃO 2 Trabalhos científicos acadêmicos ... 37

UNIDADE 4 FORMAS DE ELABORAR CITAÇÕES E REFERÊNCIAS . 43 SEÇÃO 1 Regras para elaboração de citações... 44

SEÇÃO 2 Regras complementares das citações (NBR: 10520, ago.,2002) ...51

SEÇÃO 3 Formas de apresentação das referências ... 56

SEÇÃO 4 Regras complementares de referências (NBR: 6023, ago. 2002) ... 64

UNIDADE 5 ESTRUTURA DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS ACADÊMICOS ... 71

SEÇÃO 1 Estrutura e apresentação de trabalhos científicos acadêmicos... 72

SEÇÃO 2 Elementos pré-textuais ... 73

SEÇÃO 3 Elementos textuais... 81

SEÇÃO 4 Elementos pós-textuais... 84

SEÇÃO 5 Formas de apresentação ... 86

UNIDADE 6 PROJETO DE PESQUISA ...91

SEÇÃO 1 Projetos de Pesquisa: noções introdutórias ... 92

REFERÊNCIAS ... 101

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APRESENTAÇÃO

Caro acadêmico, este material didático corresponde à disciplina de Metodologia Científica. Ele foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma; os conteúdos foram cuidadosamente selecionados e a linguagem utilizada facilitará seus estudos a distância.

A disciplina de Metodologia Científica é importantíssima para a sua vida acadêmica; os conteúdos apresentados servirão de base para todo o curso e para a sua atuação profissional também, portanto é necessário que você dedique tempo para a leitura do material e realize as atividades de auto-avaliação que se encontram ao final de cada unidade. As atividades de auto-avaliação não devem ser encaminhadas ao professor tutor, elas foram elaboradas pensando em facilitar seus estudos e testar seus conhecimentos após o término da leitura da unidade. Ao final do material, você encontrará o gabarito para comparar com as suas respostas.

Recomendamos que, antes de começar os seus estudos, leia com muita atenção o Guia do Aluno da disciplina, pois ele contém informações importantes para você concluir a disciplina com sucesso. No Guia ,também se encontram o cronograma da disciplina e as atividades avaliativas de G1, que deverão ser encaminhadas ao professor tutor. As datas estabelecidas no cronograma devem ser cumpridas rigorosamente.

Quando falamos em educação a distância, não quer dizer que você estará sozinho nos seus estudos; lembre-se de que poderá contar, sempre que precisar, com a ajuda do professor tutor.

Desejamos que tenha muito sucesso nesta disciplina e em todo o curso.

Bons Estudos!

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PLANO DE ESTUDO DA DISCIPLINA

E

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E

MENTÁRIOMENTÁRIOMENTÁRIOMENTÁRIO

Ciência e tipos de conhecimento. Métodos de estudo. Métodos e técnicas de elaboração e apresentação de trabalhos científicos (projetos, relatórios e artigos), de acordo com as normas da ABNT.

O

O

O

O

BJETIVO GERAL DA DISBJETIVO GERAL DA DISBJETIVO GERAL DA DISBJETIVO GERAL DA DISCIPLINACIPLINACIPLINACIPLINA

Levar o aluno a compreender os conceitos básicos sobre a ciência, o método científico para a elaboração de textos e pesquisa, obedecendo ao que rezam as normas da ABNT.

O

O

O

O

BJETIVOS ESPECÍFICOSBJETIVOS ESPECÍFICOSBJETIVOS ESPECÍFICOSBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Despertar no aluno, desde o começo de seu curso, o interesse pela pesquisa e, assim, educá-lo a pensar e raciocinar de forma crítica.

• Habilitar o aluno para a leitura crítica da realidade e a produção do conhecimento.

• Instrumentalizar o aluno para que, a partir do estudo, possa elaborar trabalhos acadêmicos inseridos nas normas técnicas.

• Oportunizar ao aluno assumir um comportamento científico, para que seja capaz de construir textos por meio da pesquisa.

C

C

C

C

ARGA HORÁRIAARGA HORÁRIAARGA HORÁRIAARGA HORÁRIA

A duração da disciplina seguirá um cronograma de atividades para orientar o seu estudo, conforme a carga horária proposta na matriz curricular.

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C

C

C

C

RONOGRAMA DE ESTUDORONOGRAMA DE ESTUDORONOGRAMA DE ESTUDORONOGRAMA DE ESTUDO

EVENTO ATIVIDADES DATAS DE

ENTREGA

Encontro presencial

Início da disciplina com a apresentação dos responsáveis e professores tutores, orientações sobre o funcionamento da disciplina, da

modalidade de ensino e uma oficina de utilização do ambiente virtual de aprendizagem - Portal de Ensino da Unoesc.

__ /__ /__

Fórum de

discussão Primeira temática: tipos de conhecimento. __ /__ a __ /__ Unidade 1 Ciência e conhecimento Unidade 2 A leitura e a documentação

Leitura das unidades 1 e 2 do material didático. Realização das atividades de auto-avaliação. Realização da atividade:

Avaliação on-line.

__ /__ a __ /__

Fórum de discussão

Segunda temática: citações e referências em

trabalhos científicos acadêmicos. __ /__ a __ /__ Unidade 3 Elaboração de trabalhos científicos acadêmicos Unidade 4 Formas de elaborar citações e referências

Leitura das unidades 3 e 4 do material didático. Realização das atividades de auto-avaliação. Realização da atividade: Redigir um paper. __ /__ a __ /__ Unidade 5 Estrutura dos trabalhos acadêmicos Unidade 6 Projetos de pesquisa

Leitura da unidade 5 do material didático. Realização das atividades de auto-avaliação. Realização da atividade:

Trabalho científico acadêmico.

__ /__ a __ /__

Encontro

presencial Avaliação presencial de G2 __ /__ /__ Avaliação de G2 fora de prazo __ /__ /__

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1

Metodologia Científica________________________________________________ Unoesc Virtual _________________________________________________________ 7

Unidade 1

Ciência e conhecimento

O

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O

O

BJETIVOS DE APRENDIZBJETIVOS DE APRENDIZBJETIVOS DE APRENDIZBJETIVOS DE APRENDIZAGEMAGEMAGEMAGEM

Ao terminar a leitura desta unidade, você deverá ser capaz de:

• entender a ciência como um modo de compreender e analisar o mundo empírico, envolvendo o conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento científico;

• compreender a importância dos diferentes níveis de conhecimento e saber diferenciá-los;

• distinguir método de técnica.

P

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P

LANO DE LANO DE LANO DE LANO DE ESTUDOESTUDOESTUDOESTUDO

A fim de atingir os objetivos propostos nesta unidade, o conteúdo está dividido em seções:

Seção 1: A disciplina Metodologia Científica Seção 2: A definição de ciência

Seção 3: A natureza do conhecimento Seção 4: Método e técnica

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Para início do estudo

Antes de apresentarmos os conteúdos que fazem parte da ementa desta disciplina, vamos refletir um pouco sobre o significado da Metodologia Científica e a importância dela para a sua formação acadêmica.

SEÇÃO 1

A disciplina Metodologia Científica

Você já conheceu, no plano de estudo, os objetivos desta disciplina e deve ter percebido a sua importância, mas gostaríamos de aprofundar um pouco nossa reflexão sobre a presença dela no seu curso, a fim de conduzi-lo, com os conteúdos que serão desenvolvidos, ao entendimento de que, por meio do estudo e da leitura, você poderá ampliar suas capacidades de pensamento e atitudes. Para isso, precisamos partir da compreensão de que Metodologia Científica é a disciplina que "estuda os caminhos do saber", entendendo que "método" representa caminho, "logia" significa estudo e "ciência", saber.

Perceba, então, o quanto importante é estudarmos os caminhos do saber. Os caminhos, ou seja, os métodos ensinados nesta disciplina, são procedimentos ou normas para a realização de trabalhos acadêmicos, a fim de dar ordenamento aos assuntos pesquisados. O método é um conjunto de procedimentos sistemáticos no qual os questionamentos são utilizados com critérios de caráter científico, para termos fidedignidade dos dados, envolvendo princípios e normas que possam orientar e possibilitar condições ao pesquisador, na realização de seus trabalhos, para que o resultado seja confiável e tenha maior possibilidade de ser generalizado para outros casos.

Mas, sobre o método, você terá, na próxima unidade, uma seção específica e poderá entender melhor seu significado e sua relação com esta disciplina.

Você também aprenderá, nesta disciplina, a arte da leitura, da análise e interpretação de textos, para que não seja, durante o curso, um aluno-copista, que reproduz em suas pesquisas e trabalhos acadêmicos o que outros disseram, sem nenhum juízo de valor, crítica ou apreciação, mas, sim, um aluno que analisa, interpreta e participa ativamente do seu processo de aprendizagem.

Você sabia que o homem pré-histórico não conseguia entender os fenômenos da natureza, por isso tinha reações de medo?

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Ciência e conhecimento ________________________________________________

_____________________________________________________________ Unidade 1 9

Durante algum tempo foi assim, as gerações, ao se sucederem, foram recebendo um mundo já trabalhado e adaptado, e as fases foram se modificando, passando do medo à tentativa de encontrar explicações aos fenômenos da natureza, buscando respostas por meio de crenças e magias, que também não foram suficientes. O ser humano evoluiu para a busca de respostas através de caminhos que pudessem ser comprovados, nos quais pudesse refletir sobre as experiências e transmitir a outros. A necessidade de saber o porquê dos acontecimentos foi o impulso para a evolução do homem e o surgimento da ciência.

Aprofundaremos nossos estudos sobre a evolução do homem e o surgimento da ciência nas seções a seguir.

SEÇÃO 2

A definição de ciência

Você deve ter percebido que o homem sentiu a necessidade de saber o porquê dos acontecimentos e que, dessa forma, surgiu a ciência (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 84). Para entender melhor esse assunto, você precisa compreender o que é ciência e, também, distinguir ciência e senso comum.

Vamos, então, ao conceito de ciência!

O que é ciência?

Etimologicamente, ciência significa conhecimento. Mas, nem todos os tipos de conhecimento pertencem à ciência, como o conhecimento vulgar e outros, que estudaremos na seção 3.

Vejamos o que alguns autores nos apresentam.

Cervo e Bervian (2002, p. 16) afirmam que:

A ciência é um modo de compreender e analisar o mundo empírico, envolvendo o conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento científico através do uso da consciência crítica que levará o pesquisador a distinguir o essencial do superficial e o principal do secundário.

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A ciência demonstra que é capaz de fornecer respostas dignas de confiança sujeitas a críticas; é uma forma de entender, compreender os fenômenos que ocorrem. Na verdade, a ciência é constituída pela observação sistemática dos fatos; por intermédio da análise e da experimentação, extraímos resultados que passam a ser avaliados universalmente.

Quando faz referência à ciência, Oliveira (2002, p. 47) afirma que:

Trata-se do estudo, com critérios metodológicos, das relações existentes entre causa e efeito de um fenômeno qualquer no qual o estudioso se propõe a demonstrar a verdade dos fatos e suas aplicações práticas. É uma forma de conhecimento sistemático, dos fenômenos da natureza, dos fenômenos sociais, dos fenômenos biológicos, matemáticos, físicos e químicos, para se chegar a um conjunto de conclusões verdadeiras, lógicas, exatas, demonstráveis por meio da pesquisa e dos testes.

Você pode perceber, com o autor, que os fenômenos de que os homens pré-históricos sentiam medo passaram a ser explicados pelos estudos, por meio de critérios metodológicos. Veja a importância da ciência como uma forma de conhecimento humano, objetivo, racional, sistemático, geral, verificável e falível.

Agora que você já sabe o que é a ciência, precisa entender também que o trabalho de cunho científico implica a produção do conhecimento, sendo este classificado como comum e científico.

No conhecimento científico, o pensar deve ser sistemático, verificando uma hipótese (ou conjunto de hipóteses), atribuindo o rigor na utilização de métodos científicos. Dessa forma, o trabalho científico configura-se na produção elaborada a partir de questões específicas de estudo.

Segundo Galliano (1986, p. 26), “ao analisar um fato, o conhecimento científico não apenas trata de explicá-lo, mas também busca descobrir suas relações com outros fatos e explicá-los.”

E sobre o senso comum?

Para entendermos melhor o senso comum e sabermos diferenciá-lo do conhecimento científico, podemos nos apropriar da literatura que nos apresentam diversos autores, como Galliano (1986), Cervo e Bervian (2002), Lakatos e Marconi (2003), Fachin (2003), entre outros, que definem senso comum como algo que vem da experiência do dia-a-dia, os conhecimentos que se desenvolvem a partir do cotidiano ou da necessidade.

Uma hipótese é uma teoria provável, mas não demonstrada; uma suposição admissível. Fonte: http://pt.wikipedi a.org/wiki

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Ciência e conhecimento ________________________________________________

_____________________________________________________________ Unidade 1 11

O senso comum, enquanto conhecimento aprendido à luz das experiências e observações imediatas do mundo circundante, é uma forma de conhecimento que permanece no nível das crenças vividas, segundo uma interpretação previamente estabelecida e adotada pelo grupo social. Ao contrário do conhecimento científico, leva a pensar de forma assistemática, sensitiva e subjetiva, sem atribuir o rigor e a utilização do método científico.

É importante sabermos que do conhecimento do senso comum podemos desenvolver o conhecimento científico, pois ditos populares podem gerar questões que, às vezes, levam à pesquisa e à investigação científica, ou seja, aquilo a que o senso comum não responde, a ciência pode responder.

Você pode entender melhor a diferença entre o senso comum e o conhecimento científico, pensando nos tratamentos médicos. Muitos remédios foram utilizados, inicialmente, pelas comadres ou pelos índios, uma vez que o conhecimento deles era advindo do senso comum, que também chamamos de conhecimento vulgar.

Quer saber como? Aos remédios produzidos pelas comadres, pode ser aplicado um método científico, após ser comprovada a eficácia dos métodos de cura; passam, então, a ser considerados um conhecimento científico. Antes disso, não era válida a comprovação do senso comum, mesmo que já tivesse curado diversas doenças, porque não havia passado pelo método científico.

Você pode associar isso à sua vida acadêmica. Muitas vezes, na realização de um trabalho de estudos, com a investigação de um problema, você precisará aplicar os métodos científicos para chegar a um resultado comprovado, não poderá ficar no “achismo” ou no “vou fazer assim porque sempre deu certo”.

Perceba, então, a importância da utilização dos métodos científicos na sua vida acadêmica!

Agora que você finalizou o estudo desta seção, veja se assimilou bem o conteúdo, fazendo a auto-avaliação a seguir.

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AUTO-AVALIAÇÃO 1

Classifique as situações seguintes como senso comum (SC) ou conhecimento científico (CC):

( ) Para a elaboração de trabalhos acadêmicos, utilizamos as normas definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

( ) Segundo os ditos populares, não podemos comer uva e melancia ao mesmo tempo, porque isso causa dor de estômago.

( ) Angino-Rub ungüento é um composto de cânfora e mentol + associações e é indicado ao alívio da tosse e ação descongestionante.

( ) O leite de soja sem lactose é um alimento com proteína isolada de soja e é indicado para quem não pode beber leite de vaca.

( ) A certificação ISO 9001, versão 2000, que versa sobre Sistema de Gestão da Qualidade, garante sucesso ao processo de qualidade implantado pelas organizações.

( ) A melhor coisa para quando a criança está agitada é o benzimento; com isso, imediatamente, ela se acalma.

( ) Se alguém tomar todos os dias uma xícara de chá quente com ervas (carqueja, espinheira santa e alcachofra), pode emagrecer até 5 quilos por mês.

( ) O adoçante dietético é composto de sacarina sódica e ciclamato de sódio e utilizado por quem está fazendo regime alimentar.

( ) Para elaborar citações, a melhor fonte de informações é a NBR 10520 da ABNT.

( ) Antigamente, muitas mulheres, quando concebiam um filho, ficavam de resguardo na alimentação e não lavavam a cabeça por 40 dias, porque isso poderia causar problemas de saúde para a vida toda.

( ) O Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) cuida da normalização de produtos e serviços de qualidade.

( ) Algumas mães usam algumas gotas de leite materno para curar a dor de ouvido das crianças.

Agora que você já sabe a diferença entre conhecimento científico e senso comum e percebe que seus trabalhos devem obedecer ao rigor científico, é importante que se concentre para estudar mais profundamente sobre a natureza do conhecimento.

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Ciência e conhecimento ________________________________________________

_____________________________________________________________ Unidade 1 13

SEÇÃO 3

A natureza do conhecimento

Você já parou para pensar nos tipos de conhecimento existentes?

Certamente você convive com alguns deles. Fazendo a leitura dessa seção, você conseguirá identificar os conhecimentos que fazem parte da sua vida. Então, vamos lá!

Existem pelo menos quatro níveis de conhecimento fundamentais: empírico, científico, filosófico e teológico.

Cabe lembrar que, na academia, você utilizará somente o conhecimento científico, porém é necessário conhecer todos, para entendê-lo melhor.

Veja o que dizem os autores Cervo e Bervian (2002, p. 8-12) sobre o assunto.

• Empírico: é o conhecimento popular (vulgar), guiado somente pelo que adquirimos na vida cotidiana ou ao acaso, servindo-nos da experiência do outro, às vezes ensinando, às vezes aprendendo, num processo intenso de interação humana e social. É assistemático, está relacionado com as crenças e os valores, faz parte de antigas tradições. Como exemplo de conhecimento empírico, você já deve ter ouvido o dito popular de que tomar chá de macela, mais conhecida como marcela, cura dor de estômago, mas ela precisa ser colhida na Sexta-feira Santa, antes do sol nascer.

• Científico: é o conhecimento real e sistemático, próximo ao exato, procurando conhecer além do fenômeno em si, as causas e leis. Por meio da classificação, comparação, aplicação dos métodos, análise e síntese, o pesquisador extrai do contexto social, ou do universo, princípios e leis que estruturam um conhecimento rigorosamente válido e universal. Neste, são feitos questionamentos e procuradas explicações sobre os fatos, através de procedimentos que possam levar ao resultado com comprovação. Não é considerado algo pronto, acabado e definitivo, busca constantemente explicações, soluções, revisões e reavaliações de seus resultados, pois, segundo Cervo e Bervian (2002), a ciência é um processo em construção.

Analisar o mesmo exemplo anterior no contexto científico, poderia, mediante o estudo, verificar a relação de causa e efeito e o princípio ativo que determina o desaparecimento do sintoma “dor de estômago”, quando da ingestão do chá de macela.

• Filosófico: procura conhecer a realidade em seu contexto universal, sem soluções definitivas para a maioria das questões; busca constantemente o

Não há controle; adquire-se independente-mente de estudos, pesquisas ou aplicações de métodos e investigações. Controlado por registros e observações, fazendo-se controles do observador e do observado.

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sentido da justificação e a possibilidade de interpretação a respeito do homem e de sua existência concreta. A tarefa principal da filosofia resume-se na reflexão.

Cervo e Bervian (2002) apresentam alguns exemplos que deixam claro esse conceito, verifique:

- A máquina substituirá o homem?

- As conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado do homem? - O que é valor hoje?

A filosofia procura compreender a realidade em seu contexto universal. Não produz soluções definitivas para grande número de questões, mas habilita o ser humano a fazer uso de suas faculdades para entender melhor o sentido da vida, concretamente.

• Teológico: é o estudo de questões referentes ao conhecimento da divindade, implicando sempre em uma atitude de fé diante de revelações de um mistério ou sobrenatural, interpretados como mensagem ou manifestação divina. Esse conhecimento está intimamente relacionado a um Deus, seja este Jesus Cristo, Buda, Maomé, um ser invisível, ou qualquer entidade entendida como ser supremo, dependendo da cultura de cada povo, com quem o ser humano se relaciona por intermédio da fé religiosa.

Exemplo disso são os conhecimentos adquiridos e praticados pelos homens tendo como base os textos da Bíblia Sagrada ou quaisquer outros livros sagrados.

Você já pode diferenciar os diversos tipos de conhecimento, mas vale a pena apresentarmos algumas contribuições de outros autores.

Oliveira (2003) contribui, ainda, sobre o assunto, sintetizando os tipos de conhecimento, conforme Quadro 1:

Vulgar Científico Filosófico Religioso

valorativo reflexivo falível assistemático verificável inexato real contingente falível sistemático verificável exato valorativo racional infalível sistemático não-verificável exato valorativo inspiracional infalível sistemático não-verificável exato

Quadro 1: As várias formas de conhecimento

Fonte: Oliveira (2003, p. 37). Tudo o que é

oculto, que provoca curiosidade e busca; pode estar ligado a dados da natureza, da vida futura, da existência do absoluto, entre outros.

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Ciência e conhecimento ________________________________________________

_____________________________________________________________ Unidade 1 15

A seguir, procuramos sintetizar o quadro apresentado por Oliveira (2003, p. 37-41), somado às contribuições de Galliano (1986, p. 18-20), sobre as formas de conhecimento:

• Conhecimento vulgar ou popular: é utilizado por meio do senso comum, geralmente passado de geração em geração, disseminado pela cultura baseada na imitação e experiência pessoal; é empregado pela experiência pessoal do dia-a-dia, sem crítica.

• Conhecimento filosófico: não é passível de observações sensoriais, utiliza o método racional, no qual prevalece o método dedutivo antecedendo a experiência; não exige comparação experimental, mas coerência lógica, a fim de procurar conclusões sobre o universo e as indagações do espírito humano.

• Conhecimento religioso ou teológico: é incontestável em suas verdades, por tratar de revelações divinas; não é colocado à prova e nem pode ser verificado.

• Conhecimento científico: por meio da ciência, busca um conhecimento sistematizado dos fenômenos, obtido segundo determinado método, que aponta a verdade dos fatos experimentados e sua aplicação prática.

O conhecimento científico pode ser: contingente (hipóteses traduzem resultado através da experimentação); sistemático (procedimento ordenado forma um sistema encadeado de idéias); verificável (afirmações podem ser comprovadas); falível (novas proposições podem mudar as teorias existentes); real (lida com o real, conforme ocorrência dos fatos) isso é o que enfatiza Oliveira (2003, p. 39-40).

Chegou o momento de fazermos uma parada, para refletir. Você entendeu a classificação dos diferentes tipos de conhecimento? Então, faça a auto-avaliação 2.

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AUTO-AVALIAÇÃO 2

Leia o que é solicitado no enunciado de cada questão e responda.

1 Todo conhecimento científico é verdadeiro e definitivo. Argumente sua resposta. ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________

2 Correlacione as afirmações sobre os tipos de conhecimento com as situações apresentadas para eles.

a) Empírico b) Científico c) Filosófico d) Teológico

( ) Gelatina diet (sem adição de açúcar), contendo três vitaminas e dois sais minerais, é indicada para quem necessita fazer tratamento de ingestão controlada de açúcar.

( ) O homem poderá ser produzido em série, em tubos de ensaio. ( ) Benzer cura dor de cabeça, mas tem de ser antes do pôr do Sol. ( ) Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar dos pecados.

Você concluiu a seção que trata do conhecimento. Agora, voltaremos nossa atenção ao método e à técnica, pois toda Ciência ou todo acontecimento que pretende tornar-se científico caracteriza-se, pela utilização de métodos científicos.

Mas, nem todos os campos de estudo que se utilizam desses métodos podem ser classificados como Ciência. Vejamos!

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Ciência e conhecimento ________________________________________________

_____________________________________________________________ Unidade 1 17

SEÇÃO 4

Método e técnica

Iniciaremos os estudos desta seção observando que a utilização de métodos científicos não é uma questão exclusiva da Ciência. Por outro lado, podemos afirmar que não há Ciência sem que haja o emprego sistemático de métodos científicos. Assim, apresentamos alguns conceitos de método científico, para depois apresentarmos a diferença entre o método e a técnica, e você entenderá melhor essa relação com a Ciência.

Veja como Lakatos e Marconi (2003, p. 85) o definem:

[...] o método é um conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros –, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.

Também Oliveira (2002, p. 58) contribui, afirmando que método é um conjunto de regras ou critérios que servem de referência no processo de busca da explicação ou da elaboração de previsões, em relação a questões ou problemas específicos. Porém, antes de desenvolver o método, é preciso estabelecer os objetivos que pretendemos atingir, de forma clara, examinando de uma maneira ordenada as questões: Por que ocorre? Como ocorre? Onde ocorre? Quando ocorre? O que ocorre?

Método é o conjunto de processos empregados em uma investigação. Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 23-25), não inventamos um método, ele depende do objeto da pesquisa, pois toda a investigação nasce de algum problema observado ou sentido, por isso o uso do conjunto de etapas de que se serve o método científico, para fornecer subsídios necessários na busca de um resultado para a hipótese pesquisada.

Segundo Fachin (2003, p. 28), o método científico é um traço característico da ciência aplicada, pelo qual se coloca em evidência o conjunto de etapas operacionais ocorrido na manipulação para alcançar determinado objetivo científico. Para tanto, consideramos pelo menos dois aspectos do método científico:

• sua aplicação de modo generalizado, denominada método geral;

• sua aplicação de forma particular, ou, relativamente, a uma situação do questionamento científico, denominada método específico.

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O método é, portanto, segundo Oliveira (2002, p. 57), “Uma forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, quer seja para estudá-lo, quer seja para explicá-lo.”

Você já pode entender que a ciência é constituída de um conhecimento racional, metódico e sistemático, capaz de ser submetido à verificação, buscado através de métodos e técnicas diversas, ou seja, por passos nos quais se descobrem novas relações entre fenômenos que interessam a um determinado ramo científico ou aspectos ainda não revelados de um determinado fenômeno (GALLIANO, 1986, p. 28).

Agora que você leu a contribuição de diversos autores especializados no assunto sobre métodos, apresentaremos uma situação interessante, descrita por Galliano (1986, p. 4-5).

O autor afirma que qualquer pessoa vive diariamente cercada por métodos, ainda que não os perceba. Ao limpar a casa, você não passa, primeiro, o pano molhado, para, depois, varrer o chão; ao fazer um churrasco, você não assa a carne antes de colocar o sal e os temperos; ao comer uma laranja, você não a corta em pedaços para depois tirar a casca; tem de usar o método adequado para atingir um objetivo tão simples.

Galliano cita um exemplo, o de estar calçado com meia e sapato, que deixa ainda mais clara a explicação. Se não seguir a ordem correta das ações, primeiro você calçará o sapato, depois verificará que não é possível pôr a meia, já calçado com o sapato, assim, terá de deslo, para então colocar a meia e novamente calçá-lo.

O que o autor quis demonstrar com o exemplo?

Que, ao deixar de seguir a ordem correta das ações no emprego do método, o resultado não é alcançado na primeira tentativa. Para chegar ao resultado esperado, você deve voltar ao início da seqüência e fazê-la de forma correta, ou seja, observar o método, já que quando o método não é observado, você gasta tempo e energia inutilmente. O autor complementa: o método nada mais é do que o caminho para chegarmos a um fim.

Reflita um pouco.

Você consegue lembrar de outros métodos que estão presentes na sua vida cotidiana? Analise o que existe de comum entre eles, assim, poderá fazer sua própria definição sobre método.

Como se classificam os métodos científicos?

Racional: constituído por conceitos, tendo como ponto de partida e ponto de chegada apenas idéias (hipóteses), não os fatos. Metódico: segue etapas, normas e técnicas, cuja aplicação obedece a um método preestabelecido. Sistemático: constitui-se de um sistema de idéias interligadas logicamente que se apresentam como um conjunto de princípios fundamentais, adequados a uma classe de fatos, que compõem uma teoria.

Verificação: o conhecimento é válido, quando passa pela prova da experiência ou, da demonstração.

(23)

Ciência e conhecimento ________________________________________________

_____________________________________________________________ Unidade 1 19

Para esclarecer melhor o assunto, apresentaremos as diversas formas de classificação dos métodos científicos, segundo alguns autores especializados no assunto.

Dentre os métodos mais usuais para o desenvolvimento e a ordenação do raciocínio, Bastos e Keller (2002, p. 84-85) destacam:

• dedução: descobre uma verdade a partir de outras verdades que já conhecemos;

• indução: parte da enumeração de experiência ou casos particulares, para chegar a conclusões de ordem universal; inclui quatro etapas: observação, hipótese, experimentação e a constatação de que a hipótese levantada, para explicar o fato observado, é confirmada pela experimentação e transformada em teoria ou lei.

Saiba Mais

O livro “Aprendendo a aprender: uma introdução à metodologia científica”, de Bastos e Keller (2002, p. 87-90), apresenta um exemplo muito interessante do método de indução.

Para a compreensão dos fatos pela ciência, os procedimentos fundamentais na pesquisa devem ser processados, conforme Fachin (2003, p. 29-31), pelo método indutivo (análise) e pelo método dedutivo (síntese):

• indutivo: é um procedimento do raciocínio que, a partir de uma análise de dados particulares, encaminhamos para as noções gerais. A autora apresenta o seguinte exemplo: partindo da observação empírica de que a prata é minério condutor de eletricidade e que se inclui no grupo dos metais, ela faz, por sua vez, parte dos minérios. Disso se infere, por análise indutiva, que a prata é condutor de eletricidade;

• dedutivo: parte do geral para o particular. Sobre o mesmo exemplo, a autora afirma que todos os metais são condutores de eletricidade. A prata é um metal, logo, é condutor de eletricidade. Pelo raciocínio dedutivo, se os metais pertencem ao grupo dos condutores de eletricidade e se a prata conduz eletricidade, necessariamente, entendemos que a prata é um metal.

Conclui Fachin (2003, p. 31) que os métodos indutivo e dedutivo não se opõem e constituem uma única cadeia de raciocínio. Cita, ainda, como exemplo: a varíola é curável com a vacina X; ora, um paciente tal é portador de varíola, logo, é curado com a vacina X. Houve uma intuição para estabelecer a ordem geral do conhecimento quanto ao medicamento, por meio do raciocínio dedutivo, com o

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aproveitamento de uma experiência conhecida e induzida anteriormente. O método indutivo é uma fase meramente científica, é o espírito experimental da ciência, que oferece probabilidades, enquanto o dedutivo é a fase da realização da atividade, oferecendo certezas.

Oliveira (2002, p. 63) complementa, sobre os métodos indutivo e dedutivo, quando observa que:

A dedução e a indução, tal como a síntese e análise, generalizações e abstrações, não são métodos isolados de raciocínio de pesquisa. Eles se completam [...]; a conclusão estabelecida pela indução pode servir de princípio – premissa maior - para a dedução, mas a conclusão da dedução pode também servir de princípio da indução seguinte – premissa menor –, e assim sucessivamente.

De acordo com Miranda Neto (2005, p. 22-26), o método científico não é um só, existem diferentes formas de procedermos para obter resultados científicos; os métodos analítico e sintético, indutivo e dedutivo são de importância fundamental para a construção da base teórica de todas as ciências, cabe ao pesquisador decidir qual o método mais adequado.

Até este momento, falamos sobre método de pesquisa; agora, falaremos sobre técnicas e a diferença entre método e técnica.

A técnica da pesquisa trata dos procedimentos práticos que devem ser adotados para realizar um trabalho científico, qualquer que seja o método aplicado, é o que escreve Miranda Neto (2005, p. 39). A técnica serve para registrar e quantificar os dados observados, ordená-los e classificá-los. A técnica, especifica como fazer (OLIVEIRA, 2002, p. 58).

Para a realização de uma pesquisa, é necessário o uso de técnicas adequadas, capazes de coletar dados suficientes, de modo que dêem conta dos objetivos traçados, quando da sua projeção. Para determinar o tipo de instrumento, é necessário observar o que será estudado, a que irá reportar.

Na realização de uma pesquisa, segundo Oliveira (2003, p. 66), depois de definidas as fontes de dados e o tipo de pesquisa, que pode ser de campo ou de laboratório, devemos levantar as técnicas a serem utilizadas para a coleta de dados, destacando-se: questionários, entrevistas, observação, formulários e discussão em grupo.

(25)

Ciência e conhecimento ________________________________________________

_____________________________________________________________ Unidade 1 21

E então, como podemos diferenciar método e técnica?

Veja o que Fachin (2003, p. 29) escreve:

Vale a pena salientar que métodos e técnicas se relacionam, mas são distintos. O método é um conjunto de etapas ordenadamente dispostas, destinadas a realizar e antecipar uma atividade na busca de uma realidade; enquanto a técnica está ligada ao modo de se realizar a atividade de forma mais hábil, mais perfeita. [...] O método se refere ao atendimento de um objetivo, enquanto a técnica operacionaliza o método.

Vamos em frente! Realize agora a auto-avaliação sobre método e técnica, para testar seus conhecimentos.

(26)

AUTO-AVALIAÇÃO 3

Preencha o espaço em branco com uma palavra que complete corretamente a afirmativa:

a) O _________________ é um conjunto de procedimentos sistemáticos que devem ser seguidos, para a realização de trabalhos científicos acadêmicos, a fim de dar ordenamento ao assunto abordado, de forma fidedigna, havendo maior possibilidade de generalizar os resultados para outros casos.

b) Classificamos como método ___________________ aquele que parte de uma análise de dados particulares, devidamente constatados, a partir dos quais podemos inferir verdades universais.

c) O método ____________________ parte do geral para chegar à realidade de casos específicos.

d) Miranda Neto (2005) acrescenta dois métodos científicos: _______________, que consiste em detalhar, do todo, partes para melhor exame e o ________________, que, ao contrário, reúne e compõe os elementos de um todo, previamente separado e decomposto pela análise; porém, as operações desses métodos são inseparáveis.

e) A grande diferença entre o método e a técnica é que o método estabelece ___________ e a técnica especifica ____________.

Parabéns, você completou mais uma seção!

Caso sinta necessidade, faça uma nova leitura, registre suas dúvidas e encaminhe-as ao professor tutor.

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Metodologia Científica________________________________________________ Unoesc Virtual _________________________________________________________ 23

Unidade 2

A leitura e a documentação

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BJETIVOS DE APRENDIZBJETIVOS DE APRENDIZBJETIVOS DE APRENDIZBJETIVOS DE APRENDIZAGEMAGEMAGEMAGEM

Ao terminar a leitura desta unidade, você deverá ser capaz de:

• perceber a importância da disciplina para a formação acadêmica;

• desenvolver o hábito pela leitura;

• conhecer as etapas para a realização da leitura; • adotar a prática da documentação.

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PP

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LANO DE ESTUDOLANO DE ESTUDOLANO DE ESTUDOLANO DE ESTUDO

A fim de atingir os objetivos propostos nesta unidade, o conteúdo está dividido em seções:

Seção 1: A importância da leitura Seção 2: Aproveitamento da leitura Seção 3: Documentação

(28)

Para início de estudo

Precisamos reservar tempo para a leitura, pois o ato de ler constitui-se numa atitude fundamental para a formação, de maneira que, quando optamos por um curso superior, não podemos fugir do compromisso de ser leitores assíduos dos temas que são tratados na sala de aula e dos acontecimentos que envolvem a sociedade em que vivemos.

Seu sucesso nos estudos e, conseqüentemente, profissional, depende apenas de você, da sua capacidade de ir em frente.

SEÇÃO 1

A importância da leitura

Quem não possui o hábito da leitura, precisa desenvolvê-lo, pois é difícil uma formação de qualidade sem muita leitura. O objetivo desta seção é apresentar algumas informações que venham a despertar em você o gosto pela leitura e oportunizá-lo a fazer melhor proveito dela.

Como você costuma selecionar seu material de leitura?

O que você necessita saber é que, quando encontrar o material que julgar certo, primeiro precisa fazer uma leitura de reconhecimento, olhar a capa e contracapa, o autor, as orelhas, o sumário (neste, observe os títulos e subtítulos), as referências indicadas pelo autor (para ter uma noção mais precisa sobre as bases em que o autor se apoiou), a introdução e o prefácio dos livros, para depois ler. Esses elementos, de acordo com Cervo e Bervian (2002, p. 91), Nascimento e Póvoas (2002, p. 29-30) e Galliano (1986, p. 74), podem dar uma idéia sobre o tema, e você poderá identificar se será útil para o objetivo que pretende alcançar no seu estudo.

Uma dica importante: quando fizer leitura para pesquisa, anote os pontos principais em fichas de leitura, bem como a fonte consultada. Não perca isso de vista, pois, se não tiver à mão a referência do material utilizado, não poderá utilizar daquele conteúdo.

No livro, os dados estão contemplados, em uma ficha catalográfica, na segunda ou terceira folha, nas revistas, estão na capa. Faça uma cópia desses dados ou anote, para referenciar ao final do texto, quando for fazer os apontamentos. A finalidade da leitura deve ser memorizar, apreender o conteúdo e formar um senso crítico sobre o assunto, de acordo com Bastos e Keller (2002, p. 19-32) e

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A leitura e a documentação ______________________________________________

____________________________________________________________ Unidade 2 25

Galliano (1986, p. 70-71). É preciso, antes de se fazer qualquer fundamentação, levar em consideração três regras básicas para facilitar a aprendizagem:

• atenção: capacidade de concentração em um só objeto, sabendo que, a atenção não pode se manter fixa por longos períodos, sem perder sua eficácia, por isso um período de atenção requer outro de descanso. Para prender a atenção, é ideal criar o máximo de interesse pelo assunto estudado;

• memória: memorizar é reter ou compreender o que é mais significativo de um conteúdo, ao inverso de ter decorado, o que só permite repetição. A memorização é possível a partir da observação dos seguintes pontos: repetição, atenção, emoção, interesse e relacionamento dos fatos com outros conteúdos, já retidos na memória;

• associação de idéias: é uma capacidade que possibilita ao indivíduo relacionar e evocar fatos e idéias. É fácil observar quantos assuntos vêm à tona, por fatos e idéias relacionadas com experiências anteriores dos interlocutores, na troca de palavras em uma conversa. Para melhor aprendizagem, podemos usar dessa técnica, para associar o conteúdo.

Para adquirir o hábito da leitura, devemos reservar um tempo diário para ler, selecionar material e local apropriado.

Saiba Mais

Visite a biblioteca da Universidade, observe o acervo de materiais para leitura, tanto impressos quanto digitais e o caminho ideal para localizar livros e demais materiais, para a realização de seus trabalhos.

Além disso, na internet, há diversos sites de busca de conteúdo, por exemplo:

www.google.com.br www.scielo.com.br

(30)

SEÇÃO 2

Aproveitamento da leitura

Com certeza, você já sabe que, mesmo com todo o avanço de tecnologias, a leitura é a melhor forma para a aquisição do conhecimento. Por intermédio da leitura, podemos ampliar e aprofundar conhecimento sobre determinado campo cultural ou científico, aumentar o vocabulário pessoal e, por conseqüência, comunicar as idéias, de forma mais eficiente.

Algumas etapas devem ser seguidas, para realizar uma leitura; vejamos o que nos apresenta Cervo e Bervian (2002, p. 96-99):

• pré-leitura: é a leitura de reconhecimento que examina a folha de rosto, os índices, a bibliografia, as citações ao pé da página, o prefácio, a introdução e a conclusão. Tratando-se de livro, a dica é percorrer o capítulo introdutório e o final; no caso de leitura de um capítulo, ler o primeiro parágrafo. Quando for um artigo de revista ou jornal, geralmente, a idéia está contida no título do artigo e subtítulos, que se apresentarem. Lembre que os primeiros parágrafos, em geral, tratam dos dados mais importantes;

• leitura seletiva: selecionar é eliminar o dispensável para nos fixarmos no que realmente nos interessa; para tanto, é necessário definir critérios, ou seja, os objetivos do trabalho, pois somente os dados que forneçam algum conteúdo sobre o problema da pesquisa que possam trazer uma resposta é que devem ser selecionados;

• leitura crítica ou reflexiva: supõe a capacidade de escolher as idéias principais e de diferenciá-las entre si das secundárias. Dessa forma, diante da problemática de uma pesquisa, o estudante precisa fazer reflexão por meio da análise, comparação, diferenciação, síntese e do julgamento, levantando similaridades ou não, para formar sua idéia sobre o assunto. Nessa fase, também, você deve ter visão global do assunto, passando para a análise das partes, chegando a síntese;

• leitura interpretativa: nessa fase, o pesquisador procura saber o que realmente o autor afirma e que informações transmite para a solução dos problemas formulados na pesquisa. Chegando a essa etapa, é o momento de procedermos à integração dos dados descobertos durante a leitura na redação do trabalho de pesquisa.

Para alcançar os resultados a que se propõe, de acordo com Galliano (1986, p. 71-73) e Andrade (2001, p. 25-26), o leitor deverá levar em conta algumas regras:

• jamais realizar uma leitura de estudo sem um objetivo definido. Para que está lendo? Qual o propósito da leitura?

• preste atenção no texto para haver entendimento, assimilação e apreensão das idéias apresentadas pelo autor;

(31)

A leitura e a documentação ______________________________________________

____________________________________________________________ Unidade 2 27

• caso haja palavras desconhecidas no texto, recorra ao dicionário, para se orientar;

• seja crítico, avaliando o texto lido. Distinga o que é verdadeiro, significativo e importante no texto. Questione-se da validade do texto, tentando encontrar respostas para as questões: Para que serve essa leitura? Como o autor está demonstrando o tema? Qual é a idéia principal do texto? Posso aceitar o argumento do autor? O que estou aprendendo com esse texto? Vale a pena continuar a leitura?

• analise as partes do texto e estabeleça relações entre elas, a fim de compreender a organização do conteúdo;

• saiba fazer uma triagem do que esteja lendo e perceba a sua aplicabilidade no momento;

• evite sublinhar um texto na primeira leitura, primeiramente, faça uma leitura de reconhecimento e, em seguida, realize uma leitura reflexiva; • elabore uma síntese, resumindo os aspectos essenciais, deixando de lado

aquilo que é secundário ou acessório, mantendo uma seqüência lógica; • busque saber a autenticidade do texto, verificando a autoria (quem

escreveu?), época (quando foi escrito?), local (onde?), se é documento original ou cópia, por que via chegou até você? Analise a autoridade dos autores citados;

• verifique possíveis circunstâncias que levaram o autor à redação (por quê?), visando à obtenção de uma explicação objetiva, lógica para o aparecimento do texto. (Geralmente, encontramos na apresentação ou prefácio do livro);

• preste atenção nas palavras-chave, que indicam a idéia principal contida no texto.

Muito bem, agora que você já sabe como alcançar os resultados desejados com a leitura, passaremos a outra etapa muito importante que é a fase da documentação, pois precisamos registrar as informações que lemos.

(32)

SECÃO 3

Documentação

Para que você obtenha resultados eficazes em seus estudos, além de muita leitura, é necessário compreensão e assimilação dos conteúdos.

Um recurso que poderá lhe auxiliar nesse sentido é adotar a prática da documentação. Documentação é a organização e o registro de informação; é uma prática que deverá ser desenvolvida, visando facilitar seus estudos.

Existem duas formas de documentação:

• Documentação geral: é a conservação do material em pastas ou caixa. Os materiais geralmente conservados são textos, apostilas, recortes de jornais e outros. Normalmente, são organizados por temas, o que torna a busca pela informação mais demorada.

• Documentação bibliográfica: o material lido deve ser armazenado; as formas de organização e armazenamento podem variar, como, por exemplo, a organização por intermédio de citações, resumos, comentários, entre outros, e por meio do fichamento, que, além de documentar o texto, registra também as informações da obra consultada, a essas informações da obra, chamamos de referência. Para elaborar referências de diversas fontes, tais como livros, revistas, sites de internet e outros, precisamos conhecer as Normas estabelecidas pela ABNT; mais adiante, você terá a oportunidade de conhecê-las.

O fichamento é um procedimento utilizado na organização de dados da pesquisa de documentos. Sua finalidade é a de arquivar as principais informações das leituras feitas e auxiliar, na identificação da obra.

Pode não parecer, por ser início de estudo, mas pode ter certeza de que as fichas constituem um dos mais valiosos recursos de estudo de que se valem os pesquisadores, para a realização de uma pesquisa, por isso, ao elaborar o fichamento, é importante a utilização de critérios segundo as normas da ABNT, pois, assim, você terá as anotações necessárias, no momento em que precisar escrever sobre determinado assunto.

Você poderá armazenar seu fichamento no computador, facilitando o acesso às informações quando da elaboração dos trabalhos acadêmicos.

A estrutura mínima sugerida para um fichamento é:

• Iniciar com a elaboração do cabeçalho, que pode ser dividido em apenas dois campos: o primeiro deve ser o título geral e o segundo, o título específico.

(33)

A leitura e a documentação ______________________________________________

____________________________________________________________ Unidade 2 29

Método Indutivo e Dedutivo (título específico) O Método Científico (título geral)

Maior eficiência nos estudos (título específico)

• Referência: deve contemplar a autoria, o título da obra, local de publicação, editora e ano de publicação.

Ex: LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 279 p.

GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. 200 p.

• Corpo ou texto da ficha: onde o conteúdo é desenvolvido, por meio de resumo ou citação.

O corpo ou texto da ficha pode mudar, dependendo do tipo de fichamento. Trataremos, agora, sobre ficha de citação e ficha de resumo.

FICHA DE CITAÇÃO

Ficha de citação é construída utilizando partes de obras, ou capítulos ou artigos. O fichamento de transcrição refere-se a texto de autores, ou seja, é formada de citações diretas, e essas transcrições, ao serem elaboradas, deverão seguir as normas da ABNT.

As transcrições podem ser:

• citações diretas, com texto na íntegra;

• citações com omissões de palavras, isto é, supressões de texto que não interessam no contexto, indicadas com três pontos entre colchetes [...]; Assim, ao transcrever no corpo ou texto da ficha, deve observar todas as normas de citações, isto é, fazer em bloco, letra 10, espaço simples, citações que ultrapassem três linhas; fazer em texto corrido e entre aspas duplas (“ ”) se a citação for de até três linhas, sempre lembrando de citar a página da obra pesquisada ao final da citação.

Lembre-se de que, no momento do fichamento, não precisa colocar o autor e o ano, porque esses dados já constam no cabeçalho da ficha.

Citação é a indicação de um texto escrito, por outro autor. Consulte as normas para a elaboração de citações na unidade 5 deste material.

(34)

Acompanhe um exemplo de ficha de citação.

Metodologia Científica Método Indutivo e Dedutivo 01 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 279 p.

A indução é “um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas” (p. 53).

Uma característica que não pode deixar de ser assinalada é que o argumento indutivo, da mesma forma que o dedutivo, fundamenta-se em premissas. Contudo, se nos dedutivos, premissas verdadeiras levam inevitavelmente à conclusão verdadeira, nos indutivos conduzem apenas a conclusões prováveis (p. 53).

“[...] é de vital importância compreender que, no método dedutivo, a necessidade de explicação não reside nas premissas [...] por outro lado, não é necessário que o princípio geral aduzido seja uma lei casual” (p. 69).

Outro importante ponto a ser assinalado no método dedutivo é a questão de se saber se a explicação de leis [...] também consiste, unicamente, em subordiná-las a algum princípio mais geral [...] dizer que a teoria explica as leis significa algo mais do que a mera dedução lógica: a dedução é necessária à verdade da teoria, mas não é suficiente [...] (p. 70).

Biblioteca Unoesc

No modelo de ficha apresentado, iniciamos com uma citação curta (c0m até 3 linhas) na continuidade do texto e entre aspas duplas, identificando a página do livro de onde foi extraída a citação. Seguimos com uma citação longa, obedecendo a um recuo de 4 cm da margem, sem aspas e com mais de 4 linhas. Continuamos com uma citação, iniciando com supressão [...] em que suprimimos palavras do texto, nas citações.

Quando você estudar as Normas da ABNT sobre citações, lembre-se de retornar a esta seção para melhor identificar e ampliar sua visão, sobre ficha de citação.

Título geral Título específico

Corpo ou texto da ficha

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A leitura e a documentação ______________________________________________

____________________________________________________________ Unidade 2 31

FICHA DE RESUMO

Ficha de Resumo: é uma síntese das principais idéias contidas na obra. Nesse tipo de ficha, você deve elaborar uma síntese com suas próprias palavras. Segundo Medeiros, é um dos recursos mais comuns na realização de pesquisas bibliográficas.

Observe o modelo de fichamento de resumo.

O Método Científico Maior eficiência nos

estudos

01

GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. 200 p.

A obra de Galliano apresenta que, antes de iniciarmos o estudo da Metodologia Científica, é preciso ter consciência de que não é um bicho-de-sete-cabeças, mas, que é preciso dedicar atenção e ser persistente nos estudos.

Que é necessário entender o método a partir das próprias experiências vivenciadas no dia-a-dia, que existem métodos e técnicas, e que nós já sabemos que é assim, que existe uma diferença fundamental entre ambos, sendo o método um conjunto de etapas a serem vivenciadas e a técnica, um modo de fazer mais hábil e que um método, permite a utilização de diferentes técnicas.

O autor também faz referência ao processo de acumulação e transmissão de conhecimento como a mola propulsora da Ciência e do progresso da humanidade, e que o acumulo de conhecimento conduz ao aperfeiçoamento da mentalidade, e é o desenvolvimento racional que desperta para a ciência propriamente dita.

Biblioteca Unoesc

Você também pode optar por ficha de resumo mista, construindo parágrafos, resumindo as idéias do autor com suas próprias palavras e incluindo parágrafos com citações curtas e longas.

Conforme já mencionado, o tipo de ficha você é quem escolhe, mas é importante observarmos as contribuições de Medeiros.

Com a difusão dos microcomputadores e dos processadores de texto, Medeiros (2004, p. 130) observa que hoje se tornou muito fácil armazenar informações em arquivos eletrônicos, com a vantagem de que não há limite de linhas, como o

Local Corpo ou texto da ficha Título específico Título geral

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fichamento de papel. Outra grande vantagem é que é possível copiar textos, transferir informações de um local para outro, facilmente.

É necessário que você se lembre de que, quando fizer o fichamento, deverá sempre utilizar as técnicas de leitura, aproveitando ao máximo o que está lendo, a fim de compreender e separar as partes que interessam àquela temática.

Percebeu como o trabalho de pesquisa poderá ser facilitado, a partir da compilação dos dados, por intermédio do fichamento?

Saiba Mais

Sobre as diversas formas de fichamento, você poderá encontrar no livro de Medeiros (2004, p. 114-130). Também, se você deseja conhecer outros exemplos de tipos de fichamentos, leia Lakatos e Marconi (2003, p. 48-70).

AUTO-AVALIAÇÃO 4

Responda às questões sobre as práticas de documentação, apresentadas abaixo.

1 O fichamento de transcrição sem cortes também pode ser considerado como uma citação_____________________________________.

2 Para identificar o fichamento de transcrição com corte de algumas palavras internas do texto,

utilizam_____________________________________________ __________________________________________________. 3 Há maneiras diferentes de fazer fichas de um documento; pode citar como principais: ______________________________________,

(37)

U

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3

Metodologia Científica________________________________________________ Unoesc Virtual _________________________________________________________ 33

Unidade 3

Elaboração de trabalhos

científicos acadêmicos

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BJETIVOS DE APRENDIZBJETIVOS DE APRENDIZBJETIVOS DE APRENDIZBJETIVOS DE APRENDIZAGEMAGEMAGEMAGEM

Ao terminar a leitura desta unidade, você deverá ser capaz de: • entender as técnicas para redigir textos;

• elaborar trabalhos científicos acadêmicos solicitados pelos professores.

P

PP

P

LANO DE ESTUDOLANO DE ESTUDOLANO DE ESTUDOLANO DE ESTUDO

A fim de atingir os objetivos propostos nesta unidade, o conteúdo está dividido em seções.

Seção 1: Técnicas para redigir textos Seção 2: Trabalhos científicos acadêmicos

(38)

SEÇÃO 1

Técnicas para redigir textos

Na redação do texto de forma científica, Fachin (2003, p. 188) determina que as informações devem obedecer à ordem lógica do raciocínio, passando para o papel uma linguagem clara e precisa, sem verbalismo inconsistente, podendo seguir essas orientações:

• usar de frases completas e curtas;

• evitar repetições do título na primeira frase; • empregar verbos em terceira pessoa;

• coletar dados bibliográficos obedecendo à ordem das informações; • preferir palavras familiares e termos de fácil compreensão;

• no rascunho, escrever o que lhe vier à cabeça. Depois, eliminar as partes desnecessárias e dar continuidade à construção do texto;

• recorrer a um amigo fazendo-o ler; as reações dele poderão ser de grande utilidade;

• usar clareza ao expressar as idéias, pois um trabalho científico acadêmico tem por objetivo expressar e não impressionar;

• ter sempre à mão um dicionário de língua portuguesa;

• ter cuidado com termos que expressem qualidade, quantidade, freqüência, quando usados com palavras como “bom”, “muito”, “às vezes”; podem dar margem a diferentes interpretações;

• evitar o início de frases diretamente com números, como: 12 professores pertencem ao Curso de Direito. O indicado seria: No curso de Direito, há doze professores.

O rigor nas regras apresentadas faz da redação do trabalho uma atividade científica que deve atender os leitores em geral, porém, a linguagem escrita, deve levar em conta seu estilo próprio de escrever.

Você gostaria de conhecer algumas técnicas na elaboração de trabalhos para facilitar seus estudos?

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Elaboração de trabalhos científicos acadêmicos ________________________________

____________________________________________________________ Unidade 3 35

• técnica de sublinhar ou destacar: o uso dessa técnica, segundo Salomon (2001, p. 103-104), Oliveira (2003, p. 153) e Medeiros (2004, p. 25), possibilita destacar as idéias principais, as palavras-chave e as passagens importantes de um texto. Em geral, a idéia principal encontra-se na primeira fraencontra-se. É preciso ler o texto e formular perguntas sobre ele, procurando respondê-las à medida que lê.

Para a eficácia no uso dessa técnica, você, aluno, pode seguir os passos abaixo: • fazer a primeira leitura integral do texto, sem sublinhá-lo;

• em uma segunda leitura, sublinhar apenas o que é realmente importante: idéias principais, dando destaque às palavras-chave. As palavras sublinhadas devem permitir uma releitura do texto, semelhante à leitura de um telegrama;

• destacar passagens importantes do texto, com traços na margem, assim como indicar dúvidas, com pontos de interrogação;

• reconstruir o parágrafo com base nas palavras e expressões sublinhadas;

• não interromper a leitura ao encontrar palavras desconhecidas. Se após a leitura completa do texto, as dúvidas persistirem, o leitor deverá anotá-las, para buscar esclarecimentos (mantenha à vista um dicionário).

• técnica de esquema: significa listar tópicos essenciais do texto, com a finalidade de permitir ao leitor uma visualização completa do texto. Essa alternativa é uma das melhores formas de estudar. É indispensável uma boa leitura do material para ter compreensão do texto e estabelecer hierarquia em relação às idéias do material lido. O esquema deve conter as idéias do autor, idéia principal e detalhes importantes.

Mas, lembre-se de que, para elaborar um esquema, você deverá respeitar algumas características.

Veremos quais são.

• Na elaboração de esquema não é permitido alterar as idéias do autor, você deverá manter fidelidade ao texto original.

• Quer uma dica? Parta sempre das idéias mais importantes para construir a estrutura lógica.

(40)

• Como o objetivo do esquema é auxiliar em seu estudo, ele deve ser funcional e flexível, mas você poderá elaborá-lo de acordo com suas habilidades.

Existem vários tipos de esquema. Os mais adotados são: Chaves { }

Reta de chamada: atenção Regras para a aprendizagem memória

associação de idéias Esquema numérico dos títulos das seções 1; 1.1; 2; 2.1 ...

Não existem normas para elaboração de esquema, ele deve ser um registro útil para você, por isso é você quem deve definir a melhor maneira de fazê-lo.

Veja agora a síntese de dicas úteis para um esquema, segundo Hühne (2000): • após a leitura do texto, dar títulos e subtítulos às idéias

identificadas no texto, anotando-os às margens;

• colocar esses itens no papel como uma seqüência ordenada por números (1, 1.1, 1.2, 2 etc.) para indicar suas divisões;

• utilizar símbolos para relacionar as idéias esquematizadas, como setas para indicar que uma idéia leva a outra, sinais de igual para indicar semelhança ou cruzes para indicar oposição etc;

• é igualmente útil utilizar chaves ({ ) ou círculos para agrupar idéias semelhantes.

Saiba Mais

Exemplos dos mais diversos tipos de esquema estão no livro de Salomon (2001, p. 109-113).

Referências

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