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Recondicionamento e projeto de controle para uma bancada didática de processo térmico

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Academic year: 2021

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(1)

UNIVERSIDADE TECNOL ´OGICA FEDERAL DO PARAN ´A DEPARTAMENTO ACAD ˆEMICO DE EL ´ETRICA

CURSO DE ENGENHARIA EL ´ETRICA

CRISTIAN LOREGIAN BAMPI

RECONDICIONAMENTO E PROJETO DE CONTROLE

PARA UMA BANCADA DID ´

ATICA DE PROCESSO

T ´

ERMICO

TRABALHO DE CONCLUS ˜AO DE CURSO

PATO BRANCO 2016

(2)

CRISTIAN LOREGIAN BAMPI

RECONDICIONAMENTO E PROJETO DE CONTROLE

PARA UMA BANCADA DID ´

ATICA DE PROCESSO

T ´

ERMICO

Trabalho de Conclus ˜ao de Curso de graduac¸ ˜ao, apresentado `a disciplina de Trabalho de Conclus ˜ao de Curso 2, do De-partamento Acad ˆemico de El ´etrica - DA-ELE - da Universidade Tecnol ´ogica Federal do Paran ´a - UTFPR, C ˆampus Pato Branco, como requisito parcial para obtenc¸ ˜ao do t´ıtulo de Engenheiro Eletricista.

Orientador: Prof. Dr. C ´esar Rafael Claure Torrico

PATO BRANCO 2016

(3)

TERMO DE APROVAC¸ ˜AO

O Trabalho de Conclus ˜ao de Curso intitulado RECONDICIONAMENTO E PROJETO DE CONTROLE PARA UMA BANCADA DID ´ATICA DE PROCESSO T ´ERMICO do acad ˆemicoCristian Loregian Bampi foi considerado APROVADO de acordo com a ata da banca examinadoraN112 de 2016.

Fizeram parte da banca examinadora os professores:

Prof. Dr. C ´esar Rafael Claure Torrico

Prof. Me. Johny Werner

(4)

Dedico este trabalho `a minha m ˜ae Loreni, que me apoiou durante toda minha educac¸ ˜ao formal, dando total suporte as minhas ambic¸ ˜oes.

(5)

”Look up at the stars and not down at your feet. Try to make sense of what you see, and wonder about what makes the universe exist. Be curious.”

(6)

AGRADECIMENTOS

Especiais agradecimentos ao Professor Dr. C ´esar Rafael Claure Torrico, pela sugest ˜ao do tema, profissionalismo e dedicac¸ ˜ao. Agradec¸o pela confianc¸a em mim depositada para a realizac¸ ˜ao da monografia, ajudando no meu crescimento pes-soal e profissional.

Agradec¸o `a minha fam´ılia, em especial a minha m ˜ae Loreni Loregian, que sempre acreditou no meu potencial.

Agradec¸o aos meus av ˆos Libra Loregian e Darci Loregian, pelo apoio, confianc¸a e carinho depositados em mim durante toda minha formac¸ ˜ao acad ˆemica.

Agradec¸o `a todos os meus amigos que de alguma forma contribu´ıram para este trabalho, em especial Ot ´avio Gomes, Darlan Rigo, Pablo Jahno, Lucas Gremonini e C ´elio Degaraes.

(7)

RESUMO

BAMPI, Cristian L.Recondicionamento e Projeto de Controle para uma Bancada Did ´atica de Processo T ´ermico. 2016. Trabalho de Conclus ˜ao de Curso do Curso de Engenharia El ´etrica, Universidade Tecnol ´ogica Federal do Paran ´a, Pato Branco, PR, 2016.

Este projeto tem por objetivo o recondicionamento de uma bancada did ´atica de processo t ´ermico, e posteriormente a criac¸ ˜ao e controle de um sistema supervis ´orio com atraso de tempo. Tamb ´em ´e apresentado um estudo sobre as ac¸ ˜oes b ´asicas de controle, e da definic¸ ˜ao e aplicac¸ ˜ao do Preditor de Smith. Ap ´os o recondicionamento da bancada, foi verificado a linearidade do processo, para poder representar o modelo do sistema mais pr ´oximo do real em torno do ponto de operac¸ ˜ao e desta forma projetar o controlador com maior exatid ˜ao. Tamb ´em foi projetado um sistema supervis ´orio em linguagem C# para controle e monitorac¸ ˜ao do processo t ´ermico com atraso de tempo. O controlador apresentou um desempenho adequado zerando o erro em regime, e diminuindo a constante de tempo para o m´ınimo poss´ıvel, respeitando os limites de saturac¸ ˜ao do sistema, por ´em devido ao fato de o atraso gerado ser muito pequeno, n ˜ao foi poss´ıvel a visualizac¸ ˜ao dos efeitos causados pelo controle preditivo no sistema. Sendo assim, foram feitas simulac¸ ˜oes aproximadas do mesmo processo em software, por ´em com um atraso maior, onde foi poss´ıvel observar a ac¸ ˜ao do controle preditivo na atenuac¸ ˜ao dos efeitos causados pelo tempo morto.

Palavras-chave: Recondicionamento, Bancada de Controle, Preditor de Smith, Pro-cesso T ´ermico.

(8)

ABSTRACT

BAMPI, Cristian L. Reconditioning and Control Project to a Didactic Bench of Thermal Process. 2016. Trabalho de Conclus ˜ao de Curso do Curso de Engenharia El ´etrica, Universidade Tecnol ´ogica Federal do Paran ´a, Pato Branco, PR, 2016.

This paper aims at the reconditioning of thermal process from a didatic bench, and after, the creation and control of a supervisoy system with time delay. It also presented a study about the basics control actions, and about the definition and aplication of the Smith Predictor. After de reconditining of the bench, the linearity of the process was verified, to be able to represent the system closer to the actual model around the operating point, and thus design the controller with greater accuracy. Also, a supervisory system was designed in C# language to control and monitoring the ther-mal proccess with time delay. The controller showed adequate performance resetting the error of the system and decreasing the time constant to a minimum, within the li-mits of the system saturation, however due to the fact that the delay generated is very small, it was not possible to see the effects caused by the predictive control system. Therefore, approximate simulations of the same process were made in software, but with a bigger delay, where it was possible to observe the action of predictive control in the attenuation of the effects caused by the dead time.

(9)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Bancada did ´atica para controle de processos cont´ınuos da marca

Festo . . . 13

Figura 2: Exemplo de sistema t ´ermico . . . 17

Figura 3: Circuito el ´etrico equivalente ao sistema t ´ermico . . . 19

Figura 4: Exemplos de sistemas com resposta n ˜ao-linear . . . 20

Figura 5: Resposta transit ´oria de um sistema n ˜ao controlado . . . 21

Figura 6: Diagrama de blocos da ac¸ ˜ao de controle proporcional em malha fechada . . . 21

Figura 7: Relac¸ ˜ao entre o erro do sistema e o sinal de controle em uma ac¸ ˜ao de controle proporcional . . . 22

Figura 8: Diagrama de blocos da ac¸ ˜ao de controle integral em malha fe-chada . . . 23

Figura 9: Erro atuante e ac¸ ˜ao de controle integral . . . 23

Figura 10: Diagrama de blocos da ac¸ ˜ao de controle proporcional integral em malha fechada . . . 24

Figura 11: Diagrama de blocos da ac¸ ˜ao de controle proporcional derivativo em malha fechada . . . 24

Figura 12: Exemplo mostrando um ponto de projeto poss´ıvel atrav ´es do ajuste do ganho (B) e um ponto de projeto desejado (A). . . 26

Figura 13: Resposta de um processo com atraso de tempo . . . 26

Figura 14: Malha de controle com Preditor Smith . . . 27

Figura 15: Placa de aquisic¸ ˜ao de dados NI USB -6009 . . . 29

Figura 16: Bancada did ´atica de processo t ´ermico . . . 30

Figura 17: Diagrama do processo t ´ermico . . . 31

Figura 18: Sinal de sa´ıda do sensor original da bancada . . . 31

Figura 19: Relac¸ ˜ao resist ˆencia por temperatura do sensor Pt100 . . . 32

(10)

Figura 21: Diagrama de Blocos do Fluxo de sinal do circuito de

condiciona-mento do sensor . . . 33

Figura 22: Circuito para condicionamento do atuador de controle da uni-dade aquecedora . . . 34

Figura 23: Esquem ´atico da implementac¸ ˜ao do circuito de condicionamento no atuador de controle da unidade aquecedora . . . 34

Figura 24: Circuito de condicionamento para o processo t ´ermico . . . 35

Figura 25: Terminal anal ´ogico da bancada de processo t ´ermico . . . 36

Figura 26: Chaves on/off do processo t ´ermico . . . 36

Figura 27: Bornes para ligac¸ ˜ao externa do processo t ´ermico . . . 37

Figura 28: Esquem ´atico do sistema flu´ıdico do processo t ´ermico ap ´os a modificac¸ ˜ao . . . 38

Figura 29: Processo t ´ermico e de press ˜ao, ap ´os a modificac¸ ˜ao da bancada 38 Figura 30: Resposta ao degrau do processo t ´ermico . . . 39

Figura 31: Comparac¸ ˜ao da resposta ao degrau do processo t ´ermico . . . . 40

Figura 32: Comparac¸ ˜ao da resposta te ´orica e real em malha aberta . . . . 41

Figura 33: Diagrama de blocos da simulac¸ ˜ao do controlador PI com Predi-tor de Smith . . . 42

Figura 34: Interface desenvolvida para controlar o processo t ´ermico em C# 42 Figura 35: Diagrama de blocos do controlador PI . . . 43

Figura 36: Temperatura Real e Prevista do sistema em malha fechada . . . 44

Figura 37: Ac¸ ˜ao de controle do sistema a malha fechada . . . 44

Figura 38: Controle de temperatura sem preditor . . . 45

Figura 39: Simulac¸ ˜ao do sistema com dez vezes mais atraso de tempo que a planta real . . . 45

Figura 40: Simulac¸ ˜ao do sistema com vinte vezes mais atraso de tempo que a planta real . . . 46

(11)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Relac¸ ˜oes entre tens ˜ao-corrente, corrente-tens ˜ao e imped ˆancia no dom´ınio da frequ ˆencia para capacitores, resistores e induto-res. . . 16

(12)

SUM ´ARIO 1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 12 1.1 JUSTIFICATIVA . . . 12 1.2 OBJETIVO GERAL . . . 13 1.3 OBJETIVOS ESPEC´IFICOS . . . 13 2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA . . . 15 2.1 CONDICIONAMENTO DE SINAIS . . . 15

2.2 MODELOS MATEM ´ATICOS DE SISTEMAS DIN ˆAMICOS . . . 15

2.2.1 Modelagem Fenomenol ´ogica . . . 16

2.2.2 Sistemas T ´ermicos . . . 17

2.2.3 Modelagem experimental . . . 19

2.2.4 N ˜ao-Linearidades . . . 19

2.3 CONTROLE DE SISTEMAS . . . 20

2.3.1 Ac¸ ˜oes B ´asicas de Controle . . . 21

2.3.2 M ´etodo de Projeto de Controladores . . . 25

2.3.3 M ´etodo do Lugar das Ra´ızes . . . 25

2.4 ATRASO DE TEMPO E CONTROLE PREDITIVO . . . 26

2.5 SISTEMA DE AQUISIC¸ ˜AO DE DADOS . . . 28

3 PROJETO DE RECONDICIONAMENTO E CONTROLE DE UMA BANCADA DID ´ATICA DE PROCESSO T ´ERMICO . . . 30

3.1 SITUAC¸ ˜AO PR ´E-PROJETO DA BANCADA DID ´ATICA . . . 30

3.2 SISTEMA DE ACIONAMENTO E CONDICIONAMENTO DE SINAIS DO PROCESSO T ´ERMICO . . . 32

3.3 MODIFICAC¸ ˜AO DA BANCADA PARA GERAR O FEN ˆOMENO DE ATRASO DE TEMPO . . . 37

3.4 LEVANTAMENTO DOS MODELOS MATEM ´ATICOS E CONTROLE DO PRO-CESSO T ´ERMICO COM ATRASO DE TEMPO . . . 39

(13)

4 CONCLUS ˜OES . . . 47

ANEXO A - GUIA DO USU ´ARIO . . . 50

A.1 LIGAC¸ ˜OES F´ISICAS PARA INICIALIZAR A BANCADA . . . 50

A.1.1 Chaves . . . 50

A.1.2 Bornes . . . 50

A.2 SEGURANC¸ A AO OPERAR A BANCADA . . . 51

A.3 MODIFICAC¸ ˜AO DA BANCADA . . . 52

(14)

12

1 INTRODUC¸ ˜AO

A aplicac¸ ˜ao de sistemas de controle t ´ermico pode ser verificada em v ´arios setores industriais. Os principais exemplos s ˜ao em ind ´ustrias aliment´ıcias, em pro-cessos qu´ımicos, em usinas de gerac¸ ˜ao t ´ermica e no setor automotivo. (BARBOSA, 2015)

A busca do ser humano para conseguir cada vez mais seguranc¸a, informa-c¸ ˜ao e conforto, levou a ind ´ustria a aperfeiinforma-c¸oar seus equipamentos, elaborando para os mesmos novas estrat ´egias de controle. Ao se elaborar novas t ´ecnicas ´e necess ´ario avaliar todas as vari ´aveis relacionadas aos equipamentos e processos a eles envolvi-dos. Entre as vari ´aveis consideradas, destaca-se o atraso no tempo de um processo. (GHIGGI, 2008)

Segundo Ghiggi (2008), o atraso de tempo em processos de sistemas din ˆamicos pode ocorrer tanto intencionalmente (onde ´e introduzido no processo para melhorar seu desempenho) como n ˜ao intencionalmente (onde o atraso de tempo ´e uma caracter´ıstica intr´ınseca do sistema).

Exemplos de sistemas de controle t ´ermico em que identifica-se a carac-ter´ıstica de atraso de tempo podem ser facilmente listados, como sistemas de aqueci-mento prediais, onde a ´agua demora um per´ıodo de tempo at ´e chegar ao destino.

1.1 JUSTIFICATIVA

No Laborat ´orio de Controle de Sistemas Din ˆamicos da Universidade Tec-nol ´ogica Federal do Paran ´a (UTFPR) Campus Pato Branco encontra-se uma bancada did ´atica para controle de processos cont´ınuos da marca Festo, representada na Figura 1, onde ´e poss´ıvel avaliar processos de temperatura, press ˜ao, n´ıvel da ´agua e vaz ˜ao. O recondicionamento em alguns processos dessa bancada (n´ıvel, vaz ˜ao e press ˜ao) j ´a foram realizados, por ´em a parte correspondente ao processo t ´ermico encontra-se em desuso e apresenta mau funcionamento.

Ao recondicionar essa bancada de controle, ser ´a poss´ıvel simular um sis-tema real de um processo t ´ermico, tendo o atraso de tempo como carater´ıstica intr´ınse-ca do sistema. Futuramente, ap ´os a realizac¸ ˜ao do projeto, a banintr´ınse-cada poder ´a ser apro-veitada didaticamente por outros acad ˆemicos que tenham como objetivo a criac¸ ˜ao ou

(15)

1.2 Objetivo Geral 13

Figura 1: Bancada did ´atica para controle de processos cont´ınuos da marca Festo Fonte: Autoria Pr ´opria

a an ´alise do seu comportamento atrav ´es de um sistema supervis ´orio.

1.2 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste trabalho ´e o recondicionamento de uma bancada did ´atica de processo t ´ermico, al ´em do projeto do controlador com atraso de tempo.

1.3 OBJETIVOS ESPEC´IFICOS

• Condicionar os sinais dos sensores para uma faixa de tens ˜ao apropriada e dis-ponibilizar os terminais para uma interface externa;

• Modificar o sistema de acionamento do aquecedor para uma faixa de tens ˜ao apropriada e disponibilizar os terminais para uma interface externa;

• Alterar a estrutura da tubulac¸ ˜ao do processo de tal forma a gerar o fen ˆomeno do atraso de tempo;

• Realizar ensaios, e apresentar a relac¸ ˜ao entre a entrada e a sa´ıda da planta a malha aberta;

(16)

1.3 Objetivos Espec´ıficos 14

• Projetar um controlador preditivo, para aplicar as ac¸ ˜oes de controle em malha fechada e atender as especificac¸ ˜oes de funcionamento do processo;

• Implementar um sistema supervis ´orio para monitorac¸ ˜ao e controle do processo; • Elaborar os manuais de operac¸ ˜ao da bancada ap ´os a modificac¸ ˜ao;

(17)

15

2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA

Neste cap´ıtulo ser ˜ao abordados os t ´opicos dispon´ıveis na literatura, que foram utilizados no trabalho.

2.1 CONDICIONAMENTO DE SINAIS

Para que seja poss´ıvel entender e controlar um processo industrial, ´e ne-cess ´ario medir as vari ´aveis que indicam o seu estado. Para efetuar tais medidas ´e necess ´ario a utilizac¸ ˜ao de sensores que emitem um sinal el ´etrico, ou variac¸ ˜ao de um par ˆametro, proporcional `as vari ´aveis envolvidas no sistema. Como exemplo, tem-se o sensor Pt100(100 Ohm Platinum Thermistor ) o qual altera sua resist ˆencia el ´etrica conforme a variac¸ ˜ao da temperatura, assim, quanto mais alta for a temperatura, maior ser ´a a resist ˆencia do sensor (NOVUS, 2013).

Por ´em, muitas vezes o sinal emitido pelo sensor n ˜ao ´e compat´ıvel com o qual se deseja utilizar, por exemplo, em um processo onde o sensor fornece uma re-sist ˆencia e se deseja trabalhar com um sinal de tens ˜ao. Para adequar esse sinal ´e necess ´ario utilizar um circuito condicionador que converta o mesmo para a grandeza desejada. No entanto, o condicionamento de um sinal n ˜ao se limita apenas a con-vers ˜ao de grandezas. Outros m ´etodos, como amplificac¸ ˜ao, filtragem, isolamento e linearizac¸ ˜ao tamb ´em s ˜ao exemplos de condicionamento.

2.2 MODELOS MATEM ´ATICOS DE SISTEMAS DIN ˆAMICOS

Segundo Dorf e Bishop (2009) ”Para obter e controlar sistemas comple-xos, deve-se obter modelos matem ´aticos quantitativos destes sistemas”, ou seja para controlar um processo real, ´e necess ´ario realizar a sua modelagem, analisando as vari ´aveis a ele envolvidas. A din ˆamica dos processos t ´ermicos, mec ˆanicos, biol ´ogicos, el ´etricos e econ ˆomicos ´e baseada em equac¸ ˜oes diferenciais, sendo que essas equac¸ ˜oes s ˜ao obtidas atrav ´es da utilizac¸ ˜ao das leis f´ısicas que regem os respectivos sistemas (OGATA, 2010). Caso tais equac¸ ˜oes sejam lineares, invariantes no tempo e possuam apenas uma entrada e uma sa´ıda pode-se, atrav ´es do uso da Transformada de La-place, converter a func¸ ˜ao para o dom´ınio da frequ ˆencia e assim simplificar seu m ´etodo de resoluc¸ ˜ao (DORF, Richard C.; BISHOP, 2009).

(18)

2.2 Modelos Matem ´aticos de Sistemas Din ˆamicos 16

2.2.1 MODELAGEM FENOMENOL ´OGICA

Para se construir um modelo fenomenol ´ogico de um sistema no dom´ınio da frequ ˆencia ou do tempo, deve-se utilizar como base as leis fundamentais da f´ısica que atuam no mesmo. Como exemplo de sistemas que podem ser modelados, tem-se sistemas t ´ermicos, sistemas flu´ıdicos e circuitos el ´etricos (NISE, 2009).

Utilizando a Tabela 1, a qual demonstra o equacionamento dos elementos existentes em um circuito el ´etrico, ´e poss´ıvel obter a relac¸ ˜ao da sa´ıda pela entrada no dom´ınio do tempo, bem como no dom´ınio da frequ ˆencia, destacando que, atrav ´es de manipulac¸ ˜ao f´ısica e matem ´atica, ´e poss´ıvel nos mais diversos tipos de sistemas (t ´ermico, de press ˜ao, etc) obter vari ´aveis equivalentes `a resist ˆencia, capacit ˆancia e indut ˆancia de um circuito el ´etrico (NISE, 2009).

Tabela 1: Relac¸ ˜oes entre tens ˜ao-corrente, corrente-tens ˜ao e imped ˆancia no dom´ınio da frequ ˆencia para capacitores, resistores e indutores.

Componente Tens ˜ao-corrente Corrente-tens ˜ao Imped ˆancia do dom´ınio da frequ ˆencia

Capacitor v(t) = C1 R0ti(τ ) d(τ ) i(t) = Cdv(t)dt Cs1

Resistor v(t) = Ri(t) i(t) = R1v(t) R

Indutor v(t) = Ldi(t)dt i(t) = L1 R0tv(τ ) d(τ ) Ls

Fonte: Adaptado de (NISE, 2009)

Segundo Ogata (2010) ”Por ser o meio mais vers ´atil para a transmiss ˜ao de sinais de forc¸a, os flu´ıdos -l´ıquidos e gases- tem grande aplicac¸ ˜ao na ind ´ustria”, isto ´e, devido ao fato de ambos possu´ırem uma superf´ıcie livre e de f ´acil manuseio. Sendo o flu´ıdo o meio de transmiss ˜ao de energia escolhido para este projeto.

Uma vez que o sistema envolve um processo t ´ermico, o mesmo estar ´a su-jeito a v ´arios fatores n ˜ao lineares, como a pot ˆencia de sa´ıda da bomba hidr ´aulica e a variac¸ ˜ao da temperatura ambiente. Tais poder ˜ao fazer com que o sistema possua um comportamento n ˜ao-linear e variante no tempo, portanto, caso um sistema possua uma resposta n ˜ao-linear, ser ´a necess ´aria a linearizac¸ ˜ao da curva caracter´ıstica do pro-cesso no ponto de operac¸ ˜ao escolhido ou o c ´alculo de um modelo linear aproximado (OGATA, 2010).

(19)

2.2 Modelos Matem ´aticos de Sistemas Din ˆamicos 17

2.2.2 SISTEMAS T ´ERMICOS

O calor pode ser transmitido de uma subst ˆancia a outra por tr ˆes diferentes modos: radiac¸ ˜ao, convecc¸ ˜ao e conduc¸ ˜ao. Para o equacionamento ser ´a desprezada a transmiss ˜ao por radiac¸ ˜ao devido ao fato de este tipo de transmiss ˜ao s ´o se demonstrar relevante quando a temperatura do emissor for muito superior a do receptor (OGATA, 2010).

Um sistema ´e caracterizado como t ´ermico quando o mesmo envolve trans-fer ˆencia de calor de uma subst ˆancia a outra. Para an ´alise desse sistema ´e necess ´ario aproximar suas vari ´aveis em termos equivalentes de resist ˆencia el ´etrica e capacit ˆancia. Tais vari ´aveis aproximadas ser ˜ao chamadas de resist ˆencia t ´ermica e capacit ˆancia t ´ermica (OGATA, 2010).

Analisando o exemplo de um sistema t ´ermico representado na Figura 2, considerando que o reservat ´orio seja idealmente isolado, pode-se encontrar seu mo-delo matem ´atico equivalente no dom´ınio da frequ ˆencia.

Misturador

Líquido Frio

Líquido Quente

Aquecedor

Figura 2: Exemplo de sistema t ´ermico Fonte: Adaptado de (OGATA, 2010)

Considerando as transfer ˆencias de calor por convecc¸ ˜ao e conduc¸ ˜ao pode-se definir a taxa de fluxo de calor q [kcal/s] em (1)

q = K∆θ (1)

onde ∆θ representa a diferenc¸a de temperatura entre as duas subst ˆancias, e K [kcal/s◦C] ´e definido pela equac¸ ˜ao (2) em transfer ˆencias por conduc¸ ˜ao e definido por (3) em transfer ˆencias por convecc¸ ˜ao

K = kA

(20)

2.2 Modelos Matem ´aticos de Sistemas Din ˆamicos 18

K = HA (3)

sendo k [kcal/ms◦C] a condutividade t ´ermica, A [m2] a ´area de contato entre as subst ˆancias, ∆ X [m] espessura do condutor e H [kcal/m2sC]o coeficiente de con-vecc¸ ˜ao.

A resist ˆencia t ´ermica de um sistema, onde existe troca de calor entre duas subst ˆancias, ´e dada pela equac¸ ˜ao (4)

R = varia¸c˜ao na diferen¸ca de temperatura, ◦C varia¸c˜ao na taxa de fluxo de calor, kcal =

δθ

δq. (4)

Substituindo (1) em (4), tem-se

R = 1

K (5)

ambos os coeficientes para condutividade e convecc¸ ˜ao t ´ermica s ˜ao praticamente cons-tantes, logo pode-se considerar R tamb ´em constante. A capacit ˆancia t ´ermica ´e defi-nida pelas equac¸ ˜oes (6) e (7),

C = varia¸c˜ao no calor armazenado, kcal

varia¸c˜ao na temperatura, ◦C (6)

C = mc (7)

onde m [kg] ´e a massa da subst ˆancia e c [kcal/kg◦C]o calor espec´ıfico da mesma. Substituindo os valores de C e R no circuito el ´etrico equivalente represen-tado na Figura 3, pode-se obter atrav ´es da equac¸ ˜ao de balanceamento de calor, a func¸ ˜ao de transfer ˆencia do sistema, representada na equac¸ ˜ao (8)

G(s) = 1

(21)

2.2 Modelos Matem ´aticos de Sistemas Din ˆamicos 19 V C R GND i(t)

Figura 3: Circuito el ´etrico equivalente ao sistema t ´ermico

Fonte: Adaptado de (OGATA, 2010)

2.2.3 MODELAGEM EXPERIMENTAL

Na maioria dos casos, devido `a grande complexidade que os sistemas po-dem apresentar n ˜ao ´e poss´ıvel a obtenc¸ ˜ao do seu modelo matem ´atico apenas anali-sando as leis f´ısicas que o influenciam, nestes casos ´e necess ´ario excitar o sistema com uma entrada de teste (degrau, rampa ou senoide) adequada `as especificac¸ ˜oes do processo, e posteriormente avaliar a forma de onda da sa´ıda (NISE, 2009).

Para um sistema de primeira ordem, analisando, por exemplo, a resposta para uma entrada do tipo degrau, o modelo no dom´ınio da frequ ˆencia pode ser calcu-lado a partir de duas especificac¸ ˜oes: o ganho e a constante de tempo. O ganho do sistema ´e definido a partir da relac¸ ˜ao sa´ıda e entrada no regime permanente, enquanto a constante de tempo informa o per´ıodo necess ´ario para que o processo atinja 63,21% do seu valor final. Para um sistema de segunda ordem subamortecido, al ´em do ganho e da constante de tempo, tamb ´em ´e necess ´ario identificar o tempo de assentamento, e o valor m ´aximo de ultrapassagem (NISE, 2009).

2.2.4 N ˜AO-LINEARIDADES

As relac¸ ˜oes f´ısicas de sistemas geralmente s ˜ao representadas por equa-c¸ ˜oes lineares, por ´em a maioria dos sistemas apresentam um comportamento n ˜ao-linear. Para um sistema ser considerado ”linear”, ´e necess ´ario que o mesmo demons-tre as propriedades de superposic¸ ˜ao e homogeneidade (NISE, 2009).

Pode-se dizer que um sistema possui a propriedade da superposic¸ ˜ao, quan-do a resposta na sa´ıda de um sistema `a soma de entradas ´e igual `a soma das

(22)

res-2.3 Controle de Sistemas 20

postas as suas respectivas entradas, ou seja, se uma entrada e0(t)fornece uma sa´ıda y0(t), e e1(t)uma sa´ıda y1(t)ent ˜ao e0(t)+e1(t)deve fornecer uma sa´ıda y0(t)+y1(t). J ´a para um sistema atender a propriedade da homogeneidade, a sua resposta, quando a entrada ´e multiplicada por um escalar α, deve manter a mesma relac¸ ˜ao, ou seja, se a entrada for αe0(t)a sa´ıda deve ser αy0(t)(NISE, 2009).

Quando um sistema n ˜ao possui uma das propriedades acima, ele ´e clas-sificado como n ˜ao-linear sendo necess ´ario a linearizac¸ ˜ao da curva em um ponto de operac¸ ˜ao pr ´e estabelecido, para que seja poss´ıvel a aplicac¸ ˜ao da transformada de Laplace, obtendo assim o modelo matem ´atico equivalente do sistema no dom´ınio da frequ ˆencia. A Figura 4 exemplifica casos de sistemas reais com resposta n ˜ao linear.

f(x) Entrada S a íd a x f(x) Entrada S a íd a x f(x) Entrada S a íd a x Saturação de um amplificador Zona morta de um motor Folga em um par de engrenagens

Figura 4: Exemplos de sistemas com resposta n ˜ao-linear Fonte: Adaptado de (NISE, 2009)

2.3 CONTROLE DE SISTEMAS

Controlar um sistema ´e modificar a sua entrada com o intuito de obter uma sa´ıda que atenda as especificac¸ ˜oes de desempenho pr ´e-determinadas( melhora na resposta transit ´oria, sobre-sinal m ´aximo e erro em regime permanente). A Figura 5 exemplifica a resposta de um sistema n ˜ao controlado.

As especificac¸ ˜oes de desempenho do processo devem estar definidas an-tes do projeto de controle, sendo assim, o controlador pode ser elaborado para atender as necessidades mais evidentes do processo. No entanto existem diversas ac¸ ˜oes de controle dispon´ıveis, sendo que cada ac¸ ˜ao ´e focada em uma determinada melhoria na resposta, logo para melhorar mais de um fator do sistema simultaneamente pode-se aplicar mais de uma ac¸ ˜ao de controle (OGATA, 2010).

(23)

2.3 Controle de Sistemas 21

Tempo

A

m

p

li

tu

d

e

Sinal de

entrada

Resposta

transitória

Resposta do

sistema

Resposta de

estado

estacionário

Erro de

estado

estacionário

Figura 5: Resposta transit ´oria de um sistema n ˜ao controlado Fonte: Adaptado de (NISE, 2009)

2.3.1 AC¸ ˜OES B ´ASICAS DE CONTROLE

As ac¸ ˜oes de controle podem ser listadas como: Controlador Proporcio-nal(P), Controlador Integral(I), Controlador do tipo Proporcional Integral(PI), Contro-lador do tipo Proporcional Derivativo(PD) e ControContro-lador do tipo Proporcional Integral Derivativo(PID).

A Figura 6 representa o diagrama de blocos da implementac¸ ˜ao do Contro-lador Proporcional em malha fechada, no dom´ınio da frequ ˆencia, considerando R(s) o sinal de entrada, E(s) o erro atuante, U (s) o sinal de controle e Y (s) o sinal de sa´ıda.

R(s) E(s) U(s) Y(s)

-+ Kp Planta

u

Figura 6: Diagrama de blocos da ac¸ ˜ao de controle proporcional em malha fechada Fonte: Adaptado de (OGATA, 2010)

(24)

2.3 Controle de Sistemas 22

O controlador proporcional ´e utilizado para melhorar a resposta transit ´oria de um sistema, por ´em, o mesmo aumenta o sobre-sinal e tamb ´em n ˜ao consegue eliminar o erro da resposta em regime permanente, pois para que o erro seja nulo o sinal de controle tamb ´em deve ser nulo, como mostra a Figura 7 (OGATA, 2010).

e(t)

0

t

u(t)

0

t

Figura 7: Relac¸ ˜ao entre o erro do sistema e o sinal de controle em uma ac¸ ˜ao de controle proporcional

Fonte: Adaptado de (OGATA, 2010)

O controlador integral por sua vez tem como ´unico objetivo zerar o erro em regime permanente, pois adiciona um polo na origem que aumenta o tipo do sistema (OGATA, 2010).

O Diagrama de blocos da ac¸ ˜ao de controle integral ´e representado na Fi-gura 8.

Na ac¸ ˜ao integral o sinal de controle u(t) passa a estar relacionado com a ´area sob o sinal do erro atuante e(t), logo, como mostrado na Figura 9, a ac¸ ˜ao de controle pode possuir valor n ˜ao nulo, mesmo que o erro do sistema seja nulo .

A ac¸ ˜ao de controle PI ´e a junc¸ ˜ao da ac¸ ˜ao proporcional e integral, sendo assim ´e poss´ıvel em uma ac¸ ˜ao conjunta de controle, melhorar a resposta transit ´oria e eliminar o erro em regime permanente do sistema, o diagrama de blocos da ac¸ ˜ao de controle PI ´e ilustrado na Figura 10.

(25)

2.3 Controle de Sistemas 23

R(s) E(s) U(s) Y(s)

-+ Ki/s Planta

u

Figura 8: Diagrama de blocos da ac¸ ˜ao de controle integral em malha fechada Fonte: Adaptado de (OGATA, 2010)

e(t)

0

t

u(t)

0

t

Figura 9: Erro atuante e ac¸ ˜ao de controle integral Fonte: Adaptado de (OGATA, 2010)

Sendo Ti a taxa de restabelecimento, ou seja, o n ´umero de vezes por mi-nuto que a parte proporcional da ac¸ ˜ao de controle ´e duplicada (OGATA, 2010).

A ac¸ ˜ao de controle do tipo PD (Proporcional Derivativa) tem por objetivo ate-nuar a resposta do sistema, aumentando o amortecimento do mesmo. Esta ac¸ ˜ao de controle n ˜ao atua diretamente no erro do sistema, por ´em possibilita a utilizac¸ ˜ao de um ganho superior, melhorando a resposta transit ´oria do sistema, a Figura 11 representa o diagrama de blocos desta ac¸ ˜ao de controle (OGATA, 2010).

(26)

2.3 Controle de Sistemas 24

R(s) E(s) U(s) Y(s)

-+ Kp(1+1/(Ti*s)) Planta

u

Figura 10: Diagrama de blocos da ac¸ ˜ao de controle proporcional integral em malha fechada Fonte: Adaptado de (OGATA, 2010)

R(s) E(s) U(s) Y(s)

-+ Kp(1+Td*s) Planta

u

Figura 11: Diagrama de blocos da ac¸ ˜ao de controle proporcional derivativo em malha fechada Fonte: Adaptado de (OGATA, 2010)

Integral Derivativo). Este tipo de controlador ´e amplamente utilizado em sistemas de segunda ordem por juntar as melhorias das ac¸ ˜oes que o comp ˜oe, melhorando a resposta transit ´oria devido a ac¸ ˜ao proporcional, eliminando o erro devido a ac¸ ˜ao integral e aumentando o amortecimento e a taxa de ganho devido a ac¸ ˜ao derivativa (NISE, 2009). A representac¸ ˜ao desta ac¸ ˜ao de controle poder ´a ser tratada por tr ˆes estruturas diferentes: paralelo, s ´erie ou acad ˆemico, representados pelas equac¸ ˜oes (9), (10) e (11) respectivamente U (s) E(s) = Kp+ Ki s + Kds (9) U (s) E(s) = Kp(1 + 1 Tis )(1 + Tds) (10) U (s) E(s) = Kp(1 + 1 Tis + Tds) (11)

(27)

2.3 Controle de Sistemas 25

2.3.2 M ´ETODO DE PROJETO DE CONTROLADORES

Um controlador pode ser projetado tanto no dom´ınio do tempo como no dom´ınio da frequ ˆencia dependendo dos par ˆametros que se deseja controlar, al ´em disso o projetista deve escolher a ac¸ ˜ao de controle adequada para o sistema contro-lado tendo como guia as especificac¸ ˜oes finais do projeto (OGATA, 2010).

Existem diversas t ´ecnicas para o c ´alculo dos par ˆametros do controlador, neste trabalho ser ´a abordada a t ´ecnica do lugar das ra´ızes, por ser um m ´etodo simples e por atender as especificac¸ ˜oes de controle necess ´arias para este projeto.

2.3.3 M ´ETODO DO LUGAR DAS RA´IZES

Segundo Dorf e Bishop (2009) ”O lugar das ra´ızes ´e o percurso das ra´ızes da equac¸ ˜ao caracter´ıstica trac¸ado no plano s `a medida que um par ˆametro do sistema ´e alterado”, assim a localizac¸ ˜ao dos polos e zeros do sistema a malha aberta est ˜ao diretamente relacionados com as especificac¸ ˜oes do sistema que se deseja controlar.

Para se trac¸ar o lugar das ra´ızes de uma planta ´e necess ´ario obter sua func¸ ˜ao de transfer ˆencia em malha aberta e rearranja-la conforme a equac¸ ˜ao (12) (OGATA, 2010).

G(s) = K(s − z1)(s − z2)...(s − zn) (s − p1)(s − p2)...(s − pn)

. (12)

Ap ´os obter os zeros (zn) e os polos(pn) da planta, ´e poss´ıvel obter um esboc¸o que fornece uma vis ˜ao global do comportamento do sistema. Este esboc¸o possibilita ao projetista saber qual ganho tornar ´a o sistema inst ´avel, al ´em melhor ac¸ ˜ao de controle `a ser implementada. A partir do desempenho desejado, ´e poss´ıvel obter os polos e zeros a malha fechada, e ent ˜ao atrav ´es do m ´etodo do lugar das ra´ızes, escolher qual ac¸ ˜ao de controle poder ´a mover os polos e zeros para as posic¸ ˜oes de-sejadas (NISE, 2009). Um exemplo da aplicac¸ ˜ao deste m ´etodo ´e ilustrado na Figura 12.

Ao analisar a Figura 12 pode-se notar que n ˜ao existe nenhum ganho pos-s´ıvel que mova os polos para o ponto A, sendo necess ´ario,atrav ´es de ac¸ ˜oes de con-trole integrais ou derivativas, a implementac¸ ˜ao de zeros ou polos adicionais, que po-der ˜ao realocar o lugar das ra´ızes( linha verde) para o local desejado, atendendo as especificac¸ ˜oes do sistema.

(28)

2.4 Atraso de tempo e Controle Preditivo 26

A

σ

Plano s

Pólos a malha aberta

Pólos a malha fechada

B

C

Figura 12: Exemplo mostrando um ponto de projeto poss´ıvel atrav ´es do ajuste do ganho (B) e um ponto de projeto desejado (A). Fonte: Adaptado de (NISE, 2009)

2.4 ATRASO DE TEMPO E CONTROLE PREDITIVO

O atraso de tempo, ou tempo morto, faz com que a sa´ıda de um sistema, permanec¸a nula por um determinado intervalo de tempo ap ´os ser aplicado uma en-trada qualquer, como representado na Figura 13, onde o sinal y representa o sistema sem atraso e o sinal y1 representa a resposta com atraso de tempo. (LEVY, 2009)

0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 x 104 0 0.5 1 1.5 2 2.5 Step Response Tempo (seconds) Temperatura(°C) y y1 Delay Time

Figura 13: Resposta de um processo com atraso de tempo Fonte: Adaptado de (PARRA, 2013)

Segundo Parra (2013) o tempo morto diminui a margem de fase e o ganho da func¸ ˜ao de transfer ˆencia de um sistema, pois o mesmo representa no dom´ınio da frequ ˆencia um polin ˆomio de ordem infinita e−ts onde todos os polos s ˜ao reais. Ao se

(29)

2.4 Atraso de tempo e Controle Preditivo 27

aumentar o n ´umero de polos de um sistema, ele passa a apresentar uma estabilidade relativa pior, o que torna mais dif´ıcil a elaborac¸ ˜ao de um controlador, podendo ainda deixar o sistema inst ´avel `a malha fechada.

Algumas t ´ecnicas de controle com atraso de tempo j ´a foram desenvolvidas, como o M ´etodo de Cohen e Coon, o M ´etodo de Ziegler-Nichols e o Preditor de Smith (existem tamb ´em outras t ´ecnicas de controle preditivo mais avanc¸ados baseados em modelos autorregressivos, por ´em eles s ˜ao mais complexos.) (LEVY, 2009).

Devido ao fato de a t ´ecnica do Preditor de Smith apresentar uma melhor resposta transit ´oria, em relac¸ ˜ao aos outros m ´etodos, esta ser ´a a t ´ecnica escolhida para o controlador deste projeto.

A ideia central desta t ´ecnica ´e incluir paralelo `a planta um compensador de tempo morto, de forma que a entrada do controlador se torne uma din ˆamica sem atraso de tempo, permitindo que o ganho assuma um valor muito maior do que com um controlador PI normal, melhorando o desempenho do sistema, como representado na Figura 14. + -Planta com tempo morto Controlador R(s) Y(s) Modelo equivalente da planta Atraso de tempo + -+ -Preditor de Smith

Figura 14: Malha de controle com Preditor Smith Fonte: Adaptado de (PARRA, 2013)

A malha de controle preditivo desloca o atraso para fora da malha de rea-limentac¸ ˜ao, isto permite ao controlador emitir um sinal de controle como se o mesmo estivesse controlando uma din ˆamica sem atraso. Ao se implementar esta t ´ecnica deve-se assumir que o retardo da planta ´e constante, tornando o dedeve-sempenho deve-sens´ıvel `as incertezas intr´ınsecas do processo. Sendo assim, para reduzir, o erro entre o modelo matem ´atico e o real, ´e instalada uma segunda malha de controle, que subtrai do sinal de refer ˆencia a diferenc¸a entre o modelo matem ´atico e o sistema real (OLIVEIRA, 2016).

(30)

2.5 Sistema de Aquisic¸ ˜ao de Dados 28

2.5 SISTEMA DE AQUISIC¸ ˜AO DE DADOS

A aquisic¸ ˜ao de dados DAQ (Data Acquisiton) ´e uma t ´ecnica que utiliza re-curso computacional para medir e armazenar as grandezas f´ısicas de um processo, tais como, tens ˜ao, corrente, pot ˆencia, temperatura, press ˜ao, etc. O hardware DAQ digitaliza os sinais anal ´ogicos (desde que os sinais se encontrem condicionados para uma faixa de tens ˜ao apropriada) de entrada para um formato que o computador possa interpretar. Os componentes b ´asicos de uma placa DAQ s ˜ao o ADC (Analogic Digital Converter ) e o barramento, sendo que o ADC coleta as amostras do sinal de entrada, que posteriormente s ˜ao transmitidas para o computador por meio do barramento ( NA-TIONAL INSTRUMENTS, 2016).

Para este trabalho foi utilizada como hardware de aquisic¸ ˜ao de dados a placa NI - USB 6009 fabricada pela National Instruments, representada na Figura 15, por possuir baixo custo diante de suas caracter´ısticas, dispondo de:

• 12 entradas e sa´ıdas digitais;

• 8 entradas anal ´ogicas de 14 bits, que operam na faixa de -10V a 10V; • 2 sa´ıdas anal ´ogicas de 12 bits , que operam na faixa de 0V a 5V; • Contadores de 32 bits;

• Disponibilidade para a instalac¸ ˜ao de drivers para a comunicac¸ ˜ao com os software Matlab, Labview e Visual Studio;

Por ´em como mencionado, as entradas e sa´ıdas da placa s ´o suportam uma tens ˜ao em uma faixa limitada, sendo necess ´ario a implementac¸ ˜ao de um circuito con-dicionador de sinal para adaptar o valor de tens ˜ao para a faixa desejada (NATIONAL INSTRUMENTS, 2016).

(31)

2.5 Sistema de Aquisic¸ ˜ao de Dados 29

Figura 15: Placa de aquisic¸ ˜ao de dados NI USB -6009 Fonte: (NATIONAL INSTRUMENTS, 2016)

(32)

30

3 PROJETO DE RECONDICIONAMENTO E CONTROLE DE UMA BANCADA DID ´ATICA DE PROCESSO T ´ERMICO

3.1 SITUAC¸ ˜AO PR ´E-PROJETO DA BANCADA DID ´ATICA

Inicialmente a bancada did ´atica utilizada para este trabalho possu´ıa um sensor Pt100 condicionado, e uma unidade aquecedora de 1000W que apresentava mau funcionamento, devido a isto a bancada tornou-se obsoleta e estava em desuso. A Figura 16 ilustra a referida bancada.

Figura 16: Bancada did ´atica de processo t ´ermico Fonte: Autoria Pr ´opria 2015

A bancada tamb ´em possui uma bomba hidr ´aulica de pot ˆencia n ˜ao contro-lada, que tem por objetivo promover a circulac¸ ˜ao de ´agua dentro do cont ˆeiner. O esquem ´atico da situac¸ ˜ao inicial da bancada ´e ilustrado na Figura 17.

Ap ´os a realizac¸ ˜ao de testes iniciais, constatou-se que o sinal de tens ˜ao (Fi-gura 18) proveniente do sensor n ˜ao era apto para controle, pois o mesmo apresentava uma variac¸ ˜ao em degraus, o que causaria instabilidade no sistema.

Sendo assim, para se fazer necess ´ario o controle do processo, foi imple-mentado um segundo sensor Pt100. Por ´em este sensor fornece uma resposta em relac¸ ˜ao a variac¸ ˜ao de resist ˆencia el ´etrica, se fazendo necess ´ario a convers ˜ao dessa

(33)

3.1 Situac¸ ˜ao Pr ´e-Projeto da Bancada Did ´atica 31 Container 1 Bomba Atuador de Controle Sensor Pt100

Figura 17: Diagrama do processo t ´ermico Fonte: Adaptado de (FESTO, 1998)

2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000 20 25 30 35 40 Tempo(s) Temperatura(°C) Temperatura Real

Figura 18: Sinal de sa´ıda do sensor original da bancada Fonte: Autoria Pr ´opria

resposta para um sinal de tens ˜ao adequado, possibilitando assim a comunicac¸ ˜ao com a placa de aquisic¸ ˜ao.

A unidade aquecedora possui um atuador de controle, que controla seu funcionamento, possuindo apenas as func¸ ˜oes ligado e desligado em 24 e 0V respec-tivamente, sendo assim, como a placa de aquisic¸ ˜ao possui uma amplitude m ´axima na sa´ıda de 5V, ´e necess ´ario a implementac¸ ˜ao de um circuito amplificador para condicio-nar o sinal.

(34)

3.2 Sistema de Acionamento e Condicionamento de sinais do processo t ´ermico 32

3.2 SISTEMA DE ACIONAMENTO E CONDICIONAMENTO DE SINAIS DO PRO-CESSO T ´ERMICO

O sensor Pt100 instalado varia sua resist ˆencia el ´etrica conforme a tempe-ratura, sendo assim, para converter o sinal para um de tens ˜ao, ´e necess ´ario obter a curva de resposta (resist ˆencia por temperatura) para que seja poss´ıvel a obtenc¸ ˜ao dos valores m ´aximo e m´ınimo de resist ˆencia. Possuindo estes valores ´e poss´ıvel projetar um circuito de condicionamento para adequar o sinal para uma escala de 0 a 5V. A Figura 19 ilustra a relac¸ ˜ao citada acima.

25 30 35 40 45 50 55 60 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 Temperatura Resistência Resposta do sensor Pt100

Figura 19: Relac¸ ˜ao resist ˆencia por temperatura do sensor Pt100 Fonte: Autoria Pr ´opria

De acordo com o manual descritivo, a temperatura m ´axima suportada pela bancada ´e de 65◦C, logo o circuito de condicionamento foi desenvolvido de forma a emitir 5V, quando a resist ˆencia do sensor for 120 Ω(65◦C) e 0V quando a resist ˆencia for 100 Ω. O circuito de condicionamento do sensor ´e ilustrado na Figura 20.

No circuito da Figura 20, a resist ˆencia do sensor passa por um divisor de tens ˜ao com o intuito de converter a mesma para um valor em tens ˜ao. Esta tens ˜ao passa por um amplificador n ˜ao inversor e posteriormente por um amplificador subtra-tor, onde o sinal de tens ˜ao ´e subtra´ıdo pelo sinal de refer ˆencia com o intuito de se obter uma tens ˜ao dentro da faixa de valores desejada (0V - 5V). No final do circuito foi implementado um filtro passa-baixa, para eliminar o ru´ıdo de alta frequ ˆencia na forma de onda da sa´ıda. A Figura 21 ilustra o funcionamento do circuito condicionador, em diagrama de blocos.

(35)

3.2 Sistema de Acionamento e Condicionamento de sinais do processo t ´ermico 33 Title Designed by Revision Page 1 of 1 24 LM324N1 0 10k VDD1 24 Pt100 10k VDD2 24 LM324N2 24 0 LM324N3 24 0 1k 20k 1k 5k 1k 5k 10k 10u V V = 4.9V V = 4.9V V = 5.9V V = 0.28V V = 5V Tensão de Referência Buffer Conversão de resistência para tensão Amplificador Não-Inversor Subtrator Amplificador Filtro Passa-Baixa

Figura 20: Simulac¸ ˜ao para condicionamento do sensor Pt100 Fonte: Autoria Pr ´opria

Sinal do Sensor 100 - 120 Divisor de tensão 0,23V – 0,28V Amplificador subtrator 0,7V – 5V Filtro Passa-baixa 0,7V – 5V Amplificador não inversor 4,89V – 5,9V

Figura 21: Diagrama de Blocos do Fluxo de sinal do circuito de condicionamento do sensor

Fonte: Autoria Pr ´opria

Ap ´os a realizac¸ ˜ao de testes no Protoboard constatou-se que o amp-op LM324 n ˜ao conseguia emitir 0V na sa´ıda do subtrator, mesmo quando as entradas fossem iguais, sendo que o valor de tens ˜ao m´ınimo na sa´ıda ´e 0,7V, por ´em ao se ava-liar a curva ilustrada na Figura 19 foi constatado que devido a in ´ercia do sensor para baixas temperaturas ,a temperatura equivalente a 0,7V encontra-se abaixo do valor m´ınimo fisicamente poss´ıvel do sistema (0◦C), tornando este problema obsoleto para os experimentos deste trabalho.

Inicialmente o atuador de controle da unidade aquecedora, estava conec-tado diretamente com 24V e 0V em seus terminais, tamb ´em foi identificado que o mesmo era controlado por um rel ´e interno, ou seja, apenas possu´ıa a func¸ ˜ao li-gado(24V) e desligado(0V). Logo para realizar o controle de sinal, optou-se por utilizar um circuito chave controlado por um sinal PWM(Pulse Width Modulation) de frequ ˆencia baixa, para n ˜ao comprometer o funcionamento do rel ´e, e amplitude 5V proveniente da placa de aquisic¸ ˜ao. Este circuito ´e representado na Figura 22.

(36)

3.2 Sistema de Acionamento e Condicionamento de sinais do processo t ´ermico 34 Title Designed by Revision Page 1 of 1 1k 10k Atuador de Controle PWM 0-5V

Figura 22: Circuito para condicionamento do atuador de controle da unidade aquecedora

Fonte: Autoria Pr ´opria

ilustrado na Figura 23. +24V 0V 24V Circuito Chave Controlado por PWM Unidade aquecedora

Figura 23: Esquem ´atico da

implementac¸ ˜ao do circuito de condici-onamento no atuador de controle da unidade aquecedora

Fonte: Autoria Pr ´opria

Sendo assim, quando o sinal do PWM estiver em n´ıvel l ´ogico alto o transis-tor ir ´a conduzir, permitindo a passagem de corrente e ativando o aquecedor, e quando o sinal estiver em n´ıvel l ´ogico baixo o transistor se torna um circuito aberto interrom-pendo a passagem de corrente.

Ap ´os ambos os circuitos serem devidamente testados em protoboard, mon-tou-se a placa de circuito impresso representada na Figura 24, a qual comporta tanto o circuito de condicionamento do sensor, como o do atuador da unidade aquecedora.

(37)

3.2 Sistema de Acionamento e Condicionamento de sinais do processo t ´ermico 35

Figura 24: Circuito de condicionamento para o processo t ´ermico Fonte: Autoria Pr ´opria

Cada processo da bancada, possui um m ´odulo, e em cada m ´odulo existe um terminal anal ´ogico que possui conectores de 24V, 15V, 2,5V e 0V, os quais foram utilizados para alimentar os amplificadores e tornar a refer ˆencia comum nos circuitos de condicionamento. O terminal anal ´ogico do processo t ´ermico ´e ilustrado na Figura 25.

Os conectores azuis disponibilizam 0V (refer ˆencia) j ´a os brancos disponibili-zam variados valores de tens ˜ao (24V, 15V e 2,5V), enquanto os laranjas disponibilidisponibili-zam apenas a tens ˜ao m ´axima (24V).

O m ´odulo possui 4 chaves liga/desliga em sua parte externa e 3 pares de bornes, sendo que 2 chaves e 2 bornes encontravam-se inicialmente inativados. As chaves e os bornes est ˜ao ilustrados nas Figuras 26 e 27 respectivamente.

Dentre as chaves, a que esta sob o nome de Extern Function (Func¸ ˜ao Ex-terna), que anteriormente encontrava-se inativa, foi utilizada para controlar a imple-mentac¸ ˜ao do circuito-chave no controle do atuador. Sendo assim, quando a chave estiver no estado on (ligado), o atuador passar ´a a ser controlado pelo circuito repre-sentado na Figura 22, j ´a quando a chave estiver no estado off (desligado), a bancada permanecer ´a com seu sistema de controle original.

Dentre os bornes, o par inferior emitia o sinal do sensor original da bancada, enquanto os dois pares superiores encontravam-se inativos, assim o borne superior

(38)

3.2 Sistema de Acionamento e Condicionamento de sinais do processo t ´ermico 36

Figura 25: Terminal anal ´ogico da bancada de processo t ´ermico Fonte: Autoria Pr ´opria

Figura 26: Chaves on/off do processo t ´ermico Fonte: Autoria Pr ´opria

foi escolhido para receber o sinal PWM de controle do atuador gerado pela placa de aquisic¸ ˜ao de dados, enquanto o borne do meio foi escolhido para receber o sinal de tens ˜ao acondicionado do sensor Pt100.

(39)

3.3 Modificac¸ ˜ao da bancada para gerar o fen ˆomeno de atraso de tempo 37

Figura 27: Bornes para ligac¸ ˜ao externa do processo t ´ermico Fonte: Autoria Pr ´opria

3.3 MODIFICAC¸ ˜AO DA BANCADA PARA GERAR O FEN ˆOMENO DE ATRASO DE TEMPO

Ap ´os o recondicionamento do sistema de acionamento e aquisic¸ ˜ao, a ban-cada foi modifiban-cada com o intuito de obter uma planta que possua o atraso de tempo como caracter´ıstica intr´ınseca . Para a obtenc¸ ˜ao deste novo sistema, foi necess ´ario a utilizac¸ ˜ao de um segundo container ”emprestado”da bancada de press ˜ao, sendo que a ´agua ´e aquecida no primeiro container, transportada para o segundo (onde a tempe-ratura dever ´a ser controlada) atrav ´es de uma mangueira de dez metros (que simular ´a uma situac¸ ˜ao real de atraso de tempo) acoplada a bomba hidr ´aulica, e dever ´a voltar para o primeiro container atrav ´es de um pequeno tubo de retorno que mant ´em o n´ıvel dos dois cont ˆeineres iguais. O esquem ´atico da bancada p ´os modificac¸ ˜ao ´e ilustrado na Figura 28.

Inicialmente para se maximizar o atraso de tempo, foi utilizado uma man-gueira de 50m, por ´em devido a falta de pot ˆencia da bomba hidr ´aulica do processo t ´ermico foi necess ´ario diminuir o comprimento da mangueira para 10m.

Diferente dos outros processos da bancada a bomba hidr ´aulica do processo t ´ermico possui apenas as func¸ ˜oes ligado/desligado servindo inicialmente apenas para promover a circulac¸ ˜ao de ´agua dentro do container. Devido a isto para diminuir o fluxo de ´agua, foi implementado uma v ´alvula de controle de vaz ˜ao na mangueira, diminuindo

(40)

3.3 Modificac¸ ˜ao da bancada para gerar o fen ˆomeno de atraso de tempo 38

a vaz ˜ao para o m´ınimo poss´ıvel, aumentando o tempo morto do sistema. A Figura 29 ilustra a bancada ap ´os as modificac¸ ˜oes efetuadas.

Container 1 Container 2 Sensor 1 Mangueira de 10m Bomba Retorno Atuador de Controle Válvula de Controle de Vazão

Figura 28: Esquem ´atico do sistema flu´ıdico do processo t ´ermico ap ´os a modificac¸ ˜ao

Fonte: Autoria Pr ´opria

Figura 29: Processo t ´ermico e de press ˜ao, ap ´os a modificac¸ ˜ao da bancada Fonte: Autoria Pr ´opria

(41)

3.4 Levantamento dos Modelos Matem ´aticos e controle do Processo T ´ermico com Atraso de Tempo39

3.4 LEVANTAMENTO DOS MODELOS MATEM ´ATICOS E CONTROLE DO PRO-CESSO T ´ERMICO COM ATRASO DE TEMPO

Ap ´os a realizac¸ ˜ao do condicionamento dos sinais e a modificac¸ ˜ao da ban-cada, foi feito o levantamento do modelo matem ´atico do sistema, com o intuito de descobrir suas caracter´ısticas, como a ordem, o tempo de assentamento, o erro em regime permanente e o atraso de tempo. Ao se obter as caracter´ısticas citadas, foi poss´ıvel estipular as especificac¸ ˜oes do sistema controlado e projetar o controlador.

Antes de levantar o modelo matem ´atico da planta ´e necess ´ario saber se a mesma apresenta um comportamento linear ou n ˜ao-linear, caso apresente uma res-posta n ˜ao-linear ser ´a necess ´ario efetuar a linearizac¸ ˜ao no ponto de operac¸ ˜ao.

Para melhor visualizac¸ ˜ao da resposta, a tens ˜ao de sa´ıda do sensor foi con-vertida por software para o valor correspondente em temperatura. A frequ ˆencia do sinal PWM do atuador foi estipulada para 250mHz, para se reduzir o desgaste do rel ´e mec ˆanico que ativa o aquecedor.

Primeiramente o aquecedor foi ativado com um sinal PWM de raz ˜ao c´ıclica 50%, ap ´os a sa´ıda entrar em regime a raz ˜ao c´ıclica foi aumentada para 60%, com o intuito de se avaliar a proporcionalidade da resposta do sistema. A Figura 30 ilustra a resposta em temperatura real do sistema `a malha aberta.

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 x 104 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 Tempo(s) Temperatura(°C) Temperatura Real

Figura 30: Resposta ao degrau do processo t ´ermico Fonte: Autoria Pr ´opria

Para efetuar a comparac¸ ˜ao entre a entrada e a sa´ıda em escalas iguais, o in´ıcio da curva ilustrada na Figura 30 foi movida para a origem, e comparada ao degrau multiplicado pelo ganho da planta. A comparac¸ ˜ao entre a variac¸ ˜ao destes dois

(42)

3.4 Levantamento dos Modelos Matem ´aticos e controle do Processo T ´ermico com Atraso de Tempo40

sinais ´e ilustrada na Figura 31.

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 x 104 −2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Tempo(s) Temperatura(°C) Temperatura Degrau Entrada

Figura 31: Comparac¸ ˜ao da resposta ao degrau do processo t ´ermico Fonte: Autoria Pr ´opria

Ao se analisar a Figura 31 pode-se notar que o sistema apresenta uma res-posta muito pr ´oxima da linear, pois com um aumento de 20% na amplitude do degrau (50% para 60%) a temperatura acima da inicial aumentou de 13◦C para 15,58◦C o que configura um aumento de 19,85%, obedecendo com boa fidelidade as propriedades de superposic¸ ˜ao e homogeneidade.

Para que seja poss´ıvel obter a func¸ ˜ao de transfer ˆencia ´e necess ´ario que o sistema esteja referenciado na origem, logo atrav ´es da manipulac¸ ˜ao de vetores no matlab foi poss´ıvel obter apenas a resposta ao segundo degrau da curva de sa´ıda. Com a curva a malha aberta trac¸ada, ´e poss´ıvel utilizando o APP System Identification do matlab obter a func¸ ˜ao de transfer ˆencia Gp(s)que mais se aproxima com a situac¸ ˜ao real dada em (13).

Gp(s) =

26 4861, 6s + 1e

−120s (13)

Ao se analisar a equac¸ ˜ao (13) pode-se notar a presenc¸a do atraso gerado no sistema, representado por e−120s.

Ap ´os a obtenc¸ ˜ao da func¸ ˜ao de transfer ˆencia ´e aplicado um degrau propor-cional a mesma e ent ˜ao ´e comparado a resposta te ´orica com a resposta real, como ilustrado na Figura 32.

Pode-se concluir a partir da Figura 32, que a func¸ ˜ao de transfer ˆencia apre-senta boa fidelidade se comparada com o sistema real. Agora j ´a ´e poss´ıvel definir as

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3.4 Levantamento dos Modelos Matem ´aticos e controle do Processo T ´ermico com Atraso de Tempo41 0.5 1 1.5 2 x 104 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 Step Response Tempo (seconds) Temperatura(°C) Temperatura Real Temperatura Teorica

Figura 32: Comparac¸ ˜ao da resposta te ´orica e real em malha aberta Fonte: Autoria Pr ´opria

especificac¸ ˜oes do projeto controlado. Por ser identificado como um sistema de pri-meira ordem, a ac¸ ˜ao de controle escolhida ser ´a Proporcional Integral (PI). Como o sistema tem um valor m ´aximo suportado no atuador de controle (raz ˜ao c´ıclica 100%), n ˜ao se pode estipular o tempo de assentamento do sistema em malha fechada, logo o ganho do controlador Kc ´e projetado para o maior poss´ıvel mas que n ˜ao deixe o sistema saturado por um tempo consider ´avel. J ´a o zero do controlador, foi proje-tado a partir do lugar das ra´ızes para 80% do valor do polo da planta, para reduzir drasticamente sua influ ˆencia na resposta, sendo que a equac¸ ˜ao (14) representa o PI implementado:

Gc(s) =

s + 1, 6.10−4

s 0, 08 (14)

Ainda, ao avaliar a equac¸ ˜ao (13) foi poss´ıvel projetar o Preditor de Smith adequado com tempo de delay de 120s. O diagrama de blocos para a simulac¸ ˜ao do sistema controlado ´e ilustrado na Figura 33.

Ap ´os algumas simulac¸ ˜oes o ganho Kp ficou definido como 0,08 e o zero do controlador definido em -0,00016. O bloco step ´e o degrau da temperatura de refer ˆencia, que foi estipulada em 36◦C. A constante que soma no preditor e na planta representa a temperatura inicial do sistema e o bloco saturation simula a situac¸ ˜ao de saturac¸ ˜ao real, al ´em de ser utilizado para o projeto do anti-windup que impede o integrador de atuar quando o sistema se encontra saturado.

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re-3.4 Levantamento dos Modelos Matem ´aticos e controle do Processo T ´ermico com Atraso de Tempo42 25 4861.6s+1 Planta 25 4861.6s+1 Preditor

Temperatura referência Saida do Sistema

Ação de Controle

20.4 Temperatura inicial

-K-Ganho proporcional Saturation Atraso de tempo

Atraso de tempo teórico 1 s Integrator -K-Ganho Integral 1 Ganho

Figura 33: Diagrama de blocos da simulac¸ ˜ao do controlador PI com Preditor de Smith Fonte: Autoria Pr ´opria

alizando o processamento em poucos instantes e posteriormente regulando a escala, sendo que essa escala n ˜ao condiz com o tempo real. A linguagem do controlador foi convertida para C#, para evitar o conflito entre os tempos de amostragem (reais e simulados).

O software utilizado para implementar o controle em linguagem C# foi o Vi-sual Studio Express o qual foi escolhido pela disponibilidade de drivers de comunicac¸ ˜ao com a placa de aquisic¸ ˜ao de dados. A Figura 34 ilustra a interface desenvolvida no software Visual Studio.

Figura 34: Interface desenvolvida para controlar o processo t ´ermico em C# Fonte: Autoria Pr ´opria

Como a temperatura ambiente varia de um dia para outro, e para tempe-raturas baixas o sensor Pt100 possui uma pequena in ´ercia, ´e necess ´ario informar `a interface a temperatura inicial real do sistema, al ´em de tamb ´em ser necess ´ario infor-mar a temperatura de refer ˆencia. O bot ˜ao Save salva os valores plotados no gr ´afico em vetores no formato CSV (Comma-separated values), que depois s ˜ao importados para matlab para uma melhor ilustrac¸ ˜ao dos resultados. ´E poss´ıvel atrav ´es da inter-face, calibrar os ganhos do controlador para obter um melhor resultado. O diagrama de blocos do controlador PI, o qual foi discretizado, ´e ilustrado na Figura 35.

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3.4 Levantamento dos Modelos Matem ´aticos e controle do Processo T ´ermico com Atraso de Tempo43 + + Kp Ki 1/s E(s) C(s)

Figura 35: Diagrama de blocos do controlador PI Fonte: Adaptado de (OGATA, 2010)

A equac¸ ˜ao discretizada do controlador do processo est ´a representada na equac¸ ˜ao (15)

c[k + 1] = (TsKi− Kp)r[k] + Kpr[k + 1] + c[k] (15) onde Ts ´e o tempo de amostragem, e per´ıodo do timer, o qual gera o PWM para ativar o atuador, e Ki e Kp os ganhos do controlador.

A equac¸ ˜ao (16) representa a discretizac¸ ˜ao da equac¸ ˜ao da planta, represen-tada na equac¸ ˜ao (13), a qual foi necess ´aria para a implementac¸ ˜ao do controle preditivo em C#

c[k + 1] = KtPtTsr[k] − (PtTs− 1)c[k] (16) onde Kt ´e o ganho e Pto polo da planta.

Ap ´os o t ´ermino da discretizac¸ ˜ao do controlador e da criac¸ ˜ao da interface, foram efetuados os testes a malha fechada do sistema mostrado na Figura 36.

Ao se analisar a Figura 36, pode se confirmar que o controlador funcionou corretamente, zerando o erro em regime e diminuindo o tempo de assentamento da curva. Ainda avaliando a Figura 37 que ilustra a ac¸ ˜ao de controle do sistema a malha fechada, pode-se notar que o sistema permaneceu saturado no in´ıcio do teste apenas por um curto per´ıodo de tempo (400s), atendendo as especificac¸ ˜oes estabelecidas.

Pode-se notar que ap ´os o sistema entrar em regime a ac¸ ˜ao de controle apresenta um pequeno aumento, isto foi devido a temperatura ambiente ter reduzido

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3.4 Levantamento dos Modelos Matem ´aticos e controle do Processo T ´ermico com Atraso de Tempo44 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000 22 24 26 28 30 32 34 36 38 Tempo(s) Temperatura(°C) Temperatura Real Temperatura Prevista

Figura 36: Temperatura Real e Prevista do sistema em malha fechada Fonte: Autoria Pr ´opria

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 Tempo(s) Razão Cíclica Ação de Controle

Figura 37: Ac¸ ˜ao de controle do sistema a malha fechada Fonte: Autoria Pr ´opria

no final do teste, aumentando a perda de calor atrav ´es da superf´ıcie dos containers, e necessitando uma maior ac¸ ˜ao de controle para manter o sistema na temperatura desejada.

O teste com o mesmo controlador, mas sem a utilizac¸ ˜ao do Preditor de Smith ´e ilustrado na Figura 38.

Como j ´a mencionado neste trabalho o Preditor de Smith tem como objetivo a diminuic¸ ˜ao das oscilac¸ ˜oes do sistema causadas pelo atraso de tempo. Neste projeto n ˜ao foi poss´ıvel observar isto devido ao fato de o atraso de tempo que se conseguiu gerar ter sido extremamente inferior a constante de tempo do sistema. Por ´em ao se

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3.4 Levantamento dos Modelos Matem ´aticos e controle do Processo T ´ermico com Atraso de Tempo45 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 Tempo(s) Temperatura(°C) Temperatura Real

Figura 38: Controle de temperatura sem preditor Fonte: Autoria Pr ´opria

avaliar a Figura 36 nota-se que o sistema apresentou um resultado bastante pr ´oximo do previsto (erro m ´edio de 3%), demonstrando que a simulac¸ ˜ao apresenta boa confi-abilidade em relac¸ ˜ao ao sistema real. Sendo assim para visualizar melhor a ac¸ ˜ao do Preditor no sistema, foram feitas simulac¸ ˜oes da mesma planta, por ´em com um atraso 10 (1200s) e 20 (2400s) vezes maior do que o real, e ent ˜ao avaliadas as respostas dos sistemas com preditor e sem controle preditivo. Os resultados das simulac¸ ˜oes mencionados est ˜ao ilustrados nas Figuras 39 e 40 respectivamente.

0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 x 104 20 25 30 35 Tempo(s) Temperatura(°C)

Time Series Plot:

Com Preditor Sem Preditor

Figura 39: Simulac¸ ˜ao do sistema com dez vezes mais atraso de tempo que a planta real

Fonte: Autoria Pr ´opria

Para estas simulac¸ ˜oes foi considerado um desvio de 3% nos par ˆametros da planta a fim de representar a uma situac¸ ˜ao real.

(48)

3.5 Resultados Obtidos 46 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 x 104 20 25 30 35 Tempo(s) Temperatura(°C)

Time Series Plot:

Com Preditor Sem Preditor

Figura 40: Simulac¸ ˜ao do sistema com vinte vezes mais atraso de tempo que a planta real

Fonte: Autoria Pr ´opria

Ao se analisar as Figuras 39 e 40 foi poss´ıvel notar que o controle preditivo apresentou uma grande diminuic¸ ˜ao da oscilac¸ ˜ao da resposta com relac¸ ˜ao ao contro-lador sem a utilizac¸ ˜ao do mesmo.

3.5 RESULTADOS OBTIDOS

Analisando os sinais obtidos, pode-se verificar que o sistema controlado atendeu as especificac¸ ˜oes do sistema apresentando uma boa fidelidade em relac¸ ˜ao ao sistema real, possibilitando que o processo t ´ermico seja controlado por um controlador PI implementado em linguagem C#.

O processo t ´ermico apresenta a resposta mais lenta se comparado aos outros processos da bancada did ´atica devido ao limite de pot ˆencia da unidade aque-cedora, al ´em disto o tempo de atraso foi drasticamente limitado pois depende direta-mente da pot ˆencia da bomba hidr ´aulica a qual n ˜ao p ˆode ser alterada devido ao fato de ser um componente original da bancada. Logo n ˜ao foi poss´ıvel gerar um tempo morto que provocasse uma perturbac¸ ˜ao evidente na resposta do sistema real. Por ´em na simulac¸ ˜ao pelo software simulink (onde o atraso de tempo foi aumentado) foi poss´ıvel observar a ac¸ ˜ao do preditor nos sistemas reduzindo a oscilac¸ ˜ao nas respostas dos mesmos.

(49)

47

4 CONCLUS ˜OES

Em um sistema de controle nem sempre os sinais dos sensores e o acio-namento dos atuadores do processo estar ˜ao de acordo com a ferramenta que ser ´a utilizada para o controle, por isso ´e indispens ´avel considerar o recondicionamento dos sinais, devido a alta exequibilidade e eventual baixo orc¸amento, que esta alternativa prop ˜oe.

A partir do momento que os sinais est ˜ao condicionados, pode-se, ao aplicar uma entrada adequada e obter o modelo do sistema no dom´ınio da frequ ˆencia, em seguida, ´e necess ´ario avaliar se o processo ´e linear ou n ˜ao linear, pois as ac¸ ˜oes a serem seguidas diferem em cada situac¸ ˜ao. Apesar do sistema controlado neste trabalho possuir v ´arios fatores n ˜ao-lineares, sua resposta respeitou com um bom grau de precis ˜ao as propriedades da superposic¸ ˜ao e homogeneidade. Sendo ent ˜ao, para fins de c ´alculo, considerado linear. Ap ´os confirmar que o sistema ´e linear pode-se obter seu modelo matem ´atico equivalente no dom´ınio da frequ ˆencia.

Em seguida ´e necess ´ario definir as especificac¸ ˜oes para o sistema contro-lado, como erro em regime permanente, tempo de subida, tempo de assentamento, entre outros. Lembrando de considerar os limites de saturac¸ ˜ao do processo.

Utilizando-se da teoria b ´asica de controle, al ´em dos conhecimentos adqui-ridos acerca das t ´ecnicas de controle preditivo, o projeto do controlador foi elaborado e testado. Devido ao fato de o sistema se revelar de primeira ordem, o controlador escolhido foi do tipo PI. Os softwares para a supervis ˜ao e controle da planta tiveram desempenho satisfat ´orio comprovado atrav ´es de experimentos realizados ao longo do trabalho. Todas as execuc¸ ˜oes do processo utilizaram o c ´odigo fonte desenvolvido em linguagem C#, sendo que os resultados foram posteriormente exportados para o matlab, onde se gerou todas as figuras simuladas deste trabalho.

Devido a limitac¸ ˜oes dos componentes originais da bancada, n ˜ao foi poss´ıvel uma visualizac¸ ˜ao mais detalhada dos efeitos causados no processo pelo atraso de tempo, bem como a efici ˆencia do preditor em reduzir a influ ˆencia dos mesmos. Por ´em devido ao fato de o modelo matem ´atico do sistema apresentar boa fidelidade em relac¸ ˜ao ao real, foi poss´ıvel atrav ´es da utilizac¸ ˜ao do software simulink, simular o ex-perimento hipot ´etico do mesmo sistema com um tempo morto maior, possibilitando assim, a visualizac¸ ˜ao das oscilac¸ ˜oes causadas pelo atraso de tempo, bem como a

(50)

4 Conclus ˜oes 48

ac¸ ˜ao do controlador preditivo na melhora da resposta do processo.

A bancada foi originalmente constru´ıda de modo a dar liberdade para o projetista manipular a tubulac¸ ˜ao e produzir diferentes sistemas supervis ´orios, agora com a finalizac¸ ˜ao deste trabalho, todos os processos da bancada encontram-se em funcionamento podendo ser operados por qualquer dispositivo de controle que opere na faixa de tens ˜ao de 0 a 5V. Fica como sugest ˜ao para futuros trabalhos a intercalac¸ ˜ao de mais de um processo de modo a reproduzir as mais diversas situac¸ ˜oes reais ou fen ˆomenos, al ´em da implementac¸ ˜ao de novas t ´ecnicas de controle para os processos j ´a existentes.

(51)

49

REFER ˆENCIAS

BARBOSA, Pablo Borges. Projeto de um Sistema de Controle T ´ermico Moderno para Superf´ıcies Estendidas. 87 p. Tese (Projeto de Graduac¸ ˜ao apresentado ao Curso de Engenharia Mec ˆanica) — Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2015. Dispon´ıvel em: <http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10013710.pdf>. DORF, Richard C.; BISHOP, Robert H. Sistemas De Controle Modernos. 11 ˆA◦. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 659 p.

FESTO. Control of temperature, flow, pressure and filling level manual. [S.l.]: Festo Didact, 1998.

GHIGGI, IMF.Controle de Sistemas com Atrasos no Tempo na Presenc¸a de Atu-adores Saturantes. 130 p. Tese (Doutorado em Engenharia El ´etrica) — Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008. Dispon´ıvel em: <http://monografias.poli.ufrj.br-/monografias/monopoli10013710.pdf>.

LEVY, Danielle. An ´alise e Controle de Sistemas de Fase N ˜ao-M´ınima e de Siste-mas com Tempo Morto. 154 p. Tese (Doutorado) — Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009. Dispon´ıvel em: <http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/mono-poli10003175.pdf>.

NATIONAL INSTRUMENTS.NI DAQ USB 6009. 2016. Dispon´ıvel em: <http://sine.ni-.com/nips/cds/view/p/lang/pt/nid/201987>.

NISE, Norman.Engenharia de Sistemas de Controle. 5 ˆA◦. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 697 p.

NOVUS. TERMORRESIST ˆENCIAS Pt100. Novus, 2013. 3 p. Dispon´ıvel em: <http:/-/www.novus.com.br/downloads/Arquivos/folheto\ pt100.>

OGATA, Katsuhiko.Engenharia de Controle Moderno. 5 ˆA◦. ed. S ˜ao Paulo: Pearson, 2010. 788 p.

OLIVEIRA, F ´ulvia Stefany Silva de.Controle PI / PID Robusto Baseado no Preditor de Smith. 71 p. Tese (Dissertac¸ ˜ao de Mestrado) — Universidade Federal de Minas Gerais, 2016. Dispon´ıvel em: <http://www.ppgee.ufmg.br/defesas/1316M.PDF>. PARRA, Luis Antonio. Sistema de Controle com Compensac¸ ˜ao de Tempo Morto Aplicado `a Gerac¸ ˜ao de Vento em Tanque de Prova. 180 p. Tese (Doutorado) — Universidade de S ˜ao Paulo, 2013. Dispon´ıvel em: <http://www.teses.usp.br/teses/dis-poniveis/3/3152/tde-22092014155323/publico/Diss\ Parra.>

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ANEXO A - GUIA DO USU ´ARIO

Este guia do usu ´ario tem por finalidade apresentar as etapas necess ´arias para operar o processo t ´ermico da bancada did ´atica de controle da marca FESTO, localizada no Laborat ´orio de Controle de Sistemas Din ˆamicos (sala I008) dentro das imediac¸ ˜oes da UTFPR - Campus Pato Branco.

A.1 LIGAC¸ ˜OES F´ISICAS PARA INICIALIZAR A BANCADA

Cada processo da bancada did ´atica possui uma fonte, a qual fornece as tens ˜oes de refer ˆencia para o terminal anal ´ogico, que posteriormente alimenta o display da bancada, junto com a interface original de controle do processo. Esta fonte tamb ´em alimenta os circuitos de recondicionamento do processo, visto que os mesmos se utilizam das tens ˜oes de refer ˆencia do terminal anal ´ogico para funcionarem. Logo ao se inicializar um processo, ´e necess ´ario primeiro alimentar a fonte `a uma tens ˜ao de 127/220V.

A alimentac¸ ˜ao da unidade aquecedora n ˜ao prov ´em da fonte, sendo ne-cess ´ario conect ´a-la a 220V (para facilitar esta conex ˜ao foi instalada uma extens ˜ao adequada).

A.1.1 CHAVES

Ap ´os ligar a fonte, deve-se ativar as chaves on/off (que liga o terminal anal ´ogico) e Extern Function (que possibilita `a unidade aquecedora ser controlada por um sinal externo). A chave Pump ativa a bomba hidr ´aulica do processo, enquanto a Valve encontra-se sem conex ˜ao, podendo ser utilizada para outras aplicac¸ ˜oes ne-cess ´arias aos futuros projetos. A Figura 41 ilustra as chaves do prone-cesso t ´ermico.

A.1.2 BORNES

Todos os processos da bancada possuem tr ˆes pares de bornes para a comunicac¸ ˜ao externa. No processo t ´ermico o primeiro par de borne recebe um sinal PWM para controle da unidade aquecedora, onde se controla a pot ˆencia do aquecedor atrav ´es da alterac¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica do sinal, enquanto os outros dois pares emitem os sinais de tens ˜ao dos dois sensores Pt100, sendo que o segundo borne emite o sinal do ”sensor 2”, instalado no recondicionamento, e o borne inferior emite o sinal

(53)

A.2 Seguranc¸a ao operar a bancada 51

Chaves on/off do processo t ´ermico Fonte: Autoria Pr ´opria

do ”sensor 1”, original da bancada. As equac¸ ˜oes (17) e (18) apresentam a relac¸ ˜ao tens ˜ao/temperatura do sensor 1 e 2 respectivamente,

T1 = V1∗ 100 − 191 (17) T2 = 3, 125  10000 ∗ V2+ 252000 2494, 5 − V2  − 314 (18)

Onde T1 e T2 s ˜ao as temperaturas do sensor 1 e 2, e V1 e V2 as tens ˜oes de sa´ıda dos bornes. Obs: nenhum dos sensores apresenta um comportamento com-pletamente linear, sendo que as equac¸ ˜oes acima foram linearizadas para as faixas de temperatura de 30◦ a 50◦C. A Figura 42 ilustra os referidos bornes.

A.2 SEGURANC¸ A AO OPERAR A BANCADA

•Verificar se n ˜ao existe nenhum objeto estranho nos containers, para n ˜ao travar a bomba hidr ´aulica;

•N ˜ao ligar o processo t ´ermico com a ´agua abaixo do n´ıvel da unidade aquecedora; •Verificar a conex ˜ao dos tubos, para evitar vazamentos;

Referências

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