Lo alização de ampos em membranas deformadas
WilamiTeixeira da Cruz
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
WilamiTeixeira da Cruz
Tese submetida ao Departamento de Físi a
omo requisito para obtenção do grau
de Doutor em Físi a.
Orientador
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
C965l
Cruz, Wilami Teixeira da.
Localização de campos em membranas deformadas / Wilami Teixeira da Cruz. – 2009.
116 f. : il.
Tese (doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Programa de Pós-Graduação em
Física , Fortaleza, 2009.
Orientação: Prof. Dr. Carlos Alberto Santos de Almeida.
1. Interação gravitacional . 2. Membrana gerada por kink. 3. Membrana deformada. 4. Campo escalar. 5.
Férmions. I. Título.
à minha família,a
fonte de toda minha
Gostaria de agrade er a todos que ontribuírampara a on lusão deste trabalho.
Ao professor Dr. Carlos Alberto Santos de Almeida pela orientação e pelos grandes
onselhos.
Todaminha famíliapeloapoiopermanentee in ondi ional.
Aos meus pais por mesmo depois de muito tempo terem a eitado minha es olha
prossional.
Agradeço àminha noiva Joelma pelapa iên ia.
Ao professorDr. Ri ardo Renan Landimpelas dis ussões.
Ao professorDr. Adalto Gomes pelaajuda naparte omputa ional.
AoprofessorDr. Makarius Oliveira Tahimpelas dis ussõese importante olaboração
durante o urso.
Aos olegasdoLASSCO,Ivan(brother),Vi tor, Alex,Diego,Luis, Hudson, Wagner,
Lu iana,Mário, Gonzaga eEu lides.
Ao professorDr. Jus elino Silvapelas onversas e exemplo de vida.
Aosprofessores do Departamento de Físi a daUFC.
Aosfun ionários dodepartamento de Físi a daUniversidade Federal doCeará.
À oordenação do urso de pós-graduação emFísi a daUFC.
À pró-reitoria de Pesquisa e Inovação do IFCE.
Analisamos o omportamento de ampos de vários ranks em modelos de dimensões
extras e enários de membranas om estrutura interna. Trabalhamos em um
espaço-tempo AdS (anti de Sitter) de in o dimensões onde o fator de warp é denido em
termos de uma função suave daquinta oordenada.
O fator de warp, assim omo o ba kground, são obtidos a partir da deformação de
modelos de membrana grossa. Tal enário imitaos modelos de Randall-Sundrum (RS),
quepodemserobtidossob ertolimite. Noentanto,avantagemdemodelosdemembrana
grossa é querepresentam versõesnão-singulares de enários RS(Randall-Sundrum).
Apartirdaaçãodea oplamentodeum ampoes alarreal omgravidadedes revemos
ageometriado enárioapartirdasequaçõesde Einstein. En ontramosentão,apartirde
um poten ial
λφ
4
, soluçõesdo tipo kink para o ampo es alar que representa a própria
membrana. Nesse aso, a solução interpola assintoti amente dois espaços
AdS
, omouma parede de domínio.
A partirde um pro edimentodedeformação nopoten ial,podemosobteruma lasse
de soluções de membrana. A vantagem desses novos modelos é que apresentam uma
estrutura interna. As soluções também interpolam dois espaços
AdS
om uma novaestrutura de transição entre osdomíniosonde o ampo es alarassume valornulo. Essas
estruturas têm inuên ia na geometria do enário e onsequentemente nos métodos de
lo alização.
Nesse enáriode membrana,obtivemosnovosresultadossobrealo alizaçãode modos
zero para o ampo es alare para ampos fermini os. Quando tomamosos modos
mas-sivos resultantes das omponentes dos ampos na quinta dimensão, en ontramos novas
estruturas de ressonân ia. Tais estruturas nos auxiliam aentender a relação dos modos
sorial de gauge. Nesses asos, para garantir alo alizaçãodos ampos tivemos que
intro-duzir no enário um novo ampo es alar, o dílaton. Neste ponto pro edemos om uma
nova análise sobre a interação do dílaton om a estrutura deformada. O me anismos
de lo alização dos ampos de gauge e de Kalb-Ramond são diretamente afetados pela
estrutura interna damembrana. Novamente, analisando oespe tro massivo,dete tamos
signi ativasalteraçõesnos poten iaisdaequação de S hroedingerresultante quandoos
omparamos om modelos de membrana grossa usuais. Dete tamos estruturas de
resso-nân ia no espe tro massivo para o ampo de gauge. Estruturas semelhantes apare em
We analyze the behavior of elds of various ranks in models of extra dimensions and
s enarios ontainingmembraneswith internalstru tures. Forthispurpose westartfrom
a ve dimensions AdS spa e-time where the warp fa tor is dened interms of a smooth
fun tion of the fth oordinate.
The warp fa tor, as well as the ba kground, are obtained from the deformation of
thi k brane models. This s enario mimi s the Randall-Sundrum s enario (RS), whi h
an be obtained under ertain limit. However, the advantage of thi k brane models is
that they represent a non-singularversion of RS (Randall-sundrum)s enarios.
Startingfromthea tionwiththe ouplingofareals alareldandgravitywedes ribe
the spa e-timegeometryfromthe Einstein'sequation. Choosing a
λφ
4
potential,wend
kink-like solutions for the s alar eld that represents the membrane itself. In this ase,
the solution interpolatestwo asymptoti allyAdS spa es,su h asa domain wall.
From adeformation pro edure of the potential, we obtain a lass of brane solutions.
The advantage of these new models is that they host internal stru tures. The solutions
also interpolate two AdS spa es with a new transition stru ture where the s alar eld
has zero value between the domains. These stru tures have inuen e on the s enario's
geometry and thereforethe lo alizationmethods.
In this brane s enariowe obtained new results on the lo ation of zero modes for the
s alarand fermioni elds. Takingthe massive modes resultingfromthe fthdimension
omponents of the elds, we nd new resonan e stru tures. These stru tures help usto
understand the relationship of massivemodes with the membrane.
New results were also obtained when we take the ve tor and tensor gauge elds.
In su h ases, to ensure the lo ation of these elds, we had to introdu e a s alar eld
on the s enario, the Dilaton eld. At this point we pro eed with a new analysis of
Again, analyzing the massive spe trum,we dete ted signi ant hanges inthe potential
of the resulting S hroedinger's equation when ompared with models of usual branes.
Resonan e stru tures are dete ted in the spe trum for the massive gauge eld. Similar
stru tures appear in the study of the Kalb-Ramond eld by the two dete tion methods
Agrade imentos . . . i Resumo . . . ii Abstra t . . . iv Conteúdo . . . 1 Introdução 4 1 Interação gravita ional 14 1.1 Campo es alar. . . 16 1.2 Espinorde Dira . . . 18
2 Membrana gerada por kink 21 2.1 Introdução . . . 21
2.2 A membrana omo kink . . . 22
3 A estrutura de membrana deformada 30 3.1 Motivação . . . 30
3.2 Opro edimentode deformação . . . 31
4 Lo alização de ampo es alar 36 4.1 Modozero de ampoes alar . . . 36
5 Férmions 47 5.1 Motivação . . . 47 5.2 Modozero . . . 48 5.3 Modos massivos . . . 53 5.4 Ressonân ias . . . 60 5.4.1 Quiralidade direita . . . 61 5.4.2 Quiralidade esquerda.. . . 67 5.5 Dis ussão de resultados . . . 69
6 Membrana deformada dilatni a 71 6.1 Motivação . . . 72
6.2 Adi ionando o dílatonao enário . . . 73
6.3 Métodosuperpoten ial . . . 75
7 Campo de gauge 78 7.1 Motivação . . . 78
7.2 Lo alizaçãonamembrana deformada . . . 80
7.3 Modozero namembranadilatni a . . . 82
7.4 Modos massivos . . . 86
7.5 Ressonân ias . . . 90
7.6 Dis ussão dos resultados . . . 93
8 Campo de Kalb-Ramond 96 8.1 Motivação . . . 97
8.2 Modozero namembranadeformada. . . 97
8.5 Modomassivo namembrana deformadadilatni a . . . 103
8.6 Dis ussão dos resultados . . . 106
Con lusões e Perspe tivas 109
Apesar de não existir nenhuma evidên ia experimental de que o nosso universo possui
mais do quequatro dimensões, teorias de dimensõesextras têm sido ada vez mais
usa-das para resolver problemas emfísi ade altas energias. Um universo quadridimensional
possui ara terísti as importantes omo a renormalizabilidadede teorias de gauge para
as interações fra a, forte eeletromagnéti a. No entanto,é possívele bastante instrutivo
onstruir tais teorias emmodelos de universo om mais ou menos doque o padrão
qua-dridimensional. Podemos itar por exemplo o estudo de vórti es em sistemas planares
(2+1)D e suas apli ações em físi a da matéria ondensada, espe í amente em
super- ondutividade [1℄. Por outro lado, onsiderar aexistên ia de dimensões extras tem sido
uma importanteferramentateóri a para a solução de problemas emteorias om quatro
dimensões. Namesmamedida,ointeressenarealizaçãodeexperimentos apazesde
reve-lara existên iadessas dimensões adi ionaistem aumentado nos últimosanos. Emfísi a
de altas energias, a prin ipal motivaçãopara o estudodesses tópi os resultada pro ura
por uma teoria apaz de uni argravidade om as outrasforças fundamentais.
O primeiroesforço no ontexto de uni ação de gravidade om eletromagnetismovia
dimensõesextras foiexe utado porKaluza[2℄eKlein [3℄. Aidéia adotadafoi onsiderar
um espaço plano om in o dimensões, sendo quatro espa iaise uma temporal, om um
ampo gravita ional de 15 omponentes. No espaço-tempo quadridimensional (3+1),
esses 15 graus de liberdadeforam de ompostos entre um tensor de rank 2 asso iado ao
mais dimensões, o modelo de Kaluza-Klein (KK) onsidera a idéia de dimensões extras
ompa tas sendo representadas por uma esfera
S
1
de raio mi ros ópi o. Esta es olha
promove a dis retização dos auto-modos da teoria ujas massas são rela ionadas om
o raio de ompa ti ação, os quais são os hamados modos KK. Neste modelo, estes
estadosex itadossãotão pesadosqueultrapassamoslimitesde energiaal ançadospelos
a eleradores atuais.
Uma outra vertente de pesquisas onsiderando universos multidimensionais surgiu
nos anos 60 a partir do estudo de espalhamento de hádrons. Neste enário, um modelo
de ressonân ia dupla foi des rito [4℄, sendo que o espe tro dos estados no modelo foi
veri ado ser reproduzido pelo espe tro de uma orda vibrante. A motivação referente
a dimensões extras é devido ao fato de o modelo ser onsistente om 26 dimensões se
bosni o ou 10 se supersimétri o. Conhe ida atualmente omo teoria de ordas, foi
ini ialmenteestabele idaparades reverinteraçõesfortestendouma es alahadrni ada
ordem de Gev, es alaesta denida pelatensão da orda. Neste pontoa presença de um
modonão massivode spin2,sempartí ulahadrni aequivalente onhe ida,mostrava-se
in onsistente. Foientão quesepropsrela ionar talmodo omográviton, substituindo,
então, a es ala hadrni a pela es ala de Plan k gravita ional
M
P L
= 10
19
Gev
. A partir
desta substituição, a teoria de ordas foi então reformulada dando origem à primeira
fusão da teoria gravita ional om a me âni a quânti a. As dimensões adi ionais são
regularmente mi ros ópi as devido a es ala natural de omprimento ser da ordem da
es ala de Plan k de
10
−33
cm
. Outro ponto importante é que as massas dos estados
ex itados são da ordem da es ala de Plan k
M
P L
, o que infelizmente impossibilita a teoria de ser testada experimentalmente. No entanto, om os desdobramentosda teoriade Kaluza-Klein apli adas à in lusão de teorias de Yang-Mills em supergravidade, os
Em outra linha de idéias, modelos de dimensões extras surgiram num ontexto de
quebra espontânea de simetria por ampo de Higgs em teorias de gauge não abelianas.
Nesse aso, a dependên ia espa ial do valor esperado para o ampo de Higgs demanda
por defeitos topológi os para modelar partí ulas elementares [5, 6℄. Tal motivação foi
resultado dosurgimentode modelos emqueo universo quadridimensionalédes ritopor
um defeito tipo parede de domínioo qual está ontido em um mundo multidimensional
[7℄. Nesse aso todaamatériadomodelopadrãoé onnada àparedede domínio,oque
o ulta adimensão omplementarparaas forças forte,fra ae eletromagnéti a. Omesmo
não pde ser feito para gravidade, o que nesse aso, restringe qualquer dimensão extra
à uma es ala mi ros ópi a. Esta éa idéia primordialdo que onhe emos sobre modelos
de mundos de membranas ou brane-worlds. Posteriormenteum tipo similar de parede
de domíniofoi onsiderado emteorias de super ordas sendo adotada omo o lo al onde
terminamas ordas [8℄. Osreferidos defeitos aram onhe idos nessa onje tura omo
D-branes, onde o D diz respeito às ondições de ontorno de Diri hlet. Nesse aso o
tamanhoda dimensão extra tambémé onsiderado mi ros ópi o.
O on eitodedimensõesextrasmi ros ópi asfoiini ialmenteviolado omasidéiasde
Arkani-Hamed, Dimopoulos e Dvali(ADD) [9℄ sobre as vantagens de onsiderar
dimen-sões omplementaresdetamanho onsiderável. Omodeloespe ulain lusivesobreo
tama-nhopermitidoparataisdimensões,tendo omoprin ipalpropósitosolu ionaroproblema
dehierarquia. Oreferidoproblemadizrespeitoàgrandedis repân iaentreases alas
gra-vita ionaisde massa eletrofra a
M
EF
= 10
3
GeV
ede Plan k
M
P L
= 10
19
GeV
. A es ala
de Plan kédenida pelaequivalên iaentremassaeenergiaapartirdamassadePlan k,
que por sua vez é representada pela unidade de massa no sistema natural de unidades.
Mais pre isamente esse valor de massa é dado por
m
p
=
q
~
c
G
≈ 1, 2209 × 10
19
GeV /c
2
, ondec
é a velo idade da luz no vá uo,G
é a onstante gravita ional e~
é a onstantede Plan k reduzida. A es ala eletrofra a por sua vez é determinada por
v = (G
F
√
2)
1/2
onde
G
F
é a onstante de Fermi.Um aspe to interessantedo modelo ADD é que apesar de serem ompa ti adas, as
n
dimensões espa iais extras possuem um raio omum não ne essariamente mi ros ó-pi o. Outro ponto importante é que neste enário de mundo om(4 + n)
dimensões, agravidade é ontrolada pela es ala eletrofra a ao invés daes ala de Plan k, obviamente
om intenção de uni ar as interações gravita ional e eletrofra a. As linhas de uxo
gravita ionalpodempoten ialmente ar onnadasaonossomundoquadridimensional,
sendoqueo poten ialgravita ionalem
M(3 + n, 1)
entre dois orposestáti osde massasm
1
em
2
,V (r) = m
1
m
2
/M
n+2
P L(4+n)
r
n+1
é onvertido emV (r) = m
1
m
2
/M
n+2
P L(4+n)
rR
n
omM(3, 1) × S
n
. Isto resulta em um a oplamento gravita ional quadridimensional dado porM
2
P L
= M
P L(4+n)
n+2
R
n
, onde devemos terM
P L(4+n)
∼ M
EF
. ComoM
P L
é da ordem de10
19
GeV
, o valor
n = 1
, que resulta emR ∼ 10
13
cm
, deve ser des artado para não
haver dis ordân ia om o observado experimentalmente na gravidade de Newton nessa
es ala de distân ia. No entanto,
R
assume valores da ordem de milímetrosparan = 2
,o que é importante porque nesta es ala de omprimento, a gravidade nun a tinha sido
testada. Aslinhas de uxogravita ionalpodemempri ípiovazarpara dimensõesextras
manifestando-se omo modi ações em es ala milimétri a para gravidade em 4
dimen-sões. Com os grávitons propagando-se nas dimensões adi ionais, os ampos do modelo
padrão devem ser lo alizadosemuma variedade quadridimensional. Estes fatoszeram
surgir a possibilidade de dete tar em a eleradores de partí ulas, no aso de duas
di-mensões extras, modi ações na lei de gravidade Newtoniana em nível milimétri o. As
idéias a ima foram posteriormente estendidas ao on eito de membranas originário de
teorias de ordas a partir do trabalho [10℄ de Antoniadis,Arkani - Hamed, Dimopoulos
e Dvali em (1998), e ganharam assim mais abrangên ia. O setor gravita ional onsiste
sões podem teori amente ser testadas pelaperda de energia levada pelos grávitons para
fora da membrana. Apesar de até 2003 [11℄ não terem sido dete tadas dis repân ias a
nível milimétri oou sub-milimétri o na teoria Newtoniada de gravidade, o trabalho de
Arkani-Hamed, Dimopoulos eDvali fez surgir,pelomenos teori amente, a possibilidade
de experimentarevidên iasde dimensõesextrasemníveisde energiaedistân ia
al ançá-veis atualmente. Infelizmente, apesar do formalismoADD solu ionar a hierarquiaentre
ases aladePlan keeletrofra a,introduzumanovahierarquiaentreases alaseletrofra a
e de ompa ti ação.
Uma solução mais ompleta para oproblema de hierarquia foi apresentada por Lisa
Randall e Raman Sundrum em 1999 (RS-I) [12℄, e podemos itar omo aspe tos mais
importantes domodelo:
1. existên ia de apenas uma dimensão extra não mi ros ópi a ompa ti ada, uma
variedade de simetria
Z
2
, na qual pontos opostos da quinta dimensão são identi- ados;2. duas membranaslo alizadasempontos diametralmenteopostos dessa variedade;
3. a geometria do volume multidimensionalnão é mais onsiderada plana. Ao invés
disso adota-seuma geometria de in o dimensõesanti-de Sitter;
4. umahierarquiaexponen ial,geradapelamétri a,determinaaes ala fra aapartir
daes ala de Plan k.
A métri autilizadanão é fatorizávele aparte quadridimensionalémultipli adapor um
fator de warp, que é função da dimensão adi ional,
ds
2
= e
−2kr
c
φ
η
µν
dx
µ
dx
ν
+ r
2
c
dφ
2
,onde
x
µ
sãoas oordenadasemquatrodimensões,
k
éumaes aladaordemmassaPlan kM
P L
2
=
M
3
k
[1 − e
−2kr
c
π
],
(1)
onde
M
éaes ala fundamentalem5D
. OvalordeM
P L
,nolimitequandokr
c
égrande, depende muito pou o der
c
. Dessa forma, a exponen ial tem muito pou o efeito na determinação da es ala de Plan k e teremosM
P L
∼ M ∼ k
. Ao invés da supressão ser regulada pelo tamanho da dimensão extra omo no formalismo ADD, neste enário, asupressão é dada pela urvatura do espaço fora da membrana que atua omo um meio
refrativo para o ampogravita ional. Outro ponto importanteé que a partir daanálise
dateoria efetiva para o ampo de Higgs om a métri anão fatorizável hega-sea es ala
T ev
omkr
c
≈ 10
e sem grandeshierarquias entre outros parâmetros fundamentais. A onguração de duas membranas do enário de Randall Sundrum (RS-II) foial-terada em [13℄ introduzindo-se a idéia de uma dimensão extra de tamanho innito. A
gravidade quadridimensional Newtoniana bem omo da relatividade geral puderam ser
reproduzidas nesse ontexto. Para entender melhor o enário RS-II (Randall Sundrum
II), podemos relembrar o enário ADD, onde a pre aução para evitar onitos om a
observação em enáriodedimensão extrafoi onnar todos os amposdomodelopadrão
auma membranasubespaçode um espaço om in o dimensões. Esta idéiaé
in ompatí-vel om agravidade, que sendo onstituinte daprópriaestrutura doespaço-tempo,deve
propagar-se emtodas as dimensões [13℄. De fato,se não queremos irde en ontro a
vali-dadeexperimentaldaleideNewton edarelatividadegeral, devemos onsiderarsomente
dimensõesadi ionais ompa tas emilimétri as. Noentanto,nomodelo RS-II[13℄, o uso
de uma métri a não fatorizável foi o ponto have para resolver essa in ompatibilidade.
O on eito de duas membranas, uma o ulta e outravisível, onde afunção de onda para
omodozerodográvitonémais fortenamembranao ulta [12℄,éinvertido quandosefaz
r
c
→ ∞
. Dessa forma, no enário RS-II, a segunda membrana no "orbifold", denomi-nada o ulta, é des artada e o gráviton é lo alizado na membrana visível. Outro pontoimportanteé que mesmo no limite
r
c
→ ∞
o valor da es ala de Plan k é bem denido, o quemantém a utilidadedateoria nasolução doproblema de hierarquia.A prin ipal onstatação do modelo RS-II vem da forma do poten ial gravita ional
não-relativísti oentre duas partí ulas de massas
m
1
em
2
na membranaV (r) = G
m
1
m
2
r
1 +
1
kr
,
(2)onde observamos laramente que om
k
da ordem da es ala de Plan k, a orreção1
kr
é extremamente suprimida, dando lugar ao poten ial Newtoniano usual. Dessa forma épossível onsiderar a dimensão extra de tamanho innito, sendo que a sua presença é
o ultada pela supressão exponen ial de toda tro a de informação gravita ional entre a
membranae o espaçofora dela.
Como denido no modelo de Randall Sundrum todos os ampos do modelo padrão
devem ar onnados à membrana. Então, é naturalsurgir oseguintequestionamento:
poderão os ampos dos mais variados ranks ser efetivamente lo alizados na membrana
des rita nesse modelo? Tomando-se essa pergunta omo motivação, vários trabalhos,
pro uraramtestar o omportamento dos mais variados ampos no enário RS.
Resumi-damente, podemos itarotrabalho[14℄,mostrandoalo alizaçãode um ampoes alarna
membranavisíveleosartigos[15℄,sobre lo alizaçãode amposfermini osnãomassivos
om aajudade um a oplamentoYukawa. Apesar do modelode RandallSundrum
apre-sentar uma solução para problema de hierarquia, não suporta lo alizaçãona membrana
de modos zeros para o ampode gauge[16℄.
Diante dessas di uldades, outros modelos, omo aqueles que apresentam enários
de membranasmodeladaspor defeitostopológi os,foramapresentados omo alternativa
para o problema da não lo alizaçãodo ampo de gauge. Em taismodelos o número de
dimensões extras determina o tipo de defeito mais adequado para moldar a estrutura.
Por exemplo, se onsideramosapenas uma dimensão extra podemos modelar ouniverso
de dominio[17, 18, 19℄. Estasmembranasnão são innitamentenas sob pontode vista
de dimensão extra, o que resulta em um enário livre de singularidades. Neste aso, a
ondição de ajuste no é resultado daprópria teoria de membranainduzida. O fatorde
warp é uma função suave e determinado pela forma dopoten iales alar. Denominadas
espessas, estas membranas mimetizam um enário de Randall Sundrum e podem sob
erto limite voltar a ser innitamentenas.
Membrana geradasporkinksnão suportamnaturalmentelo alizaçãode modos zeros
para os amposvetoriaise tensoriaisde gauge. O ampotensorialao qualnos referimos
é o ampo de Kalb-Ramond (KR). Uma alternativa para ontornar esse problema é
introduzir um ampo do "bulk". Como mostrado em [19℄ num ontexto de membrana
modelada por kink, o a oplamento om o dílaton possibilita a lo alização de modos
zeros para o ampo de gauge. Este tipo de a oplamentotambémfoi usado emdiversos
modelos omome anismode lo alizaçãodo ampodegauge[20,21℄, in lusiveemparedes
dedomínio. Alo alizaçãodemodoszerosparao ampodeKR[22℄tambémfoial ançada
pelo mesmome anismo num enáriode membrana geradapor kink.
Como podemos notar, um importanteproblema no estudo de modelos de dimensões
extrasatualmente onsisteemdeterminar,entreosdiversos enáriosdemembrana,
aque-les apazes de lo alizaros amposdomodelo padrão. Nonosso, aso dedi amos atenção
aoestudode amposde vários ranks emum tipobastantepe uliarde membranagerada
por um ampo es alar real. Como veremos, a partir de um pro edimento de
deforma-ção de um poten ial
φ
4
, obteremos uma lasse de soluções lassi adas omo two-kink
[23℄. Como mostrado em[24℄, este tipo de modelo de membrana suporta lo alizaçãode
modos zeros obtidos de utuações no setor transversal de traço nulo (TT) da métri a.
Estes defeitos fazem surgir uma estrutura interna na membrana, tendo impli ações na
in-matéria ondensada. Podemos itar omo exemplo um aso de a oplamento de ampo
es alar omplexo omgravidadeonde umatransição defasegera um"splitting"na
mem-brana espessa [25℄. Em matéria ondensada este fenmeno é onhe ido omo omplete
wetting.
Podemosdenir nossoobjetivo omosendo analisaro omportamentodos modos
ze-ros e massivos para ampos es alares, fermini os, de gauge, e de Kalb-Ramond nessas
estruturas de membranas deformadas. Como veremos, o parâmetro resultante do
pro- edimento de deformação terá impli ações nos métodos de lo alização, assim omo na
ara terísti a doa oplamento dos modos de Kaluza-Klein om a membrana. O método
utilizadopara armarque os modos zero (massa zero) dos ampos são lo alizados,
on-siste emanalisar, na ação efetiva, o resultado das soluções das equações de movimento.
Para soluções normalizáveis (ação efetiva nita) dizemos que os modos são lo alizados.
Transportandonossoproblemaparaum enáriodeme âni aquânti a, obteremos
impor-tantes interpretações a respeito dos modos KK que nos auxiliaramna bus a de estados
ressonantes. Como des rito em [17℄, no estudo de lo alizaçãode gravidade em peredes
de domínio,a existên ia dessas estruturas pode nos forne er um espe tro de modos KK
om a oplamentonão suprimido om a matériada membrana.
Ateseéapresentadanaseguintesequên ia; no apítulo1,des revemos oa oplamento
deférmionseo ampoes alar omgravidade;no apítulo2,mostramososdetalhesdeum
enáriodemembranagrossa;nopasso seguinte, apresentadono apítulo3,apresentamos
a estrutura de membrana deformada;nos dois apítulosseguintes mostramos os
resulta-dos de lo alizaçãodos amposes alarefermini os. No apítulo6,analisamososefeitos
da introdução do ampo es alar dílaton ao enário. Nos dois apítulos seguintes,
anali-samos osdetalhes dalo alizaçãodos ampos vetorial e tensorialde gauge na membrana
omestruturainternaénovanaliteratura. Um asoparti ulardenossosresultadossobre
ressonân ias no espe tro massivo do ampo de gauge foi publi ado no trabalho [22℄, de
nossa autoria. O método numéri o utilizadona análise dos modos massivos e dete ção
Interação gravita ional
Neste apítulo,apresentamos tópi osbási osaodesenvolvimentodos modelos de mundo
om in o dimensões. Mostraremos omo deve ser feito o a oplamento de um ampo
es alar om agravidade, oque será importantenades rição dos modelosde membrana.
Também mostramos omo o orre o a oplamento de férmions om gravidade, o que será
útilno estudoda lo alizaçãodestes ampos.
Apartirdo on eitomatemáti odeação,podemos onstruirtodasaleisfundamentais
da Físi a Clássi a. Podemos, então, a partir da análise da invariân ia das equações de
movimento, denir quantidades onservadas. O on eito de ação pode ser estendido ao
estudo de Físi aQuânti a a partirda introduçãodas integraisde aminhode Feynman.
Essa ferramentamatemáti a nos revelauma linguagem para des revera transição entre
Me âni a Clássi ae Quânti a [26℄.
Para obtermos as leis de onservação da Relatividade Espe ial, pre isamos ter
in-variân ia sobre transformações de Lorentz globais e translações. Se queremos in luir
gravidade ao nosso enário, devemos realizar a transição da Relatividade Espe ial para
a Geral, assim o prin ípio daequivalên ia deve então ser onsiderado. De uma maneira
geral, este prin ípionos dizque um referen ialem queuma partí ulaé submetida a um
Ini ialmente, onsideremos uma partí ula em um ampo gravita ional onstante. A
partir das leisde Newton temos
m
I
−
→
a = m
G
−
→
g .
(1.1)Qualquer força externa atuando na partí ula é igual ao produto da sua a eleração pela
massa daprópriapartí ula, denominadamassa iner ial
m
I
. Uma forçagravita ional ex-ternaépropor ionalaquantidadem
G
,que hamamosdemassagravita ionaldepartí ula. As duas massas denidas a ima são, om uma grande pre isão, numeri amente iguais,embora pertençam à enários diferentes. Dessa forma, onsiderando
m
I
= m
G
= m
, podemosrees rever a equação (1.1) daseguinte formam
d
2
dt
2
[−
→
r (t) −
−
→
g t
2
2
] = 0.
(1.2)Podemosinterpretar queo ampogravita ionalexternopode sergeradoa partirde uma
mudança de referen ial
−
→
r → −
→
r
′
= −
→
r −
−
→
g t
2
2
.
(1.3)Assim,vistade umreferen ialemquedalivre(
g = constante
),apartí ulaestarialivredegravidade. Chegamosa esta on lusão tomandoum ampo gravita ional onstante, mas
geralmente o ampo gravita ional varia emtodos os pontos dos espaço. No entanto, de
a ordo omEinstein,o ampogravita ionalétalqueemtodosospontosdoespaço-tempo
existe umsistemade oordenadas
ξ
a
noqualagravidade pare enãoexistir. É laroque, de pontoa ponto,esse sistemade oordenadas varia. Dessa forma,dado um sistemadeoordenadas privilegiado
ξ
a
em um ponto do espaço-tempo, podemos rela ioná-lo om um sistema de oordenadas arbitráriode modoquea Físi aemtermosdeξ
a
,independe da es olha do sistema arbitrário. Assim, usaremos os índi esa, b, c, d...
para o sistemaIni ialmente, na ausên ia de gravidade tomemos a ação para um ampo es alar em 4D sujeito a um poten ial
V (φ)
S =
Z
d
4
x
1
2
∂
µ
φ∂
µ
φ + V (φ)
.
(1.4)Oelementode volume é dado por
d
4
x = dx
1
dx
2
dx
3
dx
4
.
(1.5)Pelo prin ípio da equivalên ia, para in luir o ampo es alar num ampo gravita ional,
devemos rees rever as oordenadas
x
µ
, assim omo suas derivadas, omo um sistemade
oordenadas planas, omo se estivessem no referen ial de queda livre que usamos para
exempli ar noiní io. Devemos então tomar a seguintetransformação,
x
µ
→ ξ
a
,
(1.6)
onde
ξ
a
será o sistema de oordenadas planas, om
a = 1, 2, 3, 4
. O elemento de linhanesse sistema será dado por
ds
2
= η
ab
dξ
a
dξ
b
,
(1.7)onde
η
ab
é a métri ade Minkowski. A nova ação, in luindoagravidade, seráS =
Z
d
4
ξ
1
2
η
ab
∂
a
φ∂
b
φ − V (φ)
,
(1.8)om as derivadas em relaçãoàs oordenadas planas
∂
a
≡
∂
∂ξ
a
.
(1.9)Oelementode volume tambémdeve ser es ritoem termosdas oordenadas planas
ponto aponto noespaço. As oordenadas
ξ
a
devemser des ritas omo funçõeslo aisde
um sistema de oordenadas não-iner ial
x
µ
daseguinteformadξ
a
(x) =
∂ξ
a
∂x
µ
dx
µ
.
(1.11)As matrizes de transformação do sistema de oordenadas planas para um sistema
arbi-trário são hamadas tetradas e dadaspor
e
a
µ
=
∂ξ
a
∂x
µ
.
(1.12)A tetrada arregaíndi esdosistemaplano
a
e urvoµ
. Tambémtemosatransformaçãoinversa
dx
µ
=
∂x
µ
∂ξ
a
dξ
a
≡ e
µ
a
dξ
a
,
(1.13)de onde podemos es rever a seguinterelação
dξ
a
= e
a
µ
dx
µ
= e
a
µ
e
µ
b
dξ
b
.
(1.14)Logo
e
a
µ
e
µ
b
= δ
b
a
, e
µ
a
e
a
ν
= δ
µ
ν
.
(1.15)As derivadas devemser es ritasemtermos das tetradas omo
∂
∂ξ
a
=
∂x
µ
∂ξ
a
∂
∂x
µ
= e
µ
a
∂
µ
.
(1.16)A lagrangeana da ação (1.8) poderá ser rees rita em termos do sistema de oordenadas
x
µ
omoL =
1
2
η
ab
e
µ
a
e
ν
b
∂
µ
φ∂
ν
φ − V (φ),
(1.17)onde identi amosa métri ainversa
de oordenadasarbitrárias
ds
2
= η
ab
dξ
a
dξ
b
= η
ab
e
a
µ
e
b
ν
dx
µ
dx
ν
= g
µν
dx
µ
dx
ν
(1.19)onde
g
µν
= η
ab
e
a
µ
e
b
ν
Para es rever a ação (1.8) no sistema de oordenadas
x
µ
, devemos rela ionar o
ele-mentode volume
d
4
ξ
om
d
4
x
. Usando (1.11),obtemosa seguinterelação
d
4
ξ = dξ
1
dξ
2
dξ
3
dξ
4
= (det e
a
µ
)dx
1
dx
2
dx
3
dx
4
.
(1.20)Otermo
det e
a
µ
é onhe ido omooja obianodatrasformação. Apli andoodeterminanteà métri a
g
µν
, denida em(1.19), obtemoso ja obiano(det e
a
µ
)
2
= − det g
µν
.
(1.21)Dessa forma,oselementosde volume rela ionam-sedaseguintemaneira
d
4
ξ =
p
− det g
µν
d
4
x.
(1.22)Finalmente, poderemos rees rever a ação para o ampo es alar (1.8) num enário om
gravidade omo,
S =
Z
d
4
x
p
− det g
µν
1
2
g
µν
∂
µ
φ∂
ν
φ − V (φ)
.
(1.23) 1.2 Espinor de DiraOgrupode Lorentzemrepresentação espinorial
1
2
, 0
e0,
1
2
édes ritopelos espinores
omplexos
ψ
L
eψ
R
respe tivamente. Na ausên ia de gravidade, oinvariantede Lorentz usado para termo inéti oespinorialnaação é dado por,L
Dirac
=
1
2
Ψγ
µ
←
∂
→
onde
Ψ
é hamado espinorde DiraΨ ≡
ψ
R
ψ
L
.
(1.25)Oobjeto
Ψ
representa oadjunto deΨ
dadopelarelaçãoΨ = Ψ
†
γ
0
,
(1.26) ondeγ
0
=
0
1
1
0
γ
i
=
0
−σ
i
σ
i
0
.
(1.27) Ostermosσ
i
são as matrizesde Paulidadas por
σ
1
=
0
1
1
0
σ
2
=
0
−i
i
0
σ
3
=
1
0
0
−1
.
(1.28)Poderíamos montar uma ação invariante envolvendo ampos espinoriais da forma
∂
µ
Ψ∂
¯
µ
Ψ
. No entanto,termos desse tiponão levama teorias onsistentes tendo emvistaqueviolamarelaçãoentrespineestatísti aenãosãorenormalizáveisperturbativamente.
Parain luirainteraçãogravita ionalaoespinordeDira devemos, omozemos om
o ampo es alar, apli ar o prin ípio da equivalên ia. A diferença em relação ao ampo
es alar é que o ampo de Dira transforma-se omo um espinor sob a transformação de
Lorentz
Ψ → e(
2
i
ǫ
µν
σ
µν
)Ψ,
(1.29) ondeǫ
µν
são os parâmetros da transformação e
σ
µν
representam os geradores da trans-formação de Lorentzno espinor. Emtermos das matrizesγ
µ
, temosσ
µν
=
i
2
[γ
µ
, γ
ν
].
(1.30)De a ordo om o prin ípio da equivalên ia, em ada ponto do espaço, o ampo
oordenadas favore ido deve mudar de ponto a ponto no espaço. De uma forma geral,
para generalizar a equação de Dira em um ampo gravita ional, devemos preservar a
invariân ialo alsob as transformaçõesde Lorentz.
Denimosumanovaderivadademodoque,quandoatuandonoespinor,transforme-se
damesma formaque a derivada na ausên ia de gravidade
D
a
≡ e
µ
a
(∂
µ
+ iω
µ
).
(1.31)Es revendo
ω
µ
emtermosda onexão de spin,teremosaderivada ovarianteatuandono espinorde Dira naformaD
a
≡ e
µ
a
(∂
µ
+
i
2
ω
cd
µ
σ
cd
).
(1.32)A nova lagrangeanade Dira no ampo gravita ionalserá
L
Dirac
=
1
2
Ψγ
a
e
µ
a
(∂
µ
+
i
2
ω
cd
µ
σ
cd
)Ψ.
(1.33)Membrana gerada por kink
2.1 Introdução
A idéia de onsiderar uma estrutura adi ional de ampo no bulk 5-dimensional foi
proposta por vários trabalhos [17, 18, 27℄ sendo que em todos os modelos o enário de
Randall-Sundrum pode ser reestabele ido em um limite apropriado. As estruturas de
membrana apresentadas nesses modelos não são innitamentenas em relaçãoà quinta
dimensão. Dessa forma, o que hamaremos estruturas de membranas grossas são
se-melhantes a paredes de domínio ferromagnéti as, podendo se espalhar pela dimensão
extra.
Uma estrutura de parede de domínio é ara terizadapelaexistên ia de um
parâme-troque assumevalores diferentes em ada domínioe quetransitagradualmenteentre os
domínios adja entes. Dessa forma, o que podemos hamar de espessura da parede de
domínio é o tamanho da região onde esse parâmetro sofre a transição. Uma estrutura
análoga à parede de domínio pode ser on ebida em teorias de ampos a partir de um
ampo es alar ujo poten ial apresenta diferentes mínimos em diferentes domínios.
As-sim, o ampo es alar atravessa a parede de domínio, alternando-se entre os diferentes
Dessaforma,alémdaenergiapoten ial,aenergiade gradientedo ampoes alartambém
ontribui para o tensor momento-energia estabele endo uma fonte de gravidade
depen-dentedoespaço-tempo,diferentedos asosdeparedededomínioemqueo ampoes alar
é onstanteno espaço,permane endo apenas emum dos mínimosdopoten ial.
OespaçoantideSitter(AdS)podeser ara terizado omoumavariedadeLorentziana
de simetria máxima om urvatura es alar negativa e onstante. Nos asos em que
o ampo es alar varia no espaço, a geometria gerada nas equações de Einstein pela
fonte não é exatamente de simetria
AdS
5
do espaço-tempo, omo aquela gerada por uma onguração de ampo es alar onstante. Como veremos, assim omo o ampoes alar, a própria urvatura es alar varia espa ialmente em regiões próximas à parede
de domínio, tendendo a valores onstantes e negativos longe dela. A solução pode ser
interpretada omouma paredede domíniogrossaque alternaentre doisespaços
AdS
5
,o que ara teriza umaversão sem singularidades do enário RS.2.2 A membrana omo kink
Para des rever nosso enáriousaremos amétri a
ds
2
= e
2A(y)
η
µν
dx
µ
dx
ν
+ dy
2
,
(2.1)onde o fator de warp é gerado pela função
A(y)
da dimensão extray
. O tensorη
µν
é a métri a de Minkowski e os índi esµ
eν
variam de 0 a 3. Para gerar nossa estruturade membrana, introduzimosuma ação om a oplamento entre gravidade 5-dimensional
e um ampo es alar daseguinte forma
S =
Z
d
4
xdy
√
−G(−
1
4
R −
1
2
(∂φ)
2
− V (φ))
(2.2)naqual, o ampo
φ
onstituia própria membrana eR
é a urvatura es alar. É possívelobtermos, a partir do modelo des rito pela ação a ima, soluções do tipo kink para o
ampo
φ
que dependemapenasda dimensão extra.As equações de movimento resultantes da ação (2.2) serão extraídas da equação de
Einstein
R
M N
−
1
2
G
M N
R + G
M N
Λ =
8πg
c
4
T
M N
,
(2.3) e daequação de Euler-Lagrange∂
M
∂L
∂(∂
M
φ)
−
∂L
∂φ
= 0,
(2.4)onde índi es om letras maiús ulas
M = 1, 2, 3, 4, 5,
e a onstante osmológi aΛ = 0
. Otensor energia-momentoédado por
T
M N
= 2
δL
mat
δG
M N
+ G
M N
L
mat
,
(2.5)que omo havíamos dito terá ontribuições tantoda energiade gradiente omo da
ener-gia poten ial do ampo es alar. Cal ulando o valor de
T
M N
a partir da ação (2.2) e substituindo naequação de Einstein, teremosas seguintes equações de movimentoR
M N
−
1
2
G
M N
R = 2
∂
M
φ∂
N
φ − G
M N
1
2
∂
P
φ∂
P
φ + V (φ)
,
(2.6)∂
P
[
√
−GG
P N
∂
N
φ] =
√
−G
∂V
∂φ
.
(2.7)Dessa forma, pre isamos onhe er o tensor de Ri i
R
M N
e a urvatura es alarR
. O tensor de Ri ié obtido pela ontração dotensor de urvatura daseguinte formaR
M N
= R
M P N
P
,
(2.8)onde
R
P
M QN
= ∂
Q
Γ
P
M N
− ∂
N
Γ
P
M Q
+ Γ
R
M N
Γ
P
RQ
− Γ
R
M Q
Γ
P
RN
.
(2.9) A urvaturaes alar é obtidado tensor de Ri ipela ontraçãoΓ
P
M N
=
1
2
G
P Q
(∂
M
G
QN
+ ∂
N
G
QM
− ∂
Q
G
M N
) .
(2.11) A partir da métri aG
M N
=
−e
2A(y)
0
0
0
0
0
e
2A(y)
0
0
0
0
0
e
2A(y)
0
0
0
0
0
e
2A(y)
0
0
0
0
0
1
(2.12) onde√
−G =
q
−(−e
8A(y)
) = e
4A(y)
(2.13)
hegamos aos seguintes resultados
Γ
1
51
= Γ
2
52
= Γ
3
53
= Γ
4
54
= A
′
(y) , A
′
(y) =
dA(y)
dy
,
(2.14)Γ
5
22
= Γ
5
33
= Γ
44
5
= −Γ
5
11
= −e
2A
A
′
(y),
R
22
= R
33
= R
44
= −R
11
= −e
2A
[4A
′
(y)
2
+ A
′′
(y)]
(2.15)R
55
= −4[A
′
(y)
2
+ A
′′
(y)],
R = −4[5A
′
(y)
2
+ 2A
′′
(y)].
(2.16)Com o ampo es alar dependendo apenas de
y
, substituimos as relações (2.15) e (2.16)naequação de movimento(2.6) eobtemos, para
M = N = 5
6A
′2
= φ
′2
− 2V (φ),
(2.17)
e para
M = N = 1, 2, 3, 4
-3
-2
-1
1
2
3
Φ
0.5
1
1.5
2
VHΦL
Figura2-1: Poten ialV (φ) = (1 − φ
2
)
2
.Finalmente, para ompletar as equações de movimento, obtemos da equação de
Euler-Lagrange(2.4) om a métri a
G
M N
4A
′
φ
′
+ φ
′′
=
∂V
∂φ
.
(2.19)Neste ponto é importante notar que poderemos en ontrar a forma do fator de warp
a partir da solução para o ampo es alar. Se queremos uma solução tipo parede de
domínio,afunção
φ(y)
devetenderassintoti amenteparaosmínimosdopoten ialquandoy → ±∞
. No asosemgravidadeopoten ial(1 −φ
2
)
2
,mostradonagura(2-1),suporta
solução tipokink
φ(y) = tanh(y),
(2.20)que traçamos nagura 2-2.
Somando as equações(2.17) e (2.18)teremos,
A
′′
= −
2
3
φ
′2
,
-4
-2
2
4
y
-1
-0.5
0.5
1
tanhHyL
Figura2-2: Função
φ = tanh(y)
.e integrando duas vezes
A(y)
esubstituindo a soluçãoφ(y) = tanh(y)
, teremosA
′′
(y) = −
2
3
sech
2
(y)
2
(2.22)A
′
(y) = −
2
9
(2 + sech
2
(y)) tanh(y)
A(y) = −
4
9
ln[cosh(y)] −
1
9
tanh
2
(y)
Podemos notar que a função
A(y)
ésuave e representa um fatorde warp lo alizado,ouseja
e
2A(y)
∝ e
−|y|
(y → ∞),
(2.23)tendo a forma do fator de warp do modelo Randall-Sundrum para regiões distantes da
membrana. Nagura(2-3)plotamosofatordewarpgeradopelafunção
A(y)
juntamenteom aquele do modelo RS.
Éinteressantetambém ompararoes alarde urvaturageradopelafunção
A(y)
omodomodeloRS.Para istotraçamos
R = −4[5A
′
(y)
2
+ 2A
′′
(y)]
nagura(2-4),onde
A(y)
é dado pelaequação (2.22).
-6
-4
-2
2
4
6
y
0.2
0.4
0.6
0.8
1
e
H2 AL
-6
-4
-2
2
4
6
y
0.2
0.4
0.6
0.8
1
e
-ÈyÈ
Figura2-3: Fator de warp para
A(y)
(esquerda) e−|y|
(direita).próximas ao salto do ampo es alar tendendo assintoti amente quando
y → ±∞
a umvalor onstante e negativo. Dessa formapodemos on luir que nas regiões distantes da
membrana
(y → ∞)
, a geometria doespaço-tempoadquire a mesma estruturaAdS
5
do modeloRandall-Sundrum. Aespessuradamembranaen urvaoespaço-tempofa ilitandoa lo alizaçãode ampos. Comparando om o modelo RS om a função
A(y) = −k|y|
, aurvatura teriavalor onstanteem todobulk.
Uma forma alternativa de obter soluções para as equações de movimento onsiste
no método de superpoten ial [18, 28℄. Com esse método derivamos o poten ial para o
ampoes alar a partir de uma função denominada superpoten ial
W (φ)
,denida omo∂W
∂φ
= φ
′
. Para isso, es revemos opoten ial es alarem termosda função
W
omoV (φ) =
1
2
∂W (φ)
∂φ
2
−
1
3
W (φ)
2
,
(2.24)que omparando om (2.17), obtemosas equações de primeira ordem
∂W (φ)
∂φ
= φ
′
,
(2.25)
W (φ) = −3A
′
.
(2.26)No aso doespaço-tempoplano, ondeopoten ialées ritoemfunção dosuperpoten ial
omo
V (φ) =
1
2
∂W (φ)
∂φ
2
,
(2.27)-4
-2
2
4
y
-4
-2
2
4
R
Figura2-4: Curvatura es alarpara
A(y)
.afunção
W (φ) = φ −
φ
3
3
ara terizao poten ial1/2(1 − φ
2
)
2
. Com estaes olhapara
W
,usando arelação (2.25)obtemos novamentea solução
φ = tanh(y)
, ouseja1
2
∂W (φ)
∂φ
2
=
1
2
(1 − φ
2
)
2
,
(2.28)∂W
∂φ
= 1 − φ
2
= φ
′
,
1 − tanh
2
(y) = sech
2
(y).
Comeste métodopodemosalternativamenteobterafunção
A(y)
,que ompõeofatordewarp, a partir daes olha para
W (φ) = φ −
φ
3
3
substituída narelação (2.26)A(y) = −
1
3
Z
W (φ)dy = −
1
3
Z
(φ −
φ
3
3
)dy = −
4
9
ln[cosh(y)] −
1
9
tanh
2
(y).
(2.29)Voltandoao aso om gravidade,onde o poten ial édado por(2.24) obtemos
V (φ) =
1
2
(1 − φ
2
)
2
−
1
3
(φ −
φ
3
3
)
2
,
(2.30)que é traçado na gura 2-5. Ao invés de um poten ialquádruplo usado no modelo sem
-4
-2
2
4
Φ
5
10
15
20
25
VHΦL
Figura2-5: Poten ialV (φ) =
1
2
(1 − φ
2
)
2
−
1
3
(φ −
φ
3
3
)
2
.poten ial resultantepossui dois mínimosdegenerados em
φ = ±1
ondeassume o valorV (±1) = −
27
4
,
(2.31)om asolução
φ = tanh(y)
interpolandoentre osdois mínimosde a ordo omφ(+∞) =
1, φ(−∞) = −1
. Devido aessa interpolaçãoφ(y)
éuma função ímpardey
,oque oma formadasequaçõesdemovimentolevamàfunçãoparA(y)
. Tambémédevidoàestruturade kink que a função
A(y)
determina um fator de warp de simetriaZ
2
ne essária para o enáriode membrana. Podemos dizer que essa simetriaé gerada dinami amente, umavantagem em relação ao enário RS onde a simetria é imposta. Alémdisso, a formado
fator de warp não só varia espa ialmente omo apresenta somente um pi o em
y = 0
aindo monotoni amentea zero quando
y → ∞
, omo observamos na gura (2-3). IstoA estrutura de membrana deformada
3.1 Motivação
Atualmente existe grande interesse em estudar ampos es alares a oplados om
gravi-dade. Onúmerodedimensõesextrasqueseusa parades reveromundo omomembrana
dene o tipode defeito quese deve abordar. Se onsideramos uma membrana
quadridi-mensional om apenas uma dimensão extra devemos montar nosso modelo baseado em
kinks. Normalmentedes revemos esses defeitosapartirde amposes alaresemmodelos
do tipo
λφ
4
ou sine-Gordon. No nosso aso, obteremos uma lasse espe ial de defeitos
a partir de uma deformação do poten ial
λφ
4
[29℄. Mais espe i amente, introduzimos
um poten ial para o ampo es alar dependente de números inteiros ímpares [23℄. Este
pro edimentoé muitointeressantesendo quealém de fazersurgir uma estrutura interna
namembranatemimpli açõesnadistribuiçãode densidadedeenergiaematériaaolongo
da dimensão extra [24℄. Algumas ara terísti asdesses defeitos também foram
onside-radas noestudo de transiçõesde fasenageometria "warped"[25℄. Como mostraremos,o
ba kground resultanteapresenta um "splitting"na urvatura doespaço.
Dessa formapoderemos analisara lo alizaçãode amposde ranks variadosde forma
Como veremos mais adiante esta es olha também nos previne do apare imento de
singularidadesno espaço-tempo omoem enáriostipo Randall-Sundrum.
3.2 O pro edimento de deformação
Ini ialmente, tomamos novamente a ação de onde obtivemos a estrutura de membrana
grossaeque onsistedoa oplamentoentre um ampoes alarrealeagravidadeem in o
dimensões
S =
Z
d
4
xdy
√
−G(−
1
4
R −
1
2
(∂φ)
2
− V (φ)).
(3.1) Com a métri ads
2
= e
2A(y)
η
µν
dx
µ
dx
ν
+ dy
2
,
(3.2)en ontramos asequações de movimento
6A
′2
= φ
′2
− 2V (φ),
(3.3)−3A
′′
− 6A
′2
= 2V (φ) + φ
′2
.
(3.4)Usaremos novamenteo métodosuperpoten ial [18, 28℄onde o poten ialé es rito omo,
V (φ) =
1
2
∂W (φ)
∂φ
2
−
1
3
W (φ)
2
,
(3.5)de onde obtemos asequações de primeiraordem
∂W (φ)
∂φ
= φ
′
,
(3.6)
W (φ) = −3A
′
.
(3.7)Emum enáriode espaço-tempoplano e om a es olhada funçãosuperpoten ial
f
W (φ) = φ −
φ
3
-4
-2
2
4
Φ
0.5
1
1.5
2
V
P
HΦL
Figura 3-1:
V
p
(φ)
parap = 1
(linha sólida),p = 3
(linha pontilhada) ep = 5
(linha tra ejada).obtemoso poten ialo
1/2(1 − φ
2
)
2
que determina a solução
φ = tanh(y)
.Neste ponto usaremos o pro edimento de deformação en ontrado em [29, 23, 24℄
baseado nafunção
f (φ) = φ
1
p
,bemdenida paraqualquer
φ
, omp
inteiroímpar. Dessaforma,en ontraremos uma nova função
f
W
p
(φ)
a partir darelaçãodf
W
p
dφ
=
df
W
dφ
[φ → f(φ)]
df
dφ
,
(3.9) de onde obtemosdf
W
p
dφ
= p
φ
p−1
p
− φ
p+1
p
.
(3.10)Integrando emrelação a
φ
hegamosà funçãof
W
p
(φ) = pW
p
(φ)
ondeW
p
(φ) =
p
2p − 1
φ
2
p−1
p
−
p
2p + 1
φ
2p+1
p
.
(3.11)Afunçãodeformada
W
p
(φ)
deneopoten ialdonossoba kgrounddadopelaequação (3.5), que traçamos na gura (3-1). Conserva-se os dois mínimos emφ = ±1
om uma-20
-10
10
20
y
-1
-0.5
0.5
1
Φ
p
HyL
Figura 3-2:
φ
p
(y) = tanh
p
(
y
p
)
parap = 1
(linha pontilhada),p = 3
(linha tra ejada) ep = 5
(linha sólida).poten ial resultante
V
p
ara terizam um novo enário de membrana mais ri o do que aquele gerado poruma soluçãotipo kink padrão. Oapare imentoda transição entre osmínimosdo poten ialterá reexos na geometria daregião.
A solução para o ampo es alar é obtida da equação
∂W
p
(φ)
∂φ
= φ
′
onde usaremos a
solução deformada
W
p
(φ)
,logo∂W
p
(φ)
∂φ
= φ
p−1
p
− φ
p+1
p
= φ
′
(y),
(3.12) eo resultado seráφ
p
(y) = tanh
p
(
y
p
).
(3.13)Como observamos na solução, que é traçada na gura (3-2) para
p = 1, 3, 5.
, a mesmatende para
φ = ±1
quandoy → ∞
, que orresponde aos dois mínimos do poten ial.Veri amostambémuma regiãode derivada nulaem
φ = 0
ujaespessura aumenta omp
. Esta novaestruturaédenominadaduplosaltoou"two-kink"porser ompostade duas estruturas de kink[23℄. Parap = 1
, re uperamos a soluçãotipokink padrão.-30
-20
-10
10
20
30
y
0.2
0.4
0.6
0.8
1
e
2 A
P
Figura 3-3:e
2A
p
(y)
para
p = 1
(linha pontilhada),p = 3
(linha tra ejada)ep = 5
(linhasólida).
A partir daequação de primeiraordem
W
p
= −3A
′
p
(y)
, en ontra-se analiti amenteasolução para
A
p
(y)
[24℄,A
p
(y) = −
1
3
p
2p + 1
tanh
2p
y
p
−
2
3
p
2
2p − 1
−
p
2
2p + 1
(3.14)ln
cosh
y
p
−
p−1
X
n=1
1
2n
tanh
2n
y
p
.
Afunção
A
p
(y)
ompõeofatordewarpdamétri ae
2A
p
(y)
,quemostramosnagura(3-3).
Dessaforma,afunção
A
p
(y)
ontinua representando umageometria lo alizadaemtorno dey = 0
. Apesar do apare imento de uma região onde permane e onstante, a funçãoe
2A
p
(y)
ésuave,oquenos previnede singularidades,assumindoomesmo omportamento
dofator de warp domodelo Randall-Sundrum pararegiões distantes damembrana.
A partir da solução para
A
p
(y)
podemos determinar a urvatura es alar para ba k-ground-4
-2
2
4
y
-4
-2
2
4
RHyL
-20
-10
10
20
y
-0.2
-0.1
0.1
0.2
0.3
RpHyL
Figura 3-4: Curvatura es alar
R
p
(y)
lado esquerdo parap = 1
e lado direito parap = 3
(linha pontilhada)ep = 5
(linha sólida).Podemosper eberuma ara terísti aimportantedaestruturadeformadaem omparação
aos modelos de membranas grossas geradas por kink. Observando a gura (3-4), para
p = 1
, temos o es alar de urvatura para um modelo não-deformado. Neste aso a urvaturaapresentaummáximoemy = 0
tendendoaum valornegativoquandoy → ∞
.No entanto, quando onsideramos as deformações, fazendo
p = 3, 5
emR
p
(y)
, obtemos um split om o surgimentode uma região de urvaturaes alar zero entre dois máximos.Lo alização de ampo es alar
4.1 Modo zero de ampo es alar
A partirdaestruturade membranades ritanaseçãoanterioranalisaremos alo alização
de um ampode spin nuloque denominamos
Φ
. É importantelembrar quea membranaéestruturadaapartirde umdefeito dotipotwo-kinkquedenominamos
φ
p
. Umaanálise semelhantedelo alizaçãode amposes alarespodeseren ontradanotrabalho[14℄,ondese obtémum modo-zerolo alizadoem um enárioRandall-Sundrum.
Como veremos, os me anismos de lo alização na estrutura deformada serão
direta-mente afetados tendo em vista que modi amos o regime de interação do ba kground
om os amposvia warp fa tor. Dessaforma,ome anismo de deformação nos forne erá
novosdetalhes espe ialmentenalo alizaçãode modos-zero.
Ini ialmentetomemosa ação para
Φ
a oplado om a gravidade,1
2
Z
d
4
xdy
√
−GG
M N
∂
M
Φ∂
N
Φ,
(4.1) onde os índi esMN
variam de 1 a 5.As equaçõesde movimentoresultantes serão
∂
M
[
√
η
µν
∂
µ
∂
ν
Φ + e
−2A
p
(y)
∂
y
[e
4A
p
(y)
∂
y
Φ] = 0,
(4.3)Comoestamosinteressadosna ontribuiçãoda omponentedo ampoes alarnadimensão
extra, usaremos aseguinte separação de variáveis naequação de movimento (4.3),
Φ(x, y) = χ(x)ψ(y),
(4.4)ondedenotamospor
x = 1, 2, 3, 4
,as oordenadas namembrana. Es revendoΦ
naformaa ima hegamosà seguinte equação para
ψ(y)
.4A
′
p
dψ
dy
+
d
2
ψ
dy
2
= −m
2
e
−2A
p
ψ,
(4.5)onde
m
é uma onstante om dimensão de massa. Para massa zero en ontramos umasolução
ψ(y) = c
, ondec
é uma onstante. Aparentemente a soluçãoψ(y)
não pode serlo alizada tendo em vista que não é suprimida para regiões fora da membrana. Dessa
forma,energiaparao ampoes alarnamembranateria ontribuiçõesdadimensão
adi i-onal. Noentantoopressupostobási odemodelosdemembranaem
5D
egeometriawarpéquetodos os ampos, om ex eçãodagravidade,devem ar onnadosnamembrana.
Dessa forma, voltamos novamente nossa atenção para a ação (4.1), onde de ompomos
as omponentes de espaço-tempo
µ
eν
, da dimensão extray
. Novamente de posse darelação (4.4)e doresultado
ψ(y) = c
teremos1
2
Z
+∞
−∞
dyψ
2
e
2A
p
Z
d
4
xη
µν
∂
µ
χ∂
ν
χ.
(4.6)A partedependente dadimensão extranaaçãoa imaserá determinadapelo
ompor-tamento do fator de warp, que é resultante do tipo de defeito modelandoa membrana.
Para
p = 1
aação efetivaé nita devido àsupressão exponen ialemfunção dey
geradapelo fator de warp. Dessa formapodemos garantirque temos um modo-zerolo alizado
-60
-40
-20
0
20
40
60
y
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
e
2 A
p
Figura 4-1:ψ
2
e
2A
p
para p=3 (linha pontilhada), p=5 (linha tra ejada) e p=7 (linha