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DC Arq III

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Academic year: 2021

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AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL N° 113.211 - SC (2012/0019661-0) RELATOR AGRAVANTE ADVOGADO AGRAVADO ADVOGADO

MINISTRO SIDNEI BENETI

DIAMANTINO DELGADO FLORENCIO E OUTROS CLAUDIO ANDREI CATHCART E OUTRO(S) JAMES ALINDO BORTOLOTTI

FABIANO FARINA EMENTA

AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO INDENIZATÓRlA.

ROMPIMENTO DE NOIVADO. CULPA CONCORRENTE. SÚMULA STJ/7. DECISÃO AGRAVADA. MANUTENÇÃO. 1.- A convicção a que chegou o Tribunal a quo quanto à inexistência do dever de indenizar pela ocorrência de culpa concorrente dos noivos e de seus genitores pelo rompimento do noivado decorreu da análise do conjunto probatório. O acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do mencionado suporte. Incide nesse ponto a Súmula STJ/7.

2.- Agravo Regimental improvido.

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Paulo de Tarso Sanseverino (Presidente), Ricardo Villas Bôas Cueva, Nancy Andrighi e Massami Uyeda votaram com o Sr. Ministro Relator.

MINISTRO SIDNEI BENETI Relator

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AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL N° 113.211 - SC (2012/0019661-0) RELATOR AGRAVANTE ADVOGADO AGRAVADO ADVOGADO

: MINISTRO SIDNEI BENETI

DIAMANTINO DELGADO FLORENCIO E OUTROS CLAUDIO ANDREI CATHCART E OUTRO(S) JAMES ALINDO BORTOLOTTI

FABIANO FARINA

O EXMO. SR. MINISTRO SIDNEI BENETI (Relator):

1.- DIAMANTINO DELGADO FLORENCIO E OUTROS interpõe agravo interno contra decisão que negou provimento ao Agravo de Instrumento em Recurso Especial, ao entendimento de incidência da Súmula STJ/7 (e-STJ fis.

2.- Pede a reforma da decisão hostilizada, sob a alegação de que deve ser afastada a incidência da Súmula STJ/7, porque as razões do Recurso Especial é jurídica e não fático-probatória.

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AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL N° 113.211 - SC (2012/0019661-0)

O EXMO. SR. MINISTRO SIDNEI BENETI (Relator): 3.- Não merece prosperar a irresignação.

4.- Embora evidente o esforço da agravante, não trouxe nenhum argumento capaz de alterar os fundamentos da decisão agravada, a qual, frise-se, está absolutamente de acordo com a jurisprudência consolidada desta Corte, devendo, portanto, a decisão agravada ser mantida por seus próprios fundamentos (e-STJ fls.

5. - Verifica-se que a convicção a que chegou o Tribunal de origem quanto à inexistência do dever de indenizar decorreu da análise do conjunto fático-probatório, e o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do mencionado

suporte, obstando a admissibilidade do especial à luz da Súmula 7 desta Corte. É o que se extrai do voto condutor foi lanaçado nestes termos (e-STJ fls. 8071810):

Diante de tal delineamento, outra não é a conclusão a que se chega senão a de que, na defesa de seus interesses pessoais, sociais e econômico-financeiros, a noiva, o noivo e seus respectivos genitores invocaram senão razões pifias e imediatistas, que jamais deveriam prevalecer sobre a obrigação moral oriunda de valores verdadeiramente humanos, pertinentes ao respeito mútuo, ao bom senso, à educação, ao polimento, à civilidade, à delicadeza, à cortesia, à tolerância e à compreensão mútuas.

Erifatizo, ainda, porque absolutamente relevante à sorte deste emblemático litígio, que os comportamentos egoístas de ambos os noivos e de seus respectivos pais tornam-se ainda mais agravados quando considerada a revelante circunstância da gravidez da noiva, haja vista que nem os pais da pequena e indefesa

Yasmin que acabou por nascer após todo esse desenlace - ou seja, os noivos, James e Caroline - nem os avós maternos

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manifestaram, como acima mencionei, qualquer preocupação com a sua chegada ao nosso belo planeta, dado que, ao longo do processo, nenhuma vez a ela se referiram, ederam mesmo importância às convenções sociais, aos interesses pessoais menores, às enganadoras vaidades e às vãs e tão encontradiças frivolidades da sociedade humana dos nossos dias.

Não há, assim, pela leitura dos elementos documentais e testemunhais trazidos ao processo, como não chamar a atenção para a forma fria e insensível como os pais e os progenitores

trataram dos interesses da bela e encantadora Yasmin (fotos acostadas), dado que, segundo a mesma prova, em todo o desenrolar dos lamentáveis acontecimentos protagonizados por eles - e que culminaram, por fim, com o rompimento do noivado e definitiva inviabilização do casamento - em nenhum momento prevaleceu o interesse da infante, a qual, talvez porque ainda por nascer, estivesse longe dos olhos e dos corações daqueles que, direta ou indiretamente, deram-lhe vida e existência.

É possível compreender, assim, que, no caso, se o egoísmo e as futilidades do mundo dos adultos não tivessem soprepujado,

infelizmente, o amor pela criança que ansiava pela luz, nada do que é possível constatar desse triste e lamentável episódio teria ocorrido, por isto é que, com toda a convicção, tenho por entender que, na espécie, se existe alguém merecedor de alguma reparação moral, este alguém é exatamente a indefésa Yasmin, tanto mais porque, pouco tempo depois dos acontecimentos aqui examinados, foi exposta em publicações jornalísticas através conhecida coluna social local, revelando de parte da genitora, quiçá, intenção emulativa, a qual, se verdadeira, altamente reprovável (fls.485 e 486).

Concluo, pois, que os motivos invocados pelo apelante em suas razões recursais - aludindo à animosidade entre as famílias e, ainda, ao fato de a primeira apelada haver repudiado o casamento sem festa - não se afiguram, no caso, Gabinete Des. Eládio Torret Rocha motivos justos ao rompimento do noivado. Considero, também, de outra parte, que a não aceitação, pela noiva, do matrimônio sem as celebrações festivas de costume, afigura-se atitude tão despropositada considerando, sobretudo, como suso mencionado, a criança que estava para nascer de seu ventre - quanto à desmedida imposição orquestrada pelo noivo e seus genitores, os quais condicionaram o casamento a não realização da festa previamente planejada.

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Este julgador, assim, sensível aos elementos probatórios trazidos ao seio dos autos, e sobretudo à falta, em todo este imbróglio, de preocupação dos pais e progenitores com a nascitura Yasmin, não se sentiria em paz com sua consciência sujeitando, uma ou outra parte, a qualquer modo de reparação - seja a material, seja especialmente a de contornos morais -, tanto mais porque isso não constituiria uma decisão verdadeiramente justa e moralmente deftnsável.

É que, se tivesse havido, como seria de se esperar, compreensão de lado a lado quanto à alvissareira vinda da criança aos lares de ambas as famílias, todos os percalços teriam sido contornados, compreendidos e tolerados, tendentes a viabilizar a união dos noivos e à constituição de lar feliz para a nascitura. Assim não entenderem de agir, porém, genitores e progenitores de Yasmin, os quais, como a prova coligida ressalta de forma pungente, cuidaram de dar prevalência aos aspectos que não

conduzem a valores humanos permanentes, senão às circunstâncias temporais, essencialmente mundanas, e, por isso mesmo, desprezíveis.

Diante de tal delineamento - e, principalmente, por se haver constatado, em igual proporção, a culpa concorrente de ambos os noivos e de seus respectivos genitores pela não convolação das núpcias - tenho por absolutamente não caracterizada, na hipótese, a ofensividade indenizável de que cuida o artigo 5°, inciso X da Constituição da República, não merecendo acolhida, de parte à parte, por via de consequência, os respectivos pleitos ressarcitórios.

5.- Pelo exposto, nega-se provimento ao agravo regimental. Ministro SIDNEI BENETI

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO TERCEIRA TURMA AgRg no AREsp 113.211 I SC Números Origem: 20060432951 20060432951000100 20060432951000200 20060432951000201 20060432951000202 23020102685 Relator

Exmo. Sr. Ministro SIDNEI BENETI Presidente da Sessão

Exmo. Sr. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERlNO Subprocurador-Geral da República

Exmo. Sr. Dr. JOÃO PEDRO DE SABOIA BANDEIRA DE MELLO FILHO Secretária

Bela. MARIA AUXILlADORA RAMALHO DA ROCHA

AUTUAÇÃO

AGRAVANTE ADVOGADO AGRAVADO ADVOGADO

DIAMANTlNO DELGADO FLORENCIO E OUTROS CLAUDIO ANDREI CATHCART E OUTRO(S) JAMES ALINDO BORTOLOTTI

FABIANO F ARINA AGRAVANTE ADVOGADO AGRAVADO ADVOGADO AGRAVO REGIMENTAL

DIAMANTINO DELGADO FLORENCIO E OUTROS CLAUDIO ANDREI CATHCART E OUTRO(S) JAMES ALINDO BORTOLOTTI

FABIANO FARINA

Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto doCa) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Paulo de Tarso Sanseverino (Presidente), Ricardo Villas Bôas Cueva, Nancy Andrighi e Massami Uyeda votaram com o Sr. Ministro Relator.

Referências

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