• Nenhum resultado encontrado

Performance hidráulica de microgotejadores Kafit novos e usados.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Performance hidráulica de microgotejadores Kafit novos e usados."

Copied!
144
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PRO-REITORIA PARA ASSUNTOS DO INTERIOR

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

CURSO DE POS-GRADUAÇAO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA

PERFORMANCE HIDRÁULICA DE

MICROGOTEJADORES KATIF NOVOS E USADOS

KENNEDY FLÁVIO MEIRA DE LUCENA E n g e n h e i r o Agrícola

CAMPINA GRANDE - PARAÍBA NOVEMBRO - 1993

(2)

PERFORMANCE HIDRÁULICA DE

MICROGOTEJADORES KATIF NOVOS E USADOS

Dissertação a p r e s e n t a d a ao C u r s o de Mestrado em E n g e n h a r i a Agrícola d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d a Paraíba, em cumprimento às exigências p a r a o b t e n -ção do g r a u de M e s t r e .

AREA DE CONCENTRAÇÃO: IRRIGAÇÃO E DRENAGEM

ORIENTADOR:

CARLOS ALBERTO V I E I R A DE AZEVEDO CO-ORIENTADOR:

HAMILTON MEDEIROS DE AZEVEDO

CAMPINA GRANDE - PARAÍBA NOVEMBRO - 1993

(3)
(4)

PERFORMANCE HIDRÁULICA DE

MICROGOTEJADORES KATIF NOVOS E USADOS

por

KENNEPy FLÁVIO MEIRA DS LUCENA

DISSERTAÇÃO APROVADA EM 04 DE NOVEMBRO DE 1993.

COMISSSO:

Prof - C a r l o s A T l o e r t o l / i e i r a de Azevedo (Phd) PRESIDENTE

P r o f . Hamilton Medeiros de Azevedo (M.Sc.) EXAMINADOR

P r o f . A l b e r l c f b ^ T o f r o i ^ (Phd) EXAMINADOR

Profa- Vera Lúcia Antunes de Lima íM.Sc.) EXAMINADORA

CAMPI HA GRANDE - PARAÍBA NOVEMBRO - 1993

(5)

A minha família DEDICO

(6)

i

AGRADECIMENTOS

A Deus p o r darme saúde e força p a r a b u s c a r novas c o n -q u i s t a s ,

A Empresa IRRICAMP - Irrigação Campina Grande L t d a , p e l o a p o i o técnico e f i n a n c e i r o que p o s s i b i l i t a r a m o d e s e n v o l v i -mento d e s t e e s t u d o .

A amiga E n g e n h e i r a Agrícola Sohad A r r u d a Rached, p e l a i m p o r t a n t e a j u d a na c o l e t a do m a t e r i a l de campo e p e l o s seus p r e c i o s o s e s c l a r e c i m e n t o s .

Ao p r o f e s s o r C a r l o s A l b e r t o V i e i r a de Azevedo p o r sua dedicação, paciência, i n c e n t i v o s e fundamental orientação n e s t e t r a b a l h o .

Ao p r o f e s s o r H a m i l t o n Medeiros de Azevedo p e l a sua colaboração como c o o r i e n t a d o r e p e l a c o n s t a n t e atenção e i n c e n -t i v o .

Aos p r o f e s s o r e s , coordenadores do Núcleo de t e c n o l o g i a em Armazenagem da UFPb, J o s i v a n d a P a l m e i r a Gomes e A l e x a n d r e José p o r sua amizade e a p o i o que p o s s i b i l i t a r a m a utilização das i n s -talações do núcleo p a r a confecção d e s t a dissertação.

A Ana Cláudia que sempre e s t e v e ao meu l a d o e c a r i n h o -samente soube i n c e n t i v a r - m e nos momentos mais difíceis.

(7)

Aos meus f a m i l i a r e s e amigos que sempre me i n c e n t i v a -ram.

Ao CNPq p e l a concessão da b o l s a de e s t u d o s .

À UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPb, Campus I I , p e l a formação acadêmica do mestrado.

Aos c o l e g a s do Curso de Pós-graduação p e l o companhei-r i s m o , convivência e amizade.

Enfim, a t o d o s os p r o f e s s o r e s do Curso de Pós-gradua-ção, funcionários do Laboratório de Engenharia de Irrigação ( L E I ) e amigos que, d i r e t a ou i n d i r e t a m e n t e contribuíram p a r a r e a l i z a -ção d e s t e t r a b a l h o .

(8)

PERFORMANCE HIDRÁULICA DE

(9)

i i i CONTEÚDO LISTA DE TABELAS v LISTA DE FIGURAS v i i RESUMO i x ABSTRACT x CAPITULO I INTRODUÇÃO 1 OBJETIVOS • 3 CAPITULO I I REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4 Emissores 4 C o e f i c i e n t e cie variação tíe fabricação 9

C o e f i c i e n t e de variação do s i s t e m a 10 S e n s i b i l i d a d e à t e m p e r a t u r a 10 S e n s i b i l i d a d e ãs obstruções 12 Seleção de e m i s s o r e s 13 U n i f o r m i d a d e de aplicação 14 Entupimento dos e m i s s o r e s 2 1 Manutenção de s i s t e m a s de irrigação l o c a l i z a d a 27 Dimensionamento de l i n h a s l a t e r a i s 29 CAPITULO 111 MATERIAIS E MÉTODOS 33

(10)

i v

Area e x p e r i m e n t a l . , , 33 Procedimento de c o l e t a dos m i c r o g o t e j a d o r e s 38 C o e f i c i e n t e de variação de fabricação . 40 C o e f i c i e n t e de uso . 43

Relação vazão-pressão dos m i c r o g o t e d a d o r e s 43 C o e f i c i e n t e de u n i f o r m i d a d e de aplicação 45 Comprimentos máximos de l a t e r a i s 47 CAPITULO IV RESULTADOS E DISCUSSÃO . 5 1 C o e f i c i e n t e de variação de fabricação 5 1 C o e f i c i e n t e de uso - 54

Relação vazão-pressão de m i c r o g o t e j a d o r e s novos 56 Relação vasão-pressão de m i c r o g o t e j a d o r e s usados 67

Variações de f u n c i o n a m e n t o do emissor 73 C o e f i c i e n t e de u n i f o r m i d a d e de aplicação 8 1 Comprimentos máximos de l a t e r a i s recomendados 84

CAPITULO V

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 90

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS - 93

(11)

V

LISTA DE TABELAS

TABELA PAGINA

1 C o e f i c i e n t e s de variação de fabricação de

d i f e r e n t e s emissores {PITTS et al., 1986) 53

2 Vazões médias ( l / h ) dos microgoteóadores p a r a d i f e r e n t e s posições das l a t e r a i s e dos

emisso-r e s 56

3 V a l o r e s de vazões ( l / h ) dos m i c r o g o t e j a d o r e s

novos p a r a d i f e r e n t e s pressões 57

4 Equações dos m i c r o g o t e j a d o r e s novos o b t i d a s através do S o f t C u r v e f i t p a r a o i n t e r v a l o de 3

a 36 moa 62

5 Dimensionamento de tubulações l a t e r a i s a p a r

-t i r das quações apresen-tadas na T a b e l a 4 .... 64

6 V a l o r e s de vazões ( l / h ) dos m i c r o g o t e j a d o r e s

usados p a r a d i f e r e n t e s pressões 69

7 Equações dos microgoteáadores novos o b t i d a s através do S o f t C u r v e f i t p a r a o i n t e r v a l o de 3

a 36 mca 7 1

8 V a l o r e s de vazões do m i c r o g o t e j a d o r G6 com mal

funcionamento 78

9 Vazões ( l / h ) dos m i c r o g o t e j a d o r e s novos o b t i -das a p a r t i r da determinação do c o e f i c i e n t e de variação de fabricação e da relação

vazão-pressão sob 18 mca 79

10 Vazões ( l / h ) dos microgoteáadores usados o b t i -das a p a r t i r da determinação do c o e f i c i e n t e de

(12)

E s t i m a t i v a do c o e f i c i e n t e de u n i f o r m i d a d e de aplicação através da equação de KARMELI & KELLER U 9 7 5 )

E s t i m a t i v a do c o e f i c i e n t e de u n i f o r m i d a d e de aplicação através da equação de BRALTS et al.

í1981a, 1981b)

Comprimentos máximos de l a t e r a i s , e s t i m a d o s e recomendados p e l o f a b r i c a n t e , p a r a l a t e r a i s em nível com diâmetro e x t e r n o de 12-5 mm e diâmetro i n t e r n o de 10,3 mm

Comprimentos máximos de l a t e r a i s , e s t i m a d o s e recomendados p e l o f a b r i c a n t e , para l a t e r a i s em nível com diâmetro e x t e r n o de 17,0 mm e diâmetro i n t e r n o de 13,0 mm

Comprimentos máximos de l a t e r a i s , e s t i m a d o s e recomendados p e l o f a b r i c a n t e , para l a t e r a i s em nível com diâmetro e x t e r n o de 20,0 mm e diâmetro i n t e r n o de 17,0 mm

Qualidade da água de irrigação em novembro de 1992

Vazões o b t i d a s na determinação do c o e f i c i e n t e de variação de fabricação

Vazões o b t i d a s na determinação do c o e f i c i e n t e de uso .

Determinação da relação vazão-pressão dos mícrogoteõadores novos

Determinação da relação vazão-pressão dos m i c r o g o t e j a d o r e s usados —

R e s u l t a d o s da determinação de perda de c a r g a na l a t e r a l

(13)

-v i i

LISTA DE FIGURAS

FIGURA PAGINA

1 Relação e n t r e as variações de vazão e de p r e s -são p a r a vários t i p o s de emissores {BRALTS,

1986) . . 6

2 Curva característica de um emissor

autocompen-sante i d e a l ÍBGRDIGNCN & TESTEZLAF, 1993) 8

3 Ilustração do m i c r o g o t e j a d o r K a t i f estudado 35

4 Layout do sistema de irrigação , 3? 5 Esquema do procedimento de c o l e t a dos m i c r o g o

-t e j a d o r e s com d e -t a l h e dos m i c r o g o -t e j a d o r e s

distribuídos p o r p l a n t a 39

6 C r o q u i da área de t e s t e s . 41

7 Perda de c a r g a l o c a l i z a d a provocada p e l a conexão do e m i s s o r , medida em comprimento e q u i v a

-l e n t e de -l a t e r a -l (WATTERS & KELLER, 1978) 49

8 Curvas características dos m i c r o g o t e j a d o r e s

novos e fenômeno de h i s t e r e s e . 59

9 Curvas de vazão-pressão dos m i c r o g o t e j a d o r e s

novos, o b t i d a s através de regressões 66

10 Curvas características dos m i c r o g o t e j a d o r e s

usados e fenômeno de h i s t e r e s e 68

11 Curvas de vazão-pressão dos m l c r o g o t e j a d o r e s

(14)

v i i i

12 Comparação e n t r e as c u r v a s características dos microgoteáadores novos e usados e do f a b r i c a n

-t e ?5

13 Relação e n t r e as vazões dos microgoteáadores

novos e usados sob pressões c r e s c e n t e s 76

14- Relação e n t r e as vazões dos microgoteáadores

(15)

i x RESUMO

A performance hidráulica de m i c r o g o t e j a d o r e s K a t i f (3,75 l / h ) , novos e com 2,5 anos de u s o , f o i a v a l i a d a n e s t e e s t u do. A análise baseouse nos c o e f i c i e n t e s de variação de f a b r i c a ção e de uso, na relação vasãopressão e na u n i f o r m i d a d e de a p l i -cação. Várias relações matemáticas f o r a m t e s t a d a s no a j u s t e de dados medidos de vazão v e r s u s pressão. Tanto p a r a os t n i c r o g o t e j a d o r e s novos como p a r a os usados, o melhor a j u s t e f o i p r o p o r c i o n a -do p e l a função módulo de H o e r l ( r s p a r a os m i c r o g o t e j a d o i ^ e s novos e usados foram, r e s p e c t i v a m e n t e , 0,9744 e 0,9899), enquanto que a função p o t e n c i a l r e s u l t o u no p i o r a j u s t e d e n t r e os c o n s i d e r a d o s

( r2 p a r a m i c r o g o t e j a d o r e s novos e usados foram, r e s p e c t i v a m e n t e , 0,2324 e 0,1087). Os m i e r o g o t e j a d o r e s novos a p r e s e n t a r a m uma melhor u n i f o r m i d a d e de aplicação e uma menor s e n s i b i l i d a d e às variações de pressão. I s s o mostra que a capacidade autocompensant e desse m i c r o g o autocompensant e j a d o r se degenera ao longo do autocompensantempo. V e r i f i -cou-se que o fenômeno de h i s t e r e s e o c o r r e na hidráulica desse t i p o de emissor autocompensante. O u t r o s s i m , e s t e estudo demons-t r o u evidências de um novo demons-t i p o de variação na hidráulica dos m i e r o g o t e j a d o r e s , r e l a c i o n a d a ao funcionamento do mecanismo de autocompensação, que pode, também, comprometer a u n i f o r m i d a d e de aplicação do s i s t e m a .

(16)

X

ABSTRACT

The h y d r a u l i c perormance o f new and 2,5 y e a r s used k a t i f e m i t t e r t y p e (3,75 1/h) was e v a l u a t e d i n t h i s s t u d y . The a n a l y s i s was based on t h e c o e f f i c i e n t s o f m a n u f a c t u r i n g v a r i a t i o n and use, t h e d i c h a r g e and p r e s s u r e r e l a t i o n s h i p , and t h e a p p l i c a -t i o n u n i f o r m i -t y . S e v e r a l m a -t h e m a -t i c a l r e l a -t i o n s h i p s were -t e s -t e d on measured d i s c h a r g e and p r e s s u r e d a t a f i t t i n g . For b o t h used and new e m i t t e r s , t h e b e s t f i t t i n g was g i v e n by t h e H o e r l module f u n c t i o n ( r 2 f o r new and used e m i t t e r s were, r e s p e c t i v e l l y , 0.9744 and 0.9899), w h i l e t h e p o t e n t i a l f u n c t i o n r e s u l t e d on t h e w o r s t f i t t i n g ( r 2 f o r new and used e m i t t e r s were, r e s p e c t i v e l l y ,

0.2324 and 0.1087 >. The new e m i t t e r s p r e s e n t e d a b e t t e r a p p l i c a t i o n u n i f o r m i t y and l e s s s e n s i t i v i t y t o p r e s s u r e v a r i a t i o n s . T h i s shows t h a t t h e s e l f - c o m p e n s a n t i n g p r e s s u r e a b i l i t y o f t h i s k i n d o f e m i t t e r d e g e n e r a t e s w i t h t i m e . The h y s t e r e s i s phenomenon was v e r i f i e d on t h e h y d r a u l i c s o f t h e s e e m i t t e r s . I n a d d i t i o n , t h i s s t u d y shows e v i d e n c i e s o f a new k i n d o f v a r i a t i o n on t h e e m i t t e r h y d r a u l i c s , r e l a t e d t o t h e w o r k i n g machanism o f t h e s e l f - c o m p e n s a t i o n , w h i c h may, a l s o , compromise t h e a p p l i c a t i o n u n i f o r m i t y o f t h e system.

(17)

1

CAPITULO I

INTRODUÇÃO

A utilização dos métodos de irrigação l o c a l i z a d a tem aumentado m u i t o nos últimos anos tendo em v i s t a as v a n t a g e n s que esses oferecem, d e n t r e as q u a i s a l t a eficiência de aplicação. 0 que se consegue através de uma densa rede de tubulçÕes, e m i s s o r e s e equipamentos de c o n t r o l e da q u a l i d a d e e da q u a n t i d a d e de água a p l i c a d a . No e n t a n t o , o dimensionamento hidráulico tem que s e r adequado p a r a se g a r a n t i r vazões s a t i s f a t o r i a m e n t e u n i f o r m e s em t o d o s os emissores da área i r r i g a d a , condição* indispensável p a r a se a t i n g i r uma e l e v a d a u n i f o r m i d a d e de aplicação.

Dentre as p r i n c i p a i s variáveis num dimensionamento hidráulico de uma l a t e r a l nos s i s t e m a s de irrigação l o c a l i z a d a podemse c i t a r : comprimento da l a t e r a l , número de e m i s s o r e s , v a -zão da l a t e r a l , perda de c a r g a , desníveis do t e r r e n o , e t c .

Uni dimensionamento adequado r e q u e r do p r o j e t i s t a um bom conhecimento do m a t e r i a l que será u t i l i z a d o . Nos s i s t e m a s de

irrigação l o c a l i z a d a os emissores são um dos componentes m a i s i m p o r t a n t e s . Os e m i s s o r e s devem s e r capazes de f o r n e c e r vazões pequenas e u n i f o r m e s , sendo desejável que tenham um p e r c u r s o de f l u x o com área da seção t r a n s v e r s a l s u f i c i e n t e m e n t e grande p a r a m i n i m i z a r o e n t u p i m e n t o . E n t r e t a n t o , seções demasiadamente g r a n -des elevam a vazão dos emissores que pode, além do m a i s , s e r a f e t a d a p e l a s variações d e v i d o as diferenças de níveis do t e r r e

(18)

-2

no, p e r d a s p o r a t r i t o , fabricação, t e m p e r a t u r a e obstruções. Os emissores autocompensantes, h o j e b a s t a n t e d i f u n d i -dos, f o r a m d e s e n v o l v i d o s p a r a compensar as diferenças de pressão provocadas p e l o s desníveis e perdas p o r a t r i t o , inevitáveis em q u a l q u e r s i s t e m a de irrigação p r e s s u r i z a d o . Dentro dos l i m i t e s de variação de pressão recomendados, os emissores autocompensantes têm pouca ou nenhuma variação de vazão. Esses, porém, apresentam elevados c e f i c i e n t e s de variação de fabricação e são mais c a r o s que o u t r o s t i p o s de e m i s s o r e s .

Tanto no dimensionamento como no manejo do s i s t e m a , ê fundamental que os p r o j e t i s t a s disponham das p r i n c i p a i s c a r a c t e rísticas de um e m i s s o r t a i s q u a i s : regime de f l u x o , relação v a -zão-pressão, vazão n o m i n a l , pressão de serviço, c o e f i c i e n t e de variação de fabricação, g r a u de s e n s i b i l i d a d e ã obstrução, p e r d a de c a r g a na conexão e v i d a útil. Essas características deverão ser f o r n e c i d a s p e l o s f a b r i c a n t e s de equipamentos de irrigação, o que nem sempre o c o r r e , e a v a l i a d a s através da p e s q u i s a , t e n d o em v i s t a a influência que os emissores exercem sobre a p e r f o r m a n c e dos s i s t e m a s e sobre os c u s t o s . Considerando-se o e l e v a d o c u s t o dos e m i s s o r e s , p r i n c i p a l m e n t e dos autocompensantes, sua v i d a ú-t i l , ú-t e n d o em v i s ú-t a o sucesso do i n v e s ú-t i m e n ú-t o , é um f a ú-t o r de grande importância. Desse modo a avaliação das características hidráulicas dos e m i s s o r e s após sua instalação pode f o r n e c e r i n -formações úteis t a n t o p a r a a seleção do emissor como p a r a o mane-j o do s i s t e m a de irrigação.

(19)

3

OBJETIVO GERAL:

Este e s t u d o tem o propósito de a v a l i a r a p e r f o r m a n c e hidráulica de m i c r o g o t e j a d o r e s autocompensantes K a t i f (3,75 l / h ) novos e após 2,5 anos de uso.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

1 ~ D e t e r m i n a r o c o e f i c i e n t e de variação de fabricação e de u s o .

2 - T e s t a r d i f e r e n t e s relações matemáticas no a j u s t e de dados

medidos de vazão v e r s u s pressão.

3 - A n a l i s a r a u n i f o r m i d a d e de aplicação dos m l c r o g o t e j a d o r e s .

4 - Observar o fenômeno de h i s t e r e s e na hidráulica dos autocom-pensantes .

5 ~ V e r i f i c a r a existência de variações de vazão d e v i d o a v a r i a -ções no f u n c i o n a m e n t o dos m i c r o g o t e j a d o r e s .

(20)

4

CAPITULO I I

HEVISSO BIBLIOGRÁFICA

Emissores

Os e m i s s o r e s são c l a s s i f i c a d o s quanto sua forma de operação e dissipação da pressão d i f e r e n c i a l em: l o n g o p e r c u r s o ; orifício; l a b i r i n t o ; vórtice; autocompensante; a u t o l i m p a n t e e com s i s t e m a s i n t e g r a d o s (VON BERNUTH & SOLOMON, 1986) e ABREU et a i . ( 1 9 8 7 ) . As características hidráulicas de um emissor são d e t e r m i -nadas p e l o s comprimentos, configurações e seções p e l a s q u a i s a água a t r a v e s s a (ABREU et ai., 1987).

Os e m i s s o r e s com p e r c u r s o de escoamento grande e m u i t o c u r t o são denominados, r e s p e c t i v a m e n t e , de emissores l o n g o p e r -c u r s o e do t i p o orifí-cio. 0 f l u x o no emissor pode e e r -c o n t r o l a d o p e l a alteração do comprimento do p e r c u r s o de f l u x o e do diâmetro da seção de escoamento. Mudanças na direção do f l u x o podem p r o v o -c a r perdas de e n e r g i a s i g n i f i -c a n t e s . Esse é o -caso de e m i s s o r e s com p e r c u r s o t i p o l a b i r i n t o .

/ E x i s t e m expressões matemáticas que foram t e o r i c a m e n t e d e s e n v o l v i d a s p a r a e s t i m a r a vazão de emissores em função do comprimento e seção de f l u x o , e da pressão e v i s c o s i d a d e da água. No e n t a n t o , uma forma m a i s s i m p l i f i c a d a e u n i v e r s a l de c a r a c t e -r i z a -r esse f l u x o tem s i d o at-ravés de uma função p o t e n c i a l que r e l a c i o n a a vazão em função apenas da pressão (KELLER & KARMELI, 1974; ZUR & TAL, 1 9 8 1 ; VON BERNUTH & SOLOMON, 1986). 0 v a l o r do

(21)

5

expoente x dessa equação é de grande importância p a r a o dimen-sionamento dos s i s t e m a s l o c a l i z a d o s uma vez que e l e i n d i c a o t i p o de regime de f l u x o do e m i s s o r . No f l u x o t u r b u l e n t o x é i g u a l a 0,5. Nos f l u x o s p a r c i a l m e n t e t u r b u l e n t o e instável, os v a l o r e s de x encontram-se, r e s p e c t i v a m e n t e , nos i n t e r v a l o s de 0,5 a 0,7 e de 0,7 a 1,0. Para o f l u x o l a m i n a r x é i g u a l a 1,0. 0 f l u x o em emissores t i p o orifício é sempre completamente t u r b u l e n t o . Os emissores de l o n g o p e r c u r s o têm expoentes que v a r i a m de 0,6 a 1,0. 0 expoente x em e m i s s o r e s autocompensantes v a r i a de 0,0 a 0,5 (KELLER & KARMELI, 1974). Os v a l o r e s típicos de x e n c o n t r a m -se e n t r e 0,1 e 1,0, dependendo da configuração do e m i s s o r ( F i g u r a

1 ) . Porém, v a l o r e s m a i o r e s que 1,0 ou menores que 0,0 podem o c o r -r e -r em e m i s s o -r e s com seções compostas de peças elásticas ou mó-v e i s (VON BERNUTH & S0LOM0N, 1986).

Embora o emissor i d e a l não e x i s t a , P l t c h f o r d (1979) ê o t i m i s t a quanto ao d e s e n v o l v i m e n t o de um emissor com a l t o g r a u de compensação, ou s e j a , apresentando um expoente x i g u a l a s e r o

(BRAUD & S00M, 1 9 8 1 ) .

ZUR & TAL (1981) encontraram v a l o r e s de x, p a r a emisso-r e s t i p o h e l i c o i d a l , v a emisso-r i a n d o de 0,86 a 0,86, do t i p o l a b i emisso-r i n t o de 0,50 a 0,53 e do t i p o vórtice i g u a l a 0,43.

Segundo BALOGH & GERGELY (1985) OB e m i s s o r e s a u t o l i m -p a n t e s são construídos de forma que, com um rá-pido aumento ou redução da pressão no e m i s s o r , a seção de escoamento a b r a s u f i c i -entemente p a r a p e r m i t i r a passagem de sedimentos ou o u t r o s

(22)

mate-6

VorioçCo da pressão ( % )

FIGURA 1. Relação e n t r e as variações de vazão e de pressão p a r a vários t i p o s de emissores ÍBRALTS, 1986).

(23)

7

r i a i s obstruídores. Esse fenômeno é possível graças às peças elásticas ou móveis e x i s t e n t e s nesse t i p o de emissor.

Os e m i s s o r e s autocorapensantes têm f l u x o t u r b u l e n t o ou transitório, e sua p r i n c i p a l função é promover, ao l o n g o da t u b u lação, uma vazão c o n s t a n t e independentemente da pressão. A a u t o r -regulagem da vazão ê conseguida, normalmente, através de uma peça móvel e flexível que se deforma sob o e f e i t o da pressão, d i m i n u

i n d o ou aumentando a seção de escoamento da água. Essa a u t o r r e g u -lagem contudo, só é o b t i d a a p a r t i r de uma d e t e r m i n a d a pressão que é i n d i c a d a p e l o f a b r i c a n t e . E x i s t e também uma pressão máxima acima da q u a l o e m i s s o r perde suas características de autocorapen-saçao.

Segundo BORDIGNON & TESTEZLAF ( 1 9 9 3 ) , os e m i s s o r e s são c a r a c t e r i z a d o s p o r uma pressão nominal e uma vazão n o m i n a l r e l a t i v a a essa pressão. A l g u n s autocompensantes apresentam a c a r a c -terística de a u t o l i m p a n t e v i s t o que sob pressões próximas a z e r o sua vazão a t i n g e v a l o r e s 30% a 70% s u p e r i o r e s à vazão n o m i n a l .

Farbman (1990) c i t a d o p o r B0RDIGN0N & TESTEZLAF ( 1 9 9 3 ) , d e f i n e a c u r v a característica de um emissor autocompensante i d e a l t a l como i l u s t r a d o na F i g u r a 2. Observa-se nessa f i g u r a três situações de f u n c i o n a m e n t o do emissor d e f i n i d a s p o r i n t e r v a l o s de pressões d i s t i n t o s : íl) um i n t e r v a l o de autolímpesa p a r a p r e s -sões menores que P f ; ( 2 ) um i n t e r v a l o de transição de P f a P r e

(24)

8

FIGURA 2. Curva característica de um e m i s s o r autocompensante i d e a l (BORDIGNON & TESTEZLAF, 1993).

(25)

9

C o e f i c i e n t e de variação de fabricação

Segundo SOLOHON & KELLER (197S) ê impossível f a b r i c a r -se um c o n j u n t o de e m i s s o r e s com um mesmo c o e f i c i e n t e de d e s c a r g a , Kd, da função p o t e n c i a l . As variações que ocorrem nas dimensões dos emissores são d e v i d a s a t e m p e r a t u r a e pressão de moldagem, variações no m a t e r i a l utilísado, v e l o c i d a d e de soldagem e c o l a -gem, desgaste do molde e o u t r o s f a t o r e s - A dimensão mais difícil de se t e r c o n t r o l e é o diâmetro da seção de f l u x o . Assim sendo, as variações no p r o c e s s o de fabricação não dependem apenas do c o n t r o l e de q u a l i d a d e dos m a t e r i a i s , mas também da configuração do emissor (VON BEENUTH & SOLOMON, 1986).

Sendo os e m i s s o r e s d e s e n v o l v i d o s p a r a f o r n e c e r e m peque-nas vazões, suas dimensões são então m u i t o pequepeque-nas, d i f i c u l t a n d o assim a precisão de fabricação íSOLOMON, 1979). As variações nessas dimensões, embora pequenas em v a l o r a b s o l u t ot podem r e p r e -s e n t a r uma variação p e r c e n t u a l na vazão r e l a t i v a m e n t e a l t a .

Segundo ABREU e t al. { 1 9 8 7 ) , p o r mais s o f i s t i c a d o s que sejam os processos de fabricação, é impossível o b t e r — s e os emiss o r e emiss com o meemissmo c o e f i c i e n t e Kd e expoente x da função p o t e n c i -a l . E d e n t r e os d i v e r s o s t i p o s de e m i s s o r e s d e s e n v o l v i d o s os emissores desmontáveis e/ou autocompensantes apresentam a l t o s c o e f i c i e n t e s de variação de fabricação. As variações de f a b r i c a -ção nos emissores podem t e r grande influência na u n i f o r m i d a d e de aplicação de um s i s t e m a de irrigação l o c a l i z a d a , não devendo, p o r t a n t o , s e r n e g l i g e n c i a d a s . {SOLOMON, 1 9 7 9 ) .

(26)

10

As variações nos d i v e r s o s p r o c e s s o s de fabricação t e n -dem a s e r distribuídas normalmente com relação à média. ^/ Para q u a n t i f i c a r variações na vazão do emissor d e v i d o os p r o c e s s o s de fabricação S0L0M0N ( 1 9 7 9 ) recomenda o c o e f i c i e n t e de variação de fabricação (Vm) d e s e n v o l v i d o p o r K e l l e r & K a r m e l i (1974).;' Esse c o e f i c i e n t e é um parâmetro estatístico dado p e l a razão e n t r e o d e s v i o padrão e a média de uma população. Os v a l o r e s típicos de Vm v a r i a m de 0,02 a 0,10 p a r a emissores não autocompensantes e acima de 0,10 p a r a a l g u n s emissores autocompensantes.

C o e f i c i e n t e de variação do s i s t e m a

Geralmente mais de um emissor é usado p o r p l a n t a . Em t a i s condições, e x i s t e uma tendência das variações e n t r e os emissores l o c a l i z a d o s numa p l a n t a se compensarem. I s s o r e s u l t a numa variação de vazão e n t r e p l a n t a s menor que quando tem-se apenas um emissor p o r p l a n t a (S0L0M0N & KELLER. 1978; S0L0H0N, 1979 ; ABREU et a i . , 1 9 8 7 ) . A v a r i a b i l i d a d e na vazão e n t r e p l a n t a s deve s e r c a r a c t e r i z a d a p e l o c o e f i c i e n t e de variação do s i s t e -ma. Esse pode s e r e n c o n t r a d o p e l a razão e n t r e c c o e f i c i e n t e de variação de fabricação Vm do emissor e a r a i z quadrada do número de emissores p o r p l a n t a .

S e n s i b i l i d a d e à t e m p e r a t u r a

Um f a t o r a d i c i o n a l na variação de vazão dos e m i s s o r e s são as variações na t e m p e r a t u r a da água. Temperaturas da água de até 70 °C em l a t e r a i s têm s i d o observadas p o r PARCHOMCHUK ( 1 9 7 6 ) . Mudanças n a v i s c o s i d a d e da água, d e v i d o as mudanças de t e m p e r a t u

(27)

-I -I

r a , causam variações n a vazão dos emissores m a i o r e s que o l i m i t e máximo recomendável de ± 10% quando o emissor t r a b a l h a sob c o n d i -ções de regime l a m i n a r . Segundo PARCHOMCHUK (1978) e m i s s o r e s com f l u x o t u r b u l e n t o não são a f e t a d o s p e l a s mudanças de v i s c o s i d a d e da água./

... v Dependendo do t i p o de e m i s s o r , variações na vazão r e -s u l t a n t e -s da-s mudança-s de t e m p e r a t u r a da água podem comprometer a u n i f o r m i d a d e na aplicação de água. Esse e f e i t o é m a i s p r o n u n c i a d o para m i c r o t u b o s e e m i s s o r e s com passagem em forma de e s p i r a l . Emissores do t i p o vórtice e orifício não são a f e t a d o s s i g n i f i c a -t i v a m e n -t e . ZUR & TAL (1981.) encon-traram que a s e n s i b i l i d a d e da vazão às variações de t e m p e r a t u r a aumenta p a r a e m i s s o r e s h e l i c o i

-d a i s -de l o n g o - p e r c u r s o e -d i m i n u i p a r a emissores t i p o vórtice. As alterações de vazão nos emissores t i p o l a b i r i n t o f o r a m i n s i g n i f i -c a n t e s . Geralmente, a s e n s i b i l i d a d e da vazão à t e m p e r a t u r a aumen-t a com a pressão. Os r e s u l aumen-t a d o s e x p e r i m e n aumen-t a i s desses a u aumen-t o r e s sugerem uma relação l i n e a r e n t r e a vazão e a t e m p e r a t u r a .

:r, A s e n s i b i l i d a d e da vazão à t e m p e r a t u r a depende, segundo ABREU et a i . ( 1 9 8 7 ) , fundamentalmente dos s e g u i n t e s f a t o r e s : g r a u de turbulência do f l u x o d e n t r o do e m i s s o r , onde quanto m a i o r a turbulência menor será a influência da v i s c o s i d a d e na vazão, e da configuração do e m i s s o r t a n t o quanto sua forma como composição.

VON BERNUTH & SOLOMON (1988) a f i r m a m que as variações na vazão do emissor, provocadas p e l a s variações na t e m p e r a t u r a da água, não ocorrem apenas em função da v i s c o s i d a d e da mesma, mas

(28)

também p e i a s variações nas dimensões do e m i s s o r .

S e n s i b i l i d a d e às obstruções

A s e n s i b i l i d a d e do emissor ao e n t u p i m e n t o depende, f u n damentalmente, de sua menor seção de f l u x o , configuração e v e l o -cidade da água (ABREU et a i . , 1387). Os diâmetros dos e m i s s o r e s v a r i a m normalmente de 0,3 a 1,0 mm e quanto m a i o r e s os diâmetros menores serão os problemas de obstrução. No e n t a n t o , aumentos nos diâmetros podem r e s u l t a r em vazões e l e v a d a s , f o r a da f a i x a u t i l i z a d a nos s i s t e m a s l o c a l i z a d o s . Nesse a s p e c t o uma grande v a r i e -dade de emissores tem s i d o d e s e n v o l v i d a p r o c u r a n d o o b t e r - s e uma melhor combinação e n t r e vazão e s e n s i b i l i d a d e às obstruções. Os emissores autocompensantes são m u i t o susceptíveis às obstruções d e v i d o a grande redução da seção de f l u x o . V e l o c i d a d e s da água s u p e r i o r e s a 4,5 m/s amenizam b a s t a n t e o problema (ABREU et a i . , 1987).

KELLER & BLIESNER (1990) levando em consideração a menor seção de f l u x o c l a s s i f i c a m os e m i s s o r e s , quanto a sua sus-c e p t i b i l i d a d e ao e n t u p i m e n t o , da s e g u i n t e forma:

emissores m u i t o sensíveis d ^ 0,7 mm emissores sensíveis 0,7 <^ d ^ 1,5 mm emissores pouco sensíveis d > 1,5 mm

Os f a b r i c a n t e s de emissores têm d e s e n v o l v i d o d i f e r e n t e s configurações p r o c u r a n d o o b t e r um emissor que p e r m i t a , s a t i s f a t o -r i a m e n t e , a passagem de m a t e -r i a l e s t -r a n h o . Nesse p-ropósito, são

(29)

13

u t i l i z a d o s nos e m i s s o r e s peças móveis. m a t e r i a i s elásticos e vibratórios.

Seleção de e m i s s o r e s

A eficiência de ura s i s t e m a de irrigação l o c a l i z a d a depende de um dimensionajnento e manejo adequados. A seleção do emissor é um dos f a t o r e s i m p o r t a n t e s do dimensionamento. Segundo KELLER & 3LIESNER (1990) e ABREU et a i . í1987}, deve-se l e v a r em consideração, na seleção do e m i s s o r , as s e g u i n t e s c a r a c -terísticas; e l e v a d a u n i f o r m i d a d e de fabricação: relação vazão-pressão próxima das especificações do f a b r i c a n t e ; expoente de vazão do emissor próximo a z e r o ; f a i x a de operação permissível do emissor; p e r d a de c a r g a provocada p e l a conexão dos e m i s s o r e s na l a t e r a l ; s e n s i b i l i d a d e às obstruções; e s t a b i l i d a d e da relação vasão-pressão ao l o n g o do tempo; b a i x o c u s t o ; resistência à a-g r e s s i v i d a d e química e a m b i e n t a l , assim como às operações aa-grí- agrí-c o l a s .

As características acima mencionadas dependem fundament a l m e n fundament e do p r o c e s s o de fabricação do e m i s s o r . Os plásfundamenticos a p r e -sentam-se como os m a t e r i a i s mais adequados p a r a confecção dos emissores, e o p r o c e s s o de modelagem d e s t e s depende do m a t e r i a l e s c o l h i d o e n t r e os d i v e r s o s t i p o s de plásticos e x i s t e n t e s . Os processos básicos p a r a modelagem de termoplásticos são a injeção e a compressão. Os m a t e r i a i s u t i l i z a d o s devem manter suas c a r a c -terísticas i n i c i a i s ao l o n g o do tempo, tendo em v i s t a que os emissores estarão s u j e i t o s às condições a m b i e n t a i s extremas, t a i s

(30)

14

como a l u z e t e m p e r a t u r a , p r o d u t o s químicos e agressão física. Caso contrário, a vazão e a v i d a útil dos e m i s s o r e s serão a f e t a -dos, s o b r e t u d o n a q u e l e s com peças elásticas c u j a p e r f o r m a n c e depende da manutenção das p r o p r i e d a d e s e dimensões.

Os três t i p o s de m a t e r i a i s mais f r e q u e n t e m e n t e u t i l i z a -dos para o molde do c o r p o ou p a r t e s r i g i d a s -dos e m i s s o r e s são os a c a t a i s (CsHsOsK p o l i e t i l e n o s (C2H4) e p o l i p r o p i l e n o s (C3H6). Os m a t e r i a i s elásticos têm s i d o u t i l i z a d o s p r i n c i p a l m e n t e em peças que se deformam sob pressão para r e d u s i r a seção de passagem do f l u x o e c o n t r i b u i r p a r a um c e r t o g r a u de compensação da pressão. M u i t o s f a b r i c a n t e s estão u t i l i z a n d o o s i l i c o n e p r i n c i p a l m e n t e d e v i d o a sua resistência química ÍVON BJBRNUTH & SOLOMOK. 1988).

U n i f o r m i d a d e de aplicação

/A eficiência de aplicação* d e f i n i d a p o r Hansen et. a i . (1979) como a razão e n t r e a água r e q u e r i d a na zona r a d i c u l a r e a quantidade t o t a l a p l i c a d a , depende da u n i f o r m i d a d e de a p l i c a -ção do emissor, do r e q u e r i m e n t o de água e do déficit p e r m i t i d o

(WU & GITLIM, 1983).!

Segundo CLEMMENS í1991) t o d o s os métodos de irrigação são i n e r e n t e m e n t e d e s u n i f o r m e s em sua aplicação de água. Havendo abundância e d i s p o n i b i l i d a d e d'água, a solução u s u a l é a p l i c a r em determinadas p a r t e s do t e r r e n o mais água que a necessária, p a r a assegurar com i s s o , que em o u t r a s tenha-se a q u a n t i d a d e adequada. Em a l g u n s casos, i s s o pode p r o v o c a r a queda de p l a n t a s , p r o -blemas de s a l i n i d a d e , ou pro-blemas r e l a c i o n a d o s à q u a l i d a d e de

(31)

15

água para os i r r i g a n t e s ã montante. Porém, onde a água é escassa uma q u a n t i d a d e r e d u z i d a de água deve s e r a p l i c a d a , i m p l i c a n d o consequentemente em déficits em a l g u n s s e t o r e s da área.

Quando a duração da irrigação está baseada numa va2ão média, algumas p l a n t a s receberão mais e o u t r a s menos água. Com um

aumento no número de e m i s s o r e s por p l a n t a a u n i f o r m i d a d e de a p l i -cação pode s e r melhorada amenizando esse problema (NAKAYAMA et a i . , 1979).

Segundo SAN JUAN {1985> os s i s t e m a s de irrigação l o c a l i z a d a fornecera água às p l a n t a s em pequenas q u a n t i d a d e s , de a c o r -do com suas n e c e s s i d a d e s . As perdas d'água nesses s i s t e m a s , ape-sar de serem mínimas, são porém inevitáveis e i n f l u e n c i a m na eficiência de irrigação.

Os s i s t e m a s de irrigação bem dimensionados e com e s tratégias de manejo adequadas, c o n t r i b u e m p a r a um aumento na p r o -d u t i v i -d a -d e -das c u l t u r a s , tornan-do assim, os i n v e s t i m e n t o s na irrigação mais rentáveis. Modelos de otimização podem a u x i l i a r os p r o j e t i s t a s em situações onde o dimensionamento de s i s t e m a s de irrigação l o c a l i z a d a t o r n a - s e complexo. 0 c u s t o i n i c i a l desses s i s t e m a s é sua p r i n c i p a l desvantagem. Porém, e x i s t e m a l g u n s d i -mensionamentos a l t e r n a t i v o s que podem d i m i n u i r o c u s t o i n i c i a l do p r o j e t o como é o caso dos d e s e n v o l v i d o s p o r G o e h r i n g ( 1 9 7 6 ) , Oron & K a r m e l i ( 1 9 7 9 ) , Oron (1982) e B u s t o s ( 1 9 8 8 ) , segundo HOLZAPFEL

e t al. ( 1 9 9 0 ) .

(32)

16

s i s t e m a s p r e s s u r i z a d o s devem s e r d i v i d i d a s em subunidades e que essas sejam i r r i g a d a s i n d i v i d u a l m e n t e . Essa estratégia de dimen-sionamento tem a l g u n s benefícios t a i s como: pode-se t e r vazões de p r o j e t o s menores ou i g u a i s à vazão disponível: obtemse, p r o v a -v e l m e n t e , uma maior u n i f o r m i d a d e de descarga dos e m i s s o r e s ao longo das tubulações; aumenta-se a f l e x i b i l i d a d e nas práticas c u l t u r a i s , i n c l u s i v e as de irrigação; p o s s i b i l i t a - s e a seleção de menores diâmetros de tubulações: v i a b i l i z a - s e uma estratégia de vazão variável através de um c r e s c e n t e número de e m i s s o r e s

fHOLZAPFEL et al., 1990).

A vazão dos emissores v a r i a de acordo com os s e g u i n -t e s f a -t o r e s : a v a r i a b l i l i d a d e na fabricação e de-terioração com o tempo dos e m i s s o r e s ; número de emissores t o t a l e p a r c i a l m e n t e obstruídos no s i s t e m a ; variação na t e m p e r a t u r a da água e v a r i a -ções na pressão d e v i d o o a t r i t o e os desníveis do t e r r e n o

(S0L0M0N & KELLEH, 1 9 7 8 ) .

Segundo WU & GITL1N (1973) o s i s t e m a de irrigação l o c a -l i z a d a i d e a -l s e r i a a q u e -l e que podesse i r r i g a r u n i f o r m e m e n t e , i s t o é, cada emissor t i v e s s e a mesma vazão. Vários f a b r i c a n t e s segundo MYESS & BUCKS (1972) têm t e n t a d o d e s e n v o l v e r e m i s s o r e s que sejam capazes de amenizar a variação de descarga provocada p e l a s v a r i a -ções de pressão na l a t e r a l . Essas t e n t a t i v a s i n c l u e m e m i s s o r e s com seções de escoamento reguláveis, l i n h a s l a t e r a i s com p a r e d e s d u p l a s e emissores que produzem elevada p e r d a de c a r g a . Uma u n i -f o r m i d a d e adequada pode s e r o b t i d a com e m i s s o r e s de a l t a pressão, e n t r e t a n t o , esses apresentam desvantagens t a i s corno e n t u p i m e n t o e

(33)

17

a l t o s c u s t o s de fabricação e e n e r g i a .

KENWORTHY (1972) propôs v a r i a r , ao l o n g o da l a t e r a l , o comprimento de um mi c r o t u b o emissor a f i m de o b t e r uma d e s c a r g a u n i f o r m e em cada p o n t o de emissão. Seus r e s u l t a d o s mostraram que pode-se o b t e r uma u n i f o r m i d a d e de aplicação razoável quando tem-se um c o n t r o l e da distribuição de pressão- Segundo MYERS & BUCKS (1972) uma u n i f o r m i d a d e de descarga satisfatória pode s e r o b t i -da, em sistemas de irrigação l o c a l i z a d a , quando u t i l i z a m - s e emis-sores de d i f e r e n t e s diâmetros p a r a compensar as variações de pressão ao longo da l a t e r a l .

Wü & GITLIN (1973) encontraram que a distribuição de pressão ao l o n g o da l a t e r a l pode s e r c a r a c t e r i z a d a através do desnível do t e r r e n o e da perda de e n e r g i a p o r a t r i t o c a l c u l a d a a p a r t i r de uma vazão média de três ou q u a t r o seções. Esse p r o c e d i -mento r e s u l t a em e r r o s 2% menores que se f o s s e d e t e r m i n a d a a

l i n h a do g r a d i e n t e de e n e r g i a u t i l i z a n d o - s e a vazão média de apenas um segmento.

Segundo WU & GITLIN (1973) se a distribuição de pressão f o r determinada ao l o n g o da l a t e r a l p a r a e m i s s o r e s com uma mesma vazão, então, a u n i f o r m i d a d e de aplicação pode s e r melhorada com a utilização de d i f e r e n t e s tamanhos de e m i s s o r e s , d i f e r e n t e s com-p r i m e n t o s ou diâmetros de m i c r o t u b o s e d i f e r e n t e s escom-paçamentos e n t r e emissores.

Sob o a s p e c t o técnico, o critério f u n d a m e n t a l , no d i -mensionamento de s i s t e m a s l o c a l i z a d o s , é uma variação admissível

(34)

i a

de vazão ao longo das tubulações l a t e r a i s e terciárias. Os cálcu-l o s de dimensionamento o b j e t i v a m e n c o n t r a r um comprimento de tubulação p a r a um d e t e r m i n a d o diâmetro e pressão de operação que r e s u l t e nessa variação admissível (GILLESPIE et ai., 1 9 7 9 ) .

Quanto ao aspecto econômico ALLEN & BROCKWAY (1984) enfatizam que

o p r i n c i p a l critério a s e r c o n s i d e r a d o no dimensionamento, mane-j o e operação do s i s t e m a é a relação benefício/custo.

Sistemas que t r a b a l h a m sob b a i x a pressão u t i l i z a n d o emissores do t i p o orifício podem t e r as vantagens de menor c u s t o de fabricação e operação. Além do mais quando u t i l i z a m - s e emissores com orifícios m a i o r e s os problemas de e n t u p i m e n t o são r e d u -z i d o s (MYERS & 3UCKS, 1972K

NAKAYAMA et a i .(1979) desenvolveram um método para

e s t i m a r a u n i f o r m i d a d e de aplicação d'água baseado no c o e f i c i e n -t e de variação de fabricação dos e m i s s o r e s . 0 número de emissores por p l a n t a pode s e r d e f i n i d o a p a r t i r da interrelação encre esse número, e os c o e f i c i e n t e s de u n i f o r m i d a d e e de variação de f a b r i cação. Esses a u t o r e s r e l a c i o n a r a m também o c o e f i c i e n t e de u n i f o r -midade de campo e o c o e f i c i e n t e de variação de vazão dos emisso-r e s em opeemisso-ração, à femisso-ração de p l a n t a s adequadamente i emisso-r emisso-r i g a d a s .

Um c o e f i c i e n t e de variação de vazão dos e m i s s o r e s , estimado a p a r t i r de dados de campo, r e f l e t e as p r o p r i e d a d e s i n e r e n t e s do e m i s s o r , variação de pressão e mudanças na vazão provocada p e l o aumento ou redução da vazão com o tempo (NAKAYAMA

(35)

19

Vários métodos têm s i d o p r o p o s t o s p a r a e s t i m a r a u n i -f o r m i d a d e de aplicação dos s i s t e m a s l o c a l i z a d o s . K e l l e r & Karmelí (1974) propuseram uma modificação na equação do Serviço de Con-servação do Solo dos Estados Unidos, conhecida como u n i f o r m i d a d e de emissão a b s o l u t a . A p r i n c i p a l desvantagem desse método é a f a l t a de base estatística. 0 método de Wu & G i t l i n (1974, 1979), baseado em p r o c e d i m e n t o s de dimensionamento, c o n s i s t e na e s t i m a t i v a da variação de vazão dos emissores. Esse p r o c e d i m e n t o a p r e -s e n t a a limitação de não i n c l u i r a-s variaçõe-s d e v i d o a fabricação e ao e n t u p i m e n t o dos emissores (BRALTS & EDWARDS, 1983).

/Segundo SAN JUAN (1985) a utilização do c o e f i c i e n t e de u n i f o r m i d a d e p r o p o s t o p o r C h r i s t i a n s e n , na avaliação de s i s t e m a s de irrigação l o c a l i z a d a , a p r e s e n t a o i n c o n v e n i e n t e de d a r a mesma

importância às variações acima e a b a i x o da vazão média. Esse p r o c e d i m e n t o , na irrigação l o c a l i z a d a , pode s e r d e s a s t r o s o porque enquanto as variações acima da média i m p l i c a m apenas em p e r d a s e x c e s s i v a s d'água. a f e t a n d o a eficiência de irrigação, as v a r i a -ções a b a i x o da média i n d i c a m que a p l a n t a está recebendo menos água do que n e c e s s i t a o que pode comprometer a p r o d u t i v i d a d e das c u l t u r a s , j

Esse raciocínio estará c o r r e t o apenas quando o s i s t e m a f o r dimensionado p a r a uma vazão média que c o r r e s p o n d a à n e c e s s i -dade da c u l t u r a . Uma solução s e r i a d i m e n s i o n a r o s i s t e m a de t a l forma que as vazões a b a i x o da média satisfaçam os r e q u e r i m e n t o s dJágua p e l a s p l a n t a s . Em t a i s condições, o t r a t a m e n t o que o méto-do de C h r i s t i a n s e n dã às variações de vazão t e r i a menores

(36)

conse-20

quêneias p a r a a c u l t u r a .

BRALTS et al. (1982) v e r i f i c a r a m que, em l a t e r a i s de parede única, as alterações p e r c e n t u a i s de vazão na l a t e r a l , em relação ao v a l o r dimensionado, são quase p r o p o r c i o n a i s às p e r c e n -tagens de e n t u p i m e n t o dos emissores. E n t r e t a n t o , p a r a l a t e r a i s com paredes d u p l a s a relação mostrou-se dependente da proporção e n t r e os orifícios i n t e r n o s e e x t e r n o s .

BRALTS & KESNER (1983) propuseram um tamanho de amostragem de 18 e m i s s o r e s p a r a a avaliação de subunidades de i r r i g a -ção l o c a l i z a d a , baseando-se na determina-ção, do c o e f i c i e n t e de u n i f o r m i d a d e estatístico, d e f i n i d o como um menos o c o e f i c i e n t e de variação de vazão dos e m i s s o r e s , u t i l i z a n d o a média dos três maiores e dos três menores v a l o r e s de vazão em vez de u s a r t o d o s os pontos no cálculo. As vantagens desse método estão na s i m p l i -cidade das determinações em campo e os l i m i t e s de confiança dos c o e f i c i e n t e s de u n i f o r m i d a d e estimados.

WU & ISÜDAYARAJ í1989) desenvolveram um modelo de simulação para p r o g n o s t i c a r a u n i f o r m i d a d e de aplicação a p a r t i r de e s t i m a t i v a s da vazão dos emissores, ao l o n g o de uma l a t e r a l ou subunidade, c o n s i d e r a n d o s e as variações de pressão e de f a b r i c a -ção.

WMhB & KRÜSE (1989) desenvolveram um modelo c o m p u t a c i o n a l para a n a l i s a r a performance de s i s t e m a s de irrigação l o c a l i -zada. 0 modelo f a z prognósticos da redução de vazão dos emisso-r e s pemisso-rovocada p e l o e n t u p i m e n t o e o u t emisso-r a s deteemisso-rioemisso-rações do s i s t e m a .

(37)

BRALTS e t ai. (1981a) mostraram que q u a l q u e r t i p o de variação hidráulica do s i s t e m a pode s e r e s t a t i s t i c a m e n t e incluída nas equações de u n i f o r m i d a d e . Assim como também podem s e r i n -cluídos a t e m p e r a t u r a da água e o espaçamento e n t r e e m i s s o r e s .

0 e n t u p i m e n t o de emissores em s i s t e m a s 'de irrigação l o c a l i z a d a r e s u l t a em alterações na u n i f o r m i d a d e de aplicação dos e m i s s o r e s e na hidráulica das l a t e r a i s . 0 e n t u p i m e n t o de a l g u n s emissores reduz a vazão da l a t e r a l e, consequentemente, as p e r d a s por a t r i t o nessa. Essa redução de perda de c a r g a i m p l i c a em m a i o r vazão naqueles e m i s s o r e s não obstruídos (BRALTS et a i . , 1 9 8 2 ) .

BRALTS et al. (1981b) v e r i f i c a r a m que o e n t u p i m e n t o pode s e r e s t a t i s t i c a m e n t e c o n s i d e r a d o nos cálculos de u n i f o r m i d a -de -de aplicação -de l a t e r a i s com pare-des únicas ou d u p l a s . 0 núme-r o de emissonúme-res p o núme-r p l a n t a mostnúme-rou-se i m p o núme-r t a n t e quando o cál-c u l o da u n i f o r m i d a d e i n cál-c i u e o e n t u p i m e n t o dos e m i s s o r e s .

Entupimento dos emissores

0 e n t u p i m e n t o de emissores a i n d a é o p r i n c i p a l problema em s i s t e m a s de irrigação l o c a l i z a d a . Apesar do conhecimento das causas de obstruções, as medidas empregadas p a r a c o n t o r n a r esse problema nem sempre têm apresentado r e s u l t a d o s satisfatórios. E n t r e t a n t o , tendo em v i s t a o elevado c u s t o de implantação que esses sistemas r e p r e s e n t a m , a v i d a útil d e l e s deve, então, s e r maximizada. Além do mais, a recuperação de e m i s s o r e s obstruídos

(38)

A i n t e n s i d a d e de ocorrência e g r a v i d a d e do problema de e n t u p i m e n t o de e m i s s o r e s nos s i s t e m a s l o c a l i z a d o s tem l e v a d o m u i t o s i r r i g a n t e s a d e s i s t i r e m da utilização desses s i s t e m a s , r e t o r n a n d o , i n c l u s i v e , a métodos de irrigação menos e f i c i e n t e s

{NAKAYAMA et a i . , 1978; GILBERT & FORD, 1988).

0 e n t u p i m e n t o o c o r r e de forma mais acentuada nos s i s t e -mas p o r g o t e j a m e n t o , tendo em v i s t a que a seção de escoamento e a v e l o c i d a d e de f l u x o nos g o t e j a d o r e s são menores que em m i c r o a s persores. 0 nível de obstrução pode s e r t a l que a redução de v a -zão dos emissores i m p o s s i b i l i t a a aplicação das n e c e s s i d a d e s hídricas dos c u l t i v o s , a i n d a que se opere o s i s t e m a sob pressões e l e v a d a s . Mesmo que a s obstruções não a t i n j a m esse nível, quando a s s o c i a d a s as variações de vazão dos e m i s s o r e s , d e v i d o as v a r i a -ções de fabricação do equipamento e às varia-ções de pressão ao longo da tubulação l a t e r a l prevista© no dimensionamento hidráulico do s i s t e m a , diminuem o c o e f i c i e n t e de u n i f o r m i d a d e de a p l i c a -ção a f e t a n d o o desempenho g l o b a l do s i s t e m a e, consequentemente, a produção dos c u l t i v o s (ABREU et a i . . 1987).

^.>>'As causas do entupimento estão d i r e t a m e n t e r e l a c i o n a d a s à q u a l i d a d e da água de irrigação e são atribuídas, p r i n c i p a l m e n t e , à existência de m a t e r i a i s em suspensão e de elementos q u i m i -camente precipitáveis, e ao d e s e n v o l v i m e n t o de micróbios (ADIN & SACKS, 1991).

•*Q entupimento físico pode ser provocado por partículas

(39)

23

m a t e r i a l orgânico ( f r a g m e n t o s de p l a n t a s e de m i c r o o r g a n i s m o s , resíduos a n i m a i s , e t c ) . Uma f i l t r a g e m adequada e uma lavagem periódica das l i n h a s poderá c o n t r o l a r esse t i p o de e n t u p i m e n t o . No e n t a n t o , a l g u n s m a t e r i a i s quando combinados com l o d o s b a c t e r i -a i s podem c r i -a r condições de e n t u p i m e n t o que são incontornáveis mediante a utilização apenas do processo de f i l t r a g e m (GILBERT & FORD, 1986).

Um f a t o r i m p o r t a n t e na q u a l i d a d e da água de irrigação é seu t e o r de s a i s , mas e s t e s não c o n t r i b u e m p a r a o e n t u p i m e n t o , a menos que i o n s d i s s o l v i d o s i n t e r a j a m com o u t r o s p a r a f o r m a r p r e c i p i t a d o s ou promover o d e s e n v o l v i m e n t o de l o d o s . ; As p r e c i p i t a -ções mais f r e q u e n t e s são de c a r b o n a t o s e s u l f a t o s de cálcio, e de f e r r o e manganês. Precipitação de c a r b o n a t o de cálcio ê comum em regiões áridas com éguas r i c a s em cálcio e b i c a r b o n a t o s . Através da fertirrigação os i o n s das águas n a t u r a i s podem r e a g i r com os componentes dos agroquímicos gerando elementos precipitáveis

{ABREU st a i . , 198?).

Os r i s c o s de e n t u p i m e n t o p o r precipitação química podem s e r p r e v i s t o s mediante análise química da água de irrigação. No e n t a n t o , a p o n t e n c i a l i d a d e desses r i s c o s depende s u b s t a n c i a l m e n t e da g e o m e t r i a dos d i f e r e n t e s emissores (ABREU et a i . , 1987).

0 e n t u p i m e n t o químico tem s i d o c o n s i d e r a d o como o p r o -blema mais difícil de s e r c o n t r o l a d o . Uma recomendação g e r a l p a r a prevenção desse t i p o de e n t u p i m e n t o s e r i a r e d u z i r o pH da água, através de injeção de ácido, a v a l o r e s que i n i b a m a p r e c i p i t a

(40)

-24

cão. Os f a t o r e s que c o n t r i b u e m para uma precipitação química são a l t a s concentrações de íons de cálcio, magnésio e b i c a r b o n a t o s , e um pH r e l a t i v a m e n t e a l t o . A t e m p e r a t u r a também o o n t r i b u e nesse processo uma vez que a s o l u b i l i d a d e do c a r b o n a t o de cálcio d i m i -n u i com o aume-nto de t e m p e r a t u r a . Os d o i s p r i m e i r o s f a t o r e s são i n e r e n t e s à q u a l i d a d e da água de irrigação, enquanto o f a t o r t e m p e r a t u r a depende do i a y c u t do sistema e das condições climáti-cas íHILLS et a i . . 1889í.

O b j e t i v a n d o amenizar os problemas de e n t u p i m e n t o químico em mangueiras p o r o s a s , HILLS et a i . £1939? t e s t a r a m as s e g u i n -t e s es-tra-tégias de manejo: irrigações (15 d i u r n a s e ( 2 ) n o -t u r n a s ambas com mangueira a céu a b e r t o (aplicação d'água s u p e r f i c i a l ) , e e n t e r r a d a (aplicação d"ãgua s u b s u p e r f i c i a l ) , e i 3 ) redução do pH da água de irrigação. E l e s c o n s t a t a r a m que o processo de e n t u -pimento é g r a d u a l e não instantâneo. A diminuição do pH da água a l i v i o u o e n t u p i m e n t o . A irrigação n o t u r n a e s u b s u p e r f i c i a l não p r e v i n i u s i g n i f i c a t i v a m e n t e a precipitação química.

0 e n t u p i m e n t o biológico não se t o r n a um problema g r a v e quando a água está l i v r e de carbono orgânico. E n t r e t a n t o . em águas contendo sedimentos orgânicos associados ao f e r r o ou ao s u l f a t o de hidrogênio, o g r a u de obstrução biológica pode t o r n a r -se b a s t a n t e acentuado. Vários organismos podem c o n t r i b u i r p a r a o e n t u p i m e n t o , p a r t i c u l a r m e n t e quando na presença de Fe2"" e HsS. F i l a m e n t o s de a l g a s podem e n t u p i r emissores. 0 p r i n c i p a l dano desses organismos é na formação de uma m a t r i z g e l a t i n o s a , na tubulação e nos e m i s s o r e s , que serve como base para o d e s e n v o l v i

(41)

-25

mento de l o d o s b a c t e r i a i s . A bactéria do f e r r o nas tubulações podem p r e c i p i t a r o complexo de f e r r o solúvel (GILBERT & FORD. 1936).

A t u a l m e n t e , i n e x i s t e um método d i r e t o que q u a n t i f i q u e com c o n f i a b i l i d a d e o p e r i g o de e n t u p i m e n t o , no e n t a n t o , esse pode s e r estimado através de uma análise da água. Como a q u a l i d a d e da água pode a l t e r a r - s e d u r a n t e o período s a z o n a l de c u l t i v o , várias análises são necessárias ao longo do ano. Cada um dos f a t o r e s físico, químico e biológico, podem c o n t r i b u i r i s o l a d a m e n t e no processo de e n t u p i m e n t o . E n t r e t a n t o , quando e x i s t e uma combinação desses, o problema pode se a g r a v a r ao p o n t o de h a v e r um s i n e r g i s -mo . Co-mo esses f a t o r e s estão i n t i m a m e n t e r e l a c i o n a d o s , o c o n t r o l e de um d e l e s p r o v a v e l m e n t e amenizará os problemas causados p e l e s demais {NAKAYAMA et a i . , 1978).

Segundo SADOVSKI e t a l . (197B) os e f l u e n t e s de águas resíduãrias estão f r e q u e n t e m e n t e sendo u t i l i z a d o s em s i s t e m a s de irrigação l o c a l i z a d a . Nesse a s p e c t o , a irrigação l o c a l i z a d a tem a vantagem de e l i m i n a r o p e r i g o do t r a n s p o r t e de patógenos v i a aerosóis que o c o r r e na irrigação p o r aspersão.

' ADIN & SACKS (1991) estudando as causas de e n t u p i m e n t o em três e m i s s o r e s , u t i l i z a n d o águas residuérias, concluíram que:

( 1 ) o e n t u p i m e n t o é causado p r i n c i p a l m e n t e p e l o s sólidos em sus-pensão, no e n t a n t o o p r o c e s s o de e n t u p i m e n t o é i n i c i a d o p o r mate-r i a l omate-rgânico; ( 2 ) o g mate-r a u de e n t u p i m e n t o é mais a f e t a d o p e l o tamanho das partículas sólidas que p e l a densidade dessas na água;

(42)

26

( 3 ) o armazenamento de sedimentos nos emissores i n i c i a - s e com a deposição de l o d o s amorfos aos m i a i s o u t r a s partículas se aderem:

( 4 ) a composição química do sedimento no emissor m o d i f i c a - s e com a estação do ano; ( 5 ) o p o t e n c i a l de e n t u p i m e n t o pode d i m i n u i r através de modificações na configuração i n t e r n a do emissor e p o r um t r a t a m e n t o químico da égua com o x i d a n t e s e f l o c u l a n t e s .

A configuração i n t e r n a do emissor pode s e r melhorado através de: C l ) e n c u r t a m e n t o e/ou alargamento do p e r c u r s o de f l u x o ; ( 2 ) eliminação das e x t r e m i d a d e s angulosas que se p r o j e t a m no p e r c u r s o ; ( 3 ) remoção dos espaços supérfluos; ( 4 ) fabricação de emissores sem emendas, p r i n c i p a l m e n t e , d e n t r o do p e r c u r s o da água ÍADIK & SACKS, 1991).

OEON et a i . ( 1 9 7 9 ) , em e x p e r i m e n t o s com e m i s s o r e s t i p o l a b i r i n t o , u t i l i z a n d o q u a t r o t i p o s de águas residuárias v e r i f i c a -ram que houve uma redução s i g n i f i c a t i v a na vazão dos e m i s s o r e s ao longo da l a t e r a l . Essa redução f o i mais acentuada nos e m i s s o r e s do i n i c i o da l a t e r a l e. em quase t o d o s os casos, d i m i n u i u l i n e a r -mente na direção do f l u x o . ' 0 aumento do tempo de operação do s i s t e m a r e s u l t o u num aumento da redução de vazão. No e n t a n t o , as observações de AD1N & SACKS (1991) i n d i c a r a m um maior p e r c e n t u a l de entupimento em e m i s s o r e s s i t u a d o s no f i n a l das l a t e r a i s . ORON e t a l . Í1979) obsevaram também que o emissor de longo p e r c u r s o

(960 mm) a p r e s e n t o u m a i o r grau de entupimento./Quando u t i l i z a r a m -se águas residuárias f i l t r a d a s , o único emissor que não m o s t r o u evidência de e n t u p i m e n t o f o i o autocompensante com um p e r c u r s o de 25 mm. O u t r o s s i m , v e r i f i c o u - s e que a variação de pressão não

(43)

27

i n f l u i u s i g n i f i c a t i v a m e n t e na vazão do e m i s s o r . As flutuações nas vazões podem t e r o c o r r i d o d e v i d o o fenômeno de e n t u p i m e n t o e a u t o l i m p e z a que acontece sempre que o s i s t e m a ê p o s t o em f u n c i o namento

KAFSHGIRI (1979) observou, num e s t u d o u t i l i z a n d o e f l u -e n t -e s d-e águas r-esiduárias, qu-e a r-edução na vazão do -e m i s s o r v a r i o u não l i n e a r m e n t e com o grau de e n t u p i m e n t o . Seus dados

i n d i c a r a m que g r a u s de e n t u p i m e n t o de 10% e de 50% c o r r e s p o n d e ram, r e s p e c t i v a m e n t e , à redução na vazão de 20% e 75%. A c r e d i t a -se que a g e o m e t r i a da obstrução tenha e f e i t o nas variações de vazão.

Shannom et al. (1982) v e r i f i c a r a m que a equação de Durand do t r a n s p o r t e de sedimentos ê aplicável às condições de f l u x o em l a t e r a i s , p r e d i z e n d o zonas de acumulação de s e d i m e n t o s . Segundo suas observações os depósitos começaram a o c o r r e r a uma distância, a p a r t i r do i n i c i o da tubulação, de aproximadamente 60% de seu comprimento, em zonas d i s c r e t a s de 3 a 8 cm de c o m p r i -mento separadas de 30 a 60 cm e n t r e s i . A acumulação máxima de depósitos o c o r r e u no t r e c h o de 90 a 100% de seu comprimento

(ABREU et al., 1987).

Manutenção dos s i s t e m a s de irrigação l o c a l i z a d a

A performance de um s i s t e m a de irrigação l o c a l i z a d a de-pende em p a r t e de uma manutenção adequada do s i s t e m a . 0 c o n t r o l e da qualidade da água é um dos aspectos mais i m p o r t a n t e s d e s s a manutenção. BUCKS et al. (1979) desenvolveram um método p a r a c i a s

(44)

-28

sificação da q u a l i d a d e da água, quanto ao p e r i g o de e n t u p i m e n t o , que a r b i t r a v a l o r e s p a r a os f a t o r e s físico, químico e biológicos.

A manutenção deve s e r baseada em práticas de prevenção que i n c l u a m a f i l t r a g e m da água, inspeção no campo, l i m p e z a das tubulações e t r a t a m e n t o químico. A f i l t r a g e m e inspeção de campo são absolutamente necessárias. Segundo ABREU et aj, {1987) apenas com águas c r i s t a l i n a s , l i v r e s de sólidos em suspensão e sem r i s -cos de contaminação, é que não seriam necessários os f i l t r o s , mas e s t a condição não se e n c o n t r a na prática.

Características do sistema de f i l t r a g e m dependem da q u a l i d a d e da água de irrigação e da g e o m e t r i a i n t e r n a do emissor. Quando não se dispõe de recomendações técnicas do f a b r i c a n -t e , em v i a de r e g r a , a f i l -t r a g e m deve o c o r r e r para par-tículas de tamanho i n f e r i o r ou i g u a l a um décimo da menor seção de escoamen-t o do emissor. Quando os f a escoamen-t o r e s físicos são graves d o i s ou mais t i p o s de f i l t r o s em série são necessários (GILBERT tc FORD, 1936)..

A remoção de partículas sólidas da água de irrigação depende da q u a l i d a d e dessa água e dos parâmetros físicos do s i s -tema de f i l t r a g e m . Quando u t i l i z a m - s e águas residuárias, a performance dos s i s t e m a s de f i l t r a g e m é, normalmente, a v a l i a d a baseando-se na t a x a de remoção de sólidos t o t a i s suspensos e/ou na t u r b i d e z da água. Através de uma análise da distribuição do tamanho das partículas podese d e f i n i r uma melhor opção de f i l -t r o s e suas condições de operação íADIN & ELIMELECH, 1989).

(45)

29

com o tamanho do grão do f i l t r o de a r e i a e com a e s p e s s u r a da camada de f i l t r a g e m , e d i m i n u i com a v e l o c i d a d e de f l u x o . Os f i l t r o s de t e l a entopem com m u i t a r a p i d e z e, segundo os a u t o r e s acima, removem apenas de 1 a 2% dos sólidos t o t a i s suspensos.

A f i l t r a g e m g r a n u l a r tem p a p e l i m p o r t a n t e na prevenção do e n t u p i m e n t o em v i r t u d e d e l a promover a remoção de partículas com d i f e r e n t e s formas. Porém, medidas a d i c i o n a i s p a r a a redução do e n t u p i m e n t o devem s e r tomadas, t a i s como: e f i c i e n t e r e t r o l a v a -gem dos f i l t r o s : l i m p e z a periódica das l i n h a s e instalação de longas l a t e r a i s quando a t o p o g r a f i a p e r m i t i r (ADIN & SACKS, 1991).

G1LBEPT et al. (1979) estudaram d u r a n t e d o i s anos o entupimento em o i t o t i p o s de emissores p a r a d i f e r e n t e s t r a t a m e n -t o s de água, i n c l u i n d o f i l -t r a g e m com f i l -t r o s de -t e l a e de a r e i a com adição de hipocíorito e ácido. Cinco dos o i t o e m i s s o r e s requereram f i l t r o s de t e l a (200 mesh) e de a r e i a , mais t r a t a -mento químico p a r a p r e v i n i r o entupi-mento físico e manter vazões s u p e i o r e s a 7 0 % da vazão de p r o j e t o . Três emissores c o n t i n u a r a m a operar com vazões s u p e r i o r e s a 80% da vazão de p r o j e t o apenas com f i l t r o de t e l a (50 mesh).

Dimensionamento de l i n h a s l a t e r a i s

Um dimensionamento adequado de l a t e r a i s nos s i s t e m a s de irrigação l o c a l i z a d a c o n s i s t e na determinação da melhor combina-ção e n t r e seu comprimento, diâmetro, t i p o de e m i s s o r e espaçament o e n espaçament r e esses, espaçament e n d o como o b j e espaçament i v o p r i n c i p a l uma e l e v a d a u n i f o r

(46)

-30

midade de aplicação.

A determinação das perdas de c a r g a p o r a t r i t o nas t u b u -lações é um f a t o r de grande importância no dimensionamento p o i s e s t e a f e t a d i r e t a m e n t e o c u s t o t o t a l e o balanço hidráulico do s i s t e m a . Segundo KAMAND (1988) m u i t o s p r o j e t i s t a s u t i l i z a m as equações e m p i r i c a s , t a i s como a de H a z e n - W i l l i a m s , Manning e Scobey p a r a d e t e r m i n a r as p e r d a s de carga p o r a t r i t o , d e v i d o a sua s i m p l i c i d a d e matemática. E n t r e t a n t o , a equação de Darcy-Weisbach tem um m a i o r fundamento teórico. A p r i n c i p a l limitação dessas equações empíricas é que um único c o e f i c i e n t e de r u g o s i d a -de é, normalmente, c o n s i d e r a d o p a r a t o d o s os diâmetros -de t u b o e v e l o c i d a d e de f l u x o . Desta forma, a perda de c a r g a c a l c u l a d a p e l a equação de Darcy-Weisbach deve d i f e r i r s i g n i f i c a t i v a m e n t e das demais equações.

0 Comitê de Especificações para Tubulações da ASCE c o n c l u i u que as várias fórmulas com seus r e s p e c t i v o s c o e f i c i e n t e s de r u g o s i d a d e estão na mesma f a i x a de precisão p a r a diâmetros v a r i a n d o de 152 a 1829 mm e v e l o c i d a d e s de f l u x o acima de 1,524 m/s. Assim, um v a l o r c o n s t a n t e de C e n nas equações de Hazen-W i l l i a m s e Manning, r e s p e c t i v a m e n t e , r e s u l t a r i a m em um mesmo v a l o r de perda de c a r g a apenas p a r a c e r t a s condições de f l u x o e diâmetro (KAMÂND, 1988).

Ürbina & Paraqueima c i t a d o s p o r BEZDEK & S0L0M0N (1978) e WATTERS & KELLER ( 1 9 7 8 ) , mostraram que em t u b o s l i s o s de pequeno diâmetro, como os u t i l i z a d o s em l a t e r a i s de irrigação

(47)

31

l o c a l i z a d a , a equação de Darcy-Weisbach dá uma m a i o r precisão na determinação da p e r d a de c a r g a p o r a t r i t o . VON BERNUTH & WILSON

(1989) v e r i f i c a r a m que p a r a Números de Reynolds menores que 100,000, a equação de B l a s l u s r e s u l t a numa melhor e s t i m a t i v a do c o e f i c i e n t e de a t r i t o f da equação de Darcy-Weisbach p a r a t u b o s plásticos l i s o s de pequeno diâmetro. Além do mais KATHRI et al.

(1979) concluíram que a equação de B l a s i u s p a r a t u b o s plásticos l i s o s pode s e r u t i l i z a d a com razoável precisão em t o d o s diâmetros de tubulação de irrigação l o c a l i z a d a sob f l u x o t u r b u l e n t o .

Segundo WU & GITLIN (1973) a equação de B l a s i u s pode p r o d u z i r e r r o s provocados p e l a ocorrência de f l u x o l a m i n a r em seções f i n a i s da l a t e r a l e p e l a inserção dos emissores na t u b u -lação gerando mais a t r i t o .

Um o u t r o t i p o de perda de c a r g a nas tubulações é p r o v o -cada p e l a resistência ao f l u x o o f e r e c i d a p e l a s conexões dos emis-sores. Essa é mais p r o n u n c i a d a nos diâmetros menores de l a t e r a l e nos casos de conexões t i p o s o b r e l i n h a ENIR, 1982).

KELLER & KARMELI (1974) e H0WELL & HlLER (1974) sugerem que as perdas de c a r g a l o c a l i z a d a s sejam também c o n s i d e r a d a s no dimensionamento da l a t e r a l . Segundo H0WELL & BARINAS (1980) o procedimento u s u a l p a r a se c o n s i d e r a r t a i s p e r d a s é através da v e l o c i d a d e de f l u x o , de comprimento e q u i v a l e n t e de tubulação e dos c o e f i c i e n t e s de r u g o s i d a d e das equações de perda de c a r g a .

Vários p e s q u i s a d o r e s têm determinado as perdas de c a r g a provocadas p e l a s conexões dos emissores. Hanson (1973) c i t a d o p o r

Referências

Documentos relacionados

Isso posto, com o propósito de desenvolver tecnologia para monitoramento e predição das propriedades do concreto, este artigo tem como objetivo o estudo prospectivo, elaboração

Os objetivos deste trabalho foram comparar carvão ativado, terra ativada, terra diatomácea, quitina e quitosana como adsorventes para a remoção dos corantes azul brilhante,

Foi realizada uma revista da literatura onde se procurou discutir parâmetros para indicações, melhor área doadora e técnicas cirúrgicas para remoção do enxerto de calota

No DáP@áPç Ƥ@LĠOƤ@ƤCDBHOĖçƤCçƤ23&amp; ƤP@JƤLNĔPHB@ƤDOPĔƤâDC@C@Ƥ%KƤNDOQKç ƤODƤEçNƤLDOOç@Ƥ jurídica de direito privado integrante da administração

Não é autorizada a montagem numa viatura VSH de qualquer motor que provenha de uma viatura cuja homologação FIA se encontre ainda válida ou de qualquer motor que disponha

aplicação se encontrar superado, por desenquadramento passivo (redução dos demais ativos), eventuais alienações de imóveis do PORTUS somente serão realizadas no caso

Se Deus quisesse evitar o mal e fosse incapaz de consegui- lo, então seria impotente. Se fosse capaz de evitar o mal e não quisesse fazê-lo, então

1.6 O ONS poderá, dependendo do ponto de conexão e das condições do sistema, desde que devidamente justificado, definir requisitos especiais a serem atendidos pelos Acessantes para