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PROGRAMA PROJOVEM CAMPO SABERES DA TERRA: AÇÕES DE EDUCAÇÃO DO CAMPO NOS MUNICÍPIOS PARAENSES.

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Academic year: 2021

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PROGRAMA PROJOVEM CAMPO – SABERES DA TERRA: AÇÕES

DE EDUCAÇÃO DO CAMPO NOS MUNICÍPIOS PARAENSES.

 

Autores: Maria Celeste Gomes de Farias. Mestre em Educação SEDUC/CECAF – celechar@hotmail.com  Hellen do Socorro de Araújo Silva. Mestre em Educação SEDUC/CECAF­ haraujosilva@hotmail.com.br Lucélia Leite Ferreira. Mestranda em Agricultura Familiar SEDUC/CECAF –lucelia.leite@hotmail.com Darinêz da Conceição. Doutoranda em Educação UFPA ­ darynez@yahoo.com.br        Mayra da Silva Corrêa. Mestranda em Educação SEDUC/CECAF­ maysilcor@yahoo.com.br Selma Pena. Doutora UFPA/ICED­ selmacpena@gmail.com         O presente relato visa fazer uma exposição das ações desenvolvidas pelo Programa Projovem Campo  –  Saberes  da  Terra  nos  municípios  de  Breves  e  São  Sebastião  da  Boa  Vista  na  Região  do Marajó e Augusto Correa no Nordeste Paraense.     Ministério da Educação por meio da Secretaria de Educação  Continuada,  Alfabetização  e  Diversidade  (SECAD/MEC)  que  integra  a  Coordenação Nacional de Educação do Campo criou a Primeira versão do Programa[1] Saberes da Terra que foi implementada  em  vários  Estados  do  Brasil.  Destinado  a  fazer  formação  em  nível  de  Ensino Fundamental integrada com Qualificação Social e Profissional de jovens agricultores na faixa etária de 15 a 29 anos que vivem e trabalham no campo. Atualmente o Programa encontra­se na sua segunda versão (2008 – 2010) e denomina­se Projovem Campo­ Saberes da Terra e atende jovens de 18 a 29 anos que não concluíram o ensino fundamental. O Programa visa ampliar o acesso da educação a essa parcela da população historicamente excluída do processo educacional, respeitando as características, necessidades  e  pluralidade  de  gênero,  étnico­racial,  cultural,  geracional,  política,  econômica, territorial  e  produtiva  dos  povos  do  campo[2]  (MEC,  2009).  O  Programa  atende  prioritariamente jovens  trabalhadores  agricultores  nos  municípios  que  fazem  parte  do  Programa  Territórios[3]  da Cidadania.

No  Estado  do  Pará  a  Edição  2008  do  Projovem  Campo  Saberes  da  Terra  vem  sendo coordenado pela Secretaria de Estado de Educação/SEDUC por meio da Coordenação de Educação do Campo, das Águas e das Florestas/CECAF responsável pela gestão administrativa e pedagógica e pelo Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA que é a Instituição de Ensino Superior responsável em promover a formação continuada em nível de especialização (para os que já possuem a  graduação)  e  aperfeiçoamento  (para  os  que  possuem  ensino  médio)  aos  educadores  que  atuam diretamente  com  os  alunos  em  sala  de  aula.  O  Programa  conta  também  com  a  parceria  de  diversas instituições que fazem parte do Fórum Paraense de Educação do Campo.

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O PROGRAMA TEM COMO OBJETIVOS  

 1. Formar Jovens Agricultores/as, na faixa etária de 18 a 29 anos, em nível de ensino fundamental e qualificação  social  e  profissional  inicial  para  atuar  junto  às  suas  comunidades,  no  que  se  refere  à diversificação das atividades da agricultura familiar;

2. Qualificar jovens agricultores/as social e ambientalmente, a fim de valorizar e fortalecer o modo de organização  social  do  campo  e  buscar  a  melhoria  da  qualidade  de  vida  das  famílias  camponesas, potencializando  assim  a  pluralidade  e  diversidade  de  seus  saberes  e  dos  conhecimentos  técnicos  e científicos;

3. Priorizar, no processo de formação dos educandos/as do campo um currículo integrado baseado nos princípios  da  sustentabilidade,  do  trabalho  e  suas  formas  de  organização  e  gestão  como  eixo estruturante dos itinerários formativos;

4.  Fortalecer  o  desenvolvimento  de  propostas  pedagógicas  e  metodologias  de  estudo/trabalho adequadas à educação de jovens e adultos no campo, instigando educadores a participarem ativamente do processo de ensino/aprendizagem;

5. Viabilizar itinerários formativos que articulem teoria e prática como componentes indissociáveis; 6.  Fomentar  por  meio  do  processo  de  ensino  aprendizagem  o  desenvolvimento  de  práticas  que potencialize  a  agricultura  familiar  dos  sujeitos  do  campo.  Fortalecendo  a  diversidade  de  suas identidades, culturas, etnias e gênero; 7. Oportunizar formação continuada a educadores/as do campo em metodologias e princípios políticos pedagógicos voltados às especificidades locais e regionais.   PRINCÍPIOS CURRICULARES E METODOLÓGICOS Dentre os vários pressupostos políticos pedagógicos do Programa Saberes da Terra a educação dos  jovens  do  campo  como  direito,  o  reconhecimento,  a  valorização  e  legitimação  das  diferenças culturais  e  étnicoraciais.  Além  da  educação  como  estratégias  de  fortalecimento  e  desenvolvimento sustentável.

Os  princípios  curriculares  que  ancoram  o  Programa  Projovem  Campo  –  Saberes  da  Terra prima pela Flexibilidade no que diz respeito a produção do conhecimento; interdisciplinaridade a favor de conhecimentos integrados; pluralidade de Saberes e Linguagens que incorporam os modos e  elementos  econômicos,  sociais,  culturais,  ambientais,  as  lutas  e  memória  coletiva  dos  povos  do campo; o Trabalho Como Principio Educativo entendido por  natureza  a  atividade  constitutiva  do processo  de  humanização  de  homens  e  mulheres;  Pesquisa  como  princípio  educativo  em  que  a indagação, inquirição, a busca de informação, que instiga os sujeitos a problematizarem a realidade e investigarem  é  condição  imperiosa  em  formação  de  base  interdisciplinar;  Práxis  onde  a indissociabilidade teoria e prática como eixo articulador do currículo é indispensável na perspectiva de formação de educandos/as comprometidos com as lutas do seu tempo ( BELÉM, 2009).

A metodologia do Programa Projovem Campo Saberes da Terra é no modelo de alternância que consiste em processo educativo no qual o aluno alterna períodos de aprendizagem na família com períodos  na  escola.  Nessa  sistemática  o  tempo  escolar  e  o  tempo  comunidade  são  interligados  por

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meio  de  instrumentos  pedagógicos  específicos  capazes  de  construir  uma  harmonia  entre  as comunidades e a ação pedagógica. No tempo escola o aluno estuda em tempo integral e geralmente fica em regime de internato. Já o tempo comunidade é destinado a estudos e pesquisas da realidade local que devem servir como base para o processo pedagógico no período de tempo escola. A educação por alternância está amparada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB 9394/96 que versa no art.23 as diferentes formas de organização da Educação Básica.  

A  educação  básica  poderá  organizar­se  em  séries  anuais,  períodos  semestrais,  ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não­seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar § 2º. O calendário escolar deverá  adequar­se  às  peculiaridades  locais,  inclusive  climáticas  e  econômicas,  a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei. (Art. 23º).            Reconhecendo as especificidades da Educação do Campo a LDB estabelece no seu Art. 28º que:

Na  oferta  de  educação  básica  para  a  população  rural,  os  sistemas  de  ensino promoverão as adaptações necessárias a sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente: I ­ conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às  reais  necessidades  e  interesses  dos  alunos  da  zona  rural;  II  ­  organização  escolar própria    incluindo  a  adequação  do  calendário  escolar  às  fases  do  ciclo  agrícola  e  às condições climáticas; III ­ adequação ao trabalho na zona rural.

   

      A simultaneidade entre trabalho e escolarização possibilita a permanência dos estudantes na escola o que torna a adequação do calendário escolar um fator determinante para o acesso e progressão dos estudantes no  sistema  educacional.  Dessa  forma  o  art.  39  expõe  que  a  educação  profissional,  integrada  às  diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para  a  vida  produtiva.  Parágrafo  único.  O  aluno  matriculado  ou  egresso  do  ensino  fundamental,  médio  e superior,  bem  como  o  trabalhador  em  geral,  jovem  ou  adulto,  contará  com  a  possibilidade  de  acesso  à educação  profissional.  Ainda  art.  40  a  LDB  expõe  que  a  educação  profissional  será  desenvolvida  em articulação  com  o  ensino  regular  ou  por  diferentes  estratégias  de  educação  continuada,  em  instituições especializadas ou no ambiente de trabalho.

A  Resolução  01/2002  do  CNE/CEB  que  instituiu  as  Diretrizes  Operacionais  para  as  Escolas  de Educação  Básica  do  Campo  no  artigo  2°  expõe  um  conjunto  de  princípios  e  de  procedimentos  que  visam  a adequar  o  projeto  institucional  das  escolas  do  campo  às  Diretrizes  Curriculares  Nacionais  para  a  Educação Infantil,  o  Ensino  Fundamental  e  Ensino  Médio,  a  Educação  de  Jovens  e  Adultos,  a  Educação  Especial,  a educação Indígena, a Educação Profissional de Nível Técnico e a formação de professores em Nível Médio na modalidade normal. 

A  referida  Resolução  no  artigo  3º  expõe  que  o  poder  público,  considerando  a  magnitude  da importância da educação escolar para o exercício da cidadania plena e para o desenvolvimento de um país, cujo  paradigma  tenha  como  referências:  a  justiça  social,  a  solidariedade  e  o  diálogo  entre  todos, independentemente de sua inserção em áreas urbanas ou rurais, deverão garantir a universalização do acesso da população do campo à Educação Básica e à Educação Profissional de Nível Técnico.

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o  objetivo  de  construir  políticas  públicas  que  garantam  o  direito  de  trabalhar  e  estudar  no  campo satisfatoriamente,  o  que  significa  construir  um  paradigma  solidário  e  sustentável  nas  relações  entre  a educação e os demais aspectos culturais e produtivos dos povos do campo. Como fica evidente no Art. 2º, § Único  ao  apresentar  uma  compreensão  da  Educação  do  Campo  que  vincula  a  identidade  da  escola  à valorização da vida camponesa:

 

A  identidade  da  escola  do  campo  é  definida  pela  sua  vinculação  às  questões inerentes  a  sua  realidade,  ancorando­se  na  temporalidade  e  saberes  próprios  dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível  na  sociedade  e  nos  movimentos  sociais  em  defesa  de  projetos  que associem as soluções exigidas por essas questões à qualidade social da vida coletiva no país.

   

O  Artigo  7  da  Resolução  CNE/CEB  nº  1  de  03/04/2002    responsabiliza  os  respectivos  sistemas  de ensino, por meio de seus órgãos normativos, regulamentares as estratégias específicas de atendimento escolar do  campo  e  a  flexibilização  da  organização  do  calendário  escolar,  salvaguardando,  nos  diversos  espaços pedagógicos e tempos de aprendizagem, os princípios da política da igualdade.

      No  caso  especifico  do  Estado  do  Pará  temos  o  Reconhecimento  da  Pedagogia  da  Alternância  no Estado do Pará por meio do PARECER: Nº 605/2008­CEE/PA em 01/01/2009 que apresenta um diagnóstico da implantação da educação por alternância em escolas da educação básica em diversos municípios paraense como o atendimento nos Centros Familiares de Formação por Alternância ­ CEFFAS.

Ainda  no  contexto  do  Estado  do  Pará  a  Resolução  de  n°  01  de  2010  do  Conselho  Estadual  de Educação – CEE que regulamenta a Educação Básica expõe no Capítulo IX as normas para a Educação do Campo nas escolas estaduais e garanti a organização pelo modelo de alternância ao expor:

Art.  96.  A  oferta  de  Educação  Básica  para  a  população  rural,  em  suas  variadas formas  de  produção  da  vida  –  agricultores  familiares,  extrativistas,  pescadores Artesanais,  ribeirinhos,  assentados  e  acampados  da  reforma  agrária,  quilombolas, caiçaras,  indígenas  e  outros  –  no  Sistema  Estadual  de  Ensino  do  Pará  deverá  ser promovida mediante à implementação das adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região do Estado, especialmente:

I.  conteúdos  curriculares  e  metodologias  apropriadas  às  reais  necessidades  e interesses dos alunos no meio rural; II. organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; III. adequação à natureza do trabalho no meio rural. § 1º Será permitida a organização de experiências pedagógicas, admitindo­se, para a Educação do Campo, a utilização de metodologias e duração diferenciadas, desde que aprovadas pelo Conselho Estadual de Educação.

§  2º  Fica  assegurada,  no  Sistema  Estadual  de  Ensino  do  Pará,  a  possibilidade  de implementação de propostas pedagógicas fundamentadas na metodologia da Pedagogia da  Alternância,  nos  termos  da  regulamentação  expedida  pelo  Conselho  Estadual  de Educação, bem como das normas nacionais em vigor.           Pela referida Resolução a identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes à sua realidade, ancorando­se na temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos sociais em defesa de projetos que associem as soluções exigidas por essas questões à qualidade  social  da  vida  coletiva  no  país.  Dessa  forma,  a  concepção  metodológica  do  Programa

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Saberes da Terra procura atender os princípios e as especificidades dos saberes dos povos do campo. Baseado  na  flexibilidade  de  organização  dos  tempos  e  espaços  de  aprendizagem  que  a legislação educacional possibilita o Programa Projovem Campo/ Saberes da Terra é composto por um total  de  2.400  horas,  das  quais  1.800  são  destinadas  ao  Tempo  Escola  –  TE  e  600  ao  Tempo Comunidade  TC.  A  carga  horária  é  distribuída  pelos  5  Eixos  Temáticos  (Agricultura  familiar: identidade,  cultura,  gênero  e  etnia;  Sistema  de  Produção  e  Processo  de  Trabalho  no  Campo; Cidadania,  organização  social  e  Políticas  Públicas,  Econômica  Solidária  e  Desenvolvimento sustentável  e  solidário  com  Enfoque  territorial)  todos    permeados  pelo  Eixo  Articulador Agricultura Familiar e Sustentabilidade na Amazônia. É importante destacar que todos os Eixos Temáticos são perpassados pelas Áreas de Conhecimentos como fica evidente no Quadro 01 abaixo:             Quadro 01 – Desenho Curricular e Organização do Tempo Eixo Articulador Eixos Temáticos   Áreas do Conhecimento Tempo Escola (TE)   Tempo Comuni­ dade (TC) CH Total         AGRICULTURA FAMILIAR E SUSTENTABILIDADE NA AMAZONIA Agricultura familiar: identidade, cultura, gênero e etnia   Linguagem, Códigos e suas tecnologias, ciências humanas, Ciências da Natureza e Matemáticas, Ciências Agrárias 400h 100h 500h Sistema de Produção e Processo de Trabalho no Campo 500h 250h 750h Cidadania, organização social e Políticas Públicas 400h 100h 500h Economica Solidária 200h 50h 250h Desenvolvimento sustentável e solidário com Enfoque territorial   300h 100h 400h   Carga Horária Total   1.800h 600h 2.400h Fonte: Projeto  ProJovem Campo –Saberes da Terra Belém/Pará/2009.   Referendado no modelo da pedagogia da alternância o Programa possui o Caderno de Percurso Formativo  (ME,  2008)  que  apresenta  os  elementos  metodológicos  de  organização  dos  espaços formativos (Tempo Escola e Tempo Comunidade) que consiste em três passos básicos:

a) o Plano de Pesquisa que deve ser construído no tempo escola e consiste em um roteiro com questões  de  pesquisa  relacionadas  aos  conhecimentos  da  realidade  e  saberes  locais  e  envolve  a organização da pesquisa e por a aplicação da pesquisa no período de tempo comunidade

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Escola  e  contempla  diversos  processos  pedagógicos  referenciados  na  pesquisa  como  princípio educativo.  Destacam­se  a  sistematização  da  pesquisa,  realização  das  Jornadas  Pedagógicas  e  a produção de sínteses.

c) Partilha de Saberes consiste no diálogo dos educandos e educadores com as famílias e com a  comunidade,  na  perspectiva  de  compartilhar  os  saberes  científicos  adquiridos  e  potencializar  a melhoria da qualidade das relações sociais e produtivas no campo. A Estrutura do Percurso Formativo do Programa Saberes da Terra encontra­se sistematizado abaixo no Quadro nº 02.    Quadro nº 02: Síntese do Percurso Formativo do Programa do Projovem Campo­ Saberes da Terra.   Componentes Formativos Atividades Tempo Formativo       Plano de Pesquisa Definição das questões de Pesquisa Tempo Escola  Organização da Pesquisa Tempo Escola   Realização da Pesquisa Tempo Comunidade     Círculo de Diálogos  Sistematização da Pesquisa Tempo Escola  Realização das Jornadas Pedagógicas Tempo Escola  Produção de Sínteses Tempo Escola Partilha de Saberes Comunicação dos resultados da pesquisa por meio de atividades variadas Tempo Comunidade Fonte: Cadernos Pedagógicos do Projovem Campo – Saberes da Terra (Percurso Formativo).  

Público Envolvido:

  O  Programa  encontra­se  na  fase  de  conclusão  da  segunda  versão  (Edição 2008) e atende jovens de 18 a 29 anos que não concluíram o ensino fundamental. Tal Programa visa ampliar  o  acesso  da  educação  a  essa  parcela  da  população  do  campo  historicamente  excluída  do processo  educacional,  respeitando  as  características,  necessidades  e  pluralidade  de  gênero,  étnico­ racial, cultural, política, econômica, territorial e produtiva dos povos do campo (MEC, 2009). Atende, prioritariamente,  jovens  trabalhadores  agricultores  dos  municípios  que  fazem  parte  do  Programa Territórios[4]  da  Cidadania.  Os  educadores  que  atuam  em  sala  de  aula  participam  de  formação continuada – Especialização em Educação com as Instituições Formadoras – Universidade Federal do Pará/  Instituto  de  Ciência  da  Educação  e  Instituto  Federal  de  Ciência  e  Tecnologia  –  IFPA.  Como mostra o quadro abaixo:

No  que  se  refere  à  segunda  versão  do  Programa,  são  atendidos  cerca  de  36  municípios paraenses  nas  diversas  Regiões  de  Integração.  Atendendo  um  total  de  2.100  alunos  e aproximadamente de 300 educadores.como fica evidente no Quadro 03 abaixo:

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Quadro 03: Municípios Atendidos pelo Programa Projovem Campo­ Saberes da Terra   REGIÃO DE INTEGRAÇÃO MUNICÍPIOS Baixo Amazonas Juruti  e Santarém Xingu ( Altamira) Altamira, Medicilândia e Porto de Móz Lago do Tucuruí Itupiranga Marajó Breves, Chaves,Ponta de Pedras, Portel,São Sebastião da Boa Vista Rio Caeté Bragança, Augusto Correa , Salinópolis, Primavera, Santa Luzia do Pará, Viseu Carajás Eldorado dos Carajás, Marabá e São Domingos do Araguaia Rio Guamá Igarapé Açu, Inhangapi, Magalhães Barata, Marapanim, Santa Izabel do Pará e Vigia Tocantins Cametá, Igarapé Miri, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba, Moju e Tailândia Rio Capim Concórdia do Pará, Mãe do Rio, Tomé Açu e Ipixuna do Pará Fonte: SEDUC/CECAF

Desenvolvimento:

  No  acompanhamento  pedagógico  realizado  pela  equipe  de  Técnicos  da Secretaria de Estado de Educação por meio da Coordenação de Educação do Campo, das Águas e das Florestas – SEDUC/CECAF podemos perceber avanços e experiências inovadoras do Programa nos Municípios  de  Breves,  São  Sebastião  e  Augusto  Correa,  que  evidenciam  como  os  elementos  e princípios políticos, pedagógicos  curriculares e metodológicos do Programa vem sendo construídos através da prática de alunos e educadores.

O Programa Projovem Campo Saberes da Terra em Breves:

      Na  apropriação  da  metodologia  tivemos  a  oportunidade  de  refletir  sobre  a  concepção metodológica que embasa o Programa a partir do diálogo juntos aos educadores e alunos, acreditamos que  através  de  suas  falas  os  educadores  demonstram  domínio  e  competência  nas  ações  que desenvolvem. Os mesmos pontuam que os Eixos Temáticos do Programa são trabalhados juntos aos alunos,  possibilitam  momentos  diferenciados  de  troca  de  experiências,  saberes  e  produção  de conhecimentos necessários as atividades diárias em que os jovens estão inseridos.

      Outro elemento que os educadores destacam são os conhecimentos articulados na perspectiva do “currículo integrado”, pois acreditam que, quando o trabalho da escola se articula com a história de vida dos sujeitos, este gera uma aprendizagem potencializadora de transformação da sociedade.

      Ainda durante a conversa, uma professora destaca a seguinte situação:

[...]  quando  eu  trabalhada  minha  disciplina  de  forma  isolada  nem  eu  mesma compreendia  o  que  eu  lecionava  e  dizia  aos  meus  alunos  e  quando  passei  a trabalhar os assuntos junto com os outros conhecimentos das outras disciplinas, ficou mais claro para mim entender os assuntos que trabalhava.

( Professora A)  

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Fonte: Pesquisa de campo – SEDUC/CECAF – 2011­Sala de Aula na Comunidade Jupatituba – Breves

      A fala dos jovens com relação ao Programa é unanime no direcionamento de oportunidades e aprendizagens  comprometidas  com  a  transformação  da  realidade  que  estão  inseridos.  Diante  disso destacam­se  alguns  depoimentos  [...]  foi  com  a  metodologia  dos  saberes  da  terra  que  hoje  posso

trabalhar na minha terra de forma correta e sem prejudicar o meio ambiente. (jovem agricultora 1).

      

Fonte: Pesquisa de campo – SEDUC/CECAF – 2011. Sala de aula na  Comunidade Jupatituba – Breves

      Os alunos ressaltam também os benefícios do Programa no que diz respeito aos conhecimentos construídos  para  a  forma  correta  de  plantar  e  criar  para  a  sua  subsistência  como  fica  evidente  [...] 

antes, quando eu não sabia plantar e nem fazer criação, sempre faltava alimentos para meus filhos e hoje não falta”.(jovem agricultora 2).                               Fonte:  SEDUC/CECAF – 2011. Alunos de Breves mostrando os conhecimentos produzidos  Os alunos relatam as inúmeras dificuldades encontradas, como a falta de material para desenvolver a parte  da  formação  social  profissional  na  agricultura  familiar.  Como  evidencia  o  relato  [...]  agente

aprende muita coisa boa para aplicar na nossa comunidade, mas às vezes agente deixa de aprender porque não tem material para a aula. (jovem agricultor 3).

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           Fonte:  SEDUC/CECAF – 2011. Ações de agricultura familiar  e Alunos no momento de troca de saberes – Breves

      Percebemos nas falas a possibilidade de real mudança a partir da metodologia do Programa que  se  direciona  ao  contexto  de  vida  dos  jovens  agricultores.  A  coordenadora  avalia  o  Programa como  uma  metodologia  que  atende  as  necessidades  dos  jovens,  proporciona  aos  professores  um trabalho  coletivo.  Segue  falando  que  apesar  dos  elementos  significativos,  não  se  pode  deixar  de mencionar  que  as  dificuldades  são  presentes  a  todo  instante:  falta  de  materiais  agrícolas  (botas, enxada, luvas), insuficiência de recurso para pagar os barqueiros e falta de estrutura adequada para os professores que para ministrar as aulas precisam se deslocar da cidade para as comunidades.   Ações do Programa Projovem Campo – Saberes da Terra em Augusto Correa:         No Município de Augusto Correa o Programa atende 4 turmas com aproximadamente 120 alunos  e  todos  os  educadores  que  atuam  no  Programa  diretamente  em  sala  de  aula  passaram  pela formação junto a instituição formadora.

      Por  ocasião  do  Monitoramento  Pedagógico  realizado  pela  Equipe  de  Técnicos  da SEDUC/CECAF  podemos  evidenciar  várias  situações  que  expressam  o  desafio  de  alunos  e educadores  na  construção  da  educação  do  campo.  A  foto  abaixo  retrata  atividades  do  Tempo Comunidade no processo de plantação e colheita de pepino pela aluna do Programa no Município de Augusto Correa. 

Fonte:  SEDUC/CECAF – 2011. Projovem Campo Saberes da Terra ­ Augusto Correa

      A respeito desta atividade os educandos expressam que [...] eu não sabia muito bem o que plantar, mas o professor ensinou pra gente que cada lugar dá pra uma coisa diferente, e hoje os meus  vizinhos  já  estão  com  inveja  das  plantas  aqui  de  casa,  das  colheitas  que  faço  (Jovem

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Agricultor 1).

      O programa trabalha dentro da proposta da Pedagogia da Alternância, intercalando tempos e espaços  de  estudos  e  práticas  entre  o  espaço  da  escola  (Tempo  Escola­  TE)  e  o  espaço  da comunidade,  da  própria  propriedade,  na  interação  com  seus  familiares  e  demais  sujeitos  da comunidade (Tempo Comunidade­ TC).

Nesse Município, a alternância acontece com atividades do TE aos finais de semana (sábado e domingo em tempo integral) e as atividades do TC na parte da manhã ou tarde durante dois ou três dias da semana, contendo as atividades práticas acompanhada com o técnico agrícola.

As atividades práticas acompanhadas junto do técnico agrícola e dos demais educadores se caracteriza  o  diferencial  do  Programa  no  Município,  tendo  sido  de  fundamental  importância  para cotidiano  dos  educandos,  pois  foram  as  aulas  práticas    que  trouxeram  para  estes  alunos  novas perspectivas  de  vida  com  a  possibilidade  de  alimentação  para  as  suas  famílias  até  mesmo  de produção.

Essas atividades estão voltadas essencialmente ao cultivo de pequena produção de legumes, verduras  e  hortaliças  na  propriedade  dos  próprios  educandos  para  o  consumo  próprio  e  de  sua família.  Conforme  demonstra  o  relato  dos  educandos  essas  atividades  permitem  não  só  o enriquecimento  e  a  melhoria  na    qualidade  das  refeições,  como  trouxe  a  eles  a  possibilidade  de produzir para a troca ou a comercialização em pequenas quantidades dessas verduras.

Como registram os entrevistados:

[...]  meu pedaço de terra é pequeno e nunca tinha pensado em plantar nada aqui, agora com  o  Saberes  da  Terra  temos  o  que  comer,  temos  alimentos  aqui  mesmo  no  quintal. Hoje aqui no meu quintal além de ter verdura pra gente comer, dá até pra vender aqui na porta e ganhar um dinheirinho pra mim e pros meus filhos (Jovem Agricultor 3).  

         

      Fonte:  SEDUC/CECAF – 2011. Projovem Campo Saberes da Terra ­ Augusto Correa.

Como  instrumento  de  aula  os  educadores  usam  “laboratórios”  para  as  atividades  práticas. Esses  laboratórios  no  geral  são  propriedades,  terreno  de  um  dos  alunos  onde  o  profissional  das ciências agrárias toma como espaço para que os educandos aprendam técnicas de plantio e manuseio do solo, para só então esses educandos começarem a colocar em prática o que aprenderam em suas próprias terras.       Os alunos destacam as dificuldades para conseguir participar do Programa devido as suas atividades cotidianas, mas esclarecem que esse é uma oportunidade que tem possibilitado mudanças em suas vidas, conforme relato abaixo:

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 Enfrentamos  muitas  dificuldades  para  estar  na  escola,  passamos  a  semana trabalhando  e  no  fim  de  semana  temos  que  trazer  nossos  filhos  para  passar  o  dia todo estudando com a gente, mas o esse programa veio dar a oportunidade que não tive  antes,  principalmente  por  isso  não  vou  desistir,  tem  mudado  nossa  vida. (Jovem Agricultor 4).

 

Percebemos que a chegada do Projovem Campo nas comunidades do município de Augusto Correa veio trazer aos sujeitos do campo além da perspectiva de continuidade de sua escolarização a viabilidade  de  dar  vida  nova  a  terra,  terra  essa  que  muitas  vezes,  por  falta  de  conhecimento  e/ou incentivo não era cultiva, levando esses  sujeitos a irem buscar formas de subsistências a sua família em outras atividades e em outros lugares.

Ações do Programa Projovem Campo – Saberes de São Sebastião da Boa Vista.  

No Município de São Sebastião da Boa Vista o Programa atende 2 turmas com cerca de 60 alunos  e  o  Tempo  Escola  acontecem  no  espaço  de  Centro  Comunitário  cedido  pelo  comunidade  para o que o Programa possa acontecer na realidade dos alunos que vivem nessa comunidade.

Fonte: SEDUC/CECAF – 2011. Frente do Centro Comunitário.

As condições físicas do espaço onde acontecem as aulas não favorecem o desenvolvimento das  atividades,  pois  muitas  vezes  esse  espaço  é  divido  com  outras  atividades  realizadas  pela comunidade, apesar disso os alunos relatam que: Mesmo  não  tendo  bolsa  para  estudar  e  venho  assim mesmo por que tenho aprendido muitas coisas importes que tem me ajudado também nas atividades do meu

dia  a  dia. Aqui  faz  muito  calor,  mas  não  podemos  desistir  dos  estudos  por  conta  disso  (Jovem

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       Fonte: SEDUC/CECAF – 2011­ Sala de Aula

A organização do calendário das atividades do TE e TC tem sido um dos elementos que tem viabilizado  a  participação  e  permanência  dos  educandos  nas  turmas  do  programa,  uma  vez  que respeitas  a  especificidades  e  as  necessidades  do  cotidiano  desses  alunos,  como  eles  próprios esclarecem:

Ninguém nunca tinha pensado em uma escola que permite a gente trabalhar durante  a  semana  e  estudar  no  fim  de  semana,  por  isso  mesmo  cansado  eu não  vou  deixar  de  vir.  Essa  é  uma  oportunidade  que  não  podemos  perder, nunca  pensei  que  iria  poder  dar  continuidade  aos  meus  estudos  e  ainda aprender mais sobre o meu trabalho (Jovem Agricultor 2).

 

Além das aulas através de alternâncias, as aulas acontecem de acordo com o proposto pelo currículo  integrado.  A  proposta  de  currículo  integrado  tem  sido  o  elemento  de  interação  entre  os professores dizem que: Realizamos nossos planejamentos em conjunto, selecionamos textos e outros materiais que possam ser trabalhados nas diversas áreas do conhecimento, na hora da aula sempre tem mais de um professor em sala.” (Educadora 1)  Diante disso os alunos dizem que: Nunca nem um professor trabalhou assim com a gente, sempre relacionando os conteúdos com alguma coisa que a gente já conhece, outro dia o técnico agrícola  tava  pegando  o  assunto  do  professor  de  matemática  pra  gente entender o que estávamos fazendo lá na terra. Eles perguntam sobre o que a gente  faz,  só  agora  alguns  assuntos  da  escola  fazem  sentido.  Outro  dia percebi  que  os  professores  não  trabalham  como  na  outra  escola.”  (Jovem Agricultor 3).

 

Um  dos  elementos  estruturantes  e  diferenciadores  das  atividades  do  programa  Projovem Campo é o dialogo com os Arcos Ocupacionais.  Cada município através da pesquisa de campo faz o levantamento das principais atividades econômicas (agrícola, agropecuária, etc) praticadas naquele município,  afunilando  para  o  levantamento  das  atividades  especificas  de  cada  comunidade  onde funciona as turmas do programa.

O  levantamento  dos  arcos  ocupacionais  é  o  elemento  que  possibilita  a  construção  dos Projetos  Agroecológicos  que  são  desenvolvidos  durante  o  percurso  formativo  do  programa.  Esses projetos construídos de acordo com a realidade de cada comunidade, mesmo que pertencentes a um mesmo município. Serve como instrumento norteador principalmente das atividades do TC.

Pautados nos arcos­ ocupacionais da região as atividades práticas vem sendo direcionadas de a melhoria e o potencial dessas práticas, conforme relato abaixo:

 

Trabalhamos  em  2  comunidades  que  possuem  arcos  ocupacionais  diferentes, assim  em  uma  venho  focando  o  trabalho  para  as  atividades  horta  e  sistema  de produção  bovina,  já  a  outra  turma  tem  necessidades  diferentes,  por  isso  temos trabalho sobretudo com o sistema de pesca e criação de aves ( Educadora 2).  

O relato abaixo de um dos educandos reforça a fala da professora sobre o trabalho com os arcos ocupacionais. 

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aqui, assim percebemos que dá pra fazer criação mesmo numa área pequena.  Eu pensei que não poda aprender mais sobre a atividade da pesca, mas aqui no saberes  da  terra  tenho  visto  que  ainda  temos  muito  a  aprender  e  isso  tem  me ajudado muito e me incentivado. (Jovem Agricultor 4).

 

Fonte: SEDUC/CECAF – 2011­ Cartaz com o levantamento da cultura local

Diante  do  exposto  podemos  perceber  que  o  respeito  a  realidade  dos  educandos,  com organização de um calendário que consiga atender suas demandas de trabalho com a necessidade de estudar,  assim  como    a  proposta  de  trabalho  através  do    currículo  integrado  sobretudo  aos  arcos ocupacionais  da  comunidade  tem  sido  elementos  fundamentais  para  a  que  os  alunos  permaneçam motivados a continuar e permanecer   na escola.

Impactos:

      O Programa vem contribuindo para o fortalecimento de políticas públicas de Educação do Campo  e  de  Juventude  que  oportunizem  a  jovens  agricultores  (as)  familiares  excluídos  do  sistema formal  de  ensino  a  escolarização  em  Ensino  Fundamental  na  modalidade  de  Educação  de  Jovens  e Adultos,  integrado  à  qualificação  social  e  profissional.  Promover  a  certificação  dos  educandos  nos municípios  partícipes  do  Programa.  Além  de  realizar  a  formação  de  educadores  por  meio  da metodologia  da  alternância.    Contribuir  para  o  fortalecimento  de  políticas  públicas  da  educação  do campo no Estado do Pará.

         

Devemos ressaltar como ponto positivo do Programa a rede de parcerias que os municípios vêm construindo  com  instituições  como:  EMBRAPA,  EMATER,  Secretaria  de  Agricultura,  SENAR, Secretaria  de  Meio  Ambiente,  para  o  desenvolvimento  das  atividades.  Essas  instituições  têm contribuído com as atividades através de palestras, oficinas, doação de sementes.

      No que tange ao andamento o Programa estar em fase de conclusão da Edição 2008, e, apesar das grandes dificuldades de acompanhamento, por parte da equipe de Coordenação do Estado, da falta de  maiores  investimentos  financeiros,  humanos  e  matérias,  é  possível  avaliarmos  que  o  Projovem Campo  Saberes  da  Terra  no  Pará,  procedeu  à  formação  com  sucesso,  devido,  principalmente,  ao compromisso de educadores, coordenadores de turmas que mais uma vez mostraram seu compromisso com a educação do campo.  

Outra importante contribuição do Programa é na formação dos educadores que participação do Curso  de  Especialização  para  os  que  têm  nível  superior  e  de  aperfeiçoamento  para  os  possuem

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magistério normal.  A formação é ofertada pela Instituição formadora que no caso da Edição 2008 é o IFPA em 5 pólos de formação, quais seja: Altamira, Abaetetuba, Belém, Castanhal e Marabá.

 

 

 

 

Referências

BELÉM.  Projeto  Projovem  Campo  Saberes  da  Terra  Belém/Pará  ­  Programa  Nacional  de Educação  de  Jovens  Integrada  com  Qualificação  Social  e  Profissional  para  Agricultores  (as) Familiares. Belém, 2009.

 

BRASIL. Ministério da Educação. Projeto Base – Projovem Campo­ Saberes da Terra. Brasília, 2009.

 

­­­­­­­­­­­­­­. Ministério  da  Educação.  Secretaria  de  Educação  Continuada,  Alfabetização.  Cadernos Pedagógicos do Projovem Campo – Saberes da Terra ( Percurso Formativo), Brasília, 2008. ______  .  Ministério  da  Educação.  Diretrizes  operacionais  para  a  educação  básica  nas  escolas  do campo. Resolução CNE/CEB N. 1, de 3 de Abril de 2002. MEC, Brasília, 2003.

 

­­­­­­­­­­­­­­­, Lei n° 9.394/1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

CALDART,  Roseli  Salete.  Por  Uma  Educação  Básica  do  Campo  –  A  Escola  do  Campo  em  Movimento. Vol. 03­2007.

_________, Roseli. Por uma Educação do Campo: traços de uma identidade em construção. In: ARROYO, Miguel, CALDART, Roseli e MOLINA, Mônica C. (organizadores) Por Uma Educação do Campo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

 

PARÁ.  Conselho  Estadual  de  Educação  –  CEE.  RESOLUÇÃO  N°  001  ­  Dispõe  sobre  a regulamentação e a consolidação das normas estaduais e nacionais aplicáveis à Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino do Pará. 2010

 

PARÁ. Conselho Estadual de Educação – CEE. PARECER: Nº 604/2008 que regulamenta os Dias letivos

para  a  aplicação  da  Pedagogia  de  Alternância  nos  Centros  Familiares  de  Formação  por Alternância (CEFFAS) no Estado do Pará.       [1] Programa Saberes da Terra foi iniciado em dezembro de 2005 em 12 Unidades da Federação (BA, PB, PE, MA, PI, RO, TO, PA, MG, MS, PR e SC) em colaboração com secretarias estaduais de educação, representações estaduais da União Nacional dos Dirigentes Municipais em Educação – UNDIME, Associação de Municípios Cantuquiriguaçu, entidades e movimentos sociais do campo integrantes dos comitês e fóruns estaduais de Educação do Campo.

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[2]

  Estão  sendo  considerados  povos  do  campo:  agricultores/as  familiares,  assalariados,  assentados  ou  em  processo  de assentamento, ribeirinhos, caiçaras, extrativistas, pescadores, indígenas, remanescentes de quilombos, entre outros povos que lutam pela afirmação dos seus direitos do campo no diversos biomas do território nacional

[3]

O  Programa  Territórios  da  Cidadania  foi  criado  em  2008  e  tem  como  objetivos  promover  o  desenvolvimento econômico  e  universalizar  programas  básicos  de  cidadania  por  meio  de  uma  estratégia  de  desenvolvimento  territorial sustentável. http://www.territoriosdacidadania.gov.br 

 

[4]  O  Programa  Territórios  da  Cidadania  foi  criado  em  2008  e  tem  como  objetivos  promover  o  desenvolvimento  econômico  e universalizar  programas  básicos  de  cidadania  por  meio  de  uma  estratégia  de  desenvolvimento  territorial  sustentável.

http://www.territoriosdacidadania.gov.br 

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