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PROVA ESCRITA DE DIREITO E PROCESSO ADMINISTRATIVO Via Académica

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1 PROVA ESCRITA DE DIREITO E PROCESSO ADMINISTRATIVO

Via Académica

AVISO DE ABERTURA: AVISO N.º 1756-A/2016, PUBLICADO EM D.R. II SÉRIE, N.º 30, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2016

1.º Chamada Grelha de Correção

A atribuição da cotação máxima à resposta a cada questão pressupõe um tratamento completo das várias questões suscitadas, que deverá ser coerente e corretamente fundamentado, com indicação dos preceitos legais aplicáveis. A indicação de jurisprudência é valorizada.

Na cotação atribuída serão tidos em consideração a pertinência do conteúdo, a qualidade da informação transmitida em relação à questão colocada, a organização da exposição, a capacidade de argumentação e de síntese e o domínio da língua portuguesa. Os erros ortográficos serão valorados negativamente: 0,25 por cada um, até um máximo de 3 valores, para o total da prova.

As indicações constantes da grelha refletem as que se afiguram ser as soluções mais corretas para as situações em abordagem.

Porém, não deixaram de ser valorizadas outras opções, desde que plausíveis e alicerçadas em fundamentos consistentes.

COTAÇÃO TOTAL DA PROVA DE DIREITO E PROCESSO ADMINISTRATIVO – 10 VALORES

CASO I

1.ª Qualifique quanto à respetiva natureza e analise juridicamente à luz do Código de Procedimento Administrativo e da legislação urbanística aplicável, as atuações ocorridas em 5 de janeiro de 2016:

(a) inspeção dos trabalhos de obra, levada a cabo pelos fiscais da Câmara Municipal; (total da pergunta: 0,60 valores)

(b) bloqueio das escadas de acesso à cobertura; (total da pergunta: 0,40 valores)

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2 (c) despacho da Vereadora da Câmara, dessa data. (total da pergunta: 1 valor)

Alínea a)

Caracterização da atuação de inspeção dos fiscais da Câmara como um ato de controlo da conformidade urbanística e de cumprimento de um dever genérico de vigilância, permitido pelos artigos 93.º, n.º 1, 94.º, ns.º 1 e 3 e 95.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro.

Referência à atuação como em execução de uma ordem da Vereadora, tomada ao abrigo de poderes delegados, conforme artigos 94.º, ns.º 1 e 3 e 95.º do Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de dezembro.

Referência à dispensa de prévia notificação (prevista no artigo 110.º, n.º 1, do Código de Procedimento Administrativo - CPA), face ao determinado no artigo 95.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro.

Referência ao consentimento de António para a inspeção, assim se afastando o disposto no artigo 95.º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro (a obrigação de prévio mandado judicial).

Alínea b)

Caracterização do bloqueio das escadas de acesso à cobertura como uma simples operação material, uma actuação física para conservar a situação de facto existente, sem conteúdo jurídico. Indicação de que tal atuação não produz efeitos jurídicos imediatos (mas tão-somente efeitos fáticos). Distinção do ato administrativo, por esta última forma de atuação implicar a produção de efeitos jurídicos, num caso concreto

Alínea c)

Caracterização do despacho de 5 de janeiro de 2016, da Vereadora, como um ato administrativo de embargo de obra (cf. artigo 148.º do CPA), tomado ao abrigo de poderes delegados e delegáveis do Presidente da Câmara (cf. artigos 94.º, ns.º 1, 102.º-B, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, 35.º, n.º 2, al. k) e ki) da Lei n.º 75/2013, de 12-09 e poderes gerais do artigo 44.º do CPA).

(3)

3 Eventual indicação de jurisprudência que refira essa possibilidade de delegação de competências - v.g. Acs. do STA n.º 845/12, de 22 de abril de 2015 e n.º 1065/08, de 12 de de março de 2009.

Indicação da previsão do embargo de obra e dos seus termos nos artigos 102.º-B, ns.º 1, al. a), 2 a 4, 6 e 8 e 103.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro.

Indicação deste tipo de ato como um meio de tutela da legalidade urbanística que tem por fito evitar que se prossiga com a construção ilegal e se torne mais oneroso e difícil o restabelecimento da legalidade violada – cf. artigo 102.º, n.º 2, al. a), do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro. Indicação daquela ordem como criando uma obrigação no destinatário de non facere, exigindo-lhe que não prossiga com os trabalhos de obra (ilegais). Referência à existência de obras ainda por executar para se ter a construção por terminada (falta de remate da cobertura e pinturas) e consequente justificação da ordem de suspensão dos trabalhos.

Indicação da ordem de embargo como uma medida urgente, preventiva ou cautelar e conservatória, sem carácter sancionatório.

Indicação daquela ordem como uma medida provisória especialmente prevista nos artigos 102.º, n.º 2, al. a), 102.º-B, n.º 1, al. a), 2 a 4, 6 e 8 e 103.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro. Afastamento dos pressupostos e procedimentos previstos no CPA – dispensa de um procedimento prévio que tenha que ser comunicado ao interessado e procedimento especial face às medidas provisórias no artigo 89.º do CPA.

Dispensa de audiência prévia justificada face à urgência da situação e considerando o determinado no artigo 124.º, n.º 1, al. a), do CPA.

Referência à fundamentação do despacho por remissão para a proposta dos fiscais (cf. artigo 153.º, n.º 1, do CPA). Referência à indicação naquele despacho (face à remissão para a proposta dos fiscais), de que a dispensa da audiência prévia se justificava por haver uma situação de urgência objetivamente constatável, adveniente da possibilidade de as obras ilegais prosseguirem e ficarem concluídas ou de se agravar a situação de ilegalidade. Indicação de que a situação de urgência é, portanto, invocada pela Administração. Indicação de que a indicada urgência é também algo objetivamente constatável, porquanto a obra não estava terminada e a sua continuação iria agravar a situação de ilegalidade.

Eventual indicação de jurisprudência que refira a obrigação de existir uma situação objetiva de urgência, que afasta a obrigação de audiência prévia à ordem de embargo – v.g. Ac. do STA n.º 498/2003, de 4 de julho de 2006.

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4 Referência à eficácia da ordem de embargo por via da notificação que é feita com a entrega do Auto a António, conforme artigo 102.º-B, n.ºs 2 a 4 e 6 do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro.

2) Aprecie a legalidade do despacho da chefia de Departamento, de 1 de fevereiro de 2016, indicando as suas eventuais invalidades e correspondente desvalor jurídico. (total da pergunta: 2,50 valores)

Referência à fundamentação do despacho por remissão para a informação da chefia de Divisão, de 22 de janeiro de 2016, que por sua vez remete para a proposta anterior dos fiscais e para o teor do auto de embargo – cf. artigo 153.º, n.º 1, do CPA.

Referência à eventual insuficiência ou incoerência da fundamentação por nada se referir em relação ao parecer do engenheiro técnico da Câmara, de 21 de janeiro de 2016, que indicava que as obras levadas a cabo por António eram passíveis de legalização, conforme artigo 153.º, n.º 2, do CPA. Referência à existência de um vício de forma, de falta de fundamentação, que conduz à anulabilidade do ato (cf. artigos 161.º, n.º 1 e 163.º, n.º 1, do CPA)

Referência à ilegalidade do despacho por a anterior ordem da Vereadora, de confirmação do embargo, não pressupor qualquer ordem de demolição. A demolição exigiria um ato administrativo diferente do ato de embargo e um procedimento autónomo, tal como decorre do preceituado no art. 106.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro.

Indicação da incompetência da chefia de Departamento por a ordem de demolição não resultar da anterior ordem de embargo, a competência para a demolição pertencer ao presidente da Câmara, conforme artigo 106.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro e estar delegada na Vereadora, como se diz no caso exposto (cf. ainda artigos 35.º, n.º 2, al. k) e ki) da Lei n.º 75/2013, de 12-09). Referência à existência de um vício de incompetência, que conduz à anulabilidade do ato (cf. artigos 161.º, n.º 1 e 163.º, n.º 1, do CPA).

Ilegalidade do despacho por existir a obrigação de audiência prévia nos termos do artigo 106.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro e a pronúncia oral

(5)

5 de António não poder substituir aquela audiência, porque não cumpre o indicado naquele artigo e é referida a um ato diferente.

Incumprimento também dos artigos 124.º, n.º 1 e 122.º, do CPA, aplicáveis supletivamente, por António não ter sido notificado de um projecto de decisão e para se pronunciar sobre o mesmo. Referência à existência de um vício formal, de falta de audiência prévia, que conduz à anulabilidade do ato (cf. artigos 161.º, n.º 1 e 163.º, n.º 1, do CPA).

Referência à preterição da obrigação de ponderação da possibilidade de a obra ser legalizada, conforme artigos 102.º, ns.º 1, al. a), 2, al. d), 102.º-A, n.º 1 e 106.º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, por existir no processo um parecer que indica que as obras levadas a cabo por António eram passíveis de legalização e essa circunstância não ter sido atendida no despacho da chefia de Departamento de 1 de fevereiro de 2016 (cf. também artigo 115.º, n.º 1, do CPA). Referência à demolição encarada como um último remédio, como só devendo ocorrer caso se venha a determinar através do procedimento que aquela obra não era legalizável, sob pena de violação do princípio da proporcionalidade (artigo 7.º do CPA).

Menção da existência de um vício de violação de lei por existirem défices de ponderação e de instrução e por se ter violado o artigo 106.º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro e o princípio da proporcionalidade (cf. artigos 161.º, n.º 1 e 163.º, n.º 1, do CPA).

Eventual referência a jurisprudência, v.g., Acs. do STA n.º 601/10, de 7 de Abril de 2011 ou n.º 90/10, de 24 de março de 2011.

3) Identifique os meios de impugnação administrativa que António poderá acionar e a sua natureza, bem como os prazos para acionar tais meios e respetivo modo de contagem. (total da pergunta: 1 valor)

Indicação da possibilidade de impugnação através da apresentação de uma reclamação para o próprio autor do ato, o Chefe de Departamento, de natureza facultativa, a apresentar no prazo de 15 dias após a data da notificação do ato, o que ocorreu em 10 de fevereiro de 2016, nos termos dos artigos 184.º, n.º 1, al. a), 2 e 3, 185.º, 188º, n.º 1 e 191.º ns.º 1 e 3, do CPA. Ou seja, a reclamação seria a apresentar até 2 de março de 2016.

(6)

6 Referência à contagem do prazo nos termos do artigo 87.º do CPA. A contagem faz-se em dias úteis, suspendendo-se nos sábados, domingos e feriados. O prazo começa a correr independentemente de quaisquer formalidades e não se inclui na contagem o dia em que ocorreu o evento a partir do qual o prazo começa a correr.

Indicação de que a apresentação de uma reclamação faz suspender o prazo para a propositura de uma ação contenciosa, nos termos dos artigos 190.º, n.º 2, do CPA e 59.º, n.º4, do CPTA

Indicação da possibilidade de impugnação através da apresentação de um recurso hierárquico para a Vereadora ou para o Presidente da Câmara Municipal, de natureza facultativa, a apresentar no prazo da impugnação contenciosa do ato, o que nos remete para os prazos previstos no artigo 58.º, n.º 1, do Código de Processo nos Tribunais Administrativos (CPTA) – cf. artigos 184.º, n.º 1, al. a), 2 e 3, 185.º, 188º, n.º 1, 193.º, n.º 1, al. a), 2, 194.º, n.º 1 do CPA. Atendendo às ilegalidades indicadas no n.º 2 desta prova, a impugnação do despacho do Chefe de Departamento, de 1 de fevereiro de 2016, far-se-ia com base em vícios conducentes à anulabilidade. Assim, a remissão do artigo 193.º, n.º 2, in fine do CPA, deve considerar-se como feita para o prazo previsto no artigo 58.º, n.º 1, alínea b), do CPTA, ou seja, para o prazo de 3 meses. Este prazo é contado nos termos do 279.º do Código Civil, por força do artigo 58.º, n.º 2, do CPTA. O prazo do artigo 58.º, n.º 2, do CPTA é um prazo é de natureza substantiva, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados ou nas férias judiciais. Assim sendo, tendo o despacho do Chefe de Departamento, de 1 de fevereiro de 2016 sido notificado em 10 de fevereiro de 2016, o prazo para a apresentação do recurso hierárquico termina em 11 de maio de 2016. Indicação de que a apresentação do recurso hierárquico faz suspender o prazo para a propositura de uma ação contenciosa, nos termos dos artigos 190.º, n.º 2, do CPA e 59.º, n.º4, do CPTA

CASO – II

1ª Qual é o meio de reação principal que deve ser acionado por António e em que prazo? (total da pergunta: 1 valor)

Identificação da ação administrativa como o meio de reacção adequado para a impugnação a título principal do despacho do Chefe de Departamento de 1 de fevereiro de 2016. Referência à possibilidade do uso de uma ação impugnatória, nos termos da al.

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7 a) do n.º 1, do artigo 37.º, do CPTA, ou referência à possibilidade do uso de uma ação condenatória, para se obstar à demolição imediata, nos termos da al. i) do mesmo artigo.

Referência à indicação da acção administrativa especial no artigo 115.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, como devendo ser agora lida por reporte à acção administrativa, por o CPTA ter unificado as formas de ação principais.

Considerando a identificação das ilegalidades indicadas no n.º 2, a impugnação do despacho do Chefe de Departamento, de 1 de fevereiro de 2016, far-se-ia com base em vícios conducentes à anulabilidade. Assim a impugnação deveria ser apresentada no prazo de 3 meses a contar da data de 10 de fevereiro de 2016, na qual ocorreu a correspondente notificação do ato – cf. artigos 58.º, n.º 1, al. b) e 59.º, n.º 2, do CPTA.

Indicação de que a contagem deste prazo se faz pelo artigo 279.º do Código Civil, conforme determina o artigo 58.º, n.º 2, do CPTA. O prazo é de natureza substantiva, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados ou nas férias judiciais

De acordo com estas regras, indicação do termo do prazo para a impugnação contenciosa em 11 de maio de 2016, pressupondo-se que não foram acionados meios

Possibilidade de o candidato entender, face à expressão «Na sequência da situação descrita no Caso I», do introito da pergunta, que o meio de reação contenciosa se quer acionado após a utilização de um meio de impugnação administrativa facultativo.

Neste caso, na resposta, deverá fazer referência aos artigos 190.º, n.º 3, do CPA e 59.º, n.º 4, do CPTA, e indicar que a utilização de meios de impugnação administrativa facultativa contra atos administrativos suspende o prazo da propositura da ação no tribunal administrativo, que só retoma o seu curso com a notificação da decisão proferida sobre a impugnação administrativa, ou com o decurso do prazo legal. Deve também indicar que nos termos dos artigos 190.º, n.º 2, do CPC e 59.º, n.º 5 do CPTA, aquela suspensão não impede a impugnação contenciosa do ato na pendência da impugnação administrativa.

Deve referir, ainda, que considerando a identificação das ilegalidades indicadas no n.º 2, a impugnação do despacho do Chefe de Departamento, de 1 de fevereiro de 2016, far-se-ia com base em vícios conducentes à anulabilidade. Assim, o prazo para a propositura da ação será de 3 meses, a contar da data de 10 de fevereiro de 2016, mas tal

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8 prazo suspende-se com a apresentação da impugnação administrativa e só volta a contar-se com a notificação da decisão proferida sobre a impugnação administrativa ou com o decurso do prazo legal – cf. artigos 58.º, n.º 1, al. b) e 59.º, ns.º 2, 4 e 5 do CPTA.

Indicação de que a contagem deste prazo de 3 meses se faz pelo artigo 279.º do Código Civil, conforme determina o artigo 58.º, n.º 2, do CPTA. O prazo é de natureza substantiva, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados ou nas férias judiciais

2) Identifique os pressupostos processuais relativos ao Tribunal e às partes, a considerar para a regularidade da constituição da instância. (total da pergunta: 3,50 valores)

Referência à competência dos tribunais administrativos, a determinar-se nos termos dos artigos 1.º, 4.º, n.º 1, al. b), do Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais (ETAF), por estar em causa um litígio jurídico-administrativo, uma ordem de demolição enquanto ato administrativo praticado por um órgão municipal ao abrigo de disposições de direito administrativo.

Identificação da competência hierárquica como pertencendo ao tribunal administrativo e fiscal (TAF), conforme o artigo 44.º, n.º 1, do ETAF (cf. ainda artigos 24.º e 37.º do ETAF).

Considerando-se que em causa está um processo impugnatório contra a ordem do Chefe de Departamento para a demolição imediata da obra, identificação da competência territorial como pertencendo ao TAF da área da sede da entidade demandada, conforme artigo 20.º, n.º 1, do CPTA.

Referência à legitimidade do António para intentar a acção como Autor, por aplicação do artigo 9.º do CPTA, por alegar que a ordem de demolição lesa os seus interesses e que é parte na relação material controvertida.

Referência à legitimidade do Município para figurar na ação como Réu por aplicação do determinado no artigo 10.º, n.º 1 e 2, 1ª parte, do CPTA.

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9 Referência à exigência da demanda de Maria enquanto contrainteressada, porque sendo a queixosa terá um interesse legítimo na manutenção do ato impugnado – cf. artigo 57.º do CPTA.

Referência à personalidade e capacidade judiciária, previstas no artigo 8.º do CPTA.

Quanto a António, a personalidade e a capacidade judiciária aferem-se pela correspondente personalidade jurídica e pela sua capacidade para o exercício de direitos, conforme o determinado nos artigos 66.º, 67.º do CC e 8.º-A, n.º 2, do CPTA (cf. também artigos 11.º e 15.º do Código de Processo Civil - CPC). Tendo António capacidade de gozo ou jurídica, será capaz de ser parte na relação jurídico-processual, adquirindo por via do processo, direitos e obrigações.

No que diz respeito à personalidade e capacidade judiciária da pessoa colectiva Município, afere-se pela correspondente legitimidade passiva, conforme determina o artigo 8.º-A, n.º 3 (conjugado com o artigo 10.º, n.º 2, do CPTA), sendo competente para representar o Município em juízo, o seu presidente (cf. artigo 35.º, n.º 1, al. a), da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro).

Identificação do patrocínio judiciário e da representação em juízo, a fazer-se nos termos do artigo 11.º do CPTA.

Quanto ao António será representado pelo seu Advogado, sendo nos termos do artigo 11.º, n.º 1, do CPTA, obrigatória a constituição de mandatário «nos termos do Código de Processo Civil».

Quanto ao Município pode fazer-se representar por advogado, solicitador ou licenciado em Direito, conforme artigo 11.º ns.º 1 e 2 do CPTA.

Referências

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