Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola. Docentes: Armando Manuel e Manuel Filipe dos Santos 28 de Outubro de 2017 LEO2M

BATERIA 1

Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola

www.unimetroangola.com

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E GESTÃO -DCEG

LICENCIATURA EM ECONOMIA

MACROECONOMIA II

Segunda Prova de Avaliação Parcelar

28 de Outubro de 2017 LEO2M

LEIA CAUTELOSAMENTE AS QUESTÕES COLOCADAS, CADA ALINEA POSSUI UM PESO DE 2.5 VALORES

1. Sobre as Crises a) Quais são os principais fatores explicativos das crises? • Destacamos essencialmente três fatores explicativos: Os Desequilíbrios de Mercado, os Problemas de Natureza Monetária, e o Ciclo Económico de Negócios b) Enuncie a principais teorias fundamentais das crises. • A abordagem Keynesiana sobre as crises é fundada na ideia de que as crises resultam de flutuações da eficácia marginal do capital provocado por mudanças nas expectativas; • A abordagem de Minsky assenta no pressuposto de que sistemas financeiros frágeis tendem a criar elevada propensão para o surgimento de crises, dando grande realce ao papel da regulamentação dos mercados, contrariamente a visão ortodoxa do Laissez-faire. • A teoria Marxista, assenta na ideia de que as crises são fenômenos complexos que resultam da conjugação entre o impulso à acumulação de capital, a tendência decrescente da taxa de lucro, a expansão do crédito e a especulação financeira. c) Explique os sinais do prenuncio de crise cambiais, e as consequências quando se está em situações de: I. excessiva apreciação da moeda; • A excessiva apreciação, leva a que o país eleve a propensão para importar, gastando as suas reservas, passando a ser bastante vulneral em presença de choques persistentes na balança de pagamentos, especialmente quando suas exportações não suficientemente diversificadas II. continuada depreciação da moeda. • A continuada depreciação da moeda é benéfica para um pais com suficientes base de produção e exportação, porem quando o país depende de importações, a continuada depreciação sem criar bases da produção local, eleva o ambiente de crise ao tornar mais

caros os produtos de importação (neste caso os únicos para o consumo quando não se produz localmente) elevam-se os preços domésticos por força da taxa de cambio, gera-se inflação e em alguns casos em que a pequena base produtiva depende de matérias primas de importação, corre-se também a base produtiva do pais por limitação de acesso a divisas para importação da matéria prima. 2. Sobre o Crescimento Económico a) Enuncie as hipóteses básicas do Modelo de Harrod –Domar • Poupança da lugar ao Investimento 𝑆 = 𝐼; • Investimento da lugar a aumentos do estoque de capital 𝐼 = ∆𝐾; • Existe um rácio constante de capital-produto 𝑟 = 𝐾 𝑌 de tal modo que: 𝑟 = ∆𝐾 ∆𝑌; • Função de retornos constantes a escala 𝑌 = 𝐹 𝐾, 𝐿 =min +_,,-_. b) Apresente o ciclo vicioso da poupança e explique o. • Se o nível de poupança for elevado em determinada economia, tenderá a gerar maiores fluxos de investimentos e aumentos nos estoques de capital. Mais capital vai estimular o crescimento económico aumentando a produção e a oferta de bens e serviços, gerando maior rendimento e consequentemente maior poupança c) Prove que a proporção da variação do capital é função da poupança e em consequência, é o estimulo para o crescimento económico | ₀/=∆0 0. Provamos mediante recurso a síntese do modelo de Harrod Domar (1) 𝑆 = 𝑠𝑌 A poupança é dada como fração do rendimento ou tao somente uma função da propensão marginal a poupar (2) I = ∆𝐾 A variação no Capital é função do investimento (3) I = 𝑆 no equilíbrio keynesiano a poupança é igual ao investimento (4) c =+₀ → 𝑐 = ∆+_∆0 → ∆+_∆0= 𝑐∆𝑌 Existe um rácio constante do capital –produto de tal modo que a variações no capital dão lugar a variações no produto (5) 𝑠𝑌 = 𝑐∆𝑌 Deste modo, alterações na poupança induzem alterações no produto decorrente de aumentos no capital (6) /₀=∆0 0 Finalmente, proporção da variação do capital é função da poupança e em consequência, é o estimulo para o crescimento económico 3. Sobre o Estado de Arte da Macroeconomia a) Que relevância atribui ao papel da politica fiscal, segundo os NeoKeynesianos?

• O Estudante deve abordar a relevância do papel impulsionador do crescimento da politicas fiscais expansivas e o papel estabilizador das politicas fiscais b) Que relevância atribui ao papel da politica monetária especialmente nos países menos desenvolvidos? • O estudante deve destacar os aspetos associados a: o utilização otimizada dos recursos financeiros/monetários para estimular o crescimento económico, como se de sangue se trata-se para manter o organismo funcional. o Importância da literacia financeira para que a politica monetária surta efeitos sobre a economia.

Bom Proveito

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1. Sobre as Crises a) Em que consistem as Crises Cambiais? • As crises cambiais consistem na incapacidade de assegurar os equilíbrios da Balança de pagamentos b) Explique em que circunstancias o excesso de divida externa se associa a prospetos de crises cambiais? • Quando o nível de crescimento da economia é baixo a tal ponto que não gera grandes exportações, a economia passa a não dispor de suficientes divisas. Se a divida externa for excessiva, ou estiver fortemente concentrada no curto prazo, a incapacidade de pagar a divida (fazer o serviço da divida externa) tende a deteriorar a balança de pagamento e despoletar crises cambais. c) Quais são as principais opções a ser adotadas por um país, para sair da crise cambial? • Adotar medidas corretivas de politica económica com objectivo de reduzem a pressão sobre a balança de pagamentos, elevar o nível de auto-suficiência interna e alargar as exportações de modo a reequilibrar a balança de pagamento; • Recorrer a empréstimos financeiros comerciais para apoio a balança de pagamento, todavia deve-se considerar o facto de grande parte dos empréstimos comerciais possuírem taxas de juro elevadas, que apesar de amenizar a situação no curto prazo, pode agravar mais a situação do país no médio prazo, com o aumento dos custos da divida. • Recorrer ao apoio financeiro do Fundo Monetário Internacional e outras instituições Multilaterais. 2. Sobre o Crescimento Económico a) Apresente o ciclo vicioso da poupança do modelo Harrod Domar

• Se o nível de poupança for elevado em determinada economia, tenderá a gerar maiores fluxos de investimentos e aumentos nos estoques de capital. Mais capital vai estimular o crescimento económico aumentando a produção e a oferta de bens e serviços, gerando maior rendimento e consequentemente maior poupança b) Apresente os criticismos endereçados ao modelo de Harrod –Domar • A garantia de pleno emprego é dada tão somente pelo crescimento económico. • Capital e trabalho são utilizados em proporções iguais e possuem preços fixos. • O modelo não explora as implicação da inflação, apenas da produção e das recessões. • O Modelo estabelece um paralelismo entre o crescimento económico e o desenvolvimento económico, quando na realidade sugere-se que o crescimento económico é apenas uma subcomponente do desenvolvimento económico de uma nação. • O modelo demonstra que é fácil implementar medidas legislativas que permitem os cidadão aumentar o nível de poupança, quando na realidade é difícil influenciar as decisões de poupança dos cidadãos pela via administrativa. c) No modelo de Solow Swan I. O que determina o crescimento económico? • No curto prazo o capital determina o crescimento económico, porem devido aos retornos decrescentes a escala do capital, no longo prazo, o crescimento económico é determinado pelo progresso tecnológico II. Represente graficamente e explique • Aonde:

g=progresso tecnológico, n=população e d=depreciação

• O Estudante deve ressalta a importância da supervisão bancaria. b) Em que circunstancias as soluções para um cenário de saída da crise cambial advém da adoção de uma politica fiscal? • O Estudante deve ressaltar o papel das politicas fiscais expansionistas, com pendor de estimulo e atracão ao investimento com a mobilização de fundos externos; • O Estudante deve destacar o facto da adoção de medidas adotar medidas corretivas de politica económica com objectivo de reduzem a pressão sobre a balança de pagamentos, elevar o nível de auto-suficiência interna e alargar as exportações de modo a reequilibrar a balança de pagamento, tende a ser medidas de forte pendor fiscal pendor fiscal;

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28 de Outubro de 2017 LEO2M LEIA CAUTELOSAMENTE AS QUESTÕES COLOCADAS,

CADA ALINEA POSSUI UM PESO DE 2.5 VALORES 01. Sobre as Crises a) Em que circunstancias o conceito de Moral Hazard (risco moral) pode estar associado a crises do sistema bancário de um país especifico? A qual das teorias explicativas da crise associa este facto? • Quando a supervisão bancaria for frágil, e existir um Estado forte com recursos suficientes para socorrer as instituições bancárias falidas, os gestores dos bancos acabam cometendo excessos, confiantes de que no extremo o Estado vai cobrir os resultados associados. b) Que sinais podem indicar o surgimento de uma crise financeira? • Mudanças substanciais nos preços dos activos (ações, commodities, casas, moeda etc..) e no volume de crédito; • Disrupções no processo de intermediação financeira; • Limitação da oferta de financiamento externo; • Problemas nos balanços das famílias, empresas e do Estado. • Outros sinais activos são os níveis extremos de boons ou busts no ciclo económico de negócios, dando lugar a bolhas. c) Apresente as principais teorias das crises que estudou? • A abordagem Keynesiana sobre as crises é fundada na ideia de que as crises resultam de flutuações da eficácia marginal do capital provocado por mudanças nas expectativas; • A abordagem de Minsky assenta no pressuposto de que sistemas financeiros frágeis tendem a criar elevada propensão para o surgimento de crises, dando grande realce ao papel da regulamentação dos mercados, contrariamente a visão ortodoxa do Laissez-faire. • A teoria Marxista, assenta na ideia de que as crises são fenômenos complexos que resultam da conjugação entre o impulso à acumulação de capital, a tendência decrescente da taxa de lucro, a expansão do crédito e a especulação financeira. 02. Sobre o Crescimento Económico a) Como diferencia a taxa de crescimento económico atual (g), da taxa crescimento económico garantido (gw) e ainda da taxa de crescimento económico natural (gn) apresentadas pelo modelo de Harrod Domar?

• A taxa atual de crescimento será dada por 𝑔 =8₉ pelo rácio da proporção da poupança sobre o rendimento e da proporção do capital sobre o rendimento, podendo ser expresso por 𝑔 = /0 : ∆0= ∆0 0 • A taxa de crescimento garantido, procura assegurar que o nível de investimento ao nível da poupança planificada, certificando que os agentes aforradores e os agentes investidores estão ambos satisfeitos, garantindo se o crescimento económico. 𝐒 = 𝒔𝒀 = 𝐼 de tal modo que a taxa será dada por: ∆0₀ = 8 9>= 𝑔? Aonde Cr satisfaz o rácio capital-produto decorrente do equilíbrio entre a poupança e o investimento. • Finalmente, a taxa natural de crescimento, dependerá do crescimento da força de trabalho 𝑙 e do crescimento da produtividade do trabalho 𝑞 dada por 𝑔 = 𝑔? = 𝑔B b) O modelo Harrod Domar, assume como pressuposto que o crescimento económico é afetado pelo capital, na medida em que o trabalho é considerado ilimitado. I. como o modelo se aplicaria para a China/Continente (país/continente com muita população, alguma da qual bastante jovem) e para a Europa (país com uma população envelhecendo e baixa taxa de natalidade), considerando a elasticidade do crescimento populacional e a estrutura da população; • O Estudante deverá ressaltar o facto do fator trabalho constituir uma restrição nas economias europeias por conta do envelhecimento da população, da baixa taxa de natalidade e das restrições migratórias. Este cenário é contrario a hipótese do trabalho ilimitado do modelo de Harrod Domar. • Já para o caso do continente Asiático ou pontualmente da China, os elevados níveis de concentração populacional, a fertilidade, é mais propensa ao pressuposto do trabalho ilimitado do modelo, sendo em parte um dos fatores dentre outros, que explicou o boom dos países asiáticos. II. demonstre algebricamente que o crescimento económico é estimulado pelo capital físico Lembre-se que o capital físico é função do Investimento e este é função da poupança: (1) 𝑆 = 𝑠𝑌 A poupança é dada como fração do rendimento ou tao somente uma função da propensão marginal a poupar (2) I = ∆𝐾 A variação no Capital é função do investimento (3) I = 𝑆 no equilíbrio keynesiano a poupança é igual ao investimento (4) c =+₀ → 𝑐 =∆+_∆0 → ∆+_∆0= 𝑐∆𝑌 Existe um rácio constante do capital –produto de tal modo que a variações no capital dão lugar a variações no produto (5) 𝑠𝑌 = 𝑐∆𝑌 Deste modo, alterações na poupança induzem alterações no produto decorrente de aumentos no capital (6) /₀=∆0 ₀ Finalmente, proporção da variação do capital é função da poupança e em consequência, é o estimulo para o crescimento económico c) Explique o que determina o crescimento económico no longo prazo, no modelo de Solow e o que difere o modelo de Solow do modelo de Harror Domar. • No longo prazo, o crescimento é determinado pelo progresso tecnológico. No modelo Harrod Domar, o crescimento é obtido afetando a taxa de poupança, que por sua vez induz os aumentos do capital percapita (derivamos da poupança) explicam o

crescimento económico, todavia existira um nível no qual os aumentos do capital mantendo constante a população resulta em efeitos decrescentes a escala no produto. 03. Sobre o Estado de Arte da Macroeconomia a) Em que circunstancias uma economia com problemas estruturais associados ao baixo nível de bancarização e de depósito em relação ao PIB (baixo recurso do sistema bancário e elevada informalidade), pode usar a politica monetária como instrumento para afetar o crescimento económico? • O Estudante deve ressaltar o facto da politica monetária não é suficientemente efetiva para influenciar a economia quando o nível de bancarização for baixo, quando o nível de depósitos no sistema bancário for baixo, quando o nível de economia informal for muito elevado. b) Como acha que o papel da política fiscal pode influenciar uma economia a recuperar se de crises? • O Estudante deve ressaltar a visão Keynesiana de expansão da politica fiscal, estimulando empregos, elevando a produção, o consumo, gerando poupança adicional que financia investimento adicional.

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1. Sobre as Crises a) Apresente a abordagem de Minsky sobre as crises. • A abordagem de Minsky assenta no pressuposto de que sistemas financeiros frágeis tendem a criar elevada propensão para o surgimento de crises, dando grande realce ao papel da regulamentação dos mercados, contrariamente a visão ortodoxa do Laissez-faire. b) Que sinais podem indicar o surgimento de crises no sistema bancário? • Excesso de crédito alem das normas prudências, ou ainda limitação de crédito (credit crunch) ; • Inobservância do Equilíbrio Temporis (Limitada liquidez); • Mobilização de recursos de curto prazo para investir em operações de curto prazo • Ativos com elevado retorno sem substrato económico (abordagem de Thomas Sargent quando a taxa de juros dos empréstimos passa a ser superior a taxa efetiva de retorno dos investimentos que beneficiam do credito; c) Explica como os desequilíbrios na balança de pagamentos podem sinalizar uma crise cambial, e que opções de saída as autoridades do país em causa adotariam? • Quando o acesso de divisas passa a ser difícil, quando as responsabilidades da divida não são pagas com atempadamente, quando o país começa a fazer o uso frequente das reservas, quer dizer, quando a balança das transações corrente é deficitária. • Como medidas de saída: o Adotar medidas corretivas de politica económica com objetivo de reduzem a pressão sobre a balança de pagamentos, elevar o nível de autossuficiência interna e alargar as exportações de modo a reequilibrar a balança de pagamento; o Recorrer a empréstimos financeiros comerciais para apoio a balança de pagamento, todavia deve-se considerar o facto de grande parte dos empréstimos comerciais possuírem taxas de juro elevadas, que apesar de amenizar a situação no curto prazo, pode agravar mais a situação do país no médio prazo, com o aumento dos custos da divida.

o Recorrer ao apoio financeiro do Fundo Monetário Internacional e outras instituições Multilaterais. 2. Sobre o Crescimento Económico a) Apresente o ciclo vicioso da pobreza do modelo de Harror Domar. • Se o nível de poupança for elevado em determinada economia, tenderá a gerar maiores fluxos de investimentos e aumentos nos estoques de capital. Mais capital vai estimular o crescimento económico aumentando a produção e a oferta de bens e serviços, gerando maior rendimento e consequentemente maior poupança Considere o diagrama de Solow1_. b) O determina o crescimento económico abaixo do nível estacionário da economia? • Aumentos no capital por trabalhador c) O que faz mover o nível de equilíbrio estacionário do capital por trabalhador? • O aumento do progresso tecnológico tende a mover o estado estacionário para a esquerda 3. Sobre o Estado de Arte da Macroeconomia a) Pode o efeito Moral Hazard estar associado às crises? Sendo sim, qual deve ser o papel da Politica Fiscal e Monetária? • O Estudante deve concordar. O Estudante deve destacar a necessidade de a Politica Fiscal ter de ser mais efetiva, efetiva de modo evitar gargalos, zonas de conforto, devendo no geral estimular o mercado para níveis de alocação efetivos. O Estudante deve ainda se recordar da necessidade da Politica Fiscal criar amortecedores (buffers) para lidar em presença de crises. Já do lado da politica monetária, o Estuante deve destacar a importância das medidas prudenciais no escopo da supervisão bancaria. b) A teoria estabelece uma grande associação entre as crises e o ciclo económico de negócios. Como pode a Macroeconomia discernir previamente os sinais das crises e prevenir-se delas? • O Estudante deve ressaltar os aspetos da sustentabilidade, dos equilíbrios não apenas no curto prazo, mas também no medio e longo prazo. O estudante deve ressaltar que quando se tem uma visão do ciclo económico de negócios, percebe-se o comportamento das variáveis económicas e financeiras, e permite atempadamente fazer as correções de modo a não atingir elevados booms e profundos bursts

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