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Rodolfo Neves

Europa no século XIX

1 http://historiaonline.com.br

O Reinado de Luís XVIII (1815-1824):

Disputa política interna entre três agrupamentos:

instabilidade interna.

• Ultrarrealistas: aristocracia tradicional, apoiavam a volta do Absolutismo Bourbon.

• Bonapartistas: setor que apoiava a volta do modelo de monarquia bonapartista.

• Radicais: republicanos, apoiavam a queda da monarquia (também chamado de jacobinos ou terroristas).

O reinado de Carlos X (1824-1830):

Tentativa de restauração do absolutismo clássico.

Consequência: Revolução de 1830 (Jornadas Gloriosas):

reação burguesa.

• 27, 28 e 29/07/1830: “Os Três dias de Glória”. • Caráter liberal: fim do princípio da legitimidade do

Congresso de Viena.

Resultado: Monarquia Constitucional = queda definitiva da

Ordem Absolutista.

Novo rei: Luís Felipe de Orleans (”O Rei Burguês”).

A repercussão da Revolução de 1830:

• Revolução Belga (libertação da dominação holandesa). • Revolução Polonesa (derrota para a Rússia).

• Revolução Italiana (derrota para a Áustria). • Revolução Alemã (criação da Zollverein)

• Revolução Portuguesa (D. Pedro IV X D. Miguel). • Revolução Espanhola (monarquia constitucional). • Revolução Grega (libertação do domínio turco).

A monarquia constitucional francesa:

• Governo de Luís Felipe: 1830-1848

- Fortalecimento do liberalismo político e econômico. - Favorecimento dos interesses burgueses (banqueiros). - 1840: crise econômica: desemprego / endividamento da

burguesia industrial.

- Oposição ao governo: bonapartistas + republicanos + socialistas

- 1846: agravamento da crise econômica = aumento dos

protestos contra o governo.

- Reação do governo: proibição de reuniões políticas na França.

- Política dos Banquetes: reprimida pelo ministro Guizot = estopim da revolução.

Resultado: Revolução de 1848 (22-24/02/1848)

A Revolução de 1848:

• Revolução de Fevereiro.

- Fim da Monarquia = proclamação da 2ª República. - Governo provisório: republicanos e socialistas. - 23/04/1848: convocação de uma Assembleia

Constituinte.

• Eleição dos deputados por sufrágio universal masculino.

• Aprovação do voto distrital: votos de província = fortalecimento de elites locais.

• Eleição de representantes burgueses e aristocráticos

= opostos à participação popular.

- Consequência: volta do voto censitário.

- Reação operária: tentativa de tomada do controle do poder político.

- Resposta do governo: repressão policial e militar = General Cavagnac (“o Carniceiro”).

- Eleições presidenciais: 10/12/1848 = vitória de Luís Bonaparte (sobrinho de Napoleão).

A Primavera dos Povos:

Primavera dos Povos = caráter nacionalista

- Itália = início da luta pela unificação contra a Áustria. - Alemanha: início da unificação (fortalecimento da Prússia). - Império Austríaco: agrário / católico / absolutista.

• Representava os ideais do Congresso de Viena / Dinastia Habsburgo.

• Governava várias nacionalidades.

• 1848: revolta em Viena: liberais, estudantes, burgueses e operários.

• Renúncia de Metternich / abdicação de Fernando I / Novo imperador: Francisco José.

• Reação do novo governo: forte repressão / restauração de medidas absolutistas.

- Hungria: derrota para a Áustria (1848-49).

O governo de Luís Bonaparte:

Objetivo: pacificar e industrializar a França após 1848. Apoio da burguesia: estímulo à modernização econômica. Romantismo: tradição napoleônica = apoio popular à volta

ao passado de glória.

Movimento operário: repressão aos movimentos operários. 20/12/1851: 18 Brumário de Luís Bonaparte = golpe para a

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2º Império (1851-1871):

- Política externa: imperialismo = domínio sobre a África e o sudoeste asiático.

- Na América: fracasso na campanha do México. - Política das nacionalidades: fragmentação da Europa a

partir de apoio a processos de independências. - Áustria: assumir o lugar da Áustria como potência

diplomática europeia.

- Itália e Alemanha: interferência nas unificações. - 1870-1871: derrota na Guerra Franco-Prussiana = fim do

2º Império.

O Comuna de Paris: Causas:

• Fim do 2º Império / proclamação da 3ª República. • Oposição popular aos ideais burgueses.

• Governo popular / socialista.

- 1ª experiência de governo socialista na Europa. - Oposição: países europeus, com destaque para a

Alemanha.

- Motivo: medo da expansão dos ideais socialistas. - Resultado: forte repressão (20 mil mortos).

Unificações: esquema geral:

Unificação Italiana: 1848

Movimentos de unificação (Risorgimento):

- Carbonários: sociedades secretas das minas de carvão. - Monarquistas: liderados por Conde Cavour.

- Republicanos: liderados por Garibaldi e Mazzini (Jovem Itália)

1848: primeiras lutas de unificação.

- Forte repressão austríaca.

- Derrotas dos movimentos do Piemonte, Lombardia, Duas Sicílias e ocupação austríaca dos Estados Pontifícios. - Derrota dos Camisas Vermelhas (tropas de Garibaldi).

Unificação Italiana: 1852-1861: 1852: novas lutas de unificação.

- Novo movimento: Risorgimento (Jovem Itália).

- Norte: monarquistas / Conde Cavour (região do Piemonte). - Via prussiana: unificação por imposição militar.

- Aliança com a França: apoio militar em troca dos condados de Nice e Savóia.

- Sul: vitória de Garibaldi = conquista das Duas Sicílias, - 1861: o Piemonte ocupa o sul, vence o movimento

republicano e Vitor Emanuel II é proclamado Rei da Itália.

A Questão Romana:

França: aliada de Roma (apoio da Igreja Católia ao Império

Francês).

• 1866-1870: a cidade de Roma foi protegida por tropas francesas

• 1870 – Guerra Franco-Prussiana: França retira suas tropas de Roma para empregá-las na luta contra a Alemanha = tropas unificadoras se aproveitam desse momento para invadir Roma e concluir a unificação.

• 1870-1929: A Igreja Católica não reconhece a unificação. • 1929 - Tratado de Latrão: Papa Pio XI e Mussolini =

reconhecimento da unificação por parte da Igreja Católica em troca da criação do Estado do Vaticano.

A unificação alemã: Causas:

- Confederação Germânica: consequência do Congresso de

Viena, dividiu o território do SIRG em 39 Estados sob a liderança da Áustria.

- Áustria (absolutista) X Prússia (industrial).

- Prússia: liderada por Bismarck, desejava a unificação. - Motivos da Prússia:

• Econômicos: mercado consumidor interno / 2ª Revolução Industrial.

• Políticos: expansionismo externo / ruptura do equilíbrio europeu / ocupar o lugar da França como principal potência continental.

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Zollverein:

Zollverein (1834): primeiro movimento de unificação.

- Unificação aduaneira: livre comércio entre os membros,

autonomia fiscal para os participantes / exclusão da Áustria.

- Resultados: fortalecimento industrial da Prússia /

integração do mercado interno / fortalecimento do sentimento nacionalista.

- 1848: Parlamento de Frankfurt:

• Movimento liberal de unificação.

• Resultado: foi reprimido pela Prússia e pela Áustria devido ao caráter liberal de seus participantes.

A Guerra Franco-Prussiana (1870-1871):

Posição francesa sobre a unificação: temia a formação de

uma potência alemã em suas fronteiras / temia perder o papel de “balança” diplomática da Europa continental.

Bismarck: força um estado de guerra com o episódio do “Despacho de Sem” (questão da sucessão ao trono

espanhol).

Resultado da Guerra: derrota francesa. O Tratado de Frankfurt (1871):

- Perda da Alsácia-Lorena.

- Indenização paga para a Alemanha.

- Festa de unificação: paga pela França e realizada no salão

dos espelhos do Palácio de Versalhes.

- Sentimento de revanchismo francês: uma das raízes da 1ª

Guerra Mundial.

Exercícios:

1. (Fgv 2016) “(...) os homens que naquele momento estavam encarregados de pôr termo à Revolução de 1848 eram precisamente os mesmos que fizeram a de 30. (...) O que a distinguia ainda, entre todos os acontecimentos que se sucederam nos últimos sessenta anos na França, foi que ela não teve por objetivo mudar a forma, mas alterar a ordem da sociedade. Não foi, para dizer a verdade, uma luta política (...), mas um embate de classe (...).

Havia se assegurado às pessoas pobres que o bem dos ricos era de alguma maneira o produto de um roubo cujas vítimas eram elas (...).

É preciso assinalar ainda que essa insurreição terrível não foi fruto da ação de certo número de conspiradores, mas a sublevação de toda uma população contra outra (...).”

(Alexis de Tocqueville, Lembranças de 1848. 1991)

A partir do texto, é correto afirmar que

a) a revolução limitou-se, em 1848, a apelos políticos, no sentido de a classe burguesa, líder do movimento, atrair as classes populares para a luta, contra o absolutismo de Carlos X, usando as ideias liberais como combustível para a implantação do Estado liberal.

b) a revolução de 1848, liderada pelos homens de 1830, isto é, a classe burguesa, tinha como maiores objetivos a queda de Luís Bonaparte e a vitória das ideias socialistas, pregadas nos banquetes e nas barricadas contra o rei e contra a nobreza.

c) a revolução de 1848, influenciada pelo socialismo utópico, significou a luta entre a classe burguesa, líder da

revolução de 1830, e as classes populares que, cada vez mais organizadas na campanha dos banquetes e nas barricadas, forçaram a queda do rei Luís Felipe. d) os líderes revolucionários de 1848, os mesmos da

revolução de 1830, sob forte propaganda das ideias liberais e influenciados pela luta política, convocaram e obtiveram o apoio das classes populares, no Parlamento, contra o rei Luís Felipe.

e) o rei Luís Felipe, no trono francês entre 1830 e 1848, foi derrubado por uma bem orquestrada luta política no Parlamento, que uniu liberais e socialistas, vitoriosa para essa aliança, que formou o governo provisório e elegeu o presidente Luís Bonaparte.

2. (Ufpr 2016) A unificação alemã foi articulada pelo reino da:

a) Prússia, após a derrota da Comuna de Paris na Guerra Franco-Prussiana, apoiado em uma aliança com a aristocracia austríaca e a burguesia prussiana. b) Áustria, devido à sua superioridade industrial e militar

dentro da Confederação Germânica, apoiado em uma aliança com a aristocracia prussiana.

c) Áustria, como resposta à ameaça prussiana de unificação após a instituição do Zollverein na Confederação Germânica, apoiado em uma aliança com a aristocracia austríaca.

d) Prússia, devido ao seu poderio militar e força econômica dentro da Confederação Germânica, apoiado em uma aliança entre a aristocracia e a alta burguesia. e) Prússia, devido à mobilização nacionalista da

Confederação Germânica durante a Guerra Franco-Prussiana, apoiado em uma aliança com a grande burguesia austríaca.

3. (Ufu 2015) Tem havido um bom número de grandes revoluções na história do mundo moderno, e certamente a maioria bem-sucedida. Mas nunca houve uma que tivesse se espalhado tão rápida e amplamente, se alastrando como fogo na palha por sobre fronteiras, países e mesmo oceanos. 1848 foi a primeira revolução potencialmente global, cuja influência direta pode ser detectada na insurreição de 1848 em Pernambuco (Brasil) e poucos anos depois na remota Colômbia

HOBSBAWM, Eric. A era do capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p. 30. (Adaptado)

A onda revolucionária de 1848 estava ligada, inicialmente, à delicada conjuntura sociopolítica da França que, entre outros aspectos, caracterizava-se

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a) pela consolidação, durante o reinado de Luís Felipe, das conquistas burguesas, o que gerou a revolta do proletariado.

b) pela instabilidade institucional, resultante das promessas não cumpridas do republicanismo francês e da ascensão das camadas populares.

c) pelo protagonismo político do movimento operário que, apesar de sua importância, ainda se mostrava

desorganizado e sem lideranças expressivas.

d) pela aliança política entre os setores conservadores e a Igreja Protestante, principal força religiosa da França, para conter o crescimento do proletariado.

4. (Mackenzie 2015) Ao analisar os acontecimentos e consequências de 1848, na França, Karl Marx denominou de “18 brumário de Luís Bonaparte” o golpe de Estado realizado por esse último. A denominação é historicamente possível, pois

a) estendeu a ação de seu Império da França até o norte da África, incluindo regiões na Itália e Alemanha, territórios anteriormente também conquistados por seu tio. b) organizou um Império de caráter despótico absolutista,

impôs a censura aos meios de comunicação e proclamou-se cônsul vitalício, atitudes já realizadas por Napoleão. c) assim como Napoleão, Luís Bonaparte legitimou seu golpe

por meio de um plebiscito, extinguindo a República até então vigente para proclamar-se imperador.

d) Luís Napoleão, assim como Napoleão, a princípio realizou reformas absolutistas para depois, já no Império,

introduzir princípios iluministas de administração pública. e) assim como seu tio, Luís Bonaparte se auto coroou

imperador, reduziu a interferência do alto clero no governo e limitou o direito ao voto a critérios censitários.

5. (Upe 2015) Não causa admiração o fato de os

historiadores falarem de uma “Europa Bismarckiana”. Em todos os Estados Europeus, a questão das relações com o Império alemão está no centro das preocupações dos homens de governo: é para Bismarck que todos olham.

(DUROSELLE, Jean Baptiste. A Europa de 1815 aos nossos dias. São Paulo: Pioneira, 1970, p. 37.)

Dentre as principais características políticas do governo desse influente líder alemão, a que mais se destacou foi a a) desestruturação da ideia de império, construindo a

primeira República alemã, com sede na cidade de Weimar.

b) construção de ampla política diplomática, que

proporcionou uma ausência de guerra europeia entre as potências no intervalo de 1871 a 1914.

c) diminuição dos domínios territoriais devolvendo à França as regiões da Alsácia-Lorena no intuito de desfazer um possível foco de conflito.

d) implementação da estabilidade pela paz e não pela força, reduzindo o efetivo do exército alemão e evitando uma corrida de armamentos.

e) organização do Congresso de Berlim que desfez as hostilidades entre as potências europeias, colocando um fim nas antigas rivalidades entre essas nações.

6. (Fgv 2015) A unidade italiana – o processo de constituição de um Estado único para o país – conserva o sistema

oligárquico (...) Isto não impede a formação do Estado, mas retarda a eclosão do fenômeno nacional.

(Leon Pomer, O surgimento das nações, 1985, p. 40-42)

Fizemos a Itália; agora, precisamos fazer os italianos.

(Massimo d’Azeglio apud E. J. Hobsbawm, A era do capital, 1977, p. 108)

A partir dos textos, é correto afirmar que

a) apesar de ter nascido antes da nação, o Estado italiano, unificado em 1871, representou os interesses dos não proprietários, o que implicou a defesa de mudanças revolucionárias, que tornaram o Estado não autoritário e permitiram a emergência do sentimento nacional, já fortificado pelas guerras de unificação.

b) o Estado italiano, nascido em 1848, na luta da alta burguesia do norte pelo poder, representava os interesses liberais, isto é, a unidade do país como um alargamento do Estado piemontês, na defesa da pequena propriedade e do voto universal, condições para a

consolidação do sentimento nacional que cria os italianos. c) em 1848, a criação do Estado italiano, pela burguesia do

Reino das Duas Sicílias, foi uma vitória do liberalismo, pois a estrutura fundiária, baseada na grande propriedade, e a exclusão política dos não proprietários permaneceram, encorajando os valores nacionais, condição para diminuir as diferenças regionais.

d) em 1871, o processo de unificação e o sentimento nacional estavam intimamente ligados, na medida em que a classe proprietária do centro da península, vitoriosa na guerra contra a Áustria, absorveu os valores populares nacionais, o que legitimou a formação do Estado

autoritário, defensor das desigualdades regionais. e) o Estado italiano nasceu antes da nação, em 1871, como

uma construção artificial, frágil e autoritária da alta burguesia do norte, cujos interesses de dominação excluíram as mudanças revolucionárias e atrasaram a emergência do sentimento nacional, ainda estranho para a grande maioria das diferentes regiões da península.

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Observe a obra do pintor Delacroix, intitulada A Liberdade

guiando o povo (1830), e assinale a alternativa correta.

a) Os sujeitos envolvidos na ação política representada na tela são homens do campo com seus instrumentos de ofício nas mãos.

b) O quadro evoca temas da Revolução Francesa, como a bandeira tricolor e a figura da Liberdade, mas retrata um ato político assentado na teoria bolchevique.

c) O quadro mostra tanto o ideário da Revolução Francesa reavivado pelas lutas políticas de 1830 na França quanto a posição política do pintor.

d) No quadro, vê-se uma barricada do front militar da guerra entre nobres e servos durante a Revolução Francesa, sendo que a Liberdade encarna os ideais aristocráticos.

8. (Ufpr 2013) No Brasil, desde 2011, tem havido diversas comemorações dos 150 anos da Unificação Italiana, relembrando os fortes laços culturais entre os dois países. Sobre a relação entre a Unificação Italiana e a imigração de italianos para as Américas, é correto afirmar:

a) A Unificação Italiana foi o resultado de uma série de revoltas populares, que culminaram em 1861 com a formação de uma república socialista sob a direção de Giuseppe Mazzini. A burguesia, que não concordava com o novo regime, emigrou para as Américas, levando capital suficiente para iniciar a industrialização em países como a Argentina, o Brasil e os Estados Unidos.

b) O processo da Unificação Italiana contou com a intensa participação do Império brasileiro, pois D. Pedro II almejava estabelecer relações comerciais com os italianos. É notória a participação de Giuseppe Garibaldi na política brasileira do período imperial. Após a unificação, contudo, nem o Brasil nem os demais países aliados conseguiram levantar a Itália de uma profunda crise econômica, o que levou a uma grande leva emigratória para as Américas de 1880 a 1930.

c) A Unificação Italiana foi um processo iniciado no início do século XIX, que se concluiu em 1861, com uma monarquia constitucionalista, sob o comando de uma aliança entre burgueses e latifundiários, que afastou os setores populares do poder. Muitos italianos camponeses e trabalhadores saíram empobrecidos após a unificação, o que estimulou uma intensa emigração para as Américas entre 1880 e 1930, engrossando fileiras de trabalhadores agrícolas e operários.

d) A Unificação Italiana durou de 1861 a 1870, agregando estados independentes sob a direção do reino de Piemonte-Sardenha. Porém, sua conclusão só foi possível após a Unificação Alemã, que marcou o fim da ingerência de Otto Von Bismark na política europeia. Após esse processo, o monarca instituído perseguiu duramente seus inimigos políticos, que emigraram para as Américas. e) A emigração italiana para as Américas teve início por

conta de uma série de dificuldades financeiras causadas por problemas climáticos, que, por volta de 1850, prejudicaram as colheitas. O volume de emigrantes intensificou-se após a Unificação em 1861, em decorrência do fato de que o governo anarquista instituído fracassou na tentativa de reerguer o país.

9. (Enem PPL 2013) Sou um partidário da Comuna de Paris, que, por ter sido massacrada, sufocada no sangue pelos carrascos da reação monárquica e clerical, tornou-se ainda mais viva, mais poderosa na imaginação e no coração do proletariado da Europa; sou seu partidário sobretudo porque ela foi uma negação audaciosa, bem pronunciada, do Estado.

BAKUNIN, M. apud SAMIS, A. Negras tormentas: o federalismo e o internacionalismo na Comuna de Paris. São Paulo: Hedra, 2011. A Comuna de Paris despertou a reação dos setores sociais mencionados no texto, porque

a) instituiu a participação política direta do povo. b) consagrou o princípio do sufrágio universal.

c) encerrou o período de estabilidade política europeia. d) simbolizou a vitória do ideário marxista.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:

[C]

Somente a alternativa [C] está correta. O texto de Alexis de Tocqueville aponta para o movimento de 1848 na França, que foi denominado de “Primavera dos Povos”. As várias correntes da época se organizaram em um governo provisório, ideias liberais e socialistas. Porém, logo após o governo provisório, a classe burguesa atropela os

trabalhadores. Este cenário é que influenciou Marx e Engels a formularem o Materialismo Histórico e Dialético e Augusto Comte a organizar as ideias positivistas.

Resposta da questão 2:

[D]

A Prússia, sob comando de Otto von Bismarck, comandou o movimento de unificação da Alemanha.

Resposta da questão 3:

[B]

Na França do século XIX, uma série de instabilidades

políticas possibilitou algumas revoluções, como as de 1830 e 1848. A de 1848 foi caracterizada por grande participação popular e instaurou uma República na França, após um período de restauração monárquica no país. Essa revolução ficou conhecida como Primavera dos Povos.

Resposta da questão 4:

[C]

Somente a proposição [C] está correta. A questão remete aos acontecimentos vinculados ao ano de 1848 na Europa. Em 1848 na França começou a Segunda República com o sobrinho de Napoleão Bonaparte chamado Luís Bonaparte. Este personagem histórico imitou seu tio que através de um plebiscito acabou com a Segunda República, 1848-1852 e tornou-se imperador, dando início ao Segundo Império que foi de 1852 até 1870. Karl Marx em sua brilhante obra denominada de “O 18 Brumário de Luís Bonaparte” reflete sobre a História (construção da memória e relação entre passado e presente) tendo como objeto de estudo Napoleão Bonaparte e seu sobrinho Luís Bonaparte.

Resposta da questão 5:

[B]

Principal agente da reunificação alemã, Otto von Bismarck, conhecido como chanceler de ferro, transformou a Alemanha em uma nação forte a partir, principalmente, de uma intensa política diplomática, na qual conseguiu bom relacionamento com toda a Europa.

Resposta da questão 6:

[E]

Somente a proposição [E] está correta. A questão remete ao processo da Unificação política da Itália que foi tardia sendo concluída somente em 1871. O sonho de unidade política da Itália defendido pelo pensador Maquiavel no início do século XVI só foi realizado no século XIX. Havia na Itália uma forte diferença entre o norte bem mais desenvolvido em relação ao sul bem mais agrário e atrasado. Daí que ao longo do processo de unificação política surgiram dois projetos: o

norte (mais rico e desenvolvido, Piemonte Sardenha)

defendia uma Monarquia Constitucional (Cavour e Vítor Emanuel II) e o sul (mais agrário e atrasado) defendia uma República (Mazini e Garibaldi). Em 1871, quando foi concluída a unificação venceu o projeto do norte. O sul permaneceu pobre e agrário. Então, em 1871 surgiu o Estado, agora falta construir uma nação.

Resposta da questão 7:

[C]

A pintura de Delacroix é uma homenagem à Revolução de 1830 na França, que pôs fim ao governo de Carlos X. Segundo palavras do próprio Delacroix, “ainda que não

tenha lutado por meu país, posso representa-lo”. Além disso,

a pintura relembra o ideário da Revolução Francesa, em especial na bandeira tricolor nas mãos da Liberdade.

Resposta da questão 8:

[C]

A unificação política da grande maior parte do território italiano, em 1861, levou à formação do Reino da Itália sob o governo de Vítor Emanuel II, que estabeleceu as bases do seu poder em uma forte aliança com os latifundiários do novo país, o que proporcionou uma ainda maior

concentração de terras aliada à expulsão de camponeses de suas terras. Uma das opções desse enorme contingente era justamente a emigração para a América.

Resposta da questão 9:

[A]

A Comuna de Paris foi uma sublevação popular que tentou formar um governo do povo para comandar a França. Por conta dessa característica, foi combatida por todas as outras correntes políticas.

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