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COMPILADO DICAS DEZEMBRO 2018 SEMANA 2

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Sumário

COMPILADO DICAS DEZEMBRO 2018 SEMANA 2 ... 2

CONSTITUCIONAL ... 2

Direitos Fundamentais - Teoria Geral (dez 2018) ... 2

#Dicas – Controle de Constitucionalidade e Reclamação Constitucional (Att dez 2018) ... 4

#Dicas – Poder legislativo (att dez 2018) ... 14

ADMININSTRATIVO ... 20

Fontes do Direito Administrativo (dez 2018) ... 20

Terceiro setor - teoria geral (dez 2018) ... 21

PROCESSO CIVIL ... 22

Teoria da ação (dez 2018) ... 22

Embargos de Terceiro (dezembro 2018) ... 23

ACP – TAC (dez 2018): ... 24

Jurisdição - Parte 1 (dezembro 2018) ... 24

Jurisdição - continuação (dez 2018) ... 25

#Dicas - Mandado de Segurança Coletivo e individual (dezembro 2018) ... 26

Inquérito civil (dez 2018) ... 31

TRIBUTÁRIO ... 32

#Dicas - Direito Tributário - Noções Iniciais (dezembro 2018) ... 32

ELEITORAL ... 33

CÓDIGO ELEITORAL em matéria penal (dez 2018) ... 33

DIVERSOS ... 34

Atenção! Utilização do CDC nos serviços públicos: pode ou não pode? (dez 2018) ... 34

Atenção (dez 2018)! As fundações públicas são submetidas ao controle do ente federado, Tribunais de contas e popular. No entanto, não são submetidas ao controle do Ministério Público previsto no Art. 66, CC, que dispõe: Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. ... 35

Atenção! Posicionamento para provas CESPE (EMAP/2018) ... 35

Candidato, fale o que é instrumentalidade hipotética? E instrumentalidade ao quadrado? (MPRS) ... 36

(PROCURADOR UNICAMP - 2018) ... 36

Causa madura (dez 2018) ... 37

STJ. Rol Agravo de instrumento (dez 2018) ... 37

(2)

Reajuste contratos administrativos: posição atual do TCU x STJ (dez 2018) ... 39

Retrospectiva 2018 - Principais julgados... 40

Anotem aí no art. Da CRFB sobre a PGE (dez 2018) ... 41

Caiu na PGE/RS 2012 - SEGUNDA FASE ... 41

COMPILADO DICAS DEZEMBRO 2018 SEMANA 2

CONSTITUCIONAL

Direitos Fundamentais - Teoria Geral (dez 2018)

Os direitos fundamentais são direitos humanos que passaram por processo de positivação. Assim, esquematicamente, temos:

Direitos fundamentais --> plano interno; Direitos humanos -> plano internacional.

A dimensão subjetiva dos DF significa uma atuação ou abstenção em face do Poder Público (PP). A dimensão objetiva significa um norte a ser seguido pelo ordenamento jurídico, pelo PP e particulares.

Atenção! Para o STF o rol dos direitos fundamentais vai além do Art. 5°, já considerou, por exemplo, a anterioridade tributária como direito fundamental (ADI 939).

Gerações/Dimensões dos DF:

1a Dimensão-> direitos civis e políticos. Majoritariamente de abstenção por parte do poder público;

2a dimensão -> São os direitos culturais, sociais e econômicos. Majoritariamente são prestações sociais por parte do Poder Público. Relacionar com a Constituição de Weimar;

3a dimensão -> todo o gênero humano como destinatário, exemplo a ser dado é o meio ambiente, direito difuso por natureza.

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Obs: A 4a e 5a geração ainda não tem doutrina específica, embora os estudiosos já a admitam.

STATUS DE JELLINEK: (PGEPE 2009)

A) passivo: subordinação aos poderes estatais;

B) negativo: sustentação em relação ao estado;

C) positivo: exigir prestações por parte do estado;

D) ativo: participar da vontade política do Estado.

ℹImportante! Ao lado dos direitos fundamentais existem também as garantias fundamentais. Como exemplo, podemos dar o dever de voto.

Características dos direitos fundamentais:

A) relatividade: não há direito fundamental absoluto. Até mesmo o direito à vida pode ser relativizado;

B) imprescritibilidade - São sempre dotados de exigibilidade;

C) inalienabilidade - não podem ser transferidos para outra pessoa;

D) irrenunciabilidade - não podem ser denunciados;

E) universalidade - toda a coletividade é titular. Obviamente, em alguns casos somente determinadas pessoas serão titulares, como os trabalhadores em relação aos direitos fundamentais trabalhistas;

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F) historicidade - São frutos de evolução histórica, não surgem de uma hora para outra.

Titulares dos direitos fundamentais: pessoas físicas e jurídicas, sejam brasileiras ou estrangeiras. O STF já decidiu pela possibilidade até de estrangeiro de passagem ser titular de direito fundamental.

Atenção! As pessoas jurídicas de direito público também são titulares de direitos fundamentais, como por exemplo, o devido processo legal.

Importante! Os direitos fundamentais podem ser restringidos pela legislação infraconstitucional, desde que: a) respeite o núcleo essencial; b) a limitação seja clara; c) seja de cunho geral e abstrato e d) seja proporcional. Trata-se de aplicação da teoria limite dos limites.

Além da eficácia vertical (Estado-particular), os direitos fundamentais também incidem horizontalmente (entre particulares em situação de igualdade) e de maneira diagonal (particulares em situação de desigualdade, como no caso de relação trabalhista ou de consumo).

O Brasil adota a teoria da aplicação direta e imediata dos direitos fundamentais em relação privada.

#Dicas – Controle de Constitucionalidade e Reclamação Constitucional (Att dez

2018)

1. Há precedente do Supremo Tribunal Federal afirmando que, mesmo sendo órgãos fracionários, as Turmas do Supremo Tribunal Federal não se submetem à cláusula de reserva de plenário.

2. Cabe ADPF sobre ato de efeitos concretos como decisões judiciais.

3. O STF já assentou o entendimento de que é admissível a ação direta de inconstitucionalidade em face de emenda constitucional, quando se alega, na inicial, que esta contraria princípios imutáveis ou as chamadas cláusulas pétreas da Constituição originária.

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4. A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante não autoriza a suspensão dos processos em que se discuta a mesma questão.

5. O ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade não está sujeito a observância de qualquer prazo de natureza prescricional ou de caráter decadencial, eis que atos inconstitucionais jamais se convalidam pelo mero decurso do tempo.

6. O rol de legitimados para os processos objetivos de controle de constitucionalidade não

comporta interpretação extensiva.

7. O indeferimento de liminar em ação direta de inconstitucionalidade, pouco importando o fundamento, não dá margem à apresentação de reclamação.

8. Não cabe reclamação em face de lei municipal (PGM - Campinas, PGE-TO).

9. A Súmula Vinculante, a qual só pode ser formada no âmbito do Supremo Tribunal Federal, não vincula, entretanto, o Poder Legislativo quando este exerce atividade jurisdicional stricto sensu.

10. No Brasil, o parâmetro para o controle da constitucionalidade abrange as normas constitucionais originárias, as emendas de revisão e constitucionais, as normas do texto constitucional transitório, os tratados internacionais de direitos humanos aprovados com

quórum qualificado.

11. O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo. Neste sentido (PGM/PALMAS): A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante autoriza o juiz decidir fundamentadamente sobre a suspensão do processo em que se discuta a mesma questão até que o enunciado seja

editado, revisto ou cancelado. Falso!

12. Lei municipal pode dispor sobre:

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Horário de funcionamento dos bancos (horário bancário): NÃO (Súmula 19 do STJ) -

Competência da União.

Medidas que propiciem segurança, conforto e rapidez aos usuários de serviços bancários: SIM.

Fonte: dizer o direito (informativo 777)

13. No julgamento da reclamação constitucional, o STF poderá reapreciar, redefinir e atualizar o conteúdo de decisão paradigma proferida em ação direta de inconstitucionalidade.

14. A inconstitucionalidade material envolve não somente o contraste direto do ato legislativo com o parâmetro constitucional, mas também a aferição do desvio de poder ou do excesso de

poder legislativo (PFN/2015).

15. A inconstitucionalidade ocorre no plano da validade, que não se confunde com revogação. Daí seu caráter declaratório, com efeitos ex tunc via de regra.

16. A supremacia constitucional assegura a posição hierárquica privilegiada da Constituição; a rigidez a não revogação da norma constitucional por norma infraconstitucional que disponha de modo diverso daquela, já que a produção e revisão da norma constitucional estão sujeitas a

processo legislativo mais rigoroso.

17. (TRF3) Q: No caso de declaração incidental de inconstitucionalidade em controle concentrado, o Senado será comunicado da decisão e, em juízo discricionário, poderá suspender a execução da lei viciada, quando então a decisão adquire efeito erga omnes. R: Falso! Atualmente, a própria decisão do STF já é erga omnes.

17.1 De acordo com o prof. Márcio André: "O STF decidiu que, mesmo se ele declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade de uma lei, essa decisão também terá efeito vinculante e erga omnes. A fim de evitar anomias e fragmentação da unidade, deve-se atribuir à decisão proferida em sede de controle incidental (difuso) a mesma eficácia da decisão tomada em sede

de controle abstrato".

17.2 Se você não lembra desse julgado, leia https://www.dizerodireito.com.br/2017/12/stf-muda-sua-jurisprudencia-e-adota.html

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17.3 Na prova de Campo Largo Paulista, a Vunesp já considerou correto falar que o STF adota a

teoria da abstrativização.

18. Outro julgado importantíssimo: "Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados. STF. RE 650898-RS"

19. (FCC) Q: é inadmissível o exercício do controle incidental de inconstitucionalidade pelo Superior Tribunal de Justiça, ainda que realizado nas causas de sua competência originária. R: Falso! Qualquer juiz ou tribunal pode realizar o controle de constitucionalidade de forma incidental.

20. A cláusula de reserva de plenário não se aplica quando o órgão fracionário de Tribunal julga constitucional o ato normativo sub judice e quando aplica a técnica de interpretação conforme a constituição (PGM-SOROCABA). Também não se aplica a reserva de plenário: análise de norma pré-constitucional; julgamento de RE; Turma recursal de JE; medica cautelar; se já houver pronunciamento do tribunal ou STF sobre o tema e decisão monocrática de relator.

20.1 (FCC - 2018) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte, viola a cláusula de reserva de plenário prevista na Constituição Federal, sendo, no entanto, inaplicável a regra do full bench quando a decisão for proferida em

sede cautelar.

21. O controle de constitucionalidade somente será exercido em uma Medida Provisória (MP), em caráter excepcionalíssimo, quando flagrante a ausência de urgência e relevância.

22. O STF também admite a modulação de efeitos em sede de controle difuso, não somente no concentrado.

23. Importante: Tratando-se de ação direta de inconstitucionalidade da competência do Tribunal de Justiça local – lei estadual ou municipal em face da Constituição estadual –, somente é admissível o recurso extraordinário diante de questão que envolva norma da Constituição Federal de reprodução obrigatória na Constituição estadual.

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24. Quem propõe a ADI interventiva é o PGR. No âmbito estadual o legitimado é o PGJ. De acordo com Pedro Lenza: "O único e exclusivo legitimado ativo para a propositura da representação interventiva federal é o Procurador-Geral da República, que tem total autonomia e discricionariedade para formar o seu convencimento de ajuizamento".

24.1 A legitimidade ativa para a propositura de representação interventiva estadual está restrita

ao procurador-geral de justiça.

25. Atenção: Na ADI interventiva mesmo que, no mérito, seja julgada procedente, não produz decisão dotada de eficácia contra todos e efeito vinculante. Importante também salientar que na ADI interventiva também é admissível a concessão de medida cautelar.

25.1 A liminar poderá consistir na determinação de que se suspenda o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais ou administrativas ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da representação interventiva.

26. A ADI interventiva é modalidade de controle de constitucionalidade concreto e concentrado.

Há legitimado passivo;

27. O PR está vinculado à decisão do STF e é obrigado a decretar intervenção. Não cabe controle

político por parte do CN.

28. A decisão da ADI interventiva é irrecorrível, não podendo ser impugnada por ação rescisória.

29. Não cabe ADPF contra veto (posição majoritária). Existe um entendimento isolado (monocrático) admitindo (ADPF 45). Vunesp 2018 dispõe que não pode.

30. Na ADI por omissão, o órgão administrativo deve suprir a omissão no prazo de 30 dias.

31. É admissível a participação de amicus curiae na ADI por omissão. (CESPE) Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, admite-se a participação do amicus curiae, bem como de peritos especializados na realização de audiências públicas.

32. Não cabe ADI por omissão se o ato for concreto, mas somente em relação a ato normativo,

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33. Somente cabe ADI por omissão em face de normas constitucionais de eficácia limitada. Dentro da subdivisão das normas de eficácia limitada em princípio institutivo e programático,

somente estas últimas são alvo da ADI por omissão.

34. Admite-se a fungibilidade entre ADPF e ADI (PGM-SBC). Importante mencionar que a decisão da ADPF não pode ser alvo de ação rescisória e a legitimidade ativa é a mesma da ADI, ou seja,

não é de qualquer cidadão.

35. Importante: Cabe ADPF contra ato normativo já revogado.

36. Não cabe ADPF contra súmulas, inclusive vinculantes. Neste sentido (PGM-JP) Embora seja viável a utilização da ADPF para tratar de violação a preceito fundamental decorrente de decisões judiciais do próprio Poder Judiciário, esse instrumento constitucional não é a via adequada para a obtenção de interpretação, revisão ou cancelamento de súmula vinculante.

37. Além dos atos normativos, podem ser objeto da ADPF atos não normativos, tais como contratos administrativos e atos judiciais (Sorocaba). Atenção: Se o ato judicial já estiver com

trânsito em julgado, não cabe ADPF.

38. Nas ações de controle perante o STF, o Partido Político deve estar representado pelo

diretório nacional.

39. Princípio da subsidiariedade: quando couber outras ações de cunho objetivo, como ADI e ADC, a ADPF não será utilizada. Isso ocorre em relação também às ações de

inconstitucionalidade no âmbito do TJ (Info 532, STF).

40. A ação declaratória de constitucionalidade, diversamente do que ocorre com a ação direta de inconstitucionalidade, requer para a sua propositura a exigência de controvérsia judicial relevante. Importante lembrar que não pode ser controvérsia apenas doutrinária.

41. ADC é somente para atos normativos federais.

42. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo (Nova York, 2007), promulgada pelo Decreto nº 6.949/2009, faz parte do conceito de bloco de

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constitucionalidade.

43. Também cabe amicus curie na ADC (PGE-SP).

44. Perderá efcácia a medida cautelar deferida em sede de ação declaratória de constitucionalidade, caso o Supremo Tribunal Federal não proceda ao seu julgamento no prazo de cento e oitenta dias da concessão. Vale ressaltar que ultrapassado esse prazo sem o julgamento da ADC não ocorre a perda automática dos efeitos da liminar (ADC nº 4).

45. Se a inconstitucionalidade de uma norma atinge outra, tem-se a denominada

inconstitucionalidade consequencial ou por arrastamento.

45.1 O chefe do Poder Executivo editou decreto regulamentar visando dar fiel cumprimento a determinada lei. Tal lei, entretanto, foi declarada inconstitucional em ação direta de inconstitucionalidade no STF. A ação não fez qualquer menção ao decreto. Nessa situação hipotética, o STF poderá declará-lo inconstitucional, por se tratar de inconstitucionalidade por arrastamento.

46. As leis orçamentárias podem ser objeto de controle de constitucionalidade (PGE-SE).

47. O sistema de controle de constitucionalidade brasileiro não admite que pessoas privadas figurem no polo passivo de ação direta de inconstitucionalidade.

48. Na ADI, o ingresso de amicus curiae depende de pertinência temática (PGM-BH).

49. Ao instituir sistema estadual de controle abstrato de normas, o estado não estará obrigado a prever em sua Constituição um rol de legitimados para a ação necessariamente equivalente àquele previsto para o controle abstrato de normas no STF. Ele só não pode atribuir a

legitimidade para agir a um único órgão.

50. A sanção presidencial a projeto de lei não supre vícios de iniciativa, padecendo de vício formal a lei sancionada, a ser declarado por meio de ação judicial própria.

51. O que é preceito fundamental? De acordo com Bernardo Gonçalves, são aquelas normas materialmente constitucionais que fazem parte da Constituição formal (Não são unicamente os

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direitos fundamentais, como foi cobrado na PGM-JP).

52. Não é cabível ação rescisória da ADPF (PGM SBC). A questão também cobrou o conhecimento de que, via de regra, a ADPF tem efeito "ex tunc".

53. Atenção! o STF decidiu que pode existir modulação de efeitos, de ofício, mesmo quando não conheça os embargos de declaração pedindo a modulação por intempestividade. Informativo 918

54. A modulação de efeitos tem como requisito as razões de segurança jurídica ou de

excepcional interesse social (Advogado - UEL).

54.1 Na PGM-PARANAVAì foi considerada CORRETA a seguinte alternativa: "A modulação temporal das decisões em controle judicial de constitucionalidade decorre diretamente da Carta de 1988 ao consubstanciar instrumento voltado à acomodação otimizada entre o princípio da nulidade das leis inconstitucionais e outros valores constitucionais relevantes, notadamente a segurança jurídica e a proteção da confiança legítima, além de encontrar lastro também no

plano infraconstitucional".

55. Importante! Admite-se o controle preventivo de constitucionalidade do projeto de lei, por comissão da própria casa legislativa de origem ou pelo presidente da República, quando da sanção.

56. A ADPF é, via de regra, meio inidôneo para processar questões controvertidas derivadas de normas secundárias e de caráter tipicamente regulamentar (ADPF-AgR 93/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

57. A única hipótese de controle preventivo, a ser realizado pelo Judiciário, sobre projeto de lei em trâmite em uma Casa Legislativa é pela via de exceção, em defesa do direito do parlamentar

ao devido processo legislativo constitucional.

57.1 Na prova de procurador da CLDF, a FCC considerou CORRETA a seguinte assertiva: "cabível, uma vez que se admite a legitimidade do parlamentar para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo (...)".

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58. Não cabe ADI contra regulamento que disponha sobre o licenciamento ambiental de

cemitérios (DPF - 2018).

59. Importante! A súmula vinculante pode ser proposta de ofício pelo STF.

60. O amicus curiae pode realizar sustentação oral no STF (Proc. Unicamp).

61. Importante! A decisão do Relator que ADMITE ou INADMITE o ingresso do amicus curiae é irrecorrível.

STF. Plenário. RE 602584 AgR (DOD)

62. Os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade, que necessitam, obrigatoriamente, estar representados no processo por advogado, porque não possuem capacidade postulatória especial para essa finalidade são Partido político com representação no Congresso Nacional e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

63. O sistema austríaco de controle de constitucionalidade é o concentrado, que atua como legislador negativo e sendo uma decisão contra todos e pela via principal.

63.1 O sistema americano é o difuso, realizado por qualquer juiz, controlando-se a

constitucionalidade de modo incidental

e gerando efeitos tradicionalmente intitulados e inter partes e com efeitos ex tunc (Bernardo

Gonçalves Fernandes, p. 1432, 9ª ed).

63.1.1 Neste sentido a vunesp considerou ERRADA na PGM-SOROCABA: "Como regra geral, a decisão proferida em sede de controle difuso produz efeitos inter partes e ex nunc, quando

declara a inconstitucionalidade do ato normativo".

64. Além dos atos normativos, podem ser objeto da ADPF atos não normativos, tais como contratos administrativos e atos judiciais (PGM-SOROCABA). 65. É inadmissível ação direta de inconstitucionalidade contra ato normativo que ofenda o texto constitucional apenas de forma indireta e reflexa (FCC). 66. O prefeito não é parte legítima para ingressar com ADPF (Prev - SJP).

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67. A Emenda Constitucional n. 45/2004 (Reforma do Judiciário) ampliou a legitimação ativa para o ajuizamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), igualando aos legitimados da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). 68. O controle de constitucionalidade visa garantir a supremacia e defesa das normas constitucionais (explícitas ou implícitas), devendo ser entendido como verificação de compatibilidade dos atos normativos com a Constituição. Desta forma, é preciso que exista uma

constituição formal e rígida.

69. Não basta apenas a declaração de inconstitucionalidade, é preciso também uma sanção, ou seja, a declaração de invalidade da lei ou ato normativo. 70. A inconstitucionalidade formal é conhecida também como nomodinâmica, enquanto a

material é conhecida como nomoestática.

71. A inconstitucionalidade formal se divide em três: a) formal orgânica - descumpre regra de competência; b) descumprimento dos pressupostos objetivos - relacionado como elementos de competência (p.ex: falta de relevância e urgência em MP) e c) propriamente dita - inobservância

do processo legislativo.

A propriamente dita se subdivide em duas: subjetiva - vício na iniciativa e objetiva - fase

constitutiva e complementar do processo legislativo.

71. Atenção! A inconstitucionalidade pode ocorrer também em virtude do excesso do poder

legislativo ou da proteção insuficiente.

72. A inconstitucionalidade por quebra de decoro parlamentar consiste em abuso das prerrogativas ou percepção de vantagens indevidas pelos parlamentares. 73. O STF pode declarar inconstitucional apenas sobre parte de dispositivos ou palavras, trata-se do princípio da parcelaridade. De acordo com Barroso, não é possível subverter o trata-sentido da

norma com essa decisão.

74. ✅Cabe ADI contra: espécies normativas da CF; resoluções de tribunais; regimento interno de tribunais; R.I. do legislativo; decretos autônomos; resoluções do TSE; resoluções do CNMP E CNJ e lei distrital no exercício de competência estadual.

75. ❌ Não cabe ADI em face de norma constitucional originária; atos normativos anteriores à 88; lei já revogada; dec. Regulamentar; respostas do TSE; convenção coletiva de trabalho; Lei municipal e lei do DF no exercício de competência municipal. 76. Atenção! A ADI possui a causa de pedir aberta, mas o STF fica preso ao pedido (salvo quando

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ocorre Inc. Por arrastamento). 77. O STF pode declarar a norma formalmente constitucional e depois como inconstitucional materialmente.

78. Atenção! Pegadinha PGM-CARUARU: Na ADC está dispensada a participação do AGU como curador de constitucionalidade das normas, já que está sendo solicitado a declaração de constitucionalidade.

79. Na ADC não é possível controvérsia apenas doutrinária, mas sim judicial.

#Dicas – Poder legislativo (att dez 2018)

1. O Brasil adota um modelo de separação de poderes FLEXÍVEL. Modernamente, inexiste mais uma clássica rigidez; fala-se em HARMONIA.

2. Os municípios NÃO participam da formação da vontade nacional. 7. Não se esqueça: Câmara dep. -> Representantes do Povo; SF -> Representantes dos Estados;

3. Sessões BICAMERAIS são a regra. A CF prevê hipóteses excepcionais de sessões CONJUNTAS. 3.1. *Não confundir sessões CONJUNTAS (*CN atua bicameralmente) com as sessões UNICAMERAIS (*CN atua como uma só casa). Entre outras diferenças, tem-se que estas somente são previstas para o caso da revisão constitucional (art. 3 ADCT).

3.2. *A Mesa do CN atua nas sessões CONJUNTAS. 4. CPI

4.1. A CPI deve ser criado por prazo certo, *porém são permitidas sucessivas prorrogações, desde que no âmbito da mesma legislatura.

4.2. Direito público subjetivo das minorias/Direito de oposição (art. 58§3): satisfeitos os requisitos, a criação da CPI é determinada no ato mesmo do requerimento ao Presidente da Casa Legislativa, *mesmo contra a vontade da maioria da Casa. *INDEPENDE de deliberação plenária e NÃO cabe ao presidente da casa apreciação do mérito sobre a CPI.

4.2.1. Ofenderá a CF a decisão do plenário da Câmara dos Deputados que, com base no princípio majoritário, rejeitar a criação de comissão parlamentar de inquérito para apurar fato certo e determinado, objeto de requerimento de um terço dos membros da referida casa legislativa (MS 26.441).

4.3. Poderes de investigação:

4.3.1. Atenção! CPI NÃO pode praticar ato de reserva de jurisdição, (ex. não pode interceptar ligações telefônicas). *As CPIs podem apenas querer à autoridade judicial competente a decretação dessas medidas.

4.3.2. (FCC) As CPI estão autorizadas a decretar a quebra de sigilo BANCÁRIO, FISCAL e TELEFÔNICO de pessoas investigadas, sem a intermediação do poder Judiciário, fundamentando a medida.

4.3.2.1. *SIGILO TELEFÔNICO (sigilo de DADOS telefônicos; registros) X SIGILO DAS LIGAÇÕES TELEFONICAS (INTERCEPTAÇÃO telefônica; teor da conversa em si).

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4.3.2.2. “No âmbito do poder legislativo, apenas as CPIs podem determinar a apresentação de declaração de bens ou informações sob sigilo fiscal” (ADIN 2.225. inf. 755).

4.3.3. CPI pode obter informações de documentos sigilosos. 4.3.4. CPI NÃO pode determinar a quebra de sigilo judicial.

4.3.5. CPI Não pode determinar qualquer espécie de prisão *salvo prisão em flagrante (p. ex. crime de falso testemunho).

4.3.6. CPI também NÃO pode determinar a indisponibilidade de bens, bem como nenhuma medida cautelar (poder geral de cautela) penal ou civil.

4.3.7. CPI também NÃO pode determinar busca e apreensão domiciliar.

4.3.8. CPI pode convocar índios para depor em audiência *desde que a ouvida se dê na área indígena.

4.3.9. CPI pode convocar magistrado para depor *desde que somente sobre sua atuação como administrador público (prática de ato administrativo), *não podendo ser chamado a prestar esclarecimentos sobre ato jurisdicional, ainda que a convocação tenha sido para justificar a demora no julgamento de processos. 4.3.10. CPI NÃO pode anular atos do Poder Executivo.

4.3.11. A CPI NÃO promove a responsabilização do agente, mas encaminha para o MP e Advocacia Pública para que sejam responsabilizados.

4.4. As deliberações das CPI’s devem observar o postulado da colegialidade *sobretudo quando da adoção de medidas restritivas de direitos.

5. Legislatura > Sessão legislativa ordinária > Período legislativo. 6. Sessão legislativa extraordinária (ART. 57):

6.1. Convocação:

6.1.1. Estado de defesa, intervenção federal, estado de sítio posse do PR e do Vice: Pelo Presidente do SF. *Somente nestas hipóteses de convocação pelo Presidente do Senado dispensa-se a aprovação da maioria absoluta do CN. Margem de discricionariedade política. A convocação, por si, força a convocação extraordinária do CN.

6.1.2. Urgência ou interesse público relevante: toda convocação aqui exige aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas, *inclusive se feita pelo Presidente do SF (não confundir com a hipótese acima) -

6.1.2.1. Pelo PR;

6.1.2.2. Pelo Presidente da CD; 6.1.2.3. Pelo Presidente do SF;

6.1.2.4. Por requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas.

6.1.3. Obs. O cidadão não tem direito subjetivo a convocar sessão extraordinária da Casa Legislativa (STF, Plenário, MS 25.769).

6.2. Vedação ao pagamento de remuneração extra/parcela indenizinatória:

6.2.1. Não cabe o pagamento de ajuda de custo e nem de nenhuma parcela indenizatória em razão da convocação EXTRAORDINÁRIA.

6.2.2. *Durante a sessão ORDINÁRIA, é cabível o pagamento de ajuda de custo. 7. Alguns desdobramentos do princípio da simetria no âmbito do Poder legislativo:

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7.1. Vedação à recondução de membro da mesa para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente (*no âmbito da mesma legislatura) (art. 57 §8 cf): STF entende que NÃO é norma de reprodução obrigatória para os Estados.

7.2. A criação das CPIs estaduais deve observar compulsoriamente o modelo federal. 7.2.1. O STF já decidiu ser constitucional que as assembleias legislativas estabeleçam

limites para a criação simultânea (investigação do mesmo fato) de CPIs.

7.3. Por simetria, as CPIs estaduais, distritais e municipais gozam das mesmas prerrogativas das instaladas no âmbito do CN, inclusive no que se refere ao poder de requisitar informações sigilosas (ACO 730/RJ).

7.3.1. *CPIs DISTRITAIS podem investigar questões relacionadas à competência tanto do Estado quanto do Municípios, em razão do art. 32 §1 cf (ACO 796/MC).

7.4. Sigilo bancário. Os órgãos poderão requerer informações bancárias diretamente das instituições financeiras?

7.4.1. CPI federal: Sim (ART. 4§1 LC 105/01); 7.4.2. CPI estadual/distrital: Sim (STF)

7.4.3. CPI municipal: prevalece que NÃO pode.

7.5. Vedação ao pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação extraordinária (art. 77 §7): reprodução obrigatória para os parlamentares dos Estados-Membros (art. 27, § 2.°, da CF/881’) e do DF (art. 32, § 3.°, da C.F/8813 14).

8. TCU -> 2/3 é escolhido pelo Congresso Nacional e 1/3 pelo Presidente da República; 9. Salvo as exceções previstas na CRFB, não é possível criar Tribunal de Contas Municipais.

Cuidado!! Tribunal de Conta dos Municípios é possível.

9.1. Tribunais de Contas DOS MUNICÍPIOS X Tribunal de Contas DO MUNICÍPIO (Tribunal de Contas Municipais).

10. O período de 4 anos em que se exerce um mandato legislativo é denominado de LEGISLATURA;

11. A fiscalização contábil, financeira e orçamentária dos entes públicos, mediante controle externo, compete ao Poder Legislativo, com auxílio dos respectivos tribunais de contas.

12. Atenção! Proceder a tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após abertura da sessão legislativa é de competência da Câmara dos Deputados;

13. Leitura obrigatória: https://www.dizerodireito.com.br/2018/06/foro-por-prerrogativa-de-funcao.html

Dizer o Direito: Foro por prerrogativa de função: panorama atual Tweets por @dizerodireito. Arquivo 2018 (291) 2018 (291) Novembro (15) Outubro (29) Setembro (26) Agosto (32) Julho (29) Junho (33) INFORMATIVO Comentado 901 STF

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www.dizerodireito.com.br

14. Como isso já foi cobrado? (PC-GO 2018) Por mutação constitucional, passou a aplicar-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e diretamente relacionados às suas funções, de modo que o crime cometido por parlamentar após a diplomação, mas sem relação direta com o cargo, será processado e julgado em primeiro grau.

15. As decisões do Tribunal de Contas da União de que resultem imputação de multa aplicada aos responsáveis de forma proporcional ao dano causado ao erário, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, terão eficácia de título executivo. Lembrar que é título executivo extrajudicial.

16. Os TC podem determinar a suspensão de licitações, quando, a partir da análise dos requisitos de habilitação ou julgamento previstos no correspondente edital, sejam identificadas ilegalidades que afetem seu caráter isonômico e restrinjam a competitividade. 17. O número de Senadores por Estado é igual, o que varia é o número de DF. (CESPE) Q: O número de deputados e de senadores é definido em lei de acordo com o número de habitantes de cada Estado e do Distrito Federal. R: Falsa!

18. Compete à Câmara dos Deputados autorizar a instauração de processo contra o presidente da República, e ao Senado Federal compete o seu processamento e julgamento, nos casos de crimes de responsabilidade.

19. A autorização necessária para a instituição de pesquisa de riquezas minerais em área indígena é concedida exclusivamente pelo Congresso Nacional.

20. A perda do mandato em razão de mudança de partido não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas pelo eleitor. Assim, não se aplica ao Senador, que é eleito pelo sistema majoritário

21. Atenção: Delegados não podem ter foro por prerrogativa de função. 22. Cada território federal tem direito a 4 Deputados Federais.

23. O parecer do Tribunal de Contas sobre as contas do governador tem caráter meramente opinativo.

24. ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL:

24.1. Arts. 48 e 49: rol meramente EXEMPLIFICATIVO.

24.2. Matérias do art. 48: disciplina por LEI ORDINÁRIA OU COMPLEMENTAR (*e, portanto, também por MP). *Exige-se sanção presidencial. *Aqui, lembre-se da

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distinção entre NORMAS GERAIS/DE CARATER NACIONAL (LEIS NACIONAIS) X NORMAS ESPECIFICAS/FEDERAIS (LEIS FEDERAIS).

24.3. Matérias do art. 49: disciplina por DECRETO LEGISLATIVO. 24.4. Atenção para os seguintes incisos:

24.4.1. Art. 48: III, IX.

24.4.2. Art. 49: I, III, IV (*APROVAR versus AUTORIZAR versus SUSPENDER), V, IX, XIII, XV, XVII.

24.5. Sobre o inciso IV do art. 49 (APROVAÇÃO da intervenção federal), relembre algumas dicas já colocadas aqui (estão dentro de intervenção federal):

24.5.1. Nem todo ato interventivo está sujeito ao controle político (feito pelo CN). Lembre-se que esse controle não ocorre nas intervenções por requisição judicial (também ditas intervenções decididas pelo Poder Judiciário).

24.5.2. Nas hipóteses nas quais o PR deva submeter o decreto ao CN (controle político), acaso o CN não esteja funcionando, o Presidente do Senado deverá fazer uma convocação extraordinária. *Mesmo raciocínio aplica-se na orbita da intervenção estadual.

24.6. Sobre o inciso V do art. 49 (controle político do poder regulamentar), relembre uma dica já colocada aqui (dentro de poderes administrativos):

24.6.1. O CN pode suspender/sustar o ato que extrapole o poder regulamentar. *Atenção: o CN não pode revogar o ato.

25. ATRIBUIÇÕES DA CAMARA DOS DEPUTADOS

25.1. Atenção para os seguintes incisos do art. 51: I e IV.

25.2. Competência privativa da CD (art. 51) => disciplina por RESOLUÇÃO (sem interferência do SF ou do Presidente da República). *Exceção no inciso IV: “INICIATIVA DE LEI para a fixação da respectiva remuneração, observado aos parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias” (A CD tem apenas a iniciativa da lei sobre essa matéria; o PL deverá, depois de aprovado pelas duas Casas, ser submetido a sanção (ou veto) do PR.

25.2.1. Então, temos que diferenciar COMPETENCIA PRIVATIVA (resolução) X INICIATIVA PRIVATIVA de lei.

26. ATRIBUIÇÕES DO SENADO FEDERAL

26.1. Atenção para os seguintes incisos do art. 52: I, III, X, XI, XIIII, XIV, XV e § único. 26.2. Competência privativa do SF (art. 52): mesmo raciocínio aplicado à CD (item 2.2

e 2.2.1).

27. CONVOCAÇÃO (art. 50 caput cf) E PEDIDO DE INFORMAÇÃO (art. 50 §2 cf) A MINISTRO DE ESTADO

27.1. Vide também previsão do art. 58 §2 III.

27.2. Perceba que os esclarecimentos podem ser prestados PESSOALMENTE (*art. 50 caput, convocação) ou POR ESCRITO (*§2 do art. 50, pedido de informação).

28. IMUNIDADE MATERIAL/REAL/SUBSTANTIVA (INVIOLABILIDADE):

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28.2. Exclui ação repressiva ou condenatória MESMO DEPOIS DE EXTINTO O MANDATO.

28.3. Afasta a ilicitude da conduta. 28.4. É importante distinguir:

28.4.1. DENTRO DO CONGRESSO: a imunidade independe do assunto. É absoluta, permanente e de ordem pública. Fundamento: presunção absoluta de pertinência com o desempenho da atividade parlamentar.

28.4.2. FORA DO CONGRESSO: a imunidade só incide quando as manifestações dos congressistas se derem no exercício do mandato, isto é, quando guardarem conexão com a atividade parlamentar. Nesse sentido, “Deputados e Senadores possuem imunidade material mesmo quando exerçam a liberdade de opinião em ambiente privado, desde que as manifestações guardem conexão com o desempenho da função legislativa ou tenham sido proferidas em razão dela” (TRF-2).

28.5. Requisito: titularidade. Suplentes, assessores (...) NÃO fazem jus a essa prerrogativa.

28.6. *Atenção: é possível que determinado comportamento esteja acobertado pela imunidade material (criminal) mas que, por outro lado, caracterize-se como abuso de prerrogativa e, assim, venha a ensejar, no âmbito da Casa Legislativa, a perda do mandato por quebra de decoro parlamentar (art. 55, II).

28.7. *Essa imunidade NÃO contempla as investigações instauradas pela Justiça Eleitoral para apurar a prática de abuso de poder econômico durante a campanha. 28.8. *Importante! É sempre bom lembrar que a imunidade do vereador é somente

dentro do Município que exerce a vereança.

29. IMUNIDADE FORMAL/PROCESSUAL (*incoercibilidade pessoal RELATIVA - freedom from arrest):

29.1. PARA A PRISÃO PROCESSUAL (53 §2 cf):

29.1.1. Refere-se tanto à prisão PENAL processual (também chamada de PROVISÓRIA) quanto à prisão CIVIL.

29.1.2. DESDE A DIPLOMAÇÃO. *Note que é ato anterior à posse.

29.1.3. Abrange os crimes praticados ANTES ou DEPOIS da DIPLOMAÇÃO.

29.1.4. NÃO afasta a ilicitude da conduta criminosa. *Veja que é diferente do que ocorre no âmbito da imunidade material/inviolabilidade.

29.1.5. EXCEÇÃO: flagrante de crime inafiançável. Portanto, só poderão ser cautelarmente presos nesta hipótese. *Porém, mesmo aqui, a MANUTENÇÃO da prisão dependerá de AUTORIZAÇÃO da Casa Legislativa respectiva, e não da vontade do Judiciário. Os autos deverão ser remetidos dentro de 24 HORAS à Casa para que, pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA, resolva sobre a prisão. FORMAÇÃO DE CULPA pela Casa, pelo VOTO OSTENSIVO E NOMINAL da maioria dos seus membros.

29.1.6. *Com a EC 35/2001, a votação tornou-se ABERTA, uma vez que a EC SUPRIMIU a expressão “voto secreto”. Desse modo, o dispositivo do Regimento Interno do Senado que previa o voto secreto para apreciar a prisão dos parlamentares NÃO foi RECEPCIONADO pela EC 35/2001.

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29.1.7. A REGRA é que as votações na Câmara dos Deputados e no Senado Federal sejam ABERTAS. *A votação secreta somente é permitida se for expressamente prevista na CF. Em caso de silêncio, prevalece a publicidade.

29.1.8. *A imunidade formal NÃO proíbe a prisão em razão de sentença judicial transitada em julgado. *Caso o congressista sofra condenação criminal em sentença transitada em julgado, mas NÃO perca o mandato por decisão da Casa a qual pertence, poderá ele ser preso, cumprir a pena e, ao final, retornar a Casa legislativa para exercer o período restante do mandato.

29.1.9. Obs. Sobre crimes inafiançáveis, sugiro a leitura do info. 809 STF do DoD, julgado “Prisão cautelar de Senador”, caso Delcídio Amaral, item 5 do julgado. https://www.dizerodireito.com.br/2015/12/informativo-esquematizado-809-stf_15.html

29.2. PARA O PROCESSO CRIMINAL (53 §§ 3 a 5 cf):

29.2.1. Significa a possibilidade de sustação do andamento do processo penal.

29.2.2. Abrange apenas os crimes praticados APÓS a diplomação. *Diferentemente do que ocorre no âmbito na imunidade para a prisão. *Se o crime foi praticado ANTES da diplomação, NÃO há que se falar em imunidade PARA O PROCESSO, isto é, em possibilidade de sustação do andamento do processo pela Casa Legislativa respectiva (*Atenção! Incide a imunidade em relação a PRISÃO).

29.2.3. *Após a comunicação feita pelo STF, a Casa NÃO poderá agir de ofício. É indispensável a provocação de partido político com representação.

29.2.4. *A partir da EC 35/2001 NÃO há mais necessidade de previa autorização da Casa Legislativa para que possa ser instaurado processo criminal contra o congressista. 29.2.5. Na hipótese de ter havido sustação do processo em crime praticado após a diplomação, em CONCURSO DE AGENTES por parlamentar e outro indivíduo que não goze da referida imunidade, o STF, por motivo de conveniência, decidiu pelo DESMEMBRAMENTO do processo (art. 80 do CPP), em razão da diferença do regime de prescrição, visto estar suspenso somente o prazo prescricional em relação ao parlamentar (cf. STF, lnq. 1.107/MA, Rel. Min. Octavio Gallotti). *A sustação do andamento da ação penal e a suspensão da prescrição só podem ocorrer para o parlamentar.

ADMININSTRATIVO

Fontes do Direito Administrativo (dez 2018)

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✅ A lei deve ser considerada em sentido amplo, para abranger normas constitucionais e infraconstitucionais. Lembrar do princípio da juridicidade (PGM-MANAUS), que significa o respeito pela lei e direito, ou seja, o D.A. deve ser interpretado à luz do texto constitucional.

✅ A doutrina é considerada como fonte material no direito administrativo. Embora não seja vinculante, pode influenciar no âmbito legislativo, judicial e no administrador público.

✅ Jurisprudência: algumas decisões em tema administrativo são de execução obrigatória, como decisões em ADI e ADC, além de Súmulas Vinculantes. Ex: decisão do STF que permitiu a greve pelos servidores mesmo sem existir lei específica sobre o tema.

✅ Costumes: precisam de dois elementos: a) elemento objetivo - repetição da conduta e b) elemento subjetivo - convicção de obrigatoriedade.

Atenção: ressalvado o costume contra legem, os outros dois (secundum legem e praeter legem) são fontes do D.A.

✅ Precedentes administrativos são decisões tomadas no seio da administração pública que devem ser observadas pela própria administração em casos futuros. Ex: parecer da AGU com despacho presidencial vincula a administração federal (Art. 40, LC 73/93).

Por fim, importante ressaltar que a analogia, como método de integração do D.A. não pode ser fundamento para aplicação de penalidades e tributos no âmbito disciplinar e poder de polícia quando inexistir disposição legal expressa.

Terceiro setor - teoria geral (dez 2018)

São entidades que desempenham atividades de interesse social mediante vínculo de parceria com o Estado. Tem como fundamento a subsidiariedade da atuação do poder público, administração consensual e fomento das atividades sociais.

São entidades privadas, que não integram a administração indireta, que possuem as seguintes características: criados pela iniciativa privada; não possuem finalidade lucrativa; vínculo legal ou negocial e benefícios públicos.

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Como exemplo, podemos citar OS, OSCIP, Serviços sociais autônomos (sistema S) e OSC.

Importante! O sistema S não se submete ao regime de precatório e não precisam realizar concurso público, apenas processo seletivo objetivo (Info 759, STF).

A justiça competente para julgar as entidades do terceiro setor é a comum estadual, também exerce controle o Tribunal de Contas e possuem empregados celetistas. À princípio o teto remuneratório não é aplicável ao terceiro setor, posição do TCU no Ac. 2.328/2006.

Seus bens são privados; as PJ de direito público não precisam licitar para contratar as entidades; sua responsabilidade é subjetiva e alguns casos possuem imunidade tributária.

PROCESSO CIVIL

Teoria da ação (dez 2018)

O direito de ação é abstrato, ou seja, independe da relação jurídica deduzida.

A escolha do procedimento também é postestativa, como no caso que a parte escolhe entre impetrar MS ou propor ação ordinária.

Ação condenatória é quando se afirma a titularidade do Direito à uma prestação e pela qual se busca a certificação e efetivação desse mesmo direito, com a condenação do réu ao cumprimento da prestação devida.

Ação constitutiva é demanda que tem por objetivo obter a certificação e efetivação de direito prestativo. Não precisa de atividade executiva por absoluta desnecessidade. Regra: efeitos ex nunc.

Ação meramente declaratória é aquela que busca a simples certificação, sendo, portanto, imprescritível.

Admite -se ação meramente declaratória para fins previdenciários e também para interpretação de cláusulas contratuais.

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No Brasil, a única ação meramente declaratória de fato permitida é sobre a autenticidade ou falsidade documental.

As condições da ação são legitimidade e interesse. A possibilidade jurídica do pedido não faz mais parte. Atenção! Tema com divergência doutrinária, mas acredito ser a posição mais segura.

Embargos de Terceiro (dezembro 2018)

É ação de conhecimento de rito especial sumário, de que dispõe o terceiro ou a parte a ele equiparada, sempre que sofra uma constrição de um bem do qual tenha posse (como senhor ou possuidor) em razão de decisão judicial proferida num processo do qual não participe.

Cuidado! Embargos de terceiro x ação possessória: enquanto nos embargos de terceiro o ato de esbulho advém de uma ordem judicial, cumprida pelo oficial de justiça, nas ações possessórias a agressão à posse é praticada sem nenhum respaldo jurisdicional, por particulares ou entes estatais (o Estado também pode ser esbulhador), sem nenhuma ordem judicial que a justifique.

Legitimidade ativa: terceiro que sofre indevidamente a constrição judicial;

Legitimado passivo: terceiro a quem a constrição aproveita;

Atenção! Em embargos de terceiro, quem deu causa à constrição indevida deve arcar com os honorários advocatícios (Súmula 303, STJ).

Competência: Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado.

Prazo para sua propositura: Dispõe o CPC: "Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta".

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Prazo para resposta: 15 dias! Atenção! No CPC-73 o STJ decidiu que não era cabível apresentar reconvenção após a contestação. No entanto, no CPC-15 existe divergência sobre a possibilidade ou não (Resp 1.578.848);

O embargado poderá alegar toda a matéria de defesa possível, sendo os embargos um processo de COGNIÇÃO PLENA, à exceção dos embargos ajuizados por credor com garantia real, visto que nesses casos as defesas do embargado estão limitadas pelo art. 680 do Novo CPC e pela alegação de fraude à execução, que demanda o ajuizamento de ação pauliana.

A maioria da doutrina entende se tratar a sentença nos embargos de terceiro de constitutiva negativa. Vale ressaltar que os embargos de terceiro é uma ação sincrética, ou seja, não precisa de um processo autônomo para execução, podendo ocorrer nos mesmos autos.

Ler Artigos 674 - 681, CPC

ACP – TAC (dez 2018):

a) Somente órgãos públicos podem firmar o TAC;

b) Ocorre somente a transação formal, que não significa renúncia ao direito coletivo em questão, que pode ser transacionado, como no caso de forma e prazo de reparação;

c) É título executivo extrajudicial, sendo desnecessária a presença de testemunhas para ser válido;

d) Pode ter cláusula Penal moratória, mas nunca compensatória; e) Pode ser total ou parcial;

f) O TAC pode ser judicial ou extrajudicial. No TAC judicial não há vedação aos outros legitimados;

g) Não é condição obrigatória para propor ACP o prévio inquérito civil; h) O MP não é obrigado a propor TAC antes de oferecer a ACP;

i) A assinatura do TAC não obsta a ação penal.

Jurisdição - Parte 1 (dezembro 2018)

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Ao decidir o caso, o juiz exerce uma atividade criativa, onde surgirá uma norma jurídica individual.

O Poder Jurisdicional se desenvolve por meio do processo, onde deve ser garantido o devido processo legal e seus colorários.

Enquanto os atos normativos são gerais e abstratos, a jurisdição ocorre em situações concretas.

A jurisdição não é controlado por nenhum poder: ao judiciário compete dar a última palavra.

Somente decisões judiciais podem se tornar imutáveis e indiscutíveis.

Equivalentes jurisdicionais são formas alternativas de resolução de conflitos, como, por exemplo, temos a autotutela, autocomposição e tribunais administrativo. Existe uma tendência para a resolução pacífica das lides, como a mediação e conciliação, sistema multiportas da justiça.

Jurisdição - continuação (dez 2018)

A arbitragem é considerada forma de jurisdição, embora não seja estatal.

Vale ressaltar que a arbitragem pode ser utilizada também pelo Poder Público, em relação aos direitos patrimoniais disponíveis.

Princípios da jurisdição:

a) territorialidade - o magistrado somente tem autoridade nos limites de sua competência territorial;

b) indelegabilidade - o exercício da jurisdição não pode ser delegado. Obs: alguns atos, instrutórios, como colheita de prova podem ser delegados.

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c) juiz natural - significa ser julgado pela autoridade constituída e devida, sem que seja designado posteriormente. Obs: a criação de varas especializadas não afronta esse princípio.

d) inafastabilidade da jurisdição - possibilidade de ser levado ao judiciário conflitos de interesse.

Atenção! Os procedimentos de jurisdição voluntária podem ser decididos pela equidade.

Para a CESPE não há lide nos procedimentos de jurisdição voluntária. Obs: tema divergente na doutrina.

#Dicas - Mandado de Segurança Coletivo e individual (dezembro 2018)

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1. A lei não tutela direitos difusos por meio do MSC (MPPR - CESPE), apenas direitos coletivos e individuais homogêneos. Assim: "os direitos difusos podem ser por ele protegidos" (DPEMS). Tal quesito deve ser considerado errado, em que pese a doutrina aceitar tal hipótese, não existe previsão legal para tutela de direito difuso no MSC.

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1.1. Atenção! No caso do MSC que visava impedir a nomeação do ex-presidente Lula como Ministro, Gilmar Mendes aceitou a impetração de MSC para proteção de interesses difusos, embora seja decisão monocrática, é interessante conhecê-la (MSC 34.071/DF).

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2. Para impetrar MSC não é preciso autorização dos associados. Súmula 629, STF: "A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes". Isso ocorre porque estamos diante de substituição processual autônoma e exclusiva.

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2.1 (PGM-Mogi/SP) Associação não precisa de autorização especial dos substituídos para propor mandado de segurança coletivo.

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3. No MSC, a associação atua como substituta processual dos associados (MPE/MG). -

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4. Apenas no caso de associação é preciso observar o prazo mínimo de um ano de constituição (RE 198.919), não é preciso que tenha existência mínima no caso de sindicatos ou entidade de classe (CESPE - FUB).

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5. TCM/GO/Procurador: os substituídos podem ser admitidos como terceiros interessados no mandado de segurança coletivo. FALSO! "Impetrado mandado de segurança coletivo, descabe admitir, como terceiros interessados, os substituídos" (MS 26.794 AgR).

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6. CESPE - DPC/GO: No mandado de segurança coletivo, o fato de haver o envolvimento de direito apenas de certa parte do quadro social afasta a legitimação da associação. Falso! pode ser impetrado apenas em favor de parte dos membros. Súmula 630: "A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria".

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7. Não cabe MSC para buscar simples interesses dos associados: "Simples interesses, que não configurem direitos, não legitimam a válida utilização do mandado de segurança coletivo (MS 21.291 AgR-QO)".

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8. O partido político não pode utilizar MSC para buscar desconstituir a exigência de tributo em favor da população: "O partido político não está, pois, autorizado a valer-se do mandado de segurança coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de tributo (RE 196.184).

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9. O sindicato não precisa estar registrado no MTE para impetrar MSC: "A legitimidade de sindicato para atuar como substituto processual no mandado de segurança coletivo pressupõe tão somente a existência jurídica, ou seja, o registro no cartório próprio, sendo indiferente estarem ou não os estatutos arquivados e registrados no Ministério do Trabalho RE 370.834". -

10. No MSC também são aplicáveis as restrições para o MS comum, como impossibilidade de MSC contra lei em tese, dilação probatória, condenação em honorários advocatícios, honorários recursais, etc.

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Requisitos para impetração de MSC: a) subjetivos: Partido Político com representação no Congresso Nacional; entidades de classe, sindicatos ou associações, estas últimas constituídas a pelo menos um ano, na forma da lei; b) objetivos: direito líquido e certo; ilegalidade ou abuso de poder; autoridade pública ou pessoa jurídica no exercício de função delegada.

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11. Os sindicatos de servidores não têm legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança em defesa de interesse de candidatos aprovados em concurso público destinado ao provimento de cargos na Administração Pública. Isso ocorre porque ainda não podem ser considerados servidores (AgInt no RMS 49529/MG).

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12. MPDFT - Promotor: Diversamente do procedimento do mandado de segurança individual, no mandado de segurança coletivo, em regra, a concessão de suspensão liminar do ato impugnado deve ser precedida de audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público. CORRETO! É preciso que exista prévia oitiva do representante da Fazenda Pública no prazo de 72 horas (Art. 22).

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13. MPE-PA - Promotor: Como regra, o mandado de segurança coletivo induz litispendência para as ações individuais sobre a mesma matéria. Falso! Vejamos o Artigo: "O mandado de segurança coletivo NÃO induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva".

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14. PGE/MT: A legitimidade das associações para representar os interesses dos associados em ações coletivas depende de autorização expressa dos associados, salvo no que diz respeito ao mandado de segurança coletivo, que independe de autorização. Correto! conforme mencionado, no MSC ocorre substituição processual, o que dispensa a autorização. Nas ações coletivas ocorre representação, que necessita de autorização.

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15. O STJ tem entendimento (RESP 700206/MG) no sentido de que o MP pode impetrar MSC, tendo sido inclusive cobrado pela CESPE (MPRO).

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16. Não é possível a utilização de MSC para tutela de interesses meramente individuais. -

17. O STF entende que não se aplica ao MSC as exigências previstas na lei 9.494/97 (RMS 23.769).

17.1 A extensão subjetiva da coisa julgada em mandado de segurança coletivo varia conforme o resultado da lide (PGM-BH).

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17.2 Inclusive não se aplica no MSC a exigência de instrução da petição inicial com a relação nominal dos associados e indicação de endereços, conforme previso na Lei 9.494;

18. Atenção: Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento do mérito ou do pedido liminar (FCC - CLDF).

19. São equiparados às autoridades, para os efeitos do mandado de segurança, dentre outros, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas (Procurador - Unicamp).

20. Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública. Por outro lado, não cabe MS se for ato de gestão comercial.

21. A teoria da encampação é aplicável ao mandado de segurança tão-somente quando preenchidos os seguintes requisitos: (1) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que ordenou a prática do ato impugnado; (2) ausência de modificação de competência estabelecida na CRFB/88; e (3) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas.

22. A autoridade impetrada tem legitimidade para interpor recursos.

23. Não há condenação em honorários advocatícios na ação de MS. Nos recursos também é vedada a condenação em honorários recursais.

24. Atenção: A desistência do mandado de segurança é uma prerrogativa de quem o propõe e pode ocorrer a qualquer tempo, sem anuência da parte contrária e independentemente de já ter havido decisão de mérito, ainda que favorável ao autor da ação (FCC-DPE/AM).

25. Lembrar que o prazo decadencial é de 120 dias.

26. Atenção: Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre.

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27. Dentre os legitimados a ajuizar o mandado de segurança estão as Chefias dos Poderes Executivos, o espólio, a massa falida e o Ministério Público (Câmara de Cotia - Procurador).

28. Atenção: O ato que SUPRIME ou REDUZ vantagem de servidor é ato único ou prestação de trato sucessivo? Para o STJ, é preciso fazer a seguinte distinção: • Supressão: ato ÚNICO (prazo para o MS é contado da data em que o prejudicado tomou ciência do ato). • Redução: prestação de TRATO SUCESSIVO (o prazo para o MS renova-se mês a mês). Informações do Prof. Márcio André

29. Compete à turma recursal processar e julgar o Mandado de Segurança contra ato de juizado especial.

30. O pagamento dos valores devidos pela Fazenda Pública entre a data da impetração do mandado de segurança e a efetiva implementação da ordem concessiva deve observar o regime de precatórios previsto no artigo 100 da Constituição Federal (PGM-FOR).

31. A autoridade coatora deve prestar informações em 10 dias, não 15.

32. Conforme o entendimento do STJ, NÃO é cabível mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada, por conta própria, por um contribuinte.

33. Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança”. A controvérsia sobre a matéria de fato, por seu turno, impede a sua concessão.

34. O MS não substitui a ação rescisória. Neste sentido (PGE-MA)Q: poderá ser impetrado contra decisão judicial transitada em julgado, para defesa de direito líquido e certo, se não houver fundamento para a ação rescisória. R: Falso! Não é substitutivo de ação rescisória.

35. Atenção: O termo inicial do prazo decadencial para a impetração de mandado de segurança no qual se discuta regra editalícia que tenha fundamentado eliminação em concurso público é a data em que o candidato toma ciência do ato administrativo que determina sua exclusão do certame, e não a da publicação do edital (PGE-MT).

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36. (PGM-FOR) Embora não tenham personalidade jurídica própria, os órgãos públicos titulares de prerrogativas e atribuições emanadas de suas funções públicas — como, por exemplo, as câmaras de vereadores, os tribunais de contas e o MP — têm personalidade judiciária e, por conseguinte, capacidade ativa de ser parte em mandado de segurança para defender suas atribuições constitucionais e legais.

37. Caso um cidadão solicite vista de processo administrativo e seja negado, deverá impetrar MS e não Habeas data. Vejamos: "o Habeas Data (HD) não é o instrumento jurídico adequado para que se tenha acesso a autos de processos administrativos".

Inquérito civil (dez 2018)

É procedimento administrativo inquisitivo que busca angariar provas para subsidiar ação civil pública e termo de ajustamento de conduta.

Tem natureza facultativa e é restrita ao ministério público.

A ACP pode ser proposta mesmo sem prévio inquérito civil (STJ).

Não há contraditório e ampla defesa.

Pode surgir de denúncia anônima, desde que o MP realize diligências preliminares.

Para ser instaurado exige a devida fundamentação.

O Habeas corpus não é meio adequado para questioná-lo.

Sua instauração não interrompe prazo de prescrição para ação de indenização.

(32)

TRIBUTÁRIO

#Dicas - Direito Tributário - Noções Iniciais (dezembro 2018)

1. O Tributo é prestação pecuniária, tem natureza derivada (do patrimônio do particular) e deve ser instituído por meio de lei.

2. O tributo não pode ter finalidade sancionatória, enquanto a multa pode. De acordo com Ricardo Alexandre: "Apesar de ambos serem receitas derivadas, a multa é, por definição, justamente o que o tributo, também por definição, está proibido de ser: a sanção, a penalidade

por um ato ilícito".

3. Somente a lei pode criar tributos. Princípio do no taxation without representation, ou seja, A representação exigida pela sentença é exatamente a aprovação da cobrança por meio dos representantes do povo (Ricardo Alexandre).

4. Atenção! As disposições do Código Tributário Nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS. Cuidado: O fato da prescrição do FGTS ser quinquenal NÃO se relaciona com a normas do CTN.

5. O STF adota a teoria da pentapartição. Assim, são considerados tributos: a) impostos; b) taxas; c) contribuição de melhoria; d) empréstimos compulsórios e e) contribuições especiais. Atenção! Para o direito financeiro são apenas três: a) impostos; b) taxas e c) contribuições. Esse tema caiu na prova da PGE-SE.

6. A competência para a instituição de impostos é PRIVATIVA, conforme previsto na CRFB. Apenas a União pode criar novos impostos, com base na sua competência residual, desde que: a) faça por meio de LC e b) não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos

discriminados na Constituição Federal.

*Atenção*! Dispositivo da LRF: É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput (instituição, previsão e efetiva arrecadação), no que se

refere aos impostos.

7. Para o STF, todos os tributos submetem-se ao princípio da capacidade contributiva (RE 406.955 AgR).

8. A competência residual para criação de taxas é do Estado, já que o mesmo possui a competência material residual (CF).

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9. Atenção! Conforme tese de RG: São inconstitucionais a instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento de tributos.

10. Pedágio: tarifa ou taxa? De acordo com o STF (ADI 800), trata-se de tarifa (preço público), não estando a sua instituição,

consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita. 11. Pavimentação x recapeamento - contribuição de melhoria: De acordo com o STF, a pavimentação de rua é hábil à gerar a incidência da contribuição de melhoria, enquanto no recapeamento ocorre um mero serviço público de manutenção, incapaz de gerar a contribuição

de melhoria (RE 116.148/SP).

12. Sobre a COSIP, conclusões do STF:

a) Lei municipal pode restringir os contribuintes da COSIP aos consumidores de energia elétrica;

b) A alíquota pode ser progressiva;

c) O tributo tem caráter de caráter sui generis, não sendo imposto ou taxa. RE 573.675

A Cosip só pode ser cobrada depois da aprovação de lei específica instituidora, após a vigência da EC nº 39/2002, com todos seus elementos essenciais, e observadas tanto a irretroatividade como as duas formas de anterioridade: a anual e a

nonagesimal (Luciano Fuck).

13. Tributo fiscal e extrafiscal: a) fiscal - visa arrecadar recursos para o ente (P.EX: ICMS, ISSQN, etc); b) extrafiscal - busca intervir em situação social ou econômica (P.EX.: II, IE).

14. Reais x Pessoais: a) Reais - não levam em consideração aspectos subjetivos, como, por exemplo, IPVA. b) Pessoais - consideram aspectos subjetivos do contribuinte, como, por

exemplo, o IR.

ELEITORAL

CÓDIGO ELEITORAL em matéria penal (dez 2018)

-Quando houver lacuna no Código Eleitoral deve-se utilizar o procedimento previsto no CPP. -Ação penal pública incondicionada, até mesmo nos crimes contra a honra.

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-É possível usar ação penal privada subsidiária da pública.

- Crime eleitoral é crime comum e não crime de responsabilidade.

- Competência da Justiça Eleitoral, mas, em caso de foro de prerrogativa de função no STF e no STJ, a competência desses tribunais deve prevalecer.

- Inquérito: não cabe instauração de ofício pelo delegado, é necessária a requisição do MP ou do juiz eleitoral. Mas há a exceção do caso de prisão em flagrante, comunicando ao juiz em 24h. -Prisão em flagrante:

=>  Eleitor não poderá ser preso - desde 5 dias antes

-até 48 horas depois do encerramento da eleição, salvo em 3 casos: a) em flagrante delito de crime inafiançável.

b) em virtude de sentença criminal condenatória pro crime inafiançável. c) desrespeito ao salvo-conduto.

=>  Membros das mesas receptoras e os fiscais de partido não poderão ser presos nem detidos -durante o exercício de suas funções.

-salvo o caso de flagrante delito. => Candidatos

-desde 15 dias antes das eleições.

-gozarão da mesma garantia dos membros das mesas e fiscais. - Prazo do inquérito: igual do CPP

– 10 dias se o investigado está preso e 30 dias se estiver solto. - Denúncia em 10 dias.

DIVERSOS

Atenção! Utilização do CDC nos serviços públicos: pode ou não pode? (dez 2018)

Existe divergência, no entanto, a doutrina majoritária entende que NÃO é possível (regra). No entanto, existe uma exceção: quando o serviço público for individual e remunerado por meio de tarifa, ou seja, é necessário uma remuneração específica para incidir o CDC. Trata-se da teoria restritiva e que já foi encampada pelo STJ. Vejamos:

Referências

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