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Crise na CBF pode acelerar aprovação de MP do Futebol

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Crise na CBF pode acelerar

aprovação de MP do Futebol

O F E R E C I M E N T O

S E X TA - F E I R A , 2 9 D E M A I O D E 2 0 1 5

US$ 1,5 bi

a Fifa tem de reservas, segundo

relatório financeiro da entidade

divulgado nesta sexta-feira

N Ú M E R O D O D I A

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O enfraquecimento político da Confederação Brasileira de Fute-bol (CBF) deve acelerar a apro-vação do texto final da Medida Provisória que prevê o refinancia-mento das dívidas dos clubes de futebol com o governo federal.

Na próxima semana, já deverá haver uma reunião entre repre-sentantes do governo com Otá-vio Leite, que é o relator da MP 671. A expectativa é de que Leite acelere a redação do texto final da MP e que isso faça com que os políticos aprovem a medida, que obriga uma série de mudanças na gestão dos clubes que aderirem ao refinanciamento proposto.

O cenário mudou desde quarta--feira, quando estourou o escân-dalo de corrupção envolvendo di-rigentes do futebol nas Américas do Sul, Central e do Norte e que resultou na prisão de José Maria Marin, ex-presidente da CBF.

A disputa sobre a aprovação do texto da MP era o grande embate travado pelos dirigentes da CBF

com o governo desde que Marco Polo del Nero assumiu a presi-dência da entidade, em 16 de abril. Desde então, a bancada da bola em Brasília havia conseguido travar a aprovação da MP 671.

O problema para a CBF é que, com o estouro do caso de corrup-ção, o humor político mudou.

Ontem, o deputado federal e ex-judoca João Derly conseguiu 200 assinaturas para instaurar uma CPI para apurar irregularidades no futebol na Câmara. Romário, ex--jogador e senador, já havia feito

pedido similar no Senado ainda no dia de estouro do escândalo, após colher 52 assinaturas favorá-veis à instauração de uma CPI.

Encurralados, os dirigentes da CBF devem concentrar esforços para travar o andamento das CPIs e, assim, não conseguirão bloque-ar a aprovação do texto da MP. Se aprovada, a medida promete dar uma guinada na gestão dos clu-bes, ao exigir, entre outras coisas, que as entidades só possam ter uma reeleição, além de cumprir com diversas obrigações fiscais.

POR ADALBERTO LEISTER FILHO, DUDA LOPES, ERICH BETING E PRISCILA BERTOZZI

(2)

gerente de novos negócios da Máquina do Esporte

POR DUDA LOPES

Por mais que ele tente, é

impossí-vel desgrudar o presidente da CBF,

Marco Polo Del Nero, do escândalo

que envolveu a Fifa nesta semana.

Seu fiel parceiro, José Maria Marin,

está preso. Segundo o

Departamen-to de Justiça dos EUA, as propinas

eram divididas entre os dois. Ou

seja, o seu comando no futebol

bra-sileiro nunca esteve tão frágil.

Del Nero sempre tratou opiniões

divergentes sobre o futebol com o

mesmo autoritarismo que a CBF

adota desde a fundação, no fim da

ditadura. Desde os protestos de

tor-cidas contra o aumento de preço dos

ingressos do Paulistão, no início da

década passada, até a criação da MP

do futebol, sua postura sempre foi a

mesma, de repulsão ao diálogo.

Agora, suas mãos estão atadas

(não literalmente). E isso deverá

fazer com que seus rivais emerjam

diante da situação. Entre eles,

cla-ro, aqueles políticos que acreditam

na MP do futebol, tão criticada pela

CBF. Outro grupo suprimido nos

últimos meses que poderá ganhar

força é o Bom Senso FC. Quem será

o representante legítimo que

defen-derá o calendário atual?

Há, por outro lado, um problema

que o futebol brasileiro deverá

vi-ver e que, caso não seja contornado,

coloca a quebra do status quo em

perigo. Não há, hoje, uma liderança

de oposição. E o maior indício disso

é o modo como clubes e federações

elegeram Del Nero, quase unanime.

De qualquer forma, a sensação de

“limpeza” deve ser celebrada. Como

a Visa disse ontem, um ambiente

limpo é fundamental para a

segu-rança de qualquer investimento.

Qualquer investimento lícito, claro.

O estouro do escândalo de corrupção que cul-minou na prisão de sete dirigentes do futebol há dois dias não impede a Fifa de realizar suas elei-ções presidenciais nesta sexta-feira. Pressionado pela Uefa, patrocinadores e diversas federações nacionais, Joseph Blatter, 79 anos, tentará em-placar seu quinto mandato consecutivo.

Seu único opositor, além da crise instaurada na entidade, é o príncipe da Jordânia, Ali Bin Al Hussein, de 39 anos, que ganhou o apoio da Uefa logo após as prisões na Suíça. A entidade europeia estima que o jordano pode receber até cem votos entre as 209 federações que votarão.

No currículo, Al Hussein tem a vice-presidência da Fifa na Ásia desde 2011, o comando da Associação Jordana de Futebol desde 1999 e a fundação do projeto para o desenvolvimento do futebol asiático. Entre suas propostas estão a

redução do mandato à frente da Fifa de quatro para dois anos, a ampliação da Copa do Mundo para 36 seleções e a restauração do rodízio de continentes dos países anfitriões do torneio. Blatter não chegou a criar um manifesto

eleitoral e levou sua candidatura na base da in-fluência que exerce sobre as federações. Amplo favorito antes da crise, ele também joga contra as acusações de trabalho escravo nas obras para a Copa no Qatar. Nesse cenário, o próprio Blat-ter admitiu dias sombrios para a entidade, mas diz que quer “restaurar a confiança na Fifa”.

Situação de Del Nero é chance

rara de mudança no futebol

D A R E D A Ç Ã O

Em meio a turbilhão, Fifa escolhe hoje

presidente para o próximo quadriênio

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Marco Polo del Nero, presiden-te da CBF, não estará presenpresiden-te na escolha do novo presidente da Fifa, nesta sexta-feira. Ele deixou, um dia antes, a cidade de Zuri-que, onde acontece a eleição, para regressar ao Brasil.

Membro do Comitê Executivo da Fifa, o dirigente não teria direi-to a vodirei-to no pleidirei-to, mas mesmo assim ele costuma ficar no Con-gresso da entidade até o final.

Sem Del Nero, o Brasil será re-presentado pelos presidentes da Federação Goiana, André Pitta, e da Cearense, Mauro Carmélio.

A volta do dirigente ao país tem ligação direta com a crise ins-taurada na CBF após a prisão de seu antigo presidente José Maria Marin. Del Nero ficará à frente

da crise na entidade e tentará conter a instauração de CPIs, no Congresso e no Senado, para apurar irregularidades no comando do futebol nacional.

Por enquanto, Del Nero não foi citado diretamente nas investigações do FBI sobre fraude, extorsão e lavagem de dinheiro. No entanto, o inqué-rito sugere que J. Hawilla, da Traffic, teria pagado propina não só para Marin, mas para outros dois integrantes da CBF pelos direitos comerciais da Copa do Brasil, que estavam em poder da agência de marketing esportivo. Os nomes seriam de Ricardo Tei-xeira e Marco Polo del Nero.

Ontem, a CBF procurou ao máximo blindar seu presidente e

desvinculá-lo da atuação de José Maria Marin, a quem Del Nero sucedeu no mês passado. A sede da CBF, inaugurada no ano passa-do, tinha o nome do ex-presiden-te. A homenagem foi retirada.

A confederação disse após a prisão de Marin que seguiria determinação da Fifa, afastando o dirigente “do seu quadro diretivo até a conclusão do processo”.

POR REDAÇÃO

Presidente da CBF deixa Suíça

antes mesmo de eleição na Fifa

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O Porta dos Fundos, canal de humor no YouTube que conta com mais de 10 milhões de inscri-tos, fez a divulgação do novo uni-forme do Flamengo, produzido pela Adidas. O vídeo, no entanto, não foi uma encomenda paga da empresa, modelo de negó-cio usado recorrentemente pelo grupo de comediantes. O pedido partiu da própria produção.

Segundo a Adidas e o Porta dos Fundos contaram à Máquina do Esporte, a conversa surgiu há algumas semanas, quando o gru-po de humor procurou a empresa para que os uniformes do Fla-mengo fossem cedidos para uma gravação. Como a data prevista para lançar o filme coincidia com o lançamento do novo uniforme, a empresa resolveu apostar e fazer a propaganda “ivoluntária”.

Com a promessa de que nada seria alterado na camisa do clu-be, a Adidas cedeu os uniformes ao grupo e ainda intermediou

para que a Gávea fosse usada nas gravações. O clube, por sua vez, apenas deu autorização do uso da marca ao seu patrocinador.

Mas, o que se viu no vídeo foi pouco delicado. O conteúdo foi uma brincadeira com o rival Bota-fogo. O grupo de humor satirizou o patrocínio da Casa & Vídeo, que exibia preços de produtos na camisa alvinegra, fechado com o time para alguns jogos deste ano.

O filme mostrou a camisa do Botafogo usada como classifica-dos, enquanto o jogador do time

fazia propagandas ao colega do Flamengo. A camisa rubro-negra, conforme o combinado, não tem qualquer alteração de layout.

Tanto a Adidas quanto o Fla-mengo negaram que o conteúdo fosse conhecido antes. Segundo a marca alemã, apenas as cami-sas foram cedidas ao Porta dos Fundos. Ainda assim, empresa e clube divulgaram o novo unifor-me no Twitter com uma foto do comediante João Vicente Castro.

O filme (veja aqui) já conta com mais de 790 mil visualizações.

A administração do Maracanã e o Fluminense lançaram um programa chamado Maraca Trico-lor, espécie de programa de sócio-torcedor que envolve benefícios como prioridade na compra de ingressos do Fluminense no Maracanã, shows no estádio e no Maracanã Tour, descontos em produtos do Movimento por um Futebol Melhor

e nas lojas da Adidas e do Maracanã. Há sete modelos, com valores que vão de R$ 10 a R$ 250.

Outros benefícios são assentos personalizados e até a chance de jogar com amigos no estádio. Com o programa, o Fluminense terá participação na receita de bilheteria em todos os setores do estádio, não apenas nas áreas atrás dos gols.

Fluminense e Maracanã criam sócio-torcedor

POR DUDA LOPES

Adidas usa Porta dos Fundos

para lançar camisa do Flamengo

Referências

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