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Drenagem de Tórax. Karen Cristina. Kades Andrigue 2014/02

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(1)

Drenagem de

Tórax

Karen Cristina

Kades Andrigue

(2)

Em forma de cone que ocupam

parte da cavidade torácica,

estendendo-se do diafragma até a

porção superior da clavícula. São

órgãos brilhantes, moles,

esponjosos e elásticos. Cada pulmão

apresenta um ápice, uma base, três

faces (costal, medial e

diafragmática) e três bordas

(anterior, inferior e posterior), sendo

recobertos pela pleura que os

contorna pela parte posterior, e

reveste a face interna da parede

torácica

1

.

(3)

Pleura

Membrana lisa que permite que

os pulmões movam-se

suavemente durante cada

movimento respiratório. Em

condições normais, o espaço

entre as duas membranas

pleurais justapostas forma um

ambiente denomina do espaço

pleural. Este contém um líquido

seroso que facilita a aderência

da superfície pleural e permite

que estas deslizem uma sobre a

outra sem fricção, durante a

inspiração e a expiração

1

.

(4)

entre a entrada e a saída de líquido na

cavidade pleural, de modo a manter

constante

a

quantidade

e

concentração

proteica

do

fluído

pleural.

Os movimentos respiratórios, pela

alternância da inspiração e expiração,

facilitam a reabsorção do líquido e das

partículas,

assim

como

a

sua

progressão nos linfáticos. O acúmulo

de fluídos (líquidos ou gases) no

espaço pleural pressupõe a alteração

deste

estado

de

equilíbrio,

prejudicando a mecânica pulmonar

1

.

(5)

Drenagens do tórax são procedimentos

importantes para promover a

manutenção ou restabelecimento da

pressão negativa do espaço pleural,

manter a função cardiorrespiratória e a

estabilidade hemodinâmica por meio

da retirada de fluidos que se encontrem

acumulados na cavidade pleural.

Entre os fluidos que podem, por

algum motivo, ficar estocados

nesta cavidade estão o

ar(pneumotórax), sangue

(hemotórax), pus (empiema), linfa

(quilotórax)e líquido do pericárdio

(hidrotórax), na maior parte das

situações resultantes de processos

infecciosos, trauma,

procedimentos cirúrgicos entre

outros

2

.

(6)

A drenagem torácica tem como

objetivo a manutenção ou

restabelecimento da pressão

negativa do espaço pleural. Ela é

responsável pela remoção do ar,

líquido e sólidos do espaço pleural ou

mediastino, que pode resultar em

infecções, trauma e etc.

(7)

Indicações Características

Pneumotórax

Drenagem de pneumotórax espontâneo depende da extensão do

pneumotórax, das condições pulmonares e da sintomatologia.

O pneumotórax hipertensivo pode ser espontâneo, decorrente de trauma

torácico ou iatrogênico e ocorre quando o espaço pleural virtual passa a

ter pressão positiva pelo aumento rápido de ar coletado na cavidade

pleural. O aumento da pressão no espaço pleural causa compressão e

deslocamento das estruturas mediastinais para o lado oposto. O

deslocamento do coração para o lado oposto pode provocar diminuição

do retorno venoso.

Sendo caracterizado por hipotensão sem evidência de perda sanguínea,

turgência jugular, disfunção respiratória significativa e cianose. Som

timpânico à percussão e ausência de murmúrio vesicular. Estabelecido o

diagnóstico clínico de pneumotórax hipertensivo, a toracocentese

descompressiva deve ser imediata.

(8)

Pneumotórax Iatrogênico Traumático

P

neumotórax Iatrogênico e traumático possuem como

causas principais: procedimentos invasivos, tais como

toracocentese,

cateterização

de

via

central,

traqueostomias, sondagem nasogástrica, bloqueios

intercostais além da ventilação mecânica com uso de

pressão positiva.

No pneumotórax traumático independente do

tamanho, é recomendada drenagem tubular para

monitorizar o espaço pleural.

(9)

Indicações Características

Hemotórax

 Em mais de 80% dos casos a solução do hemotórax poderá ser definida

peladrenagem tubular. Cerca de 10% vão para a toracotomia, na fase de

instabilidade hemodinâmica, por sangramento. Outros 10%, quando

drenados, deixam resíduos pleurais que precisam ser tratados devido ao

risco de infecção. O hemotórax residual ocorre em 5 a 30% dos pacientes

com trauma torácico e é o principal fator de risco para o desenvolvimento

de empiema. Quando não tratado pode resultar em fibrotórax,

encarceramento pulmonar e redução da função pulmonar.

(10)

Derrame Pleural Exsudato

Derrames pleurais que se apresentam na forma de

transudatos, com proteína e densidade baixas raramente

necessitam de drenagem tubular convencional.

 A presença de empiema exige o tratamento cirúrgico da

coleção pleural por drenagem tubular. Exsudatos podem

evoluir para empiema se não prontamente identificados e

tratados, assim a drenagem poderá ser realizada na fase

exsudativa, antes da instalação do empiema, com nítidas

vantagens e melhor evolução

(11)

Indicações Características

Derrame Pleural

Empiema

Empiema pode ser definido como a presença de coleção

purulenta

no

espaço

pleural.

Embora

esta

infecção

normalmente seja originária através de processos infecciosos

pulmonares, ela também pode ter início através da parede

torácica, mediastino ou infecções abdominais. Complicações

por procedimentos cirúrgicos, traumatismo de tórax, acúmulo

de sangue ou outros líquidos, bem como a presença de ar no

espaço pleural igualmente favorecem a formação de coleção

purulenta na cavidade pleural.

(12)

Profilática

 Cirúrgicos;

 Fraturas;

(13)
(14)
(15)

Drenagem Torácica

Reduz o desconforto do paciente, o posicionamento adequado na

cavidade pleural.

A anestesia local com lidocaína deve incluir a pele, o periósteo das

costelas superior e inferior, e o feixe vásculo nervoso que se localiza.

Na borda inferior do arco costal. Nesse mesmo local, a toracocentese

ascendente identifica a intercorrência por ar ou líquido, permitindo

que se introduza o dreno no local desejado

2

.

(16)

O posicionamento do dreno é

baseado

nos

princípios

de

densidade e peso do ar e dos

líquidos. Dessa maneira, para

remoção de ar, o local de

inserção deve ser próximo ao

segundo

espaço

intercostal

paralelo à linha hemiclavicular, ao

passo que para remoção de

líquido, a inserção deve ser

próxima ao quinto ou sexto

espaço

intercostal

na

linha

hemiaxilar.

(17)

Toracocentese Indicações

Punção diagnóstica em:

Derrame pleural de causa

desconhecida

Derrame pleural de causa

provável conhecida,

porém com resposta

atípica ao tratamento

Drenagem pleural de

(18)

Coagulopatia ;

Trombocitopenia significativa;

Ventilação Mecânica;

Pacientes com instabilidade

Hemodinâmica ou respiratória;

Infecção de pele no local da

(19)

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM DRENO DE

TÓRAX

A incorreta manipulação do dreno de tórax pode acarretar

uma série de complicações que podem resultar em aumento

da morbidade, prolongamento da hospitalização e, em

alguns casos, a morte. A permeabilidade e integridade do

sistema de drenagem são cruciais para a preservação do

desempenho cardiopulmonar e da saúde e bem-estar do

paciente.

(20)

1 par de luvas de procedimento;

Pacote de Curativo contendo 3 pinças; 1 pacote de gaze estéril;

Álcool 70º;

Fita adesiva hipoalergênica;50 ml SF 0,9%.

(21)

Curativo de Dreno de Tórax

Utilizar luvas de procedimento para retirar o curativo;Retirar as luvas e aplicar álcool gel as mãos novamente;Calçar luvas estéreis;

Proceder a limpeza com SF 0,9% para remoção de sujidade, do centro para a periferia

do dreno;

Realizar anti-sepsia com álcool 70º na incisão, do centro para a periferia do dreno;Ocluir o curativo com gaze e fita adesiva;

Retirar as luvas e higienizar as mãos;

(22)
(23)

Instalação do Dreno de Tórax (

Procedimento médico, equipe de

(24)

Luvas estéreis (dois pares);

Máscara descartável, gorro, óculos de

proteção;

Lidocaína a 2% sem vasoconstrictor (01

frasco);

Clorexidina alcoólica a 2%;Seringa de 20 ml;

Agulha 25x7 e 40x12;Lâmina de bisturi nº 23

Bandeja de pequena cirurgia - Lap cirúrgico;

Pacotes de gazes;

Esparadrapo com fitas largas;

Tubo torácico de tamanho apropriado (cateter

tamanho 16 a 20 para ar ou líquido seroso; cateter tamanho 28 a 40 para sangue, pus ou líquido viscoso;

Fio de sutura (algodão 2-0, mononylon ou

prolene 2.0 com agulha perfurante);

Frasco de drenagem torácica;

(25)

Materiais HRO

Bandeja de Drenagem de Tórax;Kit de drenagem de tórax;

2 pares de Luvas de Procedimento;Clorexidina Alcoólica;

(26)

Reunir o material necessário em bandeja ou mesa auxiliar;Lavar as mãos com água e sabão e aplicar álcool-gel;

Chamar o usuário pelo nome e explicar o procedimento;

Abrir dois pacotes de lixo, uma para material reciclável e outro para os demais

materiais;

Abrir a bandeja de drenagem de tórax de forma a não haver contaminação;

Abrir agulhas, seringas, bisturi, luvas estéril, fio, gaze, compressa; de forma a não

(27)

Desprezar algumas gotas de Clor. Al. no lixo e colocar na cuba redonda, +/-, meia cuba;

Fazer assepsia com algodão e álcool 70º na tampa do frasco de xilocaína 2% s/v e fornecer para que o

profissional médico retire a solução de anestesia;

Calçar luvas de procedimento;

Posicionar o usuário em decúbito lateral (oposto ao lado a ser drenado), com o membro superior sobre a

cabeça;

(28)

Manter o frasco em nível mais baixo em relação ao tórax, para facilitar o escoamento do líquido, e

impedir o seu retorno para a cavidade pleural;

Após o término do procedimento, realizar o curativo oclusivo do local da inserção do dreno;Retirar as luvas e higienizar as mãos;

Reposicionar o usuário;Organizar o local;

(29)

Esvaziar o frasco do Dreno de Tórax:

Reunir o material necessário em bandeja ou mesa auxiliar;Lavar as mãos com água e sabão e aplicar álcool-gel;

Chamar o usuário pelo nome e explicar o procedimento;Calçar luvas de procedimento;

Clampear o sistema proximal com clamp próprio ou com a ajuda de uma pinça kelly ou

kocher sem dente, ou com o próprio clamp da conexão;

Utilizar um recipiente exclusivo para esvaziar o conteúdo drenado;

(30)

drenagem no recipiente;

Colocar 500 ml de água estéril dentro do frasco;Fechar o frasco coletor hermeticamente;

Desclampear o sistema proximal;

Mensurar o volume drenado através da diferença entre a quantidade de água estéril colocada no

interior do frasco na troca anterior e o volume a ser desprezado;

Desprezar o conteúdo drenado em local apropriado;Retirar as luvas e higienizar as mãos;

Anotar o aspecto e o volume do conteúdo drenado;

(31)

Obs.

Trocar o curativo diariamente e quando estiver sujo, solto ou úmido;Realizar curativo com técnica asséptica;

Observar sinais e sintomas de infecção diariamente no local da inserção do cateter e

anotar no prontuário;

Verificar se as conexões estão fixas e bem adaptadas;

Ordenhar periodicamente a extensão de borracha no sentido descendente para evitar

ou retirar a obstrução por secreção ou coágulos;

(32)

horizontal e anotando a data e hora da troca, assim como o nome de quem realizou a troca;

Manter o dreno em posição adequada, sem dobras;

Não prender com esparadrapos a extensão de borracha nos lençóis, pois o dreno poderá ser retirado

com a movimentação do paciente no leito;

Manter o usuário em posição de Fowler ou Semi-Fowler;

Estimular a deambulação (com o frasco de drenagem em nível mais baixo em relação ao tórax);Estimular o usuário em relação a movimentação, exercícios respiratórios;

Para usuários com dificuldades de locomoção, transportá-los em cadeira de rodas ou macas com o

(33)

ATENÇÃOOOOOOOOO

O enfermeiro deve transportar o paciente com o dreno de

tórax sem pinçar o sistema, assim como deve mantê-lo

abaixo do ponto de inserção do dreno no tórax do paciente,

atentando para o volume e aspecto do material drenado, além

de avaliar o padrão respiratório e sinais e sintomas de

insuficiência respiratória. Caso o dreno seja transportado

incorretamente, o material retornará a cavidade torácica do

(34)

O frasco de escape deve

ter pressão negativa de

cerca de 15 cm a 20 cm de

água de pressão negativa

e pressão de aspiração

em torno de 10 a 20 cm

de água.

(35)

Referências

1.Derrame Pleural -Estruturas anatômicas e sua função. Disponível em:

http://www.derramepleural.com/sistema-respiratorio-anatomia.html. Acessado em:

18 de outubro 2010.

2.Andrade CF, Felicetti JC. Drenagem torácica. Disponível em:

http://www.cirurgiatoracica.net/DRENAGEM_TORACICA_E_TORACOCENTESE.pdf. Acessado em:18 de outubro 2010.

Referências

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