• Nenhum resultado encontrado

Descritores: Qualidade de vida; Neoplasia das mamas; Câncer de mama; Sobrevivente.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Descritores: Qualidade de vida; Neoplasia das mamas; Câncer de mama; Sobrevivente."

Copied!
22
0
0

Texto

(1)

1Acadêmica do Curso de Enfermagem. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus Coxim. Fone: (67) 999091169. elianeafmelo0808@gmail.com

2Doutora em Enfermagem. Professora Adjunto do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA A SAÚDE DAS SOBREVIVENTES DO

CÂNCER DE MAMA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Eliane Alcântara Faria de Melo1 Rafaela Azevedo Abrantes de Oliveira Simoneti

RESUMO

Objetivo: analisar as produções científicas a respeito da qualidade de vida das mulheres que

sobreviveram ao câncer de mama pós-tratamento durante o processo de sobrevivência

Método: revisão integrativa da literatura seguindo seis etapas. As buscas foram realizadas em

três bases de dados – LILACS, PUBMED e CINAHL, e no portal de periódicos online – SCIELO, usando descritores e palavras chave, separadas por operadores boleanos. Foram incluídos estudos dos últimos dez anos, publicados em português, Inglês e espanhol e que permitiram acesso na íntegra. Abordagem descritiva dos dados foi utilizada na perspectiva de sumarizar e organizar as informações. Resultados: A busca resultou em 1119 artigos de todas as bases, após análise dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 45 estudos e após a leitura na íntegra foram incluídos 13 estudos. Os estudos foram resumidos e divididos em grupo, são eles: Grupo 1 – Comparação entre as sobreviventes do câncer de mama e mulheres saudáveis; Grupo 2- Comparação entre as próprias mulheres que têm ou tiveram câncer de mama; Grupo 3- A qualidade de vida ao longo do tempo; Grupo 4 - A qualidade de vida em diferentes países e culturas. Conclusão: Podemos concluir que os domínios físicos, emocionais, sociais, interferem de forma significativa na qualidade de vida das sobreviventes de câncer de mama, sendo necessário um acompanhamento multiprofissional para a manutenção da qualidade de vida das mesmas.

(2)

INTRODUÇÃO

Os cânceres ou neoplasias malignas vem assumindo um papel cada vez mais importante no cenário atual, principalmente no público feminino. Globalmente, com exceção do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama (CM) é o mais frequente e comum tumor maligno entre as mulheres, com uma estimativa, para o ano de 2012, de 1,67 milhão de casos novos diagnosticados, o que corresponde a 25,2% de todos os tumores malignos femininos (INCA, 2017).

Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. Para o Brasil, estimam-se 59.700 casos novos de câncer de mama, para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres. É a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres, sendo estimadas 522 mil mortes por ano. Embora tenha uma taxa de mortalidade maior do que qualquer outro câncer, o CM tem letalidade relativamente baixa, dado que a taxa de mortalidade é menor que um terço da taxa de incidência (INCA, 2017).

O CM ocorre com maior frequência em 140 países dos 184 países incluídos na base de dados da GLOBOCAN, as taxas de incidência variam quase quatro vezes entre as regiões do mundo, de 27 por 100.000 na África Central e Ásia Oriental e 96 por 100.000 na Europa Ocidental, e tendem a ser elevadas nos países com maior desenvolvimento (JEMAL et al., 2014). Porém, não se tem dados precisos no Brasil do número de sobreviventes do câncer de mama (SCM). A própria estimativa do biênio 2018-2019 traz um dado geral de sobrevivência para esse tipo de câncer de cerca de 8,7 milhões para 2012. O que se sabe é que a taxa de mortalidade do CM vem diminuindo devido o do número de mamografias e o uso de terapias adequadas (CANADIAN CANCER SOCIETY, 2018)

Múltiplos fatores estão envolvidos na etiologia do câncer de mama (idade da primeira menstruação; menopausa; mulheres que nunca engravidaram ou nunca tiveram filhos (nuliparidade); primeira gravidez após os 30 anos; uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa, especialmente se por tempo prolongado;

(3)

depois do paciente ser considerado curado da doença (MOREIRA; SILVA; CANAVARRO, 2008; SALES et al., 2014; OLIVEIRA et al., 2015). Esses impactos são diversos e afetam além do estado físico e mental, mas a rotina diária do sobrevivente da doença, sua imagem corporal, sua vida social, além de problemas financeiros, espirituais, medo da recorrência da doença, isolamento e assim por diante (JACOB; SCHUMAN, 2017). Os sobreviventes de câncer de mama (SCM) em longo prazo são frequentemente confrontados com complicações advindas da doença, são elas problemas na sua saúde mental e física, incluindo a neuropatia, linfedema, fadiga, dor, função sexual, depressão, medo de recorrência e preocupações com a imagem corporal (especialmente aquelas relacionadas à feminilidade e à perda dos seios) (BOUSKILL; KRAMER, 2016).

Ao se abordar a temática da sobrevivência ao câncer (SC) precisa-se entender esse conceito, uma vez que o mesmo refere-se à saúde e à vida de uma pessoa com câncer após o tratamento até o final da vida. Abrange as questões físicas, psicossociais e econômicas, incluindo questões relacionadas com a capacidade de obter cuidados de saúde, acerca do tratamento e acompanhamento, efeitos tardios, segundo câncer e qualidade de vida (NATIONAL CANCER INSTITUTE, 2018). Sendo assim, a SC é um conceito subjetivo, multifatorial e dinâmico e que se refere à qualquer indivíduo com a doença que perpasse o contínuo do câncer (OLIVEIRA et al., 2018). Diante disso, precisamos voltar a atenção aos sobreviventes e a sua qualidade de vida, pois ser um sobrevivente vai muito além do diagnóstico, pode ser entendido como uma fase que se inicia no diagnóstico, continuando até o fim da vida ou fase pós-tratamento (OLIVEIRA et al., 2015).

Há a QV no aspecto genérico e a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS). Onde, embora não haja um consenso sobre a definição de QV, o grupo Organização Mundial de Saúde (OMS) que estuda QV, à conceituou de maneira geral como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (WHOOQL, 1995). Por outro lado, o termo QVRS é empregado quando está associado diretamente às patologias que acometem o ser humano, como é o caso desse estudo. Zandonai et al. (2010), por sua vez, define a qualidade de vida como uma percepção que cada indivíduo possui em relação a sua vida, no âmbito cultural em relação ao seu bem-estar físico, mental, psicológico e emocional, além dos relacionamentos sociais, tendo em vista que a sociedade impõe aspectos subjetivos e objetivos para a busca de um equilíbrio interno e externo de cada indivíduo.

(4)

Na fase da SC o cuidado ao sobrevivente é inobservado, pois entende-se que o paciente livre da doença é um paciente com boa qualidade de vida, e ignora-se os prejuízos que eles sofrem ao longo da vida (OLIVEIRA et al., 2015). Portanto, devido a relevância dessa nova fase do contínuo do câncer, a SC, e que chama atenção às questões de saúde pública que são negligenciadas, esse estudo busca analisar as publicações nacionais e internacionais acerca da qualidade de vida das mulheres SCM, considerando a importância de se compreender quais os problemas enfrentados por esse grupo que conclui o tratamento, e que permanece vivo após anos, mas carrega consigo complicações em curto e em longo prazo advindas da doença.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Optou-se por essa modalidade de pesquisa, pois ela permite sintetizar achados, que são provenientes de outros estudos que poderão auxiliar em tomadas de decisões, melhoria de práticas, além de apontar a falta de pesquisas que poderão ser preenchidas por novos estudos. (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).

O levantamento de dados foi realizado considerando as seis etapas seguintes: 1) identificação do tema e seleção da hipótese, 2) estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos, amostragens e busca na literatura, 3) definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados e categorização dos estudos, 4) avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa, 5) interpretação dos resultados; 6) apresentação da revisão e síntese do conhecimento. (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2008)

Foi elaborada a seguinte questão norteadora: Quais evidências encontradas na literatura acerca da Qualidade de vida das mulheres que sobreviveram ao câncer de mama na fase pós-tratamento durante o processo de sobrevivência?

O levantamento bibliográfico ocorreu simultaneamente entre os meses de Agosto e Setembro de 2018 nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Electronic Library Online), PUBMED (National

(5)

relação com a temática central do estudo, bem como tese, dissertação e cartas ao editor foram excluídos. Foram utilizados quatro descritores: Qualidade de vida; Neoplasia das mamas; Câncer de mama e Sobrevivente.

O processo de busca utilizou da seguinte estratégia no LILACS e SCIELO - Qualidade de vida AND Câncer de mama AND Sobreviventes, PUBMED - Quality of Life"[Mesh] AND "Survivors"[Mesh]) AND "Breast Neoplasms"[Mesh], CINAHL - (MM "Breast Neoplasms") AND (MM "Quality of Life") AND (MM "Cancer Survivors") utilizando o operador boleanos “AND” tendo como objetivo aprimorar o sistema de busca e correlacionar às palavras chave e os descritores.

Os estudos primários selecionados foram qualificados pelo nível de evidência (NE), seguindo Melnyk, Fineout-Overholt (2005). No nível I, as evidências são provenientes de revisão sistemática ou metanálise de todos os relevantes ensaios clínicos randomizados controlados ou oriundos de diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados controlados; nível II, evidências derivadas de pelo menos um ensaio clínico randomizado controlado bem delineado; nível III, evidências obtidas de ensaios clínicos bem delineados sem randomização; nível IV, evidências provenientes de estudo de coorte e de caso controle bem delineados; nível V, evidências originárias de revisão sistemática de estudos descritivos e qualitativos; nível VI, evidências derivadas de um único estudo descritivo ou qualitativo; nível VII, evidências oriundas de opinião de autoridades e/ou relatórios de comitê de especialistas.

O processo de seleção dos estudos primários foi realizado com a pesquisadora principal e a orientadora, com conhecimento na área e foi realizado a leitura dos artigos, os dados foram coletados através de um instrumento validado e adaptado permitindo assim uma triagem correta das informações para que a mesma esteja de acordo com o objetivo da pesquisa.

Trata-se de uma análise descritiva, onde os dados foram trabalhados em tabelas na perspectiva de sumarizar e organizar as informações e identificar cada publicação segundo o título, nome do periódico, nome da base de dados de origem, ano de publicação, autores, e país, seguido de informações referentes aos critérios de avaliação da QV e o delineamento metodológico de cada estudo. Um breve resumo de cada estudo foi construído, onde os mesmos foram agrupados em quatro diferentes grupos que correspondem às características semelhantes quanto à operacionalização e ou metodologia abordada. Por fim, os dados foram discutidos segundo o objetivo da revisão.

(6)

RESULTADOS

A busca resultou em 1164 artigos por meio das bases de dados selecionados e no portal de periódicos. Através da leitura de título, foram excluídos 1119 artigos, 23 por serem estudos secundários, 561 por se tratarem de outros temas, 9 artigos em outra língua, 7 por tratarem de outro tipo de câncer, 3 por se tratar da QV antes do fim do tratamento, 232 por estarem associados com outras variáveis, 271 por ano de publicação, 13 por duplicação. Após essa etapa foi realizada a leitura dos resumos de 45 artigos, no qual foram excluídos 03 por não estar disponível na integra, 06 revisões de literatura, 11 por estar associado com outra variável, 04 por se tratar da QV antes e durante o tratamento, 01 por estar duplicado, totalizando assim, 20 artigos incluídos publicados em âmbito internacional, compondo a amostra da presente revisão integrativa, conforme apresentado no fluxograma descrito na Figura 1.

(7)

Figura 1 – Adaptação do Flow Diagrama do processo de seleção de artigos da revisão

integrativa, de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and

(8)

O Brasil é o país que mais publicou sobre o assunto. Em relação às instituições de origem dos autores, alguns são vinculados a universidades, secretarias de saúde, estudantes de pós-graduação, graduandos, enfermeiros e professores. A maioria dos estudos selecionados são recentes dos últimos 10 anos, sendo eles: 01 estudos do ano de 2008, 01 estudos do ano de 2009, 01 estudos do ano de 2010, 01 estudos do ano de 2011, 03 estudos do ano de 2012, 04 estudos do ano de 2013, 02 estudo do ano de 2014, 01 estudo do ano de 2015, 03 estudos do ano de 2016, 02 estudos do ano de 2017 e somente 01 do ano de 2018.

Os tipos de periódicos onde os estudos foram publicados são diversos, sendo em sua grande maioria publicados em revistas de oncologia médica, seguida por revista de enfermagem, psicologia e outra área que possui publicação desse gênero. O quadro 1 sintetiza essas informações, conforme apresentado abaixo.

Quadro 1 - Descrição dos estudos incluídos na revisão integrativa, segundo autor(es), base de

dados, periódicos e ano de publicação.

Titulo Autor (es) Base de

dados

Periódicos Ano de

publica ção

1 The quality of life of

disease-free Brazilian breast cancer survivors

SOARES, P. B. M.;

CARNEIRO, J. A.; ROCHA, L. A.; GONÇALVES, R. C. R.; MARTELLI, D. R. B.; SILVEIRA, M. F.; JÚNIOR, H. M.

LILACS Rev Esc Enferm USP

2013

2 Fatigue and quality of life in breast câncer survivors: a comparative study

KLUTHCOVSKY, A. C. G. C.; URBANETZ, A. A.

SCIELO Rev Bras Ginecol Obstet

2015

3 Quality of Life of Croatian Breast Cancer Patients Receiving Adjuvant

Treatment – Comparison to Long-Term Breast Cancer Survivors

MURGIC, J.; SOLDIC, Z.; VRIJLC, D.; SAMIJA, I.; KIRAC, I.; BOLANCA, A.; KUSIC, Z.

PUBMED Coll. Antropol

(9)

4 Quality of life assessment in survivors of breast cancer

WANI, S. Q.; KHAN, T.; TEELI, A. M.; KHAN, N. A. WANI, S. Y.; ASHFAQ-UL- HASSAN PUBMED Journal of Cancer Research and Therapeutics 2012

5 Through the Lens of Culture: Quality of Life Among Latina Breast Cancer Survivors

GRAVES, K. D.; JENSES, R. E.; CAÑAR, J.; PERRET-GENTIL, M.; LEVENTHAL, K.; GONZALEZ, F.; CAICEDO, L.; JANDORF, L.; KELLY, S.; MANDELBLATT, J. PUBMED Breast Cancer Res Treat 2013

6 Quality of life of older African American breast cancer survivors: a population-based study MOGAL, H. D.; HOWARD-MCNATT, M.; DODSON, R.; FINO, N. F.; CLARK, C. J.

PUBMED Support Care Cancer

2017

7 Quality of life of younger breast cancer survivors: persistence of problems and sense of well-being

BLOOM, J. R.; STEWART, S. L.; OAKLEY-GIRVAN, I.; BANKS, P. J.; SHEMA, S.

PUBMED Psycho-Oncology

2012

8 The impact of cancer and quality of life among long-term survivors of breast cancer in Austria

BOUSKILL, K.; KRAMER, M.

PUBMED Support Care Cancer

2016

9 A cross-sectional

assessment of quality of life of breast cancer patients in Saudi Arabia ALMUTAIRI, K. M.; MANSOUR, E. A.; VINLUAN, J. M. PUBMED PUBLIC HEALTH 2016

10 Long-term quality of life after breast cancer: a French registry-based controlled study

KLEIN, D.; MERCIER, M.; ABEILARD, E.;

PUYRAVEAU, M.;

DANZON, A.; DALSTEIN, V.; POZET, A.; GUIZARD, A. HENRY-AMAR, M.; VELTEN, M. PUBMED Breast Cancer Res Treat 2011

11 Quality of life in long-term breast cancer survivors – a 10-year longitudinal population-based study KOCH, L.; JANSEN, L.; HERRMANN, A.; STEGMAIER, C.; HOLLECZEK, B.; SINGER, S.; BRENNER, H.; ARNDT, V. CINAHL Acta Oncologica 2013

12 Quality of life, problems, and needs of disease-free breast cancer survivors 5 years after diagnosis

SCHMIDT, M. E.; WISKEMANN, J.; STEINDORF, K. CINAHL Quality of Life Research 2018 13 Qualidade de vida em pacientes sobreviventes de câncer de mama comparada à mulheres saudáveis

KLUTHCOVSKY, A. C. G. C.; URBANETZ, A. A.

SCIELO Rev Bras Ginecol Obstet

(10)

Dando continuidade, o quadro 2 abaixo descreve o delineamento da pesquisa dos estudos selecionados, foram portanto, todos estudos quantitativos, sendo sete estudos transversais, quatro estudos do tipo coorte, dois retrospectivos e dois prospectivos, e por fim um estudo do tipo randomizado. No mesmo quadro, apresenta-se o nível de evidência seguindo a referência de Melnyk, Fineout-Overholt (2005), no qual se obteve um estudo com nível de evidência II, quatro estudos com nível de evidência quatro e oito estudos com nível de evidência seis.

Quadro 2 - Descrição dos estudos incluídos na revisão integrativa segundo o delineamento de

pesquisa e nível de evidência.

Nº Delineamento da pesquisa Nível de

evidência

1 Estudo quantitativo, transversal. VI

2 Estudo quantitativo, transversal. VI

3 Estudo quantitativo, transversal. VI

4 Estudo quantitativo, de coorte prospectivo. IV

5 Estudo quantitativo, transversal. VI

6 Estudo quantitativo de coorte retrospectivo IV

7 Estudo quantitativo de coorte retrospectivo IV

8 Estudo quantitativo, transversal VI

9 Estudo quantitativo, transversal. VI

10 Estudo quantitativo, transversal. VI

11 Estudo quantitativo de coorte prospectivo IV

12 Estudo quantitativo do tipo experimental randomizado II

13 Estudo quantitativo, transversal VI

Por fim, no quadro 3 abaixo dois estudos não definiram o conceito de qualidade de vida geral ou específico, os demais definiram QV geral ou a QVRS. Os instrumentos foram os mais diversos, porém o mais usado foi o EORTC QLQ C30. É sempre importante reforçar o processo de validação dos instrumentos, porém cinco estudos não especificavam.

(11)

1 Não SF-36 Não especifica

2 QV geral e especifica WHOQOL-BREF SIM

3 QV geral EORTC QLQ-C30 e EORTC

QLQ-BR23

SIM

4 QVRS EORTC QLQ-C30 SIM

5 QVRS FACT-B SIM

6 QVRS SF-36 Não especifica

7 QV geral MOS SF-36; BCPT Não especifica

8 QV geral SF – 36 Não especifica

9 QV geral EORTC QLQ-C30; IBPC

QLQ-BR23

SIM

10 Não EORTC QLQ-C30; SF-36 SIM

11 QV geral EORTC C30 E QLQ-BR23 SIM 12 QV especifica EORTC C30 E QLQ-BR23; Não especifica

13 QV geral WHOQOL-BREF SIM

Abaixo será apresentado os resumos dos estudos selecionados divididos em grupos quanto à semelhança operacional ou metodológica.

Grupo 1 – Comparação entre as sobreviventes do câncer de mama e mulheres saudáveis

O estudo um realizado no Brasil com uma amostra de 154 mulheres brasileiras, tem por objetivo principal comparar a qualidade de vida de mulheres sobreviventes ao câncer de mama e de mulheres que não tiveram a doença e identificar fatores associados, como idade, quimioterapia, estado civil, tipo de cirurgia. O estudo evidenciou que as sobreviventes do câncer de mama tinham uma melhor QV quando comparadas com as mulheres sem a doença, ou seja, a média estimada dos componentes físico e mental foi significativamente melhor para o grupo que sobreviveu à doença.

O estudo dois foi realizado com 202 pacientes brasileiras sobreviventes do câncer de mama, com média pós-diagnóstico de 5.2 anos. Teve o objetivo avaliar a fadiga e a QV das sobreviventes em relação a uma amostra de mulheres da mesma idade sem histórico de câncer de mama, explorando a relação entre a fadiga e a QV. Com relação à QV às sobreviventes do câncer de mama mostraram diferenças com relação aos domínios da QV. As SCM relataram escores significativamente mais baixos do que as mulheres sem histórico de câncer nos

(12)

domínios físico, psicológico e social, enquanto que no domínio ambiente, foi similar entre os grupos.

O estudo treze realizado também no Brasil com uma amostra de 199 pacientes sobreviventes do câncer. O estudo teve como objetivo avaliar a QV das mulheres SCM e comparar com mulheres saudáveis pareadas por idade. As participantes tinham média de diagnóstico de 5 anos e média de idade de 54,4 anos. As pacientes sobreviventes relataram piores avaliações de qualidade de vida geral, e o mesmo para os domínios físico, psicológico e meio ambiente em relação às mulheres saudáveis. Não houve diferença significativa para o domínio relações sociais. Portanto, conclui-se que muitos pacientes SCM experimentaram as piores avaliações de QV quando comparadas as mulheres saudáveis.

Grupo 2- Comparação entre as próprias mulheres que têm ou tiveram câncer de mama

O estudo três realizado na Croácia com 60 pacientes, 20 durante a radioterapia adjuvante, 20 durante a quimioterapia adjuvante e 20 sobreviventes em longo prazo com cinco anos após o tratamento e sem recaídas. Tendo como objetivo comparar a qualidade de vida entre os três grupos citados e correlacionar os escores e dados clínicos deles. Não foram observadas diferenças entre os três grupos em termos de todos os escores de QV. Os resultados demonstram qualidade de vida similar e favorável em todos os 3 grupos de pacientes. Conforme medido pelo QLQ-C30, as escalas de QV menos afetadas foram o funcionamento cognitivo, o funcionamento social e o funcionamento físico, enquanto as escalas de insônia e dor foram as mais prejudicadas. Mensurado pela QLQ-BR23, a imagem corporal foi mais afetada, enquanto a escala de função sexual foi minimamente afetada, nos três grupos. Os resultados demonstraram QV similar e favorável em todos os três grupos de pacientes.

(13)

que os sobreviventes do câncer de mama em longo prazo mostraram melhoras significativas de mecanismos de enfrentamento envolvido na maioria dos parâmetros da QVRS.

O estudo sete foi realizado nos Estados Unidos reentrevistaram 312 mulheres em seu aniversário de cinco anos de sobrevida, a média de idade das entrevistadas é de 55 anos. O objetivo foi avaliar se os problemas relacionados à QV identificados nos cinco anos e 10 anos de sobrevivência ainda persistiam. Os resultados evidenciaram que aquela com dez anos pós-diagnostico apresentavam pior estado geral de saúde e bem-estar físico, menor atividade sexual, e condições mais crônicas do que aqueles com cinco anos. Com o estudo pode-se concluir que algum aspecto da QV física e social pioraram com o tempo, a questão que fica é se isso seria resultado dos efeitos tardios do tratamento ou um envelhecimento normal.

Estudo dez realizados na França com sobreviventes escolhidas aleatoriamente de três registros de base populacional, 652 casos de SCM e 1188 controles participaram do estudo. Teve como objetivo comparar a QV em longo prazo das SCM com 5, 10 e 15 anos após o diagnóstico com o de controles saudáveis. Com relação ao instrumento EORTC- QLQ C30 tem-se que os sobreviventes e grupo controle mostraram escores médios para quase todas as escalas funcionais e de sintomas. Os escores médios ajustados foram semelhantes apenas para funcionamento emocional, dor, constipação e diarréia. Encontramos uma diferença clinicamente significativa, qualificada como moderada, para a escala de fadiga entre SCM aos 5 anos e grupo controle. Quanto ao SF-36 tem-se que todos os escores da escala de QV foram significativamente diferentes entre SCM e o grupo controle, com exceção da saúde mental. Os sobreviventes de câncer aos 5 anos apresentaram uma diferença clinicamente significativa com controles para funcionamento físico. Essas diferenças diminuíram com o tempo e 15 anos após o diagnóstico, os casos não foram mais diferentes dos controles.

Estudos onze realizado na Alemanha com objetivo de explorar as restrições em SCM se persistiram ou se houveram mudanças/agravos na qualidade de vida ao longo do tempo (1, 3, 5 e 10 anos). O estudo pode concluir que restrições relevantes na qualidade de vida persistiram ao longo dos anos e afetaram predominantemente as mulheres mais jovens. Um total de 182 dos 238 pacientes vivos (76,5%) responderam no período de 10 anos, 160 pacientes (67,2%) participaram de todos os acompanhamentos. Embora os SCM e o grupo controle tenham relatado saúde geral e qualidade de vida geral comparáveis, os sobreviventes relataram mais restrições na maioria das escalas de funcionamento e de sintomas em cada acompanhamento. Os desvios nas várias dimensões da QV (por exemplo, funcionamento físico e social, dor, dificuldades financeiras) agravaram-se do 5.º ao 10.º ano. Em geral, as

(14)

Grupo 4 – A qualidade de vida em diferentes países e culturas

Estudo cinco realizado nos Estados Unidos com uma amostra de 264 sobreviventes de câncer latinas. O objetivo foi avaliar a QV entre as mulheres latinas com câncer de mama sob as lentes da cultura. Os sentimentos baseados culturalmente de estigma e vergonha relacionados ao câncer de mama foram consistentemente relacionado à menor qualidade geral de vida. As sobreviventes latinas tinham 1-5 anos após o diagnóstico e relataram uma qualidade média de vida em comparação com outros relatos publicados de sobreviventes não-latinos. O estudo concluiu que deve ser considerado o contexto cultural durante a assistência ao paciente, e o contexto médico para preencher as lacunas de QV dessas pacientes.

Estudo seis, realizado nos Estados Unidos utilizou de um questionário do tipo Survey para caracterizar a QVRS de americanas africanas SCM e identificar potenciais fatores associados com a pobre QVRS física e mental. As 373 participantes tinham média de idade de 74.6 anos e apresentaram baixa qualidade de vida nos aspectos mentais e físicos. Para a baixa QVRS no aspecto físico os preditores foram a idade avançada, tamanho do tumor, mais de duas comorbidades, incapacidade de realizar mais de duas atividades diárias, além da mastectomia, infiltração lobular, e doença em estádio III ou IV. Mais de duas comorbidades e a incapacidade de realizar mais de duas atividades da vida diária determinaram a baixa saúde mental.

Estudo oito, realizado na Áustria com 52 sobreviventes em longo prazo teve como objetivo explorar a relação entre o impacto percebido do câncer entre os sobreviventes de câncer de mama em longo prazo, as variáveis sociodemográficas e clínicas e os resultados de qualidade de vida relacionada à saúde mental e física na Áustria. Nos resultados, os entrevistados relataram um estado de saúde física que se centrou nas rotinas da população da Áustria, mas teve menor pontuação no estado de saúde mental. Depois de controlar a idade, a quimioterapia, o exercício e o IMC, o impacto positivo do câncer foi associado à melhora da funcionalidade física e o impacto negativo do câncer foi associado à pior capacidade física.

(15)

apetite e dispnéia. O mau funcionamento foi encontrado no prazer sexual, enquanto a perspectiva futura obteve a maior pontuação.

Estudo doze realizado na Alemanha, com 190 participantes, com objetivo de avaliar os sintomas adversos, QV e necessidades das SCM livres da doença até cinco anos após o diagnóstico da doença. A QV das sobreviventes melhorou largamente ao longo do tempo. No entanto, a função cognitiva e o sono ainda são significativamente prejudicados ao longo dos cinco anos. Outros problemas presentes em longo prazo são as relações sexuais, ondas de calor, dor, fadiga, sendo a fadiga com forte impacto na QV global. O estudo conclui que muitos SCM sofrem com os efeitos adversos que afeta sua QV, havendo assim a necessidade de triagem e apoio continuo a esse grupo.

DISCUSSÃO

Há na literatura instrumentos genéricos e específicos para avaliar a qualidade de vida, sendo eles os mais diversos, conforme encontrado no estudo de Lotti et al. (2008): Functional

Assessment of Cancer Therapy (FACT-G); Functional Assessment of Cancer Therapy for Breast Cancer (FACT-B); European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire (EORTC QLQ-C30); Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Healty Survey (MOS-SF-36); Ladder of life scale; Cancer Rehabilitation Evaluation System-Short Form (CARES-SF). Essa revisão não fugiu desse padrão, adotando instrumentos

gerais do tipo: SF-36, EORTC QLQ-C30 e o WHOOQL brief, na maioria dos estudos, divergindo quanto ao uso do FACT-B, que foi adotado em apenas um estudo.

Em contrapartida, por delinear um período do contínuo do câncer, era esperado evidenciar o uso de instrumentos específicos para a SC, como, por exemplo, o Quality of life

of cancer survivors (QOL-CS) desenvolvido por Ferrell et al. (1996). Porém, nenhum estudo

adotou esse instrumento. O estudo de Loerzel et al. (2008), optou por trabalhar o instrumento de sobreviventes do câncer de mama (QOL-BC) que é uma adaptação do QOL-CS. No estudo de Carver et al. (2006), o instrumento de escolha foi o Quality of Life in Adult Cancer

Survivors (QLACS), criado por Avis et al. (2005) que sentiu a necessidade de mensurar a

qualidade de vida à longo prazo.

Além do estigma do câncer, há em paralelo o peso psicológico em ter CM. A depender da idade, do status social, do momento da vida, o diagnóstico do câncer causa uma ruptura biográfica inimaginável entre as mulheres e seus familiares. Acarretando mudança na

(16)

identidade, autoestima, satisfação sexual dentre outras atividades físicas e sociais (ZANDONAI, et al., 2010).

O estudo de Hsu et al., (2013) que abordou a qualidade de vida na SC evidenciou que a mesma nos sobreviventes melhora em vários domínios ao longo do tempo. O estudo realizado por pesquisadores brasileiros também evidenciou que as SCM apresentam boa qualidade de vida. Em contrapartida, o estudo de Loerzel et al. (2008) verificou uma qualidade de vida positiva entre as mulheres sobreviventes idosas no primeiro ano da SC e declinando lentamente com o passar do tempo.

Pode-se observar que as maiorias dos artigos se propuseram a analisar a QV dos sobreviventes em longo prazo diagnosticados há 5, 10 e 15 anos após o diagnóstico. Deixando evidentes que os SCM avaliado nos últimos cinco anos possuem maiores restrições e escores de QV mais baixos quando comparados com os pacientes dos últimos 15 anos, há diferença nos escores de funcionamento físico nos pacientes de 15 anos quando comparados com os de 5 anos. Os autores acreditam que essa melhora dos escores de QV e funcionamento é devido a uma mudança de comportamento, trazendo atitudes mais pragmáticas em relação ao seu cotidiano e experiências diárias, resultando em uma melhora da qualidade de vida (KLEIN, D et al., 2011; KOCH, L et al., 2013; SCHMIDT, M. E.; WISKEMANN, J.; STEINDORF, K. 2018). Koch et al. (2013) mostra em seus resultados um ligeiro aumento no funcionamento emocional e social de um a cinco anos após o diagnóstico, seguido por uma diminuição que eles acreditam que pode ser devido ao processo normal de envelhecimento, semelhante ao evidenciado no estudo sete dessa revisão.

Para sobrevivente do câncer o processo de viver após o prognóstico é algo desafiador, pois passam por desafios a todo momento para conseguir o equilíbrio em todos os âmbitos de sua vida. Muitos pacientes, principalmente em longo prazo passam por agravos que influenciam diretamente em seu bem estar – físico e principalmente emocional, acabando com sua QV. Após o fim do tratamento novos desafios surgem como, o medo de reincidência da doença e a imagem distorcida, e essas inesperadas experiências visam impedir de tomar decisões de realizar planos e planejar o futuro (OLIVEIRA et al., 2015).

(17)

conservador da mama (ARÊDES et al.,2015). Sentir-se desencorajada, deprimida, não sentir-se atraente são falas de sobreviventes mastectomizadas (PINTO et al., 2013).

A adaptação às atividades de vida diárias, na maioria das vezes é o que mais apresentam preocupações à mulher, visto que ela é acostumada a cuidar do marido, filhos, casa, trabalhar, algumas são chefes de família e após o prognóstico muitas desenvolvem quadros de preocupação e ansiedade, pois elas encontram obstáculos físicos que podem impedir a realização de suas tarefas, muitas vezes a angústia pelo que pode acontecer. Essas cascatas de agravos deixam essas sobreviventes angustiadas, justificando assim parte das alterações emocionais vivenciados por elas (OLIVEIRA et al., 2015; ARÊDES et al., 2015).

Vidotti, Scorsolini–Comin e Santos (2013) após análise crítica dos estudos revisados por eles, afirmam que QV geral após cinco à 10 anos do diagnóstico inicial há um declínio em alguns domínios, funcionamento físico, pior qualidade nas relações sexuais com parceiros, e o bem-estar social corroborando assim o estudo realizado por Arêdes et al. (2015).

Outro ponto em que Arêdes et al. (2015) e Vidotti, Scorsolini-Comin e Santos (2015) concordam é em relação ao bem estar social dessas SCM que na maioria das vezes esse bem estar não atinge a plenitude devido a limitações físicas que perduram em longo prazo como inchaço e dor no braço, bem como dor na cicatriz cirúrgica, todos esses efeitos provenientes do tratamento. Zandonai et al.(2010) estudou a QV em pacientes adultos, e ficou evidente problemas, preocupações e declínio de QV em domínios comuns aos sobreviventes como: aspectos físicos, aspectos sociais e capacidade sexual, mostrando que apesar do diagnóstico diferente o impacto e as complicações podem ser semelhantes.

Em contrapartida, os dados apresentados pelos autores em um estudo realizado na América Latina, em 2010, com 58 mulheres, aplicando uma pesquisa que avaliou a saúde física, psicológica, social e sexual, verificaram que mais da metade das mulheres encontrava-se na categoria de boa QV (KELSO et al., 2013).

Diante das alterações e interferência em sua QV fica evidente a necessidade de um acompanhamento com uma equipe multidisciplinar e uma forma de rastreio mais evidente. O profissional enfermeiro deve estar comprometido com a causa, trazendo e sempre se atualizando com medidas de promoção à saúde com enfoque nos fatores de risco e manutenção da QV, pois sabemos que ainda há um estigma social sobre as mulheres, o que causa um impacto social e significativas alterações na QV dessas mulheres.

(18)

Essa revisão integrativa possibilitou a construção de uma síntese do conhecimento científico acerca da QV nos SCM. Evidenciou que não há resultados consensuais se há ou não melhora da qualidade de vida, o que se sabe é que cada estudo diante de suas variáveis consegue predizer como se encontra a QV daqueles que sobrevivem à doença. Ou seja, por ser um conceito subjetivo é natural que as variáveis influenciem nos diferentes resultados evidenciados.

Portanto, uma das limitações do estudo foi não ter levado em consideração aspectos do tratamento desses sobreviventes, bem como o estadiamento da doença, idade e até mesmo o tempo de sobrevida, já que se sabe que são fatores influenciadores nos domínios da QV. Esse estudo também se limitou a avaliar a qualidade de vida no câncer de mama sendo necessário expandir essa investigação para outros tipos da doença e assim avaliar a QV na população diagnosticada com outros tipos de câncer em longo prazo.

A SC tem como um dos seus princípios promover a melhor QV possível aos seus sobreviventes, garantindo a longevidade dos mesmos. Por outro lado, no nosso país ainda não há implementação do plano de cuidados específicos ao grupo de sobreviventes o que faz necessário, investigações e avaliações da QV dos mesmos em seu contexto para que se possa planejar e criar estratégias de cuidados adequados a cada sobrevivente.

O CM é um problema de saúde pública a nível mundial. Ser SCM pode trazer incertezas, medos, angustias, limitações e duplo sentimentos. Fica evidente a necessidade de um acompanhamento após o prognóstico, conseguindo assim uma manutenção adequada da QV e esse processo contribui para o desenvolvimento de cuidados de enfermagem e planejamentos de ações em saúde. O presente estudo identificou domínios que interfere de forma direta e indireta na QV dos SCM sendo eles físicos, emocionais, espirituais e sociais.

O presente estudo contribui para a agregação de novos conhecimentos, pois aponta diversos domínios que interferem na QV dos sobreviventes após o diagnóstico, além disso fica evidente a importância de estudos voltados à temática, mesmo que tenhamos um acúmulo de conhecimento é necessário para que possa nos proporcionar um momento de intensa reflexão frente as mudanças e evolução da QV dos SCM ao longo dos anos.

(19)

REFERÊNCIAS

ALMUTAIRI, K. M.; MANSOUR, E. A.; VINLUAN, J. M. A cross-sectional assessment of quality of life of breast cancer patients in Saudi Arabia. PUBLIC HEALTH, v. 136, p. 117 – 125, 2016.

ARÊDES, T. B. Nível de informação e qualidade de vida em mulheres após o câncer de mama. SALUSVITA, v. 34, n. 2, p. 291- 306, 2015.

AVIS, N. E.; SMITH, K. W.; MCGRAW, S.; SMITH, R. G.; PETRONIS, V. M.; CARVER, C. S. Assessing quality of life in adult cancer survivors (QLACS). Quality of Life Research, v. 14, p. 1007-1023, 2005.

BLOOM, J. R.; STEWART, S. L.; OAKLEY-GIRVAN, I.; BANKS, P. J.; SHEMA, S. Quality of life of younger breast cancer survivors: persistence of problems and sense of well-being. Psycho-Oncology, v. 21, p. 655–665, 2012.

BOUSKILL, K.; KRAMER, M. The impact of cancer and quality of life among long-term survivors of breast cancer in Austria. Support Care Cancer v.24 p. 4705–4712, 2016.

CANADIAN CANCER SOCIETY. Canadian Cancer Statistics 2018. Toronto, ON: Canadian Cancer Society, 2018. p. 142.

CARVER, C.S.; SMITH, R.G.; PETRONIS, V.M.; ANTONI, M.H. Quality of life among long-term survivors of breast cancer: Different types of antecedents predict different classes of outcomes. Psychooncology, v. 15, n. 9, p. 749-758, 2006.

FERREL, B.R; DOW K.H; GRANT, M. Measurement of the quality of life in cancer survivors. Qual Life Res. 1995; 4(6):523-531.

GRAVES, K. D. Through the Lens of Culture: Quality of Life Among Latina Breast Cancer Survivors. Breast Cancer Res Treat, v. 136, n. 2, p. 603–613, 2012.

HSU, T.;ENNIS, M; HOOD, N.; GRAHAM, M; GOODWIN, P.J. Quality of Life in Long-Term Breast Cancer Survivors. Journal of Clinical Oncology, v. 32, n. 28, 2013.

INCA. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2017.

(20)

JACOBS, L. A.; SHULMAN, L. N. Follow-up care of cancer survivors: challenges and solutions. The Lancet Oncology, Londres, v. 18, n.1, p. 19-29, jan. 2017

JEMAL, A.; VINEIS, P.; BRAY, F.; TORRE, L.; FORMAN, D. (Eds). O atlas do câncer. ed. 2. Atlanta, GA: American Cancer Society; 2014.

KELSO, C. L. M. et al. Calidad de vida en pacientes en tratamiento de cáncer de mama, Pereira, Colombia 2010. Revista Investigaciones Andina, Pereira, CO, v. 15, n 27, p. 811-823, 2013.

KLEIN, D. et al. Long-term quality of life after breast cancer: a French registry-based controlled study. Breast Cancer Res Treat, v. 129, p. 125–134, 2011.

KLUTHCOVSKY. A. C. G. C.; URBANETZ, A. A. Fatigue and quality of life in breast câncer survivors: a comparative study. Rev Bras Ginecol Obstet.; v. 37, n. 3, p. 119-26, 2015.

KOCH, L. et al. Quality of life in long-term breast cancer survivors – a 10-year longitudinal population-based study. Acta Oncologica, v. 52, p. 1119–1128, 2013.

LOERZEL, V.W.; MCNEES, P.; POWEL, L.; XIAOGANG, S.; MENESES, K. Quality of life in older women with early-stage breast cancer in the first year of survivorship. Oncology

Nursing Forum, v. 35, n. 6, p. 924-932, 2008.

LOTTI, R.C.B; BARRA, A.A; DIAS, R.C; MAKLUF, A.S.D. Impacto do tratamento do cancer de mama na qualidade de vida. Revista Brasileira de Cancerologia 2008; 54(4): 367-371.

MELNYK, B.M.; FINEOUT-OVERHOLT, E. Making the case forevidence-based practice. In: Melnyk BM, Fineout-Overholt E. Evidence-based practice in nursing & healthcare. A guideto best practice. Philadelphia: Lippincot Williams & Wilkins; p. 3-24. 2005

(21)

MOREIRA, H.; SILVA, S.; CANAVARRO, M. C. Qualidade de vida e ajustamento psicossocial da mulher com cancro da mama: diagnostico à sobrevivência. PSICOLOGIA,

SAÚDE & DOENÇAS, v. 9, n. 1, p. 165-184, 2008

MOTHER, D.; LIBERATI, A.; TETZLAFF, J.; ALTMAN, D.G. The PRISMA Group. Preferred Reporting Items for Sistematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement for reporting systematic reviews and meta-analyses of studies that evaluate health care interventions: explanation and elaboration. Journal of Clinical Epidemiology, v. 62, n. 10, p. 1006-1012, 2009

MURGIC, J.; SOLDIC, Z. VRLJIC, D.; SAMIJA, I.; KIRAC, I.; BOLANCA, A.; KUSIC, Z. Quality of Life of Croatian Breast Cancer Patients Receiving Adjuvant Treatment – Comparison to Long-Term Breast Cancer Survivors. Coll. Antropol. V. 36, n. 4, p. 1335– 1341, 2012.

NATIONAL CANCER INSTITUTE. Office Cancer survivorship, Bethesda (MA): National Cancer Institute, 2018 [atualizado 2018 Jun 30]. Disponível em: https://cancercontrol.cancer.gov/ocs/about/index.html. Acessado em 05 de dez de 2018.

OLIVEIRA, R. A. A.; ARAUJO, J. S.; CONCEIÇÃO, V. M. ZAGO, M. M. F. Sobrevivência ao câncer: o desembrulhar dessa realidade. Cienc Cuid Saude, v. 14, n. 4, p. 1602-1608, 2015.

OLIVEIRA, R.A.A.; CONCEIÇÂO, V.M.; ARAUJO, J.S.; ZAGO, M.M.F. Concept analysis of cancer survivorship: contribuitions to oncological nursing. International Journal of

Nursing Practice, v. 24, n. 1, p. 1-8, 2018.

PINTO, B. K.; LIMA, J. F.; MUNIZ, R. M.; SCHWARTZ, E. QUALIDADE DE VIDA EM SOBREVIVENTES DE CÁNCER: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Rev Rene. v. 14, n. 4, p. 829-35, 2013.

SALES, C. A.; ALMEIDA, C. S. L.; WAKIUCHI, J.; PIOLLI, K. C.; RETICENA, K. Sobrevivi ao câncer: análise fenomenológica da linguagem dos sobreviventes. Texto

Contexto Enferm, Florianópolis, v. 23, n. 4, p. 880-8, 2014.

SCHMIDT, M. E.; WISKEMANN, J.; STEINDORF, K. Quality of life, problems, and needs of disease-free breast câncer survivors 5 years after diagnosis. Quality of Life Research, v.

(22)

SOARES, P. B. M. et al. The quality of life of disease-free Brazilian breast cancer survivors.

Rev Esc Enferm USP; v. 47, n. 1, p. 69-7, 2013.

SOUZA, M. T.; SILVA, M. D.; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer.

Einstein, São Paulo, v.8, p. 102-106. 2010.

VIDOTTI, J. F.; SCORSOLINE-COMIN, F.; SANTOS, M. A. Qualidade de vida em sobreviventes de longo prazo ao câncer de mama: análise da produção científica. Revista

Psicologia: Teoria e Prática, v. 15, n. 3, p. 49-68, 2013.

WANI, S. Q.; KHAN, T.; TEELI, A. M.; KHAN, N. A.; WANI, S. Y.; HASSAN, A. Quality of life assessment in survivors of breast câncer. Journal of Cancer Research and

Therapeutics, v. 8, n. 2, 2012.

WHOQOL. The World Health Organization Quality of Life assessment: position paper from the World Health Organization. Soc Sci Med. 1995;41(10):1403-9.

ZANDONAI, A. P.; CARDOZO, F. M. C.; NIETO, I. N. G.; SAWADA, N. O. Qualidade de vida nos pacientes oncológicos: revisão integrativa da literatura latino-americana. Rev. Eletr.

Referências

Documentos relacionados

Isso quer dizer que, para qualquer tipo de relação predicativa reconhecida sob o título de “kath’ hauto”, podemos conceber uma relação ternária, na qual a correlação

O Enf.º, enquanto elemento obrigatório da composição do Núcleo, deve não só conhecer o contexto sociocultural e recursos comunitários da realidade em que

suscetibilidade ao câncer de mama; a visão da seriedade do câncer de mama; os estímulos para a ação: a busca de apoio no grupo de reabilitação – e Benefícios e

* Grupo de Estudos de Câncer de Mama e

Variáveis de história reprodutiva, estilo de vida, estado nu- tricional, composição corporal e consumo alimentar foram comparadas entre os grupos controle e sobrevivente por meio

Em geral, a literatura acerca do processo de ensino-aprendizagem aponta que a preferência pelos métodos tradicionais de ensino não está relacionada à deficiência de

Nessa perspectiva o Orçamento Democrático Estadual mostrou-se um grande aliado para promoção de uma gestão democrática dos recursos públicos de forma transparente, inovadora