DISPERSÃO COLOIDAL: Sistema heterogéneo de partículas coloidais (colóides)
Recapitulando:
COLÓIDES (partículas com dimensões entre 1 nm e 1 μm)
INSTABILIDADE DAS DISPERSÕES COLOIDAIS
DISPERSÃO COLOIDAL: Sistema heterogéneo de partículas coloidais (colóides) dispersas numa fase contínua
•
Entre as partículas existem forças atractivas de van der Waals.•
Para diminuir a energia de superfície, as dispersões coloidaistendem a agregar e a coalescer (formar partículas maiores a partir das mais pequenas)
agregação partir das mais pequenas).
coalescência
Precipitação
A estabilização pode ser electrostática (cargas eléctricas à superfície) por
A estabilização pode ser electrostática (cargas eléctricas à superfície), por
repulsão estérica (cadeias poliméricas superficiais) ou usando
ESTABILIDADE DE DISPERSÕES COLOIDAIS
Curvas de energia potencial
g
p
entre duas partículas colidais em
função da distância
x Diversas hipóteses c ial (V) VR(1) Forma geral Diversas hipóteses V(1)=VA+VR(1) V(2)=VA+VR(2) repulsão total n ergia Poten c e ncial (V) Mínimo secundário (floculação) VR(2) Forma geral x atracção total E n E nergia Pot e V(1) V(2)Distância entre partículas (x)
E
VA V(2)
A profundidade energética do mínimo secundário é da ordem da
energia de agitação térmica (3RT/2), pelo que os agregados formados (flóculos) se podem dissociar.
ESTABILIDADE DE DISPERSÕES COLOIDAIS
Curvas de energia potencial
Para distâncias mais curtas: x
g
p
entre duas partículas colidais em
função da distância
Mínimo secundário (floculação) a l (V) repulsão total e ncial (V) e rgia Potenci a x atracção total E nergia Pot e En e x E Mínimo primário (agregação)ESTABILIDADE DE DISPERSÕES COLOIDAIS
Dispersões estáveis: A energia de activação para a ã (E ) é i à i d it ã té i agregação (Ea) é superior à energia de agitação térmica (3RT/2), logo as partículas coloidais não transportam energia suficiente para no choque vencerem a barreira energética e são estáveis.
Mínimo secundário (floculação) Ea
cial (V)
g
Dispersões instáveis: A energia de activação (Ea) é nula ou inferior à energia de agitação térmica, logo as partículas coloidais
n
ergia Poten
x
, g p
transportam energia suficiente para no choque vencerem a barreira energética e agregam levando à instabilidade.
E
n x
Dispersões metaestáveis: A energia
de activação é próxima da energia de agitação térmica, pelo que pequenas variações podem levar à instabilidade
Ea
variações podem levar à instabilidade da dispersão.
1, 2 - dispersões estáveis As formas de estabilizar dispersões coloidais Mínimo primário (agregação) 3 - dispersão metaestável 4, 5 - dispersões instáveis dispersões coloidais actuam nas curvas de energia potencial
INTERFACE SÓLIDO - GÁS
A í l i ó i fí i
Ao nível microscópico as superfícies
sólidas em geral não são homogéneas. Excluindo os materiais verdadeiramente
f i i d ólid é tit íd
S
amorfos, a maioria dos sólidos é constituída por agregados de cristalites.
A superfície depende do tipo e nat re a do tipo e natureza das faces expostas dessas cristalites.
Molécula
“God made the bulk, surfaces were i t d b th d il”
d
invented by the devil”
Superfície Wolfgang Ernst Pauli
(1900 – 1958)
ADSORÇÃO DE MOLÉCULAS NUMA SUPERFÍCIE SÓLIDA
Ad
ã Fí i
i t õ ólidAB AB ads
V(d)
Adsorção Física:
as interacções com o sólido são do tipo van der Waals, sem redistribuição de densidade electrónica na molécula (adsorvido) nem no sólido (substrato)( )0
d (distância à superfície)0
d (distância à superfície)Eades ΔHads quim
Estado precursor
Adsorção Química:
forma-se uma ligação química entre o adsorvido e o substrato, com rearranjo da densidade electrónicadeq
Adsorção Química
não dissociativa precedida de adsorção físicaADSORÇÃO QUÍMICA COM DISSOCIAÇÃO
Adsorção química de dois
Adsorção química de uma
molécula
com
dissociação
ç
q
átomos infinitamente afastados
A
+
B A+
Bmolécula
com
dissociação
+
A ads B ads AB V(d) V(d) A + B A+
B A ads+
B ads V(d) Adsorção química dissociativa não activada A + B 0 D (A-B) d d 0Barreira de activação muito baixa Eades
ΔH(ads qui diss) ΔH(ads fis)
activada AB A-subs + B-subs
ou
V(d) Ad ã í i A-substrato + B-substrato A + B A-substrato + B-substrato 0 dA barreira de activação para a adsorção dissociativa vai influenciar a cinética do
Adsorção química dissociativa activada
AB
Barreira de activação elevada processo.
Eades
ADSORÇÃO FÍSICA
A uma dada temperatura, atinge-se o equilíbrio entre as moléculas adsorvidas fi i t à fí i d
S fisicamente à superfície do sólido e as moléculas em fase
gasosa.
A adsorção caracteriza-se pelo
número de moles de gás adsorvidas
em
função da
ç
pressão de equilíbrio do gás
p
q
g
, a T constante - isotérmica de
ADSORÇÃO FÍSICA
Tipos de Isotérmicas de Adsorção (IUPAC)
d
sorvidas
Tipo I Tipo II Tipo III Tipo IV Tipo V
N º moles a d p - pressão do gás em equilíbrio N p/p0 p/p0 p/p0 p/p0 p/p0
p0 - pressão de saturação do gás p/p0 - pressão relativa do gás 1
A interpretação da isotérmica de adsorção dá indicações importantes sobre:
•
área superficial do substrato;p pressão de saturação do gás
área superficial do substrato;
•
porosidade;Pressupostos:
ISOTÉRMICA DE ADSORÇÃO DE LANGMUIR
Tipo I
p
i)
o substrato sólido possui centros de adsorção e
cada centro adsorve somente
uma
molécula, ou
seja forma-se apenas uma
monocamada
adsorvida;
monocamada
seja, forma se apenas uma
monocamada
adsorvida;
ii)
cada centro é
equiprováve
l para adsorção e o
calor de adsorção é igual
para todos os centros;
1iii) não há interacção
entre centros de adsorção,
nem entre as moléculas adsorvidas em centros
adjacentes;
1
iv)
a adsorção é vista como um
equilíbrio dinâmico
entre a velocidade de adsorção e a velocidade de
desadsorção, a uma dada temperatura e pressão;
desadsorção, a uma dada temperatura e pressão;
v)
deduzida para a adsorção de gases em sólidos,
é
aplicável
igualmente a líquidos e soluções
adsorvidos
adsorvidos.
Irving Langmuir (1881-1957)
Para responder em três linhas :
Critique dois dos pressupostos que estão na base da isotérmica de
Langmuir.
O equilíbrio dinâmico traduz-se por:
ISOTÉRMICA DE ADSORÇÃO DE LANGMUIR
A A A A A A A
A(g) + S (superfície) A---S (A adsorvida ) Sendo:
N - número total de centros de adsorção
S
A
A A A
N número total de centros de adsorção
θ - fracção de centros de adsorção ocupados:
Nocupados θ = = N V Vmonocamada V V =
ka - constante de velocidade de adsorção;
kd - constante de velocidade de desadsorção;
monocamada V∞
é proporcional à pressão parcial de A (p) e ao número de centros de
adsorção livres, N(1-
θ
)
d
θ
Velocidade de adsorção (d
θ
/dt):
d
θ
dt
= k
ap N(1-
θ
)
Velocidade de desadsorção:
é proporcional ao número de espécies adsorvidas, N
θ
:
d
θ
ISOTÉRMICA DE ADSORÇÃO DE LANGMUIR
E d i t t i ã d θ id d d t é d d
No equilíbrio não há variação de θ ou seja:
Em cada instante, a variação de θ por unidade de tempo é dada por:
= k
apN(1-
θ
) - k
dN
θ
d
θ
dt
No equilíbrio, não há variação de θ , ou seja:
k
ap N(1-
θ
) = k
dN
θ
θ
1
θ
= p
k
ak
= K p
onde K = ka/kd(constante de equilíbrio de adsorção)
= 1 +
1
θ
K p
1
1-
θ
k
dp
Resolvendo em ordem aθ
:
θ
=
K p
1 + K p
(constante de equilíbrio de adsorção) ou
K p
θ
+
θ
= K p
ou(1/θ ) varia linearmente com (1/p) Sendo V o volume de gás adsorvido (referido à pressão de 1 atm e à temperatura de 273 K - PTN) e V∞ o volume correspondente à monocamada (θ =1), corrigido para as mesmas condições, pode escrever-se:
(1/θ ) varia linearmente com (1/p)
Nocupados θ = = N V V∞