ESPECTROSCOPIA DE RMN DE
1
H
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE
PERNAMBUCO - UNIDADE ACADÊMICA
DE SERRA TALHADA
ANÁLISE ORGÂNICA A
Professora Andréa Bandeira
ESPECTROSCOPIA DE RMN DE
1
H
Espectroscopia e o Espectro Eletromagnético
υ aumenta visível IV próximo IV RMN rádio UV próximo UV vácuo RaiosX Raios γEspectroscopia: é o estudo da interação da radiação eletromagnética
com a matéria
λ aumenta próximo rádio próximo vácuo γTipos de transição de energia em cada região do espectro eletromagnético
Espectroscopia e o Espectro Eletromagnético
REGIÃO DO ESPECTRO TRANSIÇÕES ENERGÉTICAS Raios-X Ultravioleta/visível Infravermelho Quebra de ligações Eletrônicas Vibracional Infravermelho Micro-ondas Radiofrequências Vibracional Rotacional
Spin nuclear (ressonância magnética nuclear)
Spin eletrônico (ressonância de spin eletrônico)
Espectroscopia de Ressonânica Magnética
Nuclear-Estados de
spin
•Vários núcleos podem ser estudados pelas técnicas de RMN
•Mais comumente disponíveis são:
1H e
13C
I
= número quântico de spin nuclear
2I + 1
= estados de spin permitidos
Números quânticos de spin de alguns núcleos comuns Elemento 1 1H 21H 126C 136C 147N 168O 178O 199F 3115P 3517Cl Número quântico de spin nuclear 1/2 1 0 1/2 1 0 5/2 12 1/2 3/2 Número de estados de spin 2 3 0 2 3 0 6 2 2 4
Espectroscopia de Ressonânica Magnética
Nuclear-Estados de
spin
do hidrogênio
Hidrogênio I = 1/2
2I + 1
= 2(1/2) + 1 = 2 estados de spin permitidos: -1/2 e +1/2
Na ausência de um campo magnético aplicado, os estados de
Espectroscopia de Ressonânica Magnética
Nuclear-Momentos magnéticos nucleares
Estados de spin não tem a mesma energia em um campo magnético
aplicado
Direção de um alinhado oposto Direção de um campo magnético aplicado (Bo) Tenta girar para alinhar-se Alinhado: Energia mais baixaOposto: Energia mais alta
Espectroscopia de Ressonânica Magnética
Nuclear-Absorção de Energia
e n e rg ia -1/2 contra o campo +1/2 a favor Campo Magnético Aplicado (Bo) Nenhum campo magnético aplicado +1/2 a favor do campo (Bo)•O fenômeno de ressonância magnética nuclear ocorre quando
núcleos alinhados com um campo aplicado são induzidos a absorver
energia e a mudar a orientação de spin em relação ao campo aplicado.
Espectroscopia de Ressonânica Magnética
Nuclear-Processo de absorção para um próton
E N E R G IA
Campo Magnético Crescente
• Quanto mais forte for o campo magnético aplicado maior a diferença
de energia entre os estados de spin possíveis.
∆
∆
∆
∆E = f(Bo)
∆
∆
∆
∆E = f(γγγγBo) = hυ
υ
υ
υ
γγγγ = razão giromagnética
∆
∆
∆
∆E = γγγγ (h) Bo = hυ
υ
υ
υ
2
π
π
π
π
υ
υ
υ
υ= frequência = γγγγ Bo
energ. ab. 2
π
π
π
π
Espectroscopia de Ressonânica Magnética
Nuclear-Mecanismo de absorção
ω= frequência de Larmor
1,41 Tesla
≅ 60 MHz
Processo de absorção
ocorre quando
ω=υ
Ocorre absorção 1,41 TeslaEspectroscopia de Ressonânica Magnética Nuclear
-Densidade Populacional dos Estados de
Spin
Nuclear
mais alto
mais baixo mais alto
mais baixo
Variação de núcleos excedentes de 1H
com a frequência de operação com a frequência de operação
Espectroscopia de Ressonânica Magnética
Nuclear-Deslocamento Químico e Blindagem
δ= deslocamento químico em Hz
frequência do aparelho em MHz
δ = deslocamento químico
Bo aplicado B induzido (oposto a Bo) Direção da varredura Escala δδδδ (ppm)Espectrômetro de Ressonânica
Magnética-Instrumento de Onda Contínua (CW)
Oscilador de RF (60 MHz) Detector de RF Registrador ∼ ∼ ∼ ∼1,41T+/-algumas ppm
Espectrômetro de Ressonânica
Magnética-Instrumento de Onda Contínua (CW)
Espectrômetro de Ressonânica
Magnética-Instrumento Transformada de Fourier (FT)
ligado desligado intensidade tempo Pulso υυυυ Frequência (υυ)υυ ruído Direção da varredura acetona acetona Pulso Pulso Pulso acetona
Espectrômetro de Ressonânica
Magnética-Instrumento Transformada de Fourier (FT)
ppm = (Hz)
MHz
tempoMHz
δ
δ
δ
δ
real= (
δ
δ
δ
δ’
acetona-
δ
δ’
δ
δ
TMS)
Espectrômetro de Ressonânica
Magnética-Instrumento Transformada de Fourier (FT)
Domínio de tempo
tempo
Componente de decaimento
Componente do sinal (a) Domínio de frequência
frequência
Equivalência Química
Todos os prótons quimicamente equivalentes (1 pico)
Duas séries diferentes de prótons quimicamente equivalentes (dois picos) Três séries diferentes de prótons quimicamen-te equivalenquimicamen-tes (três picos)
Deslocamento Químico- Efeitos da Eletronegatividade
Composto CH3X CH3F CH3OH CH3Cl CH3Br CH3I CH4 (CH3)4Si Elemento X F O Cl Br I H Si Eletronegatividade X 4,0 3,5 3,1 2,8 2,5 2,1 1,8 Deslocamento 4,26 3,40 3,05 2,68 2,16 0,23 0 Deslocamento químico δ 4,26 3,40 3,05 2,68 2,16 0,23 0 CHCl3 7,27 CH2Cl2 5,30 CH3Cl 3,05 -CH2Br 3,30 -CH2-CH2Br 1,69 -CH2-CH2-CH2Br 1,25Deslocamento Químico- Efeitos da Hibridização
Anel tensionado
Hidrogênios sp3
Hidrogênios sp2
Deslocamento Químico- Ligações de Hidrogênio,
Hidrogênios trocáveis e Hidrogênios ácidos
Livre (solução diluída)
Com ligação de hidrogênio (solução concentrada)
ácidos RCOOH 10,5-12,0 ppm fenóis ArOH 4,0-7,0 álcoois ROH 0,5-5,0 aminas RNH2 0,5-5,0 amidas RCONH2 5,0-8,0 enóis CH=CH-OH >15
Deslocamento Químico- Anisotropia Magnética
Elétrons ππππ circulantes
O Campo magnético Secundário gerado por
elétrons ππππ circulantes
desprotege os prótons aromáticos
aromáticos
Deslocamento Químico- Anisotropia Magnética
blindado
Corrente de anel (6 elétrons ππππ)
Corrente de anel (18 elétrons ππ)ππ
Hidrogênios internos Corrente de anel (6 elétrons ππππ)
Hidrogênios internos Hidrogênios externos
blindado
Regra da Separação
spin
-
spin
(n+1)
Dois vizinhos geram um tripleto (n+1 = 3) (área = 1)
Um vizinho gera um dupleto (n+1 = 2) (área = 2)
(n+1 = 3) (área = 1) (n+1 = 2) (área = 2)
Tres vizinhos geram um quarteto (n+1 = 4) (área = 2)
Dois vizinhos geram um tripleto (n+1 = 3) (área = 3)
Regra da Separação
spin
-
spin
(n+1)
Um vizinho gera um dupleto (n+1 = 2) (área = 6)
Seis vizinhos geram um septeto (n+1 = 7) (área = 1)
A Origem da Separação
spin
-
spin
A Origem da Separação
spin
-
spin
Deslocamento químico do próton A em moléculas do tipo X
(desblindadas- o próton B tem spin alinhado com campo
aplicado)
Deslocamento químico do próton A em moléculas do tipo Y
(blindadas- o próton B tem spin em direção oposta ao campo
aplicado)
Deslocamento químico do próton A se próton B tiver ausente
Grupo etila (CH
3
CH
2
-)
Arranjos possíveis de spin dos prótons metila
Arranjos possíveis de spin dos prótons metileno
Triangulo de Pascal
Simpleto
Dupleto
Tripleto
Tripleto
Quarteto
Quinteto
Sexteto
septeto
Constante de acoplamento (
J
)
Constante de acoplamenro medida em Hz
•Medida de J no padrão de separação do grupo etila
Diferença de deslocamento químico Diferença de deslocamento químico Deslocamento químico
é definido em relação ao centro do grupo
Constante de acoplamento (
J
)
Constante de acoplamento (
J
)
•Algumas constantes de acoplamento
3J representativas e seus
Constante de acoplamento (
J
)
Alcanos
DESLOCAMENTO QUÍMICO
Grupos metila frequentemente são reconhecidoscomo um pico isolado e agudo, um dupleto ou tripleto, mesmo quando sobrepõe outras absor-çoes de CH
Em cadeias longas, todas as absorções CH2 podem se sobrepor em um único pico sem resolução
COMPORTAMENTO DO ACOPLAMENTO
se sobrepor em um único pico sem resolução Observe que hidrogênios metínicos têm desloca-mento químico maior do que grupos CH2 ou CH3
Em cadeias de hidrocarbonetos, hidrogênios adjacentes, em geral, irão se acoplar com sepa-ração spin-spin que siga a Regra do n+1
Alcenos
DESLOCAMENTO QUÍMICO
COMPORTAMENTO DO ACOPLAMENTO
Hidrogênios vinílicos são desblindados por anisotropia e hibridização
O efeito é menor em relação ao superior em virtude da ligação dupla está mais distan-te
COMPORTAMENTO DO ACOPLAMENTO
Compostos Aromáticos
DESLOCAMENTO QUÍMICO
Hidrogênios aromáticos são desblindados por anisotropia
O efeito é menor em relação ao superior
COMPORTAMENTO DO ACOPLAMENTO
O efeito é menor em relação ao superior em virtude do hidrogênio benzílico estar mais distante do anel
Alcinos
DESLOCAMENTO QUÍMICO
Álcoois
Deslocamento químico variável, pois depende da concentração, do solvente e da temperatura
DESLOCAMENTO QUÍMICO
COMPORTAMENTO DO ACOPLAMENTO
Sem acoplamento (normalmente)
Ausência de acoplamento se a troca for rápida
Troca por deutério
Por causa da rápida troca química do próton do OH em muitas soluções
Éteres
DESLOCAMENTO QUÍMICO
Aldeídos
DESLOCAMENTO QUÍMICO
COMPORTAMENTO DO ACOPLAMENTO
Cetonas
DESLOCAMENTO QUÍMICO
Ésteres
DESLOCAMENTO QUÍMICO
Espectro de RMN de
1
H do acetato de isobutila
Hidrogênio desblindado por anisotropia Hidrogênio desblindado por causa da eletronegatividade do oxigênio
Ácidos carboxílicos
DESLOCAMENTO QUÍMICO
Espectro de RMN de
1
H do ácido etilmalônico
Amidas
DESLOCAMENTO QUÍMICO
Deslocamento químico variável, pois depende da concentração, do solvente e da temperatura
Hidrogênio desblindado por causa da Hidrogênio levemente desblindado pelo grupo carbonila
COMPORTAMENTO DO ACOPLAMENTO
Hidrogênio desblindado por causa da eletronegatividade do nitrogênio
Acoplamento raro
A troca do H da amida é mais lenta do que em aminas
Aminas
DESLOCAMENTO QUÍMICO
Deslocamento químico variável, pois depende da acidez, da extensão das ligações de hidrogê-nio, do solvente e da temperatura
Hidrogênio α é levemente desblindado por causa da eletronegatividade do nitrogênio
Hidrogênio desblindado por causa do efeito aniso-trópico do anel e da ressonância
COMPORTAMENTO DO ACOPLAMENTO
trópico do anel e da ressonância
Acoplamento raro
Em geral não é observado
Por causa da troca química não é comum Observar esse acoplamento
Ácidos carboxílicos
DESLOCAMENTO QUÍMICO
Espectro de RMN de
1
H do valeronitrila
Hidrogênio α é levemente desblindado pelo grupo ciano
Nitroalcanos
DESLOCAMENTO QUÍMICO
Haletos de alquila
DESLOCAMENTO QUÍMICO
COMPORTAMENTO DO ACOPLAMENTO
Acoplamentos entre flúor e hidrogênio po-dem ocorrer no mesmo átomo de carbono ou em adjacentes. Os outros halogênios não apresentam acoplamento.
não apresentam acoplamento.
Acoplamentos via duas ligações (
2
J
)
ou acoplamentos geminais
Acoplamentos via duas ligações (
2
J
)
ou acoplamentos geminais
Plano de simetria Sem separação Rotação livre Sem separaçãoAcoplamentos via três ligações (
3
J
)
ou acoplamentos vicinais
•Sua grandeza depende do ângulo αααα (ângulo diedro) entre as ligações
H-C-C-H. É maior quando αααα = 0º ou 180º e menor quando αααα = 90º
Acoplamento vicinal via três ligações
Pouca ou nenhuma sobreposição quando os orbitais são perpendiculares
α α α
α = 0º αα = 90ºαα αα = 180ºαα
Acoplamentos via três ligações (
3
J
)
ou acoplamentos vicinais
Equivalência magnética
Prótons quimicamente equivalentes: um plano ou eixo de simetria torna-os quimicamente equivalentes. Têm a mesma frequência de ressonância (mes-mo δδ), não causam separação um no outro e geram um único sinal de RMN.δδ
Equivalência magnética
Núcleos magneticamente equivalentes devem ser isócronos (ter
δ
δ
δ
δ
idên-ticos) e devem ter acoplamentos iguais (mesmos valores de J) a todos
os outros núcleos da molécula
Ha e Ha’ Hb e Hb’
são quimicamente equivalentes e magneticamente diferentes
Equivalência magnética
Se a conformação for Travada (sem rotação) 1-cloropropano
Não equivalência dentro de um grupo
Rotação livre
Aplica-se a regra do n+1
Conformação favorecida