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SITUAÇÃO DO MODELO DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DA PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA ENTRE EMBRAPA E FUNDAÇÃO MERIDIONAL

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Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes

SITUAÇÃO DO MODELO DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA

DA PARCERIA PÚBLICA-PRIVADA ENTRE EMBRAPA E

FUNDAÇÃO MERIDIONAL

MILTON DALBOSCO

Dissertação apresentada à Faculdade de

Agronomia “Eliseu Maciel”, da

Universidade Federal de Pelotas, sob a

orientação do Prof. FRANCISCO

AMARAL VILLELA, para obtenção do Título de Mestre Profissional em Ciência e Tecnologia de Sementes.

PELOTAS

Rio Grande do Sul - Brasil Agosto de 2013

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MILTON DALBOSCO

SITUAÇÃO DO MODELO DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA ENTRE EMBRAPA E FUNDAÇÃO MERIDIONAL

Dissertação apresentada à Universidade Federal de Pelotas, sob a orientação do Prof. Dr. Francisco Amaral Villela, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, para obtenção do título de Mestre Profissional em Ciências.

Aprovada em: 29 de agosto de 2013

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Dr. Francisco Amaral Villela

Doutor em Agronomia, pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

__________________________________________________________________ Prof. Dr. Leopoldo Baudet Labbé

Doutor em Agronomia, pela Iowa State University

Eng° Agr° Dr. Alexandre Moscarelli Levien

Doutor em Ciências, pela Universidade Federal de Pelotas

Prof. Dr. Jean Carlo Possenti

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SITUAÇÃO DO MODELO DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA ENTRE EMBRAPA E FUNDAÇÃO MERIDIONAL

Autor: Milton Dalbosco

Orientador: Francisco Amaral Villela Co-orientador: Luiz Carlos Miranda

RESUMO - A Embrapa e a Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa Agropecuária

firmaram no início deste século XXI, uma Parceria Público-Privada (PPP), que buscou delimitar estratégias para a criação de um eficiente modelo de transferência de tecnologia, especialmente na divulgação do projeto de pesquisa desenvolvido com a cultura da soja na safra 2012/2013. Entre as técnicas utilizadas por este modelo e que serviram de canais de comunicação estão itens como Ranqueamento, Validação, UOE e DCE (Unidade de Observação Especial e Dia de Campo Especial), Plano Anual de Transferência de Tecnologia (PATT), Lavouras Expositivas, Treinamentos Técnicos, Dias de Campo e Ciclo de Reuniões Técnicas e Comerciais (CRTC). Cada uma dessas ferramentas apresenta limitações, fragilidades, fortalezas, flexibilidades, geram muitos benefícios, mas sofrem com a influência das exigências do mercado de sementes no País. Outro fator mencionado neste estudo é que as estratégias empregadas por esta parceria propiciam melhorias no nível de eficácia dos instrumentos de transferência de tecnologias e um melhor desempenho técnico e econômico, principalmente pela aproximação entre os

trabalhos realizados por “obtentores, pesquisadores, profissionais e agricultores”,

pois o emprego destas técnicas tem colaborado decisivamente para que possam participar conjunta e ativamente das etapas dos programas de melhoramento genético desenvolvidos pela parceria pública-privada Embrapa e Fundação Meridional. O intercâmbio de informações - entre os agentes envolvidos no processo - e a interação das atividades desempenhadas neste modelo contribuem ainda mais para o fortalecimento da pesquisa agropecuária no Brasil.

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SITUATIOM THE MODEL FOR TECHNOLOGY TRANSFER IN THE PUBLIC-PRIVATE PARTNERSHIP: EMBRAPA AND FUNDAÇÃO MERIDIONAL Author: Milton Dalbosco

Advisor: Francisco Amaral Villela Advisor: Luiz Carlos Miranda

ABSTRACT - The Brazilian Agricultural Research Corporation (Embrapa) and the Southern Foundation for Agricultural Research Support (Fundação Meridional), signed in the beginning of year 2.000, a Public-Private Partnership (PPP), looking forward to develop strategies for an efficient model of technology transfer, specially in the dissemination of results from the research projects developed with soybean crop. Among the techniques used by this model, which served as communication channels, are items such as ranking, validation, Special Observation Unit (UOE) and Special Field Day (DCE), Annual Technology Transfer Plan (PATT), Expositive Crop Areas, Technical Trainings, Field Days and also Technical and Commercial Meetings (CRTC). Each one of these tools has its limitations, weaknesses, strengths, flexibilities and generate many benefits, but also suffer the influence of brazilian seed market requirements. Another fact mentioned in this study is that the strategies developped and employed by this public-private partnership provide improvements in effectiveness of instruments for technology transfer and so improved technical and economic performance, specially by bringing together the work of researchers, technicians and farmers. The information exchange among the agents involved in this process and the activity interaction, performed in this model, certainly increase agricultural research in Brazil.

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SUMÁRIO

Página

1. Introdução... 01

2. Revisão de Literatura... 03

2.1 – Embrapa e Fundação Meridional: Breve Histórico... 03

2.1.1 – Embrapa... 03

2.1.2 – Fundação Meridional... 05

2.1.3 – Embrapa e Fundação Meridional: Instituições em Parceria ... 07

2.2 - Embrapa e Fundação Meridional: Desenvolvimento das cultivares e envolvimento do produtor de sementes no processo da parceria... 08

3. O modelo de transferência de tecnologia da parceria público-privada Embrapa e Fundação Meridional ... 10

3.1 – Ranqueamento... 10

3.2 – Validação... 12

3.3 – UOE (Unidade de observação especial) e DCE (Dia de campo especial)... 14

3.4 – Plano Anual de Transferência de Tecnologia (PATT)... 15

3.5 – Lavouras Expositivas... 17

3.6 – Reuniões/Treinamentos Técnicos... 18

3.7 – Dias de Campo... 19

3.8 – CRTC – Ciclo de Reuniões Técnicas e Comerciais... 20

4. Considerações Finais... 22

5. Conclusão... 24

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1. INTRODUÇÃO

Os incentivos promovidos pelos órgãos governamentais do País –

principalmente pelas instituições vinculadas à Federação – nas últimas cinco

décadas - têm sido relevante para a área da pesquisa agropecuária e têm contribuído decisivamente para o crescimento do setor de produção de sementes no Brasil.

Uma alternativa de estímulo ao trabalho dos pesquisadores e que tem se destacado com bastante êxito neste quesito são as Parcerias Público-Privada (PPPs) realizadas entre as organizações que atuam no setor agrícola.

Este trabalho trata das técnicas e ações empregadas para a difusão da tecnologia pesquisada pela Embrapa e Fundação Meridional. Além disso, mostra limitações, fragilidades, fortalezas, flexibilidades e influências de exigência do mercado de sementes.

Por outro lado, apresenta os resultados favoráveis e desfavoráveis obtidos na divulgação de novas cultivares de soja pré-lançadas e em fase de lançamento pela parceria público-privada Embrapa e Fundação Meridional. Os efeitos que este modelo de transferência de tecnologia tem proporcionado aos obtentores referem-se a melhor escala de oferta de sementes, correta adoção de cultivares para cada região, divulgação do ciclo de vida útil das cultivares, seleção das melhores épocas de comercialização e o uso de sementes certificadas e avaliadas pela parceria, entre outros tópicos.

Outro aspecto importante deste trabalho refere-se ao acompanhamento da evolução da oferta de cultivares convencionais no mercado nacional e o crescimento da participação de cultivares transgênicas de soja (RR). Constata-se o aperfeiçoamento dos programas de melhoramento genético promovidos pela parceria público-privada Embrapa e Fundação Meridional para atender a demanda comercial deste novo segmento.

O convênio firmado entre a Fundação Meridional e a Embrapa já lançou 14 cultivares de soja transgênica “RR”: BRS 242RR, BRS 243RR, BRS 244RR, BRS 245RR, BRS 246RR, BRS 247RR, BRS 255RR, BRS 256RR, BRS 294RR, BRS 295RR, BRS 316RR, BRS 334RR, BRS 360RR e BRS 359RR.

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brasileira. A viabilização da cultura do milho safrinha, o aparecimento da ferrugem da soja e a crescente evolução de resistência de percevejos a inseticidas tem deslocado a época de semeadura da soja, antecipando o plantio para minimizar os problemas com pragas e diminuir o risco de geada no milho safrinha através da mudança da época de semeadura. Essa antecipação na época de cultivo da soja exigiu o desenvolvimento de novas cultivares, com genética adaptada a esta condição. Outra mudança significativa foi em relação à precocidade das novas cultivares, que mesmo podendo gerar maior instabilidade de rendimento, tem sido a preferência dos produtores rurais neste novo cenário da agricultura brasileira. As cultivares de tipo de crescimento indeterminado apresentaram melhor adaptabilidade e competitividade nesta semeadura antecipada, gerando maior rentabilidade para o agricultor. Com o aumento do número de obtentores, também cresceu o de cultivares ofertadas no mercado, o que comprometeu a participação dos produtores de sementes que não dispunham de cultivares com estas características, como foi o caso da Embrapa. A empresa pública teve que se reestruturar e se adaptar ao novo ambiente, implantando políticas estratégicas no melhoramento genético, para atender às exigências do mercado.

A safra 2012/2013, para a Embrapa e a Fundação Meridional é um marco histórico com o lançamento da primeira cultivar transgênica precoce - de tipo de crescimento indeterminado e com superior performance em semeadura antecipada, que são características desejáveis pelos agricultores na atual conjuntura. A cultivar BRS 360RR teve participação de 0,71% do mercado já no ano de lançamento, mostrando que deve ter expressiva participação no setor nas próximas safras.

Assim, com ajustes de aprimoramento no desenvolvimento das atividades da parceria público-privada e direcionamento eficaz dos recursos humanos e financeiros utilizados é possível a criação de modelos que auxiliam a melhorar o nível de eficiência dos mecanismos de transferência das tecnologias geradas e, consequentemente, ter maior envolvimento dos produtores de sementes no processo.

O objetivo deste trabalho foi de apresentar um modelo de transferência de tecnologia da parceria público-privada entre a Embrapa e a Fundação Meridional, adotado especialmente no cultivo da soja e que facilita o intercâmbio de informações entre os obtentores, pesquisadores e produtores rurais.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Embrapa e Fundação Meridional: Breve Histórico

2.1.1 Embrapa

A Embrapa foi criada em 1973 e é vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Sua missão é viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira (Embrapa, 2013).

A Embrapa atua no setor agropecuário por intermédio de Unidades de Pesquisa e de Serviços e de Unidades Administrativas, e está presente em praticamente todos os Estados da Federação, nos mais diferentes biomas brasileiros.

Para manter-se como referência no setor, a Embrapa investiu fortemente no treinamento de recursos humanos. De acordo com o portal da empresa, ela possui 9.803 empregados, dos quais 2.389 são pesquisadores - 18% com mestrado, 74% com doutorado e 7% com pós-doutorado (dados de 31.12.2011). O orçamento da Empresa para 2013 foi de R$ 2,3 bilhões.

A Embrapa coordena o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária - SNPA, constituído por instituições públicas federais, estaduais, universidades, empresas privadas e fundações, que, de forma cooperada, executam pesquisas nas diferentes áreas geográficas e campos do conhecimento científico. Tecnologias geradas pelo SNPA mudaram a agricultura brasileira nas últimas décadas. No período entre 1976-2011, a área destinada a grãos e sementes de oleaginosas aumentou 43,92%, enquanto a produção sofreu incremento de 249,56% e os rendimentos cresceram 2,4 vezes. Neste período, resultados expressivos também foram observados no setor de carnes e leite. Além disso, programas de pesquisa específicos conseguiram organizar tecnologias e sistemas de produção para aumentar a eficiência da agricultura familiar e incorporar pequenos produtores no agronegócio, garantindo melhoria na sua renda e bem-estar (Embrapa, 2013).

Na área de cooperação internacional, a Embrapa já realizou 78 acordos bilaterais com 56 países e 89 instituições estrangeiras, principalmente de pesquisa agrícola, envolvendo trabalhos em parceria e transferência de tecnologia.

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A Embrapa possui também parcerias com laboratórios nos Estados Unidos e na Europa (França, Alemanha e Inglaterra) para o desenvolvimento de pesquisas em tecnologias de ponta. Esses “Laboratórios no Exterior” (LABEX’s) contam com as bases físicas do Serviço de Pesquisa Agrícola (ARS) dos Estados Unidos, em Washington; da Agrópolis, em Montpellier, na França; e do Instituto de Pesquisas de Rothamsted, na Inglaterra. Recentemente, foram instalados o LABEX-Coréia, em Seul (na Coréia do Sul) e o LABEX - China. Estas iniciativas têm permitido o acesso dos pesquisadores da Embrapa e dos profissionais das instituições desses outros países às mais altas tecnologias em áreas como recursos naturais, biotecnologia, informática, agricultura de precisão, entre outras.

Na esfera da transferência de tecnologia para países em desenvolvimento destacam-se os projetos realizados pela Embrapa no Continente Africano (Embrapa África, em Gana); no Continente Sul-Americano (Embrapa Venezuela); e na América Central e Caribe (Embrapa Américas, no Panamá). Estas parcerias tem permitido maior disseminação das tecnologias e inovações da agricultura tropical - desenvolvidas pela Embrapa, e melhor atendimento às solicitações e demandas dos países desses continentes.

Em abril de 2012, com o intuito de melhorar ainda mais a difusão dos seus programas de pesquisa agropecuária, a Embrapa criou o Serviço de Produtos e

Mercado – SPM. Conhecida popularmente por Embrapa Produtos e Mercado, a

instituição é resultado da reestruturação das áreas de Transferência de Tecnologia e de Negócios da Embrapa. Segundo o portal da Embrapa Produtos e Mercado, o objetivo dessa reestruturação foi promover o fortalecimento do Macroprocesso de Transferência de Tecnologia em toda a Empresa, para que esta área trabalhe de forma integrada com a de Pesquisa e Desenvolvimento.

A história desta Unidade teve início em 1975 com o nome de Serviço de Produção de Sementes Básicas - SPSB. Em 1999, foi transformada em Serviço de Negócios para Transferência de Tecnologia, resultante da fusão de outras unidades da empresa que, na década de 1990, detinham diferentes competências, como: difusão de tecnologia, comercialização de tecnologia, propriedade intelectual e produção de sementes básicas.

Esta Unidade é a parte operacional dos negócios realizados pela Embrapa, atuando em apoio às Unidades de Pesquisa na inserção no mercado dos ativos

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pré-tecnológicos e pré-tecnológicos desenvolvidos pelos programas de melhoramento vegetal e animal e realizando a gestão dos contratos de licenciamento desses produtos. Suas ações são de estabelecer maior interação com o mercado e a de apoiar as fases de desenvolvimento dos produtos, o que exige um maior envolvimento nas fases finais dos programas de melhoramento. Para isso, a Unidade de Serviço atua por meio de estratégias e ações de produção, promoção, comercialização e licenciamento (Embrapa, 2013).

Resumidamente, a missão da Embrapa Produtos e Mercado é implantar estratégias e ações de produção, promoção, comercialização e licenciamento de ativos pré-tecnológicos e tecnológicos desenvolvidos pelos programas de melhoramento vegetal e animal da Embrapa, destinados ao desenvolvimento sustentável da agricultura, em benefício da sociedade brasileira. Atualmente, a Embrapa Produtos e Mercado possui sua sede em Brasília/DF, além de atuar por meio dos seus empregados lotados em 16 Escritórios espalhados por todo o Brasil.

Em Londrina/PR, a Embrapa é representada pela unidade Soja - considerada um dos 47 centros de pesquisa que integram o quadro da instituição. Uma das mais antigas unidades em funcionamento, a Embrapa Soja completou, recentemente, 38 anos de atividades no setor agropecuário.

A missão da Unidade é viabilizar, por meio de pesquisa, desenvolvimento e inovação, soluções para a sustentabilidade das cadeias produtivas da soja e do

girassol, em benefício da sociedade brasileira. Sua contribuição histórica para o

agronegócio da soja no Brasil coloca a Embrapa Soja como referência mundial no desenvolvimento de tecnologias para a cultura em regiões tropicais. Entre suas contribuições estão o desenvolvimento de cultivares adaptadas a regiões de baixas latitudes, o controle biológico de pragas e as técnicas de manejo e conservação do solo (Embrapa Soja, 2013).

2.1.2 Fundação Meridional

A Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa Agropecuária foi criada em 1999, no município de Londrina/PR, em reunião que contou com a participação de produtores de sementes dos Estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina. Conforme texto publicado no Jornal de Londrina (22/12/1999, caderno Economia, pág. 8-A):

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Com o objetivo de incentivar a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, produtores de soja do Paraná, São Paulo e Santa Catarina se uniram para formar a Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa Agropecuária, em Londrina. A diretoria foi escolhida ontem, na Embrapa Soja, onde 49 produtores de sementes dos três estados envolvidos aprovaram o estatuto da Fundação. (JORNAL DE LONDRINA, 1999, p. 8-A)

Segundo relato histórico da Revista 10 Anos – Fundação Meridional (2010,

pág.3), e impressa pela instituição:

Seus colaboradores instituidores e efetivos; produtores de sementes dos Estados de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina; se uniram em torno de uma grande missão: apoiar o desenvolvimento de novas cultivares de soja e trigo, bem como efetivar as ações de transferência de tecnologia, visando aumentar a produtividade e a rentabilidade da agricultura em sua região de atuação. Foi com este espírito que se firmaram os convênios técnico-financeiros com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e com o IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná). (REVISTA 10 ANOS – FUNDAÇÃO MERIDIONAL, 2010, p. 3)

Em depoimento para a Revista 10 anos – Fundação Meridional (2010, pág. 7), o produtor rural e um dos idealizadores da sua criação, Luiz Meneghel Neto, destaca que:

A Fundação Meridional nasceu com o objetivo de se tornar uma instituição com a participação da produção de sementes na região meridional do Brasil, no apoio ao desenvolvimento de novas cultivares de soja e trigo, propiciando a seus colaboradores: informações consistentes sobre as novas variedades para o cultivo; orientação técnica no planejamento das empresas sementeiras; conhecimentos mercadológicos; entre outras. Além disso, o setor sentiu que era necessário se unir e dar suporte às instituições nacionais de pesquisa ou, em um pequeno intervalo de tempo, poderia depender apenas das multinacionais, que sabem da importância de investimentos nas áreas de pesquisa e desenvolvimento. Juntamente com a Embrapa e o Iapar, a Fundação Meridional trouxe, de uma forma consistente, a proximidade entre o setor produtivo e a pesquisa, dando às instituições de pesquisa uma maior flexibilidade nas questões orçamentárias e um feedback mais realista das situações do campo, principalmente para o desenvolvimento das atividades com as novas cultivares. (REVISTA 10 ANOS – FUNDAÇÃO MERIDIONAL, 2010, p. 7)

Com sede em Londrina (PR), a Fundação Meridional foi instituída com o objetivo de dar suporte técnico e financeiro à pesquisa nacional (Embrapa) e para

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principalmente na cultura da soja.

Em 2003, a Secretaria Nacional de Justiça – Órgão vinculado ao Ministério

da Justiça – qualificou a Fundação Meridional como uma OSCIP1

(Organização de Sociedade Civil de Interesse Público).

Atualmente, a Fundação Meridional efetiva o apoio técnico e financeiro, através da união de 61 produtores de sementes de SC, PR, SP e MS, aos programas de Melhoramento Genético (testes de campo) e de Transferência de Tecnologias (dias de campo, desenvolvimento de mercado, comunicação e marketing), por convênios firmados com a Embrapa (em Soja, Trigo e Triticale) e também com o Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR (em Trigo e Triticale).

Além do apoio técnico e financeiro à pesquisa, a Fundação Meridional desenvolve trabalhos ligados à transferência de tecnologia aos agricultores, com a realização de Vitrines de Tecnologias, Dias de Campo, Palestras, Unidades Demonstrativas, entre outras metodologias de difusão. São oportunidades de mostrar aos produtores rurais e aos técnicos do setor as melhores tecnologias de produção, as novas técnicas de defesa fitossanitária e o manejo conservacionista do meio ambiente, assegurando a rentabilidade da atividade agrícola.

A Fundação Meridional possui mais de 60 colaboradores (produtores de sementes) que atuam nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e na região sul do Mato Grosso do Sul, abrangendo assim a Região Meridional do Brasil. Na cultura da soja, estes produtores representam um mercado de aproximadamente 204 mil toneladas de sementes. Este resultado equivale a mais de 90% de toda a semente produzida nos quatro estados, e corresponde a cerca de 38% da produção nacional.

2.1.3 Embrapa e Fundação Meridional: Instituições em Parceria

A Fundação Meridional mantém convênios firmados com dois importantes centros de pesquisa do Brasil: a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e o IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná).

A assinatura do primeiro convênio entre a Fundação Meridional e a Embrapa para pesquisa na área de soja foi realizada em 2000. Na ocasião, o ex-presidente da

1 De acordo com a Lei n⁰ 9.790, de 23 de março de 1.999. Informações disponíveis em:

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Fundação Meridional, Geraldo Rodrigues Fróes, e o ex-presidente da Embrapa, Alberto Duque Portugal, firmaram o acordo de cooperação entre as duas entidades.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Soja, em depoimento para a Revista 10 Anos Fundação Meridional (2010, pág.13):

Ao longo de 10 anos, a Fundação Meridional tem sido uma importante parceira da Embrapa no desenvolvimento de cultivares de soja e de trigo. Sementes melhoradas, de alta qualidade e que atendem aos novos anseios do produtor e do mercado, têm sido disponibilizadas de forma crescente e sistemática. Essa parceria, criada cinco anos antes da regulamentação das PPP's (Parcerias Público Privadas), serve de exemplo a ser seguido para a cooperação entre o setor público e o privado. (REVISTA 10 ANOS – FUNDAÇÃO MERIDIONAL, 2010, p. 13)

Nos últimos, 14 anos de atividades, a Fundação Meridional já ofertou no mercado mais de 30 cultivares de soja em parceria com a Embrapa. As ações técnicas e de extensão rural ao produtor, atingem uma média anual de 65 eventos em soja, com 35 mil participantes.

Este trabalho em conjunto fez com que a Embrapa se transformasse em um dos principais obtentores do País, alcançando uma participação expressiva de aproximadamente 30% do mercado brasileiro. Além disso, a empresa pública já responde por 50% da participação do mercado de produção de sementes de soja convencional no Brasil (Revista 10 Anos – Fundação Meridional, 2010, pág. 18).

2.2 Embrapa e Fundação Meridional: O desenvolvimento das cultivares e o envolvimento do produtor de sementes no processo da parceria

Os convênios realizados pela Fundação Meridional com instituições como a Embrapa permitem que sejam desenvolvidos trabalhos relacionados aos seus programas de melhoramento genético de soja. Além disso, estas iniciativas proporcionam uma segurança diferenciada aos colaboradores da Fundação Meridional, que recebem, como contrapartida, o licenciamento exclusivo das

cultivares geradas por um período de 10 anos (Revista 10 Anos – Fundação

Meridional, 2010, pág. 13).

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descentralização são outras importantes características dos projetos da Fundação Meridional, que permitem atender a um grande número de agricultores. Atualmente, são mais de 30 locais de testes para soja, estrategicamente distribuídos pelos estados de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, onde são avaliadas, a cada safra, milhares de progênies e linhagens, para a obtenção de novas cultivares que estão adaptadas às mais diversas condições edafoclimáticas. Todo planejamento destas atividades é feito anualmente, com a elaboração conjunta de Plano Anual de Trabalho (PAT) e que dimensiona e organiza as redes de ensaios e os trabalhos de experimentação promovidos pela Fundação Meridional e seus parceiros.

A efetivação dos trabalhos previstos no PAT é realizada por contratos firmados entre os executores técnicos e a Fundação Meridional. Atualmente, na soja, o programa é desenvolvido nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

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3. O MODELO DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA ENTRE A EMBRAPA E A FUNDAÇÃO MERIDIONAL

O modelo de transferência de tecnologia adotado pela parceria pública-privada entre a Embrapa e a Fundação Meridional baseia-se na interação dos trabalhos realizados pelos obtentores de sementes, pesquisadores e os agricultores.

Para o adequado andamento da pesquisa agropecuária no setor de sementes de soja, este modelo utiliza-se de fatores relevantes para o trabalho em conjunto: ranqueamento, validação, UOE e DCE (Unidade de Observação Especial e Dia de Campo Especial), Plano Anual de Transferência de Tecnologia (PATT), Lavouras Expositivas, treinamentos técnicos, dias de campo e Ciclo de Reuniões Técnicas e Comerciais (CRTC).

Estas ferramentas – que serão descritas a seguir – possuem limitações,

fragilidades, fortalezas, flexibilidades, geram benefícios e sofrem a influência da exigência do mercado.

3.1 Ranqueamento

A palavra ranqueamento2 consiste no estabelecimento de uma pontuação

para formar uma classificação entre diversos elementos.

O sistema de ranqueamento utilizado pela parceria Embrapa e Fundação Meridional consiste na comparação entre uma linhagem promissora e cultivares com expressiva participação no mercado. Para esta avaliação, é formado um comitê de líderes técnicos que atuam profissionalmente na pesquisa ou na assistência técnica, porém com larga experiência nestes setores e conhecedores das cultivares líderes do mercado. Após definir-se as cultivares alvo de comparação, são atribuídos pesos diferentes em características que o grupo eleger importante para que uma cultivar ocupe significativa participação no mercado.

Na sequência, cada participante da avaliação atribui uma nota individualizada para as características específicas da cultivar e o melhorista define a nota para cada característica da linhagem, desconhecida pelo grupo. A média das

2

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notas de cada característica é multiplicada pelo seu peso e resulta na pontuação final do item avaliado (característica). Somam-se as pontuações de cada cultivar e chega-se a um ranqueamento numérico das cultivares em comparação à linhagem promissora. Para a linhagem ser lançada como cultivar, ela deve apresentar pontuação superior às referências, caso contrário é eliminada.

Esta metodologia contribui para posicionar os méritos da linhagem em comparação às cultivares expressivas no mercado e determina a possibilidade de seu avanço. Para esta decisão, estão envolvidos pesquisadores, melhoristas, técnicos e agricultores. O valor investido nesta ferramenta é insignificante, porém com embasamento sólido pode se definir pelo lançamento do material.

Esta avaliação é teórica e envolve um pequeno grupo de pessoas. Neste período, tanto a assistência técnica quanto os agricultores não têm acesso a este material, para que não possam repassar informações aos recomendantes (solicitantes) e produtores rurais que utilizam cultivares.

Nas Tabelas 1 e 2 é apresentado o ranqueamento de linhagens promissoras de soja BR02 04468, BR02 04478, BR02 05164 e BR02 05223, cujo ranqueamento elegeu a mais promissora, BR02-05184, como linhagem que mostrou superioridade no ranqueamento. Este material foi registrado e protegido com o nome BRS 284, atualmente, com participação expressiva no mercado, sendo a cultivar com maior participação no mercado das cultivares da parceria Embrapa e Fundação Meridional.

TABELA 1: Fatores chaves, pesos e ranqueamento das linhagens BR02 04468, BR02 04478, BR02 05164 e BR02 05223 para regiões com altitudes acima de 700m.

PESO NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA 1. Alta produtividade 24 8,5 204 8 192 9 216 8,5 204 2. Tolerância a doenças de caule e

raízes 15 8,5 127,5 8 120 8,5 127,5 8,5 127,5 3. Tolerância ao acamamento 17 8 136 8 136 7 119 7 119 4. Ciclo 12 8 96 8 96 8 96 8 96 5. Estabilidade 14 8 112 7,5 105 9 126 8 112 6. Amplitude da época de semeadura 8 8 64 8 64 8 64 8 64 7. Ampla adaptabilidade 10 9 90 9 90 9 90 9 90 TOTAL DE PONTOS 100,0 829,5 803,0 838,5 812,5 POSIÇÃO DO RANQUEAMENTO BR02-05164 BR02-05223 Fatores Chaves de Sucesso

2 4

BR02-04468 BR02-04478

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Continuação da Tabela 1.

PESO NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA

1. Alta produtividade 24 8 192 7,5 180 7,5 180

2. Tolerância a doenças de caule e raízes 15 8 120 6 90 8 120 3. Tolerância ao acamamento 17 8 136 8 136 8 136

4. Ciclo 12 8 96 8 96 8 96

5. Estabilidade 14 7 98 6 84 8 112

6. Amplitude da época de semeadura 8 8 64 8 64 8 64

7. Ampla adaptabilidade 10 9 90 9 90 9 90

Total de pontos 100,0 796,0 740,0 798,0

Posição do Ranqueamento

Fatores Chaves de Sucesso V Max Spring

6 7 5

CD 215

TABELA 2: Fatores chaves, pesos e ranqueamento das linhagens BR02 04468, BR02 04478, BR02 05164 e BR02 05223 para regiões com altitudes abaixo de 700m.

PESO NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA

1. Alta produtividade 22 8,5 187 8 176 9,5 209 9 198 8 176

2. Tolerância as principais doenças 10 8 80 8 80 8 80 8 80 8 80 3. Altura de planta 13 8,5 110,5 8,5 110,5 8,5 110,5 8,5 110,5 8 104

4. Ciclo 15 7 105 7 105 7 105 7 105 8 120

5. Estabilidade 8 8,5 68 8 64 8,5 68 8 64 8 64

6. Época de semeadura 12 9 108 9 108 9 108 9 108 7,5 90

7. Ampla adaptabilidade 8 8,5 68 8 64 9 72 8 64 8,5 68

8. Resistência a nematóide galha 9 7 63 7 63 7 63 7 63 6 54

9. Tolerância ao acamamento 3 8 24 8 24 7,5 22,5 7,5 22,5 8 24

Total de pontos 100,0 813,5 794,5 838,0 815,0 780,0

Posição do Ranqueamento

Fatores Chaves de Sucesso BR02 4468 BR02 4478 BR02 5164 BR02 5223 V Max

5

3 4 1 2

Continuação da Tabela 2.

PESO NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA NOTA MÉDIA

1. Alta produtividade 22 7 154 9 198 8,5 187 8 176

2. Tolerância as principais doenças 10 8 80 7 70 8 80 8 80

3. Altura de planta 13 8 104 7,5 97,5 7 91 8 104

4. Ciclo 15 7,5 112,5 7 105 8 120 8 120

5. Estabilidade 8 7 56 9 72 7,5 60 8 64

6. Época de semeadura 12 7,5 90 8 96 7 84 7,5 90

7. Ampla adaptabilidade 8 7 56 9 72 8 64 8,5 68

8. Resistência a nematóide galha 9 7 63 7 63 6 54 6 54 9. Tolerância ao acamamento 3 6 18 7 21 7,5 22,5 8 24

Total de pontos 100,0 733,5 794,5 762,5 780,0

Posição do Ranqueamento

CD 216 CD 202 CD 215 NK 3363

Fatores Chaves de Sucesso

7 4 6 5

3.2 Validação

A palavra validação3 é a legitimação do ato, para que se torne eficaz ou

3 Informações disponíveis em:

(19)

produza efeitos de direito.

Os campos de validação - estabelecidos pela parceria Embrapa e Fundação Meridional - objetivam comparar as novas cultivares que se destacaram na rede de ensaios, com outras cultivares, e que tenham elevado potencial produtivo e grande expressão no mercado. Esta metodologia é mais uma ferramenta que auxilia na geração de informações para a tomada de decisão do lançamento da nova cultivar.

O campo de validação é conduzido em áreas de aproximadamente um hectare da nova cultivar, semeado em lavouras de agricultores ao lado da(s) cultivar(es) concorrente(s), e utilizando a mesma tecnologia que o produtor rural usa na sua área comercial. Além disso, há outros critérios técnicos importantes para que o agricultor possa conduzir um campo de validação: disponibilizar a área sem ônus para a Embrapa e a Fundação Meridional; concordar em implantar o campo de validação no mesmo dia que a cultivar do outro obtentor de sementes; utilizar a época de semeadura e a população de plantas indicadas; empregar na área de validação os mesmos tratos culturais adotados na lavoura com a qual a cultivar será comparada; comprometer-se em colher e pesar separadamente a produção da área de validação; destinar para a indústria a totalidade dos grãos colhidos; e concordar com a realização em sua propriedade de um evento técnico para divulgação da cultivar alvo da validação - caso as equipes técnicas da Embrapa e da Fundação Meridional julguem oportuno a promoção.

Esta avaliação deve ser efetivada dentro da região edafoclimática indicada para a nova cultivar e também para as cultivares em comparação.

A fortaleza desta metodologia é a avaliação do desempenho da nova cultivar em áreas comerciais realizadas pelo agricultor, com manejo, tipo de solo, acidez e fertilidade do solo da propriedade e maquinários utilizados para o cultivo desta cultura. Nestas condições, a nova cultivar é comparada com as cultivares superiores de mercado e com grande expressão comercial, e tem que apresentar méritos superiores aos padrões cultivados pelos produtores rurais.

Acompanham esta avaliação, pesquisadores, melhoristas, técnicos e agricultores, comparando os méritos obtidos com a nova cultivar nos testes de Valor de Cultivo e Uso (VCU) - conduzidas em parcelas, com a performance comercial verificada por produtores rurais. A confirmação da superioridade é fundamental para o lançamento e sucesso da nova cultivar.

(20)

Na safra 2012/2013, foram para validação três novas cultivares, descritas na Tabela 3, na qual duas não apresentaram méritos e foram eliminadas, e apenas uma, BR09-50304 foi pré-lançada com o nome comercial de BRS 378RR.

TABELA 3: Validação de três linhagens para a REC 102 e 103 (PR e SC) na safra 2012/2013.

Linhagem Tipo Grupo de Maturidade REC Avaliação

BR 07-06376 Convencional 6.3 102 e 103 (PR, SC) Eliminada

BR 07-50350 RR 5.8 102 e 103 (PR, SC) Eliminada

BR 07-50304 RR 5.3 102 e 103 (PR, SC) Pré-lançada

3.3 UOE e DCE (Unidade de Observação Especial e Dia de Campo Especial)

A palavra observação4 significa o estudo ou exame minucioso de fenômenos

ou fatos físicos.

Segundo a Revista 10 Anos – Fundação Meridional (2010, pág. 15), os dias de campos são ótimas ferramentas de difusão de tecnologia:

Estes eventos técnicos consolidam-se cada vez mais com uma grande oportunidade de difundir o progresso econômico do agronegócio para o homem do campo, permitindo-lhe uma maior possibilidade de adquirir equipamentos e insumos com tecnologia de ponta. (REVISTA 10 ANOS – FUNDAÇÃO MERIDIONAL, 2010, p. 15)

A Unidade de Observação Especial – empregada pela parceria Embrapa

Soja e Fundação Meridional - é uma ferramenta que compara, em parcelas, as linhagens de soja com méritos nos testes de VCU (Valor de Cultivo e Uso) com as principais cultivares padrões do mercado.

O propósito da UOE é a realização do Dia de Campo Especial (DCE) para mostrar aos profissionais das equipes técnicas das empresas produtoras de sementes e que são colaboradoras da Fundação Meridional, as cultivares e/ou linhagens que serão lançadas, lado a lado, com as principais concorrentes em suas respectivas MRS (Macrorregiões Sojícolas) e REC (Regiões Edafoclimáticas) de indicação antes do seu lançamento. Desta maneira, o Dia de Campo Especial

4 Informações disponíveis em:

(21)

possibilita aos profissionais responsáveis pela produção de semente, o contato e o conhecimento da cultivar antes da oferta de semente básica.Também a equipe técnica dos colaboradores da Fundação Meridional tem informação e conhecimento da cultivar antes do seu lançamento no mercado.

Estas unidades são instaladas em parcelas representativas, com adequadas condições de fertilidade e manejo, utilizando a população de plantas e época de semeadura indicada para a cultivar/linhagem.

Esta metodologia não atinge diretamente o agricultor por não ser divulgada e também não avalia a estabilidade da nova cultivar. Porém neste período, apesar da abrangência de envolvimento ser pequena em quantidade, é expressiva em qualidade, por envolver os profissionais responsáveis pelas decisões de escolha das cultivares a serem multiplicadas.

A UOE e o DCE capacitam profissionais das empresas colaboradoras da Fundação Meridional com conhecimento e segurança na cultivar, comprometendo os participantes para o sucesso deste lançamento. Esta ferramenta é específica para técnicos, formando uma primeira impressão da cultivar, baseada nos resultados dos ensaios do VCU, que são apresentadas em eventos e nas características agronômicas visualizadas durante o dia de campo especial.

3.4 Plano Anual de Transferência de Tecnologia (PATT)

A palavra transferir5 significa transmitir de um para outro indivíduo,

observando as formalidades legais; ceder ou traspassar.

O Plano Anual de Transferência de Tecnologia (PATT) - adotado pela Embrapa Soja e Fundação Meridional, é um plano de trabalho que apresenta as ações de difusão das novas cultivares de soja, pesquisadas pela parceria.

A primeira edição foi criada em 2001 e o PATT tem entre os seguintes objetivos: mostrar, para os técnicos e produtores, as cultivares desenvolvidas pela parceria público-privada; transferir as tecnologias indicadas para a cultura da soja; propiciar contato direto entre os técnicos, produtores e pesquisadores; validar regionalmente, os resultados e recomendações da pesquisa; e fazer a promoção

5Informações disponíveis em:

(22)

das cultivares desenvolvidas pela parceria.

Entre as atribuições que competem à Embrapa para o adequado andamento do PATT estão: elaborar, em parceria com a Fundação Meridional, o Plano Anual de Transferência de Tecnologias (PATT); efetuar reunião, na unidade da Embrapa Soja, apresentando e discutindo o PATT para a safra; fornecer as sementes das cultivares lançadas, das quais possua disponibilidade de materiais; realizar visita de acompanhamento; auxiliar na organização de Dia de Campo e participar do evento,

oferecendo suporte técnico – com pesquisadores da Embrapa Soja, para proferir

palestras e/ou atender consultas sobre os temas que serão definidos de comum acordo; elaborar, em conjunto com a Fundação Meridional, o material técnico para a apresentação e distribuição nos dias de campo; e promover, em parceria com a Fundação Meridional, a reunião de apresentação dos resultados.

Para a Fundação Meridional, as atribuições a serem adotadas são: elaborar, em parceria com a Embrapa, o Plano Anual de Transferência de Tecnologias (PATT); coordenar a reunião de apresentação do PATT para a safra; providenciar a aquisição de sementes das cultivares que não forem disponibilizadas pela Embrapa; participar das visitas técnicas de acompanhamento; dar apoio logístico durante a realização do Dia de Campo, fornecendo para as Unidades Demonstrativas materiais como: barracas e/ou guarda sol, banners, placas de identificação das cultivares, entre outros; contribuir na elaboração e impressão de materiais técnicos a serem distribuídos nos Dias de Campo; e facilitar a locomoção dos palestrantes convidados para o evento. Além disso, compete aos profissionais da Fundação Meridional de divulgar os Dias de Campo a todos os colaboradores da instituição, com o envio do calendário dos eventos por e-mail e disponibilizando o conteúdo no portal da Fundação; participar da elaboração do relatório final com os resultados obtidos; e imprimir, encadernar e distribuir este relatório aos colaboradores da Fundação Meridional ao ocorrer a reunião de avaliação dos resultados.

Na safra 2012/2013, as metas estabelecidas pelo PATT foram: instalar quatro Vitrines de Tecnologias (VT); 25 Unidades Demonstrativas (UD); 40 Faixas Demonstrativas (FD); participar de, no mínimo, 29 dias de campo (DC); realizar, no mínimo, 29 avaliações (Giros Técnicos); programar 59 Treinamentos Técnicos aos colaboradores da Fundação Meridional; e promover a implantação de 30 eventos do Projeto Lavouras Expositivas.

(23)

3.5 Lavouras Expositivas

O termo lavoura6 significa a preparação do terreno para sementeiras ou

plantação. Já a palavra expor7 consiste em apresentar; mostrar; ou fazer a

exposição de - produtos artísticos, científicos, industriais, etc.

O Projeto Lavouras Expositivas é utilizado pela parceria Embrapa Soja e Fundação Meridional para apresentar aos profissionais recomendantes (solicitantes), agricultores e público em geral, as novas cultivares em lavouras de âmbito comercial.

O método empregado consiste em instalar lavouras de até 5 hectares (ha) nas regiões edafoclimáticas de indicação, em áreas de agricultores. Os locais a serem implantados são definidos com critérios estratégicos pela equipe técnica da Embrapa e da Fundação Meridional.

Para a implantação deste projeto, o agricultor deve permitir o livre acesso aos técnicos e pesquisadores da Embrapa e da Fundação Meridional, para que estes acompanhem a cultivar em todas as fases de desenvolvimento da lavoura, da semeadura à colheita.Todas as empresas colaboradoras da Fundação Meridional têm livre acesso para visitação e acompanhamento da nova cultivar. O proprietário deve permitir a realização de dias de campo e o plaqueamento (instalação de placas indicativas) desta lavoura, para fins de divulgação do material.

A última etapa é a colheita separada da semente da cultivar e medir o peso para fins de fomento do potencial de rendimento. Porém, o produtor rural deverá destinar este produto colhido para fins comerciais, sob pena, de, ao descumprir o estabelecido neste item, ficar sujeito às sanções da Lei de Sementes, bem como às ações do obtentor e da Fundação Meridional.

A Embrapa e a Fundação Meridional fornecem gratuitamente sementes básicas da cultivar para o agricultor conduzir este projeto.

Esta metodologia utiliza o agricultor como divulgador da nova cultivar em área comercial, e como referência e formador de opinião na região. Por ser cultivada em área comercial do agricultor, a nova cultivar é conhecida e gera segurança e

6

Informações disponíveis em: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=lavoura

7 Informações disponíveis em:

(24)

confiança tanto para o produtor rural, vizinhos e para a assistência técnica que acompanha o projeto.

Também é utilizada uma forte comunicação visual mercadológica, com a instalação de mini-outdoor, painéis, placas e faixas, que apesar do alto custo do projeto, servem para divulgar o material no lugar de cultivo. Por isso, a necessidade de escolher áreas de destacada localização para maximizar a visualização da comunicação visual.

Esta recente ferramenta utilizada pela parceria Embrapa e Fundação Meridional tem gerado ganhos interessantes; segurança para a recomendação da assistência técnica; e satisfação para agricultores por terem acesso a novas tecnologias de cultivares que geram resultados adequados e lucros para o sojicultor.

3.6 Reuniões/Treinamentos Técnicos

A palavra reunião8 consiste no conjunto de pessoas que se agrupam para

algum fim. Já o termo treinamento9 significa a ação de treinar.

Recentemente, foram implantados os treinamentos técnicos pela Embrapa e Fundação Meridional, tendo em vista a necessidade de capacitar os recomendantes da assistência técnica, para que posicionem adequadamente cada cultivar desenvolvida na parceria. Diferentemente, no passado as cultivares eram extremamente rústicas e com grande abrangência geográfica, hoje as novas carregam na genética elevados potenciais produtivos, porém com abrangência geográfica reduzida. Por isso, a necessidade de ajustar adequadamente a fitotecnia de cada cultivar especificamente para cada REC e repassar essas informações aos usuários.

A equipe técnica da Fundação Meridional e da Embrapa realiza, em comum acordo com cada colaborador da Fundação Meridional, o treinamento técnico da cultivar em lançamento para toda a equipe técnica da empresa ou cooperativa. Cada colaborador agenda o treinamento e convoca seu quadro técnico para que participe da atividade em sua própria empresa ou cooperativa. Representantes da

8

Informações disponíveis em: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=reuni%E3o

9 Informações disponíveis em:

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equipe técnica da Embrapa e da Fundação Meridional deslocam-se até a colaboradora e realizam o treinamento técnico, capacitando a equipe para que estejam seguros e aptos para recomendar e posicionar corretamente a cultivar para cada local e nível tecnológico.

Estes treinamentos tem apresentado custo reduzido, porém com benefícios significativos para a assistência técnica, pelas informações e segurança que o técnico adquire sobre a nova cultivar.

Estes treinamentos são teóricos e realizados para técnicos. Estes técnicos treinados transmitem estas informações aos sojicultores. Mas, caso o colaborador, por conveniência, solicite o treinamento para seus clientes/agricultores, é feito agendamento e organização. Entretanto, a ação não é rotineira.

Os treinamentos técnicos são realizados antes que o colaborador receba a semente básica, de maneira que, primeiro há o repasse das informações técnicas da nova cultivar (para toda a equipe). Depois, de posse das informações, é distribuída ao colaborador - se de seu interesse - a semente genética da nova cultivar para a multiplicação.

3.7 Dias de Campo

Os dias de campo fazem parte da agenda do Plano Anual de Transferência de Tecnologia (PATT). Participam deste projeto, os colaboradores que têm interesse de divulgar e posicionar adequadamente as cultivares desenvolvidas pela parceria Embrapa e Fundação Meridional.

O colaborador faz parte do PATT. Mas, ele deve organizar o evento técnico com o objetivo de apresentar comercialmente as cultivares de seu interesse para os clientes da sua empresa. Para apresentar e posicionar as cultivares da parceria aos agricultores no dia de campo do colaborador, membros da equipe técnica da Embrapa e da Fundação Meridional deslocam-se ao local do evento com todo o apoio necessário para o evento, como: barraca, guarda-sol, placas de identificação da cultivar, bump, folders das novas cultivares e livretos com informações de todas as cultivares desenvolvidas pela parceria e que há disponibilidade de semente no mercado.

(26)

palestrantes especialistas nas mais diversas áreas técnicas, que possam contribuir para a capacitação de técnicos e agricultores.

Os dias de campo representam uma oportunidade de aproximação entre pesquisadores, assistência técnica e produtores rurais. Abrangem um grande público, incluindo técnicos e agricultores, com benefício representativo e a um custo extremamente baixo.

Os dias de campo, além de reciclarem os participantes, levam as mais novas e modernas tecnologias para o evento; as técnicas que os agricultores já têm a disposição para utilizar em suas propriedades e para obtenção de benefícios destas tecnologias. O nível de aprofundamento destas apresentações depende do tempo disponível cedido ao apresentador.

Os participantes dos dias de campo recebem informações técnicas dos apresentadores e podem avaliar visualmente as diferentes cultivares. Após esta etapa, a assistência técnica tem papel importante para concretizar a implantação destas tecnologias nas propriedades dos clientes.

Nos últimos anos, os dias de campo têm, em muitos locais, sofrido a influência forte de concorrentes, como é o caso das máquinas agrícolas e carros, que com financiamentos facilitados e a juros baixos, tem atraído grande parcela dos participantes.

Na safra 2012/2013, segundo o Informativo Meridional (Abril, 2013) os dias de campo de soja promovidos pela Embrapa em parceria com a Fundação Meridional reuniram, entre o período de janeiro e março, mais de 19 mil produtores rurais. Cerca de 50 eventos técnicos foram organizados nos Estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

3.8 CRTC – Ciclo de Reuniões Técnicas e Comerciais (CRTC)

O Ciclo de Reuniões Técnicas e Comerciais (CRTC) constitui-se de reuniões regionais com os colaboradores da Fundação Meridional. Participam os representantes legais junto à Fundação Meridional, técnicos responsáveis pela produção de sementes, profissionais da área comercial, marketing e comunicação.

Esta atividade proporciona contato direto dos técnicos responsáveis pela produção de sementes e da área comercial, cuja finalidade é a troca de informações,

(27)

atualização técnica e um adequado posicionamento comercial das cultivares desenvolvidas pela parceria.

Nesta reunião, são levantados os méritos e limitações de cada cultivar desenvolvida pela parceria Embrapa e Fundação Meridional, comparando com os outros obtentores. Nesta parte, os melhoristas posicionam tecnicamente cada cultivar, para maximizar suas virtudes em relação aos concorrentes. Também são levantados cenários comerciais sobre cada cultivar, para analisar a realidade mercadológica dos cultivares, evitando a perda de oportunidade de ganho com os produtos desenvolvidos pela parceria. Nesta reunião, procura-se aproximar as realidades para que o negócio de sementes tenha a sua sustentabilidade, gerando lucros para toda a cadeia produtiva.

(28)

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho possibilitou identificar as estratégias utilizadas para transferência de tecnologia da parceria público-privada entre a Embrapa e a Fundação Meridional. Estas estratégias contribuem para a continuidade e o aperfeiçoamento das ferramentas utilizadas para divulgar as novas tecnologias geradas por esta parceria de forma que elas sejam utilizadas pelos agricultores, promovendo melhorias no nível de eficácia dos instrumentos de transferência de tecnologias e melhor desempenho técnico e econômico, pela aproximação entre pesquisadores, técnicos e agricultores.

Os Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul constituem-se nos principais mercados de sementes do país, sendo que a Embrapa, sofrendo intensa concorrência com obtentores transnacionais e nacionais privados, estabeleceu uma parceria com a Fundação Meridional, atuando como reguladora do mercado de cultivares, beneficiando toda a cadeia produtiva da soja no país. Por esta sólida parceria, a Embrapa, através do licenciamento de cultivares, alcançou expressivos índices de participação no mercado, com a introdução de novas cultivares. Porém, as mudanças rápidas ocorridas na agricultura, como o desenvolvimento da soja transgênica (RR), a viabilização do milho safrinha, a ocorrência da ferrugem na soja, a resistência de percevejos a inseticidas e a antecipação na época de semeadura, exigiram cultivares com características agronômicas diferentes das apresentadas pelas cultivares da Embrapa. Este fato determinou significativa perda de participação no mercado.

O melhoramento genético realizado na Embrapa, agora com suas estratégias acertadas, tendo uma base técnico-científica sólida e modelos viáveis de parceria, possibilitou a modernização das cultivares, com características agronômicas que atendem a nova demanda do mercado, mantendo-a numa posição de destaque como obtentora de cultivar de soja. O desenvolvimento de cultivares é um processo que requer efetiva participação e integração dos recursos genéticos, do melhoramento e da biotecnologia. A acentuada competitividade que se estabeleceu no negócio sementes, resulta em rápidas mudanças de produtos no mercado, exigindo aumento da velocidade de inovação, para atender as demandas identificadas através da segmentação de mercados.

(29)

Atualmente, a Embrapa desenvolve cultivares modernas, que atendem integralmente a demanda dos agricultores, além de ter uma visão a longo prazo para que possam dar contribuição efetiva na solução de problemas na agricultura brasileira, devem antecipar-se às novas necessidades decorrentes das mudanças climáticas globais, desenvolvendo cultivares mais tolerantes aos estresses bióticos e abióticos (VILAS BOAS, 2008).

(30)

5. CONCLUSÃO

Neste trabalho conclui-se que as cultivares desenvolvidas pela parceria público-privada Embrapa e Fundação Meridional estão inseridas num mercado altamente competitivo e passam a necessitar de um marketing cujo objetivo seja divulgar aos agricultores, através de canais de comunicação com o mercado, com vistas a promover a divulgação junto à sociedade e transferir as tecnologias geradas para o setor produtivo.

O marketing utilizado por esta parceria envolve um conjunto de ferramentas integradas que se destacam, tais como: Ranqueamento, Validação, UOE e DCE (Unidade de Observação Especial e Dia de Campo Especial), Plano Anual de Transferência de Tecnologia (PATT), Lavouras Expositivas, Treinamentos Técnicos, Dias de Campo e Ciclo de Reuniões Técnicas e Comerciais (CRTC). Cada ferramenta apresenta limitações, fragilidades, fortalezas, flexibilidades e geram benefícios, porém sofrem a influência da exigência do mercado.

A validação e o ranqueamento são ferramentas que permitem consolidar os testes do Valor de Cultivo e Uso (VCU), que envolvem profissionais e agricultores referências e influenciadores nas recomendações e utilizações destas novas tecnologias.

A UOE e DCE (Unidade de Observação Especial e Dia de Campo Especial) atingem exclusivamente as equipes de técnicos dos colaboradores da Fundação Meridional, mostrando e comparando as novas variedades com as cultivares padrões e referências do mercado. Com esta ação, os profissionais recomendantes conhecem a nova cultivar desenvolvida pela parceria e dão suporte para a sua recomendação técnica, e em cujas unidades é avaliada e determinada a produtividade.

A lavoura expositiva é um projeto de implantação recente, que gerou resultados positivos por envolver tanto técnicos quanto produtores, além de explorar a comunicação visual da nova cultivar (placas e mini-outdoors). Além disso, técnicos e agricultores acompanham este projeto desde a implantação até a colheita.

O Plano Anual de Transferência de Tecnologia – PATT é o projeto central de todo marketing da parceria, envolvendo completamente as equipes de transferência de tecnologia da Embrapa e da Fundação Meridional, as equipes técnicas das

(31)

colaboradoras da Fundação Meridional e grande número de agricultores, que participam dos dias de campo, com o intuito de atualizar-se nas modernas tecnologias apresentadas nestes eventos, cujas cultivares marcam presença, como importante tecnologia a ser utilizada nas propriedades rurais.

Os treinamentos técnicos visam capacitar profissionais da assistência técnica, da produção de sementes, do marketing e de comercialização das empresas colaboradoras da Fundação Meridional. Apesar de ser um treinamento teórico, são apresentadas as características agronômicas das novas cultivares, bem como o correto posicionamento no mercado.

O Ciclo de Reuniões Técnico e Comerciais (CRTC) também envolve a mesma equipe anteriormente citada e visa apresentar relatos dos participantes sobre a performance das cultivares da parceria. Os pesquisadores da Embrapa ajustam o posicionamento correto de cada tecnologia para que expresse os méritos da nova cultivar.

Assim, o emprego destas técnicas de transferência de tecnologia tem

colaborado decisivamente para que que “obtentores, pesquisadores,

profissionais e agricultores” participem conjunta e ativamente das etapas dos

programas de melhoramento genético desenvolvidos pela parceria pública-privada Embrapa e Fundação Meridional. Além disso, estes agentes contribuem ainda mais para o fortalecimento da atividade de pesquisa agropecuária no País.

(32)

6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Administrativa, n. 28, de 25 jun. 2001.

EMBRAPA. Plano Diretor da Embrapa 2004-2007, Brasília, 2004. 48 p. ______. Plano Diretor da Embrapa 2008-2023, Brasília, 2008. 74 p.

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