• Nenhum resultado encontrado

J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.43 número3 en a01v43n3

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.43 número3 en a01v43n3"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

NOSSA CAPA OUR JOURNAL COVER

J Bras Patol Med Lab • Volume 43 • Número 3 • junho 2007 ISSN 1676-2444

_________________________________________________________________________

Proced nº

041 disq

Data de entrada:

17/01/06

Publicação:

JBPCML

Edição:

6/05

Seção:

Nossa capa

Título:

#####

Revisado por:

Claudia

Em:

17/01/06

Observações:

_________________________________________________________________________

Durante os 15 anos em que esteve no Brasil como membro da missão francesa incumbida de criar a

Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, Jean Baptiste Debret foi um pintor absolutamente

integrado às questões e aos relatos sociais brasileiros. Da mesma maneira que atendia à corte, produzindo

gravuras que retratavam o cerimonial cotidiano dos nobres e atendendo pessoalmente a D. Pedro I, sentia-se

intimamente ligado à vida da cidade, com seus escravos e senhores, hábitos, costumes e tradições.

Em aquarelas, gravuras e litogravuras, Debret foi precioso na descrição visual da vida urbana do Brasil do

início do século XIX, revelando – sem pudor, mas sem exageros – a realidade da escravidão, os castigos aos

QHJURVWUD]LGRVGDÈIULFDDPLVFLJHQDomRTXHVHLQLFLDYDHDWpPHVPRDGL¿FXOGDGHH[SHULPHQWDGDSHORV

negros já

libertos em conviver com a alforria e os costumes da vida simples, porém repleta de ícones da vida imperial

da corte portuguesa.

Na aquarela que ilustra a nossa capa, uma tela de Debret, datada de 1820-1830, intitulada Máscara que se

usa nos negros que têm o hábito de comer terra, um artifício que não impunha tortura física aos escravos,

mas limitações àqueles que traziam de sua origem miserável o hábito de enfrentar a fome com a ingestão de

terra, o que lhes trazia doenças e não raramente a morte.

During the apogee of so-called Enlightenment medicine, or the Age of

Reason, physicians were tempted to create philosophical-medical systems

to classify diseases and their cure according to rational guidelines.

Proposed by Bavarian chemist and physician Georg Ernst Stahl

(1660-1734) under the name of “animism”, the theory based itself on the premise

that life is the activity of soul (anima) and sickness, the consequence of the

bad direction of soul. A pathologic condition was tonus or plethora, for what

he prescribed copious bleeding and balsamic pills to stimulate the curative

moving of anima; he also believed in secret remedies that had beneficial

effects by means of suggestion.

A rival animist, the Prussian Friedrich Hoffmann (1660-1742), described the

vital beginning as ethereal, communicated to fibers via nerves; sickness was

the result of an alteration in its nature; acute maladies were spasmodic; chronic

ones, atonic; they could be treated with sedative or stimulant medications.

An illustrious defender of vitalism in France was Théophile de Bordeu

(1722-1776), who theorized that each organ contributes to blood with a mysterious

substance, and that blood integration depends on those secretions, a theory

that put him singularly close to endocrinology.

A brilliant vitalist from the Edinburgh School was William Cullen

(1710-1790), who described the property of life as due to a nervous fluid that

determined the tonus of solid corporeal parts. Modifications in this tonus

caused spasms or atony, and thus, disease.

The most sensational system was invention of John Brown (1735-1788),

a Scottish vicar who became a physician. He defended that life’s property

was its excitability and diseases were sthenic or asthenic, according to the

excitation degree. So, the treatment was stimulant, with alcohol or sedative,

with laudanum. His system caused furor in Italy, provoked clamors in

German universities, and was adopted by Benjamin Rush, in Philadelphia.

As history tells, the therapy caused more deaths than the French Revolution

and Napoleonic Wars.

Um animista rival, o prussiano Friedrich Hoffmann (1660-1742), descreveu

o princípio vital como etéreo, comunicado às fibras via nervos; a doença

era o resultado de uma alteração em sua natureza; as moléstias agudas

eram espasmódicas; as crônicas,atônicas; podiam ser tratadas com

medicamentos sedativos ou estimulantes.

Um ilustre defensor do vitalismo na França foi Théophile de Bordeu

(1722-1776), que teorizava que cada órgão contribui para o sangue

com uma misteriosa substância e que dessas secreções depende a

integração sangüínea, uma teoria que o colocou singularmente próximo

da endocrinologia.

Um brilhante vitalista da Escola de Edimburg foi Willian Cullen (1710-1790)

que descreveu a propriedade da vida como devida a um fluido nervoso que

determinava o tônus das partes corporais sólidas. Modificações nesse tônus

causavam espasmos ou atonia, e assim a doença.

O mais sensacional dos sistemas foi a invenção de John Brown

(1735-1788), um pároco escocês tornado médico, que sustentava que a

proprie-dade da vida era sua excitabiliproprie-dade e que as moléstias eram estênicas ou

astênicas, segundo o grau de excitação. O tratamento era então

estimu-lante, com álcool ou sedativo, com láudano. Seu sistema fez furor na Itália,

provocou clamores nas universidades alemães e foi adotado por Benjamim

Rush, na Filadélfia. Segundo conta a história, a terapia causou mais mortes

do que a Revolução Francesa e as guerras napoleônicas.

Caricatura da profissão médica por Thomas Rowlandson. National Library of Medicine, Bethesda

Durante o apogeu da chamada medicina iluminista, ou a Idade da Razão, os

médicos eram tentados a criar sistemas médico-filosóficos para classificar

as moléstias e sua cura conforme linhas racionais.

Proposta pelo químico bávaro e médico Georg Ernst Stahl (1660-1734)

sob o nome de “animismo”, a teoria partia do princípio de que a vida é a

atividade da alma (anima) e a doença, a conseqüência do mau direciona-mento da alma. Uma condição patológica era tônus ou pletora, para o que

ele prescrevia sangrias copiosas e pílulas balsâmicas para estimular o

Referências

Documentos relacionados

The most picturesque devotee of natural science was the son of a saddler of Edinburgh, James Graham, who studied medicine. He went to Philadelphia, where he heard about

There was a signiicative association between type of transplant and tacrolimus levels; SPK patients presented toxic levels (47.3%), while PTA patients presented a larger number

Diffuse large B-cell lymphoma (DLBCL) is a non- Hodgkin lymphoma (NHL) subtype characterized by diffuse proliferation of large neoplastic B lymphoid cells with nuclear

O tumor de Kuttner (TK), também denominado sialoadenite esclerosante crônica (SEC), representa um processo inflamatório crônico fibrosante incomum de glândula salivar, que acomete

Um eminente cirurgião inglês foi William Cheselden (1688-1752), também hábil arquiteto que desenhou os pla- nos para o Hall dos Cirurgiões em Londres.. Ele era um dos

Um eminente cirurgião inglês foi William Cheselden (1688-1752), também hábil arquiteto que desenhou os pla- nos para o Hall dos Cirurgiões em Londres.. Ele era um dos

Na página 297 está apresentado extenso estudo demonstrando resolubilidade de 92,9% da imuno-histoquímica no diagnóstico de neoplasias em um laboratório de referência da rede de

Em meados do século, as principais universidades de Inglaterra, França e Alemanha ofereciam cátedras em cirurgia; nas décadas seguintes, os cirurgiões alcançaram posição igual