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Aula 13. Prof. Marcel Silva. Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público.

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Academic year: 2022

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Aula 13

Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público.

Administração Pública para Analista Administrativo

– TRE-SP

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Sumário

APRESENTAÇÃO ... 4

DIREÇÃO INICIAL ... 6

EMPREENDEDORISMO GOVERNAMENTAL ... 7

ASPECTOS INICIAIS ... 7

Questões: ... 9

PROCESSOS PARTICIPATIVOS EM GESTÃO PÚBLICA ... 11

O ambiente para a participação ... 11

A participação popular e os recursos públicos ... 12

Questões: ... 12

Os Conselhos de Gestão ... 14

Forma de atuação dos conselhos ... 15

Questões: ... 18

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO ... 19

Aspectos gerais sobre Orçamento ... 19

O que é o Orçamento Participativo? ... 20

O Orçamento Participativo e a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF... 21

O Orçamento Participativo e a sua obrigatoriedade para os Municípios – Lei nº 10.257/2001 ... 21

Questões: ... 21

PARCERIA ENTRE O GOVERNO E A SOCIEDADE ... 22

Lei de parcerias ... 22

Fases ... 22

Instrumentos de Celebração da Parceria ... 23

Principais objetivos das Parcerias ... 24

Exigências para a celebração de Parcerias... 25

LISTA DE QUESTÕES ... 27

GABARITO ... 40

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ... 41

RESUMO DIRECIONADO ... 67

ASPECTOS INICIAIS (EMPREENDEDORISMO GOVERNAMENTAL) ... 67

PROCESSOS PARTICIPATIVOS EM GESTÃO PÚBLICA ... 68

O ambiente para a participação ... 68

A participação popular e os recursos públicos ... 69

Os Conselhos de Gestão ... 69

Forma de atuação dos conselhos ... 70

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO ... 70

Aspectos gerais sobre Orçamento ... 70

O que é o Orçamento Participativo? ... 70

O Orçamento Participativo e a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF... 71

O Orçamento Participativo e a sua obrigatoriedade para os Municípios – Lei nº 10.257/2001 ... 71

(3)

PARCERIA ENTRE O GOVERNO E A SOCIEDADE ... 71

Lei de parcerias ... 71

Fases ... 72

Instrumentos de Celebração da Parceria ... 72

Principais objetivos das Parcerias ... 73

Exigências para a celebração de Parcerias... 73

REFERÊNCIAS ... 74

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Apresentação

Olá, futuro servidor da Tribunal Regional Eleitoral do estado de São Paulo – TRE SP, como vai?

Como é gratificante ter o privilégio de fazer parte desta caminhada tão importante, cuja direção conduz à aprovação para o cargo de Analista Administrativo do TRE-SP. Nesse sentido, saiba que minha missão é te entregar o conteúdo de forma otimizada, utilizando uma linguagem simples e objetiva, de forma que a leitura deste material seja fluida e agradável.

Para contribuir para o alcance do seu objetivo – a sua aprovação, trabalharemos juntos a disciplina de Administração Pública.

Ademais, quase tão importante quanto conhecermos as teorias dos conteúdos previstos no edital, é sabermos sobre a forma que a banca organizadora do concurso costuma abordar nossa disciplina, por isso, precisamos criar um relacionamento com ela (isso mesmo, como uma espécie de casamento rs). Como você sabe, o último concurso para o TRE-SP foi aplicado pela Fundação Carlos Chagas - FCC. Destarte, apesar de a nossa banca não possuir muitas questões disponíveis para a nossa área, curso será baseado na resolução daquelas que tivermos à disposição, a fim de treinarmos a forma como ela costuma cobrar os temas e solidificarmos aquela intimidade que mencionei acima. Complementarmente, utilizaremos outras bancas cujo estilo de cobrança seja similar.

Por outro lado, não conseguiremos seguir em frente com a resolução de questões sem uma boa base teórica (a final de contas, as respostas corretas não cairão do céu, né!? rsrs). Logo, apresentaremos toda a fundamentação teórica, a qual, você perceberá, será suficiente para resolver as questões propostas com tranquilidade.

Feitas as considerações iniciais sobre o curso, gostaria de me apresentar para vocês: meu nome é Marcel Silva, fui aprovado no último certame para o cargo de Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal, além de ser professor de Administração Pública aqui do Gavião. Todavia, minha caminhada no “mundo dos concursos” teve início há algum tempo. Aos quatorze anos de idade prestei meu primeiro concurso público, para o Colégio Naval, e, a partir daí, prestei diversos outros. No ano de 2004, fui aprovado nos certames para o Colégio Naval e para a ESA. No ano de 2016 iniciei minha jornada de estudos para os concursos fiscais, até a supramencionada aprovação no Distrito Federal (além de diversas reprovações, com as quais obtive muito aprendizado e experiência).

Sou graduado em Ciências Contábeis (Universidade Federal do Paraná), Administração de Empresas (UNESA) e Tecnologia em Gestão Financeira (UNESA), além de possuir especialidades em Direito Administrativo e Direito Tributário.

Durante nosso curso, vocês perceberão que os assuntos serão abordados com o auxílio de esquemas, desenhos, mnemônicos e vários outros artifícios, os quais facilitarão a compreensão e fixação do nosso conteúdo.

Uma vez que já nos conhecemos um pouco melhor, vamos ao que interessa: destruir a Administração Pública.

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Por fim, disponibilizarei o link do meu perfil do Instagram (@PROF.MARCELSILVA) para vocês:

https://www.instagram.com/prof.marcelsilva/

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Direção Inicial

Olá futuros servidores! Na presente aula falaremos acerca do Empreendedorismo Governamental.

Dessarte, abordaremos os seguintes tópicos do edital: Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público.

O empreendedorismo governamental, assim como diversos conceitos da Administração Pública, extrai a sua fundamentação e inspiração da administração privada, de maneira que procuraremos aproveitar aquilo que conhecemos acerca do presente conceito, adaptando às necessidades da Administração Pública.

Quanto às questões, o foco será a FCC, mas procurarei aproveitar algumas questões de outras bancas tradicionais também, porquanto estamos em um curso pré-edital.

Destarte, me acompanhe nesta caminhada rumo ao conhecimento, cuja DIREÇÃO te conduzirá à aprovação e à mudança da sua vida.

Por fim, disponibilizarei o link do meu perfil do Instagram, a fim de que você possa entrar em contato caso precise de alguma ajuda durante a sua jornada: https://www.instagram.com/prof.marcelsilva/

@PROF.MARCELSILVA

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Empreendedorismo Governamental

Aspectos Iniciais

Quando o assunto é empreendedorismo, pensamos logo em alguma pessoa ou instituição que sabe aproveitar bem as oportunidades que lhes aparecem, realiza mudanças ou as provoca, pessoas que transformam ideias em realidades.

Paludo (2017) considera que “do ponto de vista econômico-privado, os empreendedores são fundamentais, visto que as “oportunidades” que identificam são, em regra, vinculadas a investimentos que proporcionam algum tipo de retorno econômico-financeiro mais rentável do que os investimentos ou ganhos atuais”.

Destaca-se que ser empresário, por outro lado, não é sinônimo de ser empreendedor, na medida em que o primeiro (o empresário) é aquele que, de algum modo, chegou à condição de proprietário de uma empresa, dela extraindo os recursos dos quais necessita. O empreendedor, por sua vez, é desbravador, busca oportunidades, está disposto a desenvolver determinado mercado, independentemente de ser ou não proprietário da empresa.

Dito isso, precisamos compreender que o empreendedorismo não é exclusividade do meio privado, de modo que também é verificado e se aplica ao meio público. Assim, há pessoas empreendedoras tanto na esfera privada quanto na esfera pública e, nesse sentido, é conveniente destacar que há gestores públicos, governantes e burocratas que sabem aproveitar oportunidades no âmbito público, praticando, desse modo, o empreendedorismo governamental.

Partindo da ideia de melhorar a transparência e a otimização da utilização dos recursos públicos, tornando- os mais eficazes no resultado de suas ações, surgiu, nos Estados Unidos, a ideia de “reinventar o governo”. O empreendedorismo público teve como fonte de inspiração o livro Reinventando o governo, de David Osborne e Ted Gaebler.

Paludo considera que “O empreendedorismo se apresenta como uma forma de melhorar os governos. Não se deve governar uma nação como quem administra uma organização privada, visto que os governos são gestores públicos e não empresários, mas isso não impede que os governos e demais gestores públicos se tornem empreendedores”. José Pereira (2008), por outro lado, pondera que “o esforço para criar uma cultura empreendedora na Administração Pública é um fator-chave para a elevação da gestão pública no Brasil, em termos de resultados e qualidade dos serviços públicos ofertados”.

ATENÇÃO!

O empreendedorismo governamental se apresenta como uma forma de melhorar os governos. Não se governa uma nação como quem administra uma organização privada, mas isso não impede que os governos e gestores públicos se tornem empreendedores.

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Maximiano (2017) sustenta que “As rápidas mudanças em termos de acesso às informações, elevação do nível de educação e de cidadania, entre outros, contribuem para aumentar a pressão por uma gestão pública moderna. Por sua vez, a construção desse novo paradigma de gestão pública empreendedora, orientada para resultados efetivos, depende, em especial, do nível de qualificação profissional e remuneração das carreiras de Estado, bem como de geração de estímulos para a formação de novas lideranças no setor público. Esses atores devem estar motivados em direção a objetivos comuns, tendo como referência o desejo de servir ao público. Isso exige a vontade política dos governantes de priorizar a Administração Pública, por meio de investimentos em infraestrutura, máquinas e equipamentos, bem como em capital humano, investindo fortemente no processo de seleção e formação continuada de gestores públicos”.

Osborne e Gaebler (1994) apresentam alguns princípios a serem seguidos para governos e governantes que pretendam ter uma atitude empreendedora:

Governo catalisador: navegando em vez de remar – promove a atuação conjunta: pública, privada e voluntária (o governo coordena, regula e fomenta – deixa a maior parte da execução aos demais atores);

O governo pertence à comunidade: dando responsabilidade ao cidadão, em vez de servi-lo – os cidadãos são chamados a participar das decisões que afetam sua comunidade e a colaborar com a fiscalização/controle dos serviços públicos;

Governo competitivo: introduzindo a competição na prestação de serviços – com a finalidade de aumentar a eficiência (melhorar a qualidade dos serviços, reduzir gastos e minimizar esforços);

Governo orientado por missões: transformando órgãos burocratizados – as antigas regras cedem lugar à missão e aos objetivos organizacionais – relacionados à eficiente prestação dos serviços públicos e ao fortalecimento da instituição perante a sociedade;

Governo de resultados: financiando resultados e não recursos – não se financia a estrutura administrativa, mas a eficiente prestação dos serviços públicos de qualidade (indicadores devem ser utilizados para avaliar os resultados);

Governo e seus clientes: atendendo às necessidades do cliente e não da burocracia – identificar e ouvir os clientes-cidadãos e direcionar os serviços prestados para o atendimento de suas necessidades;

Governo empreendedor: gerando receitas ao invés de despesas – governos empreendedores criam novas fontes de recursos (taxas por serviços específicos, multas a infratores etc.) e economizam recursos orçamentários para utilizá-los de maneira mais eficiente no ano seguinte;

Governo preventivo: a prevenção em lugar da cura – atuar preventivamente de acordo com um planejamento pode evitar/minimizar problemas, proporcionar melhores resultados e permitir a economia de recursos;

Governo descentralizado: da hierarquia à participação e ao trabalho de equipe – dar mais autonomia a servidores e equipes, como forma de democratizar a gestão e agilizar a prestação de serviços;

Governo orientado para o mercado: introduzindo mudanças através do mercado – ora fomentando a atuação dos mercados, ora implantando no meio público mecanismos/soluções utilizados pelo mercado.

Outra informação importante acerca do governo empreendedor é a consideração do “tamanho do Estado”, assunto que se tornou relevante nos últimos anos nos debates políticos. Sobre o assunto, o

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governo empreendedor não é extremista, ou seja, não apregoa a existência de Estado mínimo, tampouco de Estado gigante; ao contrário, defende a existência de um Estado Forte, conceito que pode ser traduzido como um Estados que é ativo, lidera, é visionário, fomenta, orienta o caminho a ser seguido, regula, controla, avalia os resultados e, por fim, deixa a maior parte da execução para a iniciativa privada.

O Estado empreendedor se assemelha, desse modo, à figura de um pai ou de uma mãe. “Poxa vida, Marcel! Você com essas histórias e analogias esquisitas novamente .” Calma, papirões! Eu explico: se você já é papai ou mamãe (como eu, que sou papai de duas princesas) tenho certeza de que você já percebeu a maneira como seus filhos(as) olham para você, como se fossemos verdadeiros heróis/heroínas, fortes, inabaláveis, orientadores do caminho a ser seguido, líderes, que ensinam a forma como as coisas devem ser realizadas e, no momento da execução, estão ao lado, verificando se tudo está correndo bem (caramba! Quase chorei aqui ). “Ah, Marcel!

Sei o que é isso não, eu ainda não sou pai/mãe.” Claro que sabe! Não tenho dúvida de que essa é a maneira como você vê os seus pais até hoje, não é mesmo? Ainda que eles já não estejam mais aí, fisicamente ao seu lado.

Então é isso, chega de filosofia/psicologia (ou onde quer que se enquadre toda essa história) o importante é que você associe todo esse enredo do pai/mãe ao ESTADO EMPREENDEDOR.

Para Paludo (2017), “o Brasil vem adotando a postura empreendedora. Um dos exemplos são os contratos de gestão, que representam formas descentralizadas/desconcentradas de execução, baseadas em compromissos recíprocos, com objetivos, metas e responsabilidade previamente definidos, e avaliação precisa dos resultados efetivamente obtidos. Inserem-se também no empreendedorismo as parcerias, no sentido de envolver diferentes atores, ampliar as fontes de recursos e obter melhores resultados na implementação das políticas públicas, tanto em termos de qualidade como de custos. Outro programa empreendedor, o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – é o maior ato de empreendedorismo já adotado pelo Governo brasileiro, dentre muitos outros casos já utilizados.”

Questões:

(CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 ) - Acerca dos aspectos estruturais e organizacionais da administração pública, julgue os itens a seguir.

Empreender, para o governo, significa mobilizar competências individuais e organizacionais para provocar inovações e mudanças tecnológicas nos sistemas informatizados nos modelos de gestão exceto nas políticas públicas.

ATENÇÃO!

O Governo Empreendedor deixa a maior parcela da execução a cargo da iniciativa privada.

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(_) CERTO (_) ERRADO RESOLUÇÃO:

Já sabemos que o empreendedorismo está relacionado ao aproveitamento de oportunidades, transformação de pensamento em realidade e otimização de recursos.

Ademais, o empreendedorismo está presente não só na esfera privada, mas também na pública, na medida em que existem governantes e administradores públicos empreendedores. A questão começou muito bem ao afirmar que “empreender, para o governo, significa mobilizar competências individuais e organizacionais para provocar inovações e mudanças tecnológicas nos sistemas informatizados nos modelos de gestão”. No final, todavia, cometeu um erro enorme quando excluiu do empreendedorismo as políticas públicas. Ora, o empreendedorismo ocorre principalmente por intermédio das políticas públicas, a qual se traduz na operacionalização dos governos.

Dessa maneira, não há dúvidas de que nossa questão está “ERRADA”.

Gabarito: ERRADO.

(Marcel Silva - 2022 – Direção Concursos) A cultura empreendedora pode ser compreendida como aquela que favorece/dissemina a formação de um “espírito empreendedor”; que favorece/dissemina a busca pela inovação, pelo aperfeiçoamento, e pelo melhor modo de se fazer as coisas do dia a dia. Para criar essa cultura é essencial que “os dirigentes aprovem o comportamento empreendedor e reconheçam a importância da proatividade e da inovação em suas organizações” (Eliana Pessoa; Kelly Oliveira, 2006). Baseado no texto apresentado, é correto afirmar que um governo empreendedor prescinde de(a):

a) governantes que saibam aproveitar oportunidades.

b) atitudes que se apresentem como forma de melhorar os governos.

c) ideia de tornar os governos mais eficientes e transparentes.

d) governantes que se sintam, necessariamente, proprietários da “coisa pública”.

e) atitudes desbravadoras, no sentido de “fazer acontecer” ideias levantadas.

RESOLUÇÃO:

Vamos à análise da questão:

Papirões, essa banca tá uma “mãe”, não é mesmo? Antes de analisarmos a questão, contudo, deixo uma ressalva: todas as vezes que a palavra "prescinde” surgir na sua prova, risque-a imediatamente e substitua por, “é dispensável”, “não precisa”, ou ainda “não é necessário”. Essa palavrinha capciosa costuma pegar muita gente boa que sabe o assunto, mas se enrola na interpretação da palavra.

Realizado esse comentário, analisemos as alternativas:

A letra “A” está “ERRADA”, porquanto o empreendedorismo governamental não dispensa governantes que saibam aproveitar oportunidades;

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A alternativa “B” está “ERRADA”, já que, no mesmo sentido, atitudes que se apresentem como forma de melhorar os governos são imprescindíveis para o empreendedorismo na gestão pública;

O item “C” está “ERRADO”, visto que ideia de tornar os governos mais eficientes e transparentes se coaduna com o empreendedorismo, não sendo, portanto, dispensável;

A letra “D” está “CERTA”, na medida em o empreendedorismo governamental dispensa governantes que se sintam, necessariamente, proprietários da “coisa pública”. Lembra da distinção entre empresário e empreendedor? Então! Não necessariamente o empreendedor deve ser empresário (dono da coisa administrada);

A alternativa “E” está “ERRADA”, uma vez que governos empreendedores utilizam atitudes desbravadoras, no sentido de “fazer acontecer” ideias levantadas, e não as dispensam, como afirmado.

Gabarito: alternativa D.

Processos Participativos em Gestão Pública

O ambiente para a participação

No contexto das políticas há mudanças na concepção sobre a natureza dos serviços prestados e novas propostas são aplicadas para fazer frente a novos desafios, como a ampliação de espaços de cidadania, com atenção a minorias excluídas, aliadas à ampliação e reconstrução da esfera de atuação dos governos locais dentro de um processo de reconstrução da esfera pública, orientado para a democratização da gestão das políticas públicas (Farah, 2001).

Nesse cenário, a tendencia é que a democracia “elitizada” se torne uma democracia participativa, por meio da qual a opinião pública ganha espaço, de maneira que, segundo (Bresser Pereira, 2004), “já podem ser percebidas características da democracia participativa ou republicana, na medida em que se multiplicam os processos participativos oriundos de organizações da sociedade civil, sejam elas públicas não estatais, de controle e advocacia social, ou corporativas, como associações representativas de interesses e sindicatos.

Dessa maneira, os governos locais assumem uma certa “liderança”, no sentido de que precisam coordenar esforços e “fazer o meio de campo” entre os atores governamentais e não governamentais na tentativa de direcionar os diversos interesses, com os recursos disponíveis, para alcançar objetivos comuns. Com isso, novos arranjos institucionais assim constituídos aumenta a perspectiva de sustentabilidade de políticas públicas que, de outra forma, poderiam ver a sua continuidade em “xeque” a cada alteração de governo.

Mesmo com os novos arranjos de governança pública, a formação de novos conselhos e toda a tentativa de criação de um ambiente participativo, percebe-se que ainda há uma forte resistência por parte de algumas esferas públicas a esse grau maior de participação. Digo isso porque é possível constatarmos a ocorrência de tratativas de interesse público serem realizadas “a portas fechadas”. Isso ocorre, muitas vezes, devido à cultura de uma população que ou não tem interesse na participação ou não possui conhecimento e clareza adequados

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em relação à administração pública, associado ao fato de não haver ainda muitos espaços efetivos para que os cidadãos se façam presentes.

A participação popular e os recursos públicos

A Controladoria-Geral da União (CGU) entende que, para o cumprimento dos fins do Estado e para que o direito a uma vida justa alcance a totalidade, sem distinção, é necessário que todos trabalhem com zelo e honestidade. Por essa razão, o Estado deve estimular ou mesmo exercer a atividade econômica e, a partir dela, prover o funcionamento de seus órgãos para que realizem bem suas funções.

Dessarte, depreende-se que a partir das atividades econômicas é que as atividades do Estado são desenvolvidas, alocando recursos para as mais diversas políticas sociais, de maneira a alcançar os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, dentre os quais:

 construir uma sociedade livre, justa e solidária;

 garantir o desenvolvimento nacional;

 erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

 promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

A afirmação contina no parágrafo anterior consiste no fato de que o Estado necessita dos recursos provenientes das atividades econômicas para que os órgãos, entidades e agentes públicos trabalhem em benefício dos objetivos supramencionados.

Outrossim, para que o Estado funcione é necessário que arrecade receitas, cuja finalidade é direcionada a possibilitar a realização de programas, projetos e ações do Estado, as quais funcionam com a criação de dispêndios (ou despesas). Para que esse processo seja eficaz, é preciso planejar antecipadamente, a fim de que não se estimem receitas abaixo das despesas necessárias e nem se arrecade além do necessário, causando sacrifícios à sociedade.

É nesse momento que entra em cena a importância da participação e do controle social, cuja finalidade passa pela função de garantir que os recursos arrecadados estejam sendo corretamente destinados ao atendimento das demandas da sociedade. Isso pode ocorrer, por exemplo, por intermédio da participação no planejamento orçamentário – ou orçamento participativo, sobre o qual falaremos na presente aula – de maneira a auxiliar na definição das prioridades para as despesas do governo. A participação, contudo, não deve ficar restrita à fase de planejamento, de maneira que a execução deve ser igualmente fiscalizada, a fim de garantir a correta aplicação dos recursos.

Questões:

(VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Gestão de Políticas Públicas - Gestão Pública) - As conquistas democráticas nas últimas três décadas no Brasil, ao mesmo tempo em que possibilitaram ao cidadão a perspectiva de participação nas políticas públicas, exigem dos governos a capacidade de atender essas expectativas e, assim, viabilizar e legitimar um processo que seja, de fato, participativo. Dentre as implicações

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legais relacionadas à participação social nos processos de políticas públicas municipais no Brasil, é possível citar a obrigatoriedade de:

a) garantir a representatividade da sociedade civil nos conselhos das autarquias municipais.

b) promover audiências públicas para elaboração do planejamento governamental.

c) oferecer cursos de educação política para as primeiras séries do ensino fundamental.

d) realizar reuniões de prestação de contas dos programas locais em espaços públicos, como praças, parques ou centros de convivência social.

e) designar associações de bairro como representantes dos cidadãos nos conselhos tripartites das políticas públicas municipais.

RESOLUÇÃO:

O enunciado nos solicitou a identificação, dentre as alternativas propostas, de um mecanismo que auxilie a participação social nos processos de políticas públicas municipais no Brasil. Assim, vamos às alternativas:

A letra “A” está “ERRADA”, uma vez que a representatividade da sociedade civil nos conselhos das autarquias municipais, em que pese abra uma possibilidade de participação, não se trata de uma participação ampla, mas apenas uma representatividade;

A alternativa “B” está “CERTA”, já que as audiências públicas para elaboração do planejamento governamental são espaços abertos para TODOS aqueles que desejarem participar das discussões;

O item “C” está “ERRADO”, tendo em vista que oferecer cursos de educação política para as primeiras séries do ensino fundamental auxilia na formação da cultura participativa, mas não é, todavia, um mecanismo prático de efetiva participação;

A letra “D” está “ERRADA”, porquanto realizar reuniões de prestação de contas dos programas locais em espaços públicos, como praças, parques ou centros de convivência social não garante PARTICIPAÇÃO, mas sim a PRESTAÇÃO DE CONTAS;

A alternativa “E” está “ERRADA”, e aqui retornamos para o mesmo comentário realizado na alternativa “a”, já que designar associações de bairro como representantes dos cidadãos nos conselhos tripartites das políticas públicas municipais permite, como o próprio nome sugere, REPRESENTATIVIDADE, que não é a mesma coisa que participação.

Logo, a resposta encontra-se na alternativa “B”.

Gabarito: Alternativa B.

(VUNESP - 2015 - Prefeitura de São Paulo - SP - Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental - Conhecimentos) - O Brasil, nos últimos anos, pós-Constituição Federal de 1988, passou a experimentar um conjunto de experiências voltadas ao aumento da participação social. Já se demonstra que há uma gama bem diversa de experiências que variam em termos de seus desenhos, do grau de institucionalização e dos resultados que promovem. De forma geral, no entanto, demonstra(m)-se como resultado(s) concreto(s) das experiências de participação em curso:

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a) redução de custos de transação e garantia da heterogeneidade de interesses nas decisões tomadas pelo poder público.

b) envolvimento de mais atores no processo decisório e, assim, eliminação de pontos de veto.

c) aceleração dos processos decisórios, reduzindo custos de transação para o poder público.

d) promoção de decisões mais efetivas tomadas com maior rapidez pelo poder público em discussão com atores privados.

e) heterogeneidade de atores envolvidos no processo decisório e contribuição para antecipação da contestabilidade.

RESOLUÇÃO:

Precisamos fazer uma análise quanto aos resultados concretos das experiências de participação:

A letra “A” está “ERRADA”, pois a garantia de maior participação não conduzirá, necessariamente, a uma redução de custos de transação;

A alternativa “B” está “ERRADA”, porquanto envolvimento de mais atores não garante, de maneira alguma, eliminação de pontos de veto;

O item “C” está “ERRADO”, tendo em vista que não há, com a maior participação, aceleração dos processos decisórios. Ao contrário, ao se permitir maior participação e discussão no processo, a tendência é que ocorra um certo retardamento. Quanto aos custos de transação, realizamos os comentários na alternativa “a”;

A letra “D” está “ERRADA”, na medida em que não há maior rapidez nas decisões tomadas;

A alternativa “E” está “CERTA”, tendo em vista que a heterogeneidade de atores envolvidos no processo decisório é garantida ao se permitir a participação, sem ressalvas; ademais, o processo participativo contribui para que ocorra a antecipação do poder de contestar, já que há a possibilidade de se contestar já na fase de planejamento.

Gabarito: alternativa E.

Os Conselhos de Gestão

Sei que já falamos acerca dos conselhos participativos na aula passada, mas são necessários alguns comentários adicionais acerca dos conselhos gestores, associando ao tema da presente aula.

No Brasil, segundo Gohn (2002), nas últimas décadas, devemos relembrar as seguintes experiências colegiadas "conselheiristas":

 os conselhos comunitários criados para atuar junto à administração municipal ao final dos anos 1970 (Gohn, 1990);

 os conselhos populares ao final dos anos 1970 e parte dos anos 1980 (Urplan, 1984); e

 os conselhos gestores institucionalizados, principal objeto da aula de hoje.

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Após a ocorrência dos conselhos comunitários (da década de 1970) e dos conselhos populares (entre o final da década de 1970 até a década de 1980), conforme visto acima, nos anos 1990 surgem os conselhos gestores, de caráter interinstitucional. Os conselhos gestores realizam a intermediação da relação da sociedade com o Estado, de maneira que estão previstos na Carta Magna de 1988 ou em diversas outras leis.

A Constituição cidadã previu instrumentos para o exercício da democracia participativa. Desse modo, leis orgânicas específicas passaram a regulamentar o direito constitucional à participação por meio de conselhos deliberativos, de composição equivalente entre representantes do poder Executivo e de instituições da sociedade civil.

A partir daí, ainda conforme Gohn (2002), “um número crescente de estruturas colegiadas passou a ser exigência constitucional em diversos níveis das administrações (federal, estadual e municipal). Muitas já foram criadas, a exemplo dos conselhos circunscritos às ações e aos serviços públicos (saúde, educação e cultura) e aos interesses gerais da comunidade (meio ambiente, defesa do consumidor, patrimônio histórico-cultural), assim como a interesses de grupos e camadas sociais específicas, como crianças e adolescentes, idosos, mulheres, etc.”

Forma de atuação dos conselhos

Os conselhos, no exercício das suas finalidades e no fomento à participação popular na gestão pública, podem atuar em diversas funções, como fiscalização, mobilização, deliberação, consultoria.

A função de fiscalização dos conselhos, como o próprio nome sugere, acompanha e controla os atos praticados pelos governos e governantes.

A função mobilizadora busca incentivar a participação popular no exercício da gestão pública, além de estimular a formulação e disseminação de estratégias de informações, para a sociedade, acerca das políticas públicas.

A função deliberativa refere-se às discussões sobre estratégias mais adequadas para as políticas públicas dentro das suas respectivas áreas de competência.

A função consultiva, por sua vez, diz respeito à emissão de opiniões sobre assuntos correlatos às atividades nas quais os conselhos estão enquadrados.

•Década de 1970

Conselhos Comunitários

•Entre o final da década de 1970 e no decorrer da década de 1980 Conselhos Populares

•Consequência da CF/88. Muito verificados a partir da década de 1990.

Conselhos de Gestão

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No Brasil, há a previsão legislativa de existência de conselhos em diversas áreas (e lembre-se, tudo isso teve início com a “Constituição Cidadã”). A área territorial destes conselhos pode ser nacional, estadual/distrital ou municipal.

Agora perceba um detalhe bastante importante: a instituições destes conselhos (com previsão em lei) é uma condição para que estados e municípios recebam recursos do Governo Federal para o desenvolvimento de ações em uma variedade de áreas. Um mecanismo muito interessante para garantir a participação social (por meio destes conselhos).

Nesse sentido, veja alguns exemplos de conselhos que os municípios obrigatoriamente devem instituir1:

1 Orientação aos cidadãos para participação na gestão pública e exercício do controle social. CGU, 2012.

ATENÇÃO!

A efetiva instituição dos conselhos gestores são uma condição para que estados e municípios recebam recursos federais.

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Assim, conforme expliquei acima, caso os municípios não instituam estes conselhos, não receberão recursos do Governo Federal para atividades destas áreas.

Questões:

(FMP Concursos - 2011 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Administração) - A reforma gerencial da Administração Pública brasileira trouxe consigo uma série de inovações, EXCETO:

a) as Agências Reguladoras.

b) as Organizações Sociais.

c) os Conselhos Gestores de Políticas Públicas.

d) as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público.

e) as Agências Executivas.

RESOLUÇÃO:

“Marcel, seu louco! Nós já passamos pela reforma gerencial, foi uma das nossas primeiras aulas”. Eu sei, papirão! Ocorre que, apesar de a questão mencionar a reforma, extrairemos dela uma informação importante.

A letra “A” está “ERRADA”, na medida em que as Agências Reguladoras fazem parte do “pacote” da reforma gerencial;

A alternativa “B” está “ERRADA”, porquanto as Organizações Sociais, no mesmo sentido da alternativa anterior, também fazem parte das medidas da reforma;

O item “C” está “CERTO”, uma vez que os Conselhos Gestores de Políticas Públicas não coincidem, temporalmente, com a reforma gerencial, posto que os Conselhos são uma inovação da Constituição Federal de 1988; A reforma, por sua vez, foi verificada por volta de 1995;

A letra “D” está “ERRADA”, tendo em vista que as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - Oscips, também coincidem com a reforma;

A alternativa “E” está “ERRADA”, pelas mesmas razões citadas nas demais alternativas apresentadas como

“ERRADAS”.

Logo, a resposta encontra-se na alternativa “C”.

Gabarito: Alternativa C.

(FMP Concursos - 2011 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Administração) Apesar do potencial democrático e de meio de transformação social que acompanha o conjunto dos defensores dos Conselhos Gestores de Políticas Públicas, os mesmos carregam inúmeras dificuldades e contradições que inviabilizaram, supostamente até o presente, a consumação de seus objetivos estratégicos. Sobre essas dificuldades e contradições, avalie as afirmativas:

I. Inexistência de uma efetiva igualdade de condições entre os participantes no Conselho.

(19)

II. Não há garantia de que as decisões do Conselho tenham uma implementação efetiva.

III. Inexistência de instrumentos jurídicos que obriguem o Poder Executivo a acatar as decisões dos conselhos.

As afirmações I, II e III são:

a) falsa, verdadeira, falsa.

b) verdadeira, verdadeira, verdadeira.

c) falsa, verdadeira, verdadeira.

d) verdadeira, falsa, verdadeira.

e) verdadeira, verdadeira, falsa.

RESOLUÇÃO:

Vejam bem, papirões: tudo o que estudamos acerca dos conselhos gestores são informações baseadas na legislação e na doutrina sobre o assunto. Ocorre que, como nós comentamos em dado momento, o “mundo ideal” não existe, de maneira que nem tudo que é “levantado” e decidido nos conselhos se tornará realidade.

Com esse comentário inicial, vamos às questões:

O item I é “VERDADEIRO”, na medida em que, apesar de os conselhos serem paritários, os gestores públicos possuem muito mais influência sobre o que se transformará em ação, porquanto a decisão sobre o que será ou não realizado recai sobre eles. Isso se explica pela discricionariedade da implementação das políticas públicas;

O item II é “VERDADEIRO”, pelos mesmos motivos expostos acima, não há garantia de que decisões do conselho se tornem realidade. Pessoal, se pararmos para pensar direitinho, seria completamente inviável que todas as decisões do conselho fossem implementadas;

O item III é “VERDADEIRO”, porquanto não há instrumento jurídico que obrigue que as decisões do conselho sejam implementadas, e a explicação é a mesma do item anterior (se pararmos para pensar direitinho, seria completamente inviável que todas as decisões do conselho fossem implementadas);

Dessa forma, nosso gabarito encontra-se na alternativa “B”.

Gabarito: alternativa B.

Orçamento Participativo

Aspectos gerais sobre Orçamento

O orçamento público brasileiro, composto basicamente pelo Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) -além dos créditos adicionais - é, segundo a Constituição Federal de 1988, um instrumento cuja iniciativa recai sobre o Poder Executivo. Veja:

(20)

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - O plano plurianual;

II - As diretrizes orçamentárias;

III - Os orçamentos anuais.

Todavia, apesar de a iniciativa recair sobre o Poder Executivo, o Poder Legislativo possui uma importante participação no processo de aprovação dos orçamentos, na medida em que é ele quem os analisa (com a possibilidade, inclusive, de incluir emendas – obedecidas as regras contidas no art. 166 da CF/88), aprova, já durante a execução, procede à fiscalização.

Destarte, percebe-se que, tradicionalmente, há a participação tanto do Poder Executivo quanto do Legislativo no processo orçamentário.

O que é o Orçamento Participativo?

O orçamento participativo incorpora a população ao processo decisório da elaboração orçamentária, seja por meio de lideranças da sociedade civil, audiências públicas ou por outras formas de consulta direta à sociedade. Trata-se de ouvir de forma direta as comunidades para a definição das ações do governo, para resolução dos problemas por elas considerados prioritários2.

Esse conceito, apesar de bastante atraente (quanto à participação popular), ainda não é muito verificado na prática, tendo em vista que ocorre em alguns Estados e, principalmente, nos municípios. No âmbito da União, apesar de a regras não ser o orçamento participativo, pode-se verificar algumas ações no sentido de permitir a participação popular no planejamento orçamentário, como é o caso das audiências públicas.

Tendo em vista que boa parte dos recursos orçamentários são vinculados, devido à existência de diversas despesas obrigatórias, a parcela de recursos sob influência participativa é pequena.

Para Paludo (2013), “o orçamento participativo é uma técnica orçamentária em que a alocação de alguns recursos contidos no orçamento público é decidida com a participação direta da população, ou através de grupos organizados da sociedade civil, como a associação de moradores. Até o momento, sua aplicação restringe-se ao âmbito municipal: os municípios pioneiros nessa técnica foram Porto Alegre - RS e Santo André - SP, na gestão 1989-1992”.

2 Orçamento Público: Visão Geral. ENAP, 2013.

(21)

O Orçamento Participativo e a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), prevê, em seu art. nº 48, parágrafo único, busca assegurar a participação popular no processo orçamentário, da seguinte forma:

Art. 48, parágrafo único: a transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, Lei de Diretrizes Orçamentárias e orçamentos.

O Orçamento Participativo e a sua obrigatoriedade para os Municípios – Lei nº 10.257/2001

O orçamento participativo tem a sua maior verificação de incidência nas esferas municipais. Nesse sentido, veja o que diz o art. nº 44 da lei nº 10.257/2001 ao Regulamentar os arts. 182 e 183 da Constituição Federal e estabelecer diretrizes gerais da política urbana, quanto à sua obrigatoriedade nos municípios:

No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea f do inciso III do art.

4o desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal.

Dessa forma, veja que a lei prevê a participação popular nas leis orçamentárias municipais como condição obrigatória para a aprovação nas Câmaras Municipais.

Questões:

(MARCEL SILVA - 2022 – DIREÇÃO CONCURSOS) - Acerca do orçamento participativo, assinale a opção correta:

a) Trata-se de um mecanismo cuja finalidade é garantir a participação popular. Sua prática, atualmente, pode ser amplamente constatada em todas as esferas da Federação.

b) É verificado, principalmente, nos estados.

c) Possui efeitos limitados devido à grande parcela de despesas discricionárias nos orçamentos dos Entes da Federação.

d) São mais comuns nos municípios.

ATENÇÃO!

O orçamento participativo tem entre os seus principais benefícios a democratização da relação Estado-sociedade, com o fortalecimento da democracia.

(22)

e) Apesar de haver previsão para a sua implementação, sua prática ainda não é verificada no Brasil.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar as alternativas:

A letra “A” está “ERRADA”, pois a o orçamento participativo é mais comum nos municípios. Ainda assim, ainda não é uma prática tão comum;

A alternativa “B” está “ERRADA”, e o motivo está na alternativa anterior;

O item “C” está “ERRADO”, e aqui há uma grande e escorregadia “casca de banana”. A maior parcela das despesas é vinculada (obrigatórias) e não discricionárias;

A letra “D” está “CERTA”, foi justamente isso que nós falamos há pouco;

A alternativa “E” está “ERRADA”, porquanto há a ocorrência de orçamentos participativos no Brasil.

Dessarte, nosso gabarito encontra-se na alternativa “D”.

Gabarito: alternativa D.

Parceria entre o Governo e a Sociedade

Lei de parcerias

A Lei de Parcerias também é chamada Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (OSC). É uma norma editada com a finalidade de trazer regras para a celebração e o monitoramento das parcerias do terceiro setor com a Administração Pública.

O termo “Organizações da Sociedade Civil” passou a ser utilizado, após a edição da Lei de Parcerias, Lei 13.019, de 31 de julho de 2014, para como uma outra maneira de tratar as Organizações Não Governamentais (ONGs).

Maximiano (2007) acredita que “é muito provável que a escolha pela expressão Organização da Sociedade Civil, em 2014, tenha sido estimulada pelo desgaste da expressão ONG no Brasil, na época, por conta de três anos de trâmite da CPI das ONGs no Senado (2007 a 2010), que resultou em um relatório de 1.478 páginas, mas que acabou não sendo votado, por conta do embate político na ocasião.”

Segundo a lei em questão, o conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de uma relação jurídica estabelecida formalmente entre a Administração Pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua colaboração, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco.

Fases

Os mecanismos de fomento passaram por diversas alterações no decorrer do tempo e, a principal consequência dessas transformações, foi a edição da Lei de Parcerias. Maximiano (2017) descreve essas transformações em três etapas:

(23)

 Primeira fase: nessa fase, o Poder Público se preocupava mais com certificação, como se funcionasse como um cartório, que daria lastro às ONGs para receber financiamentos, não devidamente controlados.

Não havia tanta preocupação com a isonomia e os critérios na distribuição do fomento;

Segunda fase: cuja ocorrência se deu após o movimento da Reforma Administrativa da década de 1990, quando houve preocupação com a “parceirização” entre o Poder Público e a sociedade civil, com enfoque no conceito de publicização (esse conceito você já conhece, né?), feito pelo fomento ao setor público não estatal, em que se pensou também em instrumentos jurídicos para o estímulo de atividades e serviços não privativos do Estado, que estava desafiado pelas metas de ajuste fiscal. Nessa segunda etapa, houve a criação da Lei das Organizações Sociais (Lei 9.637/98) e das Oscips (Lei 9.790/99), sendo os instrumentos de parceria, respectivamente, o contrato de gestão e o termo de parceria;

Terceira fase: é a mais recente, por meio da qual há o marco das Organizações da Sociedade Civil (Lei 13.019/2014). A parceria não é mais vista do prisma de concessão de vantagens, depois de uma qualificação. Segundo palavras de Paulo Modesto, “não há mais a preocupação em se criar algum título jurídico novo, mas o foco das parcerias sociais se desloca para o estabelecimento de critérios de chamamento público, a criação de regras de monitoramento e fiscalização das parcerias, sendo estas vistas sob a ótica de um ajuste que, não obstante ter também a natureza jurídica de convênio, ainda assim implica, por parte dos celebrantes, direitos, obrigações e responsabilidades”.

Instrumentos de Celebração da Parceria

De acordo com o instrumento a ser celebrado, os instrumentos utilizados são os seguintes:

Termo de Colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros;

 Termo de Fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros;

 Acordo de Cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros;

(24)

Papirões, se você é daqueles que gostam daqueles tipos de dicas “besteirol”, leia essa que vou passar agora. Se você não é muito fã disso, o quadro acima já é o suficiente.

A dúvida mais recorrente, nessa parte, fica entre os termos de colaboração e os termos de fomento, que envolvem a transferência de recursos. Desse modo, perceba o seguinte:

Termo de Colaboração: a Administração Pública resolve COLABORAR com a sociedade civil, por isso ELA (Administração Pública) propõe a parceria, com a transferência de recursos financeiros;

 Termo de Fomento: as Organizações da Sociedade Civil (OSC) estão com FOME, precisam de uma forcinha. Como que tem fome não tem vergonha (nem sei se existe esse ditado), ELA (a OSC) propõe a parceria, com transferência de recursos financeiros.

Principais objetivos das Parcerias

As parcerias foram idealizadas para o atingimento de objetivos, todos eles em consonância com a ideia gerencialista, já estudada por nós. Veja alguns dos objetivos:

 Priorizar do controle dos resultados;

 Intensificação do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s);

 Desestimular práticas direcionadas à obtenção de benefícios ou de vantagens indevidas;]

 Ampliar os conhecimentos nas áreas de ciência, tecnologia e informação, a fim de promover a melhoria da qualidade de vida das populações em situação de desfavorecimento social.

•Quem propõe: a Administração Pública;

•Envolve transferência de recursos financeiros: SIM!

Termo de Colaboração

•Quem propõe: a Organização da Sociedade Civil

•Envolve transferência de recursos financeiros: SIM!

Termo de Fomento

•Envolve transferência de recursos financeiros: NÃO!

Acordo de Cooperação

(25)

Exigências para a celebração de Parcerias

Chegamos às exigências para que seja realizada, por meio dos instrumentos previstos, uma parceria. Nesse sentido, a lei nº 13.019/2014, sofreu alterações consideráveis com a edição da lei nº 13. 204/2015. Assim, as novas exigências para que sejam firmadas parcerias são as seguintes:

 Três anos de existência, no mínimo, para parceria celebrada com a União;

 Dois anos de existência, no mínimo, para parcerias com os Estados;

 Um ano de existência para os Municípios, após a alteração implementada pela Lei 13.204/15;

 Experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da parceria ou de natureza semelhante; e

 Instalações, condições materiais e capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das atividades ou projetos previstos na parceria e o cumprimento das metas estabelecidas.

(26)

Minhas amigas e meus amigos papirões, concluímos mais uma aula do nosso curso, o que significa dizer que você está um pouco mais próximo(a) da sua aprovação. É sempre um prazer compartilhar este espaço com todos vocês.

Permanecerei disponível nos canais que você já conhece: fórum de dúvidas e Instagram.

@PROF.MARCELSILVA

Forte abraço,

Marcel Silva.

(27)

Lista de questões

1. FCC - 2019 - TJ-MA - Técnico Judiciário - Técnico Administrativo - O setor público atua em diversas esferas de serviços, tais como saúde, educação, segurança, transporte, dentre outros, sendo que há alta demanda e complexidade para a prestação desses serviços com eficiência. Nesse sentido, é correto afirmar que o aprimoramento de estratégias e técnicas administrativas, aliados ao desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias, podem ser considerados como:

a) gestão burocrática gerencial, a fim de preservar o patrimônio público em todas as esferas de serviços.

b) modelo de Administração pública gerencial, que emprega principalmente um controle rígido dos processos.

c) modelo de gestão patrimonialista, que vem sendo empregado nos dias atuais a fim de garantir sustentabilidade e inovação no setor público.

d) empreendedorismo no setor público, que se refere a processos de aperfeiçoamento e de inovação.

e) modelo de gestão de inovação gerencial burocrática, com o objetivo de garantir que haja impessoalidade e combate à corrupção.

2. FCC - 2016 - PGE-MT - Analista – Administrador - O empreendedorismo governamental tem, entre suas fontes de inspiração, a obra de David Osborne e Ted Gaebler intitulada Reinventando o Governo, a qual preconiza uma série de princípios que orientam a ação empreendedora, entre os quais se insere(m) o(s) conceito(s) de governo:

I. catalizador: que coordena, regula e fomenta, deixando a maior parte da execução aos demais atores.

II. competitivo: introduzindo a competição na prestação de serviços públicos, com a finalidade de aumentar a eficiência.

III. centralizado: criando núcleos estratégicos para execução de serviços de alta complexidade técnica.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) I e II.

b) I.

c) I e III.

d) II.

e) II e III.

3. FCC - 2015 - SEFAZ-PI - Analista do Tesouro Estadual - Conhecimentos Gerais - Considere as afirmações abaixo:

I. Ação catalizadora, promovendo a atuação conjunta dos setores público, privado e voluntário.

II. Atuação competitiva, introduzindo a competição na prestação de serviços com a finalidade de aumentar a

(28)

eficiência.

III. Atribuição de responsabilidades aos cidadãos, que são chamados a participar da fiscalização/controle dos serviços públicos.

Aplica-se o conceito de governo empreendedor o que consta em:

a) I e II, apenas.

b) I, apenas.

c) II, apenas.

d) I, II e III.

e) II e III, apenas.

4. FCC - 2013 - MPE-MA - Analista Ministerial - Administrador - Seguem duas afirmações ligadas pelo conectivo explicativo “porque”:

A “gestão pública empreendedora” é caracterizada como sendo uma gestão voltada para resultados

PORQUE

no Brasil, a persistente dificuldade do Estado em assegurar os direitos civis e sociais básicos, muito provavelmente, contribui para a forte desigualdade social e a exclusão que ainda marcam nossa sociedade.

a) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.

b) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.

c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.

d) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.

e) As duas afirmações são falsas.

5. FCC - 2013 - SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Tecnologia da Informação - Prova 1 - Considerando-se os princípios da chamada gestão empreendedora, a eficácia da gestão pública depende de um:

a) sistema de informações que possibilite o entendimento entre governo e sociedade, bem como a avaliação de resultados, trazendo transparência à tomada de decisões, ainda que incorra em custos iniciais de implantação.

b) sistema de gestão que otimize os esforços do governo, ainda que em detrimento da participação dos diversos atores sociais em seus diferentes níveis, grupos e segmentos.

c) modelo de acompanhamento dos processos, com indicadores exclusivamente quantitativos, que privilegiem a manutenção da estruturação da burocracia.

(29)

d) sistema de controles exclusivamente internos que assegure a eficácia de todas as ações dos gestores, mesmo que com algum prejuízo à legitimidade de suas ações.

e) modelo que privilegie a canalização das demandas públicas e a participação da sociedade civil organizada, ainda que desprezando o aproveitamento do potencial dos gestores públicos.

6. FCC - 2013 - SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Tecnologia da Informação - Prova 1 - A gestão pública empreendedora

I. mitiga o foco em uma gestão voltada para os processos, privilegiando a obtenção de resultados.

II. despreza a constituição de parcerias, fortalecendo a ação isolada do Estado.

III. busca uma mudança da qualidade gerencial, trazendo destaque à transparência e ao controle social.

IV. visa uma maior rapidez na circulação de informações, bem como uma maior qualidade destas, fomentando o diálogo público sobre a atuação do Estado.

Está correto o que se afirma em:

a) I e II, apenas.

b) II, III e IV, apenas c) III e IV, apenas.

d) I, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

7. FGV - 2013 - SUDENE-PE - Agente Administrativo Os líderes de serviço público, com base no empreendedorismo governamental, a fim de acompanhar as mudanças na gestão do setor público, devem estar preparados para

a)elaborar planos detalhados por equipe de especialistas com visão de mercado.

b) focar os lucros, apesar das barreiras burocráticas.

c) identificar e aproveitar oportunidades, assumindo alguns riscos calculados.

d) reconhecer as competências essenciais para formar a equipe de trabalho.

e) formar sucessores que deem continuidade às ações desenvolvidas em prol da governança pública.

8. FGV - 2015 - TCM-SP - Agente de Fiscalização - Administração - Um conselho de gestão é uma forma de organização administrativa que possibilita a participação da população na gestão das políticas públicas - como saúde, educação e assistência social -, possuindo funções distintas. Quando um conselho realiza controle e acompanhamento das ações de gestão dos governantes, entende-se que está desenvolvendo a função:

a)fiscalizadora;

b) mobilizadora;

c) deliberativa;

(30)

d) consultiva;

e) estabilizadora.

9. FGV - 2017 - SEPOG - RO - Analista de Planejamento e Finanças - O Chefe do Poder Executivo de determinado Estado federativo informou à sua assessoria que desejava propor uma parceria às organizações da sociedade civil que atuassem com atividades esportivas para crianças portadoras de deficiência, transferindo- lhes recursos financeiros para a consecução dessa atividade, cuja finalidade é de interesse público e recíproco.

À luz da narrativa acima e da sistemática estabelecida pela Lei nº 13.019/2014, que norteará o ajuste, o instrumento a ser utilizado na celebração da parceria é o

a)termo de colaboração.

b) termo de parceria.

c) termo de fomento.

d) contrato de gestão.

e) acordo de cooperação.

10. FGV - 2018 - SEFIN-RO - Técnico Tributário - Determinada organização da sociedade civil, que jamais recebera qualquer qualificação do Poder Público, celebrou um ajuste com o Estado Beta, sem repasse de recursos financeiros, com o objetivo de aprimorar certa atividade de interesse social há anos desenvolvida, paralelamente, por ambos.

À luz da sistemática estabelecida pela Lei nº 13.019/14, esse ajuste é denominado a)termo de fomento.

b) acordo de cooperação.

c) termo de colaboração.

d) convênio.

e) termo de gestão.

11. FGV - 2018 - MPE-AL - Analista do Ministério Público - Administrador de Rede - O Secretário de Estado decidiu celebrar parceria com organizações da sociedade civil, não qualificadas como organizações sociais ou organizações da sociedade civil de interesse público, com o objetivo de realizar finalidades de interesse público e recíproco, sem repasse de recursos financeiros. Para isso, solicitou à sua assessoria que informasse o instrumento a ser utilizado.

Considerando a sistemática estabelecida pela Lei nº 13.019/14, assinale a opção que indica o instrumento indicado.

a) acordo de cooperação.

b) termo de colaboração.

(31)

c) termo de fomento.

d) contrato de gestão.

e) termo de parceria.

12. FGV - 2018 - MPE-AL - Analista do Ministério Público – Área Jurídica - Com o objetivo de ampliar sua atuação na prestação de determinado serviço público de contornos assistenciais, o Município Alfa realizou chamamento público para selecionar as organizações da sociedade civil com as quais celebraria ajustes para esse fim. Acresça-se que nesses ajustes haveria previsão de transferência de recursos públicos para tais organizações.

A partir da sistemática estabelecida na Lei nº 13.019/14, é correto afirmar que o referido ajuste, a ser celebrado com os entes do terceiro setor, tem a natureza jurídica de

a) acordo de cooperação.

b) termo de colaboração.

c) contrato de gestão.

d) termo de fomento.

e) convênio.

13. FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de Direito Substituto - O Estado Alfa celebrou com uma organização da sociedade civil (OSC) uma espécie de parceria, mediante transferência voluntária de recursos para consecução de plano de trabalho proposto pelo poder público estadual, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela Administração Pública, consistentes na promoção e divulgação do “Programa à Vítima e Testemunha Ameaçadas no Estado Alfa”, garantindo, na forma da lei, às vítimas e às testemunhas, alimentação, saúde, moradia, educação e lazer, de maneira a promover a reinserção social dos sujeitos em proteção em um novo território fora do local de risco.

De acordo com a Lei nº 13.019/2014, no caso em tela, o instrumento adequado utilizado foi o:

a) contrato de gestão, e o serviço firmado foi delegado à OSC, contratada mediante licitação;

b) termo de colaboração, e a OSC foi selecionada por meio de chamamento público;

c) termo de parceria, e a OSC foi selecionada mediante inexigibilidade de licitação;

d) termo de fomento, e a OSC foi selecionada mediante contratação direta;

e) acordo de cooperação, e deve haver prestação de contas sobre os recursos financeiros transferidos ao Tribunal de Contas.

14. FGV - 2019 - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Administrativa - O Município Alfa decidiu estimular a participação de organização da sociedade civil sem fins lucrativos, que não contasse com qualquer qualificação obtida com base em legislação específica, em projetos de interesse público e recíproco. Para tanto, lançou chamamento público para que os interessados apresentassem os seus projetos, sendo celebrado ajuste com a organização vencedora, que seria contemplada com a transferência de recursos financeiros.

(32)

À luz da sistemática vigente, o referido ajuste terá a forma de:

a) termo de parceria;

b) contrato de gestão;

c) termo de interação;

d) termo de colaboração;

e) acordo de cooperação.

15. FGV - 2019 - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Processual - Considerando a relevância das atividades desenvolvidas em benefício da educação, por determinada associação da sociedade civil sem fins lucrativos, que não remunerava seus dirigentes e que empregava no seu objeto social todos os recursos que obtinha, o Município Alfa decidiu celebrar ajuste com essa associação, sem a transferência de recursos financeiros, para que pudessem desenvolver determinado projeto em conjunto.

Considerando que a referida associação não possuía qualquer qualificação fornecida pela legislação específica, o ajuste a ser celebrado é o:

a) convênio;

b) termo de fomento;

c) contrato de gestão;

d) termo de colaboração;

e) acordo de cooperação.

16. FGV - 2018 - Prefeitura de Niterói - RJ - Auditor Municipal de Controle Interno - Controladoria - Com referência ao regime jurídico de colaboração entre a Administração Pública e a sociedade civil organizada, leia o trecho a seguir. “Conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de relação jurídica estabelecida formalmente entre a Administração Pública e organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco”. O trecho corporifica

a) um projeto.

b) uma política pública.

c) uma parceria.

d) um termo de fomento. e) um termo de colaboração.

17. FGV - 2013 - SUDENE-PE - Agente Administrativo - Com relação ao empreendedorismo governamental, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

(_) O empreendedorismo governamental mobiliza a atuação de todos os setores – público, privado e voluntário – para uma ação conjunta capaz de resolver os problemas e atender às demandas sociais.

(33)

(_) O empreendedorismo governamental adota uma gestão aberta à participação e ao trabalho em equipe, em que a iniciativa e a proatividade são incentivadas com vistas à criação de valor para os usuários dos serviços e para a própria gestão pública.

(_) O empreendedorismo governamental identifica e aproveita oportunidades, imagina, desenvolve e realiza visões que solucionem os problemas sociais, mesmo que para isso tenham de assumir alguns riscos calculados.

As afirmativas são, respectivamente, a) V, F e V.

b) F, F e V.

c) F, F e F.

d) V, V e V.

e) F, V e F.

18. FGV - 2013 - TCE-BA - Agente Público - Reaplicação - As alternativas a seguir representam uma característica da gestão pública empreendedora no Brasil, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Oposição às práticas burocráticas b) Gestão por resultados

c) Promoção da transparência e do controle social d) Foco no cliente cidadão

e) Centralização com menor autonomia

19. CESPE / CEBRASPE - 2021 - TCE-RJ - Analista de Controle Externo - Especialidade: Ciências Contábeis - A respeito da trajetória da administração pública brasileira, julgue o item que se segue.

Em 1992, lançou-se no Brasil a promoção do empreendedorismo governamental, que previa a atuação empresarial do Estado como estratégia para auferir lucros e aumentar o patrimônio do Tesouro Nacional.

(_) CERTO (_) ERRADO

20. CESPE - 2018 - STM - Analista Judiciário - Área Administrativa - No que se refere ao empreendedorismo governamental, julgue o item subsequente.

Referências

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