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(1)

RAQUEL MULLER

IMP ACTO DO INCENTIVQ FI$C,(\L_.E,OBR19ACOES ACE$~)6RIAS EM INDUSTRIAS GRAFICAS NA AQUISICAO DE MATERIA-PRIMA POR MEIO DE

IMPORTACOES

Monografia apresentada para o Curso de Especializac;ao em Controladoria da Universidade Federal do Parana, sob a orientac;ao do Professor Dr. Romualdo Douglas Colauto.

CURITIBA 2011

11

(2)

AGRADECIMENTOS

A todos que, direta ou indiretamente, contribuiram para a realizac;ao deste trabalho em especial e memoria ao professor Jaime Bettoni da Universidade Federal do Parana pelas orientac;oes cedidas no inicio deste trabalho e ao professor Romualdo Douglas Colauto que pacientemente assumiu a orientac;ao. Agradec;o tambem ao Grupo Educacional por disponibilizar informac;oes utilizadas no Estudo de Caso.

111

(3)

LIST A DE FIGURAS

FIGURA 01: Taxa de crescimento industria grafica FIGURA 02: Evolugao da Produgao Brasileira de Papel FIGURA 03: Fluxo Cambial da lmportagao brasileira FIGURA 04: Fluxo Aduaneiro da lmportagao brasileira FIGURA 05: lmobilizagoes de recursos pr6prios

FIGURA 06: Capital de Terceiros sobre recursos Pr6prios FIGURA 07: Estrutura do Patrimonio Uquido

FIGURA 08: Impastos e contribuigoes sobre o Faturamento FIGURA 09: Margem liquida

FIGURA 10: Estoque de materia is em 2010 FIGURA 11: Distribuigao media de estoque 2010 FIGURA 12: Fornecedores por pais

FIGURA 13: Dados para emissao de nota fiscal FIGURA 14: Prego Papellmune

IV

5 18 23 33 42 43 44 45 45 46 47 48 49 58

(4)

LIST A DE TABELAS

TABELA 01: Fornecedores mercado externo TABELA 02: Valores para emissao de nota fiscal

T ABELA 03: Valores tributados e imunes para emissao de nota fiscal TABELA 04: Valores tributados e imunes por quilograma

TABELA 05: Valores IPI por quilograma

TABELA 06: Valores notas fiscais de transferencia imunes TABELA 07: Valores notas fiscais de transferencia Tributados TABELA 08: Dados para Mapa de Custos da lmportac;ao TABELA 09: Valores para Mapa de Custos da lmportac;ao TABELA 10: Valores para Mapa de Custos da lmportac;ao

TABELA 11: Apurac;ao dos creditos de PIS e COFINS importac;ao TABELA 12: Cotac;ao para aquisic;ao produto nacional

TABELA 13: Valores para aquisic;ao produto nacional TABELA 14: Comparativo de prec;os unitarios de papel

v

47 50 50 51 51 51 52 53 54 54 55 56 57 58

(5)

LIST A DE ANEXOS ANEXO I - Nota de entrada Tributada

ANEXO II - Nota de Entrada lmune

ANEXO Ill- Nota de transferencia Tributada ANEXO IV- Nota de transferencia lmune ANEXO V- Resolw;ao Pr6-Emprego ANEXO VI - Balan9a Comercial

ANEXO VII - Boletim economico n° 08 Abigraf

ANEXO VIII- Declarayao de lmporta9ao 10-0342942-6

ANEXO IX- Publica9ao Diario Oficial Balan9o e Demonstrayoes Financeiras ANEXO X- Cota9ao nacional - Ordem de compra.

ANEXO XI- Nota fiscal de aquisi9ao nacional

vi

(6)

LIST A DE SIGLAS

ABIGRAF- Associa9ao Brasileiras das lndustrias Graficas ACE - Acordos de complementa9ao Economica

ALADI - Associa9ao Latina-americana de lntegra9ao

ARFMM - Adicional ao Frete para Renova9ao da Marinha Mercante AWB -Airway Bill

BACEN - Banco Central do Brasil

BL- Bill of loading (conhecimento de embarque maritima) BRACELPA- Associa9ao Brasileira de Celulose e Papel BP - Balan9o Patrimonial

CF - Constitui9ao Federal

CFC - Conselho Federal de Contabilidade CMV- Gusto de Mercadoria Vend ida

CNPJ- Cadastro Nacional de Pessoa Juridica

COFINS- Contribui9ao para o Financiamento da Seguridade Social CPF - Cadastro de Pessoa Fisica

CPV- Custo de Mercadoria Produzida

CRC/PR - Conselho Regional de Contabilidade do Parana CSLL - Contribui9ao Social Sabre o Luera Liquido

CTN - C6digo Tributario Nacional

DARF - Documento de Arrecada9ao Federal

DCRE - Demonstra9ao do Coeficiente de Redu9ao do Impasto de lmporta9ao DCI - ZFM - Declara9ao do Controle de lnterna9ao da Zona Franca de Manaus DOE - Declarayao de Despacho de Exporta9ao

DE - Demonstrative de Exporta9ao Dl - Declara9ao de lmporta9ao

DIF Papellmune- Declarayao de lnforma9ao Financeiras para Papellmune ORE - Demonstra9ao do Resultado do Exercicio

DSE - Declara9ao Simplificada de Exporta9ao EPP - Empresa de Pequeno Porte

FGTS- Fundo de Garantia do Tempo de Servi9o

IBRACON- lnstituto dos Auditores lndependentes do Brasil ICMS - Impasto Sabre Circula9ao de Mercadorias e Servi9os

Vll

(7)

II - Impasto de lmporta9ao

INSS- Institute Nacional do Segura Social IPEM - Institute de Pesos e Medias

IPI -Impasto Sabre Produtos lndustrializados IRPJ -Impasto de Renda Pessoa Juridica ISS - Impasto Sabre Servi9os

Ll - Licenciamento de importa9ao

MDIC - Ministerio do Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior MRE - Ministerio das Rela9oes Exteriores

ME - Microempresa

NCM - Nomenclatura Comum do MERCOSUL NBC-T- Norma Brasileira de Contabilidade Tecnica PEPS - Primeiro a Entrar Primeiro a Sair

PIS/PASEP- Contribui9ao para o Programa de lntegra9ao Social e para o Desenvolvimento de Forma9ao do Patrimonio do Servidor Publico

PV- Pre9o de Venda

RADAR- Registro e Rastreamento da Atua9ao dos lntervenientes Aduaneiros RE - Registro de Exporta9ao

RICMS - Regulamento do ICMS RIPI- Regulamento do IPI

RIR- Regulamento do Impasto de Renda

SENAI - Servi9o Nacional de Aprendizagem Industrial SESI- Servi9o Social da Industria

SEBRAE - Servi9o Brasileiro de Apoio de Micro e Pequenas Empresas SECEX- Secretaria de Comercio Exterior

Sl - Sistemas de lnforma9ao

SRF - Secretaria da Receita Federal TEC- Tarifa Externa Comum

TIF- Transports lnternacional Ferroviario

TIPI - Tabela do Impasto Sabre Produtos lndustrializados THC - Capatazia

USD - Sigla para D61ar

Vlll

(8)

RESUMO

Algumas empresas brasileiras tern associado a dificuldade de crescimento de seus neg6cios

a

excessiva carga tributaria. Pesquisas cientificas afirmam que em media, 33% do faturamento empresarial e direcionado ao pagamento de tributes.

Assim, aplicar medidas para redw;ao dos custos com aquisic;ao de insumos para fabricac;ao de produtos para· comercializac;ao representa urn dos principais desafios que as empresas do ramo grafico/editorial deparam-se. Diante deste cenario, a pesquisa apresenta a seguinte questao investigativa: qual o impacto na tributac;ao de incentives fiscais e obrigac;oes acess6rias que uma empresa do ramo grafico/editorial pode usufruir ao adquirir insumos por meio de importac;ao?

Desse modo o objetivo do trabalho consiste em identificar o impacto na tributac;ao de incentives fiscais e obrigac;oes acess6rias que uma empresa do ramo grafico/editorial pode usufruir ao adquirir insumos por meio de importac;ao. A metodologia aplicada para realizac;ao da pesquisa classifica-se em descritiva e qualitativa. A empresa objeto de estudo comercializa produtos nos segmentos, editorial, promocional e comercial. As materias-primas basicas para industrializac;ao destes produtos sao: papel, tinta e cola. Existe a comercializac;ao destes insumos no mercado nacional e internacional. Neste estudo de caso foi selecionado urn processo de importac;ao realizada pela empresa e disponibilizadas pela mesma, com duas distinc;oes: Papel com registro Especial (lmune) e Papel Tributado. Conclui-se que o impacto na tributac;ao de incentives fiscais e obrigac;oes acess6rias que uma empresa do ramo grafico/editorial pode usufruir ao adquirir insumos por meio de importac;ao pode chegar a uma reduc;ao de seus custos variaveis de ate 39%, comparado com o mercado nacional.

Palavras-chave: Incentives fiscais. Produtos graficos. lmportac;ao.

IX

(9)

SUMARIO

1 INTRODUCAO ... 2

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ... ··· ... 2

1.2 OBJETIVOS ... 4

1.2.1 0BJETIVOGERAL ... 4

1.2.2 OBJETIVOS ESPECiFICOS ... 4

1.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ... 4

2 REFERENCIAL TEORICO ... 7

2.1 SISTEMAJURiDICO-TRIBUTARIO ... 7

2.2 INCENTIVOS FISCAIS UTILIZADOS PARA 0 COMERCIO EXTERIOR ... 9

2.2.1 RECAP ... 9

2.2.2 RECOF ... 9

2.2.3 RECOM. ··· ... ··· ··· ... ··· 9

2.2.4 LINHA AzUL ... 10

2.2.5 DRAW BACK ... 10

2.2.6 ALGUNS INCENTIVOS FISCAIS RELACIONADOS A AQUISICAO DE MATERIA-PRIMA ... 11

2.3 OBRIGA<;OES ACESSORIAS QUE ENVOLVEM COMERCIO EXTERIOR ... 12

2.3.1 DCRE- DEMONSTRATIVO DO COEFICIENTE DE REDU<;Ji.O DO lf)IIPOSTO DE IMPORTA<;Ji.O . ... ~ ... 12

2.3.2 DE- DEMONSTRATIVO DE EXPORTA<;Ji.O ... 13

2.3.3 DECLARACAO DO CONTROLE DE INTERNA<;Ji.O DA ZONA FRANCA DE MANAUS- DCI-ZFM ··· 15

2.3.4 DIF- PAPEL IMUNE ... 16

2.41NSUMOS NO MERCADO INTERNO ... 17

2.51MPORTA<;AO ... 19

2.5.1 LOGiSTICA DE IMPORTA<;Ji.O ... 20

2.5.2 MODALIDADES DE PAGAMENTO ... 21

2.5.3 OPERACOES DE CAMBIO ··· 21

2.5.4 PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA IMPORTA<;Ji.O ... 24

2.5,5 VIABILIDADE DO NEGOCIO ... 24

2.5.6 TRATAMENTO TRIBUTARIO DAS IMPORTACOES ... 25

2.6 FLUXOGRAMA DE IMPORTA<;AO ... 30

2. 7 PROCEDIMENTOS ADUANEIROS ... 32

2.7.1 DOCUMENTOS EXIGIDOS NO DESPACHO ADUANEIRO ... 34

2.7.2 PARAMETRIZA<;Ji.O (CANAlS VERDE, AMARELO, VERMELHO E CINZA) ... 34

2. 7. 3 CONDICOES DE ACESSO AO MERCADO ... 35

3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS ... 36

4 DESCRICAO DOS ACHADOS ... 37

4.1 CARACTERIZACAO DA EM PRE SA ... 37

4.2 ASPECTOS FINANCEIROS ... 37

4.3 COMPOSI<;Ao DOS ESTOQUES ... 46

4.4 COMPOSI<;AO DE FORNECEDORES E ADIANTAMENTOS REALIZADOS PARA 0 MERCADO EXTERN OS ... 47

4.5 OPERA<;Ji.O DE IMPORTA<;Ji.O QUE A EMPRESA REALIZA ... 48

(10)

4.6 CREDITOS DE IMPOSTOS NAS OPERAQOES DE IMPORTAQOES ... 55

4.7 AQUISICAO NACIONAL QUE A EMPRESA REALIZA ... 56

4.8 COMPARATIVO ENTRE IMPORTACAO E MERCADO NACIONAL ... 57

5 CONCLUSOES ... 59

REFERENCIAS ··· 61

ANEXOS ... 63

(11)

1 INTRODUCAO

Este capitulo permite uma visualizagao inicial do processo de importagao de aquisigao de insumos para utilizagao em empresa do ramo grafico/editorial bern como do problema de pesquisa, dos objetivos geral e especificos, da justificativa do estudo.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Ate alguns anos atras, a contabilidade era responsavel apenas pelo registro das transagoes efetuadas pela empresa, com a finalidade principal de atender ao fisco e apurar impasto. Com o avango tecnol6gico, que fez com que a transmissao de informagoes acontecesse cada vez mais rapida e a nivel mundial, o papel do contador comegou a ficar mais ample e aprofundado. Continua sendo imprescindivel o correto registro das transagoes realizadas pela entidade, respeitando os principios e normas contabeis. Com os dados reais das empresas em maos, o contador tern a missao de interpreta-los e analisa-los, de forma que seja possivel entender e acompanhar o desenvolvimento da empresa e delinear uma tendencia para suas atividades de forma menos onerosa. Esse e urn dos papeis do contador.

Agora dentro de urn contexte geral, as empresas brasileiras ha muito tempo veem associando a dificuldade de crescimento de seus neg6cios

a

excessiva carga tributaria que lhe e imposta. Segundo estudos publicados no IBPT (Institute Brasileiro de Planejamento Tributario, 2010), aproximadamente, 33% do faturamento empresarial sao direcionados ao pagamento de tributes.

Como se nao bastasse o enorme gasto referente ao pagamento de tais tributes apurados pela contabilidade, outre papel importantissimo do contador esta em declarar e prestar informagoes periodicamente a varies 6rgaos governamentais sabre suas atividades e os tributes a que esta sujeita.

Para o ramo grafico/editorial, que sera tratado no presente trabalho, nao e diferente. Aplicar medidas para redugao dos custos altamente onerosos com aquisigao de insumos para fabricagao de produtos para comercializagao e urn dos principais desafios que a contabilidade das empresas do ramo possuem.

(12)

Diante deste cenario, cada vez mais dinamico e competitive, uma ferramenta de fundamental ajuda para a tomada de decisao e a utilizac;ao da analise economica financeira dos demonstratives contabeis, juntamente com as oportunidades tributarias que urn born planejamento pode oferecer para a empresa em questao.

Sera desenvolvido nesse trabalho, urn estudo de caso, onde o objeto da analise sera urn processo de importac;ao de aquisic;ao de insumos, apresentadas de maneira clara e objetiva as declarac;oes tambem conhecidas como obrigac;oes acess6rias e incentivas fiscais provenientes da aquisic;ao de materia-prima no mercado externo para a industria grafica e editorial. Segundo o MRE (201 0, p.15):

0 Brasil completou recentemente 20 anos de seu processo de abertura comercial. lsso significa que ainda esta em desenvolvimento uma

"cultura importadora", tanto par parte das empresas quanta dos individuos. Entretanto, ja nao ha tantas resistencias

a

aquisicao de bens importados. As empresas ja tern consciencia de que estes podem representar uma alternativa mais barata e eficiente, propiciando reducao de custos que sao extremamente importantes para manter a competitividade de sua producao, especialmente no caso das empresas exportadoras. Entre as individuos, a distincao entre as produtos se baseia muito mais nos quesitos qualidade e preco do que na origem de sua producao.

No presente estudo, com uma abordagem objetiva para o entendimento e funcionamento, abrangera informac;oes como: como importar, quais procedimentos a serem adotados, impastos incidentes na operac;ao, incentives fiscais, como se beneficiar, quem e ou nao obrigado a declarar, a base legal para sua existencia, os prazos de entrega das declarac;oes, entre outras.

Uma das grandes dificuldades que as industrias brasileiras, de modo geral, esta em conseguir reduzir os custos e a carga tributaria na aquisic;ao de insumos para fabricac;ao de produtos para a comercializac;ao. Recorrer ao mercado externo usufruindo os incentives fiscais e a legislac;ao aplicada vern sendo uma opc;ao bastante benefica desde que utilizadas de maneira correta.

No processo de aquisic;ao de materia-prima via importac;ao e necessaria adquirir informac;oes referente ao produto, legislac;ao pertinente e obrigatoriedade perante ao fisco das declarac;oes acess6rias. Diante ao exposto, a questao de pesquisa orientativa presente a investigac;ao e a seguinte: qual o impacto na

tributa~io de incentivos fiscais e obriga~oes acessorias que uma empresa

(13)

do ramo grafico/editorial pode usufruir ao adquirir insumos por meio de

importa~ao?

1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral

0 objetivo do trabalho consiste em identificar o impacto na tributac;ao de incentives fiscais e obrigac;oes acess6rias que uma empresa do ramo grafico/editorial pode usufruir ao adquirir insumos par meio de importac;ao.

1.2.2 Objetivos Especificos

• Apresentar as informac;oes tributarias, mapa de custos e operacionalidade administrativa em operac;oes de importac;ao de materia-prima para uma industria grafica;

• Apresentar o processo de aquisic;ao de materia-prima de outros paises via transporte maritima; e

• Mostrar o impacto financeiro ao utilizar incentives fiscais e obrigac;oes acess6rias que uma empresa do ramo grafico/editorial pode usufruir ao adquirir insumos par meio de importac;ao.

1.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

As empresas do ramo grafico editorial vern atingindo resultados relevantes para a economia brasileira. No periodo de junho de 2009 para junho de 2010, houve uma expansao de 11,1% no desempenho geral das lndustrias Graficas. De acordo com o Boletim de Atividade Industrial, publicado em agosto de 2010, pela Associac;ao Brasileira das lndustrias Graficas (ABIGRAF, 2010) Anexo VII:

0 resultado e positivo quando comparado a 2009, em que a base de comparacao e mais baixa porque ainda reflete os efeitos da crise internacional. 0 resultado e coerente com o verificado para a industria e transformacao como urn todo. Os impactos positives mais relevantes sabre a media global vieram de veiculos automotores (22,3%) e de maquinas e equipamentos (38,6%).

(14)

Visualizando o atual cenario da Balanc;a Comercial da Industria Grafica Brasileira com os dados do Ministerio do Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior (MDIC), publicado em abril de 2010, pela ABIGRAF Anexo VI, no 1°

trimestre de 2010, as importac;oes das graficas brasileiras aumentaram em 18,3o/o em relac;ao ao mesmo trimestre do ana anterior, o que equivale ao valor de US$

74,54 milhoes. Dentro desta totalidade de importac;oes de produtos graficos, no 1°

trimestre de 2010, destacaram-se os produtos editoriais (livros e revistas), que representaram 34,7°/o (US$ 25,86 milhoes), das importac;oes graficas totais, com queda 11 ,6°/o em relac;ao ao mesmo periodo de 2009.

Segundo boletim economico n° 08 Abigraf 2010 a produc;ao de jornais apresentou urn queda de 5,7°/o de julho 2009 a julho 2010, ja os produtos graficos e editoriais apresentam urn crescimento de 7 ,6o/o no mesmo period a, conforme demonstrado no grafico a seguir:

FIGURA 01: Taxa de crescimento industria grafica

Taxa de Crescimento da Produ~o na Industri-a Grafi.ca BrasHeira • Segmento Editorial

110 105

% Vada~oAcumutada·em 12 ews

(Bas·e: 12 meses anteriore·s ~00).

100

-·~~~~~~ ~

95 90 -

85 -~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

...-. A"adutas Graficas Ed ita ria is - - - Jornais Tata I ABIGRAF

FONTE: Boletim econOmico n°08 Abigraf, 2010

Considerando as duas informac;oes de crescimento e cenario de balanc;a comercial, verifica-se que atuar em urn mercado com indices sazonais (taxa de cambia e venda de material didatico) que influencia os resultados peri6dicos do ramo de atividade em que se esta inserido geram dificuldades em manter-se estavel economicamente.

(15)

A partir deste contexte, a presente monografia para conclusao de curso acontecera utilizando-se urn estudo de caso que apresentara o processo de importa<;ao de materia-prima de uma empresa de grande porte do ramo grafico editorial, situado em Curitiba-PR, com o tema incentive fiscal e obriga<;oes acess6rias nesses tipos de industrias para aquisi<;ao de insumos atraves de importa<;ao.

0 tema sera estudado com base em referenciais te6ricos, estudo de viabilidade economica, legisla<;ao pertinente a empresa e duas aquisi<;oes de insumos ocorridas uma no mercado nacional e outra mercado externo. Busca-se evidenciar a importancia da utiliza<;ao de beneffcios fiscais para a redu<;ao de custos e carga tributaria para a empresa e a correta forma de declarar as obriga<;oes acess6rias para a continuidade e legitimidade das opera<;oes de importa<;ao nas empresas desse ramo.

(16)

2 REFERENCIAL TEORICO

Uma vez determinado os conceitos que serao abordados na pesquisa, torna-se clara o assunto tratado.

E

com base em referenciais bibliograficos e de meios eletronicos em sites oficiais de 6rgao publicos como Receita Federal e Estadual que serao sustentados os significados do vocabulario apresentado da presente monografia. Sera abordado o levantamento bibliografico dos principais itens de estudo, onde inicialmente explora-se o sistema juridico-tributario, o mercado interno e externo para aquisi9ao de materia-prima e como realizar urn processo de importa9ao. Por fim, expoe-se a compara9ao do processo de forma9ao de pre9os utilizando-se o mercado externo e os incentives fiscais.

2.1 SISTEMA JURiDICO-TRIBUTARIO

A Constitui9ao Federal em seu Titulo VI-Da Tributa9ao e do Or9amento, Capitulo I - Do Sistema Tributario Nacional seguido pelo C6digo Tributario Nacional (CTN), sao os alicerces do Sistema Juridico Tributario. Juntos estabelecem os principais aspectos a serem observados e aplicados na area tributaria.

De acordo com FABRETTI (2001, p.1 03) Dire ito Financeiro, "e o conjunto de normas e principios que regulamentam a atividade financeira do Estado de acordo com a Lei de Diretrizes Or9amentarias (LDO) e Lei de Responsabilidade Fiscal". 0 Direito Tributario, embora esteja inserido no conceito de Direito Financeiro, teve de ser separado. A complexa regulamenta9ao para arrecada9ao de receita relativa a tributos, suas particularidades, normas e imposi96es criou-se urn novo ramo do direito. Ainda FABRETTI (2001, p.1 03) define como Direito Tributario "o conjunto de principios e normas juridicas que regem as rela96es juridicas entre o Estado e o Particular, relativas a institui9ao e arrecada9ao dos tributos".

De acordo como C6digo Tributario Nacional, Art. 5° "tributos sao impastos, taxas, contribui96es de melhoria e os emprestimos compuls6rios" conforme sua defini9ao.

(17)

Tributo e toda presta9ao pecuniaria compuls6ria, em moeda au cujo valor nela se possa exprimir, que nao constitua san9ao de ato ilicito, instituida em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Entende-se que e uma prestac;ao de valor, exigidas do contribuinte segundo regras fixadas, cobradas pelo fato gerador, pertencentes

a

comunidade politica organizada. Segundo o C6digo Tributario Nacional, (201 0) a obrigac;ao tributaria divide-se em Obrigac;ao Principal e Obrigac;ao Acess6ria.

Art. 113. A obriga9ao tributaria e principal au acess6ria.

§ 1 o A obriga9ao principal surge com a ocorrencia do fato gerador, tern par objeto o pagamento de tributo au penalidade pecuniaria e extingue- se juntamente com o credito dela decorrente.

§ 2° A obriga9ao acess6ria decorrente da legisla9ao tributaria e tern par objeto as presta9oes, positivas au negativas, nela previstas no interesse da arrecada9ao au da fiscaliza9ao dos tributes.

§ 3° A obriga9ao acess6ria, pelo simples fato da sua inobservancia, converte-se em obriga9ao principal relativamente a penalidade pecuniaria.

Dessa forma, entende-se que alem da obrigac;ao de pagar o tribute, o contribuinte tern ainda o onus de declarar aos 6rgaos fiscalizadores informac;oes referentes

a

sua atividade e aos tributes a que esta sujeita. Essas declarac;oes fazem parte das obrigac;oes acess6rias, que como o proprio nome diz, sao originadas a partir da obrigac;ao principal que e o recolhimento do tribute.

A Secretaria da Receita Federal disponibiliza em seu site as declarac;oes que sao obrigat6rias para as pessoas fisicas e juridicas, os programas utilizados para sua confecc;ao e algumas orientac;oes. Somente na esfera federal, para as pessoas juridicas sao aproximadamente 37 declarac;oes. As que envolvem o comercio exterior sao 4 serao relatadas nos itens 2.3.

(18)

2.2 INCENTIVOS FISCAIS UTILIZADOS PARA 0 COMERCIO EXTERIOR

Para operagoes com o mercado externo, existem diversos incentives fiscais que visam o crescimento para determinada area da economia. A seguir, sera apresentado alguns tipos de incentives que existem para o comercio exterior:

2.2.1 Recap

De acordo com a Receita Federal, 2010, e urn regime especial de aquisigoes de Bens de Capital para empresas preponderantemente exportadoras que suspende o recolhimento do Pis/Pasep e do Cofins. Sua legislagao basica e fundamentagao legal esta instituida pelo Decreta 5.649/2005.

2.2.2 Recof

Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial Sob Controle lnformatizado, e urn Regime Especial que, segundo a Receita Federal 2010 permite, dentre outras coisas, que os insumos da produgao sejam importados com suspensao de II, IPI e PIS/Cofins. Permite ainda que os insumos adquiridos no mercado interno tenham suspensao de IPI. Esta voltada somente para industria de produtos Informatica e Telecomunicagoes; Semicondutores e de componentes de alta tecnologia para informatica e telecomunicagoes; Aeronautico - lndustrializagao e Prestagao de Servigos; e Automotive; Sua Legislagao Basica e a lnstrugao Normativa SRF n°

417, de 20 de abril de 2004.

2.2.3 Recom

Tambem e urn Regime Especial de lmportagao de lnsumos destinados

a

industrializagao de produtos classificados em 8701 a 8705 - da NCM que conforme a Receita Federal 2010, permite a importagao sem cobertura cambial de chassis, carrogarias, pegas, partes, componentes e acess6rios, com suspensao do I.P.I. Sua Legislagao Basica e a lnstrugao Normativa SRF n° 17, de 16 de fevereiro de 2000 e Decreta n° 4.543, de 26/12/02, arts. 381 a 384.

(19)

2.2.4 Linha Azul

E

urn regime aduaneiro que nao isenta nem suspende qualquer tipo de tribute. De acordo com a Receita Federal 2010, tern finalidade de redugao do tempo das liberagoes para agilizar despachos e reduzir custos. Beneficia empresas nao habilitadas aos demais incentives, diminuindo o tempo na liberagao dos processes de comercio exterior.

Para concessao desse beneficia, ainda conforme Receita Federal 2010, a empresa deve estar inscrita no CNPJ ha mais de 24 meses; Manter controle contabil e sistema corporative informatizados e integrados, permitindo o controle do estoque, verificando: entrada, permanencia e saida das mercadorias; possuir patrimonio liquido superior a R$ 20 milhoes; ter realizado no ultimo exercicio no minima 100 operagoes de exportagoes e/ou importagoes, num montante superior a US$ 10 milhoes; apresentar relat6rios de audita ria avalizando o cumprimento regular das obrigagoes cadastrais, documentais, tributarias e aduaneiras.

2.2.5 Draw back

Esse procedimento possibilita a importagao de insumos sem a incidencia de impastos, desde que estes sejam utilizados na fabricagao de bens exportaveis.

Sua legislagao basica esta descrita no Decreta Lei. N° 37 de 21/11/66, Decreta n°

4.543 de 26/12/02, Portaria Secex n° 36 de 22/11/07 e Portaria n° 10 de 17/06/08.

De acordo com a Receita Federal e Secretaria de Desenvolvimento do Comercio Exterior, 2010, para utilizar este tipo de incentive, e necessaria que a empresa comercialize importagao de materia-prima e exporte o produto fabricado com esse insumo. Nao e o caso da empresa objeto de estudo, pais a mesma nao efetua exportagao relevante para utilizagao do Draw back.

(20)

2.2.6 Alguns incentives fiscais relacionados

a

aquisi~ao de materia-prima

Existem basicamente dois tipos de incentives fiscais que a empresa utiliza, sao eles: Pr6-Emprego SC (Resolw;ao n° 042/2008) e o beneficia fiscal via rodoviario PR (Resoluc;ao n° 088/2009). A seguir, urn breve resumo de que se trata cada incentivo.

De acordo com a Receita Estadual SC (201 0) a manutenc;ao da empresa no Programa Pr6-Emprego SC esta condicionada ao cumprimento das regras contidas no Decreta 1 05 de 14/03/2007 e na Resoluc;ao 42/2008 da Secreta ria do Estado da Fazenda de Santa Catarina regida pela Lei Complementar n° 407 conforme:

Art. 2° As empresas privadas beneficiarias de incentives financeiros ou fiscais concedidos no ambito de programas estaduais deverao recolher ao Fundo de Apoio

a

Manutenc;ao e ao Desenvolvimento da Educac;ao Superior os seguintes valores:

I - 2% (dais por cento) do valor correspondente ao beneficia fiscal ou financeiro concedido pelo Estado de Santa Catarina no ambito de programas instituidos por leis estaduais, concedidos ou firmados a partir da sanc;ao desta Lei Complementar; e

II - 1% (urn por cento) do valor do contrato de pesquisa firmado com 6rgao ou empresa da administrac;ao publica direta, autarquica ou fundacional, concedidos ou firmados a partir da sanc;ao desta Lei Complementar.

Ou ainda, contribuir com 2,5% (dois inteiros e cinco decimos por cento), calculado sobre o valor mensal da exonerac;ao tributaria, para o Fundo Pr6- Emprego (LC n° 249/03). A concessao deste incentivo fiscal esta condiciona

a

adoc;ao de alguns procedimentos obrigat6rios:

a) Para cada operac;ao de importac;ao, urn visto previo na Guia de liberac;ao de mercadoria estrangeira sem comprovac;ao de recolhimento de ICMS, conforme previsto no Anexo 6, art. 192 RICMS/SC 2001. (Art. 16 decreta 105/2001);

b)· Recolher em cada desembarac;o aduaneiro, 3% antecipado da base de calculo definida no art. 9°,VI, RICMS/SC 2001, considerando o ICMS por dentro de 12% cont. Art.8° paragrafo 11 ,II, Decreta 105/07.

Portanto, o credito sera de 9% do ICMS destacado na nota de transferencia para a matriz.

Alem destes dois itens, existem outros especificos que poderao ser melhor observados nos Anexos V, relacionados a este incentivo.

(21)

De acordo com a Resoluc;ao 88/2009 da RECEITA ESTADUAL (2010) o Beneficia fiscal Rodoviario PR esse incentive fiscal busca uniformizar o entendimento no ambito da Coordenac;ao da Receita do Estado quanto

a:

"interpretac;ao de materia tributaria referente

a

suspensao do pagamento do ICMS e concessao de credito presumido nas operac;oes de importac;ao realizadas com desembarac;o aduaneiro no Estado", ou seja, por intermedio dos portos de Paranagua e Antonina, de rodovias ou de aeroportos paranaenses.

Este beneficia trata somente para os casos de desembarac;o no Parana e que contenham o certificado de origem de paises da America Latina. 0 interessante desse beneficia, e que nao abrange somente importac;oes relacionadas a insumos, mais tambem de bens para ativo permanente, porem realizada por estabelecimento comercial e nao industrial contribuinte do imposto.

Trata-se de urn beneficia que promove o crescimento nas operac;oes relacionadas ao Mercosul favorecendo os paises pertencentes a ele, por esse motive

a

exigencia do certificado de origem, com isso nao abrange importac;oes vindas de Europa, por exemplo.

2.3 OBRIGA<;OES ACESSQRIAS QUE ENVOLVEM COMERCIO EXTERIOR

2.3.1 DCRE- Demonstrative do Coeficiente de Redu~ao do lmposto de

lmporta~ao.

De acordo com a Receita Federal (201 0), essa declarac;ao tern como objetivo informar o calculo de reduc;ao do imposto de importac;ao nos casos de saidas de produtos da Zona Franca de Manaus, que foram produzidos no mesmo local e serao vendidos para o restante do territ6rio nacional.

Na declarac;ao devera center informac;oes quanto ao custo dos componentes nacionais e estrangeiros e despesas com mao-de-obra e encargos sociais. Para os insumos nacionais, deverao ser informados todos com documentos fiscais, e para os estrangeiros, os insumos importados diretamente por pessoa juridica ou por terceiros. Quante aos custos de mao-de-obra, deverao ser informados todos os encargos sociais e trabalhistas dos tres meses anteriores

(22)

a apurac;ao, relacionados com o pessoal diretamente vinculados no processo de fabricac;ao da unidade de produto.

Ainda conforme Receita Federal (201 0), os produtos que foram fabricados com insumos estrangeiros importados com suspensao do impasto de importac;ao prevista no Decreta Lei n° 288/67, tern a obrigatoriedade de apresentar o demonstrative de coeficiente de reduc;ao do Impasto de lmportac;ao.

Existem dais tipos de coeficiente de reduc;ao: fixo e variavel; 0 coeficiente variavel sao para bens de informatica, veiculos autom6veis, tratores e outros veiculos terrestres, suas partes e pec;as; Para os demais produtos o coeficiente e fixo em 88%.

A declarac;ao devera ser apresentada via internet, atraves do programa Receitanet e a pessoa devera estar cadastrada no sistema SISCOMEX lmportac;ao.

Ao entregar a declarac;ao sera emitido urn numero de protocolo que sera utilizado para consulta de validade do Demonstrative, que permanecera valida em quanta nao houver variac;ao em sua composic;ao de custo acima de 10% do valor do DCR-E atual.

2.3.2 DE - Demonstrative de Exporta~ao

Conforme Receita Federal (201 0), a obrigatoriedade da DE Demonstrative de Exportac;ao esta para empresas comerciais exportadoras que adquiram mercadorias de empresa produtora vendedora com fim especifico conforme lnstruc;ao Normativa SRF n° 95 de 06 agosto de 1998. 0 Demonstrative devera ser entregue ao final do trimestre, pelo CNPJ da matriz, por meio do programa gerador baixado dos sitio da Receita Federal do Brasil, o Siscomex.

Esse sistema e urn instrumento que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operac;oes de comercio exterior, tanto para om6dulo Exportac;ao como lmportac;ao, atraves de urn unico fluxo computadorizado de informac;oes.

A Receita Federal, para fiscalizar essas operac;oes, exige alguns documentos especificos para viabilizar a exportac;ao como: (1) Nota Fiscal, Registro de Exportac;ao (R.E.); (2) Declarac;ao de Despacho de Exportac;ao

(23)

(D.D.E) ou Declaragao Simplificada de Exportagao (D.S.E) e (3)Contrato de cambia.

No registro de exportagao RE, deverao canter todas as informagoes necessarias para se realizar uma exportagao. Caso haja desconformidade das informagoes apresentadas no sistema SISCOMEX com o conjunto de informagoes de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal, o exportador estara sujeito a penalidades previstas na legislagao brasileira por a operagao nao corresponder

a

operagao realizada. (RECEITA FEDERAL, 2010)

A ODE e/ou a DSE, sao as declaragoes primordiais para entrada das informagoes e liberagao do processo de exportagao junto a Receita Federal.

Contem todas as informagoes necessarias para realizagao do despacho aduaneiro forma de pagamento, c6digo de Nomenclatura de Mercadorias - NCM classificada a partir da TEC (livro de Tarifa Externa Comum), embarque, destino, peso bruto, peso liquido, notas fiscais enfim sao elas que devem estar contidas no Demonstrative de Exportagao que a empresa declara trimestralmente. As informagoes sao cruzadas e principalmente servem como ferramenta para fiscalizar o envio de mercadoria para outros paises.

No Demonstrative de Exportagao tambem devem canter as outras modalidades que a empresa opta quando realiza urn processo de exportagao, alem do modelo Simplificado de Exportagao via DSE ou DOE. Devem canter informagoes quando realizado Remessa Postal lnternacional, o servigo Exporta Facil dos Correios juntamente com a Receita disponibiliza para o pequeno exportador, envio de ate 30kg e medir ate 1 , 1Om o embrulho. As informagoes serao processadas tambem pelo sistema Siscomex e realizada automaticamente a DSE, e o exportador ap6s preenchimento de urn formulario eletrOnico conseguira seu CE, comprovante de Exportagao e liberagao.

De acordo com a Receita Federal (2010), deverao canter tambem no Demonstrative de Exportagao os tratados e acordos comerciais utilizados na exportagao, quando necessaries para venda das mercadorias, alem dos certificados de origem existentes entre os paises, que em muitos casas sao obrigados para realizar a exportagao.

T odas essas informagoes sao cruzadas no processo alfandegario para envio de mercadorias para outros paises. A Receita Federal conta tambem com tratados internacionais como o Mercosul que facilitam a fiscalizagao entre seus

(24)

paises integrantes. Alem dessas declarac;oes, a Receita cruza tambem informac;oes com outras declarac;oes como a DEREX, e outras informac;oes contidas no credenciamento do exportador dentro do sistema RADAR - Registro e Rastreamento da Atuac;ao dos lntervenientes Aduaneiros, e urn outro sistema que visa agilizar as informac;oes sabre operac;oes efetuadas por exportadores e importadores quando exigido por algum fiscal em urn posto aduaneiro. Outras verificac;oes tambem sao efetuadas, realizadas juntos com outros 6rgaos como:

Secretaria do Comercio Exterior do Ministerio de Desenvolvimento Industria e Comercio; Camaras de Comercio Bilaterais; Camara de Comercio e Industria

Brasil- Alemanha, por exemplo, ou Camara Americana de comercio.

2.3.3 Declarac;ao do Controle de lnternac;ao da Zona Franca de Manaus - DCI- ZFM

Conforme a IN SRF n° 261, de 20 de dezembro de 2002, disponivel na Receita Federal (201 0), que trata da habilitac;ao de empresa transportadora para manter recintos nao alfandegados, na cidade de Manaus, destinado ao controle aduaneiro de mercadorias a serem submetidas a despacho de internac;ao para o restante do territ6rio nacional. As mercadorias podem ser importadas e tambem produzidas na zona franca de Manaus ZFM. A habilitac;ao citada acima pode ser de empresa situada na ZFM que esteja como CNPJ ativo, que esteja ao menos 1 ano na atividade de prestac;ao de servic;os de transporte de cargas, e preencha os requisites para retirada de certidoes negativa e certidoes positivas com efeitos de negativas relacionas a impastos da esfera federal.

A empresa deve ter recinto para receber mercadorias a serem transportadas para outras localidades do territ6rio nacional. Devera manter a disponibilidade para a SRF acesso permanente a sistema de controle informatizado de entrada, movimentayao e saida de veiculos e cargas, e de emissao de manifestos e conhecimentos de transporte, conforme os requisites e cronograma de implantac;ao estabelecido pela Coordenac;ao-Geral de Administrac;ao Aduaneira (Coana) em conjunto com a Coordenac;ao-Geral de Tecnologia e Seguranc;a da lnformayao (Cotec).

Ap6s a entrada de habilitac;ao de vera ser encaminhada a DCI - Declarayao de Controle de lnternac;ao. A DCI mensal refere-se as internac;oes realizadas e consumadas pelo importador no mes anterior ao da apresentac;ao da

(25)

declara9ao, conforme as notas fiscais de said a, a DCI sera registrada do dia 1° ao 10° dia domes subseqOente. (RECEITA FEDERAL, 2010)

2.3.4 DIF - Papel lmune

De acordo com a Receita Federal (2010) a DIF - Papel lmune e a declara9ao acess6ria para as pessoas juridicas que estao inscritas do Registro Especial instituido pelo art. 1° da Lei n° 11.945, de 04 de junho de 2009. Esse Registro Especial trata de imunidades para a pessoa juridica junto a Receita Federal, quando adquirir e/ou exercer atividade de comercializa9ao e importa9ao de papel destinado

a

impressao de livros, jornais e peri6dicos, conforme consta na alinea d do inciso VI do art. 150 da Constitui9ao Federal. Porem a comercializa9ao do papel imune e utiliza9ao desse Registro Especial, o contribuinte beneficiario devera apresentar prova de regularidade da sua destina9ao, "sem prejuizo da responsabilidade, pelos tributos devidos, de pessoa juridica que, tendo adquirido o papel beneficiado com imunidade, desviar sua finalidade constitucional" (Lei 11.945/09 art. 1° § 1°).

A Receita Federal e responsavel par instituir normas complementares relativas ao Registro Especial, e e ela tambem quem estabelece a periodicidade e a forma de comprova9ao da correta destina9ao do papel beneficiado com imunidade, inclusive mediante a institui9ao de obriga9oes acess6rias destinadas ao controle da sua comercializa9ao e importa9ao, que eo caso da DIF- Papel lmune, conforme previsto na Lei n° 11.945/2009.

0 Registro Especial podera ser cancelado e vedado a concessao de novo registro par cinco anos caso seja comprovado o usa indevido da destina9ao do papel imune e decisao final proferida na esfera administrativa sabre a exigencia fiscal de credito tributario decorrente do consumo ou da utiliza9ao do papel destinado a impressao de livros, jornais e peri6dicos em finalidade diferente da prevista em lei. Tambem podera ser cancelado o registro, mas sem concessao de novo, para os casas em estiver em situa9ao irregular a pessoa juridica perante o Cadastro Nacional da Pessoa Juridica CNPJ, ou atividade economica divergente declarada no Registro Especial com a informada CNPJ. Essas aplica9oes de cancelamento ocorrem nos casas de omissao e intempestividade na apresenta9ao da Dif- Pape lmune e configura hip6tese de crime contra a ordem

(26)

tributaria, salvo se apresentar prova contraria e regularizar a situac;ao de entrega da declarac;ao

a

RFB.

0 prazo para entrega da DIF- Papellmune sera ate o ultimo dia util dos meses de fevereiro e agosto com relac;ao ao semestre anterior, por meios digitais via aplicativo disponibilizado no site da Receita (RECEITA FEDERAL, 201 0).

2.4 INSUMOS NO MERCADO INTERNO

Antes de saber quais sao os tipos de insumos utilizados na industria grafica, se faz necessaria, entender o que e insumo. Conforme Bettoni, (2010, p.

130) entende-se como insumos:

a. utilizados na fabricacao ou producao de bens destinados

a

vend a:

1. as materias primas, os produtos intermediaries, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alteracoes, tais como desgaste, o dana ou a perda de propriedade fisica ou quimica, em funcao da acao diretamente exercida sabre o produto em fabricacao, desde que nao esteja incluidas no ativo imobilizado;

2. .os services prestados par pessoa juridica domiciliada no Pais, aplicados ou consumidos na producao ou fabricacao propria.

b. utilizados na prestacao de services:

1. os bens aplicados ou consumidos na prestacao de services, desde que nao estejam incluidos no ativo imobilizado;

2. os services prestados pro pessoa juridica domiciliada no Pais, aplicados ou consumidos na prestacao de services.

Os tipos de produtos que sao industrializados para a comercializac;ao da compra da materia-prima dividem-se por segmento: Editorial: livros e revistas;

Promocional: folders, catalogos e panfletos; Comercial: notas fiscais, papelaria, cadernos e agendas; Embalagens; R6tulos e etiquetas; Sinalizac;ao (ABIGRAF, 2010).

De acordo com a Associac;ao Brasileira de Celulose e Papel (BRACELPA, 201 0), o Brasil e urn grande produtor de papel. Destaca-se mundialmente por produzir e abastecer os mercados com expressivos volumes de papel de .embalagem, papeis de imprimir e escrever e papel-cartao. Dados estatisticos publicados no site da BRACELPA indicam que nos ultimos dez anos, o Pais aumentou sua produc;ao em 34,7%, com crescimento media de 3,0% ao ano, acompanhando as mudanc;as economia brasileira. 0 aumento na demanda por livros, cadernos, jornais e revistas, embalagens para alimentos, remedios e

(27)

itens de higiene pessoal e resultante do desenvolvimento socioeconomico e o aumento de renda da populayao, com a inser9ao de novas consumidores no mercado. Com isso, setor no Brasil posicion a u-se como 11° produtor mundial de papel e, em 2009 e com a produ9ao de 9,4 milhoes de toneladas do produto, manteve nesse mesmo Iugar.

FIGURA 02: Evolur;ao da Produr;ao Brasileira de Papel

Evolu~ao da Produ~ao Brasilei·ra de Papel'

Brazilian Paper Production Evolution Mil Toneladas 1 Thousands of Tons 10.000

9.000

·8·.000

7.000 ·~·

'1999 Z'OOO 2001 2002 l003 2004 2005 2006 2007 2008 ; 1009

FONTE: Bracelpa- Associar;ao Brasileira de Celulose e Papel, 2010.

Em janeiro de 2010, Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Bracelpa, concedeu uma entrevista

a

revista eletronica Brasil economico, "Em 2009, o mercado interne de papel nao foi muito alterado. 0 governo forneceu credito ao consume e com o aquecimento da economia o segmento reagiu bern", explica;

Elizabeth afirmou ainda que esta em estudo urn projeto com o governo federal para que sejam distribuidos cadernos a partir de 2011 ah3m des livros aos estudantes da rede publica, o que pode elevar a produ9ao de papel de imprimir e escrever em 20 mil a 23 mil toneladas. "Acreditamos que o projeto sera aceito, mas o governo precisara fazer a licita9ao ainda em fevereiro, para que inicie as compras no segundo semestre e a distribui9ao possa ocorrer ja no proximo a no", completa a presidente da Bracelpa.

(28)

Diante do crescimento da demanda interna e externa, a Klabin, maior produtora, exportadora e recicladora de papeis do Brasil, preve a Iongo prazo:

... a instalac;ao de uma nova planta de celulose de escala mundial com capacidade entre 1,3 a 1,5 milhao t/ano, o que elevara sua capacidade de produc;ao da materia-prima para 3,2 milhOes de t/ano. Esta prevista tambem a instalac;ao de uma nova maquina de cartao revestido, que elevara a capacidade de produc;ao desse item para 1 ,2 milhao de t/ano e a de papeis e embalagens da Klabin para 2,6 milhOes de t/ano.

(MONITOR MERCANTIL, 2010)

Segundo reportagem publicada em abril na revista Veja (201 0), radar on- line, "a Secretaria de Comercio Exterior, do Ministerio do Desenvolvimento, abriu investiga9ao para descobrir se Fran9a, ltalia e Hungria estao fazendo dumping na venda de papel supercalandrado no Brasil." A apura9ao teve como indicia, o pedido da empresa MD Papeis, alegando que industrias desses tres paises baixaram entre 7, 7% e 28,3% o pre9o de vend a na Europa e o exportado para o pais. Pesquisas mostram que em julho de 2004, a participa9ao no mercado interne brasileiro era de apenas 2,2%. Apenas cinco anos depois, em junho de 2009, subiu mais de vinte vezes. Chegou a 53,5% de participa9ao. "0 ataque

a

industria nacional nao vern de hoje. Estados Unidos e Finlandia ja foram punidos por leis antidumping por terem vendido o papel a pre9os deslealmente baixos."

2.5 IMPORTA<;AO

Sao varios os motives que levam uma empresa a entrar no comercio exterior com a venda de seus produtos para outros paises, alguns deles sao:

acesso a moedas fortes, diminui9ao de carga tributaria, vista que a exporta9ao e isenta do pagamento de diversos tributes (ICMS - IPI -PIS - COFINS), creditos mais baratos, devido incentives financeiros

a

exporta9ao, cria9ao de imagem internacional, know-how, aumento da competitividade, diminui9ao da sazonalidade de periodos de produ9ao. (ABIGRAF, 201 0)

Qualquer produto a ser importado, devera ser feito previamente analise sabre as tecnicas de fabrica9ao, comparative de pre9os discernindo que nem sempre o mais barato podera ser o mais vantajoso. De acordo com a Associa9ao Brasileira das lndustrias Graficas (ABIGRAF, 201 0), mesmo quando em condi96es normais de mercado, algumas exigencias devem ser verificadas como:

(29)

licenciamento de importar;ao, exigencias legais especificas, reserva financeira, nao s6 para o produto mas tambem para as despesas alfandegarias e tributes aduaneiros, garantias, prazos de entrega, prer;os compativeis e condir;oes de pagamentos.

2.5.1 Logistica de importa~ao

Existem diversas modalidades de logisticas para realizar;ao de importa<;oes, sao elas: modal maritima, aereo, rodoviario e ferroviario. 0 modal maritima e o mais utilizado nas operar;oes de importar;oes do Brasil, tern preferencias dos importadores, pais baseia-se em vantagens de custo especialmente quando se trata de transporte de grande quantidade de mercadorias.

De acordo com o Ministerio das relar;oes exteriores, as empresas maritimas sao representadas par uma rede de agentes, que no Brasil se denominam agencias maritimas que sao autorizadas a negociar os fretes e emitir os conhecimentos de embarque que serao obrigat6rios em determinadas mercadorias para ocorrer o desembarar;o na chegada do produto.

0 modal aereo e mais vantajoso em termos de velocidade, porem o custo torna-se mais elevado. Existem diversas companhias aereas que fazem o servir;o de carga aerea internacional do exterior praticamente para todo o territ6rio brasileiro, destacando-se as courier, empresas de encomendas expressa, que transportam documentos e pequenas mercadorias. 0 conhecimento de embarque para essa modalidade de transporte, e denominado Airway Bill - AWB.

Vista que em todos paises sui-americana possuem fronteiras terrestres, o transporte rodoviario surge como opr;ao natural do comercio da regiao. Para os paises participantes do Mercosul, a uniao aduaneira facilita a logistica de transporte entre seus membros, sendo assim as empresas autorizadas a usufruir do acordo, necessitam transitar com urn documento denominado Manifesto lnternacional de Carga- MIC.

Outra modalidade de logistica pouco utilizada no Brasil, e o transporte ferroviario. 0 frete e cotado na base de uma tonelada igual a 3,5 metros cubicos, mas tambem pode ser colocado na forma de veiculo fechado com frete unico. 0

(30)

conhecimento de embarque nesse caso e denominado Transporte lnternacional Ferroviario- TIF.

0 seguro internacional de carga, conforme o ministerio das rela9oes exteriores preve, nao e obrigat6rio. Por razoes de seguran9a comercial e financeira, as empresas providenciam a contrata9ao do seguro e a emissao da respectiva ap61ice com seguradoras brasileiras. 0 valor varia de acordo com a cobertura contratada, que podem ser: Port to port (do porto de origem ao porto de destino); Warehouse to warehouse (do armazem alfandegario de origem ate o destino); ou ainda house to house (logistica completa, porta a porta). Esse valor, junto com o frete, compoe o valor aduaneiro, que servira como base de calculo para pagamentos de tributes no momenta do desembara9o da mercadoria.

2.5.2 Modalidades de pagamento

0 pagamento antecipado via bancaria e a mais segura modalidade para o exportador, porem o importador corre o risco de pagar e nao receber a mercadoria. Tambem existe a cobran9a documentaria, onde os bancos realizam os tramites dos documentos entregues pelo exportados ap6s o embarque das mercadorias, e agem como simples cobradores, nao oferecendo garantias de recebimento das dividas do importador. Caso o exportador nao siga rigorosamente as exigencias do credito documentario, o regulamento aduaneiro brasileiro preve suspensao de pagamentos, multas e penalidades podendo prejudicar o importador do ponto de vista logistico e alfandegario.

A carta de credito e outra forma de pagamento que pode oferecer ao exportador estrangeiro melhores garantias desde que a documenta9ao esteja em conformidade com as exigencias do credito. Neste caso, o contrato de cambia passa as ser urn acerto financeiro entre o importador e o banco emitente da carta de credito. Para o importador essa op9ao e mais onerosa, pois fica ele responsavel em cobrir os custos com abertura da carta de credito junto ao banco.

2.5.3 Opera~oes de cambio

De acordo com as normas do Banco Central, e obrigat6ria a elabora9ao de contrato de cambia pela empresa importadora brasileira, do tipo 2 destinado

a

(31)

contrata9ao de cambia de importa9ao de mercadorias tanto na modalidade de pagamento em ate 360 dias, nao sujeitas ao registro no Banco Central, quanta no pagamento

a

vista au antecipado, quando sujeitas ao registro no Banco Central.

Normas estas que estao descritas no Regulamento do Mercado de Cambia e Capitais lnternacionais. 0 Banco Central obriga tambem o importador a vincular na Declara9ao de importa9ao o respective contrato de cambia, provando assim que o pagamento ao exportador estrangeiro foi realizado, o que denomina-se cobertura cambial.

Recentemente foi criado o Sistema de Pagamentos em Maeda Local (SML), em que as opera9oes de comercio exterior podem ser liquidadas nas moedas dos pr6prios paises sem a necessidade de contrato de cambia. Para o Brasil, ja existe essa modalidade com a Argentina, conforme descrito no Banco Central do Brasil.

0 comercio entre Brasil e paises que fazem fronteira, podem ser realizados dispensando contrato de cambia para o importador brasileiro. Na Figura 3 apresenta-se o fluxo cambial para importa9oes brasileiras.

(32)

FIGURA 03: Fluxo Cambial da lmportac;ao brasileira

MERCADORIAS EMBARCADASNO

EXTERIOR

BANCO NO EXTERIOR REMETEDOCUMENTOS

+

BANCO BRASILEIRO NOTIFICAO IMPORTADOR DA

CHEGADADOS DOCUMENTOS

+

CONTRATO DE CAMBIO NAS IMPORTACCES A

VISTA

ACEITE DO SAQUE NAS IMPORTACCES A

PRAZO

+

BANCO BRASILEIRO ENTREGAOS DOCUMENTOS AO

IMPORTADOR

BANCO CENTRAL ACOMPANHAA OPERACAO CAMBIAL

PELO

SISCOMEX/SISBACEN

FONTE: Ministerio das Relac;oes Exteriores. Como exportar para o Brasil: guia pratico. Pag.25, 2010.

(33)

2.5.4 Procedimentos Administrativos na lmporta~ao

Tendo conhecimento sabre esses aspectos relevantes, para que a importa<;ao seja concretizada, devera ser observado a tramita<;ao documental, priorizando o credenciamento do importador junto ao Sistema lntegrado de Comercio Exterior- SISCOMEX, que e obrigat6rio.

A secretaria de comercio Exterior - SECEX, do Ministerio do Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior- MDIC, e o 6rgao responsavel por gerir os mecanismos e instrumentos de acompanhamento e centrale das opera<;6es de exporta<;ao e importa<;ao, juntamente com a Receita Federal do Brasil - SRFB, Ministerio da Fazenda, responsavel pelas areas aduaneiras, fiscal e tributaria; e o Banco Central do Brasil - BACEN responsavel pelas areas financeira e cambial.

Para que uma importa<;ao seja formalizada, inicialmente e solicitado ao fornecedor uma Fatura Proforma, a chamada Invoice, que devera canter todos os dados referente ao produto, prazos, modalidades de pagamento, lnconterms, peso, descri<;ao do produto, local de embarque e destine.

Atraves dessa fatura proforma o importador devera certificar-se pela classifica<;ao tarifaria, a respeito de licenciamento especiais, controles adversos e a correta numera<;ao classificada na TEC (Livre de Tarifas Externa Comum) a NCM - Nomenclatura Comum de Mercadoria. Com essa numera<;ao podera ser feita pesquisas de acordo internacionais que envolvam tal produto, calculos dos tributes incidentes, alem de ela ser fundamental para a confec<;ao dos . documentos de L.l- Licenciamento de lmporta<;ao, D.l Declara<;ao de lmporta<;ao, e Nota fiscal de entrada.(RECEITA FEDERAL, 2010)

2.5,5 Viabilidade do negocio

Ap6s a verifica<;ao das caracteristicas do mercado externo e levantamento das informa<;oes do produto a ser importado, deve-se avaliar os custos desta opera<;ao. Verificar a viabilidade do neg6cio, possibilitando ver se o produto chegara ao mercado interne com urn pre<;o competitive para negocia<;ao e essencial para quem deseja importar.

(34)

Nos casas especificos de importa9ao, o importante nao e apenas saber calcular o custo da importa9ao, mas tambem ter conhecimento em casas amparados par seguros, cartas de creditos e garantias. Gada banco define urn parametro de valores em fun9ao da situa9ao cadastral de seu cliente, bern como a reciprocidade que este cliente oferece para o banco. Sendo assim, em alguns casas o banco tanto para solicitar o deposito em garantia como para fazer o financiamento, faz 0 calculo baseado em 120% ou 150% do valor da importa9aO, em outros casas pode solicitar sabre o valor da importa9ao + frete + tributes + despesas, portanto, vale constatar que cada caso, podera ser urn caso.

2.5.6 Tratamento Tributario das lmporta~oes

Em urn processo de importa9ao normal, estes calculos sao gerados pelo proprio programa Siscomex importa9ao, onde os tributes de Impasto de lmporta9ao (1.1), Impasto sob Produtos lndustrializados (I.P.I.), Pis/Pasep e Cofins sao calculados e debitados diretamente em conta corrente do contribuinte ou de seu despachante.

A Receita Federal disponibiliza planilha que permite o calculo de processo, informando o codigo NCM da mercadoria, atraves do aplicativo

"Simulador do Tratamento Tributario e Administrative das lmporta96es" disponivel no site da Receita Federal

De acordo com o MDIC,(201 O,p.30)

Para garantir a nao-cumulatividade do pagamento de tributes, a legislacao brasileira permite que o valor do tribute page no momenta da importacao gere urn credito e favor do importador, que podera ser compensado com o impasto devido em operacoes posteriormente realizada pelo importador e tributadas com esse mesmo impasto. Assim o impasto incide, na pratica, somente sabre o valor agregado ao bern.

A nao-cumulatividade conforme base legal Lei 10.637 de 2002, Lei 10.833 de 2003, Lei 10.865 de 2004 Lei 10.925 de 2004, permite o desconto de creditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa juridica.

(35)

2.5.6.1 Impasto de lmporta<;ao (II)

E

urn impasto de esfera federal, cuja finalidade e puramente economica (regulat6ria) e de prote<;ao. lncide exclusivamente sabre produtos trazidos do exterior. Suas aliquotas estao definidas na Tarifa Externa Comum (TEC) que e a tarifa aduaneira utilizada pelos paises do Mercasul. Ha uma aliquota especifica para cada item da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Conforme o MRE (2010 p.31):

A base de calculo do imposto

e

o valor aduaneiro da mercadoria. Via de regra, o valor aduaneiro

e

calculado a partir do seu valor FOB (Free o Board), acrescido dos valores do frete e seguro internacionais. 0 imposto de importacao

e

calculado pela aplicacao das aliquotas fixadas na TEC sobre a base de calculo. As aliquotas previstas na TEC atualmente sao ad valorem.

0 impasto de importa<;ao obedece a seguinte formula:

II= TEC (%) x Valor Aduaneiro 2.5.6.2 Impasto sabre Produtos lndustrializados (IPI)

Tribute de esfera federal, tambem varia de acordo com as caracteristicas do produto. Assim com o Impasto de lmporta<;ao, ha uma aliquota (TIPI) para cada item da Nomenclatura Comum do Mercusol (NCM). 0 IPI adere ao principia da seletividade, em outras palavras "o onus do impasto e diferente em razao da essencialidade do produto, aplicando-se aliquota zero para os produtos mais essenciais" (MDIC 2010, p.31).

A base de calculo do IPI eo valor aduaneiro da mercadoria acrescido do valor do impasto de importa<;ao. Desse valor aplica-se a aliquota fixada na TIPI sabre a base.

IPI

=

Tipi (%) x (Valor Aduaneiro +II)

2.5.6.3 Programa de lntegra<;ao Social (PIS) e Contribui<;ao para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)

Sao contribui<;oes sociais de competemcia federal destinadas ao financiamento da seguridade social. Desde 2004, eles incidem tambem sabre a

(36)

importa9ao de produtos estrangeiros, para efeito de tratamento isonomico com os bens produzidos no Pais. Os bens importados sao tributados as mesmas aliquotas dos bens nacionais. As aliquotas aplicaveis de ambos tributos e uniforme: 1,65% para o PIS e 7,6% para o Cofins. Conforme o MRE, (201 0 p.32):

A base de calculo para ambas contribui9oes

e

o valor aduaneiro da mercadoria, acrescido do valor do impasto sabre Circula9ao de Mercadorias e de Servi9os (ICMS) incidente sabre a importa9ao, eo valor das pr6prias contribui9oes, pais elas sao incluidas no pre9o final das mercadorias, calculo "par dentro".

Assim, as contribui96es devidas obedecem as seguintes formulas:

PIS = 1,65% x ( Valor Aduaneiro + ICMS + PIS + Cofins ) Cofins = 7,6% x ( Valor Aduaneiro + ICMS + PIS + Cofins )

2.5.6.4 Impasto sabre Opera96es Relativas a Circula9ao de Mercadorias e sabre a Presta9ao de Servi9os de Transporte lnterestadual e lntermunicipal e de Comunica96es - ICMS

Tributo de competencia estadual que incide sabre a movimenta9ao de produtos no mercado interno e sabre servi9os de transporte interestadual e intermunicipal, bern como servi9os de telecomunica96es. Esse impasto incide tambem sabre os bens importados no geral, a fim de promover tratamento tributario isonomico para os produtos importados e os nacionais.

A aliquota do impasto e diferente em razao da essencialidade do produto, podendo ir de zero, para os produtos essenciais , ate 25%. Como e de esfera estadual, cada unidade da federa9ao sem sua propria legisla9ao com diversas aliquotas e tratamentos tributarios diferentes. De acordo com o MRE, (201 0 p.33):

A base de calculo do ICMS

e

o somat6rio do valor aduaneiro da mercadoria, do II, do IPI, do pr6prio ICMS (calculo "par dentro"), de quaisquer outros tributes incidentes sabre a importa9ao e das despesa aduaneiras referente a importa9ao, que sao as outros gastos efetuados para o despacho de importa9ao, tasi como armazenagem, capatazia etc.

Como o total exato das despesas aduaneiras so e conhecido apos a chegada da mercadoria para entao fazer a estimativa do impasto a pagar, que e calculado por meio da seguinte formula:

ICMS = Aliquota ICMS (%) x (Valor Aduaneiro +II+ IPI+ ICMS + PIS + Cofins + Despesas Aduaneiras )

(37)

Ou, alternativamente:

ICMS = Aliquota ICMS (%) x [(Valor Aduaneiro + II+ IPI+ ICMS + PIS + Cofins + Despesas Aduaneiras ) I (1 - Aliquota ICMS)]

2.5.6.5 Adicional ao Frete para Renovagao da Marinha Mercante (AFRMM)

0 AFRMM e uma contribuigao social de intervengao no dominio economico, de competencia federal, atualmente regulamentada pela Lei 10.893/04 que incide sabre o valor do frete internacional incluida as despesas portuarias e outras despesas, constantes do conhecimento de embarque. As aliquotas variam de acordo com o tipo da navegagao:

- 25% na navegagao de Iongo curso;

- 10% na navegagao de cabotagem; e - 40% na navegagao lacustre e fluvial.

Essa contribuigao destina a fornecer recurso para apoio do governo federal ao desenvolvimento da marinha mercante e da industria de construgao e reparac;ao naval brasileira.

2.5.6.6Taxa de utilizac;ao do Siscomex

Visa cobrir os custos de utilizac;ao do Sistema lntegrado de Comercio Exterior pelo importador para registro da sua Declarac;ao de lmportagao. 0 valor da taxa e variavel, de acordo com o numero de classificagao NCM que forem registradas na 01.

2.5.6.7 Despesas Diversas

Alem dos item ja mencionados, existem outras despesas inerentes ao comercio internacional que as operagoes de importagao estao sujeitas e sao cobradas em praticamente todos os paises:

- Capatazia (servigo de movimentagao de mercadorias nos portos);

- Armazenagem.

- Despesas com o eventual licenciamento da importagao;

Referências

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