• Nenhum resultado encontrado

Cota inferior para autovalores de hipersuperfícies mínimas mergulhadas na esfera euclidiana

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Cota inferior para autovalores de hipersuperfícies mínimas mergulhadas na esfera euclidiana"

Copied!
57
0
0

Texto

(1)

CENTRO DE CIˆ

ENCIAS

DEPARTAMENTO DE MATEM ´

ATICA

CURSO DE P ´

OS-GRADUAC

¸ ˜

AO EM MATEM ´

ATICA

Tiago Mendon¸ca Lucena de Veras

Cota inferior para autovalores de hipersuperf´ıcies m´ınimas

mergulhadas na esfera Euclidiana.

(2)

Tiago Mendon¸ca Lucena de Veras

Cota inferior para autovalores de hipersuperf´ıcies m´ınimas

mergulhadas na esfera Euclidiana.

Disserta¸c˜ao submetida `a Coordena¸c˜ao do Curso de P´os-Gradua¸c˜ao em Matem´atica, da Universidade Federal do Cear´a, como requisito para obten¸c˜ao do grau de Mestre em Matem´atica.

´

Area de concentra¸c˜ao: Matem´atica

Orientador: Prof. Dr. Abdˆenago Alves de Barros.

(3)

mergulhadas na esfera Euclidiana/ Tiago Mendon¸ca Lucena de Veras.- Fortaleza, 2011.

50 f.

Orientador: Prof. Dr. Abdˆenago Alves de Barros. ´

Area de concentra¸c˜ao: Matem´atica

Disserta¸c˜ao (Mestrado) - Universidade Federal do Cear´a,

Centro de Ciˆencias, Departamento de Matem´atica, Fortaleza, 2011.

(4)

Dedico este trabalho aos meus paisPedro Fernando

Lucena de Veras e Ozani Ferreira Mendon¸ca

(5)

Agrade¸co aos Meus pais e meu irm˜ao que nunca mediram esfor¸cos para me ajudar. Agrade¸co `a Minha av´o Ivone Lucena, aos meus tios e tias, em especial Orlando, Ozinete, Oswaldo, Ozilene, Cristina e Cl´audia. Minhas primas Pollyana, Fernanda e Roberta; e ao meu primo J´unior. Agrade¸co aos saudosos Issac Veras e Idalice Mendon¸ca.

Agrade¸co tamb´em ao professor Abdˆenago Alves de Barros, pela orienta¸c˜ao. Agrade¸co `as minhas professoras da UFRPE Maria Eul´alia de Morais Melo, M´arcia Pragana Dantas e Mait´e Kulesza por sempre acreditarem e incentivarem meu cami-nho, este voto de confian¸ca jamais ser´a esquecido. Ao professor Adriano Regis pela palavras de incentivo e por toda ajuda, ele foi minha referˆencia de que tudo isso era poss´ıvel.

Aos amigos da P´os-Gradua¸c˜ao em Matem´atica da UFC, Jo˜ao Filho, Kelton, Adam, Hallyson, Manoel Vieira, Fl´avio Cruz, Raimundo Bastos, Francisco Calvi , Dami˜ao J´unio, Chaves, Thiarlos Cruz, Jo˜ao Vitor e Davi.

Agrade¸co em Especial a Ana Shirley, Vˆania, Priscila Alcantara, Rondinelle Mar-colino, Wilson, Nazareno Gomes, Ernani J´unior, Thadeu e Edinardo que muito me ajudaram nos meus dias de estudo.

A Andr´ea Dantas, secret´aria da P´os-Gradua¸c˜ao em Matem´atica da UFC, quero parabeniz´a-la por toda sua competˆencia e prontid˜ao na assistˆencia a todos os alunos da P´os-gradua¸c˜ao.

(6)

RESUMO

Sejam Mn uma variedade Riemanniana fechada orientada e x : Mn

→ Sn+1 Rn+2 uma imers˜ao m´ınima de Mn na esfera unit´aria Euclidiana. Sabemos, pelo

Teorema de Takahashi que

∆x+nx= 0,

com x(p) = (x1(p), . . . , xn+2(p)) e ∆x(p) = (∆x1(p), . . . ,∆xn+2(p)) onde ∆ denota o Laplaciano em M na m´etrica induzida por x, veja [11]. Segue que n ´e uma cota superior para o primeiro autovalor λ1 de ∆. Quandox´e um mergulho, em 1982 foi conjecturado por Yau em [12] que primeiro autovalor do Laplaciano, denotado por λ1, ´e igual a n. O primeiro resultado global na dire¸c˜ao de tal problema foi obtido por Choi e Wang em [4] onde foi provado que λ1 > n2. No artigo [2] Barros e Bessa mostraram que λ1 > n2 +C(Mn, x), onde C(Mn, x) ´e uma constante positiva que depende deMn ex.

(7)

Let M be a closed oriented Riemannian manifold and x : Mn

→ Sn+1 Rn+2

a minimal immersion Mn in the Euclidean unit sphere. We know by Takahashi’s Theorem

∆x+nx= 0,

where x(p) = (x1(p), . . . , xn+2(p)) and ∆x(p) = (∆x1(p), . . . ,∆xn+2(p)) where ∆ denotes the Laplacian on M the induced metric for x, see [11]. It follows that n is an upper bound for the first eigenvalueλ1 of ∆. Whenxis a embedded in 1982 was conjectured by Yau in [12] that the first eigenvalue of the Laplacian, denoted byλ1, is equals n. The first global result in the direction of such problem was obtained by Choi and Wang in cite Choi where it was proved that λ1 > n2. In the article [2] Barros and Bessa showed that λ1 > n2 +C(Mn, x), where C(Mn, x) is a positive constant which depends onMn and x.

(8)

Sum´

ario

Introdu¸c˜ao 2

1 Preliminares 5

1.1 O Gradiente de uma fun¸c˜ao . . . 5

1.2 A Divergˆencia de um campo vetorial . . . 6

1.3 O Laplaciano de uma fun¸c˜ao . . . 7

1.4 O Hessiano de uma fun¸c˜ao . . . 8

1.5 Tensores e curvaturas . . . 9

2 Resultados Importantes 11 2.1 Sobre uma hipersuperf´ıcie mergulhada em Sn . . . . 11

2.2 C´alculo do espectro de Sn(1) . . . . 12

3 Resultados Principais 27 3.1 Itera¸c˜ao do problema de Dirichlet . . . 37

(9)

INTRODUC

¸ ˜

AO

Sejam Mn uma variedade Riemanniana fechada orientada e x : Mn

→ Sn+1

Rn+2 uma imers˜ao m´ınima de Mn na esfera unit´aria Euclidiana. Sabemos, pelo Teorema de Takahashi que

∆x+nx= 0,

com x(p) = (x1(p), . . . , xn+2(p)) e ∆x(p) = (∆x1(p), . . . ,∆xn+2(p)) onde ∆ denota o Laplaciano em M na m´etrica induzida por x, veja [11]. Segue que n ´e uma cota superior para o primeiro autovalor λ1 de ∆. Quando x ´e um mergulho, foi conjec-turado por Yau em [12] que λ1 = n. O primeiro resultado global na dire¸c˜ao desse problema foi obtido por Choi e Wang em [4] onde foi provado queλ1 > n

2. No artigo [2] Barros e Bessa mostraram que a igualdade n˜ao pode ocorrer no resultado anterior, mais precisamente mostraram queλ1 > n

2 +C(M

n, x), onde C(Mn, x) ´e uma cons-tante positiva que depende de Mn e x. Ressaltamos que λ

1 = n para alguma classe de hipersuperf´ıcies isoparam´etricas bem como hipersuper´ıcies homogˆeneas, veja [8] e referˆencias l´a contidas. Antes de enunciar nosso reultado principal estabeleceremos algumas nota¸c˜oes.

Primeiramente, usamos o teorema de Jordan-Brower o qual assegura que o mer-gulhox:Mn Sn+1 de uma variedade Riemanniana orientada fechada, onde iden-tificaremosx(Mn) comMn, divide Sn+1 em duas componentes conexas Ω

1 e Ω2 tais

que ∂Ω1 = ∂Ω2 = Mn. Posteriormente consideraremos uma fun¸c˜ao harmˆonica u que estende a primeira autofun¸c˜ao ϕ do Laplaciano de Mn para um dos dom´ınios Ωi, i = 1,2. Mais ainda, tamb´em consideraremos a fun¸c˜ao harmˆonica g que a pri-meira autofun¸c˜ao ϕ do Laplaciano de Mn tal que ∆g = tu, para algum parˆametro realt. Denotaremos por R(f) o quociente de Rayleigh def bem como 2f denotar´a seu Hessiano.

Sem perda de generalidade podemos supor RMnh(∇ϕ,∇ϕ)dM ≥ 0 , onde ∇ϕ denota o gradiente deϕna m´etrica induzida porxeh´e a segunda forma fundamental de Mn. Para simplificar a nota¸c˜ao faremos R

Mnh(∇ϕ,∇ϕ)dM =

R

Mnh. Com isto, vamos enunciar nossos resultados.

Lema 1. Suponha queMn Sn+1 ´e uma hipersuperf´ıcie m´ınima mergulhada. Dada f C∞

ϕ (Ω) tal que

R

∂Ωϕ ∂f

∂ν = 0, os itens abaixo s˜ao v´alidos.

(1) R(∆f)2 =nR

Ω|∇f|2+

R

Ω|∇2f|2+

R

∂Ωh;

(2) R|∇2f|2>R

Ω|∇f|2;

(3) (nλ)R|∇u|2+R∂Ωh= Rh∇2f,2ui=R

(10)

3

(4) λR|∇u|2 =R|∇2u|2R

Ωh∇2f,∇2ui.

Como consequˆencia desse lema, deduzimos o seguinte teorema.

Teorema 1. Sejam M uma varidade Riemanniana fechada orientada e x : Mn

Sn+1 Rn+2 um mergulho m´ınimo. Seja f C

ϕ (Ω) tal que

R

∂Ωϕ ∂f

∂ν = 0. Ent˜ao

valem os seguintes resultados

(1) Suponha que Rh∇2f,2ui >0, ent˜ao o primeiro autovalor do Laplaciano de

M satisfaz λ=n; (2) R|∇2f − ∇2u|2 >R

Ω|∇2u|2;

(3) R|∇2f|2>n−λ 2λ−n

2R

Ω|∇2u|2;

(4) Se R|∇2u|2>R

Ω|∇

2f|2 ent˜ao λ> 2n 3 .

Considerando o mergulho m´ınimo de uma hipersuperf´ıcie compacta Mn

⊂Sn+1,

escolhemos Ω como acima e definimos dois conjuntos n˜ao vazios

A={g Cϕ∞(Ω) : ∆g= tu,

Z

Ωh∇

2u,

∇2gi= 0} e

B= {g Cϕ∞(Ω) : ∆g =tu,

Z

∂Ω

ϕgν = 0}. Dessa forma, deduziremos o seguinte teorema.

Teorema 2. Para um mergulho m´ınimo de uma hipersuperf´ıcie compacta Mn na

esfera Sn+1, se existe uma g ∈ A ∩ B ent˜ao o primeiro autovalor do Laplaciano ´e

λ=n.

Por fim, usando os resultados obtidos provamos o seguinte teorema.

Teorema 3. Seja Mn uma variedade Riemanniana fechada e considere x :Mn

Sn+1 um mergulho m´ınimo de Mn na esfera Euclidiana unit´aria Sn+1. Ent˜ao o

primeiro autovalor do Laplaciano satisfaz

λ1

Z

Ω|∇

u|2 =n

Z

Ω|∇

u|2+

Z

Ωh∇

2u,

∇2gi+

Z

Mn h,

(11)

Como consequˆencia desse teorema obtemos o seguinte corol´ario.

Corol´ario 1. Seja Mn uma variedade Riemanniana orientada fechada. Considere x : Mn

→ Sn+1 um mergulho m´ınimo de Mn na esfera Euclidiana unit´aria Sn+1 e

escolha t=−R(u). Ent˜ao temos (1) λ1 =n se, somente e se,

R

Ωh∇

2u,2gi+R

Mnh= 0;

(2) Se 2g= t

(12)

Cap´ıtulo 1

Preliminares

1.1

O Gradiente de uma fun¸

ao

Neste cap´ıtulo, apresentamos operadores diferenciais para uma hipersuperf´ıcie, assim como alguns conceitos relativos `a teoria de variedades Riemannianas.

Defini¸c˜ao 1. Dadas uma hipersuperf´ıcieNn e um sistema de coordenadas local φ: V Rn Nn, definimos uma m´etrica Riemanniana como uma correspodˆencia que

associa a cada ponto pN um produto interno (que ´e uma forma bilinear, positiva definida) por

gp :TpN×TpN R.

No sistema de coordenadas φas fun¸c˜oesgij(x) =gφ(x)(∂xi∂φ,∂xj∂φ), com 16i, j60, s˜ao diferenci´aveis em V; Conhecidas como a express˜ao da m´etrica Riemanniana no sistema de coordenadasφ. Denotaremos porg = (gij) a matriz da m´etrica no sistema de coordenadas φ e sua inversa ser´a denotada por g−1 = (gij).

Sejam φ:V Rn Nn um sistema de coordenadas na variedade Riemanniana

Nn e f :N Ruma fun¸c˜ao diferenci´avel, ent˜ao temos a seguinte

Defini¸c˜ao 2. O gradientedef, denotado porf, ´e o campo vetorial diferenci´avel definido sobre Nn por

h∇f, Xi=X(f), X X(N).

(13)

Proposi¸c˜ao 1. Sejam f : Nn R uma fun¸c˜ao diferenci´avel e {e1, . . . , en} um

referencial ortonormal em uma vizinhan¸ca U N, ent˜ao

∇f = n

X

i=1

ei(f)ei.

Demonstra¸c˜ao. Comof = n

X

i=1

aiei temos,

h∇f, eji = n

X

i=1

aihei, eji

= n

X

i=1

aiδij =ai.

Portanto,

∇f = n

X

i=1

h∇f, eiiei= n

X

i=1

ei(f)ei.

Em coordenadas, temos a seguinte express˜ao para

∇f = n

X

i,j=1 gij ∂f

∂xj ∂f ∂xi

.

1.2

A Divergˆ

encia de um campo vetorial

Defini¸c˜ao 3. Seja X um campo vetorial diferenci´avel emN. A divergˆencia do campo X, denotado por divX, ´e a fun¸c˜ao diferenci´avel div:N R definida por:

(divX)(p) =tr{v→ ∇vX(p)},∀v∈TpN.

Proposi¸c˜ao 2. Seja X um campo vetorial diferenci´avel emN e considere{e1,. . . ,en}

um referencial ortonormal em uma vizinhan¸ca aberta U N. Se X = aiei em U, ent˜ao

divX = n

X

i=1

ei(ai)− h∇eiei, Xi

(14)

7

Demonstra¸c˜ao. Observe que, por um lado n

X

i=1

eihX, eii= n

X

i=1

h∇eiX, eii+ n

X

i=1

hX,eieii

e por outro lado n

X

i=1

eihX, eii= n

X

i=1 eih

n

X

j=1

ajej, eii= n

X

i,j=1

ei(ajδij) = n

X

i=1 eiai.

Portanto, pela defini¸c˜ao de divergˆencia temos

divX = n

X

i=1

ei(ai)− h∇eiei, Xi

.

Em coordenadas, temos a seguinte express˜ao para

divX = √ 1

detg n

X

i=1 ∂ ∂xi

(pdetgai).

1.3

O Laplaciano de uma fun¸

ao

Defini¸c˜ao 4. Seja f : N R uma fun¸c˜ao diferenci´avel. O Laplaciano de f,

denotado por ∆f, ´e uma fun¸c˜ao ∆f :N R dada por

∆f =div(f).

Proposi¸c˜ao 3. Seja f :N Ruma fun¸c˜ao diferenci´avel e {e

1, . . . , en}um

referen-cial ortonormal em U N, ent˜ao

∆f = n

X

i=1

ei(ei(f))(eiei)f

.

Demonstra¸c˜ao. Primeiramente, temos que f = n

X

i=1

ei(f)ei em U e pela defini¸c˜ao de Laplaciano de uma fun¸c˜aof, temos

∆f = n

X

i=1

ei(ei(f))− h∇eiei,∇fi

= n

X

i=1

ei(ei(f))(eiei)f

(15)

Em particular, se o referencial for geod´esico em pU temos

∆f(p) = n

X

i=1

ei(ei(f))(p).

Em coordenadas, temos a seguinte express˜ao para

∆f = √ 1

detg n

X

i,j=1 ∂ ∂xi

(pdetggij ∂f ∂xj

)

1.4

O Hessiano de uma fun¸

ao

Defini¸c˜ao 5. Seja f : N R uma fun¸c˜ao suave.O Hessiano f ´e um campo de

operadores lineares definido por:

(Hessf)p :TpN → TpN

v (Hessf)p(v) =∇v∇f.

Segue das propriedades de conex˜ao Riemanniana que se X ´e qualquer extens˜ao de v a uma vizinhan¸ca de pem N, ent˜ao

(Hessf)p(v) = (X∇f)(p).

Proposi¸c˜ao 4. Se f : N R ´e uma fun¸c˜ao suave e p N, ent˜ao temos que

(Hessf)p :TpN →TpN ´e um operador autoadjunto.

Demonstra¸c˜ao. Se v, w TpN eV,W denotam, respectivamente, extens˜oes de v, w a campos definidos em uma vizinhan¸ca de pN, ent˜ao

h(Hessf)p(v), wi = h∇V∇f, Wip

= (Vh∇f, Wi)(p)− h∇f,VWip = (V(W f))(p)− h∇f,WV + [V, W]ip

= (W(V f))(p) + ([V, W]f)(p)− h∇f,WV + [V, W]ip = (W(V f))(p)− h∇f,WVip

(16)

9

Proposi¸c˜ao 5. Se f :N R ´e uma fun¸c˜ao suave, ent˜ao:

∆f =tr(Hessf).

Demonstra¸c˜ao. Para cada pontopN, sejaU N uma vizinhan¸ca deponde esteja definido um referencial ortonormal m´ovel{e1, . . . , en}. Ent˜ao

tr(Hessf)p = h(Hessf)p(ei), eii = h∇ei∇f, eii = div(f)(p) = ∆f(p).

1.5

Tensores e curvaturas

Defini¸c˜ao 6. A curvatura de Riemann denotada por R, de uma variedade Rieman-nianaN ´e uma correspondˆencia que associa a cada parX, Y X(N), uma aplica¸c˜ao

R(X, Y)Z =Y∇XZ− ∇X∇YZ+∇[X,Y]Z,

com ZX(N)e ´e a conex˜ao Riemanniana de N.

Definida a curvatura de Riemann, temos que a mesma satisfaz

R(X, Y)Z+R(Y, Z)X +R(Z, X)Y = 0, conhecida como Primeira identidade de Bianchi.

Considereenum vetor unit´ario emTpN e seja{e1, . . . , en−1}uma base ortonormal do hiperplano deTpN ortogonal a en.

A curvatura de Ricci na dire¸c˜ao en em p ´e dada por

Ricp(en) = 1 n1

X

i

hR(en, ei), en, eii

com i= 1, . . . , n1.

Defini¸c˜ao 7. Um tensor covariante T de ordem r em uma variedade Riemanniana ´e uma aplica¸c˜ao multilinear T :X(N)×X(N)×. . .×X(N)

| {z }

r−vezes

→ D(N) tal que dados

Y1, . . . , Yr ∈ X(N), T(Y1, . . . , Yr) ´e uma fun¸c˜ao diferenci´avel em N, onde D(N)

(17)

Usando a defini¸c˜ao de tensores em variedades Riemannianas obtemos:

Exemplo 1.

O tensor m´etrico g :X(N)×X(N)→ D(N) ´e definido por

g(X, Y) =hX, Yi, X, Y X(N).

Exemplo 2.

O tensor curvatura R:X(N)×X(N)×X(N)×X(N)D(N) ´e definido por

R(X, Y, Z, W) =hR(X, Y)Z, Wi, X, Y, Z, W X(N),

o qual ´e um tensor de ordem 4. O tensor curvatura de Riemann satisfaz `as seguintes propriedades:

(1) R(X, Y, Z, W) =R(Y, X, Z, W) =R(Y, X, W, Z); (2) R(X, Y, Z, W) =R(Z, W, X, Y);

Exemplo 3.

O tensor curvatura de Ricci, Ric :X(N)×X(N)→ D(N), ´e definido por

Ric(X, Y) =tr{Z R(X, Z)Y}, onde X, Y, Z X(N).

Em particular tomando uma base ortonormal {e1, . . . , en}de TpN temos

Ric(v, w) = n

X

i=1

R(v, ei, w, ei) = n

X

i=1

R(w, ei, v, ei) =Ric(w, v),

e, portanto, o tensor de Ricci ´e uma forma bilinear sim´etrica.

Exemplo 4.

Seja f D(N). O tensor Hessiano de f, denotado por D2f :X(N)×X(N) D(N) ´e definido por

D2f(X, Y) =h∇X∇f, Yi

(18)

Cap´ıtulo 2

Resultados Importantes

2.1

Sobre uma hipersuperf´ıcie mergulhada em

S

n

Nesta se¸c˜ao, mostraremos que o mergulho de uma hipersuperf´ıcie M compacta, co-nexa e orient´avel na esferaSn,divide a esfera Sn em duas componentes conexas, que

tˆem M como fronteira em comum. Para tal prova, ser´a necess´ario o uso do seguinte teorema.

Teorema 4(Teorema de Jordan-Brouwer para hipersuperf´ıcies orient´aveis).

Seja M Rn uma hipersuperf´ıcie fechada, conexa e orient´avel. Ent˜ao o

comple-mento Rn M possu´ı duas componentes conexas, que tˆem M como fronteira em

comum.

Seja φ : Mn−1 Sn o mergulho de uma hipersuperf´ıcie compacta, conexa e orient´avel. Considere p Sn de tal forma que p n˜ao perten¸ca φ(M). Al´em disso,

Considere a proje¸c˜ao estereogr´afica π :Sn− {p} →Rn, que ´e um difeomorfismo. ´E

f´acil ver que ψ = πφ´e um mergulho. Pelo Teorema de Jordan-Brouwer, ψ divide

Rn em duas componentes conexas, as quais tˆem M como fronteira comum. Logo o

mergulhoφdivide oSn−{p}em duas compoentes conexas, caso contr´ario o mergulho

ψ n˜ao teria duas componentes conexas. Portando, φ : Mn−1 Sn− {p} tem duas componentes conexas. Seja Ω1a componente tal quep∈Ω1. Se adicionarmos o ponto p`a Ω1 ela continuar´a sendo conexa. Dessa forma o mergulho de uma hipersup´erficie compacta, orient´avel e conexa M na esferaSndivide a esferaSnem duas componentes

conexa cujas fronteiras s˜ao M.

(19)

2.2

alculo do espectro de

S

n

(1)

Nesta se¸c˜ao, apresentamos o c´alculo do espectro da esfera

Sn={xRn+1;||x||2 = 1}

munida da m´etrica canˆonica na qual possui curvatura seccional igual a 1.

Sejam P : Rn+1 R um polinˆomio e seja p = P|Sn a restri¸c˜ao de P `a esfera

Sn. Considere i = (i1, . . . , in+1) onde ik Z+ s˜ao multi-´ındices, dados um vetor

x = (x1, . . . , xn+1) ∈ Rn+1 e um multi-´ındice i ∈ Z+ formamos um monˆomio xi fazendo xi= xi1

1 . . . x in+1

n+1.

Denotemos por ai =ai1...in+1 eµ=|i|= i1+. . .+in+1. Deste modo, o polinˆomio

de grau mem Rn+1´e da forma

P(x) = X µ6m

aixi.

Teorema 5. Seja P : Rn+1 R e considere sua restri¸c˜ao p= P|Sn. Suponha que

p(x) =X µ6m

aixi, temos ent˜ao

∆p=X µ6m

µ(n+µ1)aixi+ ∆◦P,

onde ∆◦ =

n+1

X

k=1 ∂2 ∂x2

k

denota o Laplaciano em Rn+1. Portanto, para um polinˆomio

homogˆeneo harmˆonico de grau m teremos ∆◦P = 0e µ= m.

Corol´ario 2. Seja P(x) = X µ6m

aixi um polinˆomio harmˆonico homogˆeneo de grau m

em Rn+1 e p=P|

Sn, ent˜ao

∆p+m(n+m1)p= 0.

Defini¸c˜ao 8. O Espectro deSn, denotado por Spec(∆) ´e definido por:

Spec(∆) ={λR; ∆f +λf = 0},

(20)

13

Neste caso, os valores de λ s˜ao conhecidos como os autovalores do Laplaciano da f e as fun¸c˜oes f que satisfazem ∆f +λf = 0 s˜ao conhecidas como as autofun¸c˜oes associadas a λ. Nosso objetivo ´e calcular o primeiro autovalor do Laplaciano de Sn.

As seguintes defini¸c˜oes podem ser encontradas em [6].

Defini¸c˜ao 9. Seja β C(X,R). Dizemos que β ´e um conjunto que separa pontos

se x, y X, com x6= y, existef β tal quef(x)6=f(y).

Defini¸c˜ao 10. Dizemos queβ´e uma ´algebra seβ´e um subespa¸co vetorial deC(X,R)

tal que f.gβ.

Teorema 6(Teorema de Stone-Weierstrass). SejaX um espa¸co compacto Haus-dorff. Se β ´e uma sub´algebra fechada de C(X,R) que separa pontos, ent˜ao β =

C(X,R) ou β={f C(X,R);f(x0) = 0}, para algum x0 X.

Corol´ario 3. Suponha β uma sub´algebra de C(X,R) que separa pontos. Se existir

umx0 ∈Xtal quef(x0) = 0, ∀f ∈β, ent˜aoβ´e denso em{f ∈C(X,R);f(x0) = 0}.

Caso contr´ario, β ´e denso em C(X,R).

Considere o caso particular em que X = Sn, portanto compacta e Hausdorff, e sendoβ o conjunto dos polinˆomios p(x), harmˆonicos homogˆeneos restritos `a Sn.

Observe que ao tomarmos a, b Sn tais que na coordenada i tenhamos que a= (x1, . . . , y, . . . , xn, xn+1) eb= (x1, . . . , z, . . . , xn, xn+1), comy 6=z ∈R, portanto a 6= b Sn. Logo, considere o polinˆomiop(x) β tal que, para x Sn, p(x) =xi.

Assim, p(a) 6= p(b), logo β ´e um conjunto que separa pontos. Observe tamb´em que dados quaisquer dois polinˆomios pi, pk β temos que pi + pk C(Sn,R) e

pi.pk C(Sn,R), logo β ´e uma ´algebra fechada de C(Sn,R).

Pelo Teoreoma de Stone-Weierstrass, o caso β = {f C(Sn,R);f(x0) = 0} n˜ao

pode acontecer, pois teremos p(x0) = 0 para todop∈β se e s´o se x0 = (0,0, ...,0). Masx0n˜ao pertence `aSn, portanto pelo corol´ario 2 temos queβ´e denso em C(Sn,R). Dessa forma, podemos concluir que de fato a restri¸c˜ao dos polinˆomios harmˆonicos, homogˆeneos definidos emSnnos fornecem todas as autofun¸c˜oes do Laplaciano deSn,

pois pelo corol´ario, toda autofun¸c˜aof :Sn Rpossui uma sequˆencia de polinˆomios

emβ convergindo paraf. Dessa forma temos

Spec(∆) ={λmR;λm= m(n+m1);mZ+}.

Em particular (λm) forma uma sequˆencia tal que 0 =λ0< λ1< . . . <ր ∞.

Para um sistema de coordenadas conforme numa hipersuperf´ıcieSnRn+1, tome

(21)

Considere em Sn um sistema de coordenadas dado pela proje¸c˜ao estereogr´afica

via p´olo norte, isto ´e,

φ(x) =φ1(x), . . . , φn+1(x)

= 2x 1 +|x|2,

|x|21 1 +|x|2

,

onde x= (x1, . . . , xn).

Seja 2λ−1 = 1 +|x|2, segue que 2(λ−11) =|x|21. Assim, podemos escrever

φ(x) = (λx,1λ) e note que

∂ ∂xi

(λ) = ∂ ∂xi

( 2 1 +|x|2) =

−2(2xi)

(1 +|x|2)2 = −λ 2x

i. Obtemos assim,

∂φ ∂xi =

n

X

j=1 (∂λ

∂xixj+λ ∂xj ∂xi)ej−

∂λ ∂xien+1

= n

X

j=1 (∂λ

∂xixj +λδij)ej − ∂λ

∂xien+1 (2.1)

onde ei denota o i-´esimo vetor canˆonico no Rn+1.

Dessa forma, por (2.1), temos

∂φ ∂xi

= n

X

j=1

(λ2xixj+λδij)ej+λ2xien+1 = n

X

j=1

λ2(λ−1δij −xixj)ej+λ2xien+1.

Logo, para i= 1, . . . , n, temos ∂φi ∂xj

=λ2(λ−1δij−xixj) e para i=n+ 1

∂φn+1 ∂xj

(22)

15

h∂φ

∂xi , ∂φ

∂xji

=λ2δij.

Para isto, veja que h∂xi∂φ,∂xj∂φi

= hλ2 n

X

l=1

(δilλ−1−xixl)el+λ2xien+1, λ2 n

X

k=1

(δjkλ−1−xjxk)ek+λ2xjen+1i

= hλ2 n

X

l=1

(δilλ−1−xixl)el, λ2 n

X

k=1

(δjkλ−1−xjxk)eki+λ4xixj

= λ4 n

X

k=1

(δikλ−1xixk)(δjkλ−1xjxk)ek) +λ4xixj

= λ4(λ−2 n

X

k=1

δikδjk− n

X

k=1

δikλ−1xjxk − n

X

k=1

δjkλ−1xixk+ n

X

k=1

xixjx2k) +λ4xixj

= λ4(λ−2δ

ij−2λ−1xixj+xixj|x|2) +λ4xixj = λ4xixj(1−2λ−1+|x|2) +λ2δij.

Como (12λ−1+|x|2) = 0, a express˜ao acima torna-se:

h∂φ

∂xi , ∂φ

∂xji

=λ2δij.

Portantoφ:Rn Sn ´e um sistema de coordenadas conforme cobrindo Sn menos

o p´olo norte, analogamente obtemos um sistema de coordenadas cobrindoSn menos

o p´olo sul.

Nesse sistema de coordenadas temos

gij =λ2δij, e, consequentemente

(23)

∇f = n

X

i,j=1 gij ∂f

∂xj ∂ ∂xi = n X i,j=1 λ−2δij

∂f ∂xj

∂ ∂xi

= λ−2 n X i,j=1 δij ∂f ∂xj ∂ ∂xi . Al´em disto,

∆f = 1 detg n X i,j=1 ∂ ∂xi

(pdetggij ∂f ∂xj

)

= p 1

det[λ2δij] n X i,j=1 ∂ ∂xi( q

det[λ2δij−2δij ∂f ∂xj) = 1 λn n X i,j=1 ∂ ∂xi

(λnλ−2δ ij ∂f ∂xj ) = 1 λn n X i,j=1 ∂ ∂xi(λ

n−2δij ∂f ∂xj) =

1 λn n X i=1 ∂ ∂xi(λ

n−2∂f ∂xi) = 1 λn n X i=1

(n2)λ−3∂λ ∂xi ∂f ∂xi + 1 λn n X i=1 λn−2∂

2f ∂x2 i )

= (n2)λ−3h∇λ,fi+λ−2 n

X

i=1 ∂2f ∂x2 i .

Portanto,

∆f =λ−2X i

∂2f

∂x2i + (n−2)λ

−3

(24)

17

Agora, paraX = n

X

i=1 ai ∂

∂xi temos

divX = 1 detg

n

X

i=1 ∂ ∂xi

(pdetgai) = p 1

det[λ2δ ij]

n

X

i=1 ∂ ∂xi

(

q

det[λ2δij]ai)

= 1 λn

n

X

i=1 ∂ ∂xi

(λnai),

portanto,

divX = 1 λn

n

X

i=1 ∂ ∂xi

(λnai).

Lema 2. Sejaφ(x) = (φ1(x), . . . , φn+1(x)) = (1+2x|x|2,

|x|2

−1

1+|x|2)o sistema de coordenadas dadas previamente em Sn e X

j = ∂xj∂φ. Ent˜ao, as seguintes rela¸c˜oes s˜ao verdadeiras:

(a) φi =λ−2 n

X

j=1

(λδij−φiφj)Xj para i= 1, . . . , n;

(b) φn+1=λ−1 n

X

j=1 φjXj;

(c) h∇φi,∇φji=δij−φiφj, para algum i, j. Em particular, temos n+1

X

i=1

|∇φi|2 =n;

(25)

Demonstra¸c˜ao.

(a)

∇φi = λ−2 n

X

j=1 ∂φi ∂xj

Xj

= λ−2 n

X

j=1

λ2(δijλ−1−xixj)Xj

= λ−2 n

X

j=1

(δijλ−λ2xixj)Xj

= λ−2 n

X

j=1

(δijλφiφj)Xj.

(visto queλxi =φi) (b)

∇φn+1 = λ−2 n

X

j=1 ∂φn+1

∂xj Xj

= λ−2 n

X

j=1

λ2xjXj

= λ−1 n

X

(26)

19

(c) Dividimos esse item em 3 casos.

1o

caso:16i, j6n

h∇φi,φji = hλ−2 n

X

k=1

(λδikφiφk)Xk, λ−2 n

X

l=1

(λδjlφjφlXl)i

= λ2[λ−4 n

X

k=1

(λδik−φiφk)(λδjk−φjφk)]

= λ−2 n

X

k=1 [λ2δ

ikδjk−λδikφjφk−λδjkφiφk+φiφjφ2k] = λ−2[λ2δij−2λφiφj+φiφj(1−φ2n+1)]

= δij−2λ−1φiφj+φiφjλ−2(1−φ2n+1) = δij+φiφj(2λ−1+λ−2(1φ2n+1)) = δij+φiφj(−2λ−1+λ−2(1−(1−λ)2)) = δij+φiφj(1)

= δij−φiφj. 2o

caso: i, j=n+ 1

h∇φn+1,φn+1i = hλ−1 n

X

j=1

φjXj, λ−1 n

X

j=1 φjXji

= λ2λ−2 n

X

i=1 φ2i =

n

X

i=1 φ2i

= 1φ2n+1

(27)

3o

caso: 16i6n, j =n+ 1

h∇φi,∇φn+1i = hλ−2 n

X

k=1

(λδik−φiφk)Xk, λ−1 n

X

j=1 φjXji

= λ−2λ−1λ2 n

X

k=1

(λδik−φiφk)φk

= λ−1 n

X

k=1

λδikφkλ−1 n

X

k=1 φiφk2

= n

X

k=1

δikφk−λ−1 n

X

k=1 φiφk2

= φi−λ−1φi(1−φn+12) = φi−λ−1φi+λ−1φiφn+12 = λxi−xi+xi(1−λ)2 = λxixi+xi(12λ+λ2) = λxi−xi+xi−2λxi+xiλ2 = λxi+xiλ2 =−λxi(1−λ) = λxiφn+1=δi,n+1−φiφn+1.

Em particular, n+1

X

i=1

|∇φi|2 =n. De fato,

n+1

X

i=1

|∇φi|n+1 = n+1

X

i=1

h∇φi,∇φii= n+1

X

i=1

(δij−φiφi)

= n+1

X

i=1

(28)

21

(d) Dividiremos esse item em 2 casos.

1o

Caso: 06i6n ∆φi = div(∇φi)

= divλ−2 n

X

j=1

(λδij −φiφj)Xj

= div

Xn j=1

(λ−1δij λ−2φiφj)Xj = div

n

X

j=1

(λ−1δij −xixj)Xj

= λ−n n

X

j=1 ∂ ∂xj(λ

n−1δij

−xixj))

= λ−n n

X

j=1 ∂ ∂xj

(λn−1δij−λnxixj)

= λ−n n

X

j=1

[(n1)λn−2 ∂λ

∂xjδij −nλ n−1∂λ

∂xjxixj −λ nδ

ijxj−λnxi]

= n

X

j=1

[(n1)λ−2 ∂λ ∂xj

δij −nλ−1 ∂λ ∂xj

xixj−δijxj−xi].

Substituindo a express˜ao ∂λ

∂xj =−λ 2x

j, temos

= n

X

j=1

[(n1)λ−2λ2xjδij +nλ−1λ2xix2j δijxjxi]

= n

X

j=1

[(n1)xjδij−nλxix2j +δijxj+xi]

= n

X

j=1

[nxjδijxjδij nλxix2j+δijxj +xi]

(29)

= 2nxi+nλxi|x|2 = 2nxi+

2

1 +|x|2

nxi.|x|2

= 2nxi( |x| 2

1 +|x|2 −1) = 2nxi

1 +|x|2 = nλxi = nφi.

Portanto, ∆φi+nφi = 0 parai= 1, . . . , n. 2o

Caso: para i=n+ 1

∆φn+1 = div(∇φn+1) = div

λ−1 n

X

j=1 φjXj

= div n

X

j=1

λ−1φjXj

= λ−n n

X

j=1 ∂ ∂xj(λ

nλ−1φj)

= λ−n n

X

j=1 ∂ ∂xj

(λn−1φj)

= λ−n n

X

j=1 ∂ ∂xj(λ

nxj)

= λ−n n

X

j=1

(nλn−1∂λ ∂xj

xj+λn)

= n

X

j=1

(nλ−1 ∂λ ∂xj

xj+ 1)

= n

X

j=1

(30)

23

= n

X

j=1

(1nλx2j)

= n|x|2 = n(1λ|x|2) = n1 2

1 +|x|2|x|

2

= n

1− |x|2 1 +|x|2

= nφn+1. Portanto, ∆φn+1+nφn+1= 0

Proposi¸c˜ao 6. Sejam f1, . . . , fm fun¸c˜oes diferenciaveis denifidas na variedade N,

ent˜ao o gradiente e o Laplaciano da fun¸c˜ao produto

m

Y

i=1

fi = f1. . . fm satisfazem `as

seguintes rela¸c˜oes:

(I) (f1. . . fm) =

X

16i6m

f1. . .∇fi. . . fm.

(II) ∆(f1. . . fm) =

X

16i6m

f1. . .∆fi. . . fm+ 2

X

16i<j6m

h∇fi,∇fjif1. . .fbi. . .fbj. . . fm.

Demonstra¸c˜ao.

(I)

∇(f1. . . fm) = n

X

i,j=1 gij ∂

∂xj

(f1. . . fm) ∂ ∂xi

= n

X

i,j=1 gij

∂f1 ∂xj

f2. . . fm+. . .+f1. . . fm−1 ∂fm

∂xj

∂ ∂xi

= n

X

i,j=1 gij∂f1

∂xj ∂ ∂xi

f2. . . fm+. . .+ n

X

i,j=1

gijf1. . . fm−1 ∂fm

∂xj ∂ ∂xi = (f1)f2. . . fm+. . .+f1. . . fm−1(∇fm)

= X

16i6m

(31)

(II)

∆(f1. . . fm) = 1 √ detg n X i,j=1 ∂ ∂xi

[pdetg gij ∂ ∂xj

(f1. . . fm)]

= 1 detg n X i,j=1 ∂ ∂xi[ p

detg gij(∂f1

∂xjf2. . . fm+. . .

+√1

detg n X i,j=1 ∂ ∂xi

[pdetg gijf1. . . fm−1 ∂fm

∂xj ]

= 1 detg n X i,j=1 ∂ ∂xi[ p

detg gij∂f1

∂xjf2. . . fm] +. . .

+√1

detg n X i,j=1 ∂ ∂xi

[pdetg gijf1. . . fm−1 ∂fm

∂xj ]

= 1 detg n X i,j=1 ∂ ∂xi

[pdetg gij∂f1 ∂xj

f2. . . fm] +. . .

+√1

detg n X i,j=1 ∂ ∂xi

[pdetg gijf1. . . fm−1 ∂fm ∂xj ] = n X i,j=1 gij∂f1

∂xj ∂ ∂xi

(f2. . . fm) +. . .+ n

X

i,j=1

gij∂fm ∂xj

∂ ∂xi

(f1. . . fm−1)

+√1

detg n X i,j=1 ∂ ∂xi

[pdetg gij∂f1 ∂xj

]f2. . . fm+. . .

+1 detg n X i,j=1 ∂ ∂xi

[pdetg gij∂fm ∂xj

]f1. . . fm−1

= n

X

i,j=1 gij∂f1

∂xj ∂f2 ∂xi

f3. . . fm+. . .+ n

X

i,j=1 gij∂f1

∂xj ∂fm

∂xi

f2. . . fm−1+. . .

= n

X

i,j=1

gij∂fm ∂xj

∂f1 ∂xi

f2. . . fm−1+. . .

+ n

X

i,j=1

gij∂fm ∂xj

∂fm−1 ∂xi

f1. . . fm−2

(32)

25

= 2 X 16i<j6m

h∇fi,∇fjif1. . .fbi. . .fbj. . . fm+

X

16i<j6m

f1. . .∆fi. . . fm.

Corol´ario 4. Considerando fi = f, ∀ i = 1, . . . , n, ficaremos com as seguintes

express˜oes:

(A) fm =mfm−1f

(B) ∆fm =mfm−1∆f +m(m1)fm−2h∇f,fi.

Demonstra¸c˜ao.

(A)

∇(fm) =(f . . . f) = X 16i6m

f . . .f . . . f =mfm−1f.

(B)

∆(fm) = div(

∇fm) = div(mfm−1f)

= mfm−1div(f) +h∇f,(mfm−1)i = mfm−1∆f +h∇f, m(m1)fm−2

∇fi = mfm−1∆f +m(m1)fm−2h∇f,fi.

Agora fazendo f = φi em (B), temos ∆φm

i = mφmi −1∆φi+m(m−1)φmi −2h∇φi,∇φii. Como h∇φi,∇φii= 1−φ2i e ∆φi =−nφi, temos:

∆φm

i = −mφmi −1nφi+m(m−1)φmi −2(1−φ2i) = nmφmi m2φmi +mφmi +m(m1)φmi −2 = mφmi (n+m1) +m(m1)φm−2

(33)

Observe que ∆xi= ∆(xi1

1 . . . x in+1

n+1). Da´ı, ∆xi = X

16k6n+1 xi1

1 . . . x ik k . . . x

in+1

n+1

+2 X 16k<l6n+1

h∇xik k , x

il lix

i1

1 . . .xc ik k . . .xc

il l. . . . x

in+1

n+1.

Portanto, ∆φi =−µ(n+µ−1)xi+ ∆φ0xi, onde ∆oφ= n+1

X

k=1 ∂2 ∂φ2

k .

Assim, se P(x) = X µ6m

aixi ´e um polinˆomio em Rn+1 e p ´e a sua restri¸c˜ao a Sn ent˜ao,

∆p= X µ6m

(34)

Cap´ıtulo 3

Resultados Principais

Inicialmente escolheremos o dom´ınio Ω entre Ω1 e Ω2, considerado de tal forma que

R

Ωh>0. Com esta escolha denotaremos porCψ∞(Ω) o conjunto de todas as fun¸c˜oes f : Ω R que estende ψ :∂Ω R. Usaremos a vers˜ao integral da f´ormula

Ricci-Bochner-Lichnerowicz como principal ferramenta para obter o resultado desejado. Esta f´ormula foi provada por Reilly em [9] e afirma que para uma fun¸c˜aof Cψ∞(Ω) o seguinte resultado ´e v´alido:

Z

ΩL

f =

Z

∂Ω

h

2∂f

∂ν∆ψ+h(∇ψ,∇ψ) +nH

∂f

∂ν

2i

, (3.1)

onde Lf = (∆f)2Ric(f,f)− |∇2f|2. Em particular se ψ=ϕ e pondo λ=λ 1 n´os temos

Z

ΩL

f =

Z

∂Ω

h

−2λϕ∂f

∂ν +h(∇ϕ,∇ϕ) +nH

∂f

∂ν

2i

. (3.2)

Quando o mergulho for m´ınimo, aplicando a f´ormula de Reilly (3.2) `a uma fun¸c˜ao uobtemos, por um lado, RLu=R∂Ω2λϕ∂u

∂ν +h

, pois H = 0. Considere ϕ= u ao longo do bordo, portanto: RLu = 2λR∂Ωu∂u∂ν +R∂Ωh. Como Rdiv(uu) =

R

Ω|∇u|2+

R

Ωu.∆u, no caso particular em que ∆u = 0 em Ω, segue do Teorema da Divergˆencia que Z

|∇u|2 =

Z

div(uu) =

Z

∂Ω u∂u

∂ν.

Portanto, Z

ΩL

u=

Z

Ω|∇

u|2+

Z

∂Ω h.

(35)

Por outro lado, por defini¸c˜ao, RLu=RRic(u,u)R|∇2u|2 . A curva-tura de Ricci da esfera euclidiana Sn+1Rn+2 ´e igual an logo,

Z

Ric(u,u) =n

Z

Ω|∇

u|2.

Portanto, Z

ΩL

u=n

Z

Ω|∇

u|2

Z

Ω|∇

2u

|2. Assim obtemos a seguinte identidade

(2λn)

Z

Ω|∇

u|2 =

Z

Ω|∇

2u

|2+

Z

∂Ω

h. (3.3)

Seja ϕ : Mn R a primeira autofun¸c˜ao do Laplaciano de M. De acordo com

nossa escolha a fun¸c˜aou deve satisfazer o seguinte problema de Dirichlet:

∆u= 0, em Ω

u= ϕ, em ∂Ω. (3.4)

Denotaremos por ∆ eo Laplaciano e o gradiente em Ω respectivamente; e por ∆ e o Laplaciano e o gradiente em∂Ω. Com a finalidade de auxiliar na prova de nosso resultado, estabelecemos um conjunto de lemas nessa se¸c˜ao.

Lema 3. Dada f C∞

ϕ (Ω)temos:

(1) Rh∇f,ui=R|∇u|2;

(2) R|∇f|2 =R|∇f − ∇u|2+R|∇u|2;

(3) Em particular, se definirmos cosθf pela identidade

h∇f,ui= cosθf

qR

Ω|∇f|2

qR

Ω|∇u|2 entˆao

R

Ω|∇f|2 = 1 cos2θ

f

R

Ω|∇u|2;

(4) Em adi¸c˜ao, se Mn

⊂ Sn+1 ´e uma hiperfuperf´ıcie minimamente mergulhada

ent˜ao(2λn)R|∇f|2=R

Ω(∇2f)2−

R

Ω(∆f + 2λf)∆f +

R

(36)

29

Demonstra¸c˜ao.

(1)

R

Ωh∇f,∇ui=

R

Ωdiv(f∇u) =

R

∂Ωϕ ∂u ∂ν =

R

Ω|∇u| 2.

(2)

Usando o Teorema da Divergˆencia, temos

Z

|∇f|2+

Z

f∆f =

Z

div(ff) =

Z ∂Ω f∂f ∂ν = Z ∂Ω ϕ∂f ∂ν e Z Ωh∇

u,fi+

Z

u∆f =

Z

div(uf) =

Z ∂Ω u∂f ∂ν = Z ∂Ω ϕ∂f ∂ν. Segue que Z Ω|∇

f|2=

Z ∂Ω ϕ∂f ∂ν − Z Ω

f∆f =

Z

u∆f +

Z

Ωh∇

u,fi −

Z

Ω f∆f.

Por outro lado,

Z

div((f u)(f u)) =

Z

(f u)∆(f u) +

Z

Ω|∇

f − ∇u|2.

Comof =uem ∂Ω, temos

Z

div((f u)(f u)) =

Z

∂Ω

(f u)h∇(f u), vi= 0.

Logo,

Z

Ω|∇

f − ∇u|2=

Z

(uf)(∆f ∆u) =

Z Ω u∆f Z Ω f∆f.

Portanto, usando o item (1), temos que

Z

Ω|∇

f|2 =

Z ∂Ω ϕ∂f ∂ν − Z Ω

f∆f =

Z

u∆f +

Z

Ωh∇

u,fi −

Z Ω f∆f = Z Ω|∇

f − ∇u|2+

Z

Ω|∇

(37)

(3)

Usando o item (1) deste lema obtemos,

Z

Ω|∇

u|2= cosθf

sZ

Ω|∇

f|2

Z

Ω|∇

u|2 1 cosθ2

f

Z

Ω|∇

u|22=

Z

Ω|∇

f|2

Z

Ω|∇

u|2.

Simplificando por R|∇u|2 concluimos a prova do item. (4)

Da prova do item (2) temos

Z ∂Ω ϕ∂f ∂ν = Z Ω|∇

f|2+

Z

f∆f. (3.5)

Substituindo a igualdade em (3.2) no caso ondeH = 0 temos

Z ΩL f = Z ∂Ω 2∂f

∂ν∆ϕ+h

=

Z ∂Ω ϕ∂f ∂ν + Z ∂Ω h Z ΩL

f =

Z

f∆f +|∇f|2

+ Z ∂Ω h Z Ω

Lf =

Z

|∇f|2+

Z

f∆f +

Z

∂Ω h.

Por outro lado,

Z

Lf =

Z

(∆f)2Ric(f,f)− |∇2f|2

Z

ΩL

f =

Z

(∆f)2n

Z

Ω|∇

f|2

Z

Ω|∇

2f

|2.

Combinando esses dois resultados temos

(2λn)

Z

Ω|∇

f|2 =

Z

(2f)2

Z

(∆f + 2λf)∆f +

Z

∂Ω h

(38)

31

Antes de continuarmos, relembremos o seguinte resultado: Se S, T :H → H s˜ao dois operadores definidos sobre um espa¸co de HilbertH, definimos o produto interno entre os dois operadores por

hS, Ti=tr(ST∗), (3.6) onde tr denota o tra¸co e denota a opera¸c˜ao adjunta.

Dada uma fun¸c˜ao diferenci´avel f : ΩR, vamos considerar o operador de tra¸co

nulo associado ao Hessiano de f definido por φf = ∇2f − n+1∆fI, onde I denota a identidade emT(Ω). Consequentemente temos,

|φf|2 = hφf, φfi = h∇2f ∆f

n+ 1I,∇ 2f

− ∆f

n+ 1Ii = |∇2f|22 ∆f

n+ 1

h∇2f, Ii+ ∆f n+ 1

2

hI, Ii

= |∇2f|22 ∆f n+ 1

tr(2f I∗) + ∆f n+ 1

2

tr(II∗)

= |∇2f|22 ∆f n+ 1

tr(2f) + ∆f n+ 1

2 tr(I)

= |∇2f|22(∆f)

n+ 1(∆f) +

∆f

n+ 1

2

(n+ 1)

= |∇2f|22(∆f) 2

n+ 1 +

(∆f)2

(n+ 1)2(n+ 1),

ent˜ao temos a seguinte identidade

|φf|2 =|∇2f|2− (∆f)2

n+ 1. (3.7)

Lema 4. Suponha queMn

⊂Sn+1 ´e uma hipersuperf´ıcie m´ınima mergulhada. Dada f C∞

ϕ (Ω) tal que

R

∂Ωϕ ∂f

∂ν = 0, os itens abaixo s˜ao v´alidos.

(1) R(∆f)2 =nR

Ω|∇f|2+

R

Ω|∇2f|2+

R

∂Ωh;

(2) R|∇2f|2>R Ω|∇f|

2;

(3) (nλ)R|∇u|2+R

∂Ωh= −

R

Ωh∇2f,∇2ui=−

R

(39)

(4) λR|∇u|2 =R|∇2u|2R

Ωh∇2f,∇2ui.

Demonstra¸c˜ao.

(1)

Sabemos que

Z

Ω|∇

f|2+

Z

f∆f =

Z

div(ff) =

Z ∂Ω f∂f ∂ν = Z ∂Ω ϕ∂f

∂ν = 0. Da´ıRf∆f =R|∇f|2. Pelo item (4) do 3 segue que

Z

Ω|∇

f|2n

Z

Ω|∇

f|2=

Z

Ω|∇

2f

|2−

Z

(∆f)2+ 2λ

Z

f∆f +

Z ∂Ω h, donde obtemos Z Ω

(∆f)2=n

Z

Ω|∇

f|2+

Z

Ω|∇

2f

|2+

Z

∂Ω h.

(2)

De (3.7) deduzimos a seguinte desigualdade,

(n+ 1)

Z

|∇2f|2 >

Z

(∆f)2 =n

Z

|∇f|2+

Z

|∇2f|2+

Z ∂Ω h. Portanto, n Z Ω|∇ 2f

|2 > n

Z

Ω|∇

f|2+

Z

∂Ω h>n

Z

Ω| ∆f|2

e podemos concluir ent˜ao R|∇2f|2>R

Ω|∇f|2. (3)

Note que f =uem ∂Ω e ∆u= 0 em Ω. Por (3.2) temos que RL(f u) = 0. Consequentemente,

0 =

Z

∆f ∆u2

Z

Ric((f u),(f u))

Z

(40)

33

Da´ı, Z

(∆f)2= n

Z

Ω|∇

f − ∇u|2+

Z

Ω|∇

2f

− ∇2u|2.

Pelo item (1),

n

Z

|∇f|2+

Z

|∇2f|2+

Z

∂Ω

h = n

Z

|∇f − ∇u|2+

Z

|∇2f − ∇2u|2

= n

Z

Ω|∇

f|22n

Z

Ωh∇

f,ui+n

Z

Ω|∇

u|2

+

Z

Ω|∇

2f

|2−2

Z

Ωh∇

2f,

∇2ui+

Z

Ω|∇

2u

|2.

Simplificando,

Z

∂Ω

h = 2n

Z

Ωh∇

f,ui+n

Z

Ω|∇

u|22

Z

Ωh∇

2f,

∇2ui+

Z

Ω|∇

2u

|2

= 2n

Z

Ω|∇

u|2+n

Z

Ω|∇

u|22

Z

Ωh∇

2f,

∇2ui+

Z

Ω|∇

2u

|2

= n

Z

|∇u|22

Z

h∇2f,2ui+

Z

|∇2u|2.

Portanto,

Z

∂Ω

h=n

Z

Ω|∇

u|22

Z

Ωh∇

2f,

∇2ui+

Z

Ω|∇

2u

|2. (3.8)

Usando a equa¸c˜ao (3.3) temosR|∇2u|2 = (2λn)R

Ω|∇u|2−

R

∂Ωh. Assim,

Z

∂Ω

h = n

Z

Ω|∇

u|22

Z

Ωh∇

2f,

∇2ui+ (2λn)

Z

Ω|∇

u|2

Z

∂Ω h

= 2

Z

Ωh∇

2f,

∇2ui+ 2(λn)

Z

Ω|∇

u|2

Z

∂Ω h

Z

∂Ω

h =

Z

Ωh∇

2f,

∇2ui+ (λn)

Z

Ω|∇

(41)

Logo, (nλ)R|∇u|2R∂Ωh=Rh∇2f,2ui. Mas,

hφf,∇2ui = h∇2f − ∆f n+ 1I,∇

2f

i

= h∇2f,2ui − ∆f n+ 1hI,∇

2u

i

= h∇2f,2ui − ∆f n+ 1∆u.

Integrando sobre Ω e lembrando que ∆u= 0 em Ω temos

(nλ)

Z

|∇u|2+

Z

∂Ω h=

Z

h∇2f,2ui=

Z

hφf,∇2ui.

(4)

Aplicando (3.3) ao item (3) deste lema temos

Z

Ωh−∇

2f,

∇2ui = (nλ)

Z

Ω|∇

u|2+

Z

∂Ω h

= (nλ)

Z

Ω|∇

u|2+ (2λn)

Z

Ω|∇

u|2

Z Ω|∇ 2u |2 = λ Z Ω|∇

u|2

Z

Ω|∇

2u

|2.

Logo,

Z

Ω|∇

2u

|2+

Z

Ωh−∇

2f,

∇2ui=

Z

Ωh∇

2u

− ∇2f,2ui= λ

Z

Ω|∇

u|2. (3.9)

Aplicando a desigualdade de Cauchy em (3.9) temos

Z

Ω|∇

2u

|2+ ǫ 2

2

Z

Ω|∇

2u

|2+ 1 2ǫ2

Z

Ω|∇

2f

|2 >λ

Z

Ω|∇

u|2 (3.10) e ǫ2 2 Z Ω|∇ 2u

− ∇2f|2+ 1 2ǫ2

Z

Ω|∇

2u

|2 >λ

Z

Ω|∇

u|2. (3.11) onde ǫ´e um n´umero real positivo.

(42)

35

Teorema 7. Sejam M uma varidade Riemanniana fechada orientada e x : Mn

Sn+1 Rn+2 um mergulho m´ınimo. Seja f C

ϕ (Ω) tal que

R

∂Ωϕ ∂f

∂ν = 0. Ent˜ao

valem os seguintes resultados

(1) Suponha que Rh∇2f,2ui >0, ent˜ao o primeiro autovalor do Laplaciano de

M satisfaz λ=n; (2) R|∇2f − ∇2u|2 >R

Ω|∇

2u|2;

(3) R|∇2f|2>n−λ 2λ−n

2R

Ω|∇

2u|2;

(4) Se R|∇2u|2>R

Ω|∇2f|2, ent˜ao λ> 2n

3.

Demonstra¸c˜ao.

(1)

ComoRh>0 en ´e cota superior deλ temos que (nλ)

Z

Ω|∇

u|2+

Z

∂Ω

h>0.

Do item (3) do lema anterior, segue que Rh∇2f,2ui 6 0 e, pela hip´otese,

R

Ωh∇

2f,2ui= 0. Logo,

(nλ)

Z

Ω|∇

u|2+

Z

∂Ω h= 0

e portanto ambos os temos s˜ao nulos donde obtemosn=λ. (2)

Suponha queR|∇2u|2 >R

Ω|∇2f − ∇2u|2. Usando esse argumento em (3.11) temos que

ǫ2 2

Z

Ω|∇

2u

|2+ 1 2ǫ2

Z

Ω|∇

2u

|2 > λ

Z

Ω|∇

u|2. (3.12)

Escolhendo ǫ2 = 1 em (3.12) temos R|∇2u|2 > λR

(43)

(3)

De (3.3) temos (2λn)R|∇u|2 > R

Ω|∇

2u|2 λR Ω|∇u|

2 > λ

2λ−n

R

Ω|∇

2u|2. Portanto, por (3.10) temos

Z

Ω|∇

2u

|2+ ǫ 2

2

Z

Ω|∇

2u

|2+ 1 2ǫ2

Z

Ω|∇

2f

|2 > λ

n

Z

Ω|∇

u|2. (3.13)

De (3.13) segue que

1 2ǫ2 2ǫ2 Z Ω|∇ 2u

|2+ǫ4

Z

Ω|∇

2u

|2+

Z

Ω|∇

2f

|2> λ

n

Z

Ω|∇

2u

|2.

Desenvolvendo a desigualdade acima e simplificando alguns termos, temos

2(λn)ǫ2+ǫ4(2λn)Z

Ω|∇

2u

|2+ (2λn)

Z

Ω|∇

2f

|2 >0.

Da´ı,

(2λn)

Z

|∇2f|2 >2(nλ)ǫ2ǫ4(2λn)Z Ω

|∇2u|2.

Portanto, Z

Ω|∇

2f

|2>

2(nλ)ǫ2 2λn −ǫ

4Z

Ω|∇

2u

|2.

Parax =ǫ2, escreva p(x) = 2(n−λ)x

2λ−n −x2. Assim, p

(x0) = 0 para x0 = n−λn e p′′(x0)<0. Logo,x0 ´e um ponto de m´aximo de p(x).

Comop(x0) =

n−λ 2λ−n

2

, segue que

Z

Ω|∇

2f

|2 >

nλ

n

2Z

Ω|∇

2u

|2. (3.14)

(4)

Suponha queR|∇2u|2>R

Ω|∇2f|2, ent˜ao de (3.14), temos

R

Ω|∇2u|2 >

n−λ 2λ−n

2R

(44)

37

Corol´ario 5. Seja M uma varidade Riemanniana fechada orientada e x : Mn

Sn+1Rn+2 um mergulho m´ınimo. Suponha que2f =µI para algumaf C

ϕ (Ω)

tal que Rϕ∂f∂ν = 0. Ent˜ao o primeiro autovalor do Laplaciano de M ´e igual a n.

De fato, veja que

Z

Ωh∇

2f,

∇2ui=

Z

Ωh

µI,2ui

Z

Ωh

I,2ui

Z

∆u= 0.

Pelo item (3) do Lema 4 temos (nλ)R|∇u|2 +R

∂Ωh = 0 e de forma similar `a prova do item (1) do Teorema 7 temosn =λ.

3.1

Itera¸

ao do problema de Dirichlet

Consideramos a seguir uma fam´ılia auxiliar de problemas de Dirichlet

∆v =tu, em Ω

v=ϕ, em ∂Ω. (3.15)

Onde udenota a extens˜ao harmˆonica deϕ sobre Ω, enquantot´e um parˆamentro real que ser´a escolhido posteriormente.

Sejam u e v pertencentes a C∞

ϕ (Ω). Usando o Lema 3 e o Teorema de Stokes, deduziremos o pr´oximo lema.

Lema 5. As solu¸c˜oes u e v do problema (3.15) satisfazem:: (1) R∂Ωϕ∂u∂ν =R|∇u|2 =R

Ωh∇u,∇vi;

(2) R∂Ωϕ∂v ∂ν =t

R

Ωu2+

R

Ω|∇u|2 =t

R

Ωuv+

R

Ω|∇v|2.

Demonstra¸c˜ao.

(1)

Para o primeiro caso temos,

Z

∂Ω ϕ∂u

∂ν =

Z

∂Ω v∂u

∂ν =

Z

div(vu) =

Z

Ωh∇

v,ui=

Z

Ω|∇

(45)

(2)

Por um lado,

Z ∂Ω ϕ∂v ∂ν = Z ∂Ω u∂v ∂ν = Z Ω

div(uv) =

Z

Ω u∆v

Z

Ωh∇

u,vi=t

Z

Ω u2+

Z

Ω|∇

u|2.

Por outro lado temos

Z ∂Ω ϕ∂v ∂ν = Z ∂Ω v∂v ∂ν = Z Ω

div(vv) =

Z

Ω v∆v

Z

Ωh∇

v,vi=t

Z

Ω uv+

Z

Ω|∇

v|2

o que prova o Lema 5.

Aplicando a F´ormula de Reilly a uev, quandoMn Sn+1´e uma hipersuperf´ıcie

m´ınima obtemos a seguinte rela¸c˜ao

Z

Ω|∇

2u

|2 =(t2+ 2λt)

Z

u2+n

Z

(|∇v|2− |∇u|2) +

Z

Ω|∇

2v

|2. (3.16)

De fato, aplicando a u temos

Z

ΩL

u =

Z ∂Ω ϕ∂u ∂ν + Z ∂Ω h

=

Z

Ω|∇

u|2+

Z ∂Ω h e Z ΩL u = Z Ω

(∆u)2

Z

Ric(u,u)

Z

Ω|∇

2v

|2

= n

Z

Ω|∇

u|2

Z

Ω|∇

2u

|2.

Temos ent˜ao que,

−2λ

Z

Ω|∇

u|2+

Z

∂Ω

h=n

Z

Ω|∇

u|2

Z

Ω|∇

2u

|2.

(46)

39

Z

ΩL

v =

Z ∂Ω ϕ∂v ∂ν + Z ∂Ω h

= 2λt

Z

u2

Z

Ω|∇

u|2+

Z

∂Ω h

= 2λt

Z

u2n

Z

|∇u|2

Z

|∇2u|2 e Z ΩL v = Z Ω

(∆v)2

Z

Ric(v,v)

Z

Ω|∇

2v

|2

= t2

Z

u2n

Z

Ω|∇

v|2

Z

Ω|∇

2v

|2.

Segue que

t2

Z

u2n

Z

Ω|∇

v|2

Z

Ω|∇

2v

|2 =2λt

Z

u2n

Z

Ω|∇

u|2

Z

Ω|∇

2u

|2,

donde,

Z

|∇2u|2 =(t2+ 2λt)

Z

u2+n

Z

(|∇v|2− |∇u|2) +

Z

|∇2v|2. (3.17)

Em particular, usando o fatoR|∇2v|2 > 1 n+1

R

Ω(∆v)2 e a equa¸c˜ao (3.17) obtemos o seguinte lema.

Lema 6. Se Mn Sn+1´e uma hipersuperf´ıcie m´ınima mergulhada ent˜ao, as fun¸c˜oes u e v solu¸c˜oes do problema (3.15) satisfazem:

(1) Para t[2λ,0], R|∇2u|2 >R

Ω|∇2v|2;

(2) R|∇2u|2 > λ2(n+1)

n R Ωu 2. Demonstra¸c˜ao. (1)

Pelo item (2) do Lema 3 R|∇v|2 >R

Ω|∇v|2 e para t∈[−2λ,0], obtemos

−(t2+ 2λt)>0. Logo, pela equa¸c˜ao (3.17)

Z

Ω|∇

2u

|2 >

Z

Ω|∇

2u

Referências

Documentos relacionados

Em todo o período da pesquisa observou-se através do monitoramento da altura da planta e o diâmetro da cabeça que, para a cultura da couve, o sistema de plantio circular também

VI. transferência de administração ou portabilidade de planos de previdência. Neste caso, toda aplicação realizada tem caráter solidário, sendo considerada como feita em

Parágrafo Segundo – Na consolidação das aplicações do FUNDO com as dos fundos investidos as aplicações em crédito privado não excederão o percentual de 20% do seu

Dimensão moral: é evidenciada pelo exercício mental processado nas atividades diárias de Antônio, como a aptidão e os conhecimentos para realizar as tarefas diárias, as

Resumo: Os toreros são vendedores ambulantes de Belo Horizonte que não possuem licença ou salvaguardas legais de qualquer tipo e elaboram suas táticas de circulação e venda com

decreasing progressively with the distance to this plane. As a result, the following stress analysis will focus on this plane only. 205 shows the σ x stresses at the repair

Trata-se de método dedicado aqueles que esperam obter êxito em concursos públicos, sendo certo que este trabalho pode ser utilizado para quaisquer concursos, in- clusive, a prova

O presente estudo tem como objetivo avaliar o consumo alimentar na perspectiva de macronutrientes e verificar o estado nutricional de coletores de lixo do Município de