ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DE COIMBRA CLE – ESMO
• Diagnóstico de gravidez
• Adaptação à gravidez – Sistemas e aparelhos Sistema Endócrino
Sistema Cardiovascular
Sistema Reprodutor e Mamas Sistema Tegumentar
Sistema Urinário
Sistema Gastrointestinal
Sistema Músculo-esquelético Sistema Respiratório
Sistema Nervoso
Utilizado em mulheres em
idade fértil É específico
dos cuidados pré-natais
Realização de exames
Administração de terapêutica
Como diagnóstico diferencial a outras afeções.
FISIOLOGIA DO ORGANISMO MATERNO NA GRAVIDEZ
Diagnóstico de Gravidez
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Presunção Inespecíficos e
inconsistentes;
alterações sentidas pela mulher
Probabilidade
Permitem estabelecer o diagnóstico, admitindo
falsos + e falsos -;
alterações observadas pelo profissional
Certeza
Confirmam do ponto de vista clínico e médico-
legal; atribuídos
exclusivamente presença do feto
SINAIS E SINTOMAS
FISIOLOGIA DO ORGANISMO MATERNO NA GRAVIDEZ
Diagnóstico de Gravidez
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Fadiga no 1º trimestre Náuseas e
vómitos (pert. digest)
SINAIS E SINTOMAS DE PRESUNÇÃO
Amenorreia (sinal + frequente mas
nem sempre válido)
Alterações das mamas
(aumento volume) Modificações
uterinas
Hiperpigmentação cutânea -cloasma, aréola, aparecimento de estrias, tubérculos
de Montgomery visíveis
Perturbações urinárias (polaquiúria) Percepção dos Movimentos Ativos
Fetais (16º-18ª s)
Alterações cutâneo- mucosas
Cor púrpura ou azulada da vascularização vulvar e vaginal
Aumento do abdómen (1cm/semana) Alterações cutâneas
Contrações uterinas indolores (Braxton-Hicks) nas 1ªas semanas, durante toda a gestação, a cada 5/10/20 min, sentidas pela palpação do abdómen
Palpação das partes fetais
Movimentos passivos do feto (4º a 5º mês)
Testes endócrinos – falsos positivos (infecções e hematúria) e falsos negativos (urina diluída);
Efetua-se a pesquisa de HCG (gonadotrofina coriónica humana) detetada no sangue 6 dias após a conceção e na 1ª urina da manhã 14 dias após conceção
SINAIS E SINTOMAS DE PROBABILIDADE
Deteção da actividade cardíaca fetal Doppler (10ª/12ªs)
Pinard (18ª/20ªs) Ecografia (entre
11ª e 13ª)
Visualização radiológica do esqueleto
fetal Palpação dos
movimentos fetais
SINAIS E SINTOMAS DE CERTEZA
FISIOLOGIA DO ORGANISMO MATERNO NA GRAVIDEZ
Diagnóstico de Gravidez
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Surgem modificações do organismo materno no sentido de nutrir de forma eficiente o feto, que tem necessidades nutricionais crescentes.
As maiores exigências, por vezes atingem o limite da capacidade funcional de alguns órgãos maternos.
Possibilidade de agravar doenças preexistentes (ex: Insuf.
Card.,Diabetes, Insuf.Renal, Asma)
FISIOLOGIA DO ORGANISMO MATERNO NA GRAVIDEZ
Adaptação à Gravidez
9
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO
MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
As adaptações maternas que ocorrem durante a gravidez são atribuídas às hormonas da gravidez e às pressões mecânicas provocadas pelo aumento do útero e de outros tecidos.
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As adaptações à gravidez tem como finalidade…
… a proteção das funções fisiológicas da mulher;
… a resposta às necessidades metabólicas que a gravidez impõe;
… a satisfação das necessidades de crescimento e desenvolvimento do feto.
Identificar desvios, potenciais ou reais, da gravidez normal e iniciar precocemente as intervenções adequadas;
Ajudar a mulher/casal a compreender as alterações anatómicas e fisiológicas da gravidez;
Diminuir a ansiedade da mulher/casal resultante do défice de conhecimento;
Ensinar à mulher/casal sinais e sintomas que devem ser imediatamente comunicados aos profissionais de saúde.
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Objetivos
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
SISTEMA ENDOCRINO
A gravidez, o crescimento fetal e o pós-parto acontecem por profundas alterações endócrinas.
Hipófise e Hormonas placentares
Glândula
tiroideia Glândula Paratiróide
Pâncreas Glândulas Supra- renais
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Endócrino
15
Sistema Endócrino
Hipófise e Hormonas Placentares
• Até 14º s corpo amarelo, depois placenta
• Inibem FSH e LH (adeno-hipófise) – amenorreia (80%)
• gonadotrofina coriônica humana – vilosidades coriónicas (corpo amarelo - estrogénios e
progesterona)
Progesterona e Estrogénios
•Reserva energética da gravidez e lactação (depósito de gordura nos tecidos subcutâneos do abdómen, dorso e posição superior das coxas.
Progesterona - manter a gravidez (relaxa músculos liso/evita contracções)
Estrogénios
•crescimento dos órgãos genitais (útero e mamas)
•aumenta a vascularização / vasodilatação
•Relaxamento das articulações e ligamentos pélvicos
•Interferem com o metabolismo do ácido fólico (aumentam os níveis de proteínas totais, promovem a retenção de Na e água nos rins)
•Diminuição de ácido clorídrico e pepsina (alt digestivas e náuseas)
Prolactina (adeno-hipófise)
Eleva-se no 1º trimestre e aumenta até ao fim da gravidez;
Estrogénio e Progesterona altos inibem a sua fixação do tecido mamário até perto do parto;
É responsável pelo início da lactação Ocitocina (neuro-hipófise)
A sua produção aumenta com o crescimento fetal Promove as contrações uterinas
Após o parto estimula a ejeção do leite como resposta à sucção
Lactogénio Placentar Humano (HCS) (Placenta)
Contribui para o crescimento e desenvolvimento mamário Provavelmente diminui o metabolismo da glicose e aumenta a quantidade de ácidos gordos para satisfazer as
necessidades metabólicas
Hipófise e Hormonas placentares
(Cont.)
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Endócrino
Sistema Endócrino
Glândula Tiroideia
Glândula Paratiróide
Pâncreas
A Grávida não desenvolve hipertiroidismo tem no entanto um aumento moderado pelo aumento da sua actividade e da vascularização
Controla o metabolismo do cálcio e do magnésio.
Na Grávida há ligeiro hiperparatiroidismo em resposta às necessidades fetais de Cálcio e Vit. D.
Níveis mais elevados entre as 15ª/35ª s (necessidades de crescimento do esqueleto fetal)
No 1º trimestre diminui a produção de insulina ( aumenta a necessidade de glicose para o crescimento e desenvolvimento do feto, e este absorve os aminoácidos, diminuindo a capacidade materna para sintetizar glicose)
Ao longo da gravidez a placenta cresce e produz mais Lactogénio Placentar Humano, estrogénio e progesterona. Aumenta o cortisol das supra-renais
(estimula a produção de insulina mas também aumenta a resistência periférica á sua utilização). Este conjunto de hormonas diminui a capacidade materna para utilizar a insulina , o que assegura o aporte à unidade fetoplacentar
Glândulas Supra-Renais
A secreção de aldosterona aumenta - na absorção de quantidades excessivas de sódio nos túbulos renais.
Os níveis de cortisol também aumentam.
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
SISTEMA REPRODUTOR
ÚTERO – Alteração do tamanho Crescimento acentuado no
1ºtrimestre resulta…
•Do estímulo dos níveis estrogénios e progesterona
•Do aumento da vascularização e dilatação dos vasos sanguíneos
•Da hiperplasia (produção) e hipertrofia (aumento das fibras musculares)
•Do desenvolvimento da decídua 70 gr
10 ml
1100 gr 5 a 20 litros
7ªs/ovo; 10ªs/laranja; 12ªs/toranja A partir do 3º mês => pressão do feto
Sistema Reprodutor
Crescimento Progressivo
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Reprodutor
ÚTERO – Alteração do tamanho, da forma e da posição
A partir do 3º mês – aumento pela pressão mecânica exercida pelo feto
em crescimento
• Entre 12ª e a 14ªsem
Palpável acima da sínfise púbica
• Entre 22ª e a 24ªsem Atinge o nível do umbigo
• À 38ª sem
Atinge o apêndice xifóide
• Entre a 38ª e a 40ª sem
O fundo do útero baixa devido ao encravamento fetal
FORMA
- Pera => Globoso (2º T) POSIÇÃO
- sofre rotação à direita
Sistema Reprodutor
ÚTERO – Alteração do tamanho, da forma e da posição
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Útero (alterações no tamanho, forma e
posição)
SISTEMA
REPRODUTOR
Sentidas a partir da 24ªs Irregulares e indolores
Podem sentir-se através da parede abdominal (aumento de firmeza uterina)
Após a 28ªs tornam-se mais definidas
Podem tornar-se mais fortes nas últimas semanas de gravidez
Sistema Reprodutor
ÚTERO – Contrações de Braxton-HicKs
• Amolecimento progressivo do colo uterino
• Torna-se mais elástico, edemaciado e volumoso
• Friabilidade aumentada (perdas sang.)
• Aumento da produção das glândulas endocervicais – ROLHÃO MUCOSO
Estas alterações ajudam a preparar o canal de parto para a passagem do feto
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Reprodutor
ÚTERO – Colo Uterino
• Preparação para a distensão através da acção das hormonas da gravidez
• Aumento da vascularização que altera a coloração da mucosa (azul violeta), maior congestão e sensibilidade
• Aumento secreção vaginal por ação hormonal
• PH ácido (entre 3,5 e 6 – normal entre 4 e 7- por aumento do ácido láctico
• Aumento das estruturas externas da vulva
Sistema Reprodutor
VAGINA
OVÁRIOS
• Não há amadurecimento folicular (inibição da FSH e LH pelos elevados níveis de estrogénios e progesterona)
• Manutenção do corpo amarelo até à 10ªs (estimulado pela HCG
para produzir estrogénios e progesterona até a placenta assumir a sua produção)
27
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Reprodutor
Túrgidas, muito sensíveis, mas dolorosas
Mamilos e aréola mais pigmentados
Mamilos mais erécteis e proeminentes
Hipertrofia das glândulas sebáceas existentes na aréola primária – Tubérculos de Montegomery
O aumento da irrigação sanguínea provoca dilatação dos vasos sob a pele – rede venosa à superfície da pele – mais evidente na primigesta
Aumento progressivo volume e tamanho
Secreção de colostro
Sistema Reprodutor
MAMAS
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
SISTEMA RESPIRATÓRIO
ADAPTAÇÕES ANATÓMICAS Nível do diafragma eleva-se (4 cm no fim da gravidez) Aumento da circunferência da caixa torácica – 5 a 7 cm (progressivo afastamento das
costelas inferiores)
Aumento da vascularização nas vias aéreas superiores (edema e hiperemia nasal, congestão nasal, epistaxis, alterações de voz, obstrução nasal e das trompas de Eustáquio)
Sistema Respiratório
FUNÇÃO PULMONAR
A capacidade pulmonar adapta-se ao longo da gestação;
Conforme o desenvolvimento da gravidez, o padrão respiratório altera-se de abdominal para torácico;
Hiperventilação moderada – aumento da inspiração e expiração – aumenta o volume corrente, mas pouco a frequência respiratória.
HIPERVENTILAÇÃO DA GRAVIDEZ
Diminuição da concentração alveolar de CO2
ALCALOSE
RESPIRATÓRIA
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Respiratório
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
SISTEMA CARDIOVASCULAR
• Protegem o funcionamento fisiológico normal da mulher,
adaptando o seu corpo às exigências da gravidez
• Respondem às necessidades
metabólicas impostas pela gravidez
• Garantem o necessário para assegurar o crescimento e
desenvolvimento do feto, garantindo aporte de nutrientes e remoção de excreções de forma eficaz
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Cardiovascular
ADAPTAÇÃO ANATÓMICA
• Hipertrofia do miocárdio
• Deslocação do coração (cima , Esqª e roda para a frente) ADAPTAÇÃO FISIOLÓGICA
• Aumento do débito cardíaco (30 a 50% no fim da gravidez)
1- satisfazer as necessidades do sistema vascular hipertrofiado do útero e capacidade venosa
expandida
2- assegurar a hidratação adequada dos tecidos da mãe e do feto
3- proporcionar areserva de líquidos para reposição das perdas sanguíneas
Sistema Cardiovascular
• Aumento da frequência do Pulso cerca de 20% - 10 a 15 p/m
• Pressão sanguínea estável
• Aumento da pressão venosa femural (compressão uterina)
• Hipotensão ortostática (aumento do volume sanguíneo nas extremidades inferiores)
• Hipotensão supina (compressão uterina sobre a veia cava inferior na posição de decúbito dorsal)
Principais Adaptações do Sistema Cardiovascular durante a Gravidez
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Cardiovascular
Decúbito lateral esquerdo Aumenta o débito cardíaco
Decúbito lateral direito Diminui o débito cardíaco
Sistema Cardiovascular
Síndrome da Hipotensão Supina (DD)
O útero grávido pressiona a veia cava inferior
bradicardia reflexa
Débito cardíaco reduz para metade
Quando prolongado pode causar sintomas e sinais de choque
Sensação de lipotimia
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Síndrome da Hipotensão Supina (DD)
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Cardiovascular
Aumentam durante a gravidez O volume de plasma
Dissipar a produção de calor do feto
Os eritrócitos
Aporte de oxigénio ao feto
Como o volume de plasma aumenta mais que o número de eritrócitos
Hemodiluição – “anemia fisiológica”
(mais acentuada no 2º trimestre)
Hemoglobina 11g%
Hematócrito 35%
Volume e composição do sangue
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Leucócitos
Ligeira leucocitose
Factores de coagulação
Hipercoagulação (aumento da concentração dos fatores de coagulação e aumento de fibrinogénio)
» proteção de hemorragia
Diminuição da actividade fibrinolítica
» maior susceptibilidade a tromboses
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Cardiovascular
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
SISTEMA GASTROINTESTINAL
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Modificações metabólicas Metabolismo dos carbohidratos
altera-se
Alta fonte de energia (glicogénio)
Crescimento do feto
Reservas maternas para lactação Metabolismo das gorduras altera-
se
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Gastrointestinal
Alteração no posicionamento dos órgãos do aparelho gastrointestinal por aumento do útero
Sistema Gastrointestinal
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Gastrointestinal
• Aumento da produção de saliva (ptialismo)
• Edema das gengivas
• Aumento do fluxo esofágico (pirose); mudança da posição do estômago e relaxamento do cárdia.
• Diminuição da secreção gástrica
• Diminuição do tónus e motilidade de todo o trato gastrointestinal (relaxamento da musculatura lisa – obstipação)
• Diminuição das trocas hepáticas (estrogénios + progesterona)aumenta o prurido gravídico.
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Gastrointestinal
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
SISTEMA METABÓLICO
Nenhum outro evento induz alterações
metabólicas tão profundas.
1º trimestre - 0 a 1,5 Kg 2º trimestre – 5 Kg 3º trimestre – 5 Kg
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Metabólico
ALTERAÇÕES DO PESO CORPORAL
Sistema Metabólico ALTERAÇÕES DO PESO CORPORAL
METABOLISMO DA ÁGUA
Tendência aumentada para retenção de líquidos
Um certo edema parece fisiológico tornando-se evidente após 30 semanas de gestação
Retenção hídrica acentuada – sinal de perigo/pré-eclampsia
Diminuição da capacidade de excretar água diminui com o evoluir da gravidez
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Metabólico
METABOLISMO DOS HIDRATOS DE CARBONO
• Tendência para hipoglicémia – influência diabetogénica sobre a mãe
• Diminuição da resposta dos tecidos periféricos à insulina
Tendência à hipoglicémia e à hiperglicémia, resultantes da contínua absorção pelo feto dos nutrientes da circulação materna, produzindo um estado hipoglicémico, e da produção placentária de hormonas que interferem com a ação da insulina, especialmente na 2ª metade da gravidez.
Sistema Metabólico
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
SISTEMA MUSCULO-ESQUELÉTICO
• O centro de gravidade sofre
alterações provocadas pelo tamanho e peso do útero gravídico
• A curvatura lombo-sagrada acentua- se
• A curvatura da região cérvico-dorsal acentua-se de forma compensatória
•Marcha anserina (“andar à pato”)
•Aumento da mobilidade das
articulações sacroilíaca, sacrococcígea e da sínfise púbica
Ação da relaxina e da progesterona.
Sistema Musculo-esquelético
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Musculo-esquelético
O crescimento uterino
Distende os músculos abdominais
Podem causar a separação dos músculos rectos - diástase
Retornam à sua condição normal após o parto
Diástese Recta
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Musculo-esquelético
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
SISTEMA URINÁRIO
Alterações anatómicas e funcionais resultam de:
• O tamanho do rim aumenta ligeiramente
• O bacinete e os ureteres dilatam-se – capacidade aumentada – estase urinária – aumenta suscetibilidade à infeção urinária
Atividade hormonal (estrogénios e progesterona)
Pressão exercida pelo útero
Aumento volume de sangue
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Urinário
• Irritabilidade da bexiga – nictúria, polaquiúria e urgência
• Aumento da vascularização da bexiga e uretra – facilidade de traumatismo da mucosa vesical
• Diminuição do tónus vesical – distensão para uma capacidade de 1500 ml
• Compressão da bexiga pelo útero – urgência urinária mesmo com pouca quantidade de urina
1º trimestre – aumento da sensibilidade vesical 2º trimestre – compressão da bexiga
Sistema Urinário
Alterações da função renal
Adaptação às necessidades metabólicas e circulatórias aumentadas e à excreção dos produtos eliminados pelo feto.
Aumento significativo da taxa de filtração glomerular
GLICOSE PROTEÍNAS
Reabsorção tubular selectiva Equilíbrio em
Água e Na
A função renal é mais eficiente quando a mulher se encontra em posição lateral e menos em dorsal – compressão do útero sobre a veia cava e a aorta e o débito cardíaco diminui.
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Urinário
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
APARELHO TEGUMENTAR
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Aparelho Tegumentar
Alterações anatómicas
• Hiperpigmentação – melanotropina (hormona dos melanócitos=adeno- hipófise)
•16ªs - escurecimento de mamilos, aréola, axilas e vulva
•16ªs - Cloasma gravídico (50 a 70%
das grávidas).
•12ªs (Primíparas) Linha negra <=
linha branca
•Desparecem após o parto
Estrias gravídicas
•20ªs (50 a 90% das grávidas)
•Zonas de maior estiramento (abdómen, coxas e mamas)
•Refletem separação das fibras de tecido conjuntivo
•Causado por adenocorticoídes, dão prurido
•Carácter hereditário
•Não desaparecem após o parto
Angiomas
2º e 5ºmês - (65% de grávidas de raça caucasiana)
•Arteríolas terminais pulsáteis (estrogénios)
•“aranhas vasculares” - coloração violácea
•Pescoço, tórax, face e braços
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Aparelho Tegumentar
Alterações anatómicas
•Eritema palmar (60% de grávidas de raça caucasiana)
•Manchas rosadas, difusas de contorno bem definido.
•Aumento dos estrogénios
•Prurido gravídico (0,3%) - Colestase hepática (0,001%)
•Épulido ou hipertrofia gengival
•Unhas – maior crescimento + finas + frágeis
•Pele + oleosa e c/ acne ou + limpa e radiosa
•Hirsutismo (cresci/ excessivo de pelos ou em áreas dif.)
•Menor queda de cabelo
•+ calor e + transpiração (aumento do metabolismo e da progesterona
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
SISTEMA NERVOSO
ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
Sistema Nervoso
• Alterações sensitivas dos membros inferiores
•compressão dos plexos nervosos ou estase vascular pelo aumento do útero.
• Dor - lordose dorso lombar por tracção dos feixes nervosos ou compressão radical.
Síndrome do canal cárpico - parestesias e dor na mão que irradia para o cotovelo - 3ºTrimestre
-devido a edema que comprime o nervo mediano sob o ligamento do canal cárpico do punho.
-80% das grávidas mais na mão dominante.
Acrostesia - perda de força e formigueiro nas mãos
•devido a tracção dos segmentos do plexo braquial devido á inclinação dos ombros.
Cefaleias de tensão
•associados a ansiedade, problemas de visão, sinusite ou enxaqueca.
Tonturas, lipotimias ou síncope
•instabilidade vasomotora, hipotensão postural ou hipoglicémia
Hipocaliémia
•cãibras ou tetania.
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS
Imagem Corporal Aparência: mudança na forma do corpo
Função: dificuldade no controle do corpo Sentidos: mais agudos
Actividade: sente-se restrita
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ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO
MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ
• BOBAK et al – Enfermagem na Maternidade. 4ª ed., Loures:
Lusociência, 1999, ISBN 972-8383-09-6
• CUNNINGHAM et al – Williams Obstetrícia. 20ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2000, ISBN 0-8385-9638-X.
• LOWDERMILK, Deltra; PERRY, Shanon. – Enfermagem na
Maternidade, 7ª ed. Loudes: Lusodidacta, 2006. 1046 p. ISBN 978- 989-8075-16-1
• ZIEGEL, Erna; CRANLEY, Mecca – Enfermagem Obstétrica. 8ª ed., Rio de Janeiro: Interamericana, 1985