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Pº C. P. 127/2009 SJC-CT- Cancelamento de registo de hipoteca com base em declaração do credor. Documentos particulares autenticados previstos no artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho.

PARECER

1 – A Senhora Conservadora Auxiliar do Registo Predial de …vem consultar o

IRN, I.P. a propósito da qualificação que deve dispensar aos pedidos de cancelamentos de registo de hipoteca com base em declaração do credor com

«termo de autenticação inválido».

Desenvolve o seu raciocínio tecendo os seguintes considerandos:

– Os n.ºs 1 e 2 do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, dispõem que os documentos particulares que titulem actos sujeitos a registo predial devem conter os requisitos legais a que estão sujeitos os negócios jurídicos sobre imóveis, aplicando-se subsidiariamente o Código do Notariado, estando a validade da autenticação dos referidos documentos particulares dependente do seu depósito electrónico, bem como de todos os documentos que os instruam;

– A Portaria n.º 1535/2008, de 30 de Dezembro, no seu artigo 4.º, n.º 1, refere que estão sujeitos a depósito electrónico os documentos particulares autenticados que titulem actos sujeitos a registo predial nos termos do citado artigo 24.º. Por seu turno, o n.º 2 do artigo 4.º da Portaria acrescenta que podem ser depositados electronicamente nos termos do número anterior os documentos de que conste o consentimento do credor ao cancelamento do registo de hipoteca;

– Por outro lado, o artigo 56.º do Código do Registo Predial estipula que o cancelamento do registo de hipoteca é feito com base em documento do qual conste o consentimento do credor devendo esse documento conter a assinatura reconhecida presencialmente, salvo se for feita perante funcionário do serviço de registo no momento do pedido, estando este documento sujeito a depósito electrónico.

A maioria dos pedidos de cancelamento de registos de hipoteca ainda são titulados com base em declaração prestada pela entidade credora com termo de autenticação, pelo que, de acordo com a legislação vigente, tal documento está sujeito a depósito electrónico.

Ora, verificando-se que estes documentos particulares com o consentimento

do credor assumem a forma de documento particular autenticado mas não foram

(2)

depositados electronicamente ou foram depositados mas fora de prazo, sendo, por isso, inválidos, a Senhora Conservadora Auxiliar coloca, a final, a seguinte questão:

Em face do prescrito no artigo 56.º do CRP, e não tendo o reconhecimento presencial da assinatura sido feito na presença de funcionário do serviço de registo no momento do pedido, poderá a Conservatória atribuir àquela autenticação inválida, por falta de depósito electrónico ou por ter ocorrido fora de prazo, o valor de reconhecimento presencial uma vez que a assinatura de quem subscreveu a declaração, naquele termo de autenticação inválido, foi feita na presença de entidade autenticadora? Ou seja, no caso de invalidade do termo de autenticação poderá, ou não, ainda assim aproveitar-se com o valor de reconhecimento presencial por a assinatura do documento ter sido feita na presença da entidade que o autenticou, sempre que tal entidade possa fazer reconhecimentos presenciais?

2 – Sobre a matéria exposta foi determinada a audição do Conselho Técnico, que deve ainda proceder ao aprofundamento do conceito de documento particular autenticado referido no artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho.

3 – O exame de toda esta problemática aconselha a que debrucemos a nossa atenção, em primeiro lugar, na análise do documento particular autenticado procurando, por fim, responder às questões concretas suscitadas na consulta.

3.1 – O Decreto-Lei n.º 116/2008, segundo proclamação ínsita no seu preâmbulo, veio criar as condições necessárias para que os advogados, câmaras de comércio e indústria, notários, serviços de registo e solicitadores prestem serviços relacionados com negócios relativos a bens imóveis em regime de

«balcão único».

Para o efeito, o referido diploma tornou facultativas as escrituras públicas para determinados actos da vida dos cidadãos e das empresas que passaram, em alternativa, a poder ser realizados também mediante documento particular autenticado.

Com vista à consecução de tal desiderato é criado um elemento de

segurança adicional para os serviços disponibilizados nos «balcões únicos»,

prevendo-se a realização de um depósito electrónico dos documentos relativos aos

actos praticados por documento particular autenticado.

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As referidas entidades ficam ainda obrigadas a promover o registo do acto em que tenham intervenção com observância das disposições legais que, pelo artigo 2.º deste diploma, foram introduzidas no Código do Registo Predial mediante o aditamento dos artigos 8.º-A a 8.º-D.

Destes preceitos decorre a obrigatoriedade do registo, a fixação dos sujeitos da obrigação de registar e dos prazos para a promoção do registo, bem como a cominação inerente ao incumprimento tempestivo da obrigação de registar.

3.2 – O referido Decreto-Lei n.º 116/2008 ao instituir o documento particular autenticado procedeu, em conformidade, à alteração das normas constantes do Código Civil, em que figurava apenas a escritura pública para passar a acolher também o documento particular autenticado, limitando, em simultâneo, o âmbito obrigatório de aplicação do artigo 80.º do Código do Notariado (CN).

Por seu turno, do artigo 22.º do Decreto-Lei 116/2008 consta o elenco dos actos que, sem prejuízo do disposto em lei especial, só são válidos se forem celebrados por escritura pública ou documento particular autenticado

1

.

Como decorre do n.º 1 do artigo 24.º do aludido decreto-lei, os documentos particulares que titulem actos sujeitos a registo predial (os mencionados no citado artigo 22.º, entenda-se) devem conter os requisitos legais a que estão sujeitos os negócios jurídicos sobre imóveis, aplicando-se subsidiariamente o Código do Notariado.

O n.º 2 do mesmo preceito dispõe que a validade da autenticação dos referidos documentos particulares está dependente de depósito electrónico desses

1 Após a publicação deste diploma os notários passaram a poder celebrar os actos mencionados no artigo 22.º mediante escritura pública ou por documento particular autenticado (embora não se vislumbrem vantagens reais em fazê-lo por esta forma já que as exigências são tão rigorosas que suplantam, em muito, as exigidas para a titulação do mesmo acto quando materializado em escritura pública), enquanto que as demais entidades apenas têm competência para a autenticação de documentos particulares que

«titulem» tais actos.

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documentos, bem como de todos os documentos que os instruam

2

(exigência inexistente quanto à clássica autenticação de documentos particulares prevista nos artigos 150.º e segs. do Código do Notariado).

Acresce ainda que o n.º 3 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 116/2008 onera as entidades com competência para autenticar documentos particulares com todas as «obrigações de verificação, comunicação ou participação relacionadas com a constituição e transmissão de direitos reais sobre imóveis».

3.3 – A regulamentação do depósito dos documentos particulares autenticados que titulem actos sujeitos a registo predial, bem como dos documentos que os instruam e que devam ficar arquivados por não constarem de arquivo público nacional, foi levada a efeito com a publicação da Portaria n.º 1535/2008, de 30 de Dezembro.

Relembramos que a competência para exarar termos de autenticação já tinha sido deferida às câmaras de comércio e indústria, reconhecidas nos termos do Decreto-Lei n.º 244/92, de 29 de Outubro, aos conservadores e oficiais de registo, aos advogados e solicitadores, pelo artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 76- A/2006, de 29 de Março

3

, mas esta competência e estes termos de autenticação não são confundíveis com a autenticação prevista no artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008 com referência aos actos elencados no artigo 22.º do mesmo diploma.

4 – A interpretação do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008 deve ser feita conjugadamente com o disposto no artigo 22.º do mesmo diploma e com a Portaria n.º 1535/2008, o que nos permite, desde logo, concitar se este documento particular autenticado corresponderá ou não a um novo documento consubstanciador de uma nova forma negocial

4

.

2 Note-se que optando o interessado pela celebração de escritura pública não tem de se proceder ao arquivo de todos os documentos que instruam o acto já que a lei se basta, quanto a alguns, com a mera exibição – cfr. o que dispõe o artigo 27.º do CN.

O artigo 4.º, n.º 1, in fine, da Portaria n.º 1535/2008, limita o depósito dos documentos instrutórios aos «que devem ficar arquivados por não constarem de arquivo público».

3 Os notários têm igual competência por força do prescrito na alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º do CN.

4 Os negócios jurídicos sujeitos a determinada solenidade formal são nulos se a mesma não for observada – artigo 220.º do Código Civil.

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Da exegese destes preceitos resulta que teremos, em primeiro lugar, um documento escrito (particular) outorgado pelas partes (ou parte, uma vez que no elenco dos actos mencionados no citado artigo 22.º também figuram, notoriamente, negócios jurídicos unilaterais), do qual deve expressamente constar a sua vontade relativa ao negócio jurídico que pretendem celebrar sendo devidamente assinado pelas partes contratantes.

Em segundo lugar, este documento particular é apresentado pelas partes a uma entidade autenticadora, para fins de autenticação. Esta, no momento de exarar o respectivo termo de autenticação, deve apreciar os requisitos de legalidade a que estão sujeitos os negócios jurídicos em causa, devendo inclusivamente recusar a autenticação do documento se o acto nele

«incompletamente titulado» for nulo (vd. o artigo 173.º, n.º 1, alínea a, do CN), assim como deve advertir as partes da anulabilidade ou ineficácia do acto praticado, sendo o caso (artigo 174.º do CN)

5

.

Acresce, ainda, que uma das formalidades impostas para os instrumentos notariais é a menção de haver sido feita a leitura do instrumento, ou de ter sido dispensada a sua leitura pelos intervenientes, bem como a menção da explicação do seu conteúdo, em face do que prescreve a alínea l) do n.º 1 do artigo 46.º do CN, aplicável aos termos de autenticação por força do disposto no n.º 1 do artigo 151.º do mesmo Código, que por sua vez é para aqui mobilizável em razão do disposto no n.º 1 do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008.

É através do termo de autenticação que se processa a exteriorização da vontade, ponderada e esclarecida, das partes em confirmarem o conteúdo do documento particular. Assim, poder-se-á dizer que a entidade autenticadora, portadora de fé pública, outorga o acto (de confirmação do conteúdo do documento particular) com as partes, desempenhando um officium civile – profissão jurídica, de perícia legal, de conselho ou de adequação

6

.

Relembramos, ainda, que este Conselho no aludido parecer entendeu que

«a confirmação do conteúdo do documento particular perante a entidade autenticadora tem que se feita simultaneamente por todos os declarantes,

5 Veja-se a doutrina firmada no parecer proferido no proc.º R.P.67/2009SJC-CT, disponível na Intranet.

6 Cfr., sobre o ponto, o parecer proferido pelo Conselho no proc.º 76/92R.P.4, in Regesta, n.º 4/92, págs. 24 e segs.

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porquanto se trata de negócio para cuja validade (existência jurídica) a lei exige documento particular autenticado».

Em terceiro lugar, o documento particular autenticado e os documentos que o instruíram e que devam ficar arquivados por não constarem de arquivo público devem ser tempestivamente depositados na plataforma electrónica através do sítio na Internet www.predialonline.mj.pt, como decorre do disposto no artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008 e nos artigos 2.º e 7.º da Portaria n.º 1535/2008.

Se o depósito não for efectuado, ou não o for em tempo, a autenticação é inválida e ficamos perante um documento particular simples, não podendo valer como se se tratasse de uma clássica autenticação de documento particular efectuada exclusivamente nos termos previstos no artigo 150.º do CN.

Com efeito, decorre com razoável clareza do exposto que este documento particular autenticado que titula a constituição ou transmissão de direitos reais sobre imóveis é bastante diferente da figura similar já existente no ordenamento jurídico português, sendo que apenas este tem aptidão para titular os actos referidos no artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 116/2008 e a necessidade de depósito electrónico como condição de validade da autenticação só se verifica neste e não em todos os demais documentos autenticados

7

.

Mas, sendo assim, então pode suscitar-se a dúvida relativa à conciliação da titulação prevista neste novo regime com o princípio da consensualidade

8

consignado no artigo 408.º do Código Civil. O documento particular será, neste caso, suficiente para a transmissão do direito em causa? Ou ficará dependente da autenticação? Ou desta e do depósito electrónico do documento dentro do prazo legal?

Parece-nos que ao documento particular, devidamente autenticado, deve ainda acrescer um quid, que se concretizará precisamente com o depósito electrónico do documento efectuado com sucesso (artigos 6.º, n.º 1, e 7.º, n.º 1, da Portaria 1535/2008).

7 Estamos a acompanhar a doutrina firmada pelo Conselho no parecer constante do proc.º R.P.67/2009 SJC-CT.

8 Segundo este princípio a constituição ou transferência de direitos reais sobre coisas dá-se por mero efeito do contrato, salvo as excepções consignadas na lei – vd. PIRES DE LIMA

eANTUNES VARELA, in Código Civil Anotado, I Volume, pág. 333.

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Só assim existirá título que preencha os requisitos de forma ad substantiam e ad probationem do negócio jurídico em causa e seja, em consequência, susceptível de servir de base ao registo do facto nele consignado.

4.1 – O funcionamento, os termos e os custos associados ao depósito electrónico, encontram-se definidos na Portaria 1535/2008, de 30 de Dezembro.

O artigo 4.º desta Portaria, sob a epígrafe «Depósito electrónico de documento particular autenticado», define o seu âmbito de aplicação nos seguintes termos:

«1 – Estão sujeitos a depósito electrónico os documentos particulares autenticados que titulem actos sujeitos a registo predial nos termos do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, bem como os documentos que os instruam e que devam ficar arquivados por não constarem de arquivo público.

2 – Podem ainda ser depositados electronicamente nos termos do número anterior os documentos de que conste o consentimento do credor ao cancelamento do registo de hipoteca.

3 – O depósito electrónico dos documentos particulares autenticados pode ser efectuado no momento do pedido online de actos de registo predial através do sítio www.predialonline.mj.pt».

Destacamos já, dada a pertinência para a consulta, que o documento que de acordo com o n.º 2 deste preceito pode ser depositado electronicamente é o documento de que conste o consentimento do credor ao cancelamento do registo de hipoteca, consistindo o depósito electrónico na incorporação do documento num arquivo público, assegurado pela infra-estrutura tecnológica que viabiliza a realização do depósito e a conservação e consulta dos documentos depositados.

4.2 – Pese embora a regulamentação plasmada na Portaria n.º 1535/2008 no que respeita ao depósito electrónico de documentos particulares autenticados, não se responde à possibilidade de os referidos títulos poderem constituir

documentos electrónicos em sentido estrito (isto é, armazenados em memória

digital e apenas descodificáveis através de meios informáticos) contemplando apenas os documentos electrónicos derivados (documentos originariamente em papel e introduzidos na memória do computador através de aparelhos de digitalização – meras reproduções electrónicas de documentos tradicionais)

9

.

9 O documento electrónico é legalmente definido como «o documento elaborado mediante processamento electrónico de dados» - vd. o disposto na alínea a) do n.º 2 do

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Assim, no quadro jurídico vigente, afigura-se-nos de afastar a possibilidade de a entidade com funções notariais poder, por um lado, autenticar um documento particular em suporte electrónico que titule a constituição ou transmissão de um direito real sobre imóveis e, por outro, exarar o próprio termo de autenticação em suporte informático

10

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4.3 – O carácter progressista do legislador que parecia vir rasgar horizontes propícios à aceitação de documentos electrónicos na titulação da constituição ou

artigo 2.º do regime jurídico dos documentos electrónicos e da assinatura digital, constante do Decreto-Lei n.º 290-D/99, de 2 de Agosto, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 88/2009, de 9 de Abril – o que aliado à definição constante do artigo 362.º do Código Civil implica a conclusão de que um documento electrónico é qualquer objecto elaborado mediante processamento electrónico de dados com o fim de reproduzir ou representar uma pessoa, coisa ou facto.

O documento electrónico é legalmente equiparado a documento escrito – vd. o que preceitua o n.º 1 do artigo 3.º do RJDEAD.

Sobre esta temática, designadamente quanto à eficácia da declaração negocial electrónica, veja-se J.SINDE MONTEIRO, in RLJ n.º 133, n.º 3918, págs. 261 e segs.

10No entanto, no IV Seminário Luso-Brasileiro de Direito Registal, que decorreu na Faculdade de Direito de Coimbra em 8 de Outubro de 2009, AFONSO PATRÃO, no trabalho subordinado ao tema Assinaturas Electrónicas, Documentos Electrónicos e Garantias Reais (ainda não publicado mas cedido pelo autor), salientou que «De facto, nenhuma norma positiva ou suprapositiva impõe que o termo de autenticação tenha o mesmo suporte que o documento particular a que se refere. Na verdade, a imposição legislativa (obviamente pensada exclusivamente para a autenticação de documentos com existência física e assentes em papel) basta-se pela indicação de que sejam lavrados “no próprio documento a que respeitam ou em folha anexa”. Cfr. o n.º 4 do artigo 36.º do Código do Notariado.

Ora, uma interpretação actualista desta regra permite concluir ser possível que a entidade com funções notariais identifique, no termo de autenticação, o documento a que se refere (com os tradicionais elementos identificativos – data, local, outorgantes e seu conteúdo sumário), anexando-se o documento electrónico digitalmente assinado em qualquer suporte (um CD, uma disquete, uma pen-drive), já que a presença da assinatura electrónica qualificada dos outorgantes sempre garantirá, como supra explicámos, a integridade do documento. Claro que, como obviamente se deduz, não existe qualquer vantagem na autenticação em papel destes documentos, uma vez que não apenas se exige a presença das partes nos mesmos termos em que ocorreria uma tradicional autenticação de documento em papel, como há uma desvantagem prática da anexação, que é menos funcional e mais dispendiosa».

(9)

transmissão de direitos reais

11

acaba, a final, não só por não proceder à consagração das medidas efectivas à sua concretização, como coloca obstáculos à sua aceitação, visto que, atraiçoado (talvez) por um ainda excessivo arreigamento ao suporte de papel, cria uma norma ao arrepio do que seria expectável.

Falamos, claro está, do n.º 6 do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008 que impõe às entidades autenticadoras a obrigação de arquivo dos originais dos documentos autenticados referidos no n.º 5 do mesmo preceito, sabendo-se que a lei chama de «original» ao documento escrito em suporte de papel que é autenticado e devidamente depositado – cfr., também, o disposto no n.º 1 do artigo 8.º, da Portaria 1535/2008.

Considerando que o órgão legiferante ao arquitectar o depósito electrónico dos documentos particulares autenticados não definiu os contornos da obrigação de arquivo dos documentos originais que recai sobre as entidades autenticadoras, teremos de inferir, perante tal omissão e a remissão constante do n.º 1 do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, que o mesmo deve ser feito nos termos previstos nos artigos 27.º e segs. do Código do Notariado, aprovado pelo Decreto- Lei n.º 207/95, de 14 de Agosto.

No entanto, de harmonia com o que prescreve o n.º 5 do artigo 24.º, tal não invalida que a consulta electrónica dos documentos depositados substitua para todos os efeitos a apresentação perante qualquer entidade pública ou privada do documento em suporte de papel.

No que concerne ao formato, do artigo 10.º da citada portaria resulta apenas que os ficheiros que contenham os documentos a submeter a depósito na plataforma electrónica devem adoptar os formatos jpeg, tiff ou pdf e ter uma dimensão máxima de 5 MB

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11 A possibilidade de elaboração dos documentos electrónicos autênticos leva-nos a alertar para a necessidade de se fixar também o seu valor probatório já que, consabidamente, o Código Civil se encontra pensado exclusivamente para os documentos materializados em suporte papel.

12 Quanto à forma de armazenamento a Doutrina diferencia entre documentos electrónicos em sentido estrito (aqueles que são armazenados em memória digital e que só são descodificáveis através de meios informáticos) e documentos electrónicos em sentido amplo ou documentos informáticos (aqueles que são gerados por um computador, são materializados em suporte clássico, podendo ser descodificáveis sem apoio de meios informáticos – v.g., documentos emitidos por uma impressora). Veja-se, sobre o ponto,

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Em face deste preceito, afigura-se-nos de concluir pela viabilidade do depósito electrónico de documentos em papel digitalizados (ou melhor, do documento electrónico derivado) parecendo, contudo, que subsiste a impossibilidade atinente à exequibilidade de submissão de um documento gerado electronicamente, v.g., com a aposição de uma assinatura electrónica qualificada.

5 – A lei não nos oferece uma definição do que seja o documento particular nem, tão pouco, o documento particular autenticado (tradicional), nem a Doutrina sentiu grande necessidade, até hoje, de a elaborar.

Na verdade, o artigo 373.º do Código Civil apenas dispõe quanto à assinatura do documento particular pelo seu autor, sendo que do artigo 377.º do citado Código, respeitante aos documentos autenticados, só se extrai que estes documentos têm a força probatória dos documentos autênticos (artigo 369.º e segs.).

Por seu turno, o n.º 1 do artigo 150.º do Código do Notariado relativamente à autenticação de documentos particulares prescreve que os documentos particulares adquirem a natureza de documentos autenticados desde que as partes confirmem o seu conteúdo perante o notário

13

.

Apresentado o documento particular para fins de autenticação, o notário deve reduzir esta a termo (n.º 2 do citado preceito) lavrado no próprio documento ou em folha anexa, como flui do n.º 4 do artigo 36.º do CN, sabendo-se que o termo além de satisfazer, com as necessárias adaptações, o disposto nas alíneas a) a n) do n.º 1 do artigo 46.º do CN, deve conter ainda a declaração das partes de que já leram o documento ou estão perfeitamente inteiradas do seu conteúdo e

PUPO CORREIA, Documentos electrónicos e assinatura digital: As Novas Leis Portuguesas, in Revista de Derecho Informático, n.º 23/2000.

13 A alusão ao notário deve ser interpretada actualisticamente, devendo ler-se como

«entidades com funções notariais».

O artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março, atribuiu competência para os reconhecimentos de assinaturas, autenticação e tradução de documentos e conferência de cópias, a um vasto leque de sujeitos – cfr. o disposto nos n.ºs 1 e 3 do citado preceito.

A apreciação da autenticação dos documentos nos termos do artigo 38.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março, e do artigo 4.º da Portaria n.º 657-B/2006, de 29 de Junho, publicada em cumprimento do disposto naquele número, não está em tabela neste parecer.

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que este exprime a sua vontade, bem como outros requisitos comuns e especiais exigíveis por força do prescrito nos artigos 151.º e 152.º do CN.

5.1 – O legislador da Reforma de 2008, na mesma senda, aliás, também não nos oferece a noção do novo documento particular autenticado referido nos artigos 22.º e 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008 sendo que o labor da Doutrina sobre o ponto, que certamente existirá, ainda não atingiu resultados muitos visíveis.

Contudo, como síntese das reflexões expostas e tendo presente o quadro normativo atrás descrito, parece-nos possível caracterizar o documento particular autenticado referido no artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, como o documento particular outorgado e assinado pelas partes (ou parte, tratando-se de negócio jurídico unilateral), que confirmam o seu conteúdo (declarando que o conhecem e aceitam) perante a entidade autenticadora competente que exara o correspondente termo de autenticação (após a apreciação dos requisitos de legalidade a que esteja sujeito o negócio jurídico em causa) e que procede ao respectivo depósito electrónico

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, dentro do prazo fixado no artigo 7.º da Portaria n.º 1535/2008.

Decorrentemente, o documento particular autenticado só pode ser como tal considerado quando for percorrida, com sucesso, a referida trilogia de actos:

outorga do documento particular pelas partes (ou parte), devidamente assinado;

termo de autenticação do documento particular exarado pela entidade autenticadora competente e depósito electrónico do documento autenticado, dentro do prazo legal.

6 – Em face do que precede, afigura-se-nos que desfrutaremos agora de melhores condições para apreciar as diversas questões suscitadas na consulta, dispensando-lhe tratamento diferenciado consoante o tipo de documentos em presença nas situações ilustradas pela consulente.

14 A propósito da noção do depósito electrónico veja-se o parecer constante do proc.º R.P. 159/2007DSJ-CT e, também, PUPO CORREIA, in Direito da Sociedade de Informação, Vol. VI, págs. 287 e 288.

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Teremos, por conseguinte, que analisar

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, por um lado, o documento particular do qual conste o consentimento do credor ao cancelamento da hipoteca com assinatura reconhecida presencialmente (se não for feita na presença de funcionário do serviço de registo no momento do pedido – caso que aqui não reveste particular pertinência) focado nos n.ºs 1 e 2 do artigo 56.º do CRP e, por outro, a possibilidade de o documento de que conste o consentimento do credor ao cancelamento do registo de hipoteca ser depositado, ao abrigo do preceituado no n.º 2 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008.

6.1 – O cancelamento do registo de hipoteca encontra-se previsto no artigo 56.º do Código do Registo Predial nos seguintes termos:

«1 – O cancelamento do registo de hipoteca é feito com base em documento de que conste o consentimento do credor.

2 – O documento referido no número anterior deve conter a assinatura reconhecida presencialmente, salvo se for feita na presença do funcionário do serviço de registo no momento do pedido

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.

3 – O consentimento do credor para o cancelamento do registo pode ser prestado por via electrónica, nos termos definidos por portaria do membro do Governo responsável pela área da justiça»

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.

6.1.1 – Nos termos dos n.ºs 1 e 2 deste preceito o cancelamento do registo de hipoteca pode ser efectuado com base em documento de que conste o consentimento do credor com a assinatura reconhecida presencialmente, ou mediante a apresentação do referido documento assinado na presença de funcionário do serviço de registo no momento do respectivo pedido.

Como é sabido, considera-se presencial o reconhecimento da assinatura em documentos assinados pelo signatário na presença de entidade competente para o

15 Não vamos aqui enveredar pela análise das situações que podem também conduzir ao cancelamento do registo de hipoteca nos termos gerais previstos no artigo 13.º do CRP, por exceder a economia deste parecer.

16 Esta norma foi introduzida pelo Decreto-Lei n.º 263-A/2007, de 23 de Julho.

Anteriormente constava deste preceito que o cancelamento do registo de hipoteca era feito com base em documento autêntico ou autenticado de que conste o consentimento do credor.

17 O n.º 3 deste preceito foi introduzido pelo Decreto-Lei n.º 122/2009, de 21 de Maio.

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efeito, ou o reconhecimento que é realizado estando o signatário presente ao acto – cfr. o disposto no n.º 5 do artigo 153.º do Código do Notariado

18

.

6.1.2 – Contudo, se o pedido de cancelamento de registo de hipoteca voluntária for instruído com base em documento autêntico ou autenticado (documento com força probatória superior à actualmente exigida por lei), é título para o pretendido cancelamento.

Na verdade, não parece oferecer dúvidas que o pedido de averbamento de cancelamento de hipoteca instruído com documento autêntico ou autenticado do qual conste o consentimento do credor é título para o referido registo de cancelamento, quer, este último (o documento autenticado), tenha sido lavrado antes da entrada em vigor das alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 263- A/2007, de 23 de Julho, quer tenha sido exarado ao abrigo do disposto no artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, desde que in casu o registo informático tenha sido correctamente efectuado nos termos previsto na Portaria n.º 657-B/2006, de 29 de Junho.

A invalidade deste registo informático (vd. artigo 1.º da citada Portaria)

afectará a validade da autenticação ou do reconhecimento e, consequentemente, o documento particular não chega a adquirir a natureza de documento particular autenticado nem satisfaz as regras do reconhecimento das assinaturas pelo que é de todo inaproveitável para o pretendido cancelamento

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.

6.1.3 – O n.º 3 do artigo 56.º do CRP, na redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 122/2009, de 21 de Maio, veio prever uma nova via de comprovação do consentimento do credor para o cancelamento do registo de

18 Por força do disposto no n.º 1 do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março, as câmaras de comércio e indústria, reconhecidas nos termos do Decreto-Lei n.º 244/92, de 29 de Outubro, os conservadores, os oficiais de registo, os advogados e os solicitadores também podem fazer, inter alia, reconhecimentos simples e com menções especiais, presenciais e por semelhança, e autenticação de documentos particulares, nos termos da lei notarial.

Os reconhecimentos e os termos de autenticação, porém, só são considerados validamente praticados pelas referidas entidades mediante registo em sistema informático, cujo funcionamento, respectivos termos e custos associados, se encontram actualmente definidos na Portaria n.º 657-B/2006, de 29 de Junho.

19 Veja-se, sobre o ponto, a deliberação do Conselho proferida no proc.º n.º R.P.241/2007 SJC-CT, disponível na Intranet.

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hipoteca – o consentimento do credor para o cancelamento do registo de hipoteca

pode ser prestado por via electrónica, nos termos definidos por portaria do membro do Governo responsável pela área da justiça – mas a sua

regulamentação ainda não foi concretizada.

6.2 – O artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 2009, por força do disposto no artigo 36.º, n.º 1, alínea f), do mesmo diploma.

O citado artigo 24.º estabelece que os documentos particulares

autenticados

20

que titulem actos sujeitos a registo devem conter os requisitos legais a que estão sujeitos os negócios jurídicos sobre imóveis, aplicando-se subsidiariamente o Código do Notariado, sendo que a validade da autenticação daqueles documentos está dependente do seu depósito electrónico, bem como de todos os documentos que os instruam – cfr. o disposto nos n.ºs 1 e 2 do referido preceito.

O referido depósito é condição de validade da autenticação do respectivo documento particular e se este falhar não existe documento particular autenticado susceptível de titular qualquer registo ainda que para a sua realização apenas se exija reconhecimento presencial das assinaturas, isto é, falhando o depósito válido do documento particular autenticado resta apenas um documento particular (simples).

Decorre do norma do n.º 2 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008 que o documento de que conste o consentimento do credor ao cancelamento do registo de hipoteca pode também ser sujeito a depósito nos termos em que o são os demais documentos particulares autenticados que titulem actos sujeitos a registo predial nos termos do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008.

Daqui não resulta, porém, qualquer equiparação deste documento aos documentos particulares autenticados, sendo que o legislador apenas mandou seguir, para o seu depósito, os trâmites previstos para o depósito dos documentos particulares autenticados, sem que com isso adquiram natureza de documentos

20 Em regra, o documento particular apresentado para autenticação encontra-se já assinado (ou pode encontrar, visto que a assinatura na presença não é requisito necessário para a autenticação) adquirindo a natureza de documento autenticado desde que as partes confirmem o seu conteúdo perante a entidade autenticadora competente – artigo 150.º do Código do Notariado.

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particulares autenticados, não estando, por isso, abrangidos pela facti species do artigo 24.º na parte que deve ser lida em conjugação com o disposto no artigo 22.º do mesmo diploma legal.

Nestes termos, não será adequado falar-se aqui em aproveitamento do documento autenticado, mas com depósito inválido, como alvitra a Senhora Conservadora, visto que in casu não ocorre qualquer autenticação do documento para cancelamento do registo de hipoteca.

Pormenorizemos, pois.

Por força do prescrito no n.º 2 do artigo 4.º da citada Portaria podem também ser depositados electronicamente os documentos de que conste o consentimento do credor ao cancelamento do registo de hipoteca o que nos remete, quanto aos termos do depósito, para o disposto no artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008.

Por conseguinte, o que se deposita é o referido documento de consentimento já autenticado ou com reconhecimento presencial da assinatura, dispensando-se, contudo, o registo em sistema informático previsto na Portaria n.º 657-B/2006, de 29 de Junho, por força do disposto no n.º 2 do artigo 6.º da Portaria n.º 1535/2008.

Neste caso, o legislador rodeou-se ainda de cautelas acrescidas consagrando no n.º 3 do artigo 9.º da citada Portaria que o formulário do depósito electrónico dos documentos previstos naquele n.º 2 do artigo 4.º reveste, obrigatoriamente, uma importante e específica particularidade que consiste na indicação do endereço electrónico da entidade credora que prestou o consentimento ao cancelamento de registo de hipoteca.

Tal exigência decorre do facto de o código de identificação atribuído pelo sistema ao documento depositado ser exclusivamente enviado à entidade que autorizou o cancelamento, excepção consignada na alínea b) do n.º 2 do artigo 12.º da Portaria 1535/2008 (cfr. ainda o que dispõe o artigo 16.º do mesmo diploma).

7 – Parece-nos assim que poderemos, em jeito de conclusão, apresentar, relativamente aos documentos exigíveis pelo artigo 56.º do CRP para titular o cancelamento de registos de hipoteca, a seguinte súmula:

– Documento de que conste o consentimento do credor, sendo a assinatura feita na presença de funcionário do serviço de registo no momento do pedido;

– Documento de que conste o consentimento do credor, com a assinatura

reconhecida presencialmente;

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– Documento de que conste o consentimento do credor prestado por via electrónica, nos termos a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área da justiça.

O documento de que conste o consentimento do credor pode, por opção deste, ser depositado electronicamente nos termos do n.º 1 do artigo 4.º da Portaria 1535/2008, aplicável ex vi do disposto no n.º 2 do mesmo preceito, observadas que sejam as prescrições do n.º 3 do artigo 9.º da mesma Portaria, dispensando-se, neste caso, o registo em sistema informático.

8 – Em conformidade com o exposto, a posição do Conselho vai condensada nas seguintes

Conclusões

I – O documento particular autenticado referido no n.º 1 do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, poderá ser caracterizado como o documento escrito, outorgado e assinado pelas partes (ou parte, tratando-se de negócio jurídico unilateral), que confirmem o conteúdo do mesmo perante entidade autenticadora competente e que seja depositado electronicamente dentro do prazo legal.

II – Os documentos particulares que titulem os actos sujeitos a registo predial elencados no artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 116/2008 devem conter os requisitos legais a que estão sujeitos os negócios sobre imóveis, aplicando-se-lhe subsidiariamente o Código do Notariado por força do prescrito no n.º 1 do artigo 24.º do citado Decreto-Lei.

III – A validade da autenticação dos referidos documentos particulares está dependente do seu depósito electrónico, bem como de todos os documentos que os instruam e que devam ser arquivados por não constarem de arquivo público, efectuado dentro do prazo legal – cfr.

o disposto no artigo 24.º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 116/2008 e nos artigos 4.º, n.º 1, e 7.º, da Portaria n.º 1535/2008, de 30 de Dezembro.

IV – O cancelamento do registo de hipoteca nos termos previstos

nos n.ºs 1 e 2 do artigo 56.º do Código do Registo Predial pode ser

efectuado com base em documento de que conste o consentimento do

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credor, com a assinatura reconhecida presencialmente, ou mediante a apresentação do referido documento assinado na presença de funcionário do serviço de registo no momento do pedido.

V – O consentimento do credor para o aludido cancelamento pode ainda ser prestado por via electrónica nos termos que vierem a ser definidos por portaria do membro do Governo responsável pela área da justiça em cumprimento do disposto no n.º 3 do artigo 56.º do Código do Registo Predial.

VI – Por força do prescrito no n.º 2 do artigo 4.º da Portaria n.º 1535/2008, podem ser depositados electronicamente os documentos de que conste o consentimento do credor ao cancelamento do registo de hipoteca, mas deste depósito não decorre a alteração da natureza jurídica do documento depositado, sendo, por isso, insusceptível de gerar confusão com o documento particular autenticado previsto no artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008.

Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 19 de Novembro de 2009.

Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, relatora, Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, Luís Manuel Nunes Martins, Maria Madalena Rodrigues Teixeira, António Manuel Fernandes Lopes, João Guimarães Gomes de Bastos, José Ascenso Nunes da Maia.

Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em

27.11.2009.

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