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O que é o assédio moral?

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Academic year: 2021

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Texto

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NÃO AO

ASSÉDIO

MORAL NA

PETROBRÁS

(2)
(3)

O que é o assédio

moral?

Violência psicológica

Consequências do assédio

moral

Perversidade moral continuada

Como age o assediador

Como provar e se defender do

assédio?

O assédio contra a participação dos trabalhadores

na luta sindical

Legislação PÁG. 4

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Neoliberalismo,

reestruturação produtiva e crises

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O QUE É ASSÉDIO MORAL?

É

a exposição dos trabalhadores e t ra b a l h a d o ra s a s i t u a ç õ e s humilhantes e constrangedoras, repe vas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. É mais comum em relações hierárquicas autoritárias em que predominam condutas nega vas, relações desumanas e aé cas de longa duração. Uma caracterís ca marcante do assédio moral é a inferiorização da ví ma, o isolamento, a in midação do trabalhador ou da trabalhadora por m e i o d o p o d e r h i e r á r q u i c o inconsequente e con nuado.

O assédio não é um problema individual, mas sim uma “forma”

generalizada de “controle” dos chefes e patrões nas relações de trabalho, nas relações de subordinação que afetam os trabalhadores em todo o mundo.

O ato pode ser come do por um ou mais chefes a um ou mais subordinados. O assédio desestabiliza a relação da ví ma com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o até a desis r do emprego. Contudo, o assédio moral pode ocorrer também

no mesmo nível h i e r á r q u i c o , caracterizando o assédio horizontal.

São comuns nos casos de assédio a t u d e s c o m o p i a d i n h a , b r i n c a d e i r a s

i n c o n v e n i e n t e s , c o m e n t á r i o s grosseiros e ofensivos, olhares constrangedores e até mesmo toques sicos, como: tapinhas na cabeça, na orelha ou pequenos esbarrões. A intenção desses gestos é deixar a ví ma insegura e frágil.

(5)

VIOLÊNCIA

PSICOLÓGICA

O

assédio moral é sempre uma forma de violência simbólica ou ins tucional.

Essa violência pode atacar o trabalhador (a) ao tratá-lo como

"cidadão de segunda categoria", destratá-lo pela etnia, destratá-lo p e l o n í v e l d e e s c o l a r i d a d e , qualificação profissional, por ser trabalhador informal ou por um es gma associado à determinada categoria profissional.

Essa violência, hoje, exibe formas de sofis cação e discrição e ocorre até mesmo em silêncio. Não é preciso uma afronta verbal. A agressão psicológica é um po de agressão que ocorre sempre em uma relação em que o assediador exerce autoridade sobre a ví ma, sujeitando-a a aplicação de maus tratos mentais e psicológicos de forma con nuada e intencional.

A forma como é feita a tortura psicológica não provoca dor sica em nenhum momento, mas a humilhação, estresse e angús a causada podem deixar cicatrizes psicológicas permanentes.

Assédio

Moral

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o bullying no trabalho exercido entre

É

f u n c i o n á r i o s n o m e s m o n í v e l h i e r á r q u i c o . C a r a c t e r i z a d o p o r humilhações, isolamento e perseguição constante de uma pessoa, grupo ou colega.

mais comum, feito entre o

O

c h e f e e u m o u m a i s subordinados. No geral, está relacionado com a pressão do trabalho e com o temor do superior em não apresentar os resultados exigidos.

Q u a n d o a p o l í t i c a d a e m p r e s a é responsável por causar situações humilhantes. Metas irreais, pressão além da normalidade, punições agressivas ou que ridicularizam o funcionário fazem parte da cultura da empresa.

(7)

CONSEQUÊNCIAS

O

a s s é d i o t e m e f e i t o s terríveis sobre a saúde sica e psicológica da ví ma. Vários distúrbios podem afetar a saúde mental, como:

depressão, angús a, e outros danos psíquicos relacionados às formas de organização do trabalho. São alguns sintomas do assédio moral:

a) Crises de choro;

b) Dores generalizadas;

c) Tremores, palpitações;

d) Sen mento de inu lidade;

e ) I n s ô n i a o u s o n o l ê n c i a excessiva;

f) Depressão;

g) Diminuição do desejo sexual;

h) Sede de vingança;

i) Aumento da pressão arterial;

j) Dores de cabeça;

k) Distúrbios diges vos;

l) Tonturas;

m) Pensamentos e até tenta va de suicídio;

n) Falta de ape te;

o) Falta de ar;

p) Alcoolismo.

O assédio moral configura doença ou acidente do trabalho porque pode provocar lesão sica ou mental e reduzir a capacidade para o trabalho. As doenças vão se agravando e o estresse cede lugar a u m e s t a d o d e p r e s s i v o e a perturbações psicossomá cas porque a todo abalo emocional há uma manifestação fisiológica.

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PERVERSIDADE MORAL CONTINUADA

ssediar significa estabelecer um cerco e não dar trégua ao outro,

A

humilhando e desqualificando-o de forma sistemá ca e repe va ao longo da jornada de trabalho. São ataques verbais, gestuais, perseguições e ameaças veladas ou explícitas, que envolvem fofocas.

Muitas vezes confundimos medo com respeito e, quanto mais tememos alguém, mais o vemos como merecedor de nosso respeito. A pessoa que se aproveita do medo que causa não possui nenhuma dessas qualidades e impõe o terror psicológico como estratégia de poder e autoritarismo.

Como saber se você sofre

assédio no

trabalho?

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COMO AGE O ASSEDIADOR?

a) Impede a ví ma de se expressar e de ter contato com o grupo;

b) Fragiliza, ridiculariza, inferioriza, menospreza separadamente ou e m f r e n t e a o s c o l e g a s , afirmando a incapacidade do assediado para exercer uma função;

c) Ameaça direta ou velada de demissão;

d) Vigilância acentuada de suas ações, como ida ao banheiro, cafezinho ou telefonema em caso de necessidade;

e) Força-o a pedir demissão ou transferência;

f) Exigência de produ vidade sem b a s e n o p ro c e s s o re a l d e produção;

g) Ameaça de rá-lo da função que e x e r c e , a fi r m a n d o a s u a incapacidade;

h) Es mulo à compe vidade e individualismo;

i) Discriminação de salários segundo o sexo;

j) Coerção quanto à gravidez – diminuição da produ vidade;

t r a b a l h a d o r d o e n t e , q u e apresentou atestado ou que voltou de afastamento por lesão;

l) Repete a mesma ordem para realizar uma tarefa simples c e n t e n a s d e v e z e s a t é desestabilizar emocionalmente o trabalhador ou dá ordens confusas e contraditórias;

m) Sobrecarrega a ví ma de t r a b a l h o o u i m p e d e a con nuidade do trabalho, negando informações;

n) Desmoraliza publicamente, afirmando que tudo está errado ou elogia, mas afirma em seguida que seu trabalho é desnecessário à empresa ou ins tuição;

o) Divulga boatos sobre a moral da ví ma;

p) Passa lista na empresa para que os trabalhadores se comprometam a não procurar o Sindicato ou ameaça os sindicalizados. Neste caso, além do assédio, é crime contra a livre-organização dos

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OS TIPOS MAIS COMUNS

DE CHEFES ASSEDIADORES

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imposição econômica da

A

c o n c o r r ê n c i a , d o individualismo e a quebra dos elos de solidariedade estão relacionados ao aumento dos casos do assédio tanto ver cal (nível h i e r á r q u i c o a c i m a ) q u a n t o h o r i z o n t a l ( m e s m o n í v e l hierárquico).

O assédio moral tende a se agravar nos momentos de crise econômica por causa dos ataques aos direitos trabalhistas, aumento da terceirização, do desemprego, rebaixamento de salários ou outros direitos. O assédio moral está ainda diretamente relacionado à pressão por produ vidade cada vez maior apesar da redução do número de funcionários.

O sistema de avaliação interno de muitas empresas passou a adotar a “meritocracia”, que seria a a v a l i a ç ã o i n d i v i d u a l d e desempenho. Todo o movimento sindical de luta condena esse

pode caracterizar um assédio moral disfarçado para barrar a progressão do trabalhador na carreira.

A meritocracia é usada pelos patrões para jus ficar medidas restri vas, como: transferência de setor ou de turno, a redução de direitos ou até mesmo a demissão de trabalhadores. Esse sistema condiciona a ví ma a se submeter a todas as vontades e pressões da chefia, joga trabalhador contra trabalhador e tende a isolar os trabalhadores incen vando o individualismo.

Trabalhadores boicotados pela meritocracia passam a ser s u s c e v e i s a o i s o l a m e n t o e menosprezados tanto pela chefia quanto pelos colegas de trabalho, configurando assédio decorrente da n o va e st r u t u ra ç ã o d a fo r m a produ va. Os que sofrem assédio da chefia trabalham sob pressão, enquanto muitos reproduzem o discurso da empresa e passam até a

Neoliberalismo, Reestruturação

Produtiva e Crises Econômicas

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p r i m e i r o p a s s o é o

O

trabalhador perceber que é v í m a d e a s s é d i o . O segundo é saber como se defender e comprovar o nexo causal entre os problemas de saúde do paciente e sua a vidade profissional. No caso do assédio moral, as manifestações iniciais da doença são tratadas muitas vezes como algo natural atribuída à correria da vida co diana como o estresse, a depressão e a ansiedade. Isso ocorre devido à banalização das humilhações e constrangimentos no local de trabalho.

A VÍTIMA DEVE:

a) Anotar com detalhes todas as h u m i l h a ç õ e s s o f r i d a s . D e

preferência, com testemunhas;

b) Ev i t a r c o nv e rs a r c o m o agressor sem testemunhas;

c) Exigir, por escrito, explicações do ato agressor e permanecer com cópia de carta enviada ao departamento pessoal ou RH;

d) Procurar o Sindicato e relatar o ocorrido;

e) Procurar o Ministério Público, Comissão de Direitos Humanos o u C o n s e l h o R e g i o n a l d e Medicina;

f) Procurar apoio de amigos ou familiares para construção de laços afe vos e de solidariedade;

g) Evitar o silêncio sobre o ocorrido.

O silêncio é o melhor aliado do agressor.

COMO PROVAR E

SE DEFENDER DO

ASSÉDIO?

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trabalhador do setor administrativo se sente

O

intimidado de participar da organização sindical porque trabalha diretamente em contato com vários gerentes. Alguns chefes disseminam a ideia de que parar os serviços administrativos não contribue com a luta por direitos. Mas não para por aí. Tanto os trabalhadores do administrativo quanto os da produção são assediados a não se liarem e a não participar das atividades da categoria.

O DIREITO DE GREVE é constantemente atacado pelos patrões e governos, mas a nossa Constituição garante no Art.

9º. “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.”

O assédio moral também pode se materializar como perseguição política. Os dirigentes sindicais, cipistas, ativistas são os que mais sofrem com a perseguição política.

Por isso, todo Sindicato de luta defende os representantes dos trabalhadores no chão da fábrica enfrentando os ataques e assédios.

Na Petrobrás, o assédio moral acarreta outras circunstâncias além das já citadas nesta publicação, como:

perseguição, discriminação. Estas últimas condições podem surgir, por exemplo, na transferência de trabalhador do turno para o HA como forma de punição nanceira; o trabalhador pode ser “topado” no avanço de níveis e em outras circunstâncias.

Por isso, é extremamente importante os trabalhadores estarem unidos, denunciarem essas práticas para que possamos combatê-las com organização políticas nas nossas mobilizações, apontá-las nas mesas de negociação com a

O ASSÉDIO CONTRA A PARTICIPAÇÃO DOS

TRABALHADORES NA LUTA SINDICAL

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LEGISLAÇÃO

quele que comete assédio

A

moral pode ser penalizado p o r v á r i o s a r g o s d a Cons tuição e do Código Penal brasileiro. O ar go 5º da Cons tuição Federal, por exemplo, garante que “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”. Já o ar go 10º reforça que “são invioláveis a in midade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”

S e o a s s é d i o m o ra l f o r ag ravado por ofens a, pode- s e configurar o crime de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal. O assédio pode configurar crime contra a liberdade p e s s o a l , e s p e c i a l m e n t e constrangimento ilegal ou ameaça.

É bom esclarecer que, nos

termos do Código Civil, a pessoa jurídica, ou seja, a empresa é a responsável pelos atos de seus gerentes, supervisores etc. nos casos configurados de assédio moral.

O judiciário também tem considerado muito o ar go 483 da CLT para julgar a violência moral sofrida pelo trabalhador. Esse ar go protege a ví ma em caso de “pra car o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama” ou

“for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;”, entre outras situações.

Além disso, o movimento sindical luta pela inclusão de um a r g o n a l e i 2 8 4 8 / 1 9 4 0 p a r a especificar ainda mais a prá ca do assédio moral no trabalho. Esse ar go estabeleceria pena de detenção de um a dois anos a quem comete assédio moral. O projeto está na Câmara e temos que pressionar os deputados para colocá-lo em votação.

DEFENDA-SE!

Denuncie o assédio moral! Não se cale! Procure o Sindicato! Você pode contar com o nosso departamento jurídico para as ações trabalhista já que o dano moral merece reparação financeira para penalizar a empresa e

coibir novos abusos. Combater o assédio moral é uma luta diária e requer a união de todos nós! Vamos juntos combater este mal!

Fontes: TST (Tribunal Superior do Trabalho); CNJ (Conselho Nacional de Jus ça); Rede Brasil Atual

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Referências

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