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Diagnostico de laboratorio da molestia de Chagas

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Academic year: 2017

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DR. J. L. PEDREIRA DE FREITAS

Professor Catedrático, Departamenlo de Higiene e Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina de Ribeirão Prêto da Universidade de 850 Paulo, Brasil

Diversos fatôres fazem com que o aper- feicoamento dos processos de laboratório para o diagnóstico da moléstia de Chagas tenha desempenhado, e ainda continue a desempenhar, papel fundamental na evo- lucáo dos conhecimentos sôbre essa doenca. De um lado, suas manifestacões sao muito diversas na forma aguda e na crônica; do outro, em cada urna dessas fases a sinto- matologia pode ser muito variável. AIém disso, deve ser considerada a longa durapão dessa infeccão que pode persistir no verte- brado por muitos anos, sob urna forma geralmente denominada latente, na qual, à medida que o tempo passa ou que se aper- feicoam os métodos de investiga@0 clínica, váo sendo evidenciados sintomas que até então náo haviam sido reconhecidos.

Do mesmo modo que as manifestacões da moléstia de Chagas diferem fundamental- mente na forma aguda e na forma c&ica, também os métodos de diagnóstico de laboratório sáo diversos para um e outro caso.

As formas agudas ou iniciais caracterizam- se pela presenta do Trypanosoma cruzz’ no sangue periférico, em concentra@0 tal que permite sua demonstra@o por processos diretos de exame. Por outro lado, na fase crônica o T. cruzi só pode ser demonstrado no sangue periférico esporàdicamente, ou aí existe em concentracáo tal que, em grande número de casos, náo pode ser detectado pelos métodos de laboratório habitualmente em uso. Decorre entáo que o diagnóstico, em geral, sòmente poderá ser estabelecido por meio de reacões sorológicas que demons- trem anticorpos decorrentes da infeccáo por êsse parasita.

A demonstracáo do T. cruzi na sangue periférico durante a fase aguda da molestia

* Manuscrito recibido em abril de 1961.

de Chagas poderá ser feita por exame a fresco ou em preparados corados pelos deri- vados do método de Romanovski.

0 exame a fresco, de extrema simplicidade, deverá ser repetido no mesmo dia ou em dias seguidos, o que virá compensar, ao menos em parte, sua pequena sensibilidade. Poderá ser feito tanto em sangue colhido direta- mente sôbre a lâmina quanto em sangue citratado, ou mesmo em sangue coagulado, utilizando-se nesse caso o material obtido por raspagem do coágulo ou o sedimento deixado pela centrifugacao do sôro. 0 maior in- conveniente dêsse exame está em que o mesmo precisa ser realizado com material fresco e, portanto, colhido na hora. Urna vez que se evite, porém, a dessecacáo-o que poderá ser feito mediante o recurso, por exemplo, de untar com vaselina os bordos da lámina e lamínula após colocar o sangue entre as mesmas-os tripanosomas poderáo ser observados com seu movimento ser- peante típico por mais de 48 horas, em temperatura ambiente. Por outro lado, em sangue citratado conservado em tubo de ensaio, permanecerá0 viáveis por muitos dias, desde que se mantenham condicóes de assepsia.

Um exame mais cuidadoso poderá ser feito em material corado pelos métodos derivados de Romanovski. Em determinados casos, mesmo quando há tripanosomas no sangue periférico, torna-se impossível verifi- car a sua prescenca em esfregacos, por ser pequena a quantidade de sangue assim examinada e porque os parasitas podem-se desintegrar ao fazer-se o preparado. Apesar de ser difícil identificar o parasita na gôta espêssa, esta oferece maiores oportunidades de encontrá-lo.

A pesquisa do T. cruzi no sangue periférico sòmente será positiva nas primeiras semanas

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ou nos primeiros meses da infeccáo. Embora se encontrem na lit,eratura referências a surtos de reagudiza@¡ na moléstia de Cha- gas com parasitas reveláveis por exame direto do sangue, êsse fato náo tcm sido demonstrado no homcm.

Os preparados corados sáo também indi- cados para a diferenciscáo ent,re T. cruxi e T. rangeli. Emborn mesmo pelo exame a fresco seja possível suspeitar que se t,rata de um ou outro dêsscs dois parasitas, sò- mente cm preparacões coradas SP poderá fazer com scguranca cssa distinyáo, que se impõe nas áreas onde há supcrposicáo dos dois parasitas. Convém assinalar que as referências ao encentro de T. rangeli no Chile, Argentina t: Brasil cstão baseadas rm documentacáo que náo permite a certeza do diagnóstico feit,o. Vem a propósito referir que, enquanto a distincáo entre T. cruzi e

T. rangeli pode ser feita com seguranca, faltam ainda elementos para urna idcnti- ficac;áo precisa dos tripanosomas morfològi- camente semelhantes ao T. cruzi que têm sido encontrados em numerosos reserva- tórios silvestres, nas áreas endêmicas da moléstia de Chagas ou fora das mesmas.

AlEm da demonstracáo direta da forma em tripanosoma no sangue periférico, alguns casos agudos têm sido diagnosticados pelo encentro de formas em leishmania dêsse parasita em material obtido por puncáo ou biópsia (1). Em dois casos da lit’ eratura (2, 3), o diagnóstico foi estabelecido pelo encentro do T. cruxi cm material de pun- cáo external. Todavia, náo pudemos demons- trar o parasita na medula óssea de pacientes com infeccáo crOnica, confirmando as ob- servacóes de Jannini e Dias (4) e Silva (5), ou mesmo cm casos agudos nos quais havia abundância de tripanosomas no sangue periférico.

l;a identifica@0 das formas tissulares do T. cruxi, dever-sc-áo levar em conta náo sòmente os parasitas do gênero Leishmania, em particular a L. donovani, como tamhém outros parasitas que com 0 mesmo se as- semelham nessa localiza~áo, conforme foi analisado por PcssGa c Pedreira de Freitas (6).

Em alguns casos agudos, o T. cruxi sò- mente poderá ser demonstrado por meio de processos indiretos, os quais seráo analisados quando se t)ratar do diagndstico das formas cranicas; em alguns casos, têm-se usado reacões sorológicas, principalmente de preci- pitacáo e de aglutinacáo.

Muniz e Freitas (7), aplicando a formas culturais do T. cruzi o método que descreveu Füller para a extrayão de polissacáridas do Streptococcus haemolyticus, obtiveram, pràti- camcnte 100 % de resultados positivos, em casos agudos. Decorridos, contudo, alguns meses do início da moléstia, os anéis de precipita+ váo-se fazendo menos nítidos, até as leituras se tornarcm negativas. Na fase crônica, essa rrayáo é positiva em apc- nas cêrca dc 20 por cento dos casos (8).

Muniz e Freitas (9) ohtiveram aglutina- @es dr altos títulos dc suspensões de formas culturais vivas de T. cruxi, em casos agudos e aglutinay6rs de títulos muito mais haixos e de menor intensidade, cm casos crônicos. Hauschka e col. (10) chamaram atencáo para a varia@ dos resultados conforme a cêpa de tripanosomas usada. Aplicando rssa reayão no diagnóstico de casos cr&Gos, verificamos ser particularmente difícil a leitura dos resultados (ll). Nussenzweig e Faria (12)) confirmando essa dificuldade, obtivrram resultados muito mais nítidos com aglutinacões feitas em prcsenqa de sôro de Coombs. A necessidade dr mantcr as culturas vivas em boas condicões de cresci- mento limita muito o emprêgo dessa prova, mesmo na fase aguda; por outro lado, sáo muito precários os resultados ohtidos com culturas mortas.

Derorrida a fasc aguda, a infecqáo pelo T. cruzi no vertebrado, particularmente no homem, caracteriza-se pela persistência do parasita no organismo, náo sòmente sob a forma de leishmania nos t,ecidos, como tamhém pelo aparrciment,o do tripanosoma no sangue periférico. Contudo, Pm ambos os casos, êssc parasita rst6 rm quantidade e t,em dist,rihui&o ~UP, rm geral, tornam extre- mamcnte difíril a sua demonstracáo.

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encontrado no sangue periférico por meio de processos indiretos, entre os quais se destaca o xenodiagnóstico, a inoculacão em animais de laboratório e a cultura “ in vitre” . Em um caso publicado, Jörg (13) pôde, em duas ocasióes, com 3 anos de intervalo, demons- trar o T. cruzi no sangue de urna paciente.

Para a aplicacão do xenodiagnóstico, o trabalho de Dias (14) sugere escolher a espécie de triatomíneo que seja o principal vetor na região. Mantém-se a col&ia de t’ riatomíneos no laboratório alimentada ex- clusivamente com aves, para afast,ar qual- quer possibilidade de infeccáo pelo T. cruzi, e escolhem-se para a prova, preferentemente, ninfas de quinto estádio que ainda não se tenham alimentado após a quarta muda, por sugarem essas maior quantidade de sangue e estarem em condicão ótima de sobreviver até o exame.

Urna vez que, aplicando essa prova a casos crônicos da moléstia de Chagas, pudemos observar que 20,G % dos triatomíneos empre- gados se infectaram (ll), preconizamos usar no mínimo cinco exemplares em cada prova.

É

de se notar que a porcentagem de triato- míneos que se contaminam durante um xenodiagnóstico poderá ser extremamente baixa, como indicam os dados que obtivemos ao fazer a prova usando simultâneamente grande número de exemplares (15). Porisso, em casos individuais, procurar-se-á aumen- tar o número de ninfas aplicadas. Melhores resultados poderão ser obtidos com a reali- menta@0 dos insetos no mesmo paciente conforme demonstrou Pifano (16).

Embora já tenhamos obtido resultado positivo dessa prova até com 15 dias, o tempo ótimo para o exame dos triatomíneos está entre 45 e 60 dias (15), feito com o sacrifício do inseto e a retirada da parte terminal do seu tubo digestivo. 0 exame será feito a fresco, entre IAmina e lamínula, recorrendo-se $ coloracão sempre que houver necessidade de diferenciacáo com o T. run- geli.

Praticando xenodiagnósticos com 5 nin- fas de T. infestans por paciente, obtivemos resultados positivos em cêrca de 20% dos casos crônicos de moléstia de Chagas. Pifano

(16) obteve 48,9 % de xenodiagnósticos positivos nos seus pacientes. &ses resulta- dos deyem ser atribuíveis, em grande parte, à circunst’ ância de que alguns dos casos observados por êsse autor, por se encontra- rem em zona endêmica, eram de infeccáo recente. Com efeito, segundo as observacões publicadas por Amato Xeto (17), a porcenta- gem de positividade decresce na razáo

direta do tempo decorrido desde a fase aguda. Mais recentemente, Pifano (18) apresentou resultados segundo os quais a porcentagem de positividade decresceu na razáo direta do tempo que os pacientes estiveram afastados das zonas endêmicas.

0 xenodiagnóstico será também de valia para revelar o T. cruzi nas formas agudas em que tenham falhado os processos diretos para sua pesquisa; nesses casos iniciais, a infeccão nos triatomíneos poderá ser demons- trada ao fim de poucos dias, conforme fizeram Romaña e Briones (19).

A aplicacão do xenodiagnóstico em casos agudos ou sub-agudos será de muita impor- tância para a avaliacão do resultado de dro- gas que, pelo seu efeito tripanocida, fazem cair ràpidamente a parasitemia, levando à suposicão falsa de cura parasitológica.

Em algumas circunstâncias haverá con- veniência de se aplicar o xenodiagnóstico “ in vitre” . Utilizando a técnica descrita por Nussenzweig a Sonntag (20), comparamos os resultados dessa prova com o do xeno- diagnóstico aplicado nos mesmos pacientes na ocasião da colheita do sangue. Embora os triatomíneos tenham sugado maior quan- tidade de sangue na prova “ in vivo” , náo foi significante, ao nível 5 %, a diferenca de positividade da prova por um ou outro método (21).

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maior a positividade da prova nessa con- dicão.

A inocula@o do T. cruzi em animais de laboratorio náo constitui processo de eleicão para o diagnóstico das formas crônicas da molestia de Chagas, embora SC kate de parasita capaz de infectar grande número das especies empregadas. Um dos animais mais sensíveis é 0 cáo jovem, que nao se presta inteiramente à rot,ina de diagnóstico. Inoculando em camundongos brancos jovens amostras do sanguc de pacientes com formas crônicas da molestia de Chagas, conseguimos demonstrar a infeccáo em apenas 0,61% dos casos. Inoculando ‘ Lcreme leucocitário” e a porcáo adjacente obt,ida por centri- fuga@0 de 5,O ml de sangue cikatado, essa porcentagem elevou-se para 31% (ll).

Em casos agudos da moléstia de Chagas, mesmo com abundancia de parasitos no sangue periférico, náo tem sido possível demonstrar os tripanosomas pelo exame direto do líquido céfalo-raqueano, mas sòmente pela inocula@o em animais de laboratório, como a cobaia (23) ou o cáo jovem (24).

Embora seja fácil cultivar o flagelado em laboratório, a semeadura diret,a do sangue com T. cruxi só excepcionalmente resulta positiva em pacientes com a forma crônica da moléstia de Chagas. Pifano (2Fj) assinala mesmo que, havendo semeado sangue de pacientes com infcccáo mista, 0 crescimcnto do T. rangeli foi muito mais freqiiente que o do T. cruzi.

Vemos, portanto, que a demonstracão do T. cruzi nas formas crônicas da moléstia de Chagas falha numerosas vêzes, mesmo quando se usam processos indiretos, tais como a inocula@0 em animais sensíveis, a cultura “ in vitre” ou o xenodiagnóstico. 0 diagnóstico nesses casos, têm portanto que ser estabelecido através de reacóes sorológi- cas ou alérgicas.

Melhores resultados têm sido obtidos com a reacáo de fixa@o do complemento. Em- pregada pela primeira vez em 1913 (26) por Guerreiro e Machado, que usaram como antígeno extratos de T. cruxi obtidos de

sangue ou órgáos de animais infectados, a prova mostrou-se dotada de grande especi- ficidade, observando-se, apenas, que os re- sult,ados foram um pouco variáveis, de acôrdo com o antígeno empregado por um e outro autor. Grande progresao represent,ou o preparo de ant,ígeno a partir de cult)uras do T. cruzi, por Kelser, em 1936. fisse antí- geno era dotado de grande capacidade fixadora FL elevada especificidade, emhora muito instável. Davis (27) preconizou a extra@0 das substancias antigênicas por congelamcnto c degêlo e o uso do “ merthio- late” como conservador.

Xumcrosos autores, entre os quais Muniz e Freitas (7) e Romaña e Gil (28), têm empregado antígenos preparados, funda- ment,almcnt,e, de acôrdo com Davis, salvo pcquenas variantes na técnica original. Durante alguns anos, trabalhamos com ‘ êsse antígeno, cmpregando-o de acôrdo com a técnica dc Kolmer (ll). Ampliando ohser- vacoes de out,ros autores, mostramos ser a rea@0 dotada de grande especificidade, porquanto sorneme obtivrmos rcacões ines- pecíficas em alguns pacientes com infecgáo leprosa. Dinia P Pellegrino (29) confirmaram êsse nosso achado. Entre pacientes com leishmnniosc kgumentar, nos quais foi possível excluir a concomitancia da infec- $0 chagásica, sòmente obtivemos reacões levement,e positivas (+ ou + +). Analisando os resultados da literatura, chamarnos atencao para o fato de que, nos casos em que obtiveram reacões fortemente positivas em pacientes com essa parasitose, os autores nunca excluíram a possível concomitancia da infeccáo chagásica.

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ser responsável por resultados pseudo- positivos observados em soros negativos conservados em geladeira, como foi publi- cado por Pellegrino e Mesquita (32).

Afim de obviar o inconveniente da queda da capacidade fixadora específica, têm-se preparado antígenos a part,ir de culturas liofilizadas, conforme preconizaram Liem e Van Thiel (33). Para êsses antígenos poderão ser usadas culturas conservadas secas du- rante anos, com a condicáo de que tenham sido mantidas no vácuo.

Há alguns anos, descrevemos (34) um antígeno preparado mediant,e o t’ ratamento de culturas de T. cruzi com benzeno, sus- pendendo-se, em seguida, em água destilada, o sedimento sêco e acrescentando-se cloro- fórmio. fisse antígeno, usado na reacáo de fixacáo do complemento pela técnica de Wadsworth e col., mostrou-se muito mais estável que outros, preparados segundo a trknica de Davis (30); por outro lado, essa técnica permite rigorosa padronizacáo dos elementos empregados na reacão, o que a torna particularmente indicada em saúde pública, para grandes levantamentos soro- lógicos (35), como recomendou o Nono Congresso Brasileiro de Higiene (36).

Mais recentemente, Chaffee e col. (37) descreveram, para o diagnóstico da moléstia de Chagas pela reacão de fixa’ cáo do com- plemento, um antígeno obtido pelo trata- mento de culturas de T. cruzi com éter anidro. Ao publicarem seus resultados, chamaram atencão para a sensibilidade da reacáo, porquanto haviam obtido resultados positivos em 98 por cent’ o dos soros de indivíduos infectados pelo T. cruzi. Conforme t,ivemos ocasião de analisar em trabalho anterior (38), ao apreciar êsses resultados obtidos por Chaffee e col., devemos levar em conta que os soros examinados por êsses autores foram obtidos, na sua totali- dade, pràticamente, de indivíduos nos quais o diagnóstico da infec@o chagásica já havia sido estabelecido pela positividade da reacão de fixacão do complemento. Procurando obviar êsse inconveniente na avaliacáo da sensibilidade da reacáo de Machado-Guer-

reiro, praticamos essa prova no sôro de 73 pacientes, obtidos gratas à colabora@io do Dr. E. Dias, nos quais havia sido diagnosti- cada, no decorrer da década precedente, através da demonstracáo do parasita no sangue periférico, a forma aguda da molést,ia de Chagas. Setenta a dois dêsses soros (98,6 %) revelaram-se reagentes, sendo que em 55 (75,3% do total) os títulos atingiram 2,0 ou mais.

Ao lado dêsses aspetos ligados à sua sensi- bilidade, deve-se ressaltar que a reacáo de Machado-Guerreiro se tem mostrado dotada de grande especificidade quando praticada com antígeno de culturas do T. cruxi, con- forme analisamos em trabalho anterior (ll), Resultados ainda mais específicos foram obtidos com o antígeno benzeno-chloro- formado, porquanto não se revelou rea- gente nem mesmo o sôro de um paciente com lepra lepromatosa no qual obtivéramos, anteriormente, resultado fortemente posi- tivo com antígeno de Davis (39).

Knierim (40, 41), empregando na reacáo de fixacáo do complemento pela técnica de Bozicevich e col. antígeno preparado funda- mentalmente de acardo com a técnica de Davis e submetido à centrifugacão, obteve 90 % de positividade entre 29 casos para- sitológicamente comprovados de moléstia de Chagas. Refere essa autora não ter ainda elementos para avaliar a especificidade da rea@0 praticada de acikdo com a técnica que preconiza.

Enquanto a reacão de fixacáo do comple- mento fornece resultados táo favoráveis na forma crônica da moléstia de Chagas, entre 14 casos agudos sòmente foram reagentes 7 (39). Pellegrino e Brener (42), igualmente, chamaram atencáo para a pequena sensi- bilidade dessa reacão na forma aguda da moléstia de Chagas. Nfio obstante, Rassi e col. (43) referem que foram reagentes os soros de 18 casos agudos examinados pela. técnica de Wadsworth e col.

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macáo de “ hemólisc condicionada” . Com- parando os resultados obtidos mediante essa técnica com os que foram fornecidos pelas reacões de aglutinacao e de fixacão do com- plemento em 10 casos ci-ônitos, conclui (4.5) pela superioridadc da reacáo de hemólise condicionada. Contudo, os dados que apre- senta em seu trabalho nao permitem com- precnder como o autor chegou a essa con- clusão.

Urna reacao rápida e de fácil execuCão seria de grande aplka@o para a cxclusão de doadores de sangue infectados pelo T. CTI&, mas, como vemos, nenhuma das reacóes descritas até o presente satisfaz essa condi- $50. Nussenzweig e Almeida (46) procura- ram resolver êsse problema através da rea@0 praticada com soro ativo. A dificul- dade de padronizacão dessa rea@¡0 náo permitiu aplicá-la com êxito (47). Scorza e col. (48) usaram urna prova do corante, semclhante à de Sabin-Feldman para a toxoplasmose, cm casos crônicos da moléstia de Chagas. Embora os resultados inkiais tcnham sido muito favoráveis, falt,am estu- dos mais extensos sôbre êsse método, princi- palmente quanto à sua cspecificidade.

A reacáo de fixacáo do complemento rom antígeno de T. cruxi em transudatos foi primeiro praticads por Villela (49), que obteve resultado fortemente positivo no liquido ascítico de um pacient’ e com a forma cardíaca cranica da moléstia. Praticando a rea&0 com antígeno benzenoclorofor- mado, obtivemos (YjO) resultados em geral concordantes no sangue c nos líquidos de derrame peritoneal, pleural ou pericárdico, tendo chamado atencao para o emprêgo dessa prova para diagnóstico da infeccáo chagásica 110 cadáver, principalmente

quando o acentuado grau de hemólise náo permite a lcitura do seu resultado no soro.

A reacao de fixacáo do complemento no cadáver tcm grande import,ância para estabclccer a verdadeira etiologia de numero- sos quadros que levan1 à morte, cm vista da dificuldadc de se encontrar as formas em leishmania nos tecidos, nos casos crônicos da molestia de Chagas. Essa rarida.de dos

ninhos de leishmania limita também o valor da viscerot,omia cárdio-hepática preronizada por Mazza (51) para o diagnóstico pos& mortem da infeccão chagásica.

Encontram-se na likratura raras referên- cias a resultados positivos da reacáo de Machado-Guerreirn no líquido céfalo-ra- queano. Com antígeno benzenoclorofor- mado, verificamos (.52) náo serem reagemes os líquidos céfalo-raqueanos de 161 pacientes internados cm hospital psiquiátrico, estando incluídos rntrc, os mesmos 46 psicopatas em que 3, reacáo fôra positiva no sangue. Dalma

(.53) obteve 4 resultados positivos praticando a rcacáo no líquor dc 12 parient,es rom infec- cáo chagásira scm manifestacões neurológi- cas. l?Isse mesmo autor chama atencáo para o fato, realmenk cstranhável, de essas rcacões positivas terem sido obtidas em líquidos céfalo-raqucanos que náo aprcsent~avam qualquer outra anormalidade. Num raso em que obtivemos reacáo positiva no líquor, êssc cxihia aumento de protéinas P posit,ivi- dade das reacões para globulinas, porém o paciente aprcsentava cislicercose generali- sada c crises epiléticas.

Ka reaqão de fixacáo do complemcnt,o para moléstia de Chagas, como acontece em diversos outros sistemas, um problema im- portante é a medida do tcor de anticorpos fixadores do’ complemento no sangue. Xo caso part,icular da molést,ia de Chagas, essa questão assume particular importancia para se avaliar o efeito específico de drogas sôbrc o T. cruzi na fase crônica da moléstia, em vista da dificuldade de se est,abelecer êsse conkôle através da parasitcmia. Em geral, essa medida de antkorpos tem sido feita através de tít,ulos det,erminados pelo inverso da dilui&o com a qual se obt,ém determinado grau de hcmolise.

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ser devidamente interpretadas levando-se em conta as peculiaridades de cada sôro (54).

Quanto à padronizacão dos antígenos, ao lado da maior estabilidade de benzeno- cloroformado, a técnica por nós adotada permitia fàcilmente estabelecer, para o T. cruxi, as “ curvas de isofixa@o” descritas por Almeida (55), as quais mostravam a neces- sidade de se dosar os antígenos em presenta de excesso de anticorpo e os anticorpos em presenta de excesso de antígeno. Através dêsse critério, pudemos verificar que, em- bora influenciados pelas diversas variáveis que forcosamente ocorrem ao se repetir a reagáo em diferentes oportunidades, os títulos obtidos por meio dêsse método, para o antígeno e o amicorpo, sáo interdepen- dentes e a relacáo entre os mesmos B cons- tante, mostrando o poder de combinacáo entre antígeno e anticorpo, independente- mente da intensidade da reacáo, a qual é evi- denciada por graus diferentes de hemólise

(56). Dessa verificacao decorre que antígenos sbmente poderáo ser comparados se usarmos um mesmo sôro reagente e fizermos essa compara@0 através do cociente dos títulos do si%-o e do antígeno, a fim de tornar mínima a influência das demais variáveis que inter- ferem na reacáo.

Outro problema a resolver ao se avaliar o significado da variacáo dos resultados obtidos é o da influência das causas técnicas, questáo que poderia assumir aspeto especial nesse caso, em virtude da falta de uniformidade ffsica do antígeno que apresenta partículas em suspensáo. Rsse aspeto foi recentemente focalizado por Almeida e Siqueira (57), que estudaram a discrepancia relativa entre pares de reacões simult,âneas, nesse sistema. Aplicando um critério de análise seqüen- cial de probabilidade direta, concluíram que para êsse ant,ígeno podem ser adotados os mesmos critérios de varia@0 aceitos para outros sistemas que usam antígenos muito mais purificados, como a cardiolipina.

A reacáo entre antígeno de T. cruzi e sôro chagásico processa-se mesmo em pre- senca de outros sistemas fixadores do com- plemento, como acontece, aliás, com outras

reacões sorológicas. Porisso, náo houve interferência nos resultados yuando o mesmo s&o foi pasto em presenta de quantidades adequadas de cardiolipina, antígeno pre- parado com culturas de Mycobacterium tuberculosis e antígeno benzenoclorofor- mado de T. cruzi. 0 uso dêsse antígeno trí- plice foi aconselhado para a sele@o de doadores em bancos de sangue (58).

Além dos elementos morfológicos que permitem distinguir o T. cruzi do T. ran- geli, a reacáo sorológica de fkacáo do com- plemento com antígeno do primeiro tem sido negativa no sôro de pacientes infectados pelo T. rangeli (59). Por outro lado, embora tenhamos apenas algumas observacões a respeito, verificamos que antígeno preparado com cultura de T. rangeli reagiu com soros de pacientes com forma crônica da moléstia de Chagas.

A rea@0 de f?xa@o do complemento com antígeno de T. cruzi em animais apresenta algumas peculiaridades que merecem co- mentário. Embora aplicada desde há muitos anos em cáes por Guerreiro e Machado (26), deve ser interpretada com especial cuidado, nesse caso, náo sòmente devido à freqüência com que o sôro de cáo pode-se mostrar anti- complementar, como pela facilidade com que as hemácias dêsse animal se hemolisam em presenta do sôro. Além disso, conforme chamarnos atencáo em trabalho anterior (f-30), 0 “ critério de positividade” (soro reagente) deve ser estabelecido para êsses animais, porquanto pode diferir do que se usa para o sôro humano. Assim, trabalhando com sôro de cáes que sabíamos com segu- ranca nao estarem infectados, estabelecemos como valor mínimo de positividade o título 3,0, na técnica de Wadsworth e col. Brener e Pellegrino (61) assinalam a positividade da reacáo de fixacáo do complemento, quer com antígeno de T. cruzi, quer com antí- geno de Mycobacterium tuberculosis, em cáes infectados com T. cruzi ou com Leish- mania donovani.

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confirmar os dados de Espinoza (62), que Os dados da literatura náo sáo concor- verificou náo serem reagentes os soros de dantes a respeit,o do valor diagnostico da gambás (Didelphis spp.) comprovadamente reacáo intradérmica com antígeno de T.

infectados por tripanosomas morfològica- cruxi. Estudando êsse problema em casos mente indistinguíveis do T. cruzi. Verifica- crônicos de molestia de Chagas (ll), verifi- mos êsse fato mesmo quando empregamos camos que rssa reacáo sòment,e resultou antígeno preparado com cêpa do protozoário positiva quando aplicada cm pacientes com isolado dêsse marsupial. Por outro lado, leishmaniose tegumcmar. Mostramos, por verificamos também que, quase sempre, outro lado, que essa reatividadr cruzada, nao sáo reagentes os soros de gatos domésti- assinalada t~ambém no trahalho experimental cos, mesmo com infeccáo comprovada por de Pessôa e Cardoso (68), poderia explicar xenodiagnóstico. Apenas um dos casos as aparemes divergências referidas na litera- revelou um título igual a 3,,1. tura.

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