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7. LOCALIZAÇÃO DA SUBUNIDADE β1 DA INTEGRINA POR IMUNOFLUORESCÊNCIA Por microscopia confocal

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7. LOCALIZAÇÃO DA SUBUNIDADE

β

1 DA INTEGRINA POR

IMUNOFLUORESCÊNCIA.

7.1. Por microscopia confocal

A marcação da integrina β1 pode ser analisada por microscopia de fluorescência confocal, utilizando para isso o anticorpo específico para a subunidade

β1 da integrina, como mostra a figura 21. Células transfectadas com o shRNA-Syn4 e o oncogene EJ-ras apresentam uma diminuição significativa na intensidade de fluorescência em verde (integrina β1) quando comparadas com a célula selvagem. Para ambas as células, a marcação se apresentou exclusivamente perinuclear, diferentemente da EC selvagem com marcação evidente no contorno das células.

FIGURA 21: LOCALIZAÇÃO DA INTEGRINA β1 POR MICROSCOPIA DE

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8. LOCALIZAÇÃO

DA

FIBRONECTINA

POR

IMUNOFLUORESCÊNCIA.

8.1. Por microscopia confocal

Sabendo da importância do sindecam-4 no processo de adesão célula- matriz, resolvemos analizar por microscopia de fluorescência confocal, a proteína de matriz extracelular, a fibronectina, nas células EC, EJ-ras-EC e shRNA-Syn4-EC.

A marcação da fibronectina em verde é evidente nas diferentes células, com perfil de marcação fibrilar característico de região de matriz extracelular. As células transfectadas com shRNA-Syn4 apresentam uma diminuição significativa na intensidade de fluorescência para a fibronectina quando comparada com as células EC e EJ-ras-EC. Aparentemente, as células EJ-ras-EC não apresentam diferenças na intensidade de fluorescência para a fibronectina quando comparadas com a EC selvagem (Figura 22).

FIGURA 22: LOCALIZAÇÃO DA FIBRONECTINA POR MICROSCOPIA DE

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9. LOCALIZAÇÃO

DO

PROTEOGLICANO

BIGLICAM

POR

IMUNOFLUORESCÊNCIA.

9.1. Por microscopia confocal

Como o silenciamento do sindecam-4 em shRNA-Syn4-EC mostrou um aumento da ordem de 63% na expressão de condroitim sulfato em relação a EC selvagem, resolvemos investigar a expressão de biglicam, um proteoglicano típico de matriz extracelular e que apresenta cadeias de condroitim sulfato em sua estrutura, nessas células.

As células foram submetidas à imunomarcação utilizando o anticorpo para o biglicam. A figura mostra visivelmente a marcação de biglicam em verde na matriz extracelular em todas as células, sendo que, para as células transfectadas (shRNA-Syn4-EC e EJ-ras-EC) a marcação do tipo fibrilar foi menos evidente, com marcação difusa pela célula. As células silenciadas para o gene de sindecam-4 mostram marcação mais intensa com distribuição distinta das células selvagens (Figura 23).

FIGURA 23: LOCALIZAÇÃO DO BIGLICAM POR MICROSCOPIA DE FLUORESCÊNCIA

CONFOCAL. Células EC, shRNA-Syn4-EC e EJ-ras-EC não permeabilizadas, foram marcadas com o anticorpo anti-biglicam (verde) e o núcleo corado com DAPI (azul). EC (WT-Wild Type): Célula endotelial de aorta de coelho selvagem; EJ-ras-EC: EC transfectada com o oncogene EJ-ras; shRNA-Syn4-EC (clone 10+): ECs transfectadas com o vetor contendo o short hairpin RNA para o sindecam-4. A barra representa 20µm.

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10. LOCALIZAÇÃO DO VEGF POR IMUNOFLUORESCÊNCIA.

10.1. Por microscopia confocal

Avaliada a localização de diferentes proteínas nas diferentes células, resolvemos analisar ainda a localização do fator de crescimento VEGF, utilizando o anticorpo específico para este fator de crescimento.

Curiosamente, ambas as células shRNA-Syn4-EC e endoteliais selvagem, apresentaram um perfil de marcação tanto fora como no interior das células, com distribuição perinuclear (Figura 24).

Por outro lado, a célula EJ-ras-EC apresentou marcação menos intensa quando comparada as outras células, com a presença do VEGF apenas nas regiões de citoplasma e fora da célula, não apresentando marcação na região do núcleo (Figura 24).

FIGURA 24: LOCALIZAÇÃO DO VEGF POR MICROSCOPIA DE FLUORESCÊNCIA

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DISCUSSÃO

O silenciamento do gene do sindecam-4 pelas células shRNA-Syn4-EC e a superexpressão desse proteoglicano nas células EJ-ras-EC levaram a mudanças fenotípicas e funcionais nos fenômenos de adesão célula-célula, célula-matriz e célula substrato em células endoteliais, bem como nas características morfológicas dessas células.

Resultados semelhantes aos deste trabalho foram observados para células de ovário de hamster chinês (CHO-K1). Essas células transfectadas com vetor para a expressão do proteoglicano sindecam-4 apresentam mudanças fenotípicas em sua morfologia como, maior grau de espraiamento, forma fibroblástica com bordas côncavas e maior proeminência dos microfilamentos, quando comparadas com as CHO-K1 selvagens. Em contraste, CHO-K1 quando transfectadas com vetor para a expressão do sindecam-4 com a porção citoplasmática trucada total ou parcialmente, também apresentam mudanças fenotípicas em sua morfologia como, perda do espraiamento, acentuado grau de desordenamento, desorganização do citoesqueleto, aumento cortical dos filamentos de actina e circunferência alterada, quando comparadas com as CHO-K1 selvagens (Longley et al., 1999).

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marcadores fluorescentes (GFP- green fluorescent protein). Assim, os estudos mostram que a localização de Ras não está exclusivamente associada à membrana plasmática, mas também as membranas de outras organelas, como reticulo endoplasmático rugoso, Golgi, endossomos e mitocondrias (Fehrenbacher et al., 2009).

Células endoteliais transfectadas com o oncogene EJ-ras apresentam uma série de eventos celulares atípicos quando comparadas com a célula endotelial selvagem. EJ-ras-EC superexpressam o proteoglicano sindecam-4, apresentando elevada síntese de HS na fração celular e secretado para o meio de cultura (Lopes et al., 2006). Esses resultados mostram a inter-relação da proteína Ras com este proteoglicano, uma vez que, Ras faz parte da via de transdução de sinal desencadeada pelo próprio proteoglicano sindecam-4, levando a uma série de eventos celulares.

Assim como a mutação da proteína Ras leva a superexpressão deste proteoglicano (Lopes et al., 2006), a diminuição da expressão de Ras ocorre quando o sindecam-4 é silenciado nessas células.

O aumento da síntese de sindecam-4 em células EJ-ras-EC, implica na localização da proteína Ras principalmente na membrana plasmática. Por outro lado, o silenciamento de sindecam-4 em células shRNA-Syn4-EC, leva a alteração na localização de Ras nessas células, sugerindo que a sua associação esteja ocorrendo em membranas internas de região citosólica da célula.

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células endoteliais, a importante função de receber estímulos extracelulares para o desencadeamento de sinais nas células para a síntese de compostos. Observaram por fluorescência de microscopia confocal, que a heparina co-localiza com a proteína fibronectina presente na matriz, regulando a síntese de proteoglicanos de heparam sulfato nessas células. Ainda, em concordância com esses dados, observaram que o efeito é dependente da presença de matriz, pois células em suspensão não são sinalizadas por heparina (Trindade et al., 2008).

Integrinas e proteoglicanos de heparam sulfato agem em conjunto no processo de adesão focal, modulando as interações entre o citoesqueleto das células e as proteínas da matriz extracelular (Dreyfuss et al., 2009; Woods, 2001).

Células shRNA-Syn4-EC apresentam diminuição na expressão de sindecam-4 na superfície celular, com subseqüente diminuição da síntese de fibronectina na matriz extracelular dessas células. Já células EJ-ras-EC ao superexpressarem o sindecam-4, apresentam desorganização da fibronectina presente na matriz extracelular

O papel da integrina com receptores de matriz extracelular já é bem conhecido, sendo determinante para a sobrevivência das células agindo em conjunto com o sindecam-4, na adesão célula-célula e célula-matriz. Esta interação regula a migração celular, pelo aumento da extensão de lamelopódias, o que modula a afinidade da célula com a matriz extracelular (Dreyfuss et al., 2009; Longley et al., 1999).

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comparadas com as células selvagens que apresentaram uma marcação exclusivamente periférica (Longley et al., 1999).

Os dados observados neste trabalho estão em concordância com os resultados de Longley e colaboradores (1999), pois a subunidade β1 da integrina em células deficientes em sindecam-4 pelo silenciamento (shRNA-Syn4-EC) e em células que super-expressam ras (EJ-ras-EC), apresentaram um perfil de marcação difuso nestas células. Já as EC apresentaram uma marcação exclusivamente periférica, destacando a importância do sindecam-4 na expressão e disposição da integrina β1em células endoteliais.

Os proteoglicanos de HS exercem uma importante função nos eventos de sinalização celular para fatores de crescimento, onde estes além de se ligarem aos seus receptores para o desencadeamento de uma série de respostas celulares são também dependentes das cadeias de HS para desempenharem sua ação, como é o caso do sindecam-4. Estruturalmente as cadeias de HS dos proteoglicanos são altamente diversificadas, o que favorece na interação com uma variedade de proteínas como, fatores de crescimento, quimiocinas, morfógenos, componentes de matriz extracelular, enzimas e entre outras. Esta interação tem um importante papel na modulação em diferentes processos biológicos como proliferação, diferenciação, sobrevivência e apoptose (Dreyfuss et al., 2009).

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com o heparam sulfato proporcionaria uma proteção dos fatores à ação de proteases (Saksela et al., 1988). Tal ligação poderia servir como um "reservatório", sendo liberado de acordo com a necessidade de proliferação da célula (Moscatelli, 1988). Sabendo que células transfectadas com o oncogene EJ-ras são independentes de fatores de crescimento para se proliferarem em cultura (Kovary et al., 1989), apresentando descontrole no ciclo celular, resultando em uma constante proliferação (Lopes et al., 2006), podemos sugerir que a baixa expressão de VEGF nas células EJ-ras-EC ocorreu em decorrência da superexpressão de sincedam-4, enquanto que para as células shRNA-Syn4-EC a expressão de VEGF foi semelhante à da endotelial selvagem.

O proteoglicano biglicam em conjunto com colágenos, proteoglicanos, glicosaminoglicanos, fibronectina, laminina, vitronectina, entactina, entre outras moléculas, compõe a matriz extracelular, conferindo a ela importante papel nos eventos de adesão, migração, proliferação, diferenciação e apoptose (Schonherr & Hausser, 2000; Trindade et al., 2008).

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CONCLUSÕES

Células endoteliais submetidas ao silenciamento para o proteoglicano sindecam-4 (shRNA-Syn4-EC) ou para a super-expressão do mesmo (EJ-ras-EC) foram estudadas comparativamente com células endoteliais selvagens (EC). Este estudo comparativo nos possibilitou concluir:

• As células shRNA-Syn4-EC apresentam características morfológicas distintas das selvagens e das que super-expressam Ras, com desorganização na disposição e fraca adesão célula e célula-matriz o que leva dificuldade para atingir a confluência. Por outro lado, estas últimas crescem em cultura formando multicamadas e não apresentam inibição por densidade de saturação;

• A presença do marcador específico de células endoteliais, o Fator de von Willebrand (vWF) foi demonstrada tanto para as células silenciadas para sindecam-4 como para as que super-expressam Ras e concomitante, super-expressam sindecam-4, mostrando inequivocamente que se tratam de células endoteliais.

• Diminuição na expressão do esqueleto protéico do sindecam-4 e das cadeias de HS presentes no extrato celular e no meio de cultura para as células shRNA-Syn4-EC. Por outro lado, as que super-expressam Ras mostram aumento na expressão do esqueleto protéico do sindecam-4 e das cadeias de glicosaminoglicanos (CS e HS) presentes no extrato celular e no meio de cultura;

• Diminuição na expressão da proteína Ras, com localização particular na região perinuclear foi observada para as shRNA-Syn4-EC, contrastando com as que super-expressam essa proteína, que mostram sua localização periférica mais intensa na região de superfície celular;

Referências

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