Qualidade das Águas Lagoa de Araruama

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Consórcio Intermunicipal Lagos São João – CILSJ

Entidade Delegatária com funções de Agência de Água do Comitê Lagos São João e Comitê do Rio Macaé e das Ostras

Av. Getúlio Vargas, 603 – 305/306 – Centro – Araruama/RJ – 28970-000 Tel:. (+ 55) 2665.0750 – 22-8841.2358

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2013 06 Qualidade das Águas Lagoa de Araruama

O presente relatório é um compendio de estudos e dados - referentes ao mês de junho de 2013 - que integra o processo de monitoramento ambiental da Lagoa de Araruama.

As amostras de água de superfície que foram coletadas correspondem às doze estações localizadas na Lagoa de Araruama (Fig. I), em 22 de junho de 2013. Estas amostras foram analisadas quanto aos diferentes parâmetros físico-químicos e, posteriormente, foram adicionados dados e algumas informações relativas complementares.

Fig I. Lagoa de Araruama e as 12 estações de coletas – geo-referenciamento.

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RESULTADOS DOS PARÂMETROS HIDROQUÍMICOS ANALISADOS

Os resultados obtidos das análises de campo realizadas “in situ”, por Analistas do Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, Rio São João e Zona Costeira (22 de junho de 2013) e das análises hidroquímicas, realizadas pela PROLAGOS, são apresentados na tabela I:

Tabela I:Parâmetros Hidroquímicos nas estações de coleta na Lagoa de Araruama

T u rb id e z (N T U ) C o r (P t C O ) p H ( S o re n s e n ) F ó s fo ro T o ta l ( m g /L ) N -N it ra to ( m g /L ) N -N it ri to ( m g /L ) N it ro g ê n io T o ta l (m g /L ) S ó li d o S u s p e n s o T o ta l (m g /L ) C lo ro fi la ( u g /L ) D B O ( m g /L ) S al in id ad e (‰ ) O .D . (m g /L ) T e m p e ra tu ra ( °C ) Vi s ib il id a d e D is c o Se c c h i Pr o fu n d id a d e ( m e tr o s )

Padrão CONOMA 357/05 classe I Águas Salinas - - 6,5 a 8,5 Máx. 0,062 Máx. 0,40 Máx. 0,07 Máx. 0,40 - - - ≥30 > 6 - EXCURSIONISTA 4,52 94 8,17 0,15 - - 1,73 8 17 13 45 - 23 0,5 1,5 ARARUAMA CENTRO 5,91 81 8,08 0,08 - - 1,51 5 14 10 51 - 22,9 1 2,5 BARBUDO 4,11 111 8,03 0,12 - - 1,3 10 15 9 50 - 22,8 1,1 3,9 PONTA DA ALCAÍRA 4,81 72 8,13 0,09 - - 1,41 12 8 5 50 - 23,4 1,2 6,6 IGUABA GRANDE 3,8 81 7,91 0,05 - - 1,44 7 4 3 48 - 22,9 1,2 4,9 SÃO PEDRO DA ALDEIA 3,2 41 7,99 0,09 - - 1,43 8 4 3 50 - 22,8 0,9 2,4 MONTE ALTO 3,54 39 7,92 0,11 - - 1,52 7 4 3 53 - 23,5 1,1 1,5 BOQUEIRÃO 5,62 60 8,09 0,15 - - 1,51 14 9 4 44 - 23,4 1 2,6 ÁREA 2 3,44 62 8,13 0,06 - - 1,45 8 3 6 46 - 23,1 - 1,1 PRAIA DO SIQUEIRA 6,7 73 8,01 0,12 - - 1,51 15 12 13 43 - 23 - 1,2 PALMEIRAS 6,12 55 8,02 0,07 - - 1,54 11 4 4 42 - 22,8 - 1,9 BOCA DA BARRA 4,11 6 8,11 0,1 - - 1,39 6 5 3 34 - 22,5 - 2,2 Mínima 3,2 6 7,91 0,05 - - 1,3 5 3 3 34 - 22,5 0,5 1,1 Máxima 6,7 111 8,17 0,15 - - 1,73 15 17 13 53 - 23,5 6,6 6,6 Média 4,66 64,58 8,05 0,1 - - 1,48 9,25 8,25 6,33 46,28 - 23,01 1,66 2,69 Desvio Padrão 1,17 27,71 0,08 0,03 - - 0,1 3,17 5,05 3,89 5,12 - 0,3 2,01 1,66

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 Ponto 2 – Araruama centro

 Ponto 3 – Barbudo

 Ponto 4 – Acaira

 Ponto 5 – Iguaba Grande

 Ponto 6 – São Pedro d’Aldeia

 Ponto 7 – Monte Alto

 Ponto 8 – Boqueirão

 Ponto 9 – Área 2

 Ponto 10 – Siqueira

 Ponto 11 – Palmeiras

 Ponto 12 – Boca da Barra

Sólido Suspenso Total - A

concentração média foi de 9,25 mg/L, alcançando uma variação de 10 mg/L entre os pontos amostrais. Foi registrado valor máximo de 15 mg/L no ponto 10 e mínimo de 5 mg/L no ponto 2.

Turbidez – Apresentou-se com

uma média de 4,66 NTU, alcançando uma variação de 3,5 NTU em relação aos pontos amostrais. Foi registrados valor máximo de 6,7 NTU no ponto 10 e mínimo de 3,2 NTU no ponto 6.

Cor – Apresentou-se com uma

média de 64,58 Pt-Co, alcançando uma variação de 105 Pt-Co em relação aos pontos amostrais. Foi registrado valor máximo de 111 Pt-Co no ponto 3 e mínimo de 6 Pt-Co no ponto 12.

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Clorofila – Apresentou uma

concentração média de 8,25 µg/L. Foi registrado máximo de 17 µg/L no ponto 1 e mínimo de 3 µg/L no ponto 9. Todos os pontos estão dentro do valor aceito pela Resolução CONAMA 357/2005.

pH - A análise de bancada

demonstrou uma média de 8,05, alcançando uma variação de 0,26 em relação aos pontos amostrais. Foi registrado valor máximo de 8,17 no ponto 1 e mínimo de 7,91 no ponto 5. Todos os valores de pH registrado estão dentro da faixa de valores ambientais permitido (faixa de normalidade de 6,6 a 8,5) pela Resolução CONAMA - 357/2005.

D.B.O. - A demanda bioquímica de oxigênio apresentou-se com uma média de 6,33 mg/L, alcançando uma variação de aproximadamente 10 mg/L em relação aos pontos amostrais. Foi registrado valor máximo de 13 mg/L nos pontos 1 e 10. Valor mínimo 3 mg/L nos pontos 5, 6, 8 e 12.

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Nitrogênio total –

Apresentou-se com uma concentração média de 1,48 mg/L, alcançando uma variação de 0,43 mg/L em relação aos pontos amostrais. Foi registrado valor máximo de 1,73 mg/L no ponto 1 e mínimo de 1,3 mg/L no ponto 3. Todos os pontos registraram concentração acima do limite (máximo de 0,40 mg/L) estabelecido pelo CONAMA – 357/2005.

Fósforo total –

Apresentou-se com uma concentração média de 0,1 mg/L, alcançando uma variação de 0,1 mg/L em relação aos pontos amostrais. Foi registrado valor máximo de 0,15 mg/L nos pontos 1 e 8. Mínimo de 0,05 mg/L no ponto 5. Todos os pontos, com exceção dos pontos 5 e 9, registraram uma concentração de fósforo acima do limite máximo (0,062 mg/L) estabelecido pelo CONAMA - 357/2005.

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Av. Getúlio Vargas, 603 – 305/306 – Centro – Araruama/RJ – 28970-000 Tel:. (+ 55) 2665.0750 – 22-8841.2358 cilsj@lagossaojoao.org.br - www.lagossaojoao.org.br 6 Relação N/P A relação Nitrogênio/Fósforo (N/P) manteve-se com uma média de 16,5 (N/P). O valor mínimo foi obtido no ponto 8 de 10,06 e um valor máximo no ponto 5 de 28,8. (N/P=1/16)

Temperatura – apresentou-se

com uma média de 2,69 °C, alcançando uma variação de 1 ºC entre os pontos amostrais. Foi registrado valor máximo de 23,5 ºC no ponto 7 e mínimo de 22,5 ºC no ponto 12.

Salinidade – apresentou-se

com uma média de 46,28 ‰, alcançando uma variação de 18,6 ‰ entre os pontos amostrais. Foi registrado valor máximo de 53 ‰ no ponto 7. Valor mínimo de 34‰ no ponto 12. Os valores das amostras estão de acordo com a Resolução CONAMA - 357/05.

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Precipitação

Ao logo do mês de junho a média da temperatura mínima foi de 20,63 ºC e a média máxima de 27,83 ºC, com a temperatura máxima de 31 ºC no dia 02. A precipitação acumulada ao longo do mês foi de 25 mm.

Fonte: AccuWeather.com 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 5 10 15 20 25 30 35 01/ 06/ 2013 02/ 06/ 2013 03/ 06/ 2013 04/ 06/ 201 3 05/ 06/ 2013 06/ 06/ 2013 07/ 06/ 2013 08/ 06/ 201 3 09/ 06/ 2013 10/ 06/ 2013 11/ 06/ 2013 12/ 06/ 2013 13/ 06/ 2013 14/ 06/ 2013 15/ 06/ 2013 16/ 06/ 2013 17/ 06/ 2013 18/ 06/ 2013 19/ 06/ 2013 20/ 06/ 2013 21/ 06/ 2013 22/ 06/ 2013 23/ 06/ 2013 24/ 06/ 2013 25/ 06/ 201 3 26/ 06/ 2013 27/ 06/ 2013 28/ 06/ 2013 29/ 06/ 201 3 30/ 06/ 2013 P r e c ip itaç ão m m Te m p e r atu r a ºC

Mínima, Máxima e Precipitação em Araruama

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2013 06 BALNEABILIDADE.

O INEA para o mês de junho seguindo a Conama 274 classifica:

1. PRAIAS DE LAGOA Próprias para banho em:

Araruama – Nobres.

São Pedro da Aldeia – Sol, Linda, Sudoeste e Balneário.

Cabo Frio e Arraial do Cabo – Monte Alto e Figueira.

Iguaba Grande – Iguaba Grande

2. PRAIAS DE LAGOA Impróprias para banho em:

Araruama – Seca, Hospício, Areal, Centro, Pontinha, Amores, Coqueiral,

Barbado, Iguabinha, Gavião e Bananeiras.

São Pedro da Aldeia - Ponta d'Aldeia, Aldeia, Pitória e Centro.

Cabo Frio – Siqueira, Passagem, Palmeiras.

3. PRAIAS OCEÂNICAS Próprias para banho em:

Arraial do Cabo– Pontal, Grande e Prainha.

Cabo Frio – Forte, Conchas, Peró, Foguete.

Búzios – Rasa, Tucuns, Manguinhos, Geribá, Azeda, Brava, Forno, Armação,

Fernandes, Ferradura, Tartaruga e Ossos.

Casimiro de Abreu – Praião e Prainha.

4. PRAIAS OCEÂNICAS Impróprias para banho em:

Búzios – Canto.

Arraial do Cabo – Anjos

A pesquisa da presença de enterococos para testes de balneabilidade realizados pelo INEA em 18, 25/06/2013 apresentou resultados conforme Tabela II.

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Tabela II: Pesquisa de Enterococos na Lagoa de Araruama, 25 junho 2013.

ARARUAMA Enterococos

NMP/100 mL

ARARUAMA Enterococos

NMP/100 mL

AM01 Praia Seca 20 AM39 Iguabinha R Tupi 10

AM02 Praia do Nobre 10 AM40 Iguabinha R Wash. Luiz 5.475

AM03 Praia do Areal 68 IG01 Popeye 226

AM04 Praia do Hospicio 303 IG02 Tele-Iguaba 10

AM05 Praia do Centro 152 IG03 1001 10

AM06 Pontinha 341 IG04 Tigrão 10

AM07 Praia dos Amores 20 IG05 Palm Beach 10

AM08 Coqueiral 63 SP01 Praia Linda 10

AM09 Praia do Barbudo 97 SP02 Pst.Ipiranga 10

AM10 Praia do Gavião 30 SP03 Cal.Mossoró 10

AM11 Iguabinha 3.654 SP04 Praia Pitória 69

AM30 Pontinha 20 SP05 Praia do Sol 10

AM31 Bananeiras 10 SP06 Praia Sudoeste 10

AM32 Figueira 86 SP20 Praia Balneário 10

AM33 Areal R Copacabana 323 SP21 Praia Ponta da Areia 6.221

AM34 Areal R Flamboyans 465 SP22 Praia Camerun 2.684

AM35 Praia Centro R México 134 CF01 Praia Siqueira 24.196

AM36 Praia Centro R Honduras 1.723 CF05 Passagem 122

AM37 Praia Barbudo Canal 173 CF08 Praia Palmeiras 20

AM38 Praia Barbudo Quadras 41 AC01 Mt. Alto 1.201

FONTE: INEA - Data: 18, 25/06/2013

Resolução CONAMA 274/2000 - Satisfatório até 100 NMP/100 mL e Insatisfatório acima de 100 NMP/100 mL

Das análises de balneabilidade referente às amostras coletadas – em quarenta pontos amostrais da Lagoa de Araruama - apenas as praias: Praia do Hospício, Praia do Centro, Pontinha, Iguabinha, Areal R Copacabana, Areal R Flamboyans, Praia Centre México, Praia Centro R Honduras, Praia Barbudo Canal, Iguabinha R Wash. Luiz, Popeye, Praia Ponta da Areia, Praia Camerun, Praia Siqueira, Passagem e Mt. Alto apresentaram resultados insatisfatórios, por excederem o limite de concentração de Enterococos.

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Os demais pontos apresentaram concentrações menores que 100 NMP/100 mL, portanto, com resultado satisfatório segundo a Resolução CONAMA 274/2000.

OBSERVAÇÃO SOBRE O FITOPLÂNCTON

As amostras de água de superfície foram coletadas em doze estações de coleta ao longo da Lagoa de Araruama, localizadas nos municípios de Cabo Frio, São Pedro d´Aldeia, Iguaba e Araruama (RJ), no dia 22 de junho de

2013.

Os resultados obtidos da análise qualitativa e quantitativa do fitoplâncton demonstraram:

Caracterização da Comunidade Fitoplanctônica

A análise microscópica das espécies registrou 50 táxons, distribuídos em diatomáceas (29), dinoflagelados (15), cianobactérias (3), crisofíceas (1), prasinofíceas (1) e dictiofíceas (1).

De acordo com a riqueza de espécies, na coleta do mês de junho, foram observados 50 táxons fitoplanctônicos sendo 01 a menos do que na coleta do mês de maio (51);

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A densidade celular do fitoplâncton total relativa ao período de coleta (22 de junho) variou entre 2,87 X 105 cel. L-1 observada na Boca da Barra a 1,12 X 106 cel. L-1, em Excursionista

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Porcentagem dos Grupos Taxonômicos nas Estações de Coleta

Analisando:

- a coloração do espelho d’ água, no momento da coleta (22/06/2013)

- a porcentagem dos grupos taxonômicos nas estações de coleta ao longo da lagoa de Araruama

- os parâmetros obtidos,

Concluímos que:

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2- a estação Excursionista apresentou maior densidade celular devido a uma

contribuição 30 % da espécie de cianobactéria cf. Synechocystis sp ;

3- a menor densidade celular foi observada na estação Boca da Barra;

4- as espécies de diatomáceas apresentaram uma maior densidade celular na

estação Boca da Barra, devido à presença da espécie Chaetoceros sp;

5- a espécie de prasinofícea cf. Tetraselmis sp foi somente observada nas

estações Araruama, Barbudo e Excursionista ;

6- os dinoflagelados foram representativos na estação Araruama contribuindo

com 20 % devido à ocorrência de Heterocapsa sp;

7 – ressalta-se a continuação da presença da espécie de dinoflagelado

Gymnodinium sp, ao longo das estações da Lagoa de Araruama, com exceção de Barbudo, São Pedro, Área 2 e Siqueira. A proliferação dessa espécie pode ser responsável pela ocorrência de efeitos nocivos, tanto na cadeia alimentar como causando também graves perdas econômicas na aquicultura, pesca e turismo;

8 – verifica-se a ocorrência frequente de fitoflagelados em todas as estações

de coleta;

9 – observada a presença de Ciliados nas estações Araruama, Barbudo,

Acaira, Iguaba e São Pedro;

10- as espécies Gymnodinium sp, Heterocapsa sp, Scripsiella cf. trochoidea

(Dinoflagelado), Oscillatoria sp1 (Cianobactéria), cf. Tetraselmis sp (Prasinofícea), Kephyrion sp (Crisofícea), Entomoneis alata, Coscinodiscus sp e Navicula sp (Diatomácea) caracterizaram-se, nesse período, por serem muito freqüentes nas estações de coleta da Lagoa de Araruama;

11 - a maior diversidade e a maior riqueza das espécies foram observadas na

estação Boca da Barra;

12 - a salinidade média ao longo da Lagoa de Araruama, observada no

momento da coleta foi de 49 ‰, tendo o máximo de 53 ‰ em Barbudo, Acaira, Iguaba e São Pedro e o mínimo de 38 ‰ na Boca da Barra;

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13 – a profundidade média foi igual a 2,7 m, a máxima foi verificada em Acaira

igual a 6,6 m e a mínima na Área 2 com 1,1 m;

14 – a visibilidade do disco de Secchi mostrou uma média de 0,99, um valor

máximo de 1,2 em Acaira e Iguaba e o mínimo de 0,5 em Excursionista. Devido a intensidade do vento, no momento da coleta não foi obtido valores de visibilidade nas estações Área 2, Siqueira, Palmeiras e Boca da Barra.

OBSERVAÇÕES DO ZOOPLÂNCTON

Judson da Cruz Lopes da Rosa

Análise Qualitativa

Os resultados obtidos, na Lagoa de Araruama demonstraram um total de 32 táxons. O meroplâncton foi representado por 5 grupos e o holoplâncton por 27 táxons. No decorrer da laguna pôde-se observar uma variação espacial quanto ao número de táxons. A Lagoa de Araruama mostrou um baixo número de táxons nas estações de 1 a 9. Nas estações, mais próximas ao mar onde a salinidade e a temperatura caem, a comunidade apresenta um maior número taxonômico. A grande diferença entre os números de táxons das estações próximas ao mar das demais foi devido à maré alta no período de coleta.

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Contribuição do número de táxons nas estações da Lagoa de Araruama observados na campanha de junho de 2013.

Caracterização da comunidade zooplanctônica

A comunidade zooplanctônica apresentou grande frequência de larvas de cirripedia e do copépode Acartia clausi. Abundância relativa de copépode A.clausi reduz nas estações 11 e 12 onde a salinidade e a temperatura também diminuem.Nesta estação ocorreu uma alta abundância relativa do copépode Temora turbinata, Oithona oculata e Oncaea media.

A densidade total de organismos nas estações variou entre o mínimo de 3 org.m-3 e o máximo de 2.795 org.m-3.Nesta campanha, o menor valor de densidade foi encontrado na estação 6 e o maior na estação 12 , como pode ser observado no gráfico abaixo.

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Densidade de organismos das estações da Lagoa de Araruama na campanha de junho de 2013.

Os resultados obtidos demonstram:

-O baixo número taxonômico e a baixa densidade da comunidade zooplanctônica na lagoa também foram mencionados por Rosa &Monteiro-Ribas 2011.

- Assim como nos resultados Rosa & Monteiro-Ribas 2011, o zooplâncton apresenta uma densidade maior nas estações próximas ao mar e nas estações internas da lagoa, os valores de organismos por metro cúbico tornam-se baixos.

- A baixa densidade do plâncton na lagoa de Araruama também foi citada por Coutinho et al., 1999, justificando que o aumento da salinidade influenciava na comunidade planctônica.

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- Em estudo específico de zooplâncton em estuário hipersalino, demonstra que em salinidade entre 41-50 a comunidade zooplanctônica exibe menor número de táxons e uma baixa abundância média(Buskey, Wysor& Hyatt.,1999).

- A alta abundância relativa e frequência de ocorrência do copépode Acartia clausi é um forte indicador de eutrofização (Crifas i& Crescenti, 1975).

- O número elevado desta espécie de copépode significa que a A. clausi está adaptada às condições da laguna (Rosa & Monteiro-Ribas 2011).

- A alta densidade nas estações próximas ao mar é devido à maré que influenciam nos canais estuarinos, demonstrando uma comunidade zooplanctônica com maior diversidade na maré alta (Robertson, Dixon& Daniel1988.,Pinheiro et al., 2010).

- Nestas estações (10,11 e 12) assembleia de copépodes a espécie com maior densidade foi T. turbinata, geralmente encontrada em águas costeiras e oceânicas (Avila, Arruda &Bonecker, 2006).

- T. turbinata é citada em trabalhos como umas das espécies dominantes em ambientes estuarinos com uma ampla distribuição pela costa brasileira. Esta espécie é invasora para a costa brasileira, na qual foi citada pela primeira vez na década de 80, na região nordeste. Atualmente essa espécie está presente em toda a costa do Brasil (Lopes 2004).

- A espécie Oithona oculata também muito abundante nesta campanha é comumente encontrada em estuários e ambientes costeiros (Sterza & Fernandes 2006).

- Oncaea media é ecologicamente encontrada em regiões costeiras e oceânicas, com temperatura entre 15 a 21ºC e salinidade de 35.

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Síntese do resultado do monitoramento diário na Lagoa de Araruama

A lagoa de Araruama ao longo deste mês apresentou uma média de salinidade no período diurno de 50,26‰ e uma média noturna de 50,42 ‰. Os valores máximos alcançados nos períodos diurnos 56‰ e noturno de 57‰, com uma mínima diurna de 16‰ (Praia do Excursionista, no dia 06/06/13) e noturna de 25 ‰ (Praia do Excursionista, no dia 09/06/13).

O parâmetro oxigênio dissolvido (O.D) apresentou uma média diurna de 6,41 mg/L e noturna 5,69 mg/L, com os valores máximos diurno de 11,1 mg/L (Praia do Tomé, no dia 07/06/13) e noturno de 6,91 mg/L (Praia do Tomé, no dia 21/06/13). Valores mínimos de O.D. foram alcançados no período diurno de 4,1 m g/L (Praia do Excursionista, no dia 24/06/13) e noturno de 4,29 mg/L (Praia do Centro, no dia 04/06/13 e Praia do Barbudo, no dia 03/06/13).

A temperatura da água alcançou uma média diurna e noturna respectivamente de 25,12 ºC e 23,58 ºC ao longo deste mês. Um valor máximo diurno foi registrado de 27,4 ºC e noturno de 26,2 ºC. Valores mínimos foram alcançados no período diurno, com 22,5 ºC e noturno com 20,2 ºC.

O pH apresentou ao longo do mês uma média diurna de 8,69 e noturna de 8,57. O valor máximo registrado diurno foi de 9,57 (Praia do Excursionista, nos dias 07/06/13) e noturno de 9,37(Praia do Excursionista no dia 21/06/13). Valores mínimos foram alcançados no período diurno de 7,8 (Praia do Balneário, nos dias 01/06/13) e noturno de 5,08 (Praia do Tomé, no dia 10/06/13).

A turbidez apresentou média diurna de 9,4 NTU e noturna de 9,06 NTU. O valor máximo diurno registrado foi de 38,7 NTU (Praia do Excursionista no dia 05/06/13) e noturno 81,4 NTU (Praia do Excursionista no dia 04/06/13), com registro mínimo diurno de 1,54 NTU (Praia do Popeye, no dia 24/06/13) e noturno de 1,62 NTU (Praia do Popeye, no dia 28/06/13).

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A direção do vento com maior frequência e intensidade no mês de fevereiro foi o ENE com 23,67%, com ventos de 5,7 a 11,1 m/s de velocidade e W 14,48% com vento de 0,5 a 5,7 m/s. A intensidade do vento variou de 0,5 a 11,1 m/s, com maior frequência de intensidade (28,6 %) na classe de 0,5 a 2,1 m/s. 3,5 28,6 22,3 23,2 19,9 2,4 0,1 0 5 10 15 20 25 30 %

Distribuição das Classes de Frequência

Wind Class (m/s)

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Fonte: INMET – Instituto Nacional de Meteorologia

Variações de maré foram registradas com valores de preamar máximos de 1,3 nos dias 21, 22, 23 e 24 e baixamar mínima de -0,1 nos dias 23 e 24/06.

Créditos de pesquisa - Equipe MH AMBIENTAL: Dr.ª Maria Helena Campos Baeta Neves