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Santander Asset Management

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Academic year: 2021

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Índice

Projeções, 1

Ecoeconomia, 2

Cenário externo, 3

Cenário Doméstico, 4

Cenário Doméstico e Renda Fixa, 5

Disclaimer na última página

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Indicadores macroeconômicos (*) Projeções

Última atualização 3/09/10 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

BRASIL PIB crescimento real (%) 3,1 3,9 6,1 5,1 (0,2) 7,5 4,5 4,5 Inflação (IPCA/IBGE) (%) 5,7 3,1 4,5 5,9 4,3 5,2 5,0 4,0 Inflação (IGPM /FGV) (%) 1,2 3,8 7,7 9,8 (1,7) 8,5 5,0 3,5 Taxa de câmbio média (R$/US$) 2,43 2,18 1,95 1,84 1,99 1,79 1,82 1,88 Taxa de câmbio final (R$/US$) 2,34 2,14 1,77 2,34 1,74 1,85 1,85 1,91 Saldo em conta corrente (US$ bi) 14,0 13,4 1,5 (28,2) (24,1) (51,5) (60,0) nd Saldo comercial (US$ bi) 44,7 46,2 40,0 24,9 25,4 13,7 4,8 nd Taxa de juro nominal final do ano (Selic) 18,00 13,25 11,25 13,75 8,75 10,75 12,25 10,00 Taxa de juro nominal média (CDI) 19,00 15,03 11,76 12,31 9,84 9,79 11,02 10,51 Taxa de juro real (deflacionado pelo IPCA) 12,6 11,5 7,0 6,1 5,3 4,3 5,7 6,3 Risco Brasil (spread acima dos treasuries) 305 192 222 416 196 200 200 200 Dívida pública (% do PIB) 48,0 45,9 43,9 38,8 43,0 42,7 41,3 nd Resultado nominal do setor público (% do PIB) (3,4) (3,5) (2,7) (1,9) (3,3) (2,8) (2,5) nd Resultado primário do setor público (% do PIB) (**) 3,9 3,2 3,4 3,5 2,1 3,0 3,3 nd (*) As áreas sombreadas são projeções.

(**) Sem fundo soberano e PPI

Ecoeconomia

Santander Asset Management

Brasil - Relatório Econômico e Estratégico Resumido

Setembro

2010

Indicadores ago 2010

Ibovespa médio 66.629 -3.42% no mês -4.78% no ano IBX médio 20.869 -3,41% no mês -5,64% no ano S&P 500 1.049,33 -4,74% no mês -5,90% no ano CDI -0,07% no mês +6,15% no ano Dólar = $ 1,7560 -0,07% no mês +0,85% no ano Eduardo Castro Alexandre Ludolf Cal Constantino Danilo Vitti Fábio Landi José Malavasi Ricardo Rossi

Gestão Renda Fixa

Alexandre Silvério André Rocha Eduardo Calier Gustavo Maziero Guilherme Bretas Pedro Villani Renato Santaniello Sidney Uejima

Gestão Renda Variável & Multimercados Pedro Villani Eugênia Buosi Investimentos Socialmente Responsáveis Hugo Penteado Ricardo Denadai Economia e Estratégia

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Planeta, pessoas e economia, o que vem primeiro?

A discussão sobre sustentabilidade está a todo vapor, em função das descobertas das ciências da Terra sobre o funcionamento dos ecossistemas e a nossa dependência e vulnerabilidade em relação a eles. Não dá mais para ignorar que nossos corações só batem porque há um ser vivo na Terra que armazena luz do sol, que nossos pulmões se enchem de oxigênio porque há um ser vivo no oceano que produz um excedente, que a comida chega aos nossos pratos através das abelhas, e por aí vai. Todos os seres vivos dependem de todos os seres vivos, declaram os cientistas. Charles Darwin escreveu que nada diferencia o ser humano dos demais animais, mas possuímos a capacidade de separar as causas das conseqüências. Possuimos o nosso exosomatismo, que torna o impacto das populações sobre o ecossistema muito maior. Um urso vem a Terra e vive só com seu próprio corpo, nós vivemos com carro, casas, celulares, hotéis, barcos, ou seja, um monte de trecos.

Os ecossistemas não estão aí apenas para serem comidos, eles desempenham funções vitais sem os quais não estaríamos vivos. O planeta Terra era originariamente rocha, material semelhante ao sol, podendo até ser uma parte dele, fruto de alguma explosão e se assemelha a um ovo, uma casca fina, que é a nossa crosta terrestre, preenchida com o magma incandescente. A Terra, bilhões de anos atrás não tinha água, que aqui foi trazida através do bombardeamento continuo dos cometas, que são feitos de gêlo. Esse bombardeamento de cometas impediria o surgimento da vida; estamos numa zona sideral perigosíssima, mas Jupíter, um planeta gigante muito maior que a Terra, ao nascer, com sua gravidade começou a atrair todos os elementos móveis para si, dando paz cósmica à Terra. Foi criada a primeira condição da vida desse planeta: sem Júpiter com certeza não estaríamos aqui.

Se a água entrou nos sistemas da Terra através dos cometas, então sabemos que ela é finita. E de nada adianta dizer que a maior parte da água salinizou e que resta ao ser humano dessalinizar, porque o que fazer com o sal? E os riscos para o equilíbrio oceânico? Toda vida desse planeta esteve um dia somente na água e aos poucos os animais foram ganhando os continentes. Mesmo assim, até hoje, 70% dos seres vivos estão nos oceanos. A água é fundamental: nossos corpos são compostos 60% de água, nossa reprodução sexuada é na água e o bebê nasce numa bacia de água. Água é vida, um recurso finito que não foi preservado e que está sob intenso ataque de todos os povos. A vida que segue inexplicada é uma bênção, os cientistas quando descobriram o mundo atômico esperavam achar um átomo nos nossos braços diferente dos átomos de uma mesa, mas descobriram que eram idênticos. Nossos corpos são feitos de material estelar (parte do sol) e de água dos cometas. É ou não é um milagre?

Mas o milagre maior está como todos os seres vivos mantêm uma comunhão em prol da vida, que sem ela, toda a teia desmorona e todos desaparecerão. Os ecossistemas e sua biodiversidade não estão aí só para serem transformados em atividades agrícolas ou econômicas, eles existem como reguladores químicos do solo, do ar e da água e sem eles a Terra seria uma tocha incandescente. A autora do livro Biomimicry escreveu que toda espécie que não for capaz de compartilhar o ecossistema com outras espécies está fadada a desaparecer. Logicamente ela se referia a nós, onde os únicos bichos que permitimos são ratos, pombos, baratas e pernilongos e que sempre somos obrigados a matar ou exterminar.

Caso os ecossistemas sejam comidos além dos limites que garantem a sustentação de toda a vida na Terra irão deixar de funcionar e quem irá perder será a vida do planeta, onde nós somos uma pequena parte e bem vulnerável. Se somarmos a massa de todas as bactérias desse planeta, ela será maior que a massa de todos os nossos corpos

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juntos. Infelizmente é o ser humano no seu sistema de consumo e produção que precisa ser refeito, acabamos destruindo os ecossistemas ao ponto de termos produzido a maior extinção da vida na Terra dos últimos 65 milhões de anos. E é muita ingenuidade achar que essa extinção jamais irá se voltar contra os causadores.

O planeta é muito maior que a economia e as pessoas são muito maiores que a economia. Na verdade a economia depende do planeta e das pessoas e não o contrário. Adicionalmente, a economia não pode ser maior que o planeta e nós só temos um planeta para obter paz entre os povos, equilíbrio e para poder compartilhá-lo com os demais condôminos, ao invés de destruí-los, processo que acabará destruindo a nós mesmos. Aos economistas cabe parar de colocar ênfase em crescimento fazendo de conta que a economia é um bicho sem boca nem estômago (de onde vem os recursos não importa) e sem intestino nem reto (para onde vão os resíduos pouco interessa). Esse bicho só tem sistema circulatório e não está em contato com o meio ambiente, poderia estar em qualquer lugar, inclusive em Marte. A economia do descarte e do desperdício ligada a uma montanha de mitos injustificáveis é também uma grande barreira à sustentabilidade e nesse modelo mental, quando há fome, dizemos que falta produção de alimentos e não que há desperdício (de fato, as classes mais altas e os países ricos jogam um quarto da comida no lixo).

A sustentabilidade é uma mudança profunda, interna, voltada para novas atitudes e para novos atores no cenário econômico, social e político. A boa notícia é que depende de muito pouco: depende da vontade de cada um de nós e quanto mais esse grupo aumentar, mais o impacto do nosso pensamento fará diferença. Lembrem-se que tudo que existe à nossa volta esteve um dia na mente de alguém. Vamos começar a pensar em como ter um mundo limpo, com pessoas felizes e em equilíbrio, sem pressões desnecessárias e onde as relações entre nós e com o planeta tenham um grau de respeito e humildade muito grandes.

Cenário Externo

Agosto foi marcado pelo receio maior da economia global entrar em duplo

mergulho. A deterioração dos dados que foi observada, principalmente nos EUA,

causou a sensação de uma economia posicionada para uma nova recessão, com

sucessivas revisões do crescimento econômico para baixo. No final do mês, dados

de sentimento ao redor do globo mais positivos e outros dados econômicos com

surpresa positiva, reverteram o pessimismo na virada de setembro.

Ficou claro que uma tendência inequívoca de baixa dos mercados só com

extremos, como a crise do subprime de 2007, raiz da crise econômico e

financeira global de 2008. O duplo mergulho deixou de ser um receio após

alguns dados melhores que o esperado e o discurso super otimista do Ben

Bernanke no Jahson Hole Symposium.

O mercado é extremamente complacente com as respostas do governo, apesar

de muito claramente ineptas e insuficientes. Ben Bernanke sempre é ouvido, não

importa seus erros no passado (foi assim nas suas avaliações iniciais da crise do

subprime, da crise bancária e na crise financeira). Por isso, seu discurso no final

do mês de agosto, super otimista com a retomada da atividade, principalmente

em 2011, marcou o início de uma rodada de otimismo nos mercados. Mesmo

assim, as incertezas acerca do futuro impedem uma clara tendência de alta,

assim como uma menor probabilidade de recessão impede uma clara tendência

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de baixa. Esse é um mercado sem tendência e volátil, onde os exageros serão

boas apostas contrárias. Tivemos até agosto quatro meses de baixa (janeiro,

maio, junho e agosto) e quatro meses de alta (fevereiro, março, abril, julho).

Setembro abre com perspectiva favorável, mas muito suscetível às dúvidas a

respeito da desaceleração global, principalmente nos EUA, China e Europa.

Cenário Doméstico

A atividade com dados de alta frequência ficou claramente posicionada para uma

aceleração após os três meses de acomodação que surpreenderam. Dados de

veículos, pedágios, confiança da indústria e do consumidor, reforçam essa tese.

Adicionalmente, a continuidade da forte expansão do emprego e da renda são

fatores que fortalecem a idéia que a economia passou por uma desaceleração

temporária da atividade. Apesar da tese desinflacionária do cenário externo

sobre a economia brasileira, esse impacto é ainda praticamente inexistente.

O impacto do cenário externo não é desprezível, embora seja limitado na

ausência de mudanças muito bruscas. Os fundamentos domésticos seguem

preponderantes e determinantes – (i) mercado de trabalho, (ii) crédito e (iii)

confiança. Virtual esgotamento da ociosidade. Gastos de natureza fiscal e

“para-fiscal” continuam (e continuarão) expansionistas com aumento dos gastos

correntes (reajuste de +7,7% INSS), bancos federais, BNDES, etc. O ritmo de

crescimento será forte no 2S10 (não tão forte como o 1T10, mas nem tão fraco

como o 2T10), o que nos mantém preocupados com pressões inflacionárias.

As importações seguirão crescendo bem acima das exportações. A contribuição

dos termos de troca em 2011 tende a ser menores, o que exigirá maior

financiamento externo. Contudo a história brasileira seguirá favorável, o que

pode prorrogar a disposição do mundo em financiar o Brasil. Por essa razão

mantemos projeção do câmbio a R$/US$ 1,85 até final de 2011.

A melhora da inflação e acomodação da atividade levou a uma revisão da Selic,

estável em 10,75% até o final do ano. Contudo, avaliamos que este nível de taxa

não será suficiente para convergir inflação para a meta, logo esperamos

retomada do ciclo de alta em 2011.

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Renda Fixa

A queda das taxas de juros de longo prazo, quase totalmente ligada à piora do

cenário de crescimento global ao longo do mês, liderada pela deterioração forte

dos EUA. Embora a reação do mercado seja imediata, tentando medir impactos

inflacionários e desinflacionários do cenário externo na inflação e na curva de

juros, isso está longe de ser uma possibilidade real. Dados de inflação melhores

e atividade mais fraca também contribuíram para o fechamento. Na virada do

mês de agosto para setembro o mercado mudou o tom em relação ao cenário

externo e as taxas de juros de longo prazo voltaram a subir. O sentimento em

relação à economia global está mais acomodado e a inflação, com maior clareza

do impacto da forte alta de alimentos, pode manter a alta de juros futuros ao

longo do mês.

Apesar da deterioração do cenário externo e do comportamento adverso dos

ativos de risco ao longo do mês de agosto, o câmbio resistiu bravamente e

apresentou uma pequena desvalorização. Isso se explica, talvez, pelo bom

posicionamento do real nas operações de carry trade, mas também, por conta da

expectativa de fluxo da operação da Petrobras. Melhora do cenário externo -

conforme sinalizado no final de agosto - a perseverar deve manter o câmbio bem

comportado ao longo do mês.

Renda Variável

Agosto foi um mês volátil e ruim para a bolsa, em função do aumento do receio

de uma nova recessão nos EUA e com a idéia que isso iria acabar prejudicando o

processo de retomada global. Na virada do mês de agosto para setembro

surpresas positivas com discurso do Ben Bernanke e dados econômicos nos EUA,

além da firmeza econômica relativamente maior da China e da zona do euro,

diminuíram o receio com recessão e aumentaram a sensação de capacidade de

compensação do resto do mundo e dos emergentes em relação às agruras dos

EUA.

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Referências

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