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BIOMETRIA DOS FRUTOS DE TUCUMÃ (Astrocaryum vulgare Mart.) NO MUNICÍPIO DE CAPITÃO POÇO/PA

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ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 2014 2776

BIOMETRIA DOS FRUTOS DE TUCUMÃ (Astrocaryum vulgare Mart.) NO MUNICÍPIO DE CAPITÃO POÇO/PA

Luane Laíse Oliveira Ribeiro1

, Ironeide Lima e Lima1, Letícia do Socorro Cunha1, Emanuel Pimenta Pacheco1

, Raimundo Thiago Lima da Silva2

1Graduandos do Curso de Agronomia-Universidade Federal Rural da Amazônia (luanelaiseifpa@hotmail.com) Campus Capitão Poço – Brasil.

2 Professor Assistente I da Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus de Capitão Poço – Brasil.

Recebido em: 30/09/2014 – Aprovado em: 15/11/2014 – Publicado em: 01/12/2014

RESUMO

O tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) é um fruto tropical nativo pouco consumido pela população brasileira, mas bem conhecido e apreciado em suas regiões de ocorrência. O tucumã é encontrado na região amazônica podendo alcançar de 10 a 15m de altura, 15 a 20 cm de diâmetro. Com o principio de conhecer a variação das potencialidades das palmeiras localizadas na região do nordeste paraense, mas especificamente no munícipio de Capitão Poço, foram coletados 500 frutos de tucumã em cinco das suas comunidades. Depois de coletados e selecionados os frutos foram analisados em laboratório e aferido o seu tamanho, peso, volume, peso da semente, e o rendimento de polpa respectivamente. O presente trabalho teve por objetivo analisar se o peso da semente e o peso do fruto influenciam no rendimento de polpa no fruto do tucumãzeiro. Os dados obtidos através da biometria do tucumã foram submetidos às análises estatística, utilizando os Softwares Assistat e SASM-Agri na qual foram realizados o testes t e o teste de correlação simples. Verificou-se que o peso da semente pouca influencia na quantidade de polpa, enquanto que o peso total do fruto influencia expressivamente no rendimento de polpa.

PALAVRAS-CHAVE: coleta, nativo da Amazônia, palmeira, potencialidade FRUITS OF BIOMETRICS TUCUMÃ (Astrocaryum vulgare Mart.) DE

MUNICIPALITY OF CAPITAIN WELL - PA ABSTRACT

The tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) Is a tropical fruit native bit consumed by the Brazilian population, but well known and appreciated in their regions of occurrence. The tucumã is found in the Amazon region may reach 10 to 15 m tall, 15-20 cm in diameter. With the principle of knowing the variation of the potential of palm trees located in the northeastern Pará region, but specifically in the municipality of Captain Wells, 500 tucuman were collected in five of their communities. Once collected and selected fruits were analyzed in the laboratory and measured their size, weight, volume, seed weight, and yield of pulp respectively. This study aimed to analyze the weight of the seed and fruit weight influence on pulp yield in the fruit of tucumãzeiro. The data obtained through biometrics tucumã were subjected to statistical analysis

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using the software Assistat and Agri-SASM in which the tests teo simple correlation test were performed. It was found that the weight of the seed little influence on the amount of pulp, while the total fruit weight significantly influences the yield of pulp. KEYWORDS: colletion, native to the Amazon, palm, potentiality

INTRODUÇÃO

O tucumã é encontrado na região amazônica podendo alcançar de 10 a 15m de altura, 15 a 20 cm de diâmetro. Cresce próximo de rios, em áreas não cobertas com água, em terra firme, cobertura vegetal baixa e em campo limpo. Tem característica de florescer e frutificar durante quase todo o ano (FERREIRA et al., 2008).O gênero Astrocaryum possui um grande número de espécies com potencial alimentício e produtoras de óleos. A espécie mais utilizada, o tucumã do Amazonas, é consumida em larga escala nos estados da região norte do Brasil e originado do extrativismo vegetal (RODRIGUES, et al., 2013).

O tucumanzeiro é uma palmeira espinhosa, geralmente entouceirada com outros caules em número variável, de dois a seis caules. Atinge até 10 m de altura e com 10 a 20 cm de diâmetro, cobertos com espinhos pretos com cerca de 20 cm de comprimento. Cachos com cerca de 1 m e 150 frutos elipsoides verdes que adquirem cor amarelo alaranjada quando maduros. Da amêndoa se extrai óleo comestível com taxa de 30-50% de óleo branco (LORENZI et al. 2006).

O tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) é um fruto tropical nativo pouco consumido pela população brasileira, mas bem conhecido e apreciado em suas regiões de ocorrência. A população consome o tucumã in natura, na forma de suco, sorvete, torta, sanduiche e farinha. O grande teor de β-caroteno torna o fruto uma excelente alternativa ao combate da hipovitaminose. (BRASIL 2002; LORENZI et al. 2006).

Da polpa e da semente, podem ser extraídos diferentes tipos de óleos comestíveis, cosméticos e outros propícios para a produção do biodiesel. Cultura predominantemente de atividade extrativista em condições naturais, o tempo de germinação de suas sementes é de 730 a 1044 dias (RODRIGUES, et al., 2013).

Com isso, o objetivo deste artigo foi avaliar as variáveis biométricas, peso da semente, peso total do fruto e a influência destes, no rendimento de polpa dos frutos de tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.), nativa e em áreas de pastagens que é considerada pelos agricultores e pecuaristas destas localidades como uma invasora que contamina as pastagens, contribuindo assim para ampliação de informações sobre a espécie em questão.

MATERIAL E MÉTODOS

Os frutos de tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) foram coletados manualmente de palmeiras nativas, nos dias 12 e 13 de março de 2014, nas comunidades de Santa Luzia do Induá, São Sebastião, Mucambo, São Pedro, Pacuí Açú, localizadas no município de Capitão Poço/PA (01º44’47”S e 47º03’34”W). Em cada área foram coletados 100 frutos, com o auxílio de uma foice.

Após esse procedimento, os frutos que estavam em pleno estágio de maturação fisiológica foram analisados e os demais foram ensacados e abafados até que atingisse a maturação. Antes de serem realizadas as análises, foram selecionados os melhores frutos, eliminando os que apresentavam danos

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mecânicos, ataques de pragas, doenças e má formação dos frutos, sendo posteriormente lavados em água corrente.

Após selecionados, foram acondicionados e identificados, sendo devidamente enumerados de 1 à 100 para melhor organização e manipulação dos mesmos.A biometria dos frutos coletados foi realizada no laboratório de Engenharia da Irrigação localizado na Universidade Federal Rural da Amazônia - Campus Capitão Poço/PA.

Foram utilizados como suporte para realização das análises os seguintes materiais: proveta, balança semi-analítica, paquímetro, facas, luvas e piceta. As análises foram feitas em dias alternados, sendo cada uma realizada com 100 frutos.

As avaliações foram realizadas através de procedimentos sequenciais feitos no laboratório da UFRA/CCP. O primeiro consistiu na medição do comprimento e diâmetro dos frutos de tucumã com a utilização de paquímetro. O segundo foi a pesagem dos frutos na balança semi-analítica. Posteriormente foi mensurado o volume do fruto com o auxílio de instrumentos como: piceta e duas provetas uma de 1L para medir o deslocamento do volume em função do fruto e a outra de 250 ml serviu de suporte para determinar o valor do líquido deslocado na primeira proveta. E no último procedimento houve a despolpa manual para posteriormente ser realizado o peso das sementes. Para obtenção do rendimento de polpa de cada fruto, foi extraída a diferença entre o peso do fruto e o peso da semente, obtendo assim a quantidade de polpa correspondente a cada fruto.

Os dados obtidos através da biometria do tucumã foram submetidos às análises estatísticas, utilizando os Softwares, Assistat e SASM-Agri na qual foram realizados os testes t (5%) de probabilidade e de correlação simples.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nas análises feitas em laboratório, foram avaliadas as variáveis peso total do fruto, peso da polpa, peso da semente, comprimento do fruto, diâmetro do fruto e volume do fruto.As análises de correlações entre os seis caracteres são apresentadas na Tabela 1.

Foi detectada relação positiva e elevada entre peso total do fruto e peso da polpa (0.9485), mostrando que quanto maior o peso total do fruto maior o rendimento de polpa. Quando elevado o valor da correlação ao quadrado temos o coeficiente de determinação entre as duas variáveis (0.9485). Isso indica que 94,85% da variação no rendimento de polpa podem ser explicados pela variação no peso total do fruto. Os caracteres referentes ao peso da polpa e peso da semente apresentam uma fraca correlação linear (0.2477).

Em um trabalho realizado por MITIJA et al.(2008), sobre a Biometria dos Frutos e Sementes de Babaçu, Natividade-TO, estes perceberam que existe uma grande variabilidade de tamanho e peso de frutos de babaçu, corroborando com os resultados do presente ensaio, no que diz respeito aos caracteres utilizados (peso da polpa e peso da semente), apresentando uma fraca correlação entre os mesmos.

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TABELA 1: Matriz de correlação entre as variáveis: peso total do fruto, peso da polpa, peso da semente e volume do fruto.

VA\VA PTF CF DF PP PS VF PTF 1 0.5386 0.8857 0.9485 0.4044 0.8919 CF ** 1 0.4271 0.4838 0.2475 0.4258 DF ** ** 1 0.8063 0.4241 0.8082 PP ** ** ** 1 0.2477 0.8693 PS ** * ** * 1 0.4023 VF ** ** ** ** ** 1

Peso total do fruto (PTF); Comprimento do fruto (CF); Diâmetro do fruto (DF); peso da polpa (PP); peso da semente (PS); volume do fruto (V);** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01); * significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05); ns não significativo (p >= .05).

Na tabela 2 verifica-se que o peso total do fruto quando correlacionado com o peso da polpa, tem forte e positiva relação (0.7892) mostrando que o peso total do fruto tem alta influência no rendimento de polpa. Elevando o valor da correlação ao quadrado tem-se o coeficiente de determinação entre as duas variáveis (0.7892). Isso indica que 78,92% da alteração no rendimento de polpa podem ser explicados pela variação no peso total do fruto. Quanto à relação entre o peso da polpa com o peso da semente, observa-se que existe fraca correlação (0.2903). Mostrando que o peso da semente tembaixainfluência no rendimento de polpa.

TABELA 2: Matriz de correlação entre as variáveis: peso total do fruto, peso da polpa, peso da semente e volume do fruto.

VA\VA PTF CF DF PP PS VF PTF 1 0.7471 0.1430 0.7892 0.8168 0.7221 CF ** 1 0.0930 0.6231 0.5788 0.5638 DF ns ns 1 0.0714 0.1557 0.1574 PP ** ** ns 1 0.2903 0.5236 PS ** ** ns ** 1 0.6336 VF ** ** ns ** ** 1

Peso total do fruto (PTF); Comprimento do fruto (CF); diâmetro do fruto (DF); peso da polpa (PP); peso da semente (PS); volume do fruto (V);** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 01); * significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05); ns não significativo (p >= .05).

Na tabela 3 contata-se que os caracteres: peso total do fruto e o peso da polpa possuem entre si forte correlação linear, mostrando que os dois caracteres apresentaram uma associação positiva e alta. Quando elevado o valor da correlação ao quadrado tem-se o coeficiente de determinação entre as duas variáveis (0.9449). Isso indica que 94,49% da variação no rendimento de polpa podem ser explicados pela variação no peso total do fruto. Quando correlacionados peso da polpa com o peso da semente, observou-se que houve uma fraca correlação (0.2997).

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As sementes apresentam menor variação de tamanho e de peso quando comparadas aos frutos. Observa-se na literatura que a influência do ambiente sobre o desenvolvimento da semente é traduzida principalmente por variações no tamanho, peso, potencial fisiológico e sanidade MACEDO et. al.(2009).

TABELA 3: Matriz de correlação entre as variáveis peso total do fruto, peso da polpa, peso da semente e volume do fruto.

VA\VA PTF CF DF PP PS VF PTF 1 0.8328 0.8155 0.9449 0.5952 0.8729 CF ** 1 0.7165 0.7912 0.4827 0.8195 DF ** ** 1 0.7192 0.6130 0.8175 PP ** ** ** 1 0.2997 0.7914 PS ** ** ** ** 1 0.6003 VF ** ** ** ** ** 1

Peso total do fruto (PTF); Comprimento do fruto (CF); Diâmetro do fruto (DF); peso da polpa (PP); peso da semente (PS); volume do fruto (V);** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <. 01); * significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05); ns não significativo (p >= .05).

Identifica-se na tabela 4 que o valor da correlação entre o peso total do fruto com o rendimento de polpa (0.7099), mostrando que existe forte relação entre as duas variáveis, ou seja, 70,99% da rentabilidade polpa é influenciada significativamente pelo peso total do fruto.

Quando analisados o peso da polpa com peso da semente, observa-se uma fraca correlação entre os caracteres (0.1914), indicando que quando elevado o valor da correlação ao quadrado tem-se o coeficiente de determinação entre as duas variáveis 19,14%, assim verifica-se que o peso da polpa tem baixa influência no peso da semente.

TABELA 4: Matriz de correlação entre as variáveis peso: total do fruto, peso da polpa, peso da semente e volume do fruto.

VA\VA PTF CF DF PP PS VF PTF 1 0.3399 0.3647 0.7099 0.8269 0.5122 CF ** 1 -0.3979 0.4457 0.1125 -0.2450 DF ** ** 1 0.2580 0.3046 0.2389 PP ** ** ** 1 0.1914 0.2389 PS ** ns ** Ns 1 0.5263 VF ** ** ** ** ** 1

Peso total do fruto(PTF); Comprimento do fruto(CF); Diâmetro fruto(DF); peso da polpa(PP); peso da semente(PS); volume do fruto(V);** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01); * significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05); ns não significativo (p >= .05).

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A tabela 5 mostra o valor de coeficiente de correlação entre o peso total do fruto e peso da polpa (0.7277), isso reflete uma forte relação entre os mesmos. Quando elevado o valor da correlação ao quadrado tem-se o coeficiente de determinação entre as duas variáveis (0.7277). Isso indica que 72,77% da variação no rendimento de polpa podem ser explicados pela variação no peso total do fruto.

Correlacionando o peso total do fruto com o peso da semente, verifica-se uma moderada correlação entre as variáveis (0.6341), quando elevado este valor ao quadrado é obtido o coeficiente de determinação entre as variáveis de 63,41%.

TABELA 5: Matriz de correlação entre as variáveis: peso total do fruto, peso da polpa, peso da semente e volume do fruto.

VA\VA PTF CF DF PP PS VF PTF 1 0.2510 0.5911 0.7277 0.7686 0.3294 CF * 1 0.1116 0.1933 0.3442 0.1137 DF ** ns 1 0.5791 0.6711 0.3982 PP ** * ** 1 0.6341 0.3302 PS ** ** ** ** 1 0.3439 VF ** ns ** ** ** 1

Peso total do fruto (PTF); Comprimento do fruto (CF); Diâmetro do fruto (DF);peso da polpa (PP); peso da semente (PS); volume do fruto (V);** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01); * significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05); ns não significativo (p >= .05).

Na tabela 6 onde são demostrados os valores do coeficiente de correlação linear de Pearson referente às cinco análises feitas em laboratório, contatou-se que os dados biométricos dos 500 frutos, mais especificamente as variáveis peso total do fruto, quando relacionado com o peso da polpa (0.9174) verifica-se que as mesmas apresentam alta correlação positiva, ou seja, quando há variação no peso total do fruto constatam-se também variações na rentabilidade da polpa. Bem como, quando elevado o valor da correlação ao quadrado tem-se o coeficiente de determinação entre as duas variáveis (0.9174). Isso implica que 91,74% da variação no rendimento de polpa podem ser explicados pela variação no peso total do fruto.

Quando correlacionados os caracteres peso da polpa com peso da semente, estes possuem moderada correlação linear (0.4840), onde o peso da semente incide uma regulada influência sobre a rentabilidade de polpa.

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TABELA 6: Matriz de correlação entre as variáveis peso total do fruto, peso da polpa, peso da semente e volume do fruto.

VA\VA PTF CF DF PP PS VF PTF 1 0.5084 0.6026 0.9174 0.7484 0.7405 CF ** 1 -0.0361 0.5645 0.2497 0.5307 DF ** ns 1 0.5285 0.5082 0.4775 PP ** ** ** 1 0.4840 0.7020 PS ** ** ** ** 1 0.5388 VS ** ** ** ** ** 1

Peso total do fruto (PTF); Comprimento do fruto (CF); Diâmetro do fruto (DF); peso da polpa (PP); peso da semente (PS); volume do fruto (V);** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <.01); * significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05); ns não significativo (p >= .05).

Estudos realizados por NASCIMENTO (2007, p. 1316), “também ressaltam que “nem todas as variáveis dos frutos e sementes apresentaram correlação alta, linear e positiva entre si.” Na tabela 7, verifica-se que todas as coletas diferem-se entre si, onde a coleta 4 resultou melhor desempenho no peso total do fruto (45,4132), o que significa dizer que esses frutos apresentaram maiores pesos. Em contrapartida, a coleta 5 apresenta menores valores da média (30,6981).

Segundo NASCIMENTO (2007) em um trabalho realizados com Parâmetros Biométricos dos cachos, frutos e sementes da palmeira tucumã (Astrocaryum

aculeatum g. Meyer), no estado do Acre, foram encontrados valores aproximados de

médias do peso do fruto de tucumã 58,018.

TABELA 7: DADOS BIOMÉTRICOS DO PESO TOTAL DO FRUTO

Coleta Médias Repetições Teste t

04 45,4132 100 a 02 42,2653 100 b 03 38,6161 100 c 01 33,2804 100 d 05 30,6981 100 e Teste t a 5% de probabilidade.

Identifica-se que na tabela 8, as coletas 3 e 2 com os valores (5,2250) e (5,1247) em série, demonstraram resultados de médias aproximada, destacando-se no maior comportamento diante das outras médias. As coletas 4 e 1 com médias (4,3734) e (4,3165) respectivamente, apresentaram menor significância em relação às coletas 3 e 2. Em contrapartida as demais, a coleta 5 teve menor comportamento. Resultados de comprimentos aproximados e características fisiológicas semelhantes ao trabalho em questão foram encontrados por BATISTA et al. (2011) em um trabalho realizado com a mesma família Arecaceae, sendo encontrados

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“frutos ovalados com cerca de 6 a 7 cm de comprimento e sua coloração externa é verde amarelada.”

TABELA 8: Dados biométricos do Comprimento do Fruto

Coleta Médias Repetições Teste t

03 5,2250 100 a 02 5,1247 100 a 04 4,3734 100 b 01 4,3165 100 b 05 4,1242 100 c Teste t a 5% de probabilidade.

De acordo com a tabela 9, os valores de média do diâmetro do fruto da coleta 4 (4,4564) se sobrepôs os demais. A coleta 2 (3,8473), se destaca entre as maiores médias, onde a coleta 3 também é igual a coleta 2. Segundo o teste as médias das coletas 3 e 1, (3,7516) e (3,6593), são estatisticamente iguais. A coleta 5 foi a que obteve menor média em comparação com as outras (3,6265).

TABELA 9: Dados biométricos do Diâmetro do fruto

Coleta Médias Repetições Teste t

04 4,4564 100 a 02 3,8473 100 b 03 3,7516 100 bc 01 3,6593 100 cd 05 3,6265 100 d Teste t a 5% de probabilidade.

Na tabela 10, é mostrada a média do peso da polpa dos frutos de tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.), onde a coleta 4 resultou em maiores valores (24,6543), sendo a mesma distinta em relação as outras, isso significa dizer que os frutos apresentaram maior rendimento de polpa, o que foi ocasionado pela influencia do peso total do fruto e do peso da semente, as quais se destacaram nas análises das tabelas 7 e 8. A coleta 5 foi a que resultou menor desempenho em relação as médias analisadas.

Segundo NASCIMENTO (2007) em um trabalho realizado com Parâmetros Biométricos dos cachos, frutos e sementes da palmeira tucumã (Astrocaryum

aculeatum g. Meyer), no estado do Acre, foram encontrados valores aproximados de

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TABELA 10: Dados biométricos do peso da polpa

Coleta Média Repetições Teste t

04 24,6543 100 a 02 22,4902 100 b 03 22,0188 100 b 01 17,0133 100 c 05 14,8717 100 d Teste t a 5% de probabilidade.

De acordo com a tabela 11, observa-se que a coleta 4 apresenta maiores valores (20,7499) em relação às outras coletas, sendo que os resultados da coleta 3 e 1, segundo o teste não se diferem entre si (16,5903) e (16,5778), respectivamente, ou seja, o peso da semente de ambas as coletas se aproximam não havendo diferença expressiva. Porém os valores das outras coletas se distinguem estatisticamente, existindo variação entre as médias.

Em um trabalho realizado por MITJA et al., (2008), sobre Biometria dos frutos e sementes de Babaçu, Natividade-Tocantins, os frutos de babaçu, podem ser separados em grandes e pequenos, pois os frutos grandes têm sementes com medidas e pesos maiores do que as do fruto pequeno corroborando com os resultados obtidos no presente trabalho.

TABELA 11: Dados biométricos do peso da semente

Coleta Média Repetições Teste t

04 20,7499 100 a 02 19,7746 100 b 03 16,5903 100 c 01 16,5778 100 c 05 15,6264 100 d Teste t a 5% de probabilidade.

Na tabela 12, pode se observar que a coleta 2, 3 e 4 apresentam maiores valores significante (53,5963), (53,5410) e (51,4124) respectivamente, ou seja, apresentaram melhores valores estatísticos da média. As coletas 5 e 1 resultaram em menores médias de acordo com o teste (37,6013) e (29,9766) em série.

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TABELA 12: Dados biométricos do Volume do fruto

Coleta Média Repetições Teste t

02 53,5963 100 a 03 53,5410 100 a 04 51,4124 100 a 05 37,6013 100 b 01 29,9766 100 c Teste t a 5% de probabilidade.

Nas três tabelas analisadas, a coleta 4 foi a que mais se destacou com melhores valores de médias, e a coleta 5 apresentou menores valores. Verificou-se também que houve influencia do peso total do fruto e do peso da semente na rentabilidade de polpa. Para SANGALLI (2008), as variações nas dimensões e no peso dos frutos de M. pubescens podem ser promovidas tanto por fatores ambientais durante o florescimento e o desenvolvimento, como também pode representar um indício de alta variabilidade genética populacional, conforme citado para Jacaranda decurrens subs. Symmetrifoliolata , uma espécie nativa no cerrado em Mato Grosso do Sul.

CONCLUSÃO

O peso da semente pouco influencia na quantidade de polpa, enquanto que o peso total do fruto influencia expressivamente no rendimento de polpa.

REFERÊNCIAS

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Referências

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