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Fundamentado na Lei nº 9.271, de 28.12.1987,
modificado pela Lei n° 15.210, de 27/10/1998
(Criação da Fundação Casa da Cultura de Marabá) e
alterado pelas Leis n° 17.122, de 19/12/2003 e 17.224
de 20 de dezembro de 2.006.
Capítulo I
Da denominação, natureza, foro, finalidades e objetivos
Art. 1º - A Fundação Casa da Cultura de Marabá, com sede e foro na cidade de Marabá,
município homônimo, Estado do Pará, instituída pela Lei nº 9.271, de 28.12.1987, é uma
entidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, dotada de autonomia financeira
e administrativa.
Art. 2º - A Fundação tem por finalidade apoiar as organizações culturais, preservar os
bens históricos, culturais e naturais do município em todos os estágios de manifestações
erudita e popular.
Art. 3º - Para atender às finalidades estabelecidas, a Fundação terá como objetivos
principais:
a)
Documentação visual ou escrita dos monumentos públicos e naturais da região;
b)
Administração e manutenção do Arquivo Público Municipal;
c)
Desenvolvimento de pesquisas de caráter científico, histórico e cultural na região,
podendo abranger outras áreas do Território Nacional;
d) Administração e manutenção do Museu Municipal;
e)
Administração e manutenção da Biblioteca Aziz Ab’ Saber;
f)
Administração e manutenção da Escola Municipal de Música “Maestro Moisés
Araújo;
g)
Administração e manutenção da Pinacoteca Municipal “Pedro Morbach”;
h)
Fomento e estímulo a publicações.
i)
Desenvolvimento e execução de projetos de Educação Ambiental e
Patrimonial.
Capítulo II
Do patrimônio, rendas e dotações
Art. 4º - O patrimônio da Fundação é constituído por:
a)
Bens imóveis, semoventes, auto-motorizados, instalações e equipamentos comprados
e/ou doados por qualquer instância do Poder Público ou particulares;
b)
Acervo histórico, científico, literário, artístico e cultural, recebido por doação,
compra ou permuta.
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§ 1º - Os bens que constituem o acervo da Fundação são considerados inalienáveis.
§ 2º - Os demais bens serão passíveis de alienação, a critério da maioria do Conselho
Diretor, ou, ainda, em caso de permuta aprovada pela maioria do mesmo, sendo a
transação efetuada mediante alvará expedido pelo juiz competente, ouvidos os
representantes do Ministério Público.
Art. 5º - A Fundação deve procurar receber doações ou legados para constituição de
Fundos Especiais, ampliação de instalações ou custeio de serviços de pesquisa.
Art. 6º - A Fundação terá como seus recursos financeiros:
a)
Dotações que, a qualquer título, lhe forem consignadas pelos orçamentos do
Município, Estado ou União.
b)
Doações e subvenções que lhe forem feitas pelos poderes públicos, pessoas jurídicas
de direito público ou privado, ou, ainda, de pessoas físicas, nacionais ou estrangeiras.
c)
Renda em seu favor instituída por terceiros.
d)
Rendas de aplicação de bens e valores patrimoniais.
e) Remuneração por prestação de serviços.
f)
Contribuições, taxas e emolumentos.
g)
Rendas provenientes de exposições fotográficas e documentais.
h) Juros bancários ou rendas eventuais.
Art. 7º - O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Art. 8º - Em cada exercício financeiro é permitida a abertura de créditos adicionais, de
acordo com as necessidades da Fundação.
Art. 9º - No final de cada exercício financeiro da Fundação, proceder-se-á ao
levantamento do inventário e balanço geral, em observância às prescrições legais.
§ 1º - Em havendo superávit, no final de cada exercício será descontada a porcentagem
de vinte por cento (20%) para constituição de Fundo de Reserva, devendo o restante ser
aplicado em novas inversões, a serem feitas nos exercícios seguintes, de acordo com
orçamento elaborado pelo Conselho Diretor, ouvido o Conselho Curador.
§ 2º - A cada ano, o Conselho Diretor, ouvido o Conselho Curador, poderá empregar o
Fundo de Reserva existente em benefício patrimonial e do acervo cultural da Fundação.
Capítulo III
Dos órgãos e suas competências
Art. 10 - A Fundação Casa da Cultura de Marabá compreenderá sua administração com
os seguintes:
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a) Presidência;
b)
Conselho Diretor;
c)
Conselho Curador;
d)
Conselho Fiscal.
Art. 11 –
À Presidência compete formular a política cultural da Fundação, de
conformidade com a natureza de suas funções e coerente com a política cultural do
Município de Marabá, bem como o planejamento e execução indispensável a sua efetiva
consecução.
Do Presidente
Art. 12 – O cargo de Presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá será ocupado
por pessoa indicada pelo Chefe do Executivo Municipal, preferencialmente, com
experiência compatível e comprovada com os objetivos da Fundação.
Parágrafo Único:
Nos impedimentos ou na ausência do Presidente, responde pelo
cargo o coordenador da Administração da Fundação.
Art. 13 – Competirá ao Presidente:
a) Dirigir executivamente a Fundação;
b)
Representar a Fundação, ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, podendo
designar prepostos ou procuradores para fins judiciais;
c)
Admitir e contratar serviço temporário, dispensar, elogiar e punir servidores da
Fundação, bem como conceder-lhes licenças e férias, podendo delegar tais poderes,
exceto os de admissão e dispensa;
d)
Requisitar servidores da administração direta ou indireta, respeitando seu vínculo de
ingresso no serviço público;
e) Cumprir o orçamento anual, solicitando modificações necessários ao correr de cada
exercício;
f)
Prestar contas aos Conselhos Curador e Fiscal, e concomitantemente, quando se
tratar de recursos originários dos cofres públicos, aos Tribunais de Contas da União
ou do Estado, conforme o caso;
g) Submeter ao Conselho Diretor, anualmente, a proposta orçamentária para o exercício
vindouro, bem como a prestação de contas referente ao exercício financeiro;
h)
Autorizar despesas e movimentar os recursos da Fundação.
i) Elaborar o plano de cargos e salários dos servidores da Fundação, submetendo-os à
aprovação do Conselho Diretor e posterior homologação do Prefeito Municipal.
j)
Prestar, aos Conselhos Diretor e Curador, as informações que lhe forem solicitadas e
complementações necessárias.
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l) Elaborar, com o Conselho Diretor, o Regimento Interno da Fundação para
aprovação do Prefeito Municipal, devendo as propostas de alteração ou reforma
serem submetidas à prévia apreciação e aprovação do Conselho Diretor.
m)
Homologar as licitações para contratação de obras, serviços e compras.
n)
Firmar convênios e acordos de interesse da Fundação, após o pronunciamento do
Conselho Diretor.
o)
Contrair empréstimos aprovados pelo Conselho Diretor.
p)
Designar, através de ato interno, seu substituto eventual.
q) Decidir sobre matéria urgente, “ad referendum” do Conselho Diretor, em casos
inadiáveis, quando a falta de decisão resultar em prejuízo real para o órgão, e
submeter ao Conselho Diretor, em sua primeira reunião, a decisão tomada.
r)
Praticar todos os demais atos de administração necessários à realização dos fins da
Fundação.
Art. 14 – O Conselho Diretor, órgão de consultoria, articulação e deliberação da
Fundação Casa da Cultura de Marabá, será composto por 10 (dez) membros,
discriminados no parágrafo 1º deste artigo, e será presidido pelo Presidente da
Fundação, com direito a voto, nas respectivas sessões, titular de voto de qualidade, em
caso de empate.
§ 1º - O Conselho Diretor da Fundação Casa da Cultura de Marabá será composto
pelos seguintes membros:
a)
o Presidente da Fundação;
b)
um representante da Escola Municipal de Música;
c) um representante do Museu Municipal;
d)
um representante do Arquivo Público Municipal;
e) um representante da Administração Fundação Casa da Cultura;
f)
um representante da Pinacoteca Municipal;
g)
um representante da Biblioteca Aziz Ab’Saber;
h) um representante da Procuradoria-Geral do Município;
i)
um representante da Secretaria Municipal de Finanças;
j)
um representante do Chefe do Executivo Municipal.”
§ 2° . – Os representantes dos órgãos supra mencionados serão por eles indicados para
um mandato de 2 (dois) anos, nomeados pelo prefeito.
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Do Conselho Diretor
Art. 15 - O Conselho Diretor reunir-se-á ordinariamente uma vez a cada dois meses para
deliberar assuntos de sua competência, e extraordinariamente quando convocado por
seu presidente ou por maioria de seus membros.
Art. 16 – As reuniões do Conselho Diretor poderão ser instaladas com a presença de três
de seus membros, mas as decisões somente poderão ser tomadas com a presença da
maioria simples.
§ Único - o Presidente terá votos de qualidade e quantidade, aquele em caso de empate.
Art. 17 – Ao Conselho Diretor compete:
a)
Apoiar a Presidência, procedendo o acompanhamento da política cultural e das
atividades da Fundação.
b) Propiciar a integração da Fundação, mediante sua articulação com a sociedade em
geral e, em especial, com os diversos órgãos das esferas federal, estadual e municipal,
da iniciativa privada e organizações não governamentais.
c)
Aprovar o plano anual de trabalho e as propostas orçamentárias para
encaminhamento à homologação do Chefe do Executivo Municipal, bem como
acompanhar-lhes a execução.
d)
Deliberar sobre a prestação de contas anual da Fundação, devidamente instruída com
o parecer do Conselho Curador, sem prejuízo do encaminhamento da mesma ao
Tribunal de Contas da União ou do Estado, conforme o caso.
e)
Aprovar a solicitação de abertura de créditos adicionais essenciais.
f) Aprovar as normas de admissão e promoção dos empregados da Fundação.
g)
Aprovar os regulamentos, ordens e instruções de serviços destinados à utilização por
terceiros dos próprios da Fundação.
h) Aprovar as normas sobre a guarda, aplicação e movimentação dos bens da Fundação.
i)
Opinar sobre a aceitação de doações e sobre alienações, cessões ou acessões de
imóveis ou rendas.
j) Opinar sobre convênios e acordos a serem firmados pela Fundação, bem como sobre
empréstimos a serem contraídos pela mesma.
k) Opinar sobre casos omissos a este Estatuto, subsidiando a decisão do Presidente.
Art. 18 - As deliberações do Conselho Diretor serão tomadas em forma de resolução,
assinadas por seu Presidente, tendo força executiva, quando cabível.
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Dos Conselhos Curador e Fiscal
Art. 19
– Os membros do Conselho Curador, órgão de fiscalização administrativa e
patrimonial, e do Conselho Fiscal, órgão de fiscalização do controle contábil e
financeiro, serão em número de 3 (três), respectivamente para cada Conselho, todos de
livre escolha do Chefe do Executivo Municipal para um mandato de 2 (dois) anos,
permitida a recondução dos mesmos.
§ 1° O Conselho Curador reunir-se-á, ordinariamente, uma vez a cada 3 (três)
meses, e extraordinariamente quando necessário, com reuniões convocadas pelo
Presidente ou por qualquer membro do Conselho Curador, e suas decisões serão
tomadas por maioria simples de seus membros.
§ 2.° São atribuições do Conselho Curador:
I - zelar pela perfeita conservação e integridade do acervo e patrimônio da
Fundação, assim como pelo cumprimento de suas finalidades;
II- levar ao conhecimento do Ministério Público qualquer irregularidade que
possa comprometer o patrimônio da Fundação, ou que seja contra sua finalidade,
para os fins previstos em lei, quando, comunicados ao Presidente, ao Conselho
Diretor ou, ainda, ao Chefe do Executivo Municipal, não for esta reconhecida ou
corrigida.
§ 3° O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, uma vez a cada semana, e
extraordinariamente quando necessário, com reuniões convocadas pelo Presidente
ou por qualquer membro do Conselho Fiscal, e suas decisões serão tomadas por
maioria simples de seus membros, referendadas pelo Conselho Diretor.
§ 4° São atribuições do Conselho Fiscal:
I- exercer a fiscalização contábil da Fundação, podendo examinar livros ou
quaisquer elementos, bem como requisitar informações;
II - emitir parecer ao Conselho Diretor sobre a prestação de contas, analisando-a
sob aspectos econômicos, financeiros e patrimoniais;
III- apreciar balancetes, relatórios e respectivos demonstrativos, e seus aspectos
contábil e financeiro;
IV- apresentar ao Presidente e ao Conselho Diretor parecer sobre as atividades
econômico-financeiras da Fundação, indicando as medidas que reputar úteis ou
necessárias.”
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Capítulo IV
Do quadro de honorários e beneméritos
Art. 20 – Haverá na Fundação um quadro de beneméritos, sendo que a admissão de
beneméritos far-se-á por proposta do Presidente ou de qualquer membro do Conselho
Diretor, e aprovação deste.
Art. 21 – A Fundação concederá títulos honoríficos às pessoas que se distinguiram pelo
seu saber notório ou que hajam contribuído de maneira relevante para o
desenvolvimento cultural do município.
Capítulo V
Das disposições gerais
Art. 22 –
A estrutura básica da Fundação e as competências de suas unidades serão
fixadas em seu Regimento Interno.
Art. 23 – Serão considerados de interesse público relevante os serviços prestados pelo
Presidente e pelos componentes dos Conselhos da Fundação.
Art. 24 – O regime de pessoal será o previsto no RJU – Regime Jurídico Único do
município.
Art. 25 -
A Fundação Casa da Cultura de Marabá, visando ao seu funcionamento,
poderá requisitar servidores públicos da administração direta ou indireta, respeitando seu
vínculo de ingresso no serviço público.
Art. 26 – A Fundação gozará de autonomia administrativa e financeira, adquirindo
personalidade jurídica pela inscrição de seu Estatuto no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas.
Art. 27 – Este Estatuto poderá ser alterado por proposta da maioria absoluta dos
membros do Conselho Diretor, encaminhada ao prefeito municipal.
Art. 28 – A extinção da Fundação dar-se-á pela impossibilidade de sua manutenção ou
pela inexequibilidade de seus objetivos.
Art. 29 – A extinção da Fundação será decretada pelo prefeito municipal mediante
proposta do Presidente, previamente aprovada pela maioria absoluta do Conselho
Diretor, somente após esgotados todos os meios possíveis para a manutenção da
sobrevivência da instituição.
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