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(1)

CCAM TERRAS DO SOUSA, AVE, BASTO E TÂMEGA

2 0 1 5

E C O N T A S

CCAM BATALHA

(2)

CCAM da

Batalha

(3)
(4)

 

Índice

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ... 3

ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO ... 5

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO... 11

1. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO ... 14

1.1 Economia Internacional ... 14

1.2 Economia Nacional ... 17

1.3 Mercado Bancário Nacional ... 19

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dez.2011 – Dez.2015) ... 19

1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dez.2011 – Dez.2015) ... 20

1.4 Mercados Financeiros ... 22

1.5 Principais Riscos e Incertezas para 2016 ... 26

2. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE……… 27

2.1 Balanço e Resultados ... 27

2.1.1 Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA) ... 27

2.1.2 Outros factores relevantes... 33

3. CAIXA AGRÍCOLA DA BATALHA - EVOLUÇÃO ... 35

3.1 Indicadores de Evolução ... 36

3.1.1 Da actividade comercial ... 36

3.1.2 Do activo líquido ... 37

3.1.3 Dos recursos ... 37

3.1.4 Do crédito ... 38

3.1.5 Do crédito vencido ... 39

3.2 Rubricas fora do balanço ... 39

3.2.1 Crédito Agenciado ... 39

3.2.2 Recursos em empresas do Grupo ... 39

3.2.3 Operações Diversas ... 39

3.3 Resultado ... 40

3.4 Factos relevantes ocorridos após termo do exercício ... 40

3.5 Evolução previsível da CCAM Batalha ... 40

3.6 Proposta de aplicação de resultados ... 40

3.7 Movimento associativo ... 42

3.8 Nota Final ... 42

4 CONTAS ... 45

4.1 Balanço ... 46

4.2 Demonstração de resultados ... 47

4.3 Demonstração de fluxos de caixa ... 48

4.4 Demonstração de alterações do capital próprio ... 49

4.5 Demonstração do rendimento integral ... 49

ANEXOS ... 51

PARECER DO CONSELHO FISCAL ... 105

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS ... 109

 

(5)
(6)

 

 

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL

Nos termos do disposto no n.º 2 do art.º. 19º e art.º. 21º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha, C.R.L., pessoa colectiva nº 500 989 010, com sede na Rua Infante D.Fernando nº2, na Vila da Batalha, matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Batalha sob o mesmo número, com o capital social realizado de Euros 42.371.290,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 21 de Março de 2016, pelas 17 horas, no Auditório do Edifício Sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

1. Apresentação, discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2015 e do relatório anual do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

4. Apreciação geral sobre a administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

5. Apreciar e discutir outros assuntos de interesse para a Instituição.

Notas:

a) Se, à hora marcada para a reunião, não estiver presente o número legal de Associados, a Assembleia reunirá com qualquer número, nos termos do nº 2 do artº. 22º dos mesmos Estatutos, uma hora depois.

b) Os documentos relativos à Ordem de Trabalhos podem ser consultados pelos Associados, na sede da CCAM da Batalha, na Rua Infante D. Fernando, nº 2, Batalha, nos prazos legalmente previstos.

Batalha, 29 de Fevereiro de 2016

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

  

      

Paulo Jorge Frazão Batista dos Santos

 

(7)
(8)

 

ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Batalha, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, por um período de três anos, sendo o actual mandato para triénio 2013/2015.

1. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

2. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

2.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Paulo Jorge Frazão Batista Santos Vice-Presidente: José Jordão da Cruz

Secretário: António José Gomes Pereira Costa

(9)

 

2.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

 Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

 Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

 Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

 Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

 Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior;

 Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

 Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

 Decidir da alteração dos Estatutos.

3. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente.

Actualmente o Conselho de Administração é composto por três membros.

3.1. Composição do Conselho de Administração Presidente: Afonso de Sousa Marto

Vogal: Armando Gomes Monteiro Vogal: António da Silva Jordão

Suplente: José António Carvalhana Meneses Silva

(10)

 

3.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

 Administrar e representar a Caixa Agrícola;

 Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para o exercício seguinte;

 Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;

 Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

 Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

 Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

 Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

3.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reuniu, pelo menos uma vez por semana, tendo realizado um total de cinquenta e duas reuniões em 2015.

3.4.Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração deliberou não distribuir pelouros entre os seus membros.

4. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento.

4.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

(11)

 

4.1.1. Composição do Conselho Fiscal Presidente: Célia Cristina Rodrigues dos Santos Vogal: José Luis Fetal Santos

Vogal: Luis Miguel Ribeiro Ferraz Suplente: Manuel Roque Novo

4.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reuniu, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado, em 2015, um total de seis reuniões.

4.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é coincidente com o mandato dos órgãos sociais, encontrando-se designado para o cargo:

Efectivo: Pinto Ribeiro, Lopes Rigueira & Associados SROC, Ldª.(ROC nº197) Representado por: Maria Filomena Neves Marques ( ROC nº 1201) Suplente: Lampreia & Viçoso, SROC, Ldª.(ROC nº157)

Representado por: Donato João Lourenço Viçoso ( ROC nº 334)

5. Politica de remuneração

5.1 Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que

foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha.

(12)

 

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA BATALHA

Nos termos da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, do Decreto-Lei nº 104/2007, de 3 de Abril, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 88/2011, de 20 de Julho, e do Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal, vem o Conselho Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA BATALHA, CRL submeter à aprovação da Assembleia Geral a sua declaração sobre a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015.

Propõe-se que a política de remuneração dos Membros dos Órgão de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015 siga os seguintes princípios orientadores:

1. A remuneração dos Membros Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa mensal, equivalente ao nível 18 do Acordo Colectivo de Trabalho para as Instituições do Crédito Agrícola, a liquidar aos Membros do Conselho de Administração, ao longo de doze meses, sendo que o valor a afectar ao seu Presidente será o equivalente ao dobro do nível referido, pago catorze vezes por ano.

2. A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição deste Órgão Social, consiste exclusivamente numa remuneração fixa por dia de reunião, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral, correspondente a 2/22 do nível 18 do Acordo Colectivo de Trabalho para as Instituições do Crédito Agrícola.

Atente a natureza específica da CAIXA AGRÌCOLA e do CRÉDITO AGRÍCOLA inexiste qualquer tipo de plano de atribuição de acções ou opções de aquisição de acções aos Membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal.

Não são igualmente atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício de Administrador neste Órgão de Gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações que possam ser associadas a remuneração, directa ou indirectamente.

3. A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de

mercado definidas no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

(13)
(14)

DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

CCAM da Batalha

2015

(15)

 

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2015

Exmos. Consócios,

Nos termos da alínea c) do artº 26º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha C R L, o Conselho de Administração submete à apreciação e votação da Assembleia Geral o Relatório e Contas, respeitantes à actividade que decorreu no exercício de 2015, bem como o Balanço, Demonstrações Financeiras e demais documentos relativos ao mesmo exercício.

Fazem parte integrante deste Relatório e Contas o Parecer do Conselho Fiscal assim como o documento relativo à Certificação Legal de Contas emitido pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Pinto Ribeiro, Lopes Rigueira e Associados, SROC.

Os princípios e as linhas orientadoras estabelecidas no Plano de Actividades e Orçamento para 2015, foram cumpridos, superando as expectativas no que diz respeito ao resultado, muito acima do projectado (€2.074.475,29), fruto de uma gestão prudente e responsável.

A estagnação da economia nacional e local, associada a uma desconfiança que se tem instalado nos clientes sobre o sistema financeiro têm sido factores desfavoráveis ao desenvolvimento da actividade bancária e que influenciaram o exercido de 2015, havendo necessidade de ajustamentos, dos quais destacamos:

1- A taxa de juros Euribor, historicamente baixas e até negativas, enquanto taxa de referência a que está indexado o crédito concedido, influenciou negativamente a rentabilidade da carteira de crédito.

2- A falta de negócio bancário, fruto da falta de investimento dos particulares e empresas, que levou a que a concorrência se acentuasse ao nível da concessão de crédito provocando ainda, no crédito de baixo risco, uma redução significativa nos spreads praticados.

Perante esta realidade, para conseguirmos alcançar o objectivo e até ultrapassar em termos de resultados, houve necessidade de adoptar medidas que permitissem fazer face às novas realidades com que nos confrontámos, designadamente:

- O ajustamento, em baixa, na remuneração das operações passivas, em linha com a

praticada pelos principais bancos a operar em Portugal, contribuindo assim para a

manutenção da margem financeira.

(16)

 

- A política de controlo do crédito e a recuperação de crédito abatido ao activo foram factores que influenciaram positivamente os resultados do exercício.

O modelo de negócio assente na banca de proximidade às comunidades locais, enraizada na tradição cooperativa do Crédito Agrícola, e a credibilidade de que goza esta CCAM junto da comunidade em que está inserida, continuam a ser os factores fundamentais na preservação da nossa quota de mercado.

O exercício 2015 foi caracterizado por muitas dificuldades e incertezas, mas a

Administração desta CCAM sempre as conseguiu ultrapassar, implementando as medidas e

decisões necessárias à defesa dos interesses da Instituição, continuando assim a reforçar a

sua solidez financeira, fazendo jus à credibilidade de que goza esta instituição junto dos

vários stakeholders, indispensável à sua actividade em prol do desenvolvimento local.

(17)

 

1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL

Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no update do World Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou um crescimento de 3,1% em 2015, representando uma desaceleração do crescimento face a 2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores economias mundiais, avançadas e emergentes, estas registaram evoluções distintas.

Entre os factores que contribuíram para esta diferenciação encontram-se a continuação de políticas monetárias acomodatícias e de uma política orçamental menos restritiva nos países desenvolvidos, assim como os desequilíbrios macroeconómicos e a instabilidade política em algumas economias exportadoras de matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e da Rússia com maior decréscimo das respectivas economias. Na China, a reorientação da política económica para um modelo mais baseado no mercado interno conduziu a uma diminuição gradual do respectivo crescimento económico, com impacto na procura mundial de matérias-primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma aceleração em 2015.

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

(18)

 

Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um decréscimo acentuado nos preços das matérias-primas.

Na zona Euro, a actividade foi caracterizada pela continuação da recuperação económica, apesar do quadro de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. Esta evolução favorável deveu-se à evolução do preço das matérias-primas e à política monetária do Banco Central Europeu, além da implementação do programa de compra de ativos financeiros pelo BCE (Expanded Asset Purchase Programme).

Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto da depreciação do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de taxas de juro baixas (fomentada pelo programa alargado de compra de activos), aos efeitos favoráveis do nível do rendimento, resultantes dos preços mais baixos dos produtos energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative easing aplicadas pelo BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de crescimento.

Em relação ao mercado laboral, verificou-se uma redução generalizada da taxa de desemprego na Zona Euro. O desemprego prosseguiu uma trajectória de recuperação ao longo dos últimos dois anos, sendo que em 2015 registou o valor de 11% (-0,6 p.p. face a 2014). Esta melhoria é explicada por factores como o impacto favorável da moderação salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma económica e pelos recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de salientar que os elevados valores de 2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%).

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

(19)

 

De forma a combater a pressão deflaccionista, foram anunciadas várias medidas por parte do BCE, em 22 de Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um programa alargado de compra de activos, com compras mensais no valor de 60 mil milhões de euros até ao final de Setembro de 2016, ou até o Conselho do BCE considerar que se verifica um ajustamento sustentado da trajectória de inflação, compatível com o seu objectivo de obter taxas de inflação abaixo mas próximo de 2% no médio prazo; e (ii) a alteração da taxa de juro das restantes seis operações de refinanciamento de prazo alargado direccionadas (ORPA). Desta forma, a taxa de juro aplicável às futuras ORPA direccionadas será igual à taxa de juro das operações principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na data em que cada ORPA direccionada é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de 10 p.b. acima da taxa de juro das OPR aplicado nas duas primeiras ORPA direccionadas.

Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às (i) operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade permanente de cedência de liquidez e (iii) facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,05%, 0,30% e -0,20%, respectivamente.

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016 

(20)

 

1.2 ECONOMIA NACIONAL

Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior dinamismo que justifica a perspectiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflecte um crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro.

Indicadores macroeconómicos (2013-2015)

2013 2014 2015E

Procura Externa tav 1,3 4,6 3,9

EUR/USD Taxa de Câmbio tav 3,1 0,1 ‐6,4

Preço do Petróleo (euros) tav ‐4,1 ‐9,5 ‐29,7

Produto Interno Bruto tav ‐1,4 0,9 1,6

Consumo Privado tav ‐1,7 2,1 2,7

Consumo Público tav ‐1,8 ‐0,7 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo  tav ‐6,6 2,3 4,8

Exportações tav 6,1 3,4 5,3

Importações tav 2,8 6,2 7,3

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,4 0,7 0,6

Taxa de Poupança (%) vma 4,5 6,9 7,0

Empregabilidade (sector privado) tav n.d. 2,3 0,8

Taxa de Desemprego % 16,2 13,9 11,8

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav n.d. ‐1,3 0,0 Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,6 2,1 2,4

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,7 1,1 1,6

Taxa de referência do BCE (média) % 0,37 0,16 0,05

Euribor 3 meses (média) % 0,29 0,21 0,00

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 1,93 0,54 0,53 Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 6,13 2,69 2,41

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2015) e Banco Central Europeu (Dezembro 2015) tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015

(21)

 

Para a aceleração da actividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, da evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve associado à recuperação económica de alguns dos principais parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As exportações para países fora da Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da procura externa oriunda de alguns parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA.

O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspectivas quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de condições monetárias e financeiras favoráveis.

A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado em 2014, num contexto de diminuição da população activa. Não obstante esta diminuição, a percentagem de desempregados continua historicamente elevada, agravada pela existência de um elevado nível de desemprego de longa duração.

O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto desta medida nas contas públicas venha a ser de 2.255 milhões de euros (1.766 milhões de euros numa injecção de capital no banco e 489 milhões de euros na transferência para o Fundo de Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo que, excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The Way Forward  (Janeiro 2016) 

(22)

 

O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um aumento da receita superior ao da despesa.

1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, com a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco.

A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015, pelo valor de €150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo Estado português no montante de €1.100 milhões, sendo que o plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento de capital por investidores privados de €450 milhões, o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif revelou não ter capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este por vencer em Dezembro de 2014. Com a venda do banco, a generalidade da actividade do Banif foi transferida para o Banco Santander Totta, tendo-se criado um regime de excepção para os activos problemáticos (transferência para um veículo de gestão de activos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco Santander Totta e as respectivas agências foram alvo de renovação de imagem.

Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável, sobretudo devido à indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 29 de Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de 2016, o Banco de Portugal relançou o processo de venda da participação do fundo de resolução do Novo Banco, em linha com o acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia.

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro 2015)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro

2015), o volume de depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo

período de 2014. Para esse crescimento contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos

(23)

 

depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um crescimento menos acentuado nos depósitos de empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014).

Depósitos de particulares Depósitos totais de clientes

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

162 156 159 163 168

3,9%

‐3,8%

2,3% 2,4% 3,1%

0 100 200 300 400 500 600 700

2011 2012 2013 2014 2015 Volume de depósitos Variação homóloga

Depósitos de empresas

129 129 131 133 138

10,1%

0,1% 1,5% 1,5% 3,8%

2011 2012 2013 2014 2015

33 27 29 30 30

‐14,7% ‐19,0%

6,3% 3,0% 0,2%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Valores em mil milhões euros

1.3.2. Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2015)

Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de 2015. A quebra foi mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no crédito a particulares (-3,6%), ambos em termos homólogos.

Crédito a particulares Crédito bruto total

265 249 236 210 201

‐2,8%

‐5,9% ‐5,3%

‐7,9%

‐4,2%

2011 2012 2013 2014 2015 Volume de crédito Variação homóloga

Crédito a empresas

150 142 136 124 119

‐2,3%

‐4,9% ‐4,5%

‐8,8%

‐3,6%

2011 2012 2013 2014 2015

115 107 100 86 82

‐3,5%

‐7,2% ‐6,3%

‐13,9%

‐5,0%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses) Valores em mil milhões euros

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o

crédito total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no

segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro.

(24)

 

Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 60%

da quebra registada no país.

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região ‐ Dez.2014/Dez.2015

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.825 2.985 8.810 4,4% ‐4,3% ‐3,9% ‐4,2%

Beja 1.323 445 1.768 0,9% ‐4,4% ‐9,9% ‐5,9%

Braga 6.477 3.805 10.282 5,1% ‐3,2% 1,1% ‐1,7%

Bragança 924 238 1.162 0,6% ‐4,6% ‐2,1% ‐4,1%

Castelo Branco 1.492 410 1.902 0,9% ‐4,7% ‐4,2% ‐4,6%

Coimbra 3.975 1.276 5.251 2,6% ‐3,6% ‐2,0% ‐3,2%

Évora 1.748 708 2.456 1,2% ‐0,8% ‐4,3% ‐1,8%

Faro 5.004 1.722 6.726 3,3% 0,0% ‐10,9% ‐3,0%

Guarda 905 287 1.192 0,6% ‐3,8% ‐2,0% ‐3,4%

Leiria 4.309 2.528 6.837 3,4% ‐3,3% ‐2,8% ‐3,1%

Lisboa 43.432 45.766 89.198 44,4% ‐3,3% ‐5,5% ‐4,4%

Portalegre 903 329 1.232 0,6% ‐4,7% 1,9% ‐3,1%

Porto 17.694 12.765 30.459 15,2% ‐4,7% ‐1,6% ‐3,4%

Santarém 4.179 1.513 5.692 2,8% ‐1,0% 0,4% ‐0,7%

Setúbal 9.618 2.104 11.722 5,8% ‐2,9% 4,7% ‐1,6%

Viana do Castelo 1.697 644 2.341 1,2% ‐5,6% ‐0,5% ‐4,2%

Vila Real 1.371 332 1.703 0,8% ‐6,5% ‐12,9% ‐7,8%

Viseu 2.576 1.020 3.596 1,8% ‐3,0% ‐23,0% ‐9,6%

Reg. Autónoma Açores 2.728 1.161 3.889 1,9% ‐5,4% ‐14,6% ‐8,4%

Reg. Autónoma Madeira 3.046 1.552 4.598 2,3% ‐8,9% ‐25,6% ‐15,3%

Total 119.226 81.590 200.816 100% ‐3,6% ‐5,0% ‐4,2%

Var. 2014/2015

Crédito Peso 

total %

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao período homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 4,2%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia ‐ Dez.2014/Dez.2105

Tipologia  Volume de crédito (M€) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido %

Habitação 97.706 ‐3,9% 82,0% 2,5%

Consumo 12.183 0,7% 10,2% 9,4%

Outros fins 9.337 ‐5,9% 7,8% 14,7%

Total 119.226 ‐3,6% 100% 4,2%

Fonte: Banco de Portugal

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à redução

do crédito a empresas do sector da construção, indústrias extractivas e saúde e apoio

(25)

 

social. Apenas nos sectores da agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,3% e 7,0%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser a construção, as actividades imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Actividade económica Var. Dez. 

2014/2015 Total Crédito Peso % % Crédito  Vencido

Agricultura e Pescas 5,3% 2.185 2,7% 4,4%

Indústrias Transformadoras ‐1,8% 12.881 15,8% 10,3%

Saúde e Apoio Social ‐7,0% 1.288 1,6% 5,4%

Comércio ‐0,3% 12.238 15,0% 16,1%

Construção ‐14,1% 12.870 15,8% 33,4%

Actividades Imobiliárias ‐4,9% 11.234 13,8% 23,7%

Alojamento e Restauração ‐5,3% 4.446 5,4% 10,9%

Transporte e Armazenagem 7,0% 7.221 8,9% 6,7%

Energia ‐0,2% 2.517 3,1% 0,6%

Indústrias Extractivas ‐13,6% 254 0,3% 13,0%

Água e Saneamento ‐6,5% 1.548 1,9% 2,6%

Outros ‐10,1% 12.909 15,8% 8,6%

Total ‐5,0% 81.591 100% 15,4%

Fonte: PIN Mercado

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE ‐ Dez.2014/Dez.2015

Valores em milhões de euros

1.4 MERCADOS FINANCEIROS

No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na actividade dos Bancos Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no progresso das economias emergentes e na cotação das commodities. Em Portugal, o ano ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza em relação à formação do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, por fim, pela resolução do Banif com a alienação da sua actividade e abertura do processo de investigação sobre o auxílio estatal concedido em 2013.

Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de

Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os

níveis de inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika

(26)

 

(BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na economia, o que conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um aumento da volatilidade nos mercados accionistas e de dívida pública.

Reunião  Fed

Abrandono 

negociações  Referendo

e controlo  de capitais

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5

janeiro 15 fevereiro 15 mao 15 abri15 maio 15 junho 15 julho 15 agosto 15 setembro 15 outubro 15 novembro 15 dezembro 15

Mercados de dívida

Alemanha 10 Y Portugal 10 Y Espanha 10 Y Itália 10 Y EUA 10 Y 80%

90%

100%

110%

120%

130%

140%

150%

160%

janeiro 15 fevereiro 15 mao 15 abril 15 maio 15 junho 15 julho 15 agosto 15 setembro 15 outubro 15 novembro 15 dezembro 15

Mercados acionistas

Índice de Xangai PSI 20 SP500 STOXX 50 Black Monday

Escândalo  VW

Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a dinamizar a economia, cortou as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos depósitos em 0,25 p.p.

O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter a política monetária inalterada, conservando o intervalo objectivo das taxas dos “fed funds”

em 0% – 0,25%.

Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses para terreno negativo (-0,001%) resultante da política seguida pelo BCE.

No mercado accionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês, com o índice Shanghai Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após uma corrida às acções, com os chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa. Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas vezes (uma em Maio e outra em Junho) a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p..

No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado accionista. Como as

desvalorizações registadas pelas acções chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não

estavam a aliviar os receios dos investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com

medidas expansionistas adicionais, principalmente (i) a proibição de venda de acções por

investidores com posições qualificadas, (ii) a desvalorização do “yuan” em 1,9% e (iii) a

redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas medidas alertaram os

(27)

 

investidores para o abrandamento da segunda maior economia do mundo contagiando os índices europeus e norte-americanos e também as commodities.

Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas políticas inalteradas nas reuniões de Setembro.

No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos Centrais, na evolução das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica.

Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular: (i) corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a taxa de juro de referência e a taxa de cedência de liquidez inalteradas; (ii) alargamento do programa de compra de activos até, pelo menos, Março de 2017 (iiI) reinvestimento dos juros obtidos com os activos comprados e (iv) inclusão da dívida dos governos regionais e das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE.

Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez desde 2006, passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a estar entre 0,25%-0,50%, justificada com a melhoria significativa das condições do mercado de trabalho (taxa de desemprego foi de 5% em Dezembro) e a estimativa de subida da inflação no médio prazo.

Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro dos depósitos dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de reservas de capital dos bancos em 50 p.b. e injectados 150 mil milhões de “yuan” na economia com o objectivo de elevar o nível de liquidez da banca chinesa.

O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da dispersão de votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando incerteza no processo de formação de Governo nesses países.

No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação

desvalorizou cerca de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso de

oferta existente no mercado e ao aumento dos conflitos entre os países produtores. Em

(28)

 

relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de 2,4% no último trimestre e de 12%

no ano.

0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000

janeiro 12 mao 12 maio 12 julho 12 setembro 12 novembro 12 janeiro 13 mao 13 maio 13 julho 13 setembro 13 novembro 13 janeiro 14 mao 14 maio 14 julho 14 setembro 14 novembro 14 janeiro 15 mao 15 maio 15 julho 15 setembro 15 novembro 15

'000 barris/dia

Produção total de petróleo

OPEC Não OPEC

0,9 0,95 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3

20 30 40 50 60 70 80

janeiro 15 fevereiro 15 mao 15 abri15 maio 15 junho 15 julho 15 agosto 15 setembro 15 outubro 15 novembro 15 dezembro 15

USD

Cotação do Brent e WTI

EUR/USD Brent Crude (WTI)

A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto directo nos níveis de inflação dos principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de Novembro, enquanto que a taxa core

1

foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o Eurostat, a taxa YoY foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo valor registado em Outubro e a taxa de inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%.

Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao EUR, com o EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2% face ao USD.

Principais focos em 2016:

A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016. Para além da desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se ainda penalizada pelo início da subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas respectivas moedas, e pela acentuada queda dos preços das matérias-primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura interna na China poderá afectar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as perspectivas de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados estará assim dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à forma de conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%.

      

1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares. 

(29)

 

Factores como os conflitos no Médio Oriente, actos terroristas e a consequente variação do preço do petróleo serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de 2016.

Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating de Portugal no nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida pública por parte do Banco Central Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação política e económico-financeira do país em 2016.

1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016

O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco associado ao modelo de negócio e à rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na adequação dos fundos próprios, (iv) na governação do risco e qualidade de dados e (v) nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g.

ESMA

2

, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola.

      

2 European Securities and Markets Authority 

(30)

 

2. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

2.1 RESULTADO E BALANÇO

2.1.1 Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2015, constituem valores provisórios e não auditados.

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 501.641 421.057 ‐80.584 ‐16,1%

Crédito a Clientes (líquido) 7.309.837 7.555.871 246.034 3,4%

Crédito a Clientes (bruto) 8.147.238 8.429.644 282.406 3,5%

Imparidades 837.401 873.773 36.372 4,3%

Aplicações em Títulos (líquido) 4.277.583 3.748.388 ‐529.195 ‐12,4%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 429.010 445.441 16.431 3,8%

Outros Activos 748.529 885.955 137.426 18,4%

Total Activo 13.266.600 13.056.712 ‐209.888 ‐1,6%

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 1.116.382 625.817 ‐490.565 ‐43,9%

Recursos de Clientes 10.620.337 10.969.821 349.485 3,3%

Outros Passivos Subordinados 142.534 120.409 ‐22.125 ‐15,5%

Outros Passivos 219.011 168.118 ‐50.893 ‐23,2%

Total Passivo 12.098.264 11.884.166 ‐214.098 ‐1,8%

Capitais Próprios 1.168.335 1.172.546 4.211 0,4%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.266.600 13.056.712 ‐209.887 ‐1,6%

Balanço

2014 2015 Variação

(31)

 

Demonstração de Resultados Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.014 400.181 ‐56.833 ‐12,4%

Juros e encargos similares 208.789 155.052 ‐53.737 ‐25,7%

Margem Financeira 248.225 245.129 ‐3.096 ‐1,2%

Comissões líquidas 128.522 130.193 1.671 1,3%

Resultado de operações financeiras 171.767 101.989 ‐69.778 ‐40,6%

Outros resultados de exploração 5.864 25.445 19.581 333,9%

Produto Bancário 554.378 502.756 ‐51.622 ‐9,3%

Custos de estrutura 300.475 300.838 363 0,1%

Custos de pessoal 164.986 166.516 1.529 0,9%

Gastos gerais administrativos 121.298 121.152 ‐146 ‐0,1%

Amortizações 14.190 13.170 ‐1.021 ‐7,2%

Provisões e imparidades 200.507 126.675 ‐73.832 ‐36,8%

Resultado antes de impostos 53.397 75.244 21.847 40,9%

Impostos, após correc. e diferidos 28.891 18.757 ‐10.134 ‐35,1%

Resultado Líquido 24.505 56.487 31.982 131%

2014 2015 Variação

Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio confirmar a fase de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em 2015 o crescimento do PIB foi de 1,6%. Para 2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê um crescimento de 1,7% e 1,8% respectivamente.

Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de alavancagem das famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do crédito em 4,2%, sendo nas famílias de -3,6% e nas empresas de -5,0%.

O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido em 2015 do negócio bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5 milhões de euros vs. 24,5 milhões de euros), para o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em 3,5%.

41,3

1,5

24,5

56,5

2012 2013 2014 2015

Evolução do Resultado líquido (em milhões de euros)

(32)

 

Valores em milhões de euros Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar‐15 jun‐15 set‐15 dez‐15

Caixas Associadas 9 18 28 50

Caixa Central 13 1 2 5

SICAM (Consolidado) 22 20 31 57

Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-valias, que em 2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado através do aumento dos outros resultados de exploração em 334%, em resultado da alienação da participação financeira das Caixas Associadas no capital da CA Vida e da CA Seguros, no âmbito da constituição de uma holding seguradora (CA SeP), operação que resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada em termos consolidados nas contas do Grupo.

Produto Bancário ‐ SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 251 248 245 ‐3 ‐1,2%

Comissões líquidas 132 129 130 2 1,3%

Resultado de operações financeiras* 79 171 99 ‐72 ‐42,0%

Outros resultados de exploração 12 7 29 21 304,4%

Margem Complementar 222 306 258 ‐49 ‐15,9%

Produto Bancário 473 554 503 ‐52 ‐9,3%

*excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de euros em 2014 para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta essencialmente:

i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a empresas;

ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada pela redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações;

iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito (Euribor), em particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e

(33)

  iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado.

De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2016, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26%

2,13% 2,04%

1,89% 1,78% 1,66%

1,53% 1,40%

1,25%

0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% ‐0,05%

0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% ‐0,01% ‐0,01% ‐0,01% ‐0,02% ‐0,03% ‐0,04% ‐0,07% ‐0,12%

dez‐14 jan‐15 fev‐15 mar‐15 abr‐15 mai‐15 jun‐15 jul‐15 ago‐15 set‐15 out‐15 nov‐15 dez‐15

Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central

Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central Euribor 6 meses Euribor 3 meses

Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário em 9,3%, o resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para 56,5 milhões de euros, resultante fundamentalmente de dois factores: (i) da mais-valia criada com a venda das acções da CA vida e CA seguros à nova holding e (ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-36,8%) das provisões e imparidades do exercício.

Valores em milhões de euros Margem 

Financeira

Comissões  Líquidas

Res. Op. 

Financeiras

Margem  Complementar

Produto  Bancário

Caixas Associadas 263 109 1 32 404

Caixa Central ‐18 22 98 116 100

SICAM (Consolidado) 245 130 99 258 503

Quanto aos custos de estrutura verificou-se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil euros).

Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5 milhões de

euros (+0,9%). Esta subida contudo foi atenuada com uma quebra ligeira nos gastos gerais

(34)

 

administrativos (-0,1%), fruto das negociações centralizadas de contratos e da estratégia de contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela redução das amortizações em 7,2%.

Evolução dos Custos de Estrutura ‐ SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 302 300 301 0,4 0,1%

Custos de Pessoal 164 165 167 1,5 0,9%

Gastos Gerais Administativos 124 121 121 ‐0,1 ‐0,1%

Amortizações 15 14 13 ‐1,0 ‐7,2%

Provisões/Imparidades do Exercício Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 106 160 101 ‐59 ‐37%

Imparidade de outros activos 44 40 26 ‐14 ‐36%

Total de provisões e imparidades do exercício 150 200 127 ‐73 ‐37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 707 837 874 36 4%

Rácio de cobertura  do crédito vencido 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p.

Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução de 73 milhões de euros face a 2014. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 124,7% em 2014 para 130,8% em 2015, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Evolução da carteira de crédito Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Crédito e juros vencidos 658 672 668 ‐4 ‐0,5%

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se uma redução de 1,6% no activo total do

SICAM que passou de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de euros em

2015. Em 2015 apesar do aumento do crédito a clientes de 3,5% (282 milhões de euros),

este não foi suficiente para compensar a redução no valor das aplicações em títulos de

12,4% (-529 milhões de euros face a 2014).

(35)

 

13.748

12.969

13.267

13.057

2012 2013 2014 2015

Evolução do Activo Líquido (em milhões de euros)

O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir 8,9% e o crédito a particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o crédito aumentou 3,4%, o que representa um aumento de 246 milhões de euros, que inclui um reforço de imparidade de 36,4 milhões de euros (4,3%).

Crédito a clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Imparidades 707 837 874 36 4,3%

Crédito líquido 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do reembolso ao Banco Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital próprio registou um aumento de 4 milhões de euros.

Valores em milhões de euros

Activo Passivo Capitais 

Próprios

Caixas Associadas 12.664 11.444 1.219

Caixa Central 6.020 5.765 255

SICAM (Consolidado) 13.057 11.884 1.173

É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015 face a

2014, alcançou um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de 68,8% para

68,9%. Este nível do rácio de transformação é justificado pelo facto do montante dos

recursos de clientes ser significativamente superior ao valor do crédito a clientes, mantendo

o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos bastante abaixo do praticado

pela restante banca em Portugal.

(36)

 

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

Recursos de Clientes 10.234 10.620 10.970 349 3,3%

Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b.

Evolução do crédito e recursos de clientes

2.1.2 Outros Factos Relevantes

Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois conseguiu demonstrar os valores e as iniciativas que esta instituição desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento perante os portugueses tem sido evidente, e ficou patente nos resultados obtidos não só pelo estudo promovido pela Aximage em 2014, que revelou que o Crédito Agrícola é o segundo banco em quem

os portugueses mais confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na categoria do “Atendimento

ao Cliente” como a instituição mais bem classificada.

Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola

foi galardoado com seis distinções em diversas áreas: banca,

seguros e fundos de investimento. O Banco foi considerado, pela

revista britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000 World

Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o primeiro

de capitais exclusivamente nacionais.

(37)

 

A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento. Esta distinção resulta de um estudo realizado pela revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B.

O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA Gest), foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de Investimento Colectivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”.

Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de

Comunicação, o patrocínio a um programa televisivo inovador,

denominado “1 Minuto de Economia”. Tratando-se de um

programa sobre a actualidade financeira com um formato

diferenciador transmitido diariamente no canal SIC, permitido

impactar mais de 1.300.000 telespectadores, alavancando assim

a notoriedade da marca CA.

(38)

 

3. CAIXA AGRÍCOLA DA BATALHA - EVOLUÇÃO

Numa análise comparativa às rubricas que influenciaram os resultados do exercício que agora se encerra, verificamos que o do Produto Bancário, apesar da margem financeira se ter mantido, teve um crescimento significativo (17,78%) fruto da recuperação de crédito e dos ganhos de investimentos em filiais. Apesar das dificuldades com que nos fomos deparando ao longo deste exercício, conseguimos manter as comissões abaixo do recomendado pela Caixa Central e abaixo da concorrência, como se demonstra com a redução de 4,4% na rúbrica de comissões.

O resultado líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mutuo da Batalha subiu 37,46%, cerca de 500 mil euros, passando os 2 milhões de euros, resultante do aumento do Produto Bancário, já referido.

Analisando os recursos, dentro e fora do balanço, verificamos que houve um crescimento de 3,90%. Salientamos o facto de as rubricas do balanço, no que se refere aos recursos, terem um acréscimo de 5,95%.

No que respeita ao crédito, se a rubrica do balanço teve apenas um acréscimo de 2,17%, esta rúbrica, dentro e fora de balanço teve, no seu conjunto, uma melhor performance ao crescer 3,01%.

Perante estes resultados, em anos difíceis como os que temos vindo a atravessar, só

podemos estar confiantes na Instituição que representamos e transmitir essa confiança a

todos os nossos associados e clientes.

(39)

 

3.1 Indicadores de Evolução 3.1.1. Da actividade comercial

A actividade comercial da CCAM da Batalha pode resumir-se no quadro que se segue comparando as principais rubrica nos três últimos exercícios:

INDICADORES 2013 2014 2015

ACTIVIDADE

Activo Liquido 171.609.273 170.296.065 186.140.675

Aplicações Fianceiros Disponiveis para Venda 8.195.292 5.259.033 5.932.774 Crédito a Clientes Liquido 66.412.205 67.447.252 68.912.217

Recurso de Clientes 120.572.989 121.848.283 129.102.736

Situação Liquida 44.091.403 46.359.777 48.383.812

RENDIBILIDADE

Cash Flow do Exercicio 2.920.607 3.033.850 3.791.852

Rendibilidade dos Capitais Próprios ( ROE ) % 2,904% 3,255% 4,288%

Rendibilidade do Activo ( ROA ) % 0,746% 0,900% 1,160%

SOLVABILIDADE

Solvabilidade Total % 47,40%

Racio TIER 1 % 49,31%

Rácio Core Tier 1 % 62,89% 54,00% 56,00%

QUALIDADE DOS ACTIVOS

Crédito Vencido Total 3.316.738 2.667.936 3.211.141

Provisões Totais 5.830.100 5.000.036 5.688.914

Grau de Cobertura % 77,29% 88,33% 82,79%

PRODUTIVIDADE / EFICIÊNCIA

Gastos de Funcionamento / Activo Liquido % 0,862% 0,889% 0,848%

Rácio de Eficiência 35,12% 34,69% 30,70%

Gastos com Pessoal / Produto Bancário % 19,48% 19,12% 16,98%

RESULTADOS 2013 2014 2015

CONTA DE EXPLORAÇÃO

Margem Financeira 3.841.426 3.827.325 3.850.960

Saldos de Serviços e Comissões 777.628 836.903 800.075

Produto Bancário 4.501.347 4.645.598 5.471.492

(-) Gastos de Funcionamento 1.479.811 1.513.555 1.579.100

(-) Provisões Líquidas de Reposições 947.242 787.170 1.016.126

Resultado antes de Impostos 1.973.366 2.242.679 2.775.727

Resultado do Exercício 1.280.494 1.509.128 2.074.475

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