• Nenhum resultado encontrado

Guia de Alimentação. Para a Pessoa com Acidente Vascular Cerebral. Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. Excelência em Reabilitação

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Guia de Alimentação. Para a Pessoa com Acidente Vascular Cerebral. Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. Excelência em Reabilitação"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

Guia de Alimentação

Para a Pessoa com

Acidente Vascular Cerebral

Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão

Excelência em Reabilitação

(2)

índice

O Papel da Nutrição no AVC 03

Consequências do AVC na Alimentação 03

1) Alterações do Paladar 04

2) Disfagia 05

3) Alteração do Peso Corporal 06

A Alimentação da pessoa com AVC 07

Que alterações fazer? 07

1) Diminuir o consumo de sal 07

2) Consumir pelo menos 5 porções de fruta e hortaliças por dia 08

3) Reduzir o consumo de gorduras 09

4) Reduzir o consumo de açúcar 10

Mais alguns conselhos… 11

Acompanhamento Personalizado no CMRA 11

Outras Fontes de Informação 11

Receitas / Apontamentos 12

(3)

Um AVC (acidente vascular cerebral) é a manifestação de um conjunto de sintomas associados à morte ou mau funcionamento de células cerebrais por insuficiente fornecimento de oxigénio e nutrientes pela interrupção do fluxo de sangue, ou pelo derrame de sangue de um vaso sanguíneo que se rompe.

É uma das principais causas de morte e incapacidade permanente nos países desenvolvidos, sendo a principal causa de morte em Portugal.

Por tudo isto, tem implicações socioeconómicas e familiares importantes.

O Papel da Nutrição no AVC

A pessoa com AVC apresenta-se nutricionalmente vulnerável. Os factores nutricionais e alimentares devem ser considerados, já que tanto a sobrealimentação como a desnutrição têm sido documentadas.

A obesidade, particularmente a obesidade abdominal é um factor de risco importante para o AVC, assim como colesterol elevado, a tensão arterial elevada e a diabetes.

Uma alimentação equilibrada reduz a probabilidade de desenvolver qualquer uma destas doenças, e quando presentes ajuda a controla-las, contribuindo assim para a diminuição do risco de AVC, ou repetição do mesmo.

Para além da contribuição nos factores de risco do AVC, a nutrição é importante na minimização das alterações de que resultam dificuldades na capacidade de se alimentar.

Consequências do AVC na Alimentação

O AVC pode interferir com o estado nutricional e dificultar a manutenção de um peso saudável, já que pode limitar a capacidade de se movimentar, fazer exercício, fazer compras, preparar refeições, alimentar-se independentemente, mastigar e engolir alimentos ou alterar o paladar.

1)Alterações do Paladar;

2) Disfagia;

3) Alteração do Peso Corporal.

Guia de Alimentação para a Pessoa

com Acidente Vascular Cerebral

(4)

1) Alterações do Paladar

Se o cérebro for afectado pelo AVC na zona que controla o paladar, os alimentos podem deixar de ter um sabor familiar. Para reduzir este efeito deve-se:

»Optar por alimentos que transmitam cheiro agradável.

»Deixar a carne ou peixe a marinar de véspera já que aumenta o seu sabor.

»Usar especiarias e ervas aromáticas como tempero, especialmente pimentas.

»Dar sabor às hortaliças adicionando alho ou cebola durante a confecção.

»Não comer os alimentos muito quentes nem muito frios.

»Se os alimentos sabem muito a doce: diluir as bebidas em água, escolher frutas ácidas para acompanhar, usar sumo de limão ou arrefece-los.

»Se o sabor amargo for muito intenso usar: mel, compotas, xaropes – excepto os diabéticos - ou adoçantes artificiais para o mascarar.

(5)

2) Disfagia

A Disfagia caracteriza-se pela dificuldade em engolir os alimentos líquidos ou sólidos. Esta situação pode ser problemática e associar-se a dificuldades de mastigação, levando a que ocorram “engasgamentos”. Para tornar a alimentação mais segura deve-se:

»Comer em ambiente silencioso e relaxado.

»Introduzir na boca uma porção de cada vez.

»Não misturar alimentos sólidos e líquidos na mesma porção.

» Poderá ser necessário engrossar bebidas ou outros alimentos. Para isso pode recorrer-se a espessantes comerciais ou naturais (amido de milho, leite em pó, puré de batata, hortaliças, carne ou peixe, gelatinas, pectinas).

» Deixar cozinhar bem os alimentos para ficarem com uma textura macia e fácil de mastigar.

»Se necessário reduzir os alimentos a puré, para se tornarem mais seguros. Pode juntar-se molhos para a textura ficar mais cremosa.

(6)

3) Alteração do Peso Corporal

O peso corporal pode variar no doente com AVC, havendo maior tendência para o excesso, pela sua existência prévia e diminuição da actividade física. O excesso de peso aumenta a dificuldade de movimentos e pode promover o aparecimento ou agravamento de outras doenças (diabetes, aumento da tensão arterial ou do colesterol).

Com a prática de uma alimentação equilibrada é possível controlar o peso corporal.

Assim deve-se:

»Fazer mais refeições de pequena quantidade ao longo do dia.

»Iniciar o dia com um bom pequeno-almoço.

»Variar os alimentos consumidos diariamente.

»Consumir diariamente hortaliças ou fruta.

»Preferir alimentos integrais: pão, arroz, bolachas, massas..

»Diminuir o consumo de gorduras e açúcares.

(7)

A Alimentação da pessoa com AVC

Em conjunto com o que já foi referido as alterações à alimentação, que a seguir se sugerem irão proporcionar benefícios na saúde em geral e consequentemente minimizar o risco de voltar a sofrer um AVC.

Que alterações fazer?

1)Diminuir o consumo de sal;

2) Consumir pelo menos 5 porções de fruta e hortaliças por dia;

3) Reduzir o consumo de gorduras;

4) Reduzir o consumo de açúcar;

1) Diminuir o consumo de sal

O sal é necessário para uma boa saúde, mas o seu excesso associa-se ao aumento da tensão arterial. Para reduzir o seu consumo deve-se:

»Evitar alimentos enlatados e pré-cozinhados, molhos industriais, queijos curados, produtos de charcutaria (bacon, toucinho, presunto, enchidos...), aperitivos salgados, frutos secos salgados, águas e outras bebidas gaseificadas.

»Optar por pão sem sal e margarinas vegetais sem sal.

» Diminuir o sal adicionado durante a confecção, optar por especiarias e ervas aromáticas para temperar.

»Retirar o saleiro da mesa de refeição.

» Saber que o sal nos alimentos comerciais pode aparecer com as seguintes designações: sódio, glutamato monossodico, bicarbonato de sódio.

(8)

2) Consumir pelo menos 5 porções de fruta e hortaliças por dia

As frutas e hortaliças fornecem compostos benéficos pois são ricas em vitaminas, minerais, água e fibras. Ajudam na diminuição do apetite, no funcionamento normal do intestino, no controlo do colesterol e do açúcar do sangue, e na diminuição da destruição das células (por serem ricas em antioxidantes).

Assim deve-se:

»Usar hortaliças e frutas coloridas: maior variedade de vitaminas e antioxidantes.

» Consumir frutos silvestres (amoras, mirtilos, groselhas, framboesas), kiwis, laranjas, bananas, espinafres, pimentos, couves, bróculos.... Ricos em Ácido Fólico (protector das veias e artérias) e potássio (controla a tensão arterial e o funcionamento do coração).

» Comer pelo menos 5 doses de hortaliças ou fruta por dia - 1 dose é: 1 taça de pequeno-almoço de hortaliças/saladas cruas, ½ taça de pequeno-almoço de hortaliças cozidas, 1 fruta media, ½ copo de sumo natural de fruta.

» Comer sopa de hortaliças e ainda saladas ou hortaliças diariamente, às duas refeições principais.

» Comer a fruta fora das refeições principais, preferindo-a para as refeições intermédias.

(9)

3) Reduzir o consumo de gorduras

Os excessos de gorduras alimentares, especialmente as saturadas, promovem o aumento do colesterol e do peso corporal.

Devem ser privilegiadas as gorduras monoinsaturadas (azeite, nozes, avelã, amêndoa...) e poli-insaturadas (óleo de amendoim, milho, soja, peixe gordo) em moderação, já que promovem a redução dos triglicerídeos, ajudam na coagulação sanguínea, evitando a formação de coágulos e contribuindo para a protecção dos vasos sanguíneos. Deste modo deve-se:

» Evitar as carnes gordas, produtos de charcutaria, queijos curados e enchidos tradicionais, molhos e refeições pré-cozinhadas, produtos de pastelaria (doces ou salgados).

»Preferir produtos lácteos com redução de gordura: iogurtes magros, leite magro ou meio gordo, queijo com menos de 30% de gordura.

»Optar por confecções simples: grelhados, cozidos, assados e estufados em cru, ao vapor, em papelote. Evitar os fritos.

» Preferir peixes gordos, frutos secos (nozes, amêndoas, avelãs, sementes de girassol e abóbora) e azeite, porque são boas fontes de ácidos gordos essenciais que melhoram os níveis de colesterol, quando usados com moderação.

(10)

4) Reduzir o consumo de açúcar

Os hidratos de carbono, açúcares “próprios” dos alimentos, são a principal fonte de energia do corpo humano, fornecendo ainda vitaminas do complexo B e minerais. No entanto, o seu excesso vai ser transformado em gordura, pelo que o seu consumo deve ser adequado aos gastos com a actividade física diária. Deste modo deve-se:

» Preferir os açúcares complexos provenientes dos farináceos como pão, arroz, massas, batata, bolachas simples e farinhas pouco refinadas.

»Comer leguminosas secas – grão, feijão, ervilhas, favas, lentilhas - duas vezes por semana, pois são ricas em fibra, vitaminas e minerias.

»Evitar o consumo de açúcar de mesa e produtos que o contêm - bolos, compotas, marmeladas, pudins, chocolates, rebuçados, mel, pão-de-leite, croissant, refrigerantes, conservas de fruta.

» Optar por iogurtes com pouco açúcar - alguns iogurtes magros são ricos em açúcar, ler o rótulo. Os seguintes termos indicam a presença de açúcar nos alimentos: sacarose, frutose, mel, melaço, xarope….

(11)

Mais alguns conselhos…

»Ler o rótulo dos alimentos.

»Consumir peixe gordo pelo menos 2 vezes por semana (atum, salmão, sardinha, cavala, truta).

»Optar por carnes magras e retirar-lhe todas as peles e gorduras visíveis.

»Reduzir ou substituir as carnes vermelhas por carnes brancas.

»Preferir o azeite e vinagre como tempero de saladas.

»Consumir produtos de pastelaria caseiros e simples, com pouca frequência.

»Beber pelo menos 8 a 10 copos de água por dia (1,5 a 2 L)

»Consultar um Dietista para um acompanhamento personalizado.

DEMASIADO ADEQUADO

15 g de açúcar em 100g de alimento 6 g de açúcar em 100g de alimento 30 g de gorduras (8 g de gorduras 8 g de gorduras (3 g de gorduras saturadas) em 100g de alimento saturadas) em 100g de alimento 0,2 g de sódio em 100g de alimento 0,07 g de sódio em 100g de alimento

Acompanhamento Personalizado no CMRA

Poderá dispor de um acompanhamento técnico especializado na área da nutrição no CMRA, através da Consulta de Dietética e Nutrição. Para aceder a esta consulta deverá entrar em contacto com o Serviço de Admissão de Doentes do CMRA e agendar uma consulta médica, através da qual será encaminhado para o acompanhamento nutricional.

Outras Fontes de Informação

www.spavc.org www.apdietistas.pt

www.medicosdeportugal.iol.pt www.americanheart.org

(12)

Receitas / Apontamentos

(13)
(14)

Ficha Técnica

Autor:

Manuela Moura - Dietista Serviço de Reabilitação Geral Adultos, Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão

Ano de 2009

Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão Rua Conde Barão, Alcoitão 2649- 506 Alcabideche - Portugal Tel: 214 60 83 00 - Fax: 214 69 11 85 Email: ugd-cmra@scml.pt www.scml.pt

Referências

Documentos relacionados

Em Alcoitão [Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão] aquilo para nós era uma terra prometida, aquilo uma pessoa deslocava-se para a esquerda, para

Código Descrição Atributo Saldo Anterior D/C Débito Crédito Saldo Final D/C. Este demonstrativo apresenta os dados consolidados da(s)

No entanto, expressões de identidade não são banidas da linguagem com sentido apenas porque a identidade não é uma relação objetiva, mas porque enunciados de identi- dade

• A falta de registro do imóvel no CAR gera multa, impossibilidade de contar Áreas de Preservação Permanente (APP) na Reserva Legal (RL), restrição ao crédito agrícola em 2018

• Não garantir condições dignas e saudáveis para os trabalhadores pode gerar graves consequências para o empregador, inclusive ser enquadrado como condições análogas ao

• A falta de registro do imóvel no CAR gera multa, impossibilidade de contar Áreas de Preservação Permanente (APP) na Reserva Legal (RL), restrição ao crédito agrícola em 2018

• É necessário realizar o pagamento do ITR pelo seu fato gerador: deter propriedade, domínio útil ou posse de imóvel rural.. • O não pagamento do imposto gera cobrança do

Como eles não são caracteres que possam ser impressos normalmente com a função print(), então utilizamos alguns comandos simples para utilizá-los em modo texto 2.. Outros