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APOSTILA AFH. Anatomia e Fisiologia Humana. Professor: Daniel Barreto

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APOSTILA AFH

Anatomia e Fisiologia Humana

Professor: Daniel Barreto

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Sumário

Capítulo 1 – Introdução a anatomia e fisiologia humana Capítulo 2 – Sistema Esquelético

Capítulo 3 – Sistema Muscular Capítulo 4 – Sistema Nervoso Capítulo 5 – Sistema Endócrino Capítulo 6 – Sistema Tegumentar Capítulo 7 – Sistema Respiratório Capítulo 8 – Sistema Cardiovascular Capítulo 9 – Sistema Urinário

Capítulo 10 – Sistema Digestório

Capítulo 11 – Reprodutor Feminino e Masculino

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Capítulo 1. INTRODUÇÃO À ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Referência:http://teturmadmat2013.blogspot.com.br/

Definições:

 Anatomia – é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento do organismo do homem.

Especificamente, a anatomia (ana = em partes; tomem = cortar) macroscópica é estudada pela dissecção de peças previamente fixadas por soluções apropriadas.

 Fisiologia humana – é o estudo das reações físicas e químicas que ocorrem no organismo humano.De uma forma mais sintética, a fisiologia estuda o funcionamento do organismo.

Conceito e variação anatômica normal:

 As diferenças morfológicas podem apresentar-se externamente ou internamente, sem que isso traga prejuízo funcional aos indivíduos.

Fatores gerais de variações anatômicas:

 Idade – observam-se diferenças anatômicas nos diversos períodos da vida intra ou extra-uterina;

 Sexo – os homens e as mulheres apresentam alguns caracteres especiais;

 Grupo étnico - compreende os grupamentos humanos com caracteres físicos (internos e externos) comuns, fazendo-se distinguir as raças branca, negra, amarela e os mestiços;

 Biótipo – é o resultado dos caracteres herdados e dos adquiridos por influência do meio ambiente.

 Evolução - com o decorrer do tempo, ocorrem diferenças morfológicas.

Constituição Do Corpo Humano

Da menor até a maior dimensão de seus componentes, seis níveis de organização são relevantes para a compreensão da anatomia e fisiologia: os níveis químico, celular, tecidual, orgânico, sistêmico e organísmico.O corpo humano é composto por diversas moléculas que organizadas formam as estruturas celulares, além das substâncias intercelulares e fluídos. O conjunto de células com as mesmas propriedades forma o tecido. A reunião de vários tecidos forma um órgão, e a reunião de vários órgãos constitui um sistema, que juntos compõe o organismo (corpo humano).

Funções Vitais Do Corpo Humano

Em nosso organismo, as funções vitais têm diferentes objetivos. São três as modalidades de funções: Nutrição, Relação e Reprodução.

Conceito de Homeostase

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Homeostase é a condição de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas funções adequadamente para o equilíbrio do corpo. Homeostasis:palavra de origem grega, cujo significado já define muito bem o que vem a ser: homeo- = semelhança; -stasis = ação de pôr em estabilidade.

Divisão do corpo humano

O corpo humano divide-se em:

Cabeça – encontra-se dividida em duas partes: crânio (caixa óssea que contém e protege o encéfalo) e face (que aloja parte dos órgãos sensoriais e também estruturas responsáveis pela mastigação)

Pescoço – permite a união da cabeça com o tronco através de músculos, ligamentos e por parte da coluna vertebral onde situam-se as vértebras cervicais;

Tronco – possui uma estrutura óssea formada pela coluna vertebral (vértebra torácicas, lombares, sacrais e o cóccix), costelas e suas cartilagens, esterno, clavículas e escápulas, ossos do quadril. O tronco divide-se em cavidade torácica, abdômen e cintura pélvica;

Dois membros inferiores (MMII) – cada membro possui uma origem (quadril) e uma parte livre (coxa, perna e pé). Entre a coxa e a perna situa-se o joelho, e entre a perna e o pé, o tornozelo. O pé é constituído pela parte plantar e pelo dorso do pé;

Dois membros superiores (MMSS) – cada membro possui uma raiz que se liga ao tronco (ombro) e uma parte livre (braço, antebraço e mão). Entre o braço e o antebraço situa-se o cotovelo, e entre o braço e a mão o pulso. A mão é formada pela parte palmar e dorso da mão.

 No corpo humano há quatro grandes grupos de tecidos: o muscular, o nervoso, o conjuntivo (abrangendo também os tecidos ósseo, cartilaginoso e sanguíneo) e o epitelial, constituindo subtipos específicos que irão formar os órgãos e sistemas corporais. Por exemplo: O sangue é considerado um tecido conjuntivo, com diversificadas células (as hemácias, os leucócitos e as plaquetas) e o plasma (água, sais minerais e diversas proteínas).

 Os sistemas que em conjunto compõem o organismo dos indivíduos são os seguintes:

a) Sistema tegumentar

b) Sistema esquelético, compreendendo o estudo dos ossos, cartilagens e das conexões entre os ossos

c) Sistema muscular d) Sistema nervoso e) Sistema circulatório f) Sistema respiratório

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g) Sistema digestório h) Sistema urinário

i) Sistema genital – feminino e masculino j) Sistema endócrino

Alguns sistemas podem ser agrupados formando os aparelhos, por exemplo:

 Aparelho locomotor (constituído pelos sistemas esquelético e muscular)

 Aparelho urogenital (constituído pelo sistema urinário e genital) Termos de posições e planos:

Posição anatômica – é o corpo em posição ereta, com cabeça, olhos e a ponta dos dedos dos pés dirigidos para frente; MMSS estendidos ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para frente. Serve de referência para os movimentos.

Termos de posição:

 Medial – mais próximo do plano sagital;

 Lateral – mais afastado do plano sagital;

 Anterior ou ventral - mais próximo da frente do corpo;

 Posterior ou dorsal – mais próximo do dorso;

 Superior – mais próximo da extremidade superior do corpo;

 Inferior – mais próximo da extremidade inferior do corpo;

 Interno – mais próximo do centro de um órgão ou cavidade;

 Externo – mais distante do centro de um órgão ou cavidade;

 Superficial – mais próximo da superfície do corpo;

 Profundo – mais afastado da superfície do corpo.

Planos:

a) Plano sagital – linha imaginaria que divide o corpo nas regiões direita e esquerda.

b) Plano transversal – linha imaginaria que divide o corpo nas partes superiores e inferiores visíveis de cima para baixo.

c) Plano frontal – linha imaginaria que divide o corpo nas partes ventral (anterior) e dorsal (posterior). Visíveis de frente.

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Terminologia usada na osteologia

• Linha – margem óssea suave;

• Crista – margem óssea proeminente;

• Tubérculo – pequena saliência arredondada;

• Tuberosidade – média saliência arredondada;

• Trocanter – grande saliência arredondada;

• Maléolo – saliência óssea semelhante à cabeça de um martelo;

• Espinha – projeção óssea afilada;

• Processo – projeção óssea;

• Ramo – processo alongado;

• Faceta – superfície articular lisa e tendendo a plana;

• Fissura – abertura óssea em forma de fenda;

• Forame – abertura óssea arredondada;

• Fossa – pequena depressão óssea;

• Cavidade – grande depressão óssea;

• Sulco – depressão óssea estreita e alongada;

• Meato – canal ósseo;

• Côndilo – proeminência elíptica que se articula com outro osso;

• Epicôndilo – pequena proeminência óssea situada acima do côndilo;

• Cabeça – extremidade arredondada de um osso longo, geralmente separada do corpo do osso através de uma região estreitada denominada colo.

Termos de movimento

• Flexão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, reduz o ângulo entre duas partes do corpo;

•Extensão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, retorno da flexão ou aumenta o ângulo entre duas partes do corpo;

•Abdução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, afasta parte do corpo do plano mediano ou aumenta o ângulo entre duas partes do corpo.

•Adução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, aproxima parte do corpo do plano mediano ou diminui o ângulo entre duas partes do corpo.

•Rotação: girar em torno do próprio eixo, ou seja, realizado ao redor do eixo longitudinal, podendo ser, lateral ou medial;

•Supinação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando lateralmente ao redor de seu próprio eixo; o dorso da mão fica voltado posteriormente e a palma anteriormente (posição anatômica);

•Pronação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando medialmente ao redor de seu próprio eixo;

o dorso da mão fica voltado anteriormente e a palma posteriormente;

• Eversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, afastando a planta do pé do plano mediano;

•Inversão: movimento realizado na articulação talocalcânea, aproximando a planta do pé do plano mediano;

• Oposição ou oponência: dirigir a polpa do polegar (primeiro dedo) em direção à polpa do dedo mínimo (quinto dedo);

• Reposição: é o retorno do polegar à posição anatômica;.

• Elevação: levantar uma parte do corpo;

• Depressão (abaixamento): abaixar uma parte do corpo;

• Protrusão: movimento realizado para frente;

• Retrusão: movimento realizado para trás;

•Circundução: movimento circular combinado (flexão-abdução-extensão- adução) que descreve um cone cujo ápice é o centro da articulação.

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Capítulo 2. Sistema Esquelético

Referência:http://teturmadmat2013.blogspot.com.br/

Introdução

O sistema esquelético é o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo dos animais e desempenhar várias funções.

Ossos são peças rígidas, de número, coloração e formas variáveis e que, em conjunto, constituem o esqueleto.

Funções exercidas pelo esqueleto:

 Sustentação e conformação do corpo;

 Proteção para alguns órgãos;

 Armazenamento de íons de Ca e P;

 Apoio para músculos esqueléticos se inserirem;

 Formação de algumas células do sangue.

Tecidos que formam o esqueleto:

Tecido cartilaginoso - no esqueleto de uma pessoa adulta as cartilagens situam-se nas extremidades dos ossos que se articulam, permitindo o deslizamento suave de um osso sobre outro. Entre as vértebras há discos de cartilagem cuja função é de amortecer impactos sobre a coluna vertebral.

 A cartilagem é constituída por um material rico em fibras colágenas e em condrina, substância mucopolissacarídica com consistência de borracha. Esses componentes são produzidos por células denominadas condroblastos. Ao envelhecer, os condroblastos passam a ser chamados de condrócitos.O tecido cartilaginoso não possui vasos sanguíneos, sua nutrição é feita pelos vasos sanguíneos situados no tecido conjuntivo que envolve a cartilagem, o pericôndrio. No pericôndrio existem alguns fibroblastos que podem se transformar em condroblastos, permitindo o crescimento e, eventualmente, a regeneração do tecido cartilaginoso.

Tecido ósseo - o esqueleto de um indivíduo adulto é constituído por tecido ósseo, um tipo de tecido conjuntivo que as células secretam fibras colágenas e fosfato de cálcio. A união do fosfato de cálcio com as fibras, faz com que os ossos sejam mais rígidos que as cartilagens.

 Um osso é formado por unidades denominadas sistema de Havers.

Cada um dos sistemas consiste de camadas concêntricas de matriz mineralizada, depositadas ao redor de um canal central, onde há vasos sanguíneos e nervos.As células que formam os ossos são chamadas de osteoblastos. Ao envelhecer, os osteoblastos passam a ser chamados de osteócitos. Estes estão situados na matriz óssea, e comunicam-se através de canalículos, por onde se difundem substancias nutritivas e o oxigênio proveniente do sangue.No osso

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há células grandes e especializadas, os osteoclastos, cuja função é destruir áreas lesadas ou envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regeneração do tecido ósseo. Os ossos estão em contínua remodelação, pela atividade conjunta de destruição e reconstrução empreendida, respectivamente, pelos osteoclastos e osteoblastos.

Divisão do esqueleto

O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:

1-Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica.

2-Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas

escápulas e clavículas; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros (superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores).

Esqueleto axial Cabeça

Ossos do neurocrânio: frontal;

parientais; temporais;occipital;

esfenoide; etmoide.

Ossos do viscerocrânio (face):

maxila; palatinos; lacrimais; vômer;

nasais; zigomáticos; mandíbula;

conchas nasais inferiores.

Pescoço

Vértebras Cervicais – 07

Osso Hioide Ossos do Tronco Costelas (12 pares)

Esterno: manúbrio, corpo do esterno e processo xifóide

Vértebras torácicas (TI a TXII) Vértebras lombares (LI a LV) Sacro

Cóccix Esqueleto apendicular

Ossos dos membros superiores Escápula e clavícula

Braço – úmero

Antebraço – ulna e rádio Carpo

Metacarpos

Falanges: Falanges proximal, Falanges média e Falanges distal

Osso dos membros inferiores Ossos do quadril – ílio –ísquio – púbis

Coxa – fêmur e patela Perna – tíbia e fíbula Tarso

Metatarso

Falanges: Falanges proximal, Falanges média e Falanges distal

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Número de ossos:

No indivíduo adulto, o número de osso e de 206 este número varia se levarmos em consideração os fatores: etário; individuais; e critérios de contagem.

Classificação dos ossos:

De acordo com a forma, os ossos podem ser:

Osso longo: é aquele que apresenta um comprimento consideravelmente maior que a espessura e largura. O osso longo possui duas extremidades, denominadas epifises e um corpo, a diáfise. Esta possui, no seu interior, uma cavidade - canal medular, que aloja a medula óssea. Por esta razão os ossos longos também podem ser chamados tubulares. Nos ossos em que a ossificação ainda não se completou, e possível visualizar entre a epífise e a diáfise um disco cartilaginoso - cartilagem epifisal, relacionada com o crescimento do osso em comprimento.Exemplos típicos: fêmur, úmero, radio, ulna, tíbia, fíbula, falanges.

Osso curto: é aquele que apresenta equivalência das três dimens6es.

Exemplos: ossos do carpo e tarso.

Osso irregular: apresenta morfologia complexa que não encontra correspondência em formas geométricas conhecidas. Exemplos: vértebras e osso temporal.

Osso pneumático: apresenta uma ou mais cavidades, de volume variável, revestidas de mucosa e contendo ar. Estas cavidades são denominadas de seio ou sinus. Exemplo: frontal, maxilar, temporal, etmóide e esfenóide (ossos do crânio).

Ossos sesamoides: desenvolvem-se na substancia de certos tendões ou cápsula fibrosa que envolve certas articulações. Exemplo: patela.

Osso laminar: denominado também de osso plano. Exemplos: parietal, escapula e osso do quadril.

Tipos de substância óssea:

 Substância óssea compacta: as lamínulas de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas umas as outras pelas suas faces, sem que haja espaço livre interposto. Por esta razão, este tipo e mais denso e rígido.

 Substância óssea esponjosa: as lamínulas ósseas, mais irregulares em forma e tamanho, se arranjam de forma a deixar entre si espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras.

Elementos descritivos da superfície dos ossos:

Os ossos possuem na sua superfície, depressões, saliências e aberturas. As saliências servem para articular os ossos entre si ou para fixação de um

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músculo, ligamentos, cartilagens etc. As superfícies que se destinam à articulação com outras são denominadas articulares; são lisas e revestidas por cartilagem. As depressões podem, como as saliências, ser articulares ou não.

Entre as aberturas, encontram-se os nervos e vasos.

Periósteo:

Delicada membrana conjuntiva que reveste os ossos, exceto superfícies articulares. Apresenta dois folhetos: um superficial e outro profundo, este em contato direto com a superfície óssea. A camada profunda e denominada osteogênica pelo fato de suas células se transformarem em células ósseas, que são incorporadas à superfície do osso, promovendo seu espessamento.

Nutrição:

O osso, seja devido à sua função hematopoiética, seja pelo fato de se apresentarem com desenvolvimento lento e contínuo, são altamente vascularizados. As artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea.

Medulas ósseas

Dentro dos ossos longos encontramos as medulas ósseas vermelhas e amarela:

 Medula vermelha: localizam entre as trabéculas ósseas nos ossos longos (nas epífises), está relacionado a formação de células sangüíneas;

 Medula amarela: encontrada na diáfise, serve para diminuir o peso do osso e alojar reserva de gordura.

Articulações:

Articulação, s.f. - denominação que se dá aos modos de união dos ossosentre si; união entre peças de um aparelho ou máquina.O sentido da palavra articulação sugere movimento entre duas peças, porém,isso nem sempre é verdade. Assim, devemos ressaltar o significado correto da palavra, queé

"união", sem pressupor que possam ocorrer deslocamentos entre os elementosrelacionados.Em anatomia, articulações ou junturas são as uniões funcionais entre osdiferentes ossos do esqueleto. Vários são os tipos existentes e diferenciam-se pelo tipo demovimento que ocorre, ou não, entre os ossos unidos.

Tipos e Classificação das articulações:

As articulações ou junturas são classificadas de acordo com sua estrutura, amplitude de movimento e também segundo os eixos em torno dos quais esses ocorrem.

Assim, as articulações imóveis ou SINARTROSES, denominadas junturasfibrosas são aquelas onde o contato entre os ossos é quase direto, com interposição de finacamada de tecido conjuntivo e onde o movimento é

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quase inexistente. As junturas fibrosaspodem ser de três tipos: sindesmose, sutura e gonfose.

As articulações com pequeno ou limitado grau de movimento, denominadas ANFIARTROSES são as junturas cartilagíneas, onde as uniões entre as superfícies ósseas contíguas são feitas por cartilagem. Os tipos existentes são a sínfise e a sincondrose.

O tipo de articulação mais frequente no corpo humano são as DIARTROSES oujunturas sinoviais, que possuem movimentos amplos. Nesse tipo de articulação asextremidades ósseas são revestidas por cartilagem hialina e a união é feita por uma cápsula fibrosa revestida internamente pela membrana sinovial que produz o líquido de mesmo nome que nutre e lubrifica a articulação. Espessamentos dessa cápsula, que a reforçam, sãoos ligamentos extra-articulares. Em algumas articulações, além dos ligamentos extra- articulares,existem também ligamentos intra-articulares, elementos diferenciados, quesão revestidas por membrana sinovial e participam dos mecanismos de limitação eorientação dos movimentos, como exemplo podemos citar os ligamentos cruzados dojoelho. Nesse tipo de articulação também podem estar presentes discos ou meniscos articulares, estruturas fibrocartilaginosas unidas em sua periferia com a cápsula articularcujas superfícies livres não são revestidas por membrana sinovial; um exemplo desse tipode articulação é a que existe entre o fêmur e a tíbia no joelho.

O tipo de movimento permitido nesse tipo de articulação é o que as classifica, considerando-se principalmente o eixo em torno do qual esse ocorre.

Das uniaxiais, onde o movimento se faz em torno de um único eixo temos otipo gínglimo ou dobradiça onde esse eixo geralmente é transverso e o deslocamento sedá em um único plano. Nessas articulações é frequente a presença de fortes ligamentoscolaterais. Exemplo: Interfalângicas e Úmero- ulnar. A Femoro-tibial do joelho é citadapor alguns autores como gínglimo, no entanto isso é discutível, uma vez que durante o seumovimento, além da flexão e extensão, também ocorrem movimentos de rotação oulateralização.

Também uniaxiais são as articulações tipo pivô ou trocóide onde omovimento é exclusivamente de rotação e ocorre em torno do eixo longitudinal.

Nessasarticulações existe um anel formado em parte por ligamento e parte pela superfície ósseacontígua; o pivô é o processo ou extremidade óssea que roda dentro do anel. Comoexemplo temos a articulação rádio-ulnar proximal e entre o dente do axis com o atlas.

As articulações biaxiais, (movimentos em torno de dois eixos), podem serdos tipos elipsóides, condilares e selares. Nas elipsóides uma superfície articular ovóide érecebida em uma cavidade elíptica, permitindo os movimentos de flexo-extensão eabdução-adução sem rotação axial, cujo movimento combinado é denominadocircundução. Como exemplo temos as articulações rádio cárpica e metacarpo-falangeanas.

As articulações condilares são aquelas nas quais duas superfícies convexas ou semiesféricasdeslizam sobre outra superfície. Como exemplo temos o joelho e a temporomandibular. São consideradas selares as articulações em

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que as extremidades ósseas opostas são reciprocamente concavo-convexas, também com movimentos de flexoextensãoe adução-abdução sem rotação axial. O exemplo típico é a articulação entre otrapézio e o I metacarpo.

Quando os movimentos ocorrem em torno de três eixos permitindo a flexãoextensão,adução-abdução e rotações axiais temos as articulações triaxiais ou esferóides,também denominadas enartroses. É formada por uma cabeça esférica com uma cavidadeem taça. Os melhores exemplos são as articulações do quadril e do ombro.

Articulações planas são junturas sinoviais, também denominadas artródiasou deslizantes, que só permitem o deslizamento entre as superfícies envolvidas.

Essas sãoplanas ou ligeiramente convexas e a amplitude do movimento é controlada pelosligamentos ou processos ósseos dispostos ao seu redor. Estão presentes entre os processosarticulares das vértebras, no carpo e no tarso.

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Capítulo 3. Sistema Muscular

Referência:http://teturmadmat2013.blogspot.com.br/

Conceito de Músculos:

São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas miócitos (que se agrupam formando as fibras musculares), cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica. O músculo vivo é de cor vermelha, o que denota a existência de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares. Os músculos representam 40-50% do peso corporal total.

Funções dos Músculos:

a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr.

b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabiliza as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.

c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco.

d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.

e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.

Classificação:

Os músculos do organismo se dividem em:

Voluntários - são os que contraem quando o indivíduo quer, e correspondem aos músculos do esqueleto. Possuem a característica de uma contração potente, rápida e brusca, sempre que é preciso.

São músculos de ação rápida. Os músculos voluntários, exceto o esfíncter anal, são compostos por células ou fibras musculares dotadas de estrias transversais, por isso são denominados músculos estriados.

Involuntários - são músculos comandados pelo sistema nervoso vegetativo (ver no capítulo 4) e o indivíduo não tem nenhum controle voluntário sobre eles. Podem formar as paredes das vísceras, do aparelho respiratório e do aparelho circulatório. Estes músculos têm contração e relaxamento lentos. São formados por células

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musculares sem estrias, assim podem ser denominados também de músculos lisos. O músculo cardíaco é formado por músculo estriado, apesar de não possuir controle voluntário.

Tecido muscular e a fisiologia da contração:

Os músculos estriados são constituídos por um grande número de células ou fibras musculares que, ainda que tenham pequeno calibre, podem atingir um grande comprimento. Cada fibra muscular contém centenas ou milhares de miofibrilas. Cada miofibrila é constituída por filamentos compostos por dois tipos de proteínas, a actina e a miosina. Estas se interdigitam ao longo de toda fibra muscular. Os filamentos de actina podem deslizar entrando e saindo dos espaços existentes entre os filamentos de miosina produzindo-se assim a contração e o relaxamento muscular.Quando um estímulo nervoso entra chega à célula muscular, os filamentos de actina e de miosina interdigitam-se mais profundamente, produzindo a contração muscular. Quando o estímulo nervoso cessa, separam-se de novo, retornando a posição inicial de repouso.

Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados Esqueléticos:

 Ventre muscular - é a porção média do músculo, carnosa e vermelha.

Nele predominam as fibras musculares, sendo, portanto, a parte ativa do músculo, isto é, a parte contrátil.

 Tendões e aponeurose - são as extremidades dos músculos. Quando as extremidades são cilindroides ou tem forma de fita, denomina-se tendões; quando são laminares, recebem a denominação de aponeuroses. Ambos são esbranquiçados e brilhantes, muito resistentes e praticamente inextensíveis, constituídos por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas. Tendões e aponeuroses servem para prender o músculo ao esqueleto.

 Fáscia muscular - é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. Pode exercer as seguintes funções: - contribui para prender o músculo ao esqueleto; - contribui para que os músculos possam exercer um trabalho de tração ao se contrair; permitir um fácil deslizamento entre os músculos.

Mecânica muscular:

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Músculos estriados - a contração do ventre muscular produzirá um trabalho mecânico, geralmente representado pelo deslocamento de um segmento do corpo. As extremidades do músculo prendem-se em pelo menos dois ossos de maneira que o músculo cruza a articulação. Ao contrair-se o ventre muscular, há um encurtamento do comprimento do músculo e conseguinte deslocamento da peça esquelética.

Músculos lisos - sua contração reduz seu volume ou seu diâmetro e desta maneira vai expelir ou impulsionar seu conteúdo, no caso dos órgãos.

Origem e inserção:

Origem - extremidade do músculo presa à peça óssea que não se desloca (ponto fixo).

Inserção - extremidade do músculo presa à peça óssea que se desloca (ponto móvel).

Classificação funcional dos músculos:

Agonistas: quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento.

Antagonistas: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, seja para regular a rapidez ou a potência da ação deste agonista.

Inervação e Nutrição:

A atividade muscular é controlada pelo sistema nervoso central. Nenhum músculo pode contrair-se se não receber estímulo através de um nervo. Os músculos recebem eficiente suprimento sanguíneo através de uma artéria ou mais artérias, que neles penetram e se ramificam intensamente, formando um extenso leito capilar.

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Capítulo 4. Sistema Nervoso

Referência:http://www.auladeanatomia.com/novosite/

Introdução:

O sistema nervoso começa a se desenvolver aproximadamente na 3º semana de gestação, quando as células começam a se especializar dando origem a placa neural. Inicialmente a placa neural contém cerca de 125 milcélulas, que vão dar origem a um sistema que é composto por aproximadamente 100 bilhões de neurônios no futuro. A placa neural se fechaformando um tubo longitudinal (tubo neural) quena sua região anterior, sofre uma dilatação que dará origem a uma parte fundamental do Sistema NervosoCentral, o Encéfalo.

Nos pontos de encontro ou fechamento das extremidades da placa neural, no recém formado tuboneural, forma-se a crista neural que dá origem a componentes que a neuroanatomia nomina como elementosperiféricos e componentes celulares gliais, a serem compreendidos na leitura deste texto, adiante.

Tecido Nervoso:

O Tecido Nervoso é composto basicamente por dois tipos celulares:

Os neurônios,que são a unidade fundamental do tecido nervoso, cuja função éreceber, processar e enviar informações; estes, após o nascimentogeralmente não se dividem, os que morrem, seja naturalmente oupor efeitos de toxinas ou traumatismos, não serão substituídos;

As células gliais (neuróglia) que são as células que ocupam os espaços entre os neurônios, com função desustentação, revestimento, modulação da atividade neuronal e defesa; diferente dos neurônios, essas células mantém acapacidade de mitose. Os neurônios são compostos basicamente por três estruturas: corpo celular, dendritos e axônio.

No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. Asubstância cinzenta é formada pelos corpos dos neurônios e abranca, por seus prolongamentos. Com exceção do bulbo e damedula, a substância cinzenta ocorre mais externamente e asubstância branca, mais internamente.

A unidade funcional e estrutural do sistema nervoso é o neurônio oucélula nervosa. São os neurônios que fazem a ligação entre ascélulas receptoras dos diversos órgãos sensoriais e as célulasefetoras, nomeadamente músculos e glândulas. Os neurônios sãocélulas muito especializadas que apresentam um ou maisprolongamentos, ao longo dos quais se desloca um sinal elétrico.

Podem ser classificados, com base no sentido em que conduzemimpulsos relativamente ao sistema nervoso central, em: neurôniossensoriais ou aferentes - os que transmitem impulsos do exteriorpara o sistema nervoso central; neurônios motores ou eferentes – osque transmitem impulsos do sistema nervoso central para o exterior;neurônios de conexão - os que conduzem impulsos entre os outrosdois tipos de neurônios.

Classificações:

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O Sistema nervoso pode ser classificado de várias formas, sendo a classificação mais comum aquela que divide osistema nervoso em:

a) sistema nervoso central (SNC), aquele que está contido no interior do chamado “estojo axial”(canal vertebral e crânio), ou seja, o encéfalo e a medula espinhal;

b) sistema nervoso periférico (SNP), aquele que éencontrado fora deste estojo ósseo, que se relaciona com o esqueleto apendicular, sendo os nervos (axônios) e gânglios(formações de corpos neuronais ganglionares dispersas em regiões do corpo ou mesmo dispostas ao longo da colunavertebral, como os gânglios sensitivos).

No entanto podemos dividir o sistema nervoso funcionalmente em SOMÁTICOou de VIDA de RELAÇÃO, que lembra o sistema nervoso que atua em todas as relações que são percebidas por nossaconsciência; e em VISCERAL ou VEGETATIVO aquele interage de forma inconsciente, no controle e na percepção domeio interno e vísceras. Tanto o SOMÁTICO quanto o VEGETATIVO, possuem componentes aferentes (sensitivos) eeferentes (motores).

 Sistema Nervoso Somático (Vida de Relação):

a)Eferente (Neurônios e axônios motores, contração muscular esquelética e o movimento).

b) Aferentes (Neurônios e axônios sensitivos, tato, dor e etc...).

 Sistema Nervoso Visceral ou Vegetativo:

Aferente - SISTEMA NERVOSO VISCERAL AFERENTE

Ex. Percebe informações de paredes de vísceras, como dilatações, aumento da pressão ou relaxamentos...

Eferente - SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

 Simpático: Ex: Aumenta os batimentos do coração

 Parasimpático: Ex: Diminui os batimentos do coração

O SNC (sistema nervoso central) recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada dedecisões e o envio de ordens. O SNP (sistema nervoso periférico) carrega informações dos órgãos sensoriais para osistema nervoso central e do sistema nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas). O SNC divide-seem encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo),cerebelo, e tronco cefálico (que se divide em: BULBO, situado caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranialmente; ePONTE, situada entre ambos).

Proteção do Sistema Nervoso Central

Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (caixa craniana, protegendo o encéfalo; e colunavertebral, protegendo a medula - também denominada raque) e por membranas denominadas meninges, situadas soba proteção esquelética: dura-máter (a externa), aracnóide (a do meio) e pia-máter (a interna). Entre as meningesaracnóide e pia-máter há um espaço preenchido por um líquido denominado líquido cefalorraquidiano ou líquor.

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Impulso Nervoso: Natureza e Propagação da Mensagem Nervosa

As fibras nervosas têm a propriedade depropagar impulsos muito rapidamente, em todo oseu comprimento, e de transmiti-los à célula quese lhe segue, através de contatos conhecidospor sinapses. As sinapses podem existir entredois neurônios no cérebro, entre um neurônio sensorial e neurônio central na medula espinhal ou entre neurônio e órgão efetor (músculo ouglândula).

Quando a célula efetora é ummúsculo, o local da sinapse é chamado de placamotora.

O impulso é captado pelos dendritos, passa ao corpo celular e deste para o axônio, que o envia para a célula seguinte.No estado de repouso, o neurônio encontra-se polarizado, ou seja, o interior está carregado mais negativamente que oexterior. Ao atingir a membrana celular, o estímulo altera a permeabilidade aos íons Na+ e K+ no ponto excitado, permitindo assim, um influxo (entrada) de íons sódio (Na+) e a saída de íons potássio (K+). Neste momento ocorre adespolarização, ou seja, diminui a negatividade no interior da célula. A entrada inicial de íons Na+ provoca a abertura decanais para esses íons nos segmentos seguintes, de modo que o processo se repete e o impulso nervoso se transmiteatravés de todo o neurônio. Geralmente o que ocorre são as sinapses químicas, onde o sinal elétrico que chega à terminação axônica, provoca aliberação de neurotransmissores, mensageiros químicos presentes no interior de vesículas na terminação axônica.

Aoatingir a terminação axônica, o potencial de ação faz com que as vesículas se fusionem com a membrana daterminação, liberando os neurotransmissores que estavam contidos para a fenda sináptica (espaço virtual entre oneurônio e a célula efetora). Ao serem liberados na fenda sináptica, os neurotransmissores se ligam a receptoresespecíficos presentes na membrana da célula pós-sináptica (célula efetora). A ligação do neurotransmissor com o seureceptor específico, gera uma alteração no potencial de membrana da célula efetora, transmitindo o impulso nervoso egerando uma resposta (contração muscular, por exemplo). Podemos então concluir que a transmissão do impulsoimplica a transformação de um sinal elétrico em um sinal químico que,

posteriormente, é transformado em um outro sinalelétrico.

Os axônios são cobertos por uma membrana denominada bainha de mielina, que possui a característica de isolanteelétrico, impedindo que as cargas elétricas se dispersem. Assim, condução do impulso nervoso nas fibras mielínicas(com bainha de mielina) e

amielínicas (sem bainha de mielina) difere na sua velocidade, sendo maior nas mielínicas. Notrajeto do axônio, há regiões chamadas nódulos de Ranvier, em que a bainha de mielina é

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interrompida, gerando assima condução saltatória, nos quais o impulso nervoso é transmitido, aos saltos, de um nódulo de Ranvier ao outro, aolongo da fibra (axônio).

No final desde módulo, você deverá ser capaz de identificar as seguintes estruturas anatômicas:

Sistema Nervoso Central TELENCÉFALO

 Substância branca

 Substância cinzenta

 Sulco central

 Sulco lateral

 Sulco parietooccipital

 Fissura longitudinal do cérebro

 Hemisférios cerebrais

 Lobo frontal

 Lobo parietal

 Lobo occipital

 Lobo temporal

 Corpo caloso

 Septo pelúcido

DIENCÉFALO

 Tálamo

 Hipotálamo

 Epitálamo

TRONCO ENCEFÁLICO

 Mesencéfalo

 Ponte

 Bulbo – decussação

CEREBELO

 Hemisférios cerebelares

 Folhas cerebelares

 Vérmis

VENTRICULOS ENCEFÁLICOS

 Ventrículos laterais

 Terceiro Ventrículo

 Quarto Ventrículo

MENINGES

 Dura-máter

 Aracnóide

 Pia-máter

Sistema Nervoso Periférico MEDULA ESPINAL

 Substância cinzenta

 Substância branca

 Intumescência cervical

 Intumescência lombar

 Cauda equina

 Cone medular

 Filamento terminal

 Radículas (anteriores e posteriores)

NERVOS ESPINHAS

 Raiz ventral

 Raiz dorsal

NERVOS CRANIANOS 12 pares

 I Olfatório

 II Óptico

 III Oculomotor

 IV Troclear

 V Trigêmeo

 VI Abducente

 VII Facial

 VIII Vestíbulococlear

 IX Glossofaríngeo

 X Vago

 XI Acessório

 XII Hipoglosso

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O Telencéfalo

O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurônios e pesa aproximadamente 1,4 kg. O telencéfalo oucérebro é dividido em dois hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos.Nestes, situam-se as sedes da memóriae dos nervos sensitivos e motores.Entre os hemisférios, estão osVENTRÍCULOS CEREBRAIS(ventrículos laterais e terceiroventrículo);

contamos ainda com umquarto ventrículo, localizado maisabaixo, ao nível do tronco encefálico.São reservatórios do LÍQUIDOCÉFALO-RAQUIDIANO, (LÍQUOR),participando na nutrição, proteção eexcreção do sistema nervoso.

Em seudesenvolvimento, o córtex ganha diversos sulcos para permitir que o cérebro esteja suficientemente compacto paracaber na calota craniana, que não acompanha o seu crescimento.

O Diencéfalo

Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelotálamo antes de atingir o córtex cerebral.

Esta é uma região de substância cinzenta localizada entre o tronco encefálicoe o cérebro. O tálamo atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele éresponsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados. Otálamo também está relacionado com alterações no comportamento emocional; que decorre, não só da própriaatividade, mas também de conexões com outras estruturas do sistema límbico (que regula as emoções). O Sistema Límbico é um grupo de estruturas que inclui hipotálamo, tálamo, amígdala, hipocampo, os corpos mamilares e o giro docíngulo. Todas estas áreas são muito importantes para a emoção e reações emocionais. O hipocampo também é importante para a memória e o aprendizado.

O Tronco Encefálico

Interpõe-se entre amedula e o diencéfalo, situando-seventralmente ao cerebelo. Possui trêsfunções gerais; (1) recebe informaçõessensitivas de estruturas cranianas econtrola os músculos da cabeça; (2)contém circuitos nervosos quetransmitem informações da medulaespinhal até outras regiões encefálicas e,em direção contrária, do encéfalo paraa medula espinhal (lado esquerdo docérebro controla os movimentos do ladodireito do corpo; lado direito de cérebrocontrola os movimentos do ladoesquerdo do corpo); (3) regula a atenção,função esta que é mediada pelaformação reticular (agregação mais oumenos difusa de neurônios de tamanhose tipos diferentes, separados por umarede de fibras nervosas que ocupa aparte central do tronco encefálico).

Além destas 3 funções gerais, as várias divisões do tronco encefálico desempenhamfunções motoras e sensitivas específicas.Na constituição do tronco encefálico entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que,por sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos. Estes elementos da estrutura internado tronco encefálico podem estar relacionados com relevos ou depressões de sua superfície. Muitos dos núcleos dotronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 paresde nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico. O tronco encefálico se divide em: BULBO, situadocaudalmente; MESENCÉFALO, situado

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cranialmente; e PONTE, entre ambos.

O Cerebelo

Situado atrás do cérebro está o cerebelo, que é primariamente um centro para o controle dos movimentos iniciados pelocórtex motor (possui extensivas conexões com o cérebro e a medula espinhal). Como o cérebro, também está divididoem dois hemisférios. Porém, ao contrário dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo está relacionado comos movimentos do lado esquerdo do corpo, enquanto o lado direito, com os movimentos do lado direito do corpo. Ocerebelo recebe informações do córtex motor e dos gânglios basais de todos os estímulos enviados aos músculos. Apartir das informações do córtex motor sobre os movimentos musculares que pretende executar e de informaçõesproprioceptivas que recebe diretamente do corpo (articulações, músculos, áreas de pressão do corpo, aparelhovestibular e olhos), avalia o movimento realmente executado. Após a comparação entre desempenho e aquilo que seteve em vista realizar, estímulos corretivos são enviados de volta ao córtex para que o desempenho real seja igual aopretendido. Dessa forma, o cerebelo relaciona-se com os ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e tônus muscular.

Resumo:

Funções do Córtex Cerebral

• Pensamento

•Movimento voluntário

• Linguagem

• Julgamento

• Percepção

Funções do Cerebelo

• Movimento

• Equilíbrio

• Postura

• Tônus muscular

Funções do Tronco Encefálico

• Respiração

• Ritmo dos batimentos cardíacos

• Pressão Arterial

Funções do Mesencéfalo

• Visão

• Audição

• Movimento dos Olhos

• Movimento do corpo

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Capítulo 5 – Sistema Endócrino

Referência:http://www.afh.bio.br/endocrino/endocrino1.asp Introdução

Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sanguínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo.

Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais. Frequentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso, atuam na coordenação e regulação das funções corporais.

Constituição dos órgãos do sistema endócrino

Os tecidos epiteliais de secreção ou epitélios glandulares formam as glândulas, que podem ser uni ou pluricelulares. As glândulas pluricelulares não são apenas aglomerados de células que desempenham as mesmas funções básicas e têm a mesma morfologia geral e origem embrionária - o que caracteriza um tecido. São na verdade órgãos definidos com arquitetura ordenada. Elas estão envolvidas por uma cápsula conjuntiva que emite septos, dividindo-as em lobos. Vasos sangüíneos e nervos penetram nas glândulas, fornecendo alimento e estímulo nervoso para as suas funções.

Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios

Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no ser humano são a /hipófise, o hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas.

 Hipófise ou pituitária

Situa-se na base do encéfalo, em uma cavidade do osso esfenóide chamada tela túrcica. Nos seres humanos tem o tamanho aproximado de um grão de ervilha e possui duas partes: o lobo anterior (ou adeno-hipófise) e o lobo posterior (ou neuro-hipófise). Além de exercerem efeitos sobre órgãos não- endócrinos, alguns hormônios, produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios. São eles:

 Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireóide.

 Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina adrenal (supra-renal)

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 Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.

 Somatotrófico: atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina pelo pâncreas, predispondo ao diabetes).

 Hipotálamo

Localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle sobre ela por meios de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores (ou de liberação), o meio pelo qual o sistema nervoso controla o comportamento sexual via sistema endócrino. O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente sanguínea. Na mulher a glândula- alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário; no homem, são os testículos. Os hormônios gonadais são detectados pela pituitária e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio pituitário, por feed-back.

Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre esses dois sistemas.

O hipotálamo também produz outros fatores de liberação que atuam sobre a adeno-hipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. Produz também os hormônios ocitocina e ADH (antidiurético), armazenados e secretados pela neuro-hipófise.

 Tireóide

Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle da concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.

 Paratireóides

São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireóide. Secretam o paratormônio, que estimula a remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos

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renais, aumentando a concentração de cálcio no sangue. Neste contexto, o cálcio é importante na contração muscular, na coagulação sangüínea e na excitabilidade das células nervosas.

 Adrenais ou supra-renais

São duas glândulas localizadas sobre os rins, divididas em duas partes independentes – medula e córtex - secretoras de hormônios diferentes, comportando-se como duas glândulas. O córtex secreta três tipos de hormônios: os glicocorticóides, os mineralocorticóides e os androgênicos.

 Pâncreas

É uma glândula mista ou anfícrina – apresenta determinadas regiões endócrinas e determinadas regiões exócrinas (da porção secretora partem dutos que lançam as secreções para o interior da cavidade intestinal) ao mesmo tempo. As chamadas ilhotas de Langerhans são a porção endócrina, onde estão as células que secretam os dois hormônios: insulina e glucagon, que atuam no metabolismo da glicose.

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Capítulo 6 – Sistema Tegumentar

Referência:http://www.afh.bio.br/tegumentar/tegumentar.asp Introdução

O sistema Tegumentar é formado pela "pele" e seus acessórios (glândulas, pêlos e unhas). A pele é o maio órgão do corpo humano, tanto no tamanho quando no peso. Também é o órgão mais exposto.

O tegumento comum constitui o manto contínuo que envolve todo o organismo, protegendo-o e adaptando-o ao meio ambiente. Esse invólucro somente é interrompido ao nível dos orifícios naturais (narinas, boca, olhos, orelha, ânus, órgão genital feminino e pênis) onde se prolonga pela respectiva mucosa.

Sob o ponto de vista anatômico o tegumento comum é formado por dois planos, o mais superficial denominado cútis ou pele e o mais profundo tela subcutânea. Dependentes da cútis encontramos uma série de estruturas chamadas anexos cutâneos, que são os pelos, as unhas e as glândulas (sebáceas, sudoríferas, ceruminosas, vestibulares nasais, axilares, circumanais e mamas).

As funções da pele são:

 Termo regulação corporal

 Proteção

 Sensação

 Excreção

 Imunidade

 Síntese de vitamina D O pele é dividida em 3 camadas:

 Epiderme

 Derme

 Hipoderme Epiderme:

É a camada mais externa. É formada pelo epitélio escamoso estratificado. Sua constituição é feita por 90% de Queratinócitos (produtores de queratina), Melanócitos (produtores de melanina), Células Langherans e Células Mervel.

A epiderme começa com o extrato germinativo, tendo formatos diferentes, pois se tivessem formatos iguais, elas se juntariam fazendo com que a mesmas não se renovassem. Com a renovação do extrato germinativo, as células irão subir transformando-se no extrato espinhoso, seguindo o mesmo processo, as células irão subir transformando-se no extrato granuloso, seguindo a seqüência transforma-se no extrato córneo (sem núcleo). Por isso que a pele escama ( renovação da pele ), pois a célula não vive muito tempo sem núcleo. As células da pele são labeis ( tempo de vida curto, se reproduzem rapidamente ).

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Derme:

É a segunda camada, porém principal parte da pele. É composta por fibras colágenas e elásticas, tecido conjuntivo frouxo, tecido adiposo e tecido conjuntivo denso irregular. Mais espessa na palma das mãos e plantas dos pés. Possui papilas dérmicas e corpúsculos de Meissner (do tato) e outros contém capilares sanguíneos. A Derme é contém:

 Vasos Sangüíneos

 Glândulas Sudoríparas

 Glândulas Sebáceas

 Folículo Espinhoso

 Vasos Linfáticos

 Melanócitos

A derme possui muito colágeno e elastina que suporta a epiderme Hipoderme:

Tela subcutânea ou tecido celular subcutâneo (TCSC), encontrada profundamente à derme, formado por tecido conjuntivo frouxo (areolar) e gordura (panículo adiposo). Permite o deslizamento da pele sobre os planos subjacentes, oferece proteção (amortecedor) e constitui-se em verdadeiro sistema de armazenamento de gordura (energia). Em alguns locais o TCSC é exíguo ou inexistente, como nas pálpebras, pavilhão da orelha, prepúcio, escroto, e pequenos lábios vaginais.

Anexos:

Os pêlos são acessórios da pele. São responsáveis manutenção da temperatura corporal. São células fundidas, mortas e queratinizadas, formada por uma parte externas (haste) e uma interna (raiz). A base do folículo é o bulbo que contém a papila (vascularização responsável pela nutrição) e a matriz (que tem a função de formar novos pêlos). Pelos: filamentos flexíveis formados por células queratinizadas que se implantam na derme. Como anexos do pelo temos as glândulas sebáceas e os músculos eretores dos pelos.

Distribuição dos pelos, chamados lanugem ao nascimento, são substituídos pelos vilos.

Denominações especiais por região:

Cabelos, couro cabeludo.

Supercílios, órbitas.

Cílios, nas pálpebras.

Vibrissas, vestíbulo nasal.

Tragos, meato acústico externo.

Bigode, lábio superior.

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Barba, face.

Hircos, axilas.

Pubes, região pubiana, monte púbico.

Não há pelos na palma e na planta e no dorso das falanges distais.

Os cabelos crescem meio mm por dia.

As Glândulas Sebáceas se concentram no folículo piloso, onde abrem-se diretamente no canal do pêlo. Estas glândulas não existem nas palmas das mãos e na planta dos pés. Estas secretam sebo, que impede o ressecamento do elo, a evaporação excessiva de água, mantém a pele macia e evitam a proliferação de certas bactérias.

As Glândulas Sudoríparas são responsáveis pela produção e transporte do suor, atuando como regulador térmico.Glândulas sudoríferas, constituídas por um fino e longo tubo que no início se enovela, chamado corpo da glândula, profundamente situado no cório, chegando mesmo a ultrapassa-lo atingindo o TCSC. Secretam o suor através do poro sudorífero.

Unhas, lâminas queratinizadas que recobrem parcialmente o dorso das falanges distais de mãos e pés, com a função precípua de protegê-las. São células da epiderme, firmemente aderidas, duras e queratinizadas. Possuem corpo, margem livre e raiz. Seu corpo é rosado devido à capilarização. Tem a função de possibilitar a manipulação de pequenos objetos e proteção da extremidade dos dedos.

Glândulas ceruminosas, situadas no meato acústico externo, secretam o cerúmen.

Glândulas vestibulares nasais, localizadas no vestíbulo nasal.

Glândulas axilares, região axilar, cujo produto sofre decomposição exalando cheiro próprio e individual, o qual é mais acentuado em certas raças ou por ocasião da puberdade.

Glândulas circumanais, localizadas na cutis que circunda o ânus.

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Capítulo 7 – Sistema Respiratório

Referência:http://teturmadmat2013.blogspot.com.br/

Introdução

O sistema respiratório é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traqueia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleuras e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior.O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aéreas.A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico.

 Fossas nasais

São duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traqueia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.A cavidade nasal contém várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é drenado. Os Seios Paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal.

 Faringe

É um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe é dividida em três regiões anatômicas: Nasofaringe, Orofaringe e Laringofaringe.O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.

 Laringe

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Éum tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O “pomo-de-adão” (cartilagem tireóidea), saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingueta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias.O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.

 Traqueia e Brônquios

É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões.

Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.

Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões, são considerados um direito e outro esquerdo. A traqueia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas.O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a traqueia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos.Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada hilo. Ao atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos Brônquios Lobares, que subdividem-se em Brônquios Segmentares, cada um destes distribuindo-se a um segmento pulmonar.Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados Bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contêm músculo liso e não possuem cartilagem.Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados Ductos Alveolares.Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados Alvéolos.Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos Alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.

 Pulmões

Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, essenciais na respiração.

São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax, sendo envolvidas por uma membrana serosa denominada pleura (a visceral e a parietal). Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada

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vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória.Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sanguíneos, denominadas alvéolos pulmonares. É nos alvéolos onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então as trocas gasosas (HEMATOSE). Os pulmões estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas. O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma concavidade, a incisura cardíaca. Cada pulmão tem uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três faces.

Divisão:

Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes. O pulmão direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma fissura obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo superior do lobo médio. O pulmão esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua. Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão esquerdo apresenta uma estrutura que representa resquícios do desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão.

 Pleuras:

A superfície externa de cada pulmão e a parede interna da caixa torácica são revestidos por uma membrana serosa dupla, chamada pleura. A membrana na superfície externa de cada pulmão é denominada Pleura Visceral, e a que reveste a parede da cavidade torácica é chamada Pleura Parietal.Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a Cavidade Pleural, que contém pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração.

 Diafragma

A base de cada pulmão apoia-se no diafragma, um músculo que separa o tórax do abdome (presente apenas em mamíferos) promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma.

Referências

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