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Escola de Música do Conservatório Nacional

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Escola de Música do Conservatório Nacional

Análise e Técnicas de Composição (1.º ano) Prova nal de 2.º período

1 Complete os seguintes trechos de contraponto rigoroso nas espécies indicadas.

(a) Primeira espécie

(b) Segunda espécie

(c) Terceira espécie

(d) Quarta espécie

1

(2)

2 Considerando a partitura em anexo, responda às seguintes questões:

1. Explique em detalhe o funcionamento do tenor e do contratenor entre os compassos 50 e 66.

2. Como se designa a técnica utilizada na estruturação destas duas vozes?

3 Tendo por base o que foi estudado ao nível do contraponto rigoroso indique, para cada uma das seguintes armações, se as mesmas são verdadeiras ou falsas.

1. A harmonia a utilizar emprega exclusivamente os acordes perfeitos maiores e menores, bem como o acorde diminuto, no estado fundamental e na primeira inversão.

2. É proibida a sucessão de mais do que três terceiras harmónicas consecutivas num mesmo par de vozes.

3. É permitida a sucessão de duas quintas harmónicas consecutivas num mesmo par de vozes.

4. É admitido o atingimento de uma oitava perfeita1 por movimento directo em que a voz mais aguda se movimenta por grau conjunto.

5. É proibida a realização de um fragmento melódico constituído pela sucessão ascendente dos intervalos melódicos de terceira maior e de segunda maior, realizando entre os seus extremos o intervalo de quarta aumentada.

6. É admitida a realização dos seguintes intervalos melódicos: segunda menor e maior; terceira menor e maior; quarta perfeita; quinta perfeita; sexta menor; e oitava perfeita.

7. Todos os intervalos melódicos maiores do que a terceira menor deverão ser compensados.

8. A tessitura utilizada em cada uma das vozes2, não poderá, em circunstância alguma, ultrapassar o intervalo de décima segunda.

9. Numa mesma linha melódica não são permitidas repetições sucessivas do mesmo desenho melódico em graus sucessivos da escala3.

10. A segunda espécie, a duas vozes, é constituída por duas mínimas por cada semibreve do cantus rmus.

11. O primeiro compasso, numa segunda espécie, deverá começar por uma pausa de mínima, terminando no seu último compasso com uma semibreve.

12. A mínima utilizada no primeiro compasso, numa segunda espécie, deverá subentender um acorde na primeira inversão.

13. A primeira espécie é constituída por um cantus rmus e por uma outra parte escrita em valores de igual duração.

14. Nesta primeira espécie, o primeiro compasso deverá começar por um uníssono, quinta ou oitava, mas subentendendo sempre o acorde da nal do modo no seu estado fundamental.

15. Não se pode repetir uma mesma nota numa mesma oitava.

16. Numa segunda espécie a duas vozes, a sucessão de intervalos harmónicos de terceira e sexta, num mesmo compasso, subentende um acorde na segunda inversão quando o cantus rmus se encontra na voz superior.

17. Numa terceira espécie a duas vozes é também necessário ter alguns cuidados para evitar que se possa sugerir um acorde na segunda inversão quando o cantus rmus se encontrar na voz superior.

18. Na terceira espécie, o primeiro compasso inicia-se com uma pausa de semínima seguida de três guras de igual duração (semínimas), das quais a primeira tem de obrigatoriamente realizar o acorde sobre a nal do modo no seu estado fundamental.

19. Nesta mesma terceira espécie, a primeira semínima do compasso tem de ser uma consonância. As restantes poderão ser consonâncias [c] ou dissonâncias [d], podendo realizar, entre outras, qualquer uma das seguintes formas: |cdcd|, |cddc|, |ccdd|, ou |ccdc|.

1Referimos-nos aos intervalo harmónico de oitava perfeita.

2Ou seja, o âmbito ou a extensão melódica usada em cada uma das vozes.

3Ou seja, não é admitido o uso de marchas melódicas

2

(3)

20. A quarta espécie, na divisão tradicional do contraponto, é normalmente a mais problemática, sendo que esta se compõe de um cantus rmus e de uma outra parte em mínimas sincopadas, começando o primeiro compasso com uma pausa de mínima.

21. Nesta mesma quarta espécie, a resolução da harmonia efectua-se no tempo fraco do compasso, devendo as quintas e as oitavas resultantes ser consideradas primordialmente sobre este segundo tempo do compasso.

22. Na quarta espécie são permitidos diversos procedimentos, entre os quais se inclui a utilização de um ornato, sob a forma de duas mínimas ligadas, quando sobre o tempo forte de um compasso e o tempo fraco do compasso seguinte recaem consonâncias formando melodicamente o intervalo de uníssono entre si.

23. A quinta espécie consiste na simbiose das quatro espécies anteriores, sendo que entre o tempo forte e o tempo fraco de um mesmo compasso não se pode mudar de uma terceira espécie para uma segunda espécie.

24. Nesta mesma quinta espécie, existem diversas variantes ornamentais na resolução do retardo (quarta espécie), sendo contudo obrigatória a sua resolução por grau conjunto descendente sobre o tempo fraco seguinte ao da sua realização.

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Guillaume de Machaut

La Messe de Nostre Dame

(v. 1300 - 1377)

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(Cunctipotens Genitor Deus)

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© Les Éditions Outremontaises, 2007

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© Les Éditions Outremontaises, 2007

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