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O Projeto da Pesquisa

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Academic year: 2022

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O Projeto da Pesquisa

5 Os Temas

Articulação e competitividade

A articulação empresarial é um fator preponderante no desenvolvimento das empresas e do estado.

Essa é uma conclusão que vem sendo gradativamente consolidada, ao longo das oito edições anteri- ores de E&E.

Desde o início da década de 90, quando a Pesquisa foi iniciada, a articulação aparece com desta- que. Ora como desafio, porque há muitas dificuldades a superar, ora como oportunidade, pelo que representa de impulso à competitividade.

"Mudança só com articulação." A conclusão-síntese da Edição 8 expressa com perfeição a consistente tendência captada em edições anteriores:

• A necessidade de encontrar soluções criativas para a relação empresas/Estado e a necessida- de de investimento em práticas associativas empresariais são dois dos principais desafios enfrentados para o desenvolvimento das empresas.

A ARTICULAÇÃO APARECE ORA COMO DESAFIO, ORA COMO OPORTUNIDADE

• A participação em associações empresariais está entre os seis primeiros fatores externos à empresa responsáveis pela ampliação da capacidade competitiva. Destacam-se, dentre os exemplos de associações, investimentos em sistemas ativos de cooperação (redes de empresas), ações integradas e estratégias conjuntas entre os setores público e privado, além de articulação com universidades e centros de pesquisa.

• Entre as dificuldades culturais e conjunturais que entravam articulações efetivas, apare- cem a falta de uma cultura associativista, o individualismo, o pouco profissionalismo empresarial, a visão de concorrente como inimigo, a falta de lideranças, o

conservadorismo, a falta de um projeto convergente e mobilizador e a dependência em relação ao governo.

• No que diz respeito às alternativas de superação das dificuldades, são propostas desde opções genéricas, como conscientizar o empresariado da necessidade de articulação, através da divulgação e realização de campanhas e debates, ou fortalecer os órgãos de classe e as lideranças, até formulações mais específicas, no âmbito da profissionalização da gestão de empresas familiares.

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Responsabilidade social e estratégia

A idéia de reunir a questão da articulação empresarial com a prática da Responsabilidade Social fundamenta-se nos seguintes princípios:

• A Responsabilidade Social representa, cada vez mais, uma atitude estratégica que se apóia na idéia de que as empresas são agentes de mudança social e produtoras de valor para todos os que tocam seu raio de ação, sejam acionistas, empregados, clientes, parceiros, fornecedo- res ou a própria comunidade.

• A prática da Responsabilidade Social aporta, para as empresas, potencial de competitividade, na medida em que favorece uma inegável valorização da imagem

institucional e da marca; uma maior lealdade de todos os públicos, inclusive do consumidor;

uma maior capacidade de recrutar e manter talentos; flexibilidade e capacidade de adapta- ção; e uma conseqüente longevidade, soma de todos os efeitos citados que fortalecem os laços da empresa com a sociedade, indo além dos laços de mercado.

Incluir a responsabilidade social como valor empresarial é, portanto, imperativo de uma gestão que se pretenda competitiva. Uma empresa que exerce sua responsabilidade social não pode ser isolada do seu ambiente e essa prática só pode ser pensada como um exercício, também, da capaci- dade de articulação da empresa.

A Pesquisa buscou avaliar em que medida a concepção de responsabilidade social está incluída nas preocupações gerenciais do empresariado pesquisado e como se mede sua viabilidade como prática incorporada ao contexto gerencial das empresas. Além disso, procurou formular uma avalia- ção da prática atual, considerando um determinado conjunto de indicadores.

Por fim, a complementação da abordagem com o levantamento do perfil dos empresários justifica- se na hipótese de que entender quem são e como pensam os indivíduos pode ajudar a melhor Na Edição 8 já se identifica, nos empresários entrevistados, a percepção de avanços na

direção de uma mudança de atitude, apontando-se algumas evidências de cooperação tais como: intercâmbios para atualização tecnológica, troca de informações entre parceiros, promoção conjunta de cursos e treinamento, diminuição de custos, através de

complementação de competências, investimento conjunto em novos mercados, política de preços, etc.

Nessa mesma edição, o associativismo empresarial é apontado por 35% dos entrevistados como uma das principais iniciativas do setor privado para impulsionar a competitividade da economia de Pernambuco.

UMA EMPRESA QUE EXERCE RESPONSABILIDADE SOCIAL

NÃO PODE SER ISOLADA DE SEU AMBIENTE

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Abrindo Fronteiras:Empresas Articuladas e Socialmente Responsáveis

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Empresas & Empresários

Edição 9

6 Os Parceiros

Tendo em vista o objetivo de servir como instrumento de conhecimento e, simultaneamente, de divulgação e fomento do debate, a Pesquisa Empresas & Empresários, em sua trajetória, vem aglutinando significativo conjunto de parceiros.

A partir da Edição 6, essas parcerias assumiram um caráter orgânico, com a constituição do Núcleo de Referência da Pesquisa. O Núcleo é composto por personalidades que demonstram ter uma visão abrangente da economia e da realidade empresarial.

O papel e a importância do Núcleo de Referência são comprovados tanto na realização da Pesquisa (através da indicação de experiências a serem investigadas, da facilitação do acesso à fonte de informações ou da discussão sobre a evolução do projeto) quanto no desdobramento de

seus resultados.

Na presente edição, a Pesquisa contou com Núcleos de Referência em Pernambuco, na Paraíba, no Rio Grande do Norte e em Alagoas. Esses Núcleos foram formados por representantes de entida- des empresariais, de instituições de planejamento e fomento do desenvolvimento, da imprensa, de universidades e integrantes do Poder Legislativo Estadual e Federal vinculados à temática do desenvolvimento. A composição de cada Núcleo está registrada nos Anexos.

Além desses parceiros, a atual edição da E&E contou com o apoio do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, da Fundação W. K. Kellogg e do Instituto Ação Empresarial pela Cidadania.

7 Os Objetivos

O objetivo principal da nona edição da E&E foi conhecer a opinião e provocar a reflexão de em- presários de destaque no Nordeste Oriental brasileiro (Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas) a respeito dos temas:

• A articulação como imperativo de mudança.

• A competitividade atrelada a uma ação socialmente responsável.

• O papel do gestor no aperfeiçoamento da gestão.

E ainda, consoante a natureza a um só tempo investigativa e mobilizadora da Pesquisa, estimular um ambiente favorável à discussão e à troca de experiências e informações em torno da articulação e da responsabilidade social, em sua relação com o desenvolvimento empresarial e regional.

compreender o modo como eles exercem seu papel de agentes de desenvolvimento. Por isso, a Pesquisa incluiu em sua investigação uma caracterização da formação, dos interesses e do estilo de vida dos entrevistados.

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No âmbito específico de sua execução, a Edição 9 pretendeu ainda:

• Levar aos empresários entrevistados a oportunidade de reflexão sobre suas práticas de gestão.

• Promover discussões, visando identificar alternativas para ampliar a competitividade das empresas e traçar perspectivas das práticas de articulação relativas ao desenvolvimento dos estados do Nordeste Oriental.

• Promover uma conscientização mais ampla da Responsabilidade Social, enquanto variável que agrega valor à gestão das empresas.

• Organizar as informações obtidas de modo acessível e fácil de ser utilizado por todos a quem os resultados da Pesquisa pudessem interessar.

8 A Abordagem Regional: O Nordeste Oriental

A definição dos estados a serem incluídos, numa abordagem regional, subordinou-se a quatro pontos:

• A questão da competitividade tanto diz respeito a empresas quanto a regiões. Por isso, entende-se que não se faz desenvolvimento sustentável sem uma nítida concepção de territó- rio. E o conceito de território implica a articulação de interesses entre empresas, governo, universidades, centros de pesquisa e outros agentes de desenvolvimento.

• Estudos do Governo de Pernambuco levaram à construção da tese de uma necessária e vital articulação entre os quatro estados que constituem o Nordeste Oriental (AL, PB, PE, RN) para formular políticas de desenvolvimento, projetos integrados e captação de recursos. Tal articulação deve se aplicar particularmente às relações com o Governo Federal, com podero- so potencial de efeito local, tornando mais visíveis os caminhos que é preciso percorrer para o crescimento da Região.

• O potencial de desenvolvimento do Nordeste Oriental, pela via da articulação, é um tema pertinente para ser posto na cena dos debates.

• Dois dos temas da Pesquisa — articulação e responsabilidade social — ganhariam bastante na elaboração do conteúdo, se fosse possível, ao final, serem objetos de uma análise compa- rativa entre os estados.

Vale destacar que, nas entrevistas, foi apresentada uma concepção para o desenvolvimento do Nordeste Oriental, tomando-se a articulação entre os estados que constituem essa região como variável fundamental de competitividade. Concluída a argumentação, foi solicitado aos pesquisados que se posicionassem em relação ao grau de concordância com as idéias expostas.

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A Amostra

9 Dificuldades da Abordagem Regional

Ultrapassar, pela primeira vez, as fronteiras do Estado de Pernambuco, constituiu-se num fabuloso desafio.

Sobretudo porque, em Pernambuco, as instituições executoras da Pesquisa — a TGI e o INTG — têm uma atuação conhecida no meio empresarial, e a Pesquisa Empresas & Empresários é uma marca reconhecida, resultado de um trabalho desenvolvido ao longo de mais de dez anos.

Nos demais estados do Nordeste Oriental, pesquisa e executores eram virtualmente desconhecidos até agora.

Para dar conta desse desafio, foi empreendido um grande esforço de articulação, pondo em prática, justamente, um dos temas desta edição. Buscou-se, então, o engajamento de agentes significativos na economia de cada estado, de forma a favorecer a identificação do público-alvo da amostra e garantir sua participação no processo de discussão que se pretendia realizar.

Para viabilizar a expansão desejada, era necessária a mobilização do empresariado considerado mais dinâmico e inovador nesses estados, tal como vinha sendo feito em Pernambuco.

FORA DE PERNAMBUCO, A PESQUISA E&E ERA VIRTUALMENTE DESCONHECIDA ATÉ AGORA

Considerando, porém, a história da E&E, que, na 1ª Edição em Pernambuco (1990), enfrentou dificuldades iniciais para mobilizar os empresários selecionados, era previsível que os argu- mentos apresentados não fossem suficientes para assegurar a disponibilidade dos empresários nos novos estados abrangidos pela Edição 9.

Assim, apesar de todos os esforços, o que incluiu a realização de mais de um evento de mobilização e apresentação da Pesquisa em cada estado, o número de entrevistados não atingiu um quantitativo que tornassem significativas (do ponto de vista estatístico) as amostras de Alagoas, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Face às restrições deparadas, compreende-se que, no momento do planejamento, as dificuldades foram subestimadas. O potencial de mobilização já conseguido em Pernambuco foi apressadamen- te tomado como dado generalizável.

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10 A Composição da Amostra

A amostra foi definida a partir do mapeamento da participação das empresas em clusters já existen- tes nas regiões pesquisadas e na escolha de segmentos estratégicos considerados com potencial de estruturar-se como clusters.

O cluster foi usado como critério referencial pelo que representa enquanto um eficaz exercício de articulação entre atores relevantes no desenvolvimento de uma determinada cadeia produtiva.

O CLUSTER FOI USADO COMO CRITÉRIO REFERENCIAL PELO QUE REPRESENTA ENQUANTO

EXERCÍCIO DE ARTICULAÇÃO

Entende-se como cluster, conceitualmente, o aglomerado de instituições e atividades afins que gera eficiência conjunta, numa dada concentração geográfica, de organizações interconectadas. O cluster leva em conta toda a rede produtiva, ampliando-a com os componentes do ambiente de negócios — sistema institucional, fornecimento de mão-de-obra qualificada, oferta de tecnologia, mecanismos de regulação, sistema de financiamento, oferta de infra-estrutura, logística, etc.

Para montar o recorte da amostra, foram escolhidas empresas e empresários indicados pelos participantes do Núcleo de Referência, levando em conta as variáveis de dinamismo e inovação.

Esse critério, que não prioriza o faturamento, mas o empreendedorismo, é uma das marcas registradas da Pesquisa Empresas & Empresários.

Foco Qualitativo

A Pesquisa Empresas & Empresários tem assumido, desde a primeira edição, privilegiar uma ênfase qualitativa na montagem da amostra, assim como na análise dos resultados. Isso significa uma observação mais acurada das peculiaridades de um discurso não necessariamente predomi- nante na maior parte dos empresários.

Ao mesmo tempo, a E&E tem procurado manter um recorte em torno de um perfil diferenciado do empresariado. Ao fazer esse tipo de escolha metodológica, a Pesquisa pretende não condicionar os resultados a generalizações sobre o pensamento empresarial, e, sim, à compreensão de uma reali- dade empresarial específica.

Trabalha-se, assim, com uma amostra que é significativa do ponto de vista do recorte definido (empresas dinâmicas e inovadoras), embora não escolhida para atender a pressupostos estatísticos de representatividade de todo o conjunto do empresariado de uma região.

A amostra tomada como significativa é, portanto, uma variável vinculada ao próprio ato de mobilização para a discussão. Por si só, o critério já condiciona um importante resultado da Pesquisa.

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Abrindo Fronteiras:Empresas Articuladas e Socialmente Responsáveis

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Empresas & Empresários

Edição 9

No entanto, mesmo com essa lógica, o reduzido tamanho das amostras que foram obtidas nos novos estados envolvidos estabelece um limite ao potencial de interpretação dos dados. O signifi- cado dos dados fora de Pernambuco fica restrito ao mínimo conjunto pesquisado.

É importante alertar, contudo, que não ter sido possível mobilizar o número de entrevistados que se pretendia foi também, em si, um dado relevante do estudo nos outros estados. Principalmente considerando que um dos temas da pesquisa concerne, justamente, às práticas de articulação empresarial que estavam, de certa forma, sendo medidas na própria articulação para a Pesquisa.

Os segmentos incluídos na amostra, assim como o número de empresas pesquisadas em cada estado, estão registrados a seguir.

10.1 Alagoas

10.2 Paraíba

10.3 Pernambuco

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10.4 Rio Grande do Norte

11 Um Perfil das Empresas Pesquisadas

11.1 Alagoas

a) Tempo de vida médio das empresas: 18 anos.

b) Distribuição dos pesquisados segundo a origem do capital:

c) Distribuição dos pesquisados segundo o número de funcionários:

d) Distribuição dos pesquisados segundo o faturamento anual em 2001:

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Abrindo Fronteiras:Empresas Articuladas e Socialmente Responsáveis

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Empresas & Empresários

Edição 9 11.2 Paraíba

a) Tempo de vida médio das empresas: 33 anos.

b) Distribuição dos pesquisados segundo a origem do capital:

c) Distribuição dos pesquisados segundo o número de funcionários:

d) Distribuição dos pesquisados segundo o faturamento anual em 2001:

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c) Distribuição dos pesquisados segundo o número de funcionários:

d) Distribuição dos pesquisados segundo o faturamento anual em 2001:

11.3 Pernambuco

a) Tempo de vida médio das empresas: 21 anos.

b) Distribuição dos pesquisados segundo a origem do capital:

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Abrindo Fronteiras:Empresas Articuladas e Socialmente Responsáveis

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Empresas & Empresários

Edição 9 11.4 Rio Grande do Norte

a) Tempo de vida médio das empresas: 30 anos.

b) Distribuição dos pesquisados segundo a origem do capital:

c) Distribuição dos pesquisados segundo o número de funcionários:

d) Distribuição dos pesquisados segundo o faturamento anual em 2001:

Referências

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