Cromatografia Gasosa
(CG ou GC)
O que se analisa...
Compostos voláteis de pontos de ebulição de até 350ºC.
Compostos que possam produzir derivados voláteis
Compostos termicamente estáveis nas condições de trabalho
Função
Ser a F.M. mas não pode interagir com a F.E. e nem com a amostra sendo denominado de gás de arraste.
Compatível com o Detector
Cada detector demanda um gás de arraste específico para melhor funcionamento.
Seleção de gases de arraste em função do detector
Detector Gás
DCT He e H2
DIC N2 ; H2 ; He
1- cilindro de gás
2- regulador de pressão primário
3- traps para eliminar impurezas do gás 4- regulador de pressão secundário
É recomendado que a cada 100 injeções se troque o septo.
Apenas o septo branco não é recomendado para análise de alta sensibilidade.
Septo Características Branco
Azul Longa validade e T máxima de 450°C Azul claro Flexível e T máxima de 350ºC
Marrom Altas temperaturas e T máxima 450°C Verde
claro
Baixo sangramento T máxima 340°C
Técnica de injeção “a frio”
Colunas empacotadas
Amostras com alta MM e ponto de ebulição elevado
Amostra não é vaporizada
Quando os analitos tem diferença de MM entre o componente mais leve e o mais pesado de 40 Carbonos
Colunas capilares
Amostras com pequena MM e ponto de ebulição baixo
Amostras com
concentrações mais altas
Divide a amostra pela razão Split/Vazão coluna, geralmente de 100:1. O Split é um processo de eliminação de parte da amostra
gasosa para evitar saturação da coluna
Colunas capilares
Amostras com MM e ponto de ebulição maiores
Amostras com concentrações a nível traço
Evitam o contato da amostra com o corpo do injetor. Auxiliam um aquecimento mais uniforme e portanto uma vaporização melhor da amostra.
Maneira correta de segurar a seringa
Funcionamento da
A introdução da amostra deve ser compacta e o mais rapidamente possível.
Ideal: injetar com a mesma velocidade para assegurar a reprodutibilidade de resultados.
É a extração de compostos voláteis e semi-voláteis presentes na amostra (matriz líquida ou sólida).
1º Estágio
A amostra fica em incubação
2º Estágio
A amostra fica em equilíbrio termodinâmico. A concentração dos analitos na fase vapor é representativo àquele presente na amostra original.
3º Estágio
Um volume fixo de vapor é amostrado e introduzido para o CG
Isoterma
Seleciona uma temperatura de 50ºC acima do ponto de ebulição do composto menos volátil. 150ºC 160ºC 260ºC 190ºC 178ºC
Dependendo do tipo de coluna e do estado físico da amostra.
Coluna Amostras Líquidas Amostras Gasosas Empacotada
= 32 mm 0,2 - 20μL 0,1 – 50mL
Capilar
Coluna Empacotada
Vantagens Desvantagens Mais Econômica Maior capacidade de carga Maior quantidade de amostra Se o material de enchimento não for colocado na coluna
de forma compacta e
uniforme, os espaços vazios resultantes funcionarão como câmaras de diluição
da amostra
Menor eficiência Análise mais lenta
Vantagens Desvantagens Maior comprimento
maior eficiência
Separação de misturas complexas
Análise mais rápida Maior separação
Capacidade de processamento da
amostra inferior
Saturação mais rápida Menor quantidade de
Alguns termos utilizados com relação ao diâmetro interno:
Narrow-bore (estreito): 0,25mm
Semi wide-bore (semi largo): 0,32mm Wide-bore (largo): 0,53mm
Empacotada Capilar
Diâmetro (mm) 3 - 6 0,05 – 0,053
Eficiência (prato teórico/m)
Baixa (1200) Alta (4500)
Resolução baixa Alta Comprimento máximo (m) 10 150 Capacidade de amostra Alta baixa
Sabendo a natureza do analito (substância ou amostra) se escolhe a FE.
Geralmente, segue-se a regra: “A F.E. deve ter características de polaridade semelhante à substância a se analisar”.
Amostra polar é analisada com FE polar e uma amostra semi polar com uma FE semi polar e uma amostra apolar com FE apolar.
Composição Polaridade Aplicação Fases T (ºC) 100% dimetil polissiloxano (goma) apolar Fenóis, hidrocarboneto s, aminas, compostos sulforados, gasolina e pesticidas OV-1, SE-30 -60 até 325 100% dimetil polissiloxano (fluido) apolar Derivados de aminoácidos. Óleos OV-101, SP-2100 0 até 280
Composição Polaridade Aplicação Fases T (ºC)
5% fenil 95% dimetil polissiloxano
apolar
Ácidos graxos, metil ésteres, hidrocarbonetos aromáticos, pesticidas, aromas, compostos halogenados, drogas e alcalóides SE-52 OV-23 SE-54 -60 até 325 14% cianopropil 86% fenil polissiloxano Interme-diária Drogas, esteróides e pesticidas OV-1701 -20 até 280 50% fenil 50% metil polissiloxano Interme-diária Drogas, esteróides e pesticidas OV-17 60 até 240
Composição Polaridade Aplicação Fases T (ºC) 50% cianopropil metil 50% fenil metil polissiloxano Interme-diária Ácidos graxos, metil ésteres e acetatos de alditol OV-225 60 até 240 50% trifluor-propil 50% polissiloxano Interme-diária Compostos halogenados aromáticos OV-210 45 até 240
Composição Polaridade Aplicação Fases T (ºC) Polietileno
glicol – TPA modificado
polar Ácidos livres, alcoois, aldeídos, acrilatos, nitrilos e cetonas FFAP 60 até 240 Polietileno glicol polar Álcoois, éteres, glicóis e solventes. Carbowax 20M 60 até 240 Os limites de T definem a faixa de
Temperatura controlada
A T independe dos demais módulos, ou seja, não é afetada pela Tinjetor e Tdetector. Com valor controlado (exatidão e precisão de ±0,1ºC).
Apresentam uma ampla faixa de trabalho, geralmente da Tamb até 400ºC ou ainda a T negativas
Temperatura controlada
É importante que se consiga esfriamento e aquecimento rápido tanto para as análises de rotina quanto pra o desenvolvimento de metodologias analíticas novas.
E devem permitir tanto isotermas quanto uma Programação de Temperatura.
Componentes menos voláteis demoram a eluir, obtendo-se picos mal definidos.
Componentes mais voláteis são separados. Componentes mais voláteis não são separados.
Componentes menos voláteis eluem mais rapidamente.Com uma programação linear de Temperatura se consegue boa separação dos componentes da amostra em menor tempo.
A FM em CG não tem a mesma função que na CLAE a programação de Temperatura é uma importante ferramenta na separação das substâncias.
Além da interação com a FE, o tempo que um analito demora para percorrer a coluna depende de sua pressão de vapor.
A taxa de transferência de calor entre um corpo quente e um corpo frio depende da condutividade térmica do gás no espaço que separa os corpos
Se a condutividade térmica do gás diminui, a quantidade de calor transferido também diminui - o corpo quente se aquece.
1 Bloco metálico (aço)
2 Entrada de gás de arraste
3 Saída de gás de arraste
4 Filamento metálico (Au) aquecido
5 Alimentação de corrente elétrica para aquecimento do filamento 2 filamentos ou 4, se 4 há duplicação da
Quanto mais leve for o gás maior será a condutividade térmica: H ou He Compostos Condutividade Térmica Relativa Massa Molecular Hélio 100 4 Hidrogênio 128 2 Nitrogênio 18 28
DETEC
Seletividade
Sinal para qualquer substância eluída (diferente do gás de arraste), universal.
Sensibilidade / Linearidade
Dependendo da configuração particular e do analito: LD = 0,4 ng a 1 ng com linearidade de 104 (ng = dezenas de g)
DETECTORES
Natureza do Gás de Arraste:
Quanto maior a diferença de variação de condutividade (Δ) entre a condutividade térmica do gás de arraste puro, A, e do analito X, MAIOR A RESPOSTA.
DETECTORES
Natureza do Gás de Arraste:
Quanto menor a massa molecular do gás de arraste, maior a resposta
Vantagens Simples
Baixo custo
Boa estabilidade
Não destrutivo
Amostras tanto aquosas quanto orgânicas – polares ou apolares – de baixo ou elevado potencial de ionização.
Aplicações
Separação e quantificação de compostos que não geram sinal em outros detectores (gases nobres, gases fixos).
Limitações Práticas
Extremamente sensível a mudança de fluxo de gás de arraste
Princípio
Formação de íons quando um composto é queimado em uma chama de hidrogênio e oxigênio
O efluente da coluna é misturado com H2 e O2 e é queimado. Como numa chama de H2 + O2 não existem íons, ela não conduz corrente elétrica.
Quando um composto orgânico elui, ele também é queimado. Como na sua queima são formados íons, a chama passa a conduzir corrente elétrica
Seletividade
Para substâncias que contém ligações C-H em sua estrutura química.
Compostos que NÃO produzem resposta no DIC:
Gases nobres , H2, O2, N2, NH3, NxOy, SiX4 (X = halogênio) CO, CO2, CS2, CCl4, per-halogenados e H2O
Limitações Práticas Detector destrutivo
Limitações Práticas
Limitado a compostos inorgânicos (mesmo que voláteis), especialmente a gases permanentes e água
Átomos eletronegativos presentes na estrutura do composto a ser detectado (oxigênio, fósforo, enxofre, halogênios), geralmente diminuem o sinal
Pelo “desaparecimento” de um fluxo de elétrons lentos (termais) que ocorre quando há absorção de elétrons por espécies eletrofílicas.
Vantagens
Não destrutivo
Seletivo e sensível (picogramas)
Sensível a: haletos de alquila, nitrilos, nitratos, carbonilas conjugadas e compostos organometálicos
Insensível a: hidrocarbonetos, álcool e cetonas.
Limitações Práticas
Probabilidade de condensar analitos de alto ponto de ebulição, devido a temperatura de operação, requer limpeza periódica.
O gás de arraste precisa ser previamente seco, pois é sensível água.
Características 3H 63Ni
Meia-Vida 12,5a 125a Estado Físico gás Sólido
Limite de
Temperatura (oC) 220 350
Radiotoxidez bastante alta moderada
Contaminantes em ar atmosférico
Característica Detectores
DCT DIC DCE
Seletividade universal compostos Só orgânicos Só compostos que capturam elétrons Sensibilidade 6x10-10 9x10-13 5x10-14 Linearidade 104 107 5x102
O gás de arraste compatível com cada detector:
Seleção de Gases de Arraste em Função do Detector
DCT He, H2
DIC H2
DCE N2, Ar + 5% CH4
EM He
Acoplado a Espectrometria de Massa (EM)
Seleção manual ou automática do espectro de massa correspondente a um eluato com interpretação manual do espectro e/ou comparação automática com a biblioteca do
As características fundamentais de um espectrômetro de massas são: - produção de íons em fase gasosa;
- aceleração dos íons a velocidades específicas em um campo elétrico; - separação dos íons por um analisador de massas;
- detecção de cada íon em uma m/z específica.
O analisador de massas pode separar os íons pelo uso de campos magnéticos ou elétricos. Alternativamente o tempo que os íons de diferentes massas levam para
migrar distâncias definidas pode ser medido precisamente em um analisador de massas por tempo de voo (TOF, time-of-flight).
Acoplado a Espectrometria de Massa (EM)
Os sistemas CG-EM devem ser totalmente controlados por microcomputador e devem:
Gerenciar e monitorar o funcionamento dos módulos de CG e EM.
Coletar e arquivar espectros de massa em intervalos regulares de tempo e construir o cromatograma.
Deve comparar as corridas cromatográficas com os espectros coletados e com a biblioteca identificando os eluatos.
Por:
Retenção: Uso de dados de retenção de um analito para sua identificação
Detecção: Detectores que fornecem informações estruturais sobre as substancias eluídas.
A integração da área do pico é proporcional a massa que passa pelo detector
Normalização – o método simples
Este método é utilizado quando se conhece todos os componentes de uma amostra e precisa-se da composição total.
A partir das áreas corrigidas de uma mistura de componentes, faz-se a somatória das áreas e relaciona-se a porcentagem de cada componente.
Normalização – o método simples total analito analito área área A 100( ) %
Padronização Externa
Este método baseia-se na comparação de uma certa substância presente na amostra com seu respectivo padrão.
Primeiramente deve-se construir um gráfico de (área x diferentes concentrações) da substância padrão:
Padronização Externa
Em seguida, injeta-se a amostra, e a partir da área obtida no cromatograma tira-se do gráfico traçado a concentração dessa substância na amostra.
É importante que o gráfico deve ser construído com concentrações próximas da concentração esperada na amostra.
Utiliza uma F.M. de vapor pressurizado, em temperatura e pressão acima de seu ponto crítico.
A F.M. é um fluido, geralmente de CO2 que pode ser (ou não) modificado com substâncias que aumente a sua polaridade.
Vantagem:
Tem viscosidade menor que um líquido e mantem as propriedades de interação com os solutos, está entre a CG e a CLAE.
É utilizada para separar amostras termicamente instáveis e de alto peso molecular (se comparada com a CG) e oferece separações mais eficientes e rápidas em relação a CLAE (HPLC).
CG - Amostra deve ser volátil ou que
possam produzir derivados voláteis, e termicamente estáveis.
- FM é um gás.
- FM não pode interagir com a F.E. e nem com a amostra.
- 2.000 a 300.000 pratos teóricos
-Tipos de amostras: Gases, líquidos e sólidos, MM= 2 a 1200 g.mol-1
- separação de amostras com até 200 componentes.
-tempo de análise: minutos até poucas horas
CLAE
-Amostras solúveis na fase móvel
-FM é um líquido
-FM deve ter polaridade diferente da FE, e interage com a amostra. - 500 a 25.000 pratos teóricos -Tipos de amostras: líquidos e sólidos, iônicos ou covalentes, MM= 32 a 4.000.000 g.mol-1
Separação de amostras com até 50 componentes.
-tempo de análise: minutos até muitas horas