CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO: FONOAUDIOLOGIA
PERCEPÇÃO DE JOVENS SOBRE HÁBITOS NOCIVOS À SAÚDE AUDITIVA
BRUNA SOARES GARBIN MILENA DRUZIAN NEUMAM
FOZ DO IGUAÇU – PR 2020
BRUNA SOARES GARBIN MILENA DRUZIAN NEUMAM
PERCEPÇÃO DE JOVENS SOBRE HÁBITOS NOCIVOS À SAÚDE AUDITIVA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à Banca Examinadora do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas – UDC, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Fonoaudiologia.
Orientador. Prof. Aline Mertz
FOZ DO IGUAÇU – PR 2020
TERMO DE APROVAÇÃO
UDC - FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS
PERCEPÇÃO DE JOVENS SOBRE HÁBITOS NOCIVOS À SAÚDE AUDITIVA
MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DE CURSO, REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM FONOAUDIOLOGIA
______________________________________________ WANYA BULHÕES
_________________________________________ Orientador: Aline Mertz
__________________________________ Nota Final
Banca Examinadora:
__________________________________
Profº. Wanya Maria Bulhões Viante Chaise de Freitas
__________________________________ Profº. Simone de Albuquerque Silva Pontes
Os caminhos que conduzem o homem ao saber são
tão maravilhosos quanto o próprio saber.
Agradecimentos:
Queremos iniciar agradecendo a jornada que tivemos até este momento;
Aos nossos pais que deram suporte para chegarmos até aqui;
Aos amigos que fizemos e aos professores que sempre estavam dispostos a nos guiar;
E finalizamos agradecemos à Deus que nos deu forças e sabedoria para vencer mais uma etapa de nossas vidas.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
PAIR - PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO
DBA - DECIBÉIS
TCLE - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE
Sumário
1. INTRODUÇÃO... 10
1.1 SAÚDE AUDITIVA... 11
1.2 JOVENS E HÁBITOS NOCIVOS ... 11
1.3 POLUIÇÃO SONORA E RUÍDO NO AMBIENTE DE LAZER ... 12
2. OBJETIVOS ... 14 3. METODOLOGIA ... 14 4. RESULTADOS ... 155 5. DISCUSSÃO ... 19 6. CONCLUSÃO ... 200 7. REFERÊNCIAS ... 21 APÊNDICE 1 - QUESTIONÁRIO... 233
APÊNDICE 2 - MATERIAL INFORMATIVO ... 244
ANEXO 1 - CARTA DE ENCAMINHAMENTO DO PESQUISADOR AO CEP ... 255
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ... 266
ANEXO 3 - DECLARAÇÃO DE INICIO DE PESQUISA ... 277
ANEXO 4 - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP...28
GARBIN, B. S., NEUMAM, M. D. Percepção de jovens sobre hábitos nocivos à saúde auditiva. 30 f. ARTIGO – Centro Universitário Dinâmica das Cataratas – UDC. Orientadora: Aline Mertz. Foz do Iguaçu, 2020.
RESUMO
PERCEPÇÃO DE JOVENS SOBRE HÁBITOS NOCIVOS À SAÚDE AUDITIVA
Autores Bruna Soares Garbin1, Milena Druzian Neumam1, Aline Mertz2
O ruído presente em atividades de lazer é ignorado pois geralmente se apresenta como música ambiente, mas quando esse som está em níveis elevados é importante tomar alguns cuidados para que não se tenha problemas com a audição. Este estudo tem como objetivo compreender qual a percepção dos jovens sobre os hábitos que podem ser nocivos à saúde auditiva. A pesquisa foi realizada a partir de questionário virtual elaborado com perguntas objetivas no Google Forms e disponibilizado através de link por aplicativo de mensagens (WhatsApp e redes sociais (Facebook). O estudo foi realizado com jovens de ambos os sexos de idades entre 18 a 25 anos que não façam uso de aparelho de amplificação sonora ou implante coclear. Dentre as 205 pessoas que participaram desta pesquisa, 90,2% utilizam fones de ouvido e destes, 38,4% utilizam todos os dias. A maior parte dos jovens estudados acredita que o uso de fones de ouvido e a grande exposição a ruídos pode causar problemas a audição, porém a grande maioria também cita que frequentam locais com grande quantidade de ruído diariamente. Com base nos achados obtidos durante a realização desta pesquisa, pode-se afirmar que os jovens possuem noção dos riscos que alguns hábitos podem trazer para sua saúde auditiva, em especial o ruído de grande intensidade, seja com a utilização de fones de ouvido ou durante a permanência em ambientes ruidosos por grandes períodos de tempo, porém ainda não apresentam a sensibilidade de ter o cuidado necessário com a audição.
Descritores: Ruído, Saúde Auditiva, Jovens.
________________________________
1 Graduandas do 8o período em Fonoaudiologia do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas – UDC.
2 Orientadora e professora adjunta da graduação em Fonoaudiologia do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas – UDC.
Artigo apresentado como conclusão de graduação em fonoaudiologia do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas – UDC. Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, 2020.
ABSTRACT
YOUNG ADULTS’ PERCEPTION ABOUT HARMFUL HABITS TO HEARING HEALTH
Authors: Bruna Soares Garbin1, Milena Druzian Neumam1, Aline Mertz2
The noise present in leisure activities is ignored because it usually presents itself as background music, but when this sound is at high levels it is important to take some precautions so as to not have problems in hearing health.This study aims to understand what young adults perceive about the habits that can be harmful to hearing health. The survey will be conducted based on a virtual inquiry prepared on Google Forms® with objective questions and made available via link by messaging application (WhatsApp®) and social networks (Facebook®). The study is going to be carried out
with young adults of both sexes among the ages of 18 to 25 years old who do not use hearing aid or cochlear implant. Among the 205 people who took part in this research, 90.2% of the participants use headphones and of these, 38.4% use them every day. Most of the young adults studied believe that the use of headphones and excessive exposure to noise can cause hearing problems, however the majority also mention that they frequent places with a lot of noise on a daily basis. Based on the findings obtained during the present research, it can be concluded that young adults are aware of the risks that certain habits can bring to their hearing health, especially loud noise, either with the use of headphones or by lingering in noisy environments for long periods of time, however, they still lack sensitivity into taking the necessary care with their hearing.
Key-words: Noise, Hearing Health, Young Adults.
1 Undergraduate student of the 8th period in Speech Therapy at Centro Universitário Dinâmica das
Cataratas – UDC;
2 Mentor and Adjunct Professor of the undergraduate course in Speech Therapy at Centro Universitário
Dinâmica das Cataratas – UDC.
Article presented as conclusion of the graduation in Speech Therapy at Centro Universitário Dinâmica das Cataratas – UDC.
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1. INTRODUÇÃO
Para falar de saúde auditiva, deve-se primeiramente compreender a anatomia do sistema auditivo, que é formado pela orelha externa (pavilhão auricular e meato acústico externo), orelha média (membrana timpânica, ossículos sendo eles martelo, bigorna e estribo) e por fim orelha interna (janela oval e redonda, cóclea e canais semicirculares). Essas estruturas formam o sistema auditivo que tem como função a audição e o equilíbrio do corpo humano1.
Atualmente muito se fala sobre os riscos à saúde auditiva. Um destes riscos é a exposição ao ruído de grande intensidade por longos períodos, como por exemplo, o uso de aparelhos muitos próximos ou até mesmo, internos a orelha. A exposição ao ruído é comum entre os jovens e estes parecem não se preocupar com os malefícios e efeitos nocivos desta prática2.
Dentre o estilo de vida dos jovens os hábitos considerados nocivos à saúde estão cada vez mais presentes em suas rotinas, práticas como o uso excessivo de fones de ouvido com volume elevado, ambientes voltados para o lazer que apresentam grande produção sonora como boates, academias, cinema, shows, shoppings, entre outros3.
Sabe-se que a exposição por um longo período de tempo pode futuramente levar a problemas na audição e até mesmo uma possível PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR)2.
O ruído apresenta-se em forma de música e por esse motivo é considerado algo agradável aos ouvidos, mas em lugares que não tem o cuidado adequado e essa música se faz presente por um longo período de tempo e em grandes intensidades passa a causar grandes problemas à audição4.
O presente estudo é de grande importância para avaliar como os jovens se comportam quanto a saúde auditiva e qual o conhecimento dos mesmos acerca deste tema. Através deste estudo se espera atrair a atenção deste grupo para maior discussão sobre o problema, ampliando assim a conscientização sobre os hábitos nocivos à saúde auditiva.
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1.1 SAÚDE AUDITIVA
A exposição ao ruído pode causar perda auditiva temporária ou permanente, causando zumbido e outras alterações, pois afeta células ciliadas. O estilo de vida dos jovens pode trazer riscos para sua saúde auditiva por hábitos como o uso de fones de ouvido e por frequentarem ambientes com ruído que geralmente são maiores que 100dBA. Por frequentarem locais com níveis tão elevados com o tempo pode vir a causar problemas que vão interferir em sua qualidade de vida4,5.
Alguns jovens entendem os riscos da exposição ao ruído de alta intensidade, porém grande parte se expõem ao ruído diariamente. Uma das formas de exposição é o uso diário de fones de ouvidos. Com o estilo de vida que os jovens levam, eles colocam em risco de forma consciente sua saúde auditiva, pois procuram ambientes de ruído de grande intensidade e não veem problema nesses ambientes. Esse estilo de vida está causando problemas a longo prazo em jovens que se expõem diariamente6.
Como os jovens não tem a visão dos danos logo de início os mesmos não entendem a importância do cuidado pois os sinais aparecem de forma silenciosa e por vezes só é percebido quando já não é mais possível evitar danos à saúde auditiva. Muitas vezes mesmo após desenvolver problemas auditivos as pessoas não compreendem a necessidade dos cuidados para que a patologia não evolua5.
1.2 JOVENS E HÁBITOS NOCIVOS
Os cuidados com a audição de jovens com o passar do tempo têm gerado cada vez mais preocupação entre os pesquisadores, devido a hábitos diários que causam danos a audição. Algumas atividades de lazer podem ser prejudiciais e aproximadamente metade de todos os jovens fazem uso de dispositivos sonoros em intensidade elevada e frequentam locais onde os níveis de pressão sonora estão elevados, sem considerar os riscos5.
O ruído está presente em todas as situações do cotidiano incluindo os momentos de lazer. Ele se faz presente de diferentes maneiras e Segundo Soeiro, o problema não está em ocasiões aleatórias de ruído intenso, mas no dia a dia, no
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volume da televisão ou no uso diário de aparelhos portáteis durante os exercícios físicos. A poluição sonora é algo grave e que pode trazer sérios prejuízos à saúde. Quando se trata de atividades de lazer lembra-se dos cinemas, bares, casas noturnas, e muitos outros lugares que proporcionam diversão e prazer para aqueles que ali frequentam6.
Em relação aos dispositivos sonoros deve-se levar em consideração o modelo pois alguns fones de ouvido como os de inserção, podem atingir níveis muito elevados entre 85 a 115dB(A) e em alguns casos podendo chegar até 120dB(A). A duração e exposição é outro ponto que deve ser considerado, pois excedendo uma hora diária as consequências variam entre transtornos temporários e com o passar do tempo perdas permanentes de audição5.
Os estudos apontam que a perda auditiva nos jovens está diretamente ligada aos hábitos e as atividades que são realizados por essa população, a perda auditiva induzida pelo o ruído causa problemas em seu convívio social e qualidade de vida7.
1.3 POLUIÇÃO SONORA E RUÍDO NO AMBIENTE DE LAZER
Ambientes urbanos e sociais apresentam níveis de pressão sonora elevada que podem trazer riscos para a saúde e qualidade de vida do indivíduo que está exposto. Esses riscos são: zumbido e perda auditiva, intolerância a sons intensos, tontura e otalgia4.
O que se deve saber sobre o ruído é que ele se caracteriza como um som que se propaga pelo ambiente sendo algo que não agrada aos ouvidos, podemos dizer que o ruído é capaz de causar perturbação ao sossego e efeitos negativos sobre as pessoas. Hoje pode-se afirmar que a poluição sonora é um dos grandes problemas encontrados na sociedade urbana mesmo que não seja visível e é resultado de industrias/fabricas, trânsito, canteiros de obras e vários outros fatores6.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera até 50 dB(A) onde acaba o limiar de conforto da audição e o estresse começa acima de 55 dB(A). Festas como o carnaval podem atingir níveis de pressão sonora acima de 130 dB(A), essas festividades também podem causar traumas. Vários músicos relataram que suas exposições ao ruído elevado por várias horas durante anos de trabalho resultaram em
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perdas auditivas e junto dela o zumbido8. Muitos estudos falam do zumbido como
principal sintoma encontrado entre jovens que estão expostos a ruído de alta intensidade diariamente, os jovens têm consciência dos prejuízos a audição porem mesmo entendendo o que pode acontecer não é suficiente para provocar uma mudança5.
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2. OBJETIVOS
Este estudo tem o objetivo de compreender qual a percepção dos jovens sobre a saúde auditiva e identificar possíveis hábitos que podem causar problemas à audição.
3. METODOLOGIA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva e quantitativa segundo Ramos; Ramos; Busnello9 pois pode ser mensurada em números. A mesma foi realizada a partir de questionário virtual elaborado com perguntas objetivas no Google Forms e disponibilizado através de link por aplicativo de mensagens (WhatsApp) e redes sociais (facebook).
A coleta de dados iniciou após a aprovação pelo comitê de ética em pesquisa, protocolo de aprovação n. 4.256.334.
A coleta ocorreu entre os dias 07 e 11 de setembro de 2020. Para a realização da mesma foi utilizado um questionário com perguntas objetivas previamente desenvolvido pelas autoras e posteriormente realizada a análise dos dados obtidos, onde os mesmos foram classificados e dispostos através de gráficos e tabelas a fim de identificar quais os hábitos mais comuns dentro da população pesquisada.
Farão parte deste estudo jovens de ambos os sexos, com idade entre 18 e 25 anos, que assinaram o TCLE e foram excluídos, usuários de aparelho de amplificação sonora individual, usuários de implante coclear, pessoas com diagnóstico de patologias auditivas e aqueles que não apresentaram TCLE assinado.
Após aplicação do questionário foi enviado ao e-mail dos participantes um material informativo sobre saúde auditiva desenvolvido pelas autoras.
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4. RESULTADOS
Participaram deste estudo 237 pessoas, porém 32 respostas foram desconsideradas por não se enquadrarem nos critérios de inclusão de idade. A amostra final contou com 205 indivíduos de 18 a 25 anos de idade, sendo 71% do sexo feminino.
Os dados coletados e analisados estão expostos na tabela 1 e gráfico 1 abaixo:
Tabela 1. Questões presentes no questionário de saúde auditiva (n=205) Questões Sim (%) Não (%) 1.Você faz uso de aparelho auditivo ou implante
coclear?
0% 205 (100%) 2.Você faz uso de fones de ouvido? 185 (90,2%) 20 (9,8%) 3.Você acha que o uso de fones de ouvido pode
ser prejudicial?
191 (93,2%) 14 (6,8%) 4.Você faz uso de hastes flexíveis (cotonetes)? 153 (74,6%) 52 (25,4%) 5.Você acredita que a utilização de hastes
flexíveis pode trazer problemas à sua audição?
151 (73,7%) 54 (23,6%) 6.Você costuma frequentar ambientes com
bastante ruído?
120 (58,5%) 85 (41,5%) 7.Você acha que escuta bem? 168 (82%) 37 (18%) 8.Você tem dificuldade para entender conversas
em grupo ou ambientes ruidosos?
93 (45,4%) 112 (54,6%) 9.Precisa aumentar a televisão ou o rádio
porque não costuma ouvir no mesmo volume que as outras pessoas?
51 (24,9%) 154 (75,1%)
10.Tem sensação de que ouve mais de um lado que do outro?
49 (23,9%) 156 (76,1%) 11.Você acredita que a exposição ao ruído sem
proteção adequada faz mal para a audição?
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Gráfico 1. Qual a frequência com que você utiliza os fones de ouvido?
De acordo com a primeira pergunta da Tabela 1, nenhum participante desta pesquisa faz uso de aparelho auditivo ou implante coclear, mas segundo a questão número 2, 90,2% dos jovens fazem uso de fones de ouvido. A partir de dados demonstrados no Gráfico 1, 38,4% dos participantes utilizam fones de ouvido todos os dias.
Quando questionados sobre o prejuízo à audição do uso de fones de ouvido 93,2% dos participantes acreditam que o uso de fone de ouvido prejudica à audição.
Em relação ao uso de hastes flexíveis, a maioria dos jovens participantes fazem uso de hastes flexíveis (74,6%) e 73,7% desses acreditam que o uso destas hastes pode trazer prejuízos a audição.
Quando questionados sobre a saúde auditiva, cerca de 82% dos jovens relataram que escutam bem e 54,6% não apresentavam dificuldade para entender conversas em grupo ou ambientes com competição de ruído. Quando perguntado sobre a necessidade de aumentar o volume da televisão ou do rádio por não estar ouvindo no mesmo volume que as outras pessoas, 75,1% dos participantes responderam não precisar aumentar.
A questão de número 10 visava saber se os jovens apresentam a sensação de que ouve mais de um lado que do outro e dos participantes, 76,1% responderam não sentir a sensação de ouvir melhor de um lado do que do outro 96,1% acreditam que a exposição ao ruído sem proteção adequada faz mal para a audição.
O gráfico 2 apresenta os dados sobre os locais onde os jovens costumam
71 50 15 49 T o d o s o s d i a s M a i s d e 3 v e z e s p o r s e m a n a 2 v e z e s p o r s e m a n a 1 v e z p o r s e m a n a
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frequentar, sendo 58,5% dos jovens costumam frequentar ambientes com bastante ruído. Desses, os locais mais comumente frequentados pelos jovens foram, shoppings, festas, cinemas e academias.
Gráfico 2. Quais ambientes ruidosos costuma frequentar? (n=123)
Tabela 2. Questões sobre saúde auditiva
Questões Sim (%) Não (%) Às vezes/talvez (%)
12.Precisa pedir para as
pessoas repetirem o que dizem com frequência?
32 (15,6%) 66 (32,2%) 107 (52,2%)
13.Tem a sensação de que ouve, mas não entende o que as pessoas dizem?
27 (13,1%) 92 (44,9%) 86 (42%)
14.Tem sensação de ouvido tapado/abafado?
12 (5,9%) 123 (60%) 70 (34,1%) 15.Você faz uso de alguma
droga lícita ou ilícita (álcool, drogas, narguilé, cigarro, medicamentos de uso contínuo)? 79 (38,5%) 113 (55,1%) 13 (6,4%) 83 69 79 10 42 3 3 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 0 20 40 60 80 100 Shoppings Cinemas Festas/baladas Campeonatos de … Academia Trabalho Obras Instalações … Minha casa Itaipu Pizzarias Trabalho com … Bares/restaurantes Consultório … Igreja, ensaios Escolas, trânsito Limpando a casa
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Os dados apresentados na Tabela 2 mostram que 52,2% dos participantes as vezes precisam pedir para as pessoas repetirem o que dizem com frequência e 44,9% tem a sensação de que ouve, mas não entendem o que as pessoas dizem. Quando perguntado se possuem a sensação de ouvido tapado/abafado, 60% dos participantes disseram que não. Em relação ao uso de alguma droga lícita ou ilícita, 55,1% dos participantes responderam que não, enquanto 53% relataram que nunca tiveram nenhum problema auditivo (gráfico 3).
Gráfico 3. Tem ou já teve problemas no ouvido (dor, secreção, fez cirurgia ou outro)?
91 44%
108 53%
Sim Não
Labirintite Membrana rompida por cotonete
Dor Sujeira
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5. DISCUSSÃO
Conforme este estudo, 90,2%(n=185) dos jovens fazem uso de fones de ouvido e a partir de dados demonstrados no Gráfico 1, 38,4% dos participantes utilizam fones de ouvido todos os dias. Segundo Lara10 os jovens têm grande facilidade em adquirir aparelhos de som portáteis, o que leva a um uso indiscriminado e como consequência podem ocorrer alterações auditivas.
Em relação ao uso de fones de ouvido, 93,2% dos participantes deste estudo acreditam que prejudica à audição. Segundo estudo realizado por Farfán et al11 o resultado de audiometria tonal linear em indivíduos que fazem uso de fones de ouvido difere dos que não fazem, encontrando danos auditivos em mais da metade dos usuários pesquisados.
Dos jovens que responderam ao questionário deste estudo, 74,6% relataram que fazem uso de hastes flexíveis e 73,7% desses acreditam que esse uso pode trazer prejuízos à audição. Em um estudo realizado por Figueiredo, Fabri e Machado (2009)12 o uso de hastes flexíveis está diretamente ligado a casos de otite externa
difusa aguda, pois o uso deste objeto está associado a macerações e desbridamentos no canal interno do ouvido durante uso incorreto.
A grande maioria dos jovens estudados não relatou problemas de audição, porém, 58,5% dos jovens costumam frequentar ambientes com bastante ruído, tanto em locais de lazer quanto no ambiente de trabalho. Segundo Filho (2016)13 as atividades de lazer normalmente estão associadas a músicas ou sons elevados, o que pode prejudicar a audição com o tempo.
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6. CONCLUSÃO
Com base nos achados obtidos durante a realização desta pesquisa, pode-se afirmar que os jovens possuem informação dos riscos que alguns hábitos podem trazer para sua saúde auditiva, em especial o ruído de grande intensidade, seja com a utilização de fones de ouvido ou durante a permanência em ambientes ruidosos por grandes períodos de tempo, porém mesmo sabendo dos riscos não praticam medidas preventivas a audição.
Por tanto se faz necessário elaboração de programas de conscientização de crianças e jovens acerca dos riscos que a exposição ao ruído pode causar a saúde.
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7. REFERÊNCIAS
1. Momensohn-Santos, T. M. & Russo, I. C. P. Prática da audiologia clínica. 8.ed. São Paulo. Cortez, c. 1, p. 12, 2011.
2. Frota, S. Fundamentos em Fonoaudiologia: Audiologia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c. 10, p. 136, 2003.
3. Silva, Valéria Gomes da et al. Prevalência de alterações das células ciliadas externas em estudantes de uma escola do Distrito Federal. Braz. j. otorhinolaryngol. São Paulo, v. 78, n. 4, p. 91-97, 2012. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-86942012000400017&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 27 Fev. 2020.
4. Lacerda Adriana Bender Moreira de, Gonçalves Cláudia Giglio de Oliveira, Zocoli Angela Maria Fontana, Diaz Carolina, Paula Karla de. Hábitos auditivos e comportamento de adolescentes diante das atividades de lazer ruidosas. Rev. CEFAC [Internet]. 2011 Abr [citado 2020 Set 30] ; 13( 2 ): 322-329. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462011000200015&lng=pt.
5. Santana Bruna Antonini, Alvarenga Kátia de Freitas, Cruz Priscila Carvalho, Quadros Isabela Alves de, Jacob-Corteletti Lilian Cássia Bornia. Prevenção da perda auditiva no contexto escolar frente ao ruído de lazer. Audiol., Commun. Res. [Internet]. 2016 [citado 2020 Out 06] ; 21: e1641. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-64312016000100309&lng=pt.
6. Soeiro Newton Sure. Precisamos falar sobre isso! Sociedade Brasileira de Acústica (SOBRAC), 2016. Acessado em nov. 2020. Disponível em: Precisamos falar sobre isso! - SOBRAC (acustica.org.br)
7. Lacerda Adriana Bender Moreira de, Soares Vânia Muniz Néquer, Goncalves Cláudia Giglio de Oliveira, Lopes Flávia Conceição, Testoni Ricardo. Oficinas educativas como estratégia de promoção da saúde auditiva do adolescente: estudo exploratório. Audiol., Commun. Res. [Internet]. 2013 June [cited 2020 Oct 09]
; 18( 2 ): 85-92. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-64312013000200006&lng=en.
8. Ana lúcia v. Borja, Bárbara f. e sousa , márcia mariaramos. O que os jovens adolescentes sabem sobre as perdas induzidas pelo excesso de ruído?. R. Ci. Méd. Biol., Salvador, v. 1, n. 1, p. 86-98, nov. 2002. [cited 2020 Oct 11]; Disponível em: https://cienciasmedicasbiologicas.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/4111/3117
22
9. Ramos, Paulo; Ramos, Magda Maria; Busnello, Saul José. Manual prático de metodologia da pesquisa: artigo, resenha, projeto, TCC, monografia, dissertação e tese
10. Lara, Karyn Daiane De. Uso prolongado de fones de ouvidos em adolescentes: sinais de alteração na acuidade auditiva. XVI jornada científica dos Campos Gerais. Ponta Grossa, 24 a 26 de outubro de 2018. [cited 2020 Oct 25]; Disponível em: file:///C:/Users/Milena/Desktop/FONO/8%20periodo/TRABALHO%20DE%20CON CLUS%C3%83O%20DE%20CURSO%20II/1050-Texto%20do%20artigo-3029-1-10-20181009.pdf.
11. Farfán, I.G.; Luján, L.A.; Hernández, S.L. Correlación de test sobre exposición a ruido yhallazgos audiológicos evaluados en niños y adolescentes mexicanos. An Med (Mex). 53(3): 143-148, 2008. [cited 2020 Oct 25]; Disponível em: https://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=18564#. 12. Figueiredo, R. R.; Fabri, M. L.; Machado, W.S.. Otite externa difusa aguda: um
estudo prospectivo no verão do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, [s.l.], v. 70, n. 2, p.226-231, abr. 2004. FapUNIFESP (SciELO). [cited 2020 Oct 30] Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0034-72992004000200013..
13. Filho, Orlando Borges. Conscientização acerca da poluição sonora: relato de caso em uma escola de educação de jovens e adultos em Curitiba. Universidade Tuiuti do Paraná. 78f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2016. [cited 2020 Oct 30]
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APÊNDICE 1 - QUESTIONÁRIO
1. Sexo: () Feminino () Masculino
2. Idade: ()18 ()19 ()20 ()21 ()22 ()23 ()24 ()25 () outros
3. Você faz uso de aparelho auditivo ou implante coclear? () sim () não 4. Você faz uso de fones de ouvido? () sim () não
4.1 Se sua resposta foi "sim" para a questão anterior, qual a frequência com que utiliza os fones de ouvido? () Todos os dias () Mais de 3 vezes por semana () 2 vezes por semana () 1 vez por semana
5.Você acha que o uso de fones de ouvido pode ser prejudicial? () sim () não
6.Você faz uso de hastes flexíveis (cotonetes)?
() sim () não
7. Você acredita que a utilização de hastes flexíveis pode trazer problemas à sua
audição? () sim () não
8. Você costuma frequentar ambientes com bastante ruido? () sim () não
8.1 Se sim, assinale os ambientes que costuma frequentar:
9. Você acha que escuta bem? () sim () não
10. Você tem dificuldade para entender conversas em grupo ou ambientes
ruidosos? () sim () não
11. Precisa pedir para as pessoas repetirem o que dizem com frequência? () sim
() não () às vezes
12. Tem a sensação de que ouve, mas não entende o que as pessoas dizem? ()
sim () não () às vezes
13. Precisa aumentar a televisão ou o rádio porque não costuma ouvir no mesmo
volume que as outras pessoas? () sim ()não
14. Tem sensação de que ouve mais de um lado que do outro? () sim () não
15. Tem sensação de ouvido tapado/abafado? () sim () não () às vezes
16. Você acredita que a exposição ao ruído sem proteção adequada faz mal para a
audição? () sim () não
17. Tem ou já teve problemas no ouvido (dor, secreção, fez cirurgia ou outro)? () sim () não
18. Você faz uso de alguma droga lícita ou ilícita (drogas, arguile, cigarro, medicamentos de uso contínuo)? () sim () não () talvez
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DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Título da Pesquisa: Percepção de jovens sobre hábitos nocivos à saúde auditiva. Pesquisador: DALINE BACKES
EYNG Área Temática: Versão: 3
CAAE: 33108720.5.0000.8527
Instituição Proponente:UNIAO DINAMICA DE FACULDADES CATARATAS UDC LTDA Patrocinador Principal: Financiamento Próprio
DADOS DO PARECER Número do Parecer: 4.256.334 Apresentação do Projeto: Reapresentação. Objetivo da Pesquisa: Reapresentação.
Avaliação dos Riscos e Benefícios: Reapresentação.
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa: Reapresentação.
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória: Reapresentação.
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações: Pendências foram sanadas.
Considerações Finais a critério do CEP:
Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:
Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação Informações PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P 14/08/2020 Aceito Básicas do Projeto ETO_1565975.pdf 14:18:28 Aceito
Outros AJUSTES.docx 14/08/2020 14:17:33 DALINE BACKES EYNG Aceito Projeto Detalhado / Brochura Investigador PROJETO.docx 14/08/2020 14:17:02 DALINE BACKES EYNG Aceito
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29 Cronograma CRONOGRAMA.docx 11/08/2020 21:12:42 DALINE BACKES EYNG Aceito Outros CARTA.docx 10/08/2020 12:44:56 DALINE BACKES EYNG Aceito TCLE / Termos de Assentimento / Justificativa de Ausência TCLE.pdf 10/08/2020 12:41:12 DALINE BACKES EYNG Aceito Orçamento ORCAMENTO_PROJETO.docx 01/06/2020 20:29:04 DALINE BACKES EYNG Aceito
Folha de Rosto Folha_de_rosto_Plataforma_Brasil.pdf 01/06/2020 20:23:25 DALINE BACKES EYNG Aceito Declaração de Pesquisadores DECLARACAO.pdf 01/06/2020 20:22:38 DALINE BACKES EYNG Aceito Situação do Parecer: Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP: Não
FOZ DO IGUACU, 03 de setembro de 2020
Assinado por:
CARLOS HENRIQUE SCHNEIDER (Coordenador (a))
Endereço: Avenida Paraná 5661 Vila A.
Bairro: JARDIM DAS LARANJEIRAS CEP: 85.868-030 UF: PR Município: FOZ DO IGUACU
Telefone: (45)3028-3232 E-mail: cepudc@udc.edu.br
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