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011IL1IS E11IP1I. um. éwêêêk m\ m%h «>»«&« Modas, Lilteratura, Ilellas-Arteg c Theatros. '. A' J2S$

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(1)

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méwwmwHEi.tEiHMiWKi.lt>* 4" ANNO

TOMO VII. — DOMINGO, 1í> DE JULHO DE 1855.

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011IL1IS

éwÊÊÊk m\ m%h «€>»«&«

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E11IP1I

*

Modas, Lilteratura, Ilellas-Arteg c Theatros.

um.

O prograimna o c<m<liç&<M <fc»to jornal enoonlrfto-s© »a ultima pagina da capa.

<» ¦ ,;i'.>;

1*3

A moda poucas iunovaçóes tem ultimamente

apresentado em Pariz, por ser quasi a época da

tranzição, approximando-ss a em que tem

grau-de sabida os chalés grau-de laa grau-de camcllo ( caclíeêi*

res WInde ).

Preparão-se urna multidão de graciosas

novi-dades e far-se-ha muito uso dos bordados, o que

bastante approvamos, pois que o bordado no

loi-leite} das senhoras é ao mesmo tempo rico e

dis-tineto. Um manlelcte dò veludo, guarnecidode

uma bella retida e realçado por uma rica

borda-dura, adquire só por isso uma elegância e uma

distineção toda particular; porque o manlelcte

bordado não é o manlclete de todo o mundo e

nunca se tornará vulgar.

As listras largas tem quasi intoiramente

subs-liluido os quadrados nas fazendas destinadas a

lotlelle de passeio: esta desposição, que

sobre-sahe perfeitamente, é na openião dos

enlendedo-res, muito mais linda do que os quadrados.

Para meio ioiletle usa-se bastante de vestidos

á Luiz XVI. Estes vestidos fazem-se de nobreza

ornados de folhos ondulados, sobre cada uni dos

quaes íluetua outro pequeno íblhoite còr

salien-te; por exemplo sobre um vcsfiuVprcta.ur"

.;*£-queno folho azul. Estes folhos são enfeitados

pela parle de cima com uma guarniçãode fofos

dispostos em arcada: o corpo é afogado e de

abas guarnecido de um ornato semelhante ao do

follío, as mangas terminadas por dous folbos tem

igual guarniçào.

Usa-seJ)aslante de chapéus de veludo

guarne-CiclÒS de plumas e blondc, contornando bem o

semblante, com as copas ovaes, pequenas,

direi-ias e chatas.

Neste tempo frio e chuvoso o emprego de

diversos cosméticos inventados para o lotlelle

das damas, é mais do que em outra oceasião

in-dispensável, mas é preciso escolher os de um

bom perfumista, que os faça com um cuidado o

mais escrupuloso e segundo todos os princípios

da hygieue. A'quellas pessoas, cuja pelle é mui

delicada para supportar o uso dos sabonetes,

cndicar-llies-he-rnos a althaim de Faguer, e as

que quizerem conservar a belleza de seus

cabel-los o phüocomo Faguer, que faz parar a sua

queda e favorece o seu crescimento.

Para loilelte de passeio os borzeg-uiua c

sem-pre o que ha de mais casquilho. Algumas damas

calç-ào, para sahir de mánhaa em carruagem,

,j>e4f«enos-»sft{wies' de couro, pardo-avermelhado,

ornados de bordadiíra e com um lacínho de fila:

ó uma fantezia, que não deixa de ter elegância,

mas que não se tornará em moda.

»8

J2S$

I

(2)

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218

DESCRirÇÀO BA ESTAMPA,

Ç"'

Vestuário de passeio.- Chapco de veludí)^

Collarinho chato em ;luipun, mangas do

mes-mo redondas, saia lisa.

/

Vestuário de mamua, em casa. —

Pe-quena louca de guipun branco composta

de uma

guarnecido dcblonde e plumas,

moldurando.bem

o semblante, copa oval, pequena, direita e chata

c enfeitado por dentro còm flores e fofos de

blonde:., „%

"<¦¦'.*)

;-\|"

Vestido com corpinho vasquinha em moire

ornado de veludo.

A vasquinha é afogada e muito justa,

fechan-, do adiantefechan-, do pescoço á cinturafechan-, com pequenas

presiíhas de alamares, presos a pequenos

botões

de velud<í%retò.

A A e talhada lm pontajnui aguda adiante,

depofeschaiiifra! e desce a formar ponta sobre o

braçl^delôet por traz ale abaixo. O veludo

de-bruawtómWlSjí'parle'inferior da aba

se-guiudolftséusicoiílornos.

, '•.(tu,,,..-...

\

Á manga c um pouco curta: compoem-se de

um fofo debaixo do suspensorio, depois de uma

parte lisa de veludo formando ponta e cobrindo

uín segundo fofo de fazenda do vestido e emfim

de uma segunda peça de veludo, debaixo da qual %

sahe um folho. Os veludos são cortados de

ma-tieira a abrir debaixo sem formar pregas em

cima.

barba posta muito atraz sobre os cabcllos e laços

de veludo formando tuíbs de cada lado e

guarne-¦-cendo a nuca: as uuas ponlas da barba fieão

pendeules.

Camisa de manhãa em cambraia ahotoada

adianíe com collarinho franzido cabido e leito

de uma tira bordada; peito de preguinhas entre

duas liras bordadas que forniãQ revesso; mangas

compridas com punho de pregas terminadas por'

uma guarnição bordada á mão.

Roupão formando avental, guarnecido de liras

bordadas; pequena vestia em popelina, larga e

redonda; mangas alargando debaixo mas

rodou-das, com veludo na parte inferior : a borda da

veslia é guarnecida de veludo mas cortada em

forma de collele com bandas fingidas; saia mui

ampla sobre cintura de ponta circundada de um

cordão de seda alado sobre o lado c cahindo

ri-comente, ede cada lado da saia uma banda de

veludo alargando para a parte inferior.

¦*¦—¦——g» ig!) o ijgi' ' üüügr'

———i—-GHR0N1GÂ DOS SALÕES

2>

Tudo tem suas épocas, minhas amigas, ç d'ahi

resulta a constante variedade dos

acontecimen-tos que sem interrupção se suecedem. A's vezes

lambem observamos singulares anomalias, para

as quaes não achamos, justificação possível: por

exemplo, c para nós impossível achar a

juslifi-cação de uma valsa na estação mais calmosa, do

mesmo modo que não sabemos como se bão de

defender certos cavalheiros, de pretenderem

realisar companhias campestres, passeios mari->

limos, ele.; justamente na oceasião em que o

inverno mais se lem mostrado imperioso

carro-game. Manifestando os nossos mais sinceros e

cordiaes elogios aos delicados e dislinetos

insii-luidores e ac.tuaes' direclores da sociedade Club

Recreio Marítimo, não pretendemos irrogar-ihes

censura com a anomalia que deixamos

no-tada ; tanto mais que sabemos qual a influencia

que lia por csie projeclâdo passeio, que deve ser

cheio de interesse e de encantos, .qnôçipelã

no-vidade áíMÜveri.imenlo, quer pela inwlo

esco-llii.da companhia, quer pela-esLtrcns delicadeza c

proverhial amabilillade dos dignos tiírectores,

/juer emfim, pela ameiiidade da ilha dos Amores

para onde está determinado o magnífico jantar.

Possa a aurora do dia 15 adornar-se de

pur-pura, o a natureza trajar galas nesse dia, para

servir de fundo ao magnífico quadro vivo do

pri-meiro'passeio do Club Recreio Marítimo. A

mu-sica, a dança, a animação e o espirito

dacon-versação, o fervor das imaginações, voando

pressurosas pelo espaço iinnienso em busca do

hello e do sublime de uma existência de

ven-luras, o grande numero de convivas, os brindes

do banquete, tudo emfim formará uma

resislen-cia ao inverno, que, embora se apresente com

lodo Õ seu rigor, terá de desapparecer

euvergo-nhado e vencido ante os encantos de um puelico

passeio. Üar-vos-hemos, leitoras, minuciosas

no-ticias de quanto ahi oceorrer.

Nesta semana nada houve digno de vos ser

mencionado, nem mesmo a partida do Club

Flu-minense, que a noite extremamente chuvosa e

fria tornou muilo pouco concorrida. Por esta

mesma razão foi transferida a reunião do Cas- •

sino Militar, que devia ler logar nessa noite.

No sabuãdó da semana passada, deu a

socie-dade Syiphule o seu baile» que, como iodos os"

ontros \ue vos temos noticiado, 4#i britta nto-e

animado.

Fez o seu ultimo beneficio no dia 11 do

cor-rente, a Sra. Clotilde Fávrichòn, no theatro de

S. Pedro, cuja sala esteve muito concorrida.

Fui obsequiada, minhas amigas, com a

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(3)

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219

-ressantc noticia que passo a transmiltir-vos,

de

nina interessante companhia que teve togar, no

dia de S. Pedro, tia poética Ponta do Caju, por

motivo das corridas quo ahi fez a sociedade

de

regala

gente

qt

do Club Brasileiro. Concorreu muita

... a esse lindo arrebalde para applaudir os

vencedores das duas brilhantes corridas, que

li-verão logar, Porém, na pittoresca chácara

do

Sr. José Maria Comes, deu a sociedade do Club

um excelleute copo d1agua, onde a delicadeza

dos manjares, a variedade de preciosos vinhos

e a abundância dos doces, forão geralmente

ad-mirados. Escolhidos pedaços de musica

perlei-lamente executados despertavão os prazeres a

expandir-se nos semblantes encantadores de

grande numero de bellas fluminenses

: olhos

se-ductòres, risos cheios de magia perturbarão

constantemente a placidez das imaginações

e a

paz dos corações. Emlim, o aspecto

desta

reu-nffiô campestre, animada por Therpsicore

e

pelas graças, foi tal, que tornou

dilhcil,

mipos-sivel mesmo, decidir-se o espirito mais lorte,

se

elle lenlasse acclamar como rainha uma aas

w

i

tantas bellas que abi se reunirão. Como

deci-dir-se o espirito fascinado pelos encantos da

linda menina da cametia, pelo espirito da

mie-ressante moreuinha de vestido de seda

azul,

nelas graças tias duas irmãs de S. Chnslovao,

pela delicadeza da flor de

Niclheroy., e por

tantas outras fadas de seducçao que a nosa

cor-respondenle nos cita

¦% t

,

Os sócios do Club forão incansáveis em

prodi-galisar obséquios a todos

os seus convidados,

entre os quaes o Sr. Innocencio Rego,

como

de-monstração do geral reconhecimento lhes

din-^

giu um brinde em verso, que foi

enlhusiastica-mente applaudido e sinceraenlhusiastica-mente agradecido

peío presidente e membros

da sociedade, que

desse modo se mostrarão plenamente

compeu-sados de seus esforços.

Basta por hoje, minhas amigas. INo próximo

domingo vos entreierei com melhores noticias,

que espero ir pessoalmente

colher no passeio da

sociedade Recreio Marítimo. Até lá. p

#-

Atina*

M

JAMLLA.

PELA SR A. I). CAltOLITÍA COROTíADO.

(Continuado do

n. 27.)

VIII.

i

O que piWc uma tnâu

;~-ACd ei pendon casl,ellano.

llOMANCEUO.

Fm trinta hora&quc gastarão até aos arraiaes

de I). João, náodescauçou um momento a rainha

de Aragão, nenrdemorou o andar do seu corsel.

Como tomada de uma vertigem, galgava as

ser-ras sem dar mostser-ras de cançaço, sem exhalar

um suspiro. Quando chegou ao acampamento

estava horrivelmente nallida, e escorriào-lhc da

testa bagas de suor trio. Esteve um momento

inimovei junto do corsel, para conhecer se podia

andar, e

'logo

se apresentou ao rei.

Enlregai-me, meu filho, disse com voz

íinne, arrancada do fundo das entranhas.

Albu-querque é vossa ; empenho a minha palavra

real.

,•

D. Álvaro ia a responder por D. João; mas

D. Leonor interrompeu-o dizendo-lhe ao ouvido,

com voz temperada de indignação :

^Sereismestre de Santiago.

D. Pedro ao saber que lhe- reslituião ã liber-

tlade, quiz, informar-se dás condições com quê

a recobrava.

*

Em vez de lançar-se rios braços de sua mai,

recuou, e mirando-a severo, disse :

QuáéS são as condições ?

V."

As condições, replicou D. Leonor com

energia, as condições sào as que apraz a uma

niai impor, quamio se trata de salvar seu íilho.

Quem é que conhece o preço

da vida de um

(iliiÒ, e quem se atreve a avaliar o thesouro que

merece o seu resgate ? Quem terá o arrojo de

nos negar o direito de decidir esta questão?

Sou mais que rainha, D. Pedro, sou mãi. Não

vos rebellcis iuulihnente contra uma vontade

mais poderosa que a dos reis. Os vossos

eslor-ços quebrar-se-ião contra o meu coração. Já

não choro ; lagrimas infruetuosas tenho

derra-mado de sobra. Já não peço; mando. Quereis

sacrificar a vossa vida ao vosso orgulho, aos

vossos ódios... E eu não quero !... A própria

consciência é o meu único juiz. Quereis

mor-rert Quer. D. Henrique prolongar a guerra?

Direis que sim ? E'eu digo que não !,

Esia ultima palavra soltou-se-lhe do peito

coiwuim grito.

D. Pedro nada redarguiu.

Segui-nos, continuou a rainha travando-lhe

do braço.,,

•:

..

Sem mais demora dirigiu-se D. Leonor a

Al-buquerque, seguida de Boman, e conduzindo,

I)..Pedro como uin.prisioneiro, impossibilitado

moralmente de einprelieuto' a fuga.

O Mestre récclieu-os com assombro; mas D.

Leonor, sem dar-lhe tempo a rellectir, disse :

ResgalámtFS a cabeça de vosso irmão, e

como não temos um reino para dal-o em troca

ao generoso D. João, empenhamos a nossa real

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220

palavra de que Albuquer(|ue lhe seria

restiluidai

•Dilo isto, lomoii a rainha das mãos tio Homan

o estandarte castelhano, o |0 fez alçar uns

mu-ralhas, anles que 1). Henrique tivesse tempo de

se lhe oppór.

Assim terminou esta lucta que por

ires

anilòs se sustentara na Uxlroma<lura,.eom

gra-vos daninos de suas terras, c notável

menos-caho nas hostes de quatro reis inimigos. o<e

Caslella, O de Arjigao, O de Navarra, 0 0

de

Portugal. Porem, o proveito (pie trouxe a estes

reinos a pÉlz moinénlánefl, 1 *>¦ o

engrandeci-incuto de 1). Álvaro, (pie accrcsccnlou aos seus

títulos o de conde de Albuquerque e mestre de

Santiago.

V; em Caslella aonde a ambição consegue mais

facilmente alargar os seus vôos. Panou aquelle

niilhafre cm todas às (lirccçójjs, arrebatando as

palpitantes presas, que* com

serem lautas,

nunca forno bastantes para o larta»;,.,.(.) sangue

dos povos, vertido a jorros, i#:W mata

a

sede ; o ouro das minas nao collenta a sua

co-biça... Deixai a ave de rapina pairar lios ares,;

deixai que o válido apure \\ paciência popular...

Cairá; o quando isso acontecer nao haverá

corvo cm nd&fios campos, quo se não va ceyar

na carne nutrida com o sangue do tantos

no-inens.-.

*•

, i

Voltemos, porém, a Albuquerque. Ajustadas

as paz.es, dispunha-se Homan a deixar I).

Lco-nor; porém 1). Henrique disée-lho:

Terminou, valente manécbo, a nossa

des-avenca com o teu rei; cessarão por

consequeu-cia .08 honrosos motivos que

'te aparlavao de

nós. A nossa gratidão pelo serviço que

pres-Haste a minha amada mal, nâo tem limites, e

queremos dar-le um testemunho delia

lazcndo-le

- aeeoilar em nossa corte um dós mais dignos

cargos.

.

,

Senhor, respondeu o donzel; nada devo

acceitar porque o nào mereço, e porque nao

posso permanecer em vossa corte...

A rainha deseja fallar-tc, redarguiu o

mes-tre, querendo mostrar que nâo estava resolvido

a admitlir a escusa do cavalleiro; c

indican-do-lhe o aposento de 1). Leonor, 0 despediu.

A rainha eslava radiante de felicidade ; unha

salvado seu filho. Achava-se transformada com

o vivo carmim, de que a reaeção do cançaço lhe

rei ingira as faces, e que o manto de veludo

negro realçava, como a lua quando rompe,

ato-gneada dentre nuvens, presagio seguro de

tem-pestade.,

- ....

Nunca, disse D. Leonor, dando a beijar a

' mão ao cavalleiro, nunca p vejo alegre, Roman I

E!s desgraçado, meu íilíio í

A doçura com que â rainha proferiu estas

pa-lavras, comraoveu o donzel, que exclamou :

1

Nào, real senhora, não pode ser infeliz

aquelle a quem vós lallais com tal bondade^.

;-i Resolvemos que tu licasses em nossa corte,

continuou a rainha, mais animada.

V: impossível, replicou Homan, recuando.

IÍ' impossível!

Sim, real senhora,

Farei de couta que tenho ires lilhos.. Con-,

sklorur-lc-hoi coito irmão de ü. Henrique

e de

I). Pedro.

& impossível.

.

.-.¦•¦;

-

;

.

Tão tones laços le prendem a corle de

D. João?'Amas D. Ignez?

Vou abandonar a corte de D. João, e nunca

mais tomarei a vòr D. Ignez.

:,

-Eniáu para onde vais? acudiu a rainha,

levantando-se a'meio da poltrona.

Nào èflvi.

.

,

n

,,-Homan ! que myslerio e esse ? Nao

me-reco que me confieis os teus segredos 1

-Ahl perdoe-me V. M.; o meu segredo

deve morrer commigo.

<

Um raio de esperaiiça#enetrou na mente

da

rainha. Ama-la-fca elle ? obrigal-o-hia o seu

pundonor a fugir da sua presença

,

Homan, disse : este momento e mui

so-leume para ambos, falia ; amas outra mulher [

¦^ ^i,n« t

—Heceias oííendePà t

Já o sabe.

Já O sabe ?

Adivinha-o.

-Ah!...

A dama deixou-se cahir ua poltrona, como

re-cciando ler comprehendido de mais.

E queres fugir delia ?

Vou procural-a.

„,

.

Procuralra, bradou D. Leonor, fora de si,

erguendo-se; enlãó, aonde está ? quem e essa

mulher?

'

Não a conhece V. M.

Hasta, redarguiu D. Leonor com dignidade.

Sé feliz. Adeus!

Adeus, senhora.

'.

Ia*a sahir o donzel, quando ouviu o baque de

um corpo cahindo de chofre no chão; tornou

atraz, e viu a ráintía sem sentidos. Ao motim

.acudirão as damas, que a transportarão ao seu

leito. Homan esperou na ãfite-camara iroe ella

tornasse a si, e depois despediu-se dos inlanles,

e dirigiu-se aos arraiaes castelhanos.

Nada, nem o amor da formosa rainha,

tor-cera aqüellé coração de finíssimo aço,

tempe-rado do fogo què ardia no século XVI, equeja

em nossos tempos não tornará a arder. La

atra-vessa o Gébora moniadò' no negro çorsel... La

chega ao acampamento de D. João.

(Continua).

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ME^Hâ

SE O CÉO t JUSTO.'

Se o Céo c justo e pode

Dar prascr ao desgraçado;

Deve minorar o jugo

Dos que soíírem acerbo fado.

Deve levar aos aífiictos

Doce sigualde bonança;

Aos que soíírem em desespero

Deve levar a esperança.

Deve alivio dar aos males

Dos que soffrem desgraçados;

Deve alivio dar ás dores

De seus peitos lacerados.

,,_•¦

Deve susler a afllicção

Dos que soíírem penitentes;

Dos que são de ingratidões

Tristes hóstias innocentes :

— A justiça no Céo mora;

Justo o Céo deve de obrar:

Mais soífrer deixar não deve

Quem já soílVe agro penar.

Tem lambem poder em tudo;

E se é Omnipoteule,

Como pôde e quer,—se é justo

Que mais sotírá o

innoccnte

£

E' dever dc quem é justo

E de quem pódc,—affaslar

Todo o mal que sobre-venha

A quem não íoi-fo buscar.

•..•*

Evdever de quem é justo

E Omnipoteule, fazer

»

Que quem innoxio já

soííre

Mão venha mais a soííre\\

(..V/V;

E' dever punir os máos

Com bem justa punição;

E; dever salvar os bons

Dessa: horrível aíflicção:

E se o Céo é justo c pode

Dar prascr ao desgraçado,

For que não livra os humanos

Desse mal,- Amor chamado 1

W dever, se o Céo é justo

E potente, lenir dores

Que nos causão os

malefícios

Que nos faz solTrer

amores!

>'¦-?;.

Joscfon.

*

OSMWLLOÍ DA GUARDA.

Em um domingo do mea.de

agosto de 1SH

riiea das 10 horas da manhã,

umnenso povo se

• unia nei to dasgrades do Carrousel. ISà^oleao

ffiSar ao áio dia,

uma dessas magínficas

rev stàs «.ne eXcitavão sempre

a admiraçao-nm

a„ o boquiaberta dos Parisienses

Nes e M11

-«a curiosidade era tanto maior, quanto o In

-orador devãinspeceionar um

corpo novamente

l èado o do eJpiUos da Guarda;^

nmguem

tiuíuf'¦ chegado ciqrressamcnlc

de Versamos a

A for u a,qu« até então não

hav.a cosspfò*

fiwoSier Napoteão, tinha «atalaioidoso

sens desejos seis me/.es antes,

d

do-ho

herdeiro. Depois dc ler dado

a seu m° m

i

throno por berço, por louca uma

coroa real, e

nor boneco o sccplro de Carlos

Magno, reso veu

cercál~o de uma guarda que estivesse

em

nar-nonia con. a sua idade. Um grande

numero ce ,

soldados tinhão filhos ou sobrinhos

ainda muilo

jovens para entrar nos regimentos

ordinários:

nenhum delles ora bastante rico para

lazer as

desnezas de soa educação cm uma

escola militar,

e einlnn havia entre estes últimos

muitos

or-nhãos, porque a gloria tem sempre

seus

incon-venientes, e qualquer vicloria

«pie . lustre a

nação'/lança sempre o Uno em muitas

iamtlias.

óüõreudu; pois, que a Kne-vru i.cuaca85fi.|le

âi-num modo as desgraças inevitáveis .pie cila

cau-savã a estes meninos, Napoteão concebeu

a idea

tle lhes dar o (pie elles tinhão perdido.

~r*l*Oj

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nas fileiras do exercito que seus pais morrerão, disse elle, será o exercilo inteiro que lhes ser-virá de pai.

Por conseqüência, a 50, de março de 1811, tinha appareoido um decreto que ordenava a formação (le um K%iiiieiitò composto de dous balallioesdc seiâ companhias cada um, que seria denominado tios — Pupillos da Guarda. — Este corpo devia ser conservado no mesmo estado dos da joven guarda em tempo de paz, com a difle-reiíça de ser o soldo menor. Entre outras con-diçòes necessárias para ser admillido, era ne-cessa rio ser lilho, ou ao «menos sobrinho de algum militar morto em campo de batalha, e saber ler e escrever correctamenlc; ter esta-lura menor de cinco pés, e provar (pie se linha sido vaccinado. Dez annos completos ora o mi-nimo da idade necessária para ser admillido, e o máximo era dezescis annos. O uniforme compunha-se de farda preta com Ihêre amarello, shaho, polainas sob uma calça larga da mesma eór da farda. Só os olliciaes inferiores tinliáo direito de usar o sabre ; a espada era usada pelos ofüciaes. Os inferiores, como cabos dnes-quada, furrieis, primeiros e segundos sargentos, erão escolhidos no corpo por concurso c por <li-reito de antigüidade. Os oílieiaes,, desde alferes até coronel, erão nomeados pelo Imperador sob proposta do ministro da guerra. Regulamentos particulares devião rejef o corpo se elle nunca cnirasso em campanha. Eniíim, o decreto ter-minava declarando que nâo haveria granadei-ros. Esta cláusula parecia quasi um epigranuna, e poder-se-hia acerescentar, sem receio de ser desobedecido, (pie os bigodes nao serião de

rigor.

Eoi cm Yersailles que se orgauisou este re-gimenlo em miniatura. O bravo coionel Dardin leve esle conluiando ; e deu-se-lhe para major o chefe de batalhão Diubéts, A maior parte dos olliciaes forao escolhidos dentre os alumuos das escolas militares de St, Çyr e Eontainebleau. Esta bella pequena infantaria foi logo elevada a 4,000 homens. Mais tarde o imperador a aug-menlou de tal modo, que no linl do anno de lSlâ tinha elle oito batalíiôes de oito companhias cada um. Os Pupillos íinbão uni sub-iutcudenle ])articular, uma musica, pifanos, tambores, um lambor-mór, e até sapadores. Sómenie um sim-pies guião com as cores na ciou aos lhes servia de bandeira, porque um novo regimenlo só podia receber a aguiadas mãos do Imperador, e elle só a coucedia quando tinha sido merecida no campo de batalha.

Já os quatro regimentos da velha guarda cs-tavão formados em linha de batalha no palco das Tulherias, quando se viu com surpreza desfilar pelo posligo da Poulc-Real, e chegar em boa ordem um regimenlo de meninos, dos quaes o mais-velho linha apenas quatorze annos. Pela sua firmeza, pelo seu ar marcial, ler-se-os-íiia julgado vclhasm-tfpas, tal mia teoMilWMade que havia nos seus movimentos, e unidade na sua marcha. Parecia um dos cornos da velha guarda que aftrekavírrem arams; visto p^jffrvidrtfs maiores de urii binóculo, Vinha adiante um pé- í íotão de sapadons, pequenos íueninos com '

bonels de pello, cujos mentos juvenis, e cujos semblantes esperlos contrasta vão singularmente com o aspecto terrível que procura vão impor :• depois vinha um lambor-mór de cinco pés e duas

pòllegadai de altura, qifo quando passou por dianie dó seu collega da velha guarda, espécie de colosso, volveu o seu bastão por cima da sua cabeça çaiui extraordinária rapidez, como que para desaüal-o. lira elle seguido dos seus iam-bbros, qné loeaváo a [avorila, marcha da velha guarda, verdadeiro espelho fúnebre dos bala-lhoes russos e prussianos. Seguia-se a musica, que não linha bumbo, nem campainhas, porque nenhum dos oxcculaiítes leria força para carre-gar estes pesados instrumentos. Enilim, o grosso eslado-maior a cavallo, e todo o regimento em (leseauço (farinas, o seguia imiuedialamente.

Esles heróes nascentes forãn formar-se em linha de batalha em frente do primeiro regi-mento de granadeiros, cada um dos quaes não tinha menos de duas braças. AT vista desses me-ninos, os velhos soldados rirão-se e niolejárào ; mas batendo os tambores para annunciar a che-gada do litiperadórí lornárão-se todos mudos e

immoveis. Napoleão foi direito aos Pupillos, (pie tinhão aberto as suas fileiras; apeou-se, disse algumas palavras ao coronel Hardin , e acompanhado pelo estado-maior do regimenlo, começou a iuspecção.-De repente, segurando um cabo d7esqua(lra por uma orelha, e puxando-o dçcomento para si:'

Que idade tem, senhor lourinho ? pergun-tou-llie em tom quasi severo.

Meu Imperador, completei treze annos a °20 de março ultimo, dia do nascimento do rei de Roma.

Porque vos rieis quando eu (aliava ao vosso capitão ?

Senhor, era porque eu linha o prazer de vos ver.

—|E se eu le mandasse prender, chegando a Vorsailles, para le ensinar que um inferior não se deve rir na fileira, que dirias tu ?

Meu Imperador, eu diria que sou bem feliz, porque isso provaria (pie vós pensais em mim.

Esle ma rolo tem resposta para tudo, disse Napoleão com bondade, e continuou sua marcha. A um pequeno signal do major Dibbets, o cabo d^squadra entrou na íileira.

Terminada a sua inspecção, Napoleão mandou avançar os Pupillos alguns passos, e collocan-do-se entre elles e os seirs granadeiros:

Soldados da minha velha guarda, disse elle, eis aqui vossos filhos! Foi combatendo ao vosso lado que seus pais morrerão : vos lhes servireis de pais. Elles aeharáõ em vós exemplo e apoio. Sede seus unores! Imiiando-vos, elles serão bravos: ouvindo os Vossos conselhos, se lorna-ráõ os primeiros soldauvs do mundo! Eu lhes confiei a guarda de meu filho, como vos lenho confiado a minha,*.,ümi ^ilesj3.ada.:.receiarei por eiíe, assim como comvo^eo nada receio por mim. Peco-vos para elles amisade è pro» ' ção.

X esfrfs palavras s^mnio-se grandes gritos Viva o »• :e Roma |—< Com utn ..miq, Napo-Viva o Imperam»'

mie ?•••rtirào das íileira

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leão conteve este enlhusiasmo; depois, vollau-do-se para os PupiLos^:

— li vos, meus filhos, tomou elle com tom commovido, unindo-vos á minha guarda, impo-nho-vos um dever diílicil de cumprir; mas conto cornvosco, e espero que um dia se diga: — Estes lillios erão diguos de seus pais. &•

I

Ácclamações frenéticas responderão a este discurso, linmedíalaiucnie Napoleào deu ordem ao seu ajudante de campo, o conde de Lobau, <|ue mandasse desíilar, e os Pupillos, heróes da lesta, desíilárão a .parada em boa ordem e cor-rectaineute na frcíiie da velha guarda.

(Continua.)

BOLETIM MUSICAL

II;'1

'' ' '

Taivez tenhais estranhado, amáveis leitoras, que me tenha conservado em silencio por tanto tempo, podendo ler-vos olferecido todos os do-mingos algumas linhas sobre o objecto de que costumo oceupar-me nos meus toscos artigos: mas estôii cerla que vos seria desagradável ler noticias sem inleresse e sem novidade.^ Que vos serviria annunciar-vos eu a publicação de ai-gurna valsa ou romance, que os jornaes diários já annunciárào ? Que prazer podia eu causar-vos parlicipando-causar-vos que se comppz mais uma quadrilha á cusia de bellas harmonias, éstrppia-das, do Trovador ou de Anna Bolena. .lá vedes, pois, que tive rasão cm remetler-me ao si-lencio.

Agora, porém, apparcce-vos para vos noticiar alguma cousa de novo e de imporlanle. Não Vos apresento noticias de pouco inleresse, não; fal-lo-vos de um homem notável e depois vos falia-rei de toda a companhia lyrica.

Esse hbinem é o primeiro pianista hoje coube-cido no inundo; é Thalberg, que se acha entre nós. Quem desconhece esle nome? Pronuncial-o eqüivale a lãzer-se-lhe o seu elogio. Felicito o Rio de Janeiro por haver merecido a visila deste admirável talento, e ao seu particular amigo, o Sr. Ferranli, pelo prazer de havel-o recebido em sua casa. Ainda não tive occasião de vero Sr. Thalberg, mas dizem-me ser um disliuclo cavalheiro, cuja companhia é cheia de interesse e de apreço. Ágoira-se ao kisiguo artista o mais completo iriunipho no nosso paiz.

Quanto talento e quanto estudo é necessário a um homem para conquistar sobre todos os lio-meus a superioridade em qualquer ramo dos co-nhecimeníos humanos!!... .

No mesmo paquete em que veio o Sr. Thal-berg veio lambem a prima-dona Emmy La Grua, joyen e; linda moça, cujo talento a tenrtoruado notável, em poucos annos, na Europa. Veio ella acompanhada por seus pães, e disse-nos alguém ser ella. uma senhora de educação delicada e digita lie respeito. As boas noticias que a prece- . deraò fazem acreditar que a sua presença íio nòssoèlhealro lyrico lhe marcará uma época dis-liueia a par. das que .lhe- -tem assignalado as insig-nos aet-rizes Charlou e Sloilz./A primeira destas cantoras nTo£pe^erá,*;eerlamctTtTL, aj^slima e muilo api-eço que lhe tem conquistado o talento e p inereciiuenio real como cantora e coino ac-lr[z.' Tt "5fa. Stollz, uTTD o nosso publico já tantas vezes applaudio tVeneücamcute,

breve-m

mente se achará sobre o mesmo palco que lhe deu tão grandes Iriumphos;

Mais dous artistas, os Srs. Marolleli e Walter, o primeiro tenor e o segundo barylono,

chega-rão também a esta cidade, cuja população, bem prevenida a seu respeito\espera ouvil-os com

anciedade. v*

Brevemente subirá á scena a opera — Oihelo, na (piai debutará a Sra. La Grua. Algumas ou-iras operas serão lambem preparadas, conforme o repertório, das tres distinclas cantoras do nosso thealro.

O Sr. Porto, bem conhecido na Europa por sua especialidade sobre a direcção de theálros lyricos, veio lambem com esles artistas, e nos consta que no dia 10 do corrente,.tomará coma da administração do thealro Fluminense. Fal-lava a este bello estabelecimento um homem como o Sr. Porto, (pie soubesse tirar todo o par-lido possível de tão bons artistas cantores e sceuographo, como hoje existem.

Sabemos que dos artistas que hoje oncrão o thealro sem vantagem alguma, serão despedidos iodos aquelles que não servirem para a organí-saçào de duas companhias que trabalhem aller-nadamenie, acabando assim o inconveniente de obrigar os artistas a um trabalho forçado, que os prejudica e incommoda.

Sã segunda-feira passada, foi á scena a opera — Filha do Regimento ~-, em beneíicio da so-ciedade franceza de S. Vicente de Paulo. A Sra. Charlou, desempenhando a sua parle com o la-lento e gênio quo a distinguem, mostrou-se nesaa noite períeitanieiüè disposta de espirito para o caracter que representou. »

Eis aqui, minhas amigas, ias novidades que linha eu pára trausmiiiir-vos ; e, se para vós não são de verdadeira surpreza, porque osjor-naes diários já vos disserão alguma cousa a este respeito, concordareis 'todavia,4|ue vos informo de muitas cousas quo ainda ignoraveis, é que alé hoje muilo pouca gente as sabia.

E' piovavelquê lenha eu agora maleria sem-pre interessante para ser ruaS freqüente nestes artigos, <{ue vos serão apresentados (Porá em diante com mais regularidade.

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VARIIDADES

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X.»

Cincoenta annos depois.

„-,*

Uma festa de familia, que oíTereeia

circums-lancias hem raras, leve, logar ultimamente em

Pariz, em uma boa e; rica casa da calçada

d\Anlin. ; . .v;' ,

'• ¦_

(0 senhor e a senhora X... celebravao o

quin-quagesimo ahuiversario1 do seu casamento;

e o

que ha de notável é, que

todas as pessoas que

linhão tomado parte na solemnidade primitiva,

e assistido ao banquete das bodas, em 1805,

tornavão-se a encontrar no banquete de

comme-moração meia-secular em 1855.

~ <

,

O magistrado (marre), que deu a sancçao

legal

c civila este casamento, em uma pequena

ei-dade dos arredores (16 Pariz; o sacerdote que

benzeu .a união religiosa ; o labelliào que

redi-giu o contracto; as testemunhas que

assistirão

aos noivos, esta vão iodos ali, sobrevivendo a

esse meio-seculo. O pequeno rapaz, que tinha

tirado a liga da noiva, hoje coronel reformado,

era, ha sessenta annos, o mais moço da

compa-nhiã : mas, o que era sobretudo extraordinário,

era acharem-se* presentes o pai e a mãi do

ma-rido, e o pai e a mãi da mulher.

O Sr. X... casou-se na idade de vinte um

atínos; seu pai que se havia casado quasi com

a mesma idade, tem hoje noventa e quatro

annos. Era o decano dos convivas. O pai

da

Sra. X..., nonagenario, não tem senão noventa

e um annos. As duas mais são simples

octoge-narias de oitenta e sele e oitenta e oito annos.

Ao lado dos velhos, brilhava a mocidade. Havia

cinco gerações offerecendo essa diversidade de

estado e de fortuna, que se encontra ás vezes,

tão curiosa c tão notável, cm algumas famílias.

Orplmo e OrpMa.

Um periódico americano, conta o. como um

habitante de Kentuky achou-se em

eircumstan-cias de experimentar o casamento sob dous

as-pectos bem differentes.

Uma viúva immensamenle rica, bella ainda,

e apenas com uns trinta annos, sentindo-se

fa-ligada do mundo tinha resolvido, por não saber

em que passar o tempo, consagrar-se na solidão

da sua fazenda, á educação de ura orphão que

acabava de adoplar.

,.,'..

Cresceu o menino, tornou-se forte, dócil, ágil,

caçador intrépido, cavalleiro elegante,

gentle-~man espirituoso ede bellas maneiras; em uma

» ¦' i"/y~*-..L y^i ¦tr-/T\,tar svu (Cf *>ÒN Ç/»..(M pv.vv

i

palavra, era na idade de 19 annos, lão

encan-lador, tão seduclor, que a viuva sentiu pouco a

ppuco renascer no seu coração, rosfriado por

(juarenla e ires outonos, uma faisca daquel.lô

fogo divino que ella julgava ter lão bem abafado

por lantos annos de isolamento, amou-o e

ca-sárão-sc.

Mas, em contrario a phrase usada, se forão

felizes não tiverão filhos; e depois de alguns

annós de casados, resolverão adoplar uma gentil

rapariguinha, que ultimamente tinha tirado

or-phã em uma cabana de linhadores da visinhança.

O anno passado morreu a senhora na idade de

sessenta e dous annos; o marido (pie ella deixou

para chorar sobre o seu túmulo, ficou com trinta

e sete : nesta idade, ha ainda poucas dores, que

achem o homem inconsolavel. Quando lançou os

olhos cm torno de si para escolher uma segunda

companheira, a primeira pessoa em (pie pensou,

foi sua filha adoptiva, estadia, bella, scducloro,

com lindos dezoito annos. Para que ir mais

longe ? Conliecião-sc um ao outro ; não havia

entre elles

uma mui grande disparidade de

idade ; elle era rico, ella pobre; e lambem na

verdade, a duo chorarião melhor-a defuncla :

teve portanto logar o noivado nos primeiros dias

deste anno.

CHARADA.

Feita por uma senhora, ao saber que o amigo

de seu marido, o Illm. Sr. U. destribuia cerios

cartões de visita enfeitados com botões de flor

do Ia range ira.

Duvido que cousa boa

Seja por mim praticada,

1

Duvido que quem me faz

Tenha a boca socegada.

i

Peregrino? Coitadinho

Que faz elle na chegada ?..

Qal sou eu, de seus encantos

Foi lambem elle oíTuseado

Eu morro por imprudente

Elle vive deslumbrado.

Um brilho me deslumbrou'

Amor porém o prendeu

Ambos fomos fascinados

Seu destino é.eomo o meu.

<*

P. de L.

»ii.«. M^innMmliiMiilf ¦

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'iirLá» 'A ¦ ¦¦•

(&$) cí:.f'J *-3—

Acompanha este n.° 28 uma estampa com figurinos de passeio e de estar em casa.

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Jornãldas Senloras, uüa DO Cano^..TG?,;

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