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Cobertura verde e uso de resíduo orgânico em Lafoensia pacari A.St.- Hil.

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Recebido para publicação em 22/01/2007 Aceito para publicação em 28/02/2008

Cobertura verde e uso de resíduo orgânico em Lafoensia pacari A.St.- Hil.

SANTOS, L.W.1; COELHO, M.F.B.2

1Prof. MSc, Instituto Universitário do Araguaia, Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia-MT,

CEP:78698000, e-mail:laerwan@cpd.ufmt.br. 2Profa DS, UFERSA, Mossoró-RN, email:coelhomfstrela@gmail.com

RESUMO: Este trabalho teve o objetivo de avaliar o uso da cobertura do solo com adubo verde e resíduo orgânico sobre a produção da mangava brava (Lafoensia pacari A. St.-Hil.) no Pontal do Araguaia-MT. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, no esquema de parcelas subdivididas, com cinco repetições. Nas parcelas, foram distribuídos três tratamentos: sem cobertura verde; cobertura verde com mucuna preta [Mucuna aterrima (Piper & Tracy) Holland] e cobertura verde com feijão de porco [Canavalia ensiformis (L.) DC.]. As sub-parcelas foram assim constituídas: sem adubação no plantio, com 5 kg de esterco de gado por cova e com 0,3 kg de torta de mamona no plantio. Verificou-se que as plantas que foram submetidas à adubação com esterco bovino apresentaram o maior desenvolvimento em altura, diâmetro, número de folhas, número de ramos e brotações, em todos os tipos de cobertura verde aplicados, principalmente com feijão de porco.

Palavras-chave: plantas medicinais, mangava brava, adubação orgânica

ABSTRACT: Green and organic residue fertilization in Lafoensia pacari A. St.- Hil. This work aimed at evaluating the effect of soil covering with green fertilizer and organic residue on the production of “mangava brava” (Lafoensia pacari A. St.-Hil.) in Pontal do Araguaia, Mato Grosso State, Brazil. Experimental design was completely randomized, in subplot arrangement, with five replicates. Plots were divided into three treatments: without green fertilization; green fertilization with velvet bean [Mucuna aterrima (Piper & Tracy) Holland]; and green fertilization with jack bean [Canavalia ensiformis (L.) DC.]. Subplots consisted of: no fertilization at planting; 5 kg cattle manure per planting hole; and 0.3 kg castor bean presscake at planting. Plants subjected to cattle manure fertilization had higher height and diameter, and larger number of leaves, branches and sproutings with all tested green fertilization types, mainly that including jack bean.

Key words: medicinal plants, “mangava brava”, organic fertilization

INTRODUÇÃO

A Lafoensia pacari A. St.-Hil (Lythraceae) é conhecida popularmente como mangava brava, dedal e pacari (Carvalho, 1994; Proença et al., 2000). É uma árvore de fitofisionomia de Cerrado (sensu stricto), cerradão, mata ciliar, mata seca (Mendonça et al.,1998; Silva Júnior, 2005) e florestas de altitude (Lorenzi, 1992), estando presente em vários estados brasileiros (Carvalho, 1994; Proença et al., 2000). Em Goiás e Mato Grosso, a espécie é utilizada como planta medicinal para emagrecimento, tratamento de coceiras, feridas, dores de estômago (Tonello, 1997), úlceras (Sartori, 1997; Tonello, 1997; Tamashiro Filho, 1999; Solon, 1999; Silva Júnior, 2005) e como

anti-inflamatória (Tonello, 1997; Rogério, 2002; Solon et al., 2000), cicatrizante (Guarim Neto, 1987; Proença et al., 2000; Silva Júnior, 2005), antifúngica e bactericida (Lima, 1999; Souza et al., 2002).

A demanda crescente, o intenso extrativismo e as constantes queimadas do Cerrado vêm paulatinamente inserindo diversas espécies medicinais, inclusive mangava brava, na categoria de plantas vulneráveis, ou seja, aquelas com probabilidade de passar à categoria de espécie em perigo de extinção (Fachim & Guarim, 1995). É necessário, portanto, assegurar a conservação desse importante recurso genético. Embora a conservação

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in situ seja o tipo mais adequado para populações perenes naturais, esta deve ser complementada pela conservação ex situ.

A elevação nos preços dos insumos básicos, principalmente dos fertilizantes dependentes de petróleo, associada à queda na produtividade das culturas, decorrente do mau uso do solo, evidencia a necessidade de se buscar alternativas que ofereçam possibilidades de aumento da fertilidade, como forma de melhorar os recursos naturais, sem onerar a produção (Arf et al., 2000). Nos solos agrícolas, a matéria orgânica pode e deve ser conservada, em parte, mediante o uso de esterco bovino, compostos, adubos verdes ou tortas, funcionando como um armazém de nutrientes da planta, liberando-os gradualmente para o uso da cultura e melhorando as propriedades físicas do solo. Como resultado, tem-se maior capacidade de armazenamento de água, menor erosão e lavagem, menor formação de crostas

e blocos e melhor condição para o desenvolvimento e o funcionamento das raízes (Malavolta, 1979).

O presente trabalho teve por objetivo avaliar o desenvolvimento das plantas de mangava brava em condições de cultivo sem ou com o uso de resíduo orgânico ou adubo verde.

MATERIAL E MÉTODO

O plantio foi realizado no Campus do Instituto Universitário do Araguaia-UFMT, localizado no Pontal do Araguaia-MT, Rodovia MT-100, km 3,5, nas coordenadas geográficas 15º 55' 08”S e 52º 16’ 44”W, com altitude de 356 m, em área de vegetação caracterizada como Cerrado (sensu stricto) em diferentes estágios de degradação. O solo é do tipo Neossolo Quartzarênico Órtico típico, conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa, 2005), cujas análises químicas encontram-se nas Tabelas 1 e 2.

TABELA 1. Características químicas e físicas do solo, Neossolo Quartzarênico Órtico típico, na profundidade de 0-20 cm, antes da cobertura verde.

SB = Soma de Bases (Ca + Mg + K); TpH 7,0 = SB +H+ Al; V% = TpH 7,0/SB x 100 Fonte: Laboratório da FAMEV-UFMT. TABELA 2. Características químicas e físicas do solo, Neossolo Quartzarênico Órtico típico, na profundidade de 0-20 cm, quatro meses após a capina das leguminosas usadas como cobertura verde.

Fonte: Laboratório Agro Análise (Cuiabá-MT).

A precipitação e as temperaturas máximas, médias e mínimas estão apresentadas na Figura 1. A precipitação média durante o período de estudo foi de 1586,0 mm em 2004 e 1393,1 mm em 2005.

Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, no esquema de parcelas subdivididas, com cinco repetições. Nas parcelas, foram distribuídos três tratamentos: sem cobertura verde; cobertura verde com mucuna preta [Mucuna aterrima (Piper & Tracy) Holland] e cobertura verde com feijão de porco [Canavalia ensiformis (L.) DC.]. As sub-parcelas foram assim constituídas: sem adubação no plantio, com 5 kg de esterco de gado

por cova e com 0,3 kg de torta de mamona, no plantio. As mudas da mangava brava foram produzidas em viveiro, com sementes coletadas em setembro de 2004. O plantio na área experimental foi efetuado em janeiro de 2005, quando as plântulas estavam com três meses de idade, 4-9 cm de altura e 8-12 folhas, período esse de maior intensidade de chuvas (Figura 1). Foram plantadas 1350 mudas, no espaçamento de 1 m entre linhas e entre plantas. Aquelas que não sobreviveram foram substituídas até 30 dias após o plantio. Foram realizadas capinas a cada 60 dias e irrigação, no período mais seco, maio a outubro, durante o desenvolvimento das plantas, em 2005.

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A área experimental permaneceu com a vegetação invasora até o plantio das leguminosas: mucuna preta, Mucuna aterrima (Piper & Tracy) Holland, e feijão de porco, Canavalia ensiformis (L.) DC., utilizadas na cobertura verde. O espaçamento para a semeadura das leguminosas foram de 50 cm entre linhas e 20 cm entre covas, com uma semente por cova, na profundidade de 4-5 cm. Após o plantio, a área foi irrigada com mangueiras perfuradas. A cada 30 dias, a área foi carpida para a retirada das plantas invasoras.

As dimensões das covas nos tratamentos com esterco e torta de mamona foram de 30 x 30 x 30 cm, enquanto para as plântulas testemunhas foram as mesmas dos tubetes usados na produção das mudas (3,0 x 13,0 cm). As sementes da mucuna e do feijão de porco foram semeadas no final do mês de abril de 2004 e a capina foi realizada no final do mês de agosto, 140 dias após o semeio, para a incorporação no período chuvoso (outubro a abril).

Em cada parcela, com dez plantas, foram observados, na área experimental: estande inicial, por meio de contagem, em cada parcela, das plantas com um mês e estande final, por meio de contagem das plantas no encerramento do experimento. A cada trinta dias foram mensurados e/ou quantificados para cada indivíduo o diâmetro do colo, altura da planta, número de folhas; número de ramificações; número de brotações e número de folhas caídas (obtido pela diferença da leitura anterior).

As análises dos dados foram feitas empregando-se o programa SAEG - Sistema Para

FIGURA 1. Dados pluviométricos e de temperaturas em Pontal do Araguaia-MT, 2004/2005. Fonte: 10o Disme/Min.

Agricultura (Estação-83368).

Análises Estatísticas e Genéticas (Ribeiro Júnior, 2001), obtendo-se análise de variância e teste de Tukey, até 5% de probabilidade.

RESULTADO E DISCUSSÃO

A germinação da mangava brava iniciou-se no 3o dia e aos 16 dias, já era de 85%, bem mais precoce

do que relata Carvalho (1994) e Silva Júnior (2005). Nos tratamentos com e sem cobertura verde, verificou-se que o diâmetro do coleto apresentou o mesmo padrão de crescimento ao longo de um ano (Figura 2 e Tabela 3).

No período de janeiro a maio houve pouca variação entre os tratamentos de adubação no plantio, mas a partir de junho a adição de esterco proporcionou os maiores valores de diâmetro.

Em condições naturais, possivelmente o comportamento das plantas seria diferente, pois nos meses de maio a setembro não houve precipitação na região de estudo. Entretanto, no presente trabalho, a irrigação foi efetuada no período de seca (Figura 1), favorecendo, portanto, o crescimento da espécie.

As plantas da mangava brava apresentaram desenvolvimento médio em altura variando de 52,5 a 181,0 cm. As maiores alturas ocorreram de setembro a dezembro, coincidindo com o período das chuvas, nas plantas que receberam cobertura verde com feijão de porco e esterco bovino no plantio (Figura 2E e Tabela 4). Verificou-se, por outro lado, que aquelas que não receberam adubação no plantio foram as que tiveram as menores taxas de crescimento (Figuras 2D a F).

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FIGURA 2. Variação do diâmetro do coleto e da altura das plantas de mangava brava cultivadas sem cobertura verde (A e D), com feijão de porco (B e E) e com mucuna preta (C e F). Cada ponto representa a média de 10 plantas avaliadas ao longo de um ano.

TABELA 3. Diâmetro médio do coleto das plantas de mangava brava, com um ano de cultivo, com e sem adubação orgânica, em Pontal do Araguaia-MT, 2005.

TABELA 4. Altura média das plantas de mangava brava, com um ano de cultivo, com e sem adubação orgânica, em Pontal do Araguaia-MT, 2005.

*Letras minúsculas comparam médias dentro da linha e as maiúsculas, dentro das colunas, pelo teste de Tukey a 5%. O número médio de ramos apresentou pouca

variação em todos os tratamentos (Tabela 5). A maior variação ocorreu nas plantas cultivadas com cobertura verde que receberam esterco no plantio (Figura 3B e 3C). A cobertura verde com feijão de porco, antes da aplicação de esterco no plantio, favoreceu o

aumento médio de ramos das plantas (Figura 3B). O feijão de porco melhora as características químicas em solos arenosos, com baixa capacidade de retenção de nutrientes, pobres em matéria orgânica, conseqüentemente, deficientes em N, aumentando os teores de MO, do Ca trocável e o valor da CTC na

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TABELA 6. Número médio de brotações das plantas de mangava brava, com um ano de cultivo, com e sem adubação orgânica, em Pontal do Araguaia-MT, 2005.

* Letras minúsculas comparam médias dentro da linha e as maiúsculas, dentro das colunas, pelo teste de Tukey a 5%. Os dados foram transformados em raiz (X+0,5) antes da análise de variância.

TABELA 5. Número médio de ramos das plantas de mangava brava, com um ano de cultivo, com e sem adubação orgânica, em Pontal do Araguaia-MT, 2005.

* Letras minúsculas comparam médias dentro da linha e as

maiúsculas, dentro das colunas, pelo teste de Tukey a 5%. Os dados foram transformados em raiz (X+0,5) antes da análise de variância.

TABELA 7. Número médio de folhas das plantas da mangava brava, com um ano de cultivo, com e sem adubação orgânica, em Pontal do Araguaia-MT, 2005.

*Letras minúsculas comparam médias dentro da linha e as maiúsculas, dentro das colunas, pelo teste de Tukey a 5%. Os dados foram transformados em raiz (X+0,5) antes da análise de variância.

camada de 0-10 cm de profundidade (Faria et al., 2004), resultando, de acordo com Heinrichs et al. (2005), em acúmulo de macronutrientes.

A cobertura verde com mucuna preta também favoreceu o aumento do número médio de ramos das plantas de mangava brava, quando elas receberam incremento de esterco bovino no plantio (Figura 3C). A leguminosa promove aumento da produção de fitomassa seca e da absorção de N, P e Ca (Rodrigues Filho et al., 1996; Ambrosano et al., 2003; Scivittaro et al., 2004), nutrientes importantes na emissão de ramos e brotos.

A mucuna não apresentou floração aos 140 dias após o plantio, não completando assim, o seu ciclo, o que pode ter comprometido a produção de fitomassa, refletindo em menor efeito sobre as plantas da mangava brava, em relação às plantas sob cobertura com feijão de porco. Por outro lado, o feijão de porco apresentou floração aos 72 dias após o plantio. A relação C/N dessa leguminosa foi maior do que a da mucuna preta (Tabela 2), indicando maior disponibilização de nutrientes pelo feijão de porco. Além desses indicadores, o maior desenvolvimento das plantas da mangava brava, sob cobertura com feijão de porco pode ter ocorrido em função do fato de essa espécie apresentar maior agressividade, ter um sistema radicular mais desenvolvido e ser menos exigente, produzindo mais fitomassa e disponibilizando mais nutrientes do que a mucuna.

O número médio de brotações (ramificações novas) também apresentou pouca variação em todos os tratamentos realizados (Tabela 6 e Figura 3). O maior número de brotações foi verificado no período chuvoso, de outubro a dezembro (Figura 1).

O maior número de folhas (Figura 4), 259 a 302 folhas, em média, foi registrado no início da estação das chuvas, de outubro a dezembro (Figura 1), nas plantas da mangava brava que receberam

esterco bovino no plantio (Tabela 7). Esses resultados corroboram os de Malavolta (1979) e Ming (1998) que relatam que o esterco bovino melhora as condições para o desenvolvimento e funcionamento das raízes, promovendo grande resposta em crescimento vegetativo. A queda de folhas não foi significativamente diferente entre os tratamentos utilizados (Figura 4). Como os ramos da mangava brava são flexíves, ocasionaram a maior intensidade de queda de folhas nos meses de setembro a outubro em função da ação dos ventos que antecedem o período chuvoso.

Os maiores valores de altura, diâmetro, número de folhas, de ramos e de brotações ocorreram aos doze meses após o plantio, quando se aplicou esterco bovino no plantio, independentemente da cobertura verde. Em Campo Novo dos Parecis-MT, Paula (2003) conduziu um experimento durante 13 meses com plantas de mangava brava plantadas em

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FIGURA 3. Número de ramificações e de brotações de mangava brava, cultivada sem cobertura verde (A e D), com feijão de porco (B e E) e com mucuna preta (C e F). Cada ponto representa a média de 10 plantas avaliadas ao longo de um ano.

TABELA 8. Características químicas da torta de mamona, utilizada na adubação de mangava brava. diferentes épocas, submetidas à adubação orgânica

com esterco bovino, e concluiu que a incorporação do resíduo no solo resultou em melhoria da cultura quanto ao desenvolvimento em altura, ao número de folhas e ao diâmetro à altura do solo, independentemente da época de plantio.

O uso da torta de mamona não favoreceu o desenvolvimento das plantas, em nenhum dos tratamentos utilizados com cobertura verde; porém, foi melhor do que o tratamento sem adubação no plantio (Tabelas 4 a 7). Segundo Severino et al. (2004), a decomposição da torta de mamona é muito mais rápida que a do esterco bovino; ao final de 33 dias de incubação, apresenta mineralização de 35 mg kg-1

de CO2 enquanto que no esterco bovino esse valor é de apenas 5 mg kg-1 de CO

2.

Severino et al. (2004) explicam que, se os nutrientes forem imediatamente disponibilizados no solo, podem ser perdidos por volatilização (nitrogênio), fixação (fósforo) ou lixiviação (potássio). A rápida decomposição ocorre devido aos altos teores de nitrogênio, fósforo e potássio presentes na torta (Tabela 8), além de se ter submetido o material a condições ótimas para a atividade microbiana, ou seja, alta umidade, boa aeração e temperatura em torno de 28ºC. Essas condições são semelhantes às verificadas na área experimental onde foram cultivadas as plantas de mangava brava, em Pontal do Araguaia-MT.

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FIGURA 4. Número de folhas na planta e número de folhas caídas de mangava brava, cultivada sem cobertura verde (A e D), com feijão de porco (B e E) e com mucuna preta (C e F). Cada ponto representa a média de 10 plantas avaliadas ao longo de um ano.

Por outro lado, o esterco bovino melhora os aspectos químicos, físicos e biológicos do solo (Ming, 1998; Malavolta, 1979), aumenta a estabilidade de agregados e a retenção de água, favorecendo a disponibilização dos nutrientes de forma mais lenta que a torta, (Malavolta, 1979; Severino et al., 2004). Tais características permitiram o melhor desenvolvimento de mangava brava.

Embora a espécie ocorra em solos ácidos, com pH entre 4,5 e 5,5, de textura variando de franco-argilosa a franco-argilosa, com teor de matéria orgânica de médio a baixo e com carência generalizada de nutrientes como o fósforo e o nitrogênio, além de apresentar com freqüência, altas taxas de alumínio (Ribeiro & Walter, 1998), essa espécie, em experimentos, tem se desenvolvido melhor nos solos de boa fertilidade, bem drenados e com textura argilosa (Carvalho, 1994).

CONCLUSÃO

Lafoensia pacari A.St.-Hil. é uma espécie de fácil propagação por semente, a germinação é rápida e elevada.

A espécie responde bem à adubação com esterco bovino, independente da adubação verde.

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