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FUNDIESTAMO Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.

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(1)

REGULAMENTO DE GESTÃO

FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO

ESTAMO

(em liquidação)

CÓDIGO ISIN PTYFULIE0004

FUNDIESTAMO

Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.

A autorização do presente organismo de investimento coletivo pela CMVM baseia-se

em critérios de legalidade, não envolvendo por parte desta qualquer garantia ou

responsabilidade quanto à suficiência, à veracidade, à objetividade ou à atualidade da

informação prestada pela entidade responsável pela gestão no regulamento de gestão,

nem qualquer juízo sobre a qualidade dos valores que integram o património do

organismo de investimento coletivo.

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2

O presente Regulamento de Gestão encontra-se atualizado por referência a 15 de maio

de 2017.

CAPÍTULO I

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O OIC, A ENTIDADE RESPONSÁVEL

PELA GESTÃO E OUTRAS ENTIDADES

1. O OIC

a) A denominação do organismo de investimento coletivo é Fundo de Investimento Imobiliário Fechado ESTAMO, (adiante designado abreviadamente por “Fundo”). b) O Fundo constitui-se como fundo de investimento imobiliário fechado de subscrição

particular e distribuição parcial, de acordo com a legislação aplicável.

c) O Fundo foi autorizado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (adiante designada abreviadamente por “CMVM”) em 18 de novembro de 2005, tendo a duração inicial de cinco anos, contados a partir da data da sua constituição, que ocorreu em 16 de Janeiro de 2006, prorrogável por períodos subsequentes de três anos desde que deliberada em Assembleia de Participantes e obtida a autorização da CMVM.

d) Por deliberação da Assembleia Geral de Participantes de 14 de janeiro de 2014, tomada nos termos alínea e) do número 20 do Regulamento de Gestão, a duração do Fundo foi prorrogado por um segundo período de três anos, contado este a partir de 16 de janeiro de 2014. O fundo entrou em liquidação no dia 16 de Janeiro de 2017, pelo decurso do prazo da segunda prorrogação.

e) Este regulamento de gestão foi atualizado pela última vez em 21 de dezembro de 2016. f) À data da última atualização do presente Regulamento de Gestão, o Fundo tinha dois

Participantes.

2. A Entidade Responsável pela Gestão

a) O Fundo é gerido pela Fundiestamo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., com sede em Lisboa, na Av. Defensores de Chaves, nº6, 3º, 1049-063 Lisboa, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o n.º 505 091 500 (adiante designada abreviadamente por “Sociedade Gestora”).

b) A Sociedade Gestora é uma sociedade anónima, cujo capital social inteiramente realizado é de um milhão de euros é detido sua totalidade pela Parpública – Participações Públicas, (SGPS), S.A..

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c) A Sociedade Gestora constituiu-se pelo Decreto – Lei nº 209/2000, de 2 de setembro, e encontra-se registada na CMVM como intermediário financeiro autorizado desde, 28 de setembro de 2006, sob o nº 317.

d) O Fundo é administrado por conta e no interesse exclusivo dos Participantes, em ordem à maximização dos valores das participações e do seu património líquido. A política de aplicações do Fundo será norteada por princípios que permitam assegurar uma correta diversificação de riscos, rentabilidade e liquidez.

e) Como responsável pela administração do Fundo, compete nomeadamente à Sociedade Gestora adquirir, construir, arrendar, transacionar e valorizar bens imóveis, e comprar, vender, subscrever, trocar ou reportar quaisquer valores mobiliários, salvas as restrições impostas por lei e por este Regulamento de Gestão, e bem assim praticar os demais atos necessários à correta administração e desenvolvimento do Fundo.

f) Em observância da política de investimento estabelecida, compete à Sociedade Gestora selecionar os valores que devem constituir o Fundo e emitir ou dar instruções à entidade que desempenhará as funções de depositário para que esta efetue as operações adequadas à prossecução de tal política.

g) Em particular, compete à Sociedade Gestora:

a. Selecionar os valores que devem integrar o património do Fundo nomeadamente decidir quanto às aplicações em instrumentos financeiros autorizados e no mercado de bens imóveis de acordo com os condicionalismos legais;

b. Celebrar os negócios jurídicos e realizar todas as operações necessárias à execução da política de investimentos e exercer os direitos diretos e indiretamente relacionados com os valores do Fundo;

c. Emitir, em ligação com a entidade depositária do Fundo as respetivas unidades de participação e, nos casos em que tal seja possível, autorizar o seu reembolso; d. Determinar nos termos legais, o valor patrimonial do Fundo e das respetivas

unidades de participação e dá-lo a conhecer aos Participantes e ao público em geral de acordo com os condicionalismos legais;

e. Tomar as decisões necessárias no âmbito da política de distribuição de resultados do Fundo e efetuar as operações adequadas à respetiva execução;

f. Deliberar, de forma fundamentada e atentas as limitações legais, acerca da obtenção de empréstimos por conta do Fundo;

g. Dar cumprimento aos deveres de informação estabelecidos por lei e por este Regulamento de Gestão;

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h. Manter em ordem as contas do Fundo e nomeadamente preparar e divulgar anualmente um relatório da atividade e das contas do Fundo;

i. Assegurar as relações contratuais estabelecidas com o depositário e com os Participantes;

j. Controlar e supervisionar as atividades inerentes à gestão dos ativos do Fundo, nomeadamente o desenvolvimento dos projetos objeto de promoção imobiliária nas suas respetivas fases.

h) No exercício das suas atribuições, a Sociedade Gestora observará os condicionalismos legais em vigor, nomeadamente os que se referem às operações especialmente vedadas, e adotará a prudência requerida para defesa e promoção do Fundo e dos Participantes. i) Os Órgãos Sociais bem como os elementos que os constituem, são os seguintes:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Dr. João Manuel de Castro Plácido Pires Secretário: Dr. Eduardo Manuel da Silva Lima

Conselho de Administração

Presidente com funções executivas: Alberto Afonso Souto de Miranda

Vogal, com funções executivas: Dra. Maria dos Anjos de Melo Machado Nunes Capote

Vogal, com funções não executivas: Arq. Ana Cláudia da Costa Pinho

Fiscal Único

Alves da Cunha, A. Dias e Associados, SROC

Fiscal Único Suplente

José Duarte Assunção Dias, SROC.

O Dr. Alberto Afonso Souto de Miranda não exerce qualquer atividade profissional fora da sociedade gestora;

A Dra. Maria dos Anjos de Melo Machado Nunes Capote exerce o cargo de Vogal não executiva do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, S.A.;

A Arq. Ana Cláudia da Costa Pinho não exerce qualquer atividade profissional fora da sociedade gestora.

j) Não existem comités consultivos ou de investimentos em relação a este Fundo. k) Fundos de Investimento geridos pela Sociedade Gestora em 31 de dezembro de 2016:

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Denominação Tipo Política de Investimento

V.L.G.F. (€) Nº. Participantes

Imopoupança Especial Aberto 1 30 768 560 - 711 (classe A - Capitalização) 429 (classe A

-Rendimento) - 318 – classe B) Fundiestamo I Especial Fechado

de Subscrição Pública

2

145 283 366 1.127

Total Fundos 1 Aberto e 1 Fechado de Subscrição Pública

1 Constitui a política privilegiada de investimento deste fundo a aquisição de imóveis que se destinem prioritariamente a ser arrendados ou sujeitos a outras formas de exploração onerosa, ao Estado ou a outros entes públicos. 2 Constitui a política privilegiada de investimento deste fundo a aquisição de prédios urbanos para arrendamento maioritariamente ao Estado e a outros entes públicos (podendo também esporadicamente contratar-se outras formas de exploração menos onerosa com estas entidades) e em termos residuais a compra e venda para realização de mais-valias e desenvolvimento de projetos de construção para

arrendamento de imóveis.

3. As Entidades Subcontratadas

A Sociedade Gestora contratará a Fundger – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., para prestação de serviços de contabilidade ao Fundo, incluindo para a determinação do valor das respetivas unidades de participação.

4. O Depositário

a) O depositário dos ativos do Fundo é a Caixa Geral de Depósitos, S.A., com sede na Av. João XXI, 63, em Lisboa, (adiante designada abreviadamente por “Depositário”) e encontra-se registado na CMVM como intermediário financeiro desde 29 de julho de 1991.

b) O Depositário desempenhará as respetivas funções, nos termos das disposições contratuais acordadas com a Sociedade Gestora competindo-lhe especialmente:

a. Receber em depósito ou inscrever em registo os valores mobiliários detidos pelo Fundo, consoante sejam titulados ou escriturais;

b. Efetuar todas as operações de compra e venda de títulos, de cobrança de juros e dividendos por eles produzidos e as relativas ao exercício dos direitos de subscrição e opção;

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6

c. Aceitar e satisfazer os pedidos de subscrição, inscrevendo na conta de títulos dos Participantes, contra o efetivo recebimento da importância correspondente ao preço de emissão, as unidades de participação subscritas;

d. Ter em dia a relação cronológica de todas as operações realizadas e elaborar trimestralmente o inventário discriminado do valor do Fundo;

e. Assumir uma função de vigilância e garantir perante os Participantes o cumprimento da lei e do Regulamento de Gestão, especialmente no que se refere à política de investimentos e ao cálculo do valor patrimonial das unidades de participação;

f. Pagar aos Participantes a sua quota-parte dos resultados do Fundo;

g. Assegurar que a venda, a emissão, o reembolso e a anulação das unidades de participação sejam efetuados de acordo com a lei e o Regulamento de Gestão; h. Assegurar que o cálculo do valor patrimonial do Fundo e das respetivas unidades

de participação se efetue de acordo com a lei e o Regulamento de Gestão;

i. Executar as instruções da Sociedade Gestora, salvo se forem contrárias à lei ou ao Regulamento de Gestão;

j. Assegurar que, nas operações relativas aos valores que integram o Fundo, a contrapartida lhe seja entregue nos prazos conformes à prática do mercado;

k. Assegurar que os rendimentos do Fundo sejam aplicados em conformidade com a lei e o Regulamento de Gestão.

c) A Sociedade Gestora e o Depositário, no exercício das suas funções, devem agir de modo independente e no exclusivo interesse dos participantes.

d) O Depositário responde perante a Sociedade Gestora e perante os participantes pelo cumprimento das obrigações assumidas nos termos da lei e do Regulamento de Gestão. e) O incumprimento pelo Depositário dos deveres que para si resultam do presente

Regulamento de Gestão, das leis e regulamentos aplicáveis, poderá acarretar a substituição do mesmo por iniciativa da Sociedade Gestora, mediante autorização da CMVM.

5. As Entidades Comercializadoras

As unidades de participação do Fundo são colocadas junto dos investidores

exclusivamente pela Sociedade Gestora.

6. Os Peritos Avaliadores de Imóveis

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Peritos Avaliadores de Imóveis N.º de Registo junto da CMVM

Eng. Nuno Maria Leite Carvalho Azevedo Mendes

AVFII/04/022

Eng. Vítor Manuel Louro Rodrigues AVFII/04/012 Value Thinking -Avaliação e Consultoria

Imobiliária, Lda.

AVFII/05/004

REVC - Real Estate Valuers and Consultants, Lda.

AVFII/13/102

Eng. Luís Manuel Matafome Lourenço Ferreira AVFII/04/015 Eng. João Manuel Esteves de Sousa das Neves

Carneiro

AVFII/04/014

Eng. António Manuel Nunes do Valle AVFII/03/046 Aguirre Newman Portugal – Mediação

Imobiliária, Unipessoal, Lda.

AVFII/06/004

CPU – Consultores de Avaliação, Lda. AVFII/03/014 Engivalor – Consultoria e Avaliações de

Engenharia, Lda.

AVFII/03/047

UON Consulting, SA /ex Luso Roux) AVFII/03/023 Benege – Serviços de Engenharia e Avaliação,

Lda.

AVFII/03/006

PVW – Price, Value & Worth, Lda. AVFII/03/050 American Appraisal – Consultores de Avaliação,

Unipessoal, Lda.

AVFII/08/013

ARM APPRIZE – Consultores de Gestão, Lda. AVFII/08/007 Jones Lang Lasalle AVFII/06/009

7. O Auditor

O Auditor do Fundo é Vítor Martins & Ahmad, SROC, Lda., representada pelo Sr. Dr.

Issuf Ahmad

, com domicílio profissional na Rua José da Purificação Chaves, n.º 9 - 1º C, 1500-376 Lisboa, Tel: 21 771 23 40/4 - Fax: 21 778 72 50, email: vma@sroc100.com

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CAPITULO II

POLÍTICA DE INVESTIMENTO DO PATRIMÓNIO DO FUNDO E POLÍTICA DE RENDIMENTOS

8. Política de investimento

a) O objetivo do Fundo consiste em alcançar, numa perspetiva de médio e longo prazo, uma valorização crescente de capital, através da constituição e gestão de uma carteira de valores predominantemente imobiliários, nos termos da lei e segundo as regras previstas no número 9º deste Regulamento de Gestão.

b) Tendo em atenção o seu objetivo, a carteira de valores do Fundo será constituída em obediência a sãos critérios de segurança, rentabilidade e liquidez, os quais só poderão ser investidos nos termos da lei em imóveis, numerário, depósitos bancários, certificados de depósito, unidades de participação organismos de investimento do mercado monetário ou do mercado monetário de curto prazo e instrumentos financeiros emitidos ou garantidos por um Estado-Membro da Comunidade Europeia com prazo de vencimento residual inferior a 12 meses. O Fundo poderá ainda investir em participações em sociedades imobiliárias e nos demais ativos permitidos pela legislação em vigor aplicável, nomeadamente unidades de participação de outros fundos de investimento imobiliário. c) Da carteira de valores imobiliários do Fundo, constitui política de investimento

privilegiada do Fundo, prédios urbanos enquadrados no mercado de arrendamento e compra e venda destinado a comércio, serviços e habitação, e terrenos destinados à execução de programas de construção, nos termos do parecer genérico da CMVM. d) O investimento será efetuado nomeadamente no território nacional, podendo, no entanto,

estender-se a outros estados membros da União Europeia ou da OCDE.

e) Não obstante o objetivo do Fundo, o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir, de acordo com a evolução do valor dos ativos que integrem, a cada momento, o património do Fundo.

f) Em caso algum está excluída a responsabilidade da Sociedade Gestora pela prática dos atos que lhe estejam reservados por lei.

g) Não será utilizado qualquer parâmetro de referência do mercado imobiliário.

9. Limites ao Investimento e endividamento

a) A carteira de valores do Fundo será constituída de acordo com as normas legais e regulamentares estabelecidas na lei.

b) As percentagens legalmente estabelecidas deverão ser respeitadas no prazo de um ano a contar da data da constituição do Fundo.

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c) O valor dos imóveis não poderá representar menos de 75%. do ativo total do Fundo. d) O limite para a aquisição de unidades de participação de outros fundos de investimento

imobiliário é de 25% do ativo total dos fundos por conta dos quais a aquisição é efetuada. e) A Sociedade Gestora não pode, relativamente ao conjunto de fundos que administre, adquirir mais de 25% das unidades de participação de um fundo de investimento imobiliário.

f) A Sociedade Gestora poderá contrair empréstimos por conta do Fundo, com carácter não permanente, não existindo limite ao endividamento, devendo este ser dirigido à aquisição de imóveis.

10. Instrumentos Financeiros Derivados, Reportes e Empréstimos

Não serão utilizados instrumentos financeiros derivados nem reportes ou empréstimos.

11. Momento de Referência da Valorização dos Ativos

a) O valor da unidade de participação é calculado no último dia de cada mês, às 17.00 horas da hora legal em vigor em Portugal Continental, com referência ao último dia desse mês, e determina-se pela divisão do valor líquido global do organismo de investimento coletivo pelo número de unidades em circulação. O valor líquido global do organismo de investimento coletivo é apurado deduzindo à soma dos valores que o integram o montante de comissões e encargos suportados até ao momento da valorização da carteira.

b) A valorização dos ativos que integram o património do organismo de investimento coletivo é realizado por referência às 17.00 do dia relevante.

c) O câmbio a utilizar na conversão dos ativos do Fundo, expressos em moeda estrangeira, será o câmbio de divisas do dia a que se refere a valorização, divulgado a título indicativo pelo Banco de Portugal.

d) O valor das unidades de participação é divulgado em todos os locais e meios de comercialização.

12. Regras de Valorimetria e Cálculo do Valor da Unidade de Participação

a) O cálculo do valor dos imóveis é feito por dois peritos avaliadores, nas seguintes situações:

a. Com uma periodicidade mínima de doze meses;

b. Previamente à sua aquisição e alienação, não podendo a data de referência da avaliação do imóvel ser superior a seis meses relativamente à data do contrato em que é fixado o preço da transação;

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c. Sempre que ocorram circunstâncias suscetíveis de induzir alterações significativas no valor do imóvel, nomeadamente a alteração da classificação do solo;

d. Previamente a qualquer aumento ou redução de capital, com uma antecedência não superior a seis meses, relativamente à data de realização do aumento ou redução; e. Previamente à fusão e cisão de organismos de investimento imobiliário, caso a

última avaliação dos imóveis que integrem os respetivos patrimónios tenha sido realizada há mais de seis meses relativamente à data de produção de efeitos da fusão;

f. Previamente à liquidação em espécie de organismos de investimento coletivo, com uma antecedência não superior a seis meses, relativamente à data de realização da liquidação.

b) No que respeita a projetos de construção, a avaliação deve ser realizada por dois peritos avaliadores nos seguintes termos:

a. Previamente ao início do projeto;

b. Com uma periodicidade de doze meses e sempre que ocorram circunstâncias suscetíveis de induzir alterações significativas no valor do imóvel;

c. Em caso de aumento e redução de capital, de fusão, de cisão ou de liquidação, com uma antecedência máxima de três meses;

d. Os projetos de construção devem ser reavaliados de acordo com os métodos previstos no número seguinte.

c) Os projetos de construção devem ser reavaliados mediante os métodos de avaliação previstos no Regulamento da CMVM n.º 2/2015, designadamente sempre que o auto de medição da situação da obra, elaborado pela empresa de fiscalização, apresentar um valor de incorporação superior a 20 % relativamente ao custo inicial estimado do projeto. d) Sem prejuízo do disposto na alínea c) do presente número, os imóveis são valorizados

pela média simples dos valores atribuídos pelos dois peritos avaliadores de imóveis. e) Caso os valores atribuídos difiram entre si em mais de 20%, por referência ao valor

menor, o imóvel em causa é novamente avaliado por um terceiro perito de imóveis. f) Sempre que ocorra uma terceira avaliação, o imóvel é valorizado pela média simples dos

dois valores de avaliação que sejam mais próximos entre si ou pelo valor da terceira avaliação caso corresponda à média das anteriores.

g) Em derrogação do disposto na alínea e) do presente número, os imóveis são valorizados pelo respetivo custo de aquisição, desde o momento em que passam a integrar o património do organismo de investimento coletivo e até que ocorra uma avaliação exigida de acordo com o previsto nas alíneas a) e b) do presente número.

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h) As alíneas e) a g) anteriores aplicam-se, de forma faseada e progressiva, à valorização da totalidade dos imóveis que integrem o património do Fundo à data da entrada em vigor da Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro, nos termos definidos no Regulamento da CMVM n.º 2/2015.

i) A Sociedade Gestora selecionará os peritos avaliadores dos imóveis por forma a assegurar a sua adequada pluralidade e não contratará peritos que se encontrem numa situação de incompatibilidade, tal como definida na Lei n.º 153/2015 de 14 de setembro. j) Em cada avaliação de um imóvel deve participar um perito avaliador que não tenha

avaliado o imóvel na data da avaliação anterior, devendo a entidade gestora disponibilizar ao perito toda a informação e documentação relevante para efeitos de avaliação do imóvel.

k) Um imóvel não pode ser avaliado:

a. Pelo mesmo perito avaliador em mais do que duas datas sucessivas;

b. Em cada período de quatro anos, pelo mesmo perito avaliador em mais do que 50% das valorizações.

l) Excetuam-se das alíneas j) e k) anteriores as avaliações de projetos de construção ou de reabilitação de imóveis ou de obras de melhoramento, ampliação e requalificação de móveis de montante significativo, caso em que os mesmos peritos avaliadores podem realizar todas as avaliações exigíveis até à conclusão do projeto ou da obra.

m) A carteira do Fundo é valorizada ao seu justo valor, de acordo com as regras fixadas no presente Regulamento de Gestão, nos termos definidos Regulamento da CMVM n.º 2/2015.

n) Os imóveis adquiridos em regime de compropriedade são inscritos no ativo do Fundo na proporção da parte por este adquirida.

o) Os imóveis adquiridos em regime de permuta devem ser avaliados no ativo do Fundo pelo seu valor de mercado, devendo a responsabilidade decorrente da contrapartida respetiva, inscrita no passivo do Fundo, ser registada ao preço de custo ou de construção; a contribuição dos imóveis adquiridos nos termos deste número para efeitos do cumprimento dos limites previstos na lei deve ser aferida pela diferença entre o valor inscrito no ativo e aquele que figura no passivo.

13. Comissões e Encargos a Suportar Pelo Fundo

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a) Tabela de encargos imputáveis ao Fundo e aos Participantes

Encargos % da comissão

Imputáveis diretamente ao participante

Comissão de Subscrição Não aplicável Comissão de Resgate Não aplicável

Imputáveis diretamente ao Fundo

Comissão de Gestão (Fixa) 0,36% do VLGF Comissão de Depósito 0,5‰ do VLGF Taxa de Supervisão 0,0026% do VLGF

Outros Conforme descritos nas subalíneas c. a l., da alínea d) do presente artigo

b) Pelo exercício da sua atividade, a Sociedade Gestora cobrará uma comissão de gestão anualizada de 0,36%, incidindo sobre o valor líquido global do Fundo no final do mês, cobrada mensalmente e paga até ao dia dez do mês seguinte.

c) Pelo exercício da sua atividade, o Depositário cobrará anualmente uma comissão de

depositário de 0,5‰, calculada sobre o valor líquido global do Fundo no final do ano a

que respeita, cobrada anualmente e paga até ao final do mês de Janeiro do ano subsequente.

d) Constituirão encargos do Fundo: a. A comissão de gestão; b. A comissão de depositário;

c. Todas as despesas relacionadas com a construção, compra, manutenção, arrendamento e venda de imóveis incluindo respetivas avaliações patrimoniais obrigatórias, de:

i. Elaboração de projetos, fiscalização de obras, licenças e outros custos inerentes à construção e promoção imobiliária;

ii. Despesas notariais de escrituras e registos prediais devidos pelo Fundo; iii. Quaisquer impostos ou taxas devidos pelo Fundo;

iv. Todas as custas judiciais referentes a processos em que o Fundo, na sua qualidade de proprietário esteja envolvido, assim como as despesas de honorários de advogados e solicitadores;

v. Comissão de mediação imobiliária, se a ela houver lugar, desde que seja concretizada a operação;

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vi. Todos os encargos com a realização de manutenção e conservação e/ou benfeitorias nos bens do Fundo incluindo as diversas taxas e impostos que existam ou venham a existir e que sejam devidos pelo Fundo.

d. Despesas referentes a avaliações realizadas por conta do Fundo a bens da sua carteira ou a imóveis em estudo, para posterior deliberação quanto à sua aquisição para o Fundo, desde que seja concretizada a operação;

e. Quaisquer publicações obrigatórias realizadas por conta do Fundo;

f. Campanhas publicitárias realizadas com o objetivo de promoção dos bens do Fundo;

g. Todas as despesas de compra e venda de valores por conta do Fundo, nomeadamente:

i. Despesas de transferências;

ii. Despesas com conversões cambiais;

iii. Despesas com transações no mercado de capitais; iv. Despesas com transações no mercado monetário.

h. Custos de auditorias e revisões de contas relativas ao Fundo incluindo os encargos com o Auditor do Fundo;

i. Despesas de condomínio, incluindo a vigilância, seguros e outras despesas a que os imóveis do Fundo estejam obrigados, assim como despesas provenientes da colocação e manutenção de contadores de água, eletricidade ou gás, televisão por cabo e telefones;

j. Comissões bancárias e de corretagem, taxas de bolsa e de operações fora de bolsa, bem como outros encargos relativos à compra e venda de valores mobiliários que integrem ou venham a integrar o património do Fundo;

k. Impostos e taxas que sejam devidos pela transação e detenção de valores mobiliários e imobiliários integrantes do património do Fundo;

l. Outros custos diretamente conexos com o património do Fundo. m. Taxa de Supervisão da CMVM;

14. Política de Rendimentos

a) O Fundo caracteriza-se pela distribuição parcial de rendimentos aos Participantes. b) Será objeto de distribuição parte dos proveitos líquidos correntes deduzidos dos encargos

gerais de gestão e acrescidos ou diminuídos, consoante os casos, dos saldos da conta de regularização de rendimentos respeitantes a exercícios anteriores e dos resultados

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transitados, de acordo com a política de distribuição definida pela Assembleia de Participantes e após proposta da Sociedade Gestora.

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CAPÍTULO III

UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO E CONDIÇÕES DE SUBSCRIÇÃO E DE RESGATE 15. Características Gerais das Unidades de Participação

a) O Fundo encontra-se dividido em partes de conteúdo idêntico, sem valor nominal, designadas por unidades de participação.

b) As unidades de participação são nominativas, inteiras e desmaterializadas (escriturais), procedendo a entidade depositária ao registo em conta do Participante, das unidades de participação do Fundo.

c) A Sociedade Gestora poderá, a qualquer momento, optar pela sua representação em certificados nominativos ao portador, de acordo com o disposto no Código dos Valores Mobiliários.

16. Valor da Unidade de Participação

a) O valor da unidade de participação para efeitos de constituição do organismo de investimento coletivo foi de 10.000,00 euros, correspondendo ao capital inicial do Fundo de 34.000.000,00 euros (trinta e quatro milhões de euros), representado por 3.400 unidades de participação com o valor unitário, podendo o mesmo ser aumentado ou reduzido de acordo com a legislação em vigor.

b) O valor da unidade de participação para efeitos de subscrição, as quais terão lugar em caso de aumento de capital do Fundo, será apurado com base no último valor mensal divulgado para unidade de participação no mês anterior à data da liquidação financeira, devendo o auditor do Fundo emitir parecer sobre o preço fixado.

c) O valor da unidade de participação para efeitos de reembolso, quando o mesmo seja possível nos termos do presente Regulamento de Gestão, nomeadamente, para os Participantes que se hajam oposto à prorrogação do prazo do Fundo, será o valor apurado no final do mês em que seja solicitado o resgate.

17. Condições de subscrição

a) Montante mínimo de subscrição inicial: o montante mínimo de subscrição foi de

€10.000,00 (dez mil euros).

b) Período de subscrição inicial: a subscrição do capital inicial do Fundo deverá ocorrer no

período de cinquenta e seis dias após a notificação por parte da CMVM para a constituição do Fundo.

c) A emissão da unidade de participação só se realiza quando a importância correspondente ao preço de emissão for integrada no ativo do organismo de investimento coletivo.

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d) Comissão de subscrição: não existe comissão de subscrição.

e) Subscrição incompleta: Caso a subscrição não atinja o montante do capital previsto, o

mesmo considera-se reduzido para o montante de capital efetivamente subscrito. f) Mercado secundário: Não está prevista a admissão à cotação em mercado secundário.

g) Condições de subscrição adicionais: A partir do momento em que a subscrição inicial

do capital haja terminado, as subscrições adicionais só podem ter lugar em aumentos de capital, após deliberação da Assembleia de Participantes que fixe os seus termos, de acordo com o previsto alínea e) do número 20 do Regulamento de Gestão, bem como na restante legislação e regulamentação aplicável, pelo que a subscrição assumir-se-á como efetiva: (i) quando a importância correspondente ao preço de emissão for integrado no ativo do Fundo, ou seja, no dia útil seguinte ao da data do termo do período de aumento de capital; (ii) ou, caso a subscrição da totalidade do capital posto à subscrição, seja atingida antes do termo do prazo estabelecido, no dia útil seguinte aquele em que o valor da totalidade do capital em oferta seja atingida. Não sendo o aumento de capital totalmente subscrito, este ficará limitado às subscrições recolhidas e realizadas.

h) Verificada a subscrição inicial do capital do Fundo, e sempre que o interesse dos Participantes o justifique, poderá a Sociedade Gestora propor o aumento ou a redução do capital do Fundo, cujos termos e condições deverão ser objeto de deliberação da Assembleia de Participantes.

18. Condições de Reembolso

a) Tratando-se de um fundo de investimento imobiliário fechado, os reembolsos regra geral não são permitidos. No entanto, sempre que o prazo de duração do Fundo seja prorrogado, por deliberação tomada em Assembleia de Participantes, os Participantes que hajam votado contra a prorrogação terão direito, se o entenderem, ao reembolso, total ou parcial, das unidades de participação que detiverem.

b) Os participantes que se enquadrem na situação descrita na alínea anterior e que pretendam solicitar o reembolso das unidades de participação de que são titulares, deverão comunicar tal intenção por carta registada dirigida à Sociedade Gestora, indicando o número de unidades de participação a reembolsar, no prazo de 30 dias subsequentes à deliberação da Assembleia de Participantes que aprovou a prorrogação do prazo do Fundo.

c) A Sociedade Gestora procederá, por uma ou mais vezes, ao reembolso das unidades de participação solicitados, nos seguintes prazos:

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a. Até três meses após a data em que o Fundo terminaria se o seu prazo não tivesse sido prorrogado, caso o Fundo disponha de liquidez suficiente para proceder aos reembolsos; ou

b. Até um ano após a data em que o Fundo terminaria se o seu prazo não tivesse sido prorrogado, sempre que para o efeito se verifique a necessidade de proceder à alienação de imóveis.

d) Para efeitos de satisfação dos pedidos de reembolso que lhe sejam formulados, o valor das unidades de participação cujo reembolso seja solicitado será calculado, à data da apresentação do pedido, nos termos do número 16, alínea c) do presente Regulamento de Gestão e multiplicado pelo número de unidades de participação cujo reembolso tenha sido solicitado.

e) Não existem garantias, prestadas por terceiros, de reembolso do capital investido ou de pagamento de rendimentos.

f) Liquidação em espécie: A Sociedade Gestora poderá proceder a reembolsos em espécie,

desde que a Assembleia de Participantes aprove a proposta que apresente para o efeito e todos os Participantes declarem expressamente não se opor a essa forma de reembolso. Os Participantes, em particular aqueles que hajam votado contra a prorrogação do Fundo, poderão também apresentar propostas de reembolso em espécie do valor das suas unidades de participação

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18

CAPÍTULO IV

DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS PARTICIPANTES

19. Direitos e Obrigações dos Participantes

a) A qualidade de Participante do Fundo adquire-se mediante a entrega de um boletim de subscrição devidamente preenchido, assinado pelo interessado ou seu representante, no qual conste:

a. A identificação do proponente;

b. A indicação do montante de subscrição a realizar;

c. Declaração de aceitação dos termos e condições do presente Regulamento de Gestão.

b) Logo que apreciadas pelo Depositário as condições objetivas para a subscrição, designadamente o pagamento da importância correspondente ao preço da emissão, esta decidirá, no mesmo dia útil ou no dia útil seguinte, quanto à sua aceitação.

c) O Fundo é constituído no regime especial de comunhão dos Participantes, sendo cada um deles titular de quota-parte dos valores que o integram, denominadas unidades de participação.

d) As unidades de participação conferem aos seus titulares os seguintes direitos:

a. Obter, num suporte duradouro ou através de um sítio na Internet, o Regulamento de Gestão e os relatórios e contas anual e semestral, gratuitamente, junto da Sociedade Gestora e das Entidades Comercializadoras, qualquer que seja a modalidade de comercialização do Fundo, que serão facultados, gratuitamente, em papel aos Participantes que o requeiram;

b. Subscrever e resgatar as unidades de participação nos termos da lei e das condições constantes deste Regulamento de Gestão;

c. Receber o montante correspondente ao valor do resgate, do reembolso ou do produto da liquidação das unidades de participação;

d. A ser ressarcidos pela Sociedade Gestora pelos prejuízos sofridos, sem prejuízo do exercício do direito de indemnização que lhe seja reconhecido, nos termos gerais de direito, sempre que:

i) Se verifique cumulativamente as seguintes condições, em consequência de erros imputáveis àquela ocorridos no processo de cálculo e divulgação do valor da unidade de participação:

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§ A diferença entre o valor que deveria ter sido apurado e o valor efetivamente utilizado nas subscrições e resgates seja igual ou superior, em termos acumulados a 0,5%;

§ O prejuízo sofrido, por Participante, seja superior a €5.

ii) Ocorram erros na imputação das operações de subscrição e resgate ao património do Fundo, designadamente pelo intempestivo processamento das mesmas.

e. A requerer a liquidação e partilha do Fundo a partir do termo do prazo inicial estabelecido neste Regulamento de Gestão, ou do termo de qualquer das suas prorrogações, caso a Sociedade Gestora não convoque a Assembleia de Participantes ou a mesma não delibere a prorrogação do Fundo;

f. À perceção, em caso de liquidação e partilha do Fundo, de parte do produto da respetiva liquidação proporcional ao número de unidades de participação de que sejam titulares;

g. A receber a sua quota-parte dos rendimentos líquidos do Fundo que venham a ser distribuídos;

h. A pronunciarem-se em Assembleia de Participantes;

i. Aos benefícios fiscais que a legislação em vigor conceda aos Participantes de fundos de investimento imobiliário;

j. A consultar os documentos de prestação de contas do Fundo, que poderão ser enviados ou entregues, sem encargos, aos Participantes que o requeiram.

e) O preenchimento e assinatura do boletim de subscrição por parte de cada um dos Participantes pressupõe e implica a aceitação plena e sem reservas dos termos e condições do presente Regulamento de Gestão e confere à Sociedade Gestora os poderes necessários para a gestão do Fundo.

20. Assembleia de Participantes

a) Têm o direito a participar na Assembleia de Participantes todos os detentores de unidades de participação do Fundo, cabendo a cada Participante tantos votos como quantas as unidades que possuir.

b) Compete à Sociedade Gestora a convocação da Assembleia de Participantes por carta registada com aviso de receção, com o mínimo de trinta dias de antecedência.

c) Em primeira convocatória, a Assembleia de Participantes poderá deliberar desde que estejam presentes ou representados Participantes que detenham pelo menos 2/3 das unidades de participação do Fundo. Em segunda convocatória a Assembleia de

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Participantes deliberará qualquer que seja o número de unidades de participação representado.

d) As deliberações serão tomadas quando aprovadas por maioria simples de votos representados na Assembleia de Participantes.

e) Para além dos casos previstos na lei, dependem de deliberação favorável da Assembleia de Participantes, sem prejuízo das competências da Sociedade Gestora, as seguintes matérias:

a. O aumento das comissões que constituem encargo do Fundo; b. A modificação substancial da política de investimentos do Fundo; c. A modificação da política de distribuição dos resultados do Fundo; d. O aumento e redução do capital do Fundo;

e. A prorrogação da duração do Fundo;

f. A substituição da Sociedade Gestora, nos termos previstos na da lei; g. A liquidação do Fundo nos termos previstos na lei.

f) À Assembleia de Participantes aplica-se subsidiariamente o disposto na lei para as assembleias de acionistas das sociedades anónimas

21. Divulgação de Informação

a) A Sociedade Gestora fará publicar diariamente, durante o período de subscrição, no sistema de difusão de informações da CMVM, o valor da unidade de participação. Terminado o período de subscrição, esta publicação será efetuada mensalmente, pelo mesmo meio, com referência ao último dia de cada mês.

b) Mensalmente, com referência ao último dia do mês, a Sociedade Gestora divulgará no sistema de difusão de informações da CMVM a composição discriminada da carteira do Fundo, o respetivo valor líquido global e o número de unidades de participação em circulação, nos termos definidos pela CMVM.

c) As contas do Fundo são encerradas anualmente, com referência a 31 de dezembro, sendo acompanhadas de relatório de gestão e relatório do auditor registado na CMVM, de acordo com o estabelecido na Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro.

d) Dos referidos documentos, será feita menção no sistema de difusão de informação da CMVM, nos quatro meses seguintes à data referida, que se encontram à disposição do público nas instalações da Sociedade Gestora e do Depositário, os quais serão enviados sem encargos para os Participantes que o pretendam.

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CAPÍTULO V

CONDIÇÕES DE LIQUIDAÇÃO DO FUNDO

22. Liquidação e Partilha

a) Tomada pela Sociedade Gestora a decisão de liquidação, fundada no interesse dos Participantes, com salvaguarda da defesa do mercado, após deliberação favorável da Assembleia de Participantes, deve a mesma ser imediatamente comunicada à CMVM e publicada nos termos legalmente previstos, contendo a indicação do prazo previsto para a conclusão do processo de liquidação.

b) O reembolso das unidades de participação deve ocorrer no prazo máximo de um ano a contar da data de início da liquidação do Fundo, podendo a CMVM, em casos excecionais e a pedido da Sociedade Gestora, devidamente fundamentado, prorrogar este prazo.

c) Decidida, nos termos das alíneas anteriores, a liquidação do Fundo, a Sociedade Gestora realizará o ativo, pagará o passivo e distribuirá aos Participantes, por meio do Depositário, o produto da liquidação, na proporção das unidades de participação detidas. d) Sendo um fundo fechado, as unidades de participação só são reembolsáveis aquando da

sua liquidação, redução do capital ou prorrogação do Fundo, e pelo valor correspondente à respetiva quota-parte do valor líquido do mesmo.

e) Os Participantes que tenham votado contra a prorrogação do Fundo podem exigir o reembolso das unidades de participação.

f) A dissolução do Fundo será sempre justificada às autoridades competentes e precedida de uma auditoria completa às suas demonstrações financeiras, bem como de uma avaliação independente e atualizada do seu património.

g) A suspensão da emissão e do resgate das unidades de participação não se aplica devido à natureza deste Fundo.

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CAPÍTULO VI

REGIME FISCAL

23. Do Fundo

Os rendimentos obtidos por organismos de investimento imobiliário (OII), que se constituam e operem de acordo com a legislação nacional, têm o seguinte regime fiscal: a) IRC:

a. Os OII são sujeitos a tributação em sede de IRC, sendo o lucro tributável correspondente ao resultado líquido do exercício, deduzido dos rendimentos capitais, prediais e mais-valias (mobiliárias e imobiliárias), tal como resultam qualificados para efeitos de IRS, exceto quando tais rendimentos provenham de entidades com residência ou domicílio em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável constante de lista aprovada em portaria governamental. Não relevam, também, para a determinação do lucro tributável, os gastos associados aos rendimentos capitais, prediais e mais-valias que não são computados para efeitos de apuramento do lucro tributável.

b. Não relevam, igualmente, para efeitos de determinação do lucro tributável os rendimentos, incluindo os descontos, e gastos relativos a comissões de gestão e outras comissões que revertam para os OII, bem como os gastos que não são considerados como dedutíveis e previstos no Código do IRC.

c. Concorrem para a determinação do lucro tributável designadamente as despesas com a fiscalização externa, os gastos com a avaliação dos imóveis e outros encargos administrativos, tais como taxas de supervisão e imposto do selo correspondente à verba 29 da Tabela Geral do Imposto do Selo.

d. Os prejuízos fiscais apurados pelos OII são reportáveis por um período máximo de 12 anos, observando-se ainda a limitação da dedução prevista no n.º 2 do artigo 52º do Código do IRC (70% do lucro tributável).

e. Ao lucro tributável determinado aplica-se a taxa geral IRC (no ano de 2016 - 21%). f. Os OII estão isentos de Derrama Municipal e Derrama Estadual.

g. Os OII não estão sujeitos a retenção na fonte, quanto aos rendimentos que aufiram. b) Imposto do Selo:

Os OII estão sujeitos a tributação em Imposto do Selo, incidente sobre o ativo líquido global corresponde à média dos valores comunicados à CMVM ou divulgados pelas entidades gestoras no último dia de cada mês do trimestre, com exceção do valor correspondente aos ativos relativos a unidades de participação ou participações sociais

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detidas em organismos de investimento coletivo abrangidos pelo regime estabelecido no artigo 22º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. A taxa de imposto é de 0,0125%, a liquidar trimestralmente (total anual - 0,05%).

c) IMI e IMT:

Os imóveis integrados nos OII fechados de subscrição particular estão sujeitos a Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) às taxas gerais aplicáveis. Está sujeita a IMT a aquisição de unidades de participação em fundos de investimentos imobiliários fechados de subscrição particular, bem como as operações de resgate, aumento ou redução do capital ou outras, de que resulte que o adquirente ou adquirentes quando casados ou unidos de facto fiquem a dispor de, pelo menos, 75% das unidades de participação representativas do património do fundo.

Incide ainda IMT sobre as entregas de bens imóveis para subscrição de unidades de participação em fundos de investimento de imobiliários fechados, bem como a adjudicação, como reembolso em espécie, aos participantes de tais fundos por ocasião da sua liquidação.

24. Do Participante

Residentes fiscais em Portugal:

a) Pessoas singulares - IRS:

Rendimentos que sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identificados, caso em que, exceto quando seja identificado o beneficiário efetivo, os rendimentos são tributados, por retenção na fonte a título definitivo à taxa de 35%.

Investidor sujeito passivo de IRS fora do âmbito duma atividade comercial, industrial ou agrícola:

a. os rendimentos distribuídos pelos OII (rendimentos de capitais) são sujeitos a retenção na fonte definitiva à taxa de 28%, salvo opção do titular pelo englobamento;

b. os rendimentos decorrentes do resgate de unidades de participação (mais valias) são sujeitos a retenção na fonte definitiva à taxa de 28%, salvo opção do titular pelo englobamento;

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c. os rendimentos decorrentes da transmissão onerosa de unidades de participação (mais valias), são sujeitos a tributação à taxa especial de 28% sobre o saldo líquido positivo das mais e menos-valias;

Investidor sujeito passivo de IRS no âmbito duma atividade comercial, industrial ou agrícola:

a. os rendimentos distribuídos pelos OII (rendimentos de capitais) são sujeitos a retenção na fonte à taxa de 28% (pagamento de imposto por conta);

b. os rendimentos decorrentes do resgate de unidades de participação ou da transmissão onerosa de unidades de participação (mais valias), concorrem para o apuramento da matéria coletável do sujeito passivo, sujeito às taxas de IRS e demais taxas adicionais e extraordinária de IRS aplicáveis;

b) Pessoas coletivas – IRC

Rendimentos que sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identificados, caso em que, exceto quando seja identificado o beneficiário efetivo, os rendimentos são tributados, por retenção na fonte a título definitivo à taxa de 35%.

Investidor sujeito passivo de IRC não isento:

a. os rendimentos distribuídos pelos OII (rendimentos de capitais) são sujeitos a retenção na fonte à taxa de 25% (pagamento de imposto por conta);

b. os rendimentos decorrentes do resgate de unidades de participação ou da transmissão onerosa de unidades de participação concorrem para a formação do lucro tributável nos termos do código do IRC;

Investidor sujeito passivo isento de IRC salvo no que se refere a rendimentos de capitais:

a. os rendimentos distribuídos pelos OII (rendimentos de capitais) são sujeitos a retenção na fonte definitiva à taxa de 25%;

b. os rendimentos decorrentes do resgate de unidades de participação ou da transmissão onerosa de unidades de participação estão isentos de IRC;

Investidor sujeito passivo isento de IRC:

Os rendimentos distribuídos pelos OII (rendimentos de capitais) e os decorrentes do resgate de unidades de participação ou da transmissão onerosa de unidades de participação, estão isentos de IRC;

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Não residentes fiscais em Portugal: a) Pessoas singulares:

Rendimentos que sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identificados, caso em que, exceto quando seja identificado o beneficiário efetivo, os rendimentos são tributados, por retenção na fonte a título definitivo à taxa de 35%.

Não residente em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável constante de lista aprovada por portaria governamental, que não possuam um estabelecimento estável em território português ao qual estes rendimentos sejam imputáveis:

a. os rendimentos distribuídos pelos OII (rendimentos de capitais) e os decorrentes do resgate de unidades de participação são sujeitos a retenção na fonte definitiva à taxa de 10% (qualificados com rendimentos de bens imóveis, incluindo para efeitos da aplicação das Convenções destinadas a evitar a dupla tributação celebradas por Portugal);

b. os rendimentos decorrentes da transmissão onerosa de unidades de participação são sujeitos a tributação autónoma à taxa de 10%;

Residente em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável constante de lista aprovada por portaria governamental:

a. Os rendimentos distribuídos pelos OII são sujeitos a retenção na fonte definitiva à taxa de 35% (qualificados com rendimentos de bens imóveis, incluindo para efeitos da aplicação das Convenções destinadas a evitar a dupla tributação celebradas por Portugal)

b. Os rendimentos decorrentes do resgate de unidades de participação (mais valias), são sujeitos a retenção na fonte definitiva à taxa especial de 35% sobre o saldo líquido positivo das mais e menos-valias.

c. Os rendimentos decorrentes de transmissão de unidades de participação (mais valias), são sujeitos a tributação à taxa de 28% sobre o saldo líquido positivo das mais e menos-valias.

b) Pessoas coletivas:

Rendimentos que sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identificados, caso em que, exceto

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quando seja identificado o beneficiário efetivo, os rendimentos são tributados, por retenção na fonte a título definitivo à taxa de 35%.

Não residente em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável constante de lista aprovada por portaria governamental; e que não sejam detidas, direta ou indiretamente, em mais de 25% por entidades ou pessoas singulares residentes em território português e que não possuam um estabelecimento estável em território português ao qual estes rendimentos sejam imputáveis:

a. os rendimentos distribuídos pelos OII (rendimentos de capitais) e os decorrentes do resgate de unidades de participação são sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória de 10% (qualificados com rendimentos de bens imóveis, incluindo para efeitos da aplicação das Convenções destinadas a evitar a dupla tributação celebradas por Portugal);

b. os rendimentos decorrentes da transmissão onerosa de unidades de participação são sujeitos a tributação autónoma à taxa de 10%;

Quando sejam detidas, direta ou indiretamente, em mais de 25% por entidades ou pessoas singulares residentes em território português e as entidades detidas não sejam residentes noutro Estado membro da União Europeia, num Estado membro do Espaço Económico Europeu que esteja vinculado a cooperação administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à estabelecida no âmbito da União Europeia ou num Estado com o qual tenha sido celebrada e se encontre em vigor convenção para evitar a dupla tributação que preveja a troca de informações:

a. os rendimentos distribuídos pelos OII são sujeitos a retenção na fonte à taxa definitiva de 25% (qualificados com rendimentos de bens imóveis, incluindo para efeitos da aplicação das Convenções destinadas a evitar a dupla tributação celebradas por Portugal);

b. os rendimentos decorrentes do resgate de unidades de participação e da transmissão onerosa de unidades de participação são tributados à taxa de 25%;

Quando sejam residentes em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável constante de lista aprovada por portaria governamental:

a. os rendimentos distribuídos pelos OII e os rendimentos decorrentes do resgate de unidades de participação são sujeitos a retenção na fonte à taxa definitiva de 35%; e

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b. os rendimentos decorrentes da transmissão onerosa de unidades de participação são tributados à taxa de 25%.

Nota: A descrição esquemática do regime fiscal do Fundo e dos seus participantes apresentada

destina-se a fins informativos, não constituindo a garantia da sua correção ou atualidade, nem dispensa a consulta da legislação em vigor sobre a matéria (nomeadamente face ao regime transitório previsto no novo regime fiscal), ou contém a garantia de que o regime descrito se mantenha inalterado.

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CAPÍTULO VII

25. Estipulação de Foro

Para as questões emergentes da execução ou interpretação deste Regulamento de Gestão, bem como dos atos de gestão por ele enquadrados, é competente o Foro da Comarca de Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro.

Referências

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