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A Soberana Vontade de Deus. Exposição de Atos dos Apóstolos. (1ª Mensagem) Como pregar o Evangelho. At

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A Soberana Vontade de Deus

Exposição de Atos dos Apóstolos

(1ª Mensagem)

Como pregar o Evangelho

At 1.1-11

Antes de iniciarmos nossa série de mensagens em Atos, faz-se necessário levantarmos algumas questões importantes aqui as quais não discutiremos pormenorizadamente, pois, para um estudo aprofundado recomendamos o Comentário do Novo Testamento escrito pelo Dr. Simon Kistemaker, publicado pela Editora Cultura Cristã.

A primeira delas diz respeito a autoria do livro. Quem escreveu Atos? O agente humano usado pelo Espírito Santo para escrever este livro foi Lucas, o médico e companheiro do apóstolo Paulo em seu ministério. Ele também escreveu outo livro do Novo Testamento, o Evangelho que leva o seu nome.

A segunda questão é: Para quem ele escreveu Atos? Voltaremos a este assunto nesta mensagem. Por hora só lembramos que o destinatário primário desse livro foi alguém chamado Teófilo a quem trata de “excelentíssimo” (Lc 1.3).

A terceira questão aqui é: Quando Atos foi escrito? O fato de não termos nenhuma menção ao incêndio de Roma provocado por Nero em 64 d.C. Então cremos que Atos foi escrito antes de 64 d.C. A quarta questão aqui é: Qual o propósito de Lucas em escrever Atos? Lucas era um evangelista e como tal, registrou o avanço do

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Evangelho de Cristo como cumprimento da soberana vontade de Deus em fazer-Se conhecido e em salvar o Seu povo por meio do Evangelho. “Assim, o propósito de Atos é convencer Teófilo de que ninguém pode prejudicar a vitoriosa marcha do Evangelho de Cristo. Por essa razão, Lucas relata a Teófilo o progresso das boas-novas de Jerusalém até Roma” (KISTEMAKER, 2006, vol.1, p.57).

A quinta questão que precisamos levantar aqui é: Qual o tema de Atos? E com base no propósito do livro adotamos como tema central: A Soberana Vontade de Deus. Em momento algum nada fugiu do controle Dele e nem deixou de cumprir os Seus santos desígnios como veremos.

A última questão é: Como interpretaremos e aplicaremos Atos em nosso viver diário? É muito comum ouvirmos pregadores e estudiosos bíblicos afirmando que por Atos ser um livro histórico, não encontramos nele doutrinas que norteiem nossa vida. É claro que devemos tomar todo o cuidado que a hermenêutica nos ensina na interpretação de um livro histórico. Devemos sempre que estivermos diante de um fato histórico registrado neste livro, entender que ele não mais acontecerá, a menos que Deus tenha prometido. Por exemplo: Jesus foi assunto aos céus e não será mais; o Espírito Santo foi derramado no Pentecoste e isso não acontecerá mais; porém, esses exemplos são doutrinas bíblicas nas quais nossa fé está embasada. Por outro lado, a conversão de pecadores sempre continuará acontecendo, milagres acontecerão, mas, não como nos dias de Jesus ou de Atos, antes, serão pontuais e quando Deus quiser realiza-los. Por isso, quando estivermos diante de um fato histórico procuraremos as lições e verdades que se aplicam a todas as épocas. Veja por exemplo o assunto da mensagem de hoje: Como pregar o Evangelho.

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E olhando para estes versos (v.1-11), aprenderemos com Lucas como podemos pregar o Evangelho a um amigo.

1) Demonstre dedicação, v.1

Lucas escrevera dois livros para evangelizar seu amigo Teófilo. Atos é o “volume II” da obra de Lucas, sendo que o “volume I” é o terceiro Evangelho que leva o seu nome. Em Lc 1.1,3 ele declarou que depois que muitos “empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram” (v.1), pareceu-lhe bem “depois de acurada investigação de tudo desde sua origem”

(v.3), dar por escrito ao excelentíssimo Teófilo (“amigo de Deus”)

“uma exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído” (v.3). Atos não foi escrito com menos dedicação.

Em tempos como os nossos, onde a correria do dia a dia, os compromissos, os afazeres, os projetos pessoais, isso para não falar do hedonismo egoísta, muitas vezes nos fazem perder oportunidades singulares de comunicarmos o Evangelho (“todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar”) às pessoas.

Gastamos tempo com tantas coisas superficiais, mas, não nos dedicamos a Evangelizar uma pessoa. Uma evangelização que não nos custe tempo e dedicação dificilmente alcançará resultados. Porém, não são os resultados que devem estar em nossa mente, mas, sim, a obediência ao que Cristo nos ordena.

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2) Apresente Jesus Cristo como Senhor,

v.2,4,5,6-8

Estes versos nos comunicam a verdade de que Jesus Cristo é o Senhor absoluto da História e que tudo está em Suas mãos.

Ele deu mandamentos aos apóstolos e eles cumpriram (v.2): “determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai” (v.4), isto é o Espírito Santo ser derramado. Eles ficaram em Jerusalém até receberem o Espírito Santo, em cumprimento ao que o próprio Senhor Jesus dissera: “Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois desses dias”

(v.5), Aqui vemos também que a História está em Suas mãos e Ele

mesmo é quem porá um fim nela como podemos ver nos v.6-8. Em nossos dias muitos dos que estudam sobre Escatologia ao pregarem sobre a volta de Cristo recorrem às profecias das “setenta semanas” do livro de Daniel (Dn 9.20-27), para até mesmo cometerem o erro de marcarem a data da volta de Cristo. Porém, é muito importante notarmos que “as setenta semanas de Daniel” não dizem respeito ao fim dos tempos, pois, se dissessem, o Senhor Jesus teria respondido aqui da mesma forma que em outras ocasiões Ele respondeu aos que Lhe perguntavam alguma coisa sobre a Sua pessoa e as profecias do Antigo Testamento, ou seja, que as Escrituras fossem examinadas a fim de encontrar a resposta. Se “as setenta semanas de Daniel” fossem mesmo uma profecia sobre o fim dos tempos, Jesus teria dito aqui aos apóstolos: “Examinem as profecias de Daniel, e compreendam o que dizem as setenta semanas”. Contudo, quando Ele se referiu às “setenta semanas de Daniel”, foi em referência à destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. pelas hordas do general romano Tito (Mt 24.15).

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Outro ponto que merece nossa atenção aqui é sobre a “restauração de Israel”. Aqueles que ensinam que Israel será restaurado se equivocam, pois, aqui, o Senhor Jesus ao responder aos apóstolos chama a atenção deles não só para Israel, mas, para “Jerusalém, Judéia, Samaria e confins da terra”, ou seja, o Evangelho não era uma mensagem só para Israel, mas, para todas as nações.

Não é Israel o foco do Evangelho, mas, sim, a glória de Deus em todas as nações por meio do Evangelho. Assim, Cristo Se apresenta aqui como o Senhor absoluto da História, e esta é o palco onde se desenrola toda a soberana vontade de Deus.

Quando você estiver pregando o Evangelho a uma pessoa apresente Cristo dessa forma. Apresente-O como o Senhor Supremo do universo, da história e de sua vida. Deixe bem claro que o que lhe importa é obedecer a Cristo e que é à Sua soberana vontade que impulsiona o seu coração e não os seus desejos pessoais. Mostre que mesmo as pessoas não admitindo a soberania de Cristo sobre elas, isso não muda em nada o fato de que não há um milímetro sequer neste universo onde os pés de Cristo não estejam e Ele não diga: “É meu” (A. Kyper).

3) Apresente Cristo como glorificado,

v.3, 9-11

Um dos muitos erros do catolicismo é apresentar Cristo como um moribundo desfalecendo numa cruz. E de fato precisamos mesmo falar mais sobre a cruz de Cristo, Seu sofrimento em obediência ao Pai e por amor à Igreja.

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Devemos lembrar as pessoas do fato de Cristo “ter padecido”, mas, depois, “se apresentou vivo com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus” (v.3). Apresente-O como ressurreto dentre os mortos, fato este que é incontestável, pois, o que não nos falta é testemunho de sua veracidade.

Mas, não se esqueça também de apresentar a Cristo como assunto aos céus (v.9). Sim, a ascensão de Cristo é um ponto muito importante na pregação do Evangelho porque mostra que Ele voltou à glória que sempre teve junto ao Pai desde antes da fundação do mundo (Jo 17.5). A ascensão de Cristo o apresenta como o Deus Glorioso e Eterno.

Fale também que em Sua glória um dia Ele voltará para buscar a Sua Igreja conforme Ele prometeu, e que não devemos olhar para os céus assim como os discípulos, como que saudosos ou desolados por que Ele nos deixou, mas, sim, olharmos para os céus com o coração cheio de esperança e fervor sabendo que Ele voltará para buscar a Sua Igreja e com Ele subiremos para estar eternamente com Ele.

O que Deus quer que você faça?

1) Pregue este Cristo Glorioso apresentado nas Escrituras; é deste Cristo que o mundo precisa.

2) Seja dedicado na pregação do Evangelho. O entusiasmo revela a vida que Cristo lhe deu.

3) Demonstre sua submissão total a Cristo. Deus é glorificado na vida daqueles que Lhe são obedientes.

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Conclusão

A pregação do Evangelho não é uma opção para o crente; é uma ordem de Cristo.

Rev. Olivar Alves Pereira

São José dos Campos, 17/11/2013.

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