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Promovendo a Educação Ambiental no contexto da sala de aula da Educação de Jovens e Adultos

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Academic year: 2021

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ARTIGO TÉCNICO

http://www.gvaa.com.br/revista/index.php/INTESA

___________________

*Autor para correspondência

Recebido para publicação em 20/10/2017; aprovado em 21/11/2017

1Aluna do Curso de Gestão Pública (UFCG-CDSA), Sumé-PB. E-mail: renaatachaves97@hotmail.com 2Aluno do Curso de Gestão Pública (UFCG-CDSA), Sumé-PB. romildoa80@gmail.com

3Bacharel em Administração. Servidor da UEPB, Campus Patos-PB. E-mail: om-on@hotmail.com

4Aluna do Curso de Mestrado em Tecnologia Alimentar/UFPB/CCHSA. Bananeiras-PB. E-mail: nessacosta1995@hotmail.com 5 Bacharel em Ciencias Sociais E-mail:annesergio@yahoo.com.br

5Doutorando em Engenharia de Processos (UFCG). Docente do CDSA/UFCG. Sumé-PB. E-mail: joseozildo2014@outlook.com

Promovendo a Educação Ambiental no contexto da sala de

aula da Educação de Jovens e Adultos

Promoting Environmental Education in the context of the

Youth and Adult Education class

Renata Chaves Cardoso¹*; Maria Helena Carvalho Costa2; Olívio Medeiros de Oliveira Netto3; Vanessa da Costa Santos4; Lidiane Lopes Queiroga Santos; José Ozildo dos Santos5;

Resumo: A Educação Ambiental surgiu a partir da constatação de que ela poderia capaz de reorientar as premissas do agir humano em sua relação com o ambiente. Pois, para se alcançar um futuro sustentável é necessário fomentar, entre a população, a consciência da importância do meio ambiente através da Educação Ambiental. O objetivo da Educação Ambiental na Educação de Jovens e Adultos é sensibilizar os alunos da importância da preservação do meio ambiente, para uma melhor qualidade de vida, que também deverá ser garantida às futuras gerações. Através da educação ambiental, o ser humano pode mudar a sua forma de ver e de se comprometer com o meio ambiente, aprendendo a viver em harmonia com o planeta. Com essa pesquisa pode-se concluir que os problemas socioambientais precisam ser analisados e discutidos por todos os professores das diferentes áreas e/ou disciplinas, uma vez que a escola se constitui num espaço onde as crianças poderão aprender valores de cidadania em defesa da vida. E, que é papel da Educação Ambiental preparar as pessoas do presente e do futuro, dispostas e aptas a estabelecerem com o mundo natural novas formas afetivas e vivenciais de educação, ou seja, pessoas capazes de verem e sentirem o ambiente em que vivem. Trata-se de um estudo exploratório de abordagem quantitativa, que teve por objetivo geral investigar como o professor trabalha o tema Educação Ambiental no contexto escolar Educação de Jovens e Adultos.

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos. Educação Ambiente. Desenvolvimento.

Abstract: Environmental Education arose from the realization that it could be able to reorient the premises of human action in its relationship with the environment. For, in order to achieve a sustainable future, it is necessary to foster awareness among the population of the importance of the environment through Environmental Education. The goal of Environmental Education in Youth and Adult Education is to sensitize students to the importance of preserving the environment for a better quality of life, which should also be guaranteed to future generations. Through environmental education, the human being can change the way he sees and commit to the environment, learning to live in harmony with the planet. With this research it can be concluded that socio-environmental problems need to be analyzed and discussed by all teachers in different areas and / or disciplines, since the school is a space where children can learn values of citizenship in defense of life. And, it is the role of Environmental Education to prepare people of the present and the future, willing and able to establish with the natural world new affective and experiential forms of education, that is, people who can see and feel the environment in which they live. This is an exploratory study of a quantitative approach, whose general objective was to investigate how the teacher works the theme Environmental Education in the school context of Youth and Adult Education.

(2)

INTRODUÇÃO

Quando o assunto é meio ambiente, deve-se destacar que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) vem contribuindo para a sua promoção. O currículo dessa modalidade de ensino, que é destinada às pessoas que não tiveram acesso ou oportunidades de estudar na idade adequada, tem contribuindo com as discussões em torno das questões ambientais. Tais questões constituem um grande desafio não só para eles para toda a humanidade. Pois, a crise ambiental na atualidade, é resultado da estreita relação entre o ambiente natural e o social, que provocou o desequilíbrio socioambiental (ABÍLIO, 2011).

Assim, são necessárias medidas urgentes quanto a uma conscientização das pessoas, que as levem a gerar novos conceitos sobre a importância da preservação do meio ambiente. Por sua vez, a escola como espaço social responsável por promover um processo contínuo de socialização dos alunos, deverá oferecer desenvolver meios efetivos para que cada aluno compreenda a importância da relação homem e natureza, suas causas, efeitos e consequências (BEZERRA; BURSZTYN, 2000).

Desta forma, através da Educação Ambiental é possível desenvolver no aluno uma postura crítica para repensar suas atitudes, enquanto agente transformador do meio em que vive. Na EJA, a Educação Ambiental pode contribuir para aquisição da consciência ambiental, associação do conteúdo programático das diferentes disciplinas à realidade social, cultural e ambiental vivenciadas pelo aluno.

O presente trabalho tem por objetivo investigar como o professor trabalha o tema Educação Ambiental no contexto escolar da EJA.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo exploratório de abordagem quantitativa. Quanto á natureza, este pode ser classificado como sendo uma pesquisa aplicada, partindo do princípio de vista gerar conhecimento para aplicação prática no cenário do estudo. Inicialmente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, mediante busca eletrônica utilizando-se nos principais bancos de dados, bem como do acervo bibliográfico existente em bibliotecas públicas e acervo particular. Num segundo momento, foi aplicado um questionário junto aos professores que atuam na Escola de Ensino Fundamental e Médio José Gomes Alves, localizada na cidade de Patos, Estado da Paraíba.

Para o presente estudo, foi considerada como população todos os professores que exercem suas atividades na citada escola, totalizando 32 docentes. Deste, retirou-se uma amostra composta por 10 (dez) professores, escolhidos entre aqueles que demonstraram o interesse de participarem do presente questionário. Para a recolha/coleta dos dados foi utilizado um questionário previamente estruturado, dividido em duas partes. A primeira, voltada para traçar o perfil da amostra entrevistada. E, a segunda, composta por 10 questões subjetivas, privilegiando os objetivos do presente trabalho. Após a recolha dos dados, estes receberam tratamento estatístico e foram apresentados em Gráficos. E, no final, comentados à luz da literatura especializada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através da primeira pergunta procurou-se saber os participantes discutem as questões ambientais nas reuniões pedagógicas que ocorrem em sua escola. Os dados colhidos foram apresentados no Gráfico 1.

Gráfico 1. Distribuição dos participantes quanto ao fato se discutem as questões ambientais nas reuniões pedagógicas que ocorrem em sua escola

Fonte: Pesquisa de campo (maio/2017). Quando se analisa os dados apresentados no Gráfico

1, verifica-se que 70% dos participantes discutem as questões ambientais nas reuniões pedagógicas de forma informal; 20% discutem periodicamente e 10%, mensalmente.

Tomando por base os dados colhidos, pode-se afirmar que a escola que serviu de campo para a presente pesquisa, precisa mudar sua metodologia de ensino e observar com melhores detalhes o que preceituam os Parâmetros Curriculares Nacionais, no que diz respeito ao

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10%

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70%

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Periodicamente (n=2)

Informalmente (n=70)

Mensalmente (n=1)

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Renata Chaves Cardoso et al.

meio ambiente. Pois, segundo aquelas orientações pedagógicas, o meio ambiente é um tema que deve ser trabalhado amplamente na escola, seja como conteúdo específico ou em forma de tema transversal.

De acordo Zeppone (2011), utilizando da transversalidade, a escola ganha um novo sentido, passando de um mero espaço de acesso a informações para um espaço de formação socialmente relevante, no qual as informações são um meio, mas nunca um fim em si mesmo.

É preciso que o professor entenda que os temas transversais devem ser o eixo em torno do qual deve girar a temática das áreas curriculares. Pois, através de tais instrumentos pode-se inserir dentro do contexto escolar, as

atuais preocupações sociais. Em síntese, é preciso que o professor aprenda que o melhor professor de Matemática nem sempre é aquele que somente ensina a ciência matemática. Mas, aquele que ensina o aluno a multiplicar o conhecimento e ter uma vida melhor, de forma digna e responsável. Tal princípio também se aplica a tudo aquilo que diz respeito ao meio ambiente.

Posteriormente, perguntou-se aos professores que participaram desta pesquisa, a qual a contribuição dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o estudo dos temas transversais, a exemplo do Meio Ambiente. O Gráfico 2 esboça os dados colhidos através desse questionamento.

Gráfico 2. Distribuição dos participantes quanto à contribuição dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o estudo dos temas transversais, a exemplo do Meio Ambiente.

Fonte: Pesquisa de campo (maio/2017). Os dados esboçados no Gráfico 4 mostram que

segundo 60% dos professores entrevistados os Parâmetros Curriculares Nacionais contribuem para o estudo dos temas transversais, a exemplo do Meio Ambiente, estimulando em sala de aula a discussão sobre a preservação da natureza. Contudo, 40% ressaltaram que estes estimulam a conscientização ecológica entre os jovens.

Destacam Oliveira e Santos (2009), que um dos objetivos dos Paramentos Curriculares Nacionais, editados pelo Ministério da Educação, é disciplinar o processo de ensino, fixando diretrizes e estabelecendo conteúdos para cada ciclo de ensino.

Tal documento trouxe para a discussão pedagógica a necessidade de se trabalhar em sala de aula à transversalidade, por entender que através da interdisciplinaridade pode-se melhor o rendimento escolar. Mediante o quinto questionamento, procurou-se saber dos entrevistados se a Educação Ambiental é importante para a formação do cidadão. A esse questionamento todos os entrevistados (100%) responderam que ‘sim’, ou seja, que a Educação Ambiental é importante para a formação do cidadão. Assim, considerando que somente obteve-se uma resposta, deixou-se de construir um gráfico repredeixou-sentativo para tal resultado obtido.

De acordo com Figueiredo (2004, p. 54), “a educação ambiental é um processo que visa formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito”.

Nesse sentido, a educação ambiental deverá ser trabalhada na escola como processo educacional em todas as instâncias de formação e disciplinas do currículo, pois ela se integra ao processo educacional como um tema transversal que permeia os diferentes conteúdos disciplinares e envolve a apropriação de conteúdos, formação de conceitos e a aquisição de competências para agir na realidade de forma transformadora.

No contexto escolar, ela deve proporcionar a produção da consciência do meio ambiente em geral e a compreensão crítica das questões ambientais decorrentes da sua utilização pelas sociedades humanas no seu percurso histórico, permitindo desenvolver nos alunos um profundo interesse pelo meio ambiente e a vontade de participar ativamente na sua proteção.

Em ato contínuo, procurou-se saber dos participantes como eles avaliam o nível de conhecimento dos seus alunos sobre Meio Ambiente. As respostas colhidas foram transformadas em dados e apresentadas no Gráfico 3, a seguir.

Gráfico 3. Distribuição dos participantes quanto ao fato de como eles avaliam o nível de conhecimento dos seus alunos sobre Meio Ambiente

0%

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20%

30%

40%

50%

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70%

60%

40%

Estimulam em sala de

aula a discussão sobre a

preservação da natureza

(n=6)

Estimulam a

conscientização

ecológica entre os jovens

(n=4)

(4)

Fonte: Pesquisa de campo (maio/2017). Os dados apresentados no Gráfico 3 mostram que

70% dos professores entrevistados avaliam como sendo regular o nível de conhecimento de seus alunos sobre Meio Ambiente; 10% avaliam como sendo insatisfatório e 20%, como satisfatório.

Destaca o próprio Ministério da Educação (BRASIL, 2006, p. 37) que:

Para garantir que todos os alunos aprendam, a escola precisa ter uma proposta pedagógica com orientações claras. É na proposta pedagógica que ficam definidos quais os objetivos para cada etapa, que tipo de atividade precisa ser realizado na sala de aula e na escola, como será a avaliação. Orientados

por essa proposta é que os professores planejam suas aulas.

Partir desse princípio, a escola, em sua proposta pedagógica deve priorizar questões atuais, a exemplo da problemática do meio ambiente, possibilitando que seus alunos tenham as melhores informações sobre o referido tema e adquiriram os conhecimentos necessários para das discussões em sociedade, que o referido tema requer.

Mediante o sétimo questionamento, indagou-se dos participantes se em sua escola existe algum projeto que trabalhe com a Educação Ambiental. O Gráfico 4 relaciona-se a esrelaciona-se questionamento.

Gráfico 4. Distribuição dos participantes quanto ao fato em sua escola existe algum projeto que trabalhe com a Educação Ambiental

Fonte: Pesquisa de campo (maio/2017). Quando se analisa os dados apresentados no Gráfico

acima, verifica-se que segundo 50% dos entrevistados, em sua escolha existe projeto que trabalha com a Educação Ambiental. Contudo, outros 50% afirmaram que não existe. Para trabalhar Educação Ambiental nas escolas, existem vários procedimentos metodológicos, entre os quais destacam-se: atividades artísticas, experiências práticas, trabalhos de campo, produção de materiais locais,

projetos ou qualquer outra atividade que conduza os alunos no processo que norteia a política ambientalista (PEREIRA, 2007).

Na concepção de Sato (2003, p. 31), “o método selecionado pelo professor depende do que ele aceita com o objetivo da educação ambiental, seu interesse e sua formação construtiva”.

0%

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40%

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20%

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Insatisfatório (n=1)

Satisfatório (n=2)

Regular (n=7)

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30%

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50%

50%

50%

Sim (n=5)

Não (n=5)

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Renata Chaves Cardoso et al.

Nessa linha, cabe aos professores, por intermédio de uma prática interdisciplinar, promoverem novas metodologias nas aulas, que favoreçam a implementação da Educação Ambiental; considerar o ambiente da comunidade escolar, relacionando-o a problemas ambientais atualizados, deve ser uma forma de inclusão de conteúdos nas diversas disciplinas dos currículos escolares.

Àqueles participantes que responderam ‘sim’ à questão anterior, perguntou-se como eles avaliam o envolvimento do aluno no projeto de educação ambiental existente em sua escola. Nesse caso, a amostra se limitou a cinco participantes. O Gráfico 5 relaciona-se a esse questionamento.

Gráfico 5. Distribuição dos participantes quanto ao fato de como avaliam o envolvimento do aluno no projeto de educação ambiental existente em sua escola

Fonte: Pesquisa de campo (maio/2017). Os dados esboçados no Gráfico 5 mostram que 60%

dos entrevistados avaliam de forma satisfatória o projeto sobre o meio ambiente existente em sua escola. Os demais, em duas parcelas iguais de 20% avaliam de forma insatisfatória e de forma regular, respectivamente.

A pedagogia de projeto vem se apresentando com sendo um dos recursos mais utilizados para se trabalhar a educação ambiental no contexto escolar. Contudo, destaca Roldão (2006, p. 59), que “trabalhar a Educação Ambiental a partir de eixos temáticos, exige do professor pesquisa, trabalho em equipe, criatividade, entre outros atributos”.

Assim, quanto mais criativo for o professor no desenvolvimento de seu projeto ambiental, maior poderá ser o envolvimento do alunado nas ações educativas. Logo, é necessário trazer uma inquietação para educadores e cidadãos, principalmente, aqueles preocupados em estudar esta temática e buscar alternativas teórico-metodológicas, com potencial para produzir aprendizagem entre os educandos.

Através do penúltimo questionamento procurou-se saber dos participantes se durante a formação acadêmica deles, como as questões ambientais foram abordadas. O gráfico a seguir diz respeito a esse questionamento. Gráfico 6. Distribuição dos participantes quanto ao fato de como as questões ambientais

foram abordadas durante suas formações acadêmicas

Fonte: Pesquisa de campo (maio/2017). Com base nos dados apresentados no Gráfico 6,

segundo 70% dos entrevistados, as questões ambientais

foram abordadas de forma excelente durante suas formações acadêmicas. E, de acordo com os demais

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60%

20%

De forma insatisfatória

(n=1)

De forma satisfatória

(n=3)

De forma regular (n=1)

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10% 10% 10%

70%

De forma insatisfatória (n=1)

De forma regular (n=1)

De forma satisfatória (n=1)

De forma excelente (n=7)

(6)

participantes, divididos em três parcelas iguais de 10%, tais questões foram abordadas de forma insatisfatória, de forma regular e de forma satisfatória, respectivamente.

De acordo com Leff (2001, p. 113), “a educação ambiental se fundamenta em dois princípios básicos: uma nova ética que orienta os valores e comportamentos para os objetivos de sustentabilidade ecológica e a equidade social; uma nova concepção do mundo como sistemas complexos, a reconstituição do conhecimento e o diálogo de saberes”.

Levando em consideração a relevância das questões ambientais, durante a formação do futuro professor, a

educação ambiental é algo que não pode faltar. Ela, como construção de conhecimento consiste em proporcionar aos educandos uma compreensão crítica global, sistematizada do ambiente.

Através do último questionamento indagou-se dos entrevistados se eles, na condição de docentes, enfrentam alguma dificuldade para trabalhar a educação ambiental em sala de aula. O Gráfico 7 traz um esboço dos dados colhidos.

Gráfico 7. Distribuição dos participantes quanto ao fato se eles, na condição de docentes, enfrentam alguma dificuldade para trabalhar a educação ambiental em sala de aula.

Fonte: Pesquisa de campo (maio/2017). Quando se analisa os dados contidos no Gráfico 7,

verifica-se que 30% dos entrevistados, na condição de condição de docentes, sempre enfrentam alguma dificuldade para trabalhar a educação ambiental em sala de aula; 40% ressaltaram que nunca enfrentam e outros 30%, que às vezes enfrentam alguma dificuldade.

De acordo com Baeta et al. (2002, p. 132):

A Educação Ambiental permite desenvolver valores e atitudes que levam a uma postura consciente e participativa nas questões relacionadas à conservação, preservação, utilização de recursos naturais, visando sempre à melhoria da qualidade de vida, eliminando a fome, a pobreza e o risco de extinção das mais variadas formas de vida. Levando em consideração o apresentado acima, a Educação Ambiental deve ser trabalhada em todas as modalidades de ensino, bem como em todos os cursos de nível superior, para proporcionar ao acadêmico o conhecimento necessário que sobre a temática meio ambiente. Principalmente, nos cursos de licenciatura, que formam profissionais para atuarem em sala de aula como agentes facilitadores da aprendizagem.

Assim, se essa temática é pouco trabalhada na graduação, o futuro professor poderá ter dificuldades de trabalhar as questões ambientais no contexto da sala de aula. Para que isto não ocorra, é de suma importância que

haja um espaço especial para educação ambiental durante a formação do futuro docente.

CONCLUSÃO

A Educação Ambiental deve ser considerada uma prática política, sendo essa uma de suas características mais marcantes, visando proporcionar a organização coletiva na busca de soluções para os problemas socioambientais. Além da dimensão coletiva, a Educação Ambiental apresenta também a dimensão individual e se constitui como um processo de grande abrangência, não se limitando aos princípios e às teorias cientificas.

No contexto escolar, a Educação Ambiental não pode se restringir apenas aos conceitos ecológicos da natureza. Ela deve abordar também as questões dos valores morais, da cidadania, da justiça, da saúde, da pobreza, da igualdade e das diferenças de desenvolvimento, dentre muitos outras.

Por isso, a EA implica a triangulação das relações sociais entre as pessoas, a sociedade e o meio, sendo um processo de construção de novos conhecimentos e valores, que criam condições para que as pessoas consigam atingir seu potencial como cidadãos ambientalistas e possam intervir na realidade, sendo corresponsáveis pela melhoria da triangulação das relações.

Uma das contribuições mais importantes da Educação Ambiental é o fato de que ela deve ser trabalhada

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Sempre (n=3)

Nunca (n=4)

Às vezes (n=3)

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Renata Chaves Cardoso et al.

de forma transversal, em todos os currículos escolares, conforme orientação dos PCN, estimulando a luta pelos direitos humanos e pelos direitos da vida, além de uma reflexão a respeito das relações da sociedade com a natureza e com os seres humanos entre si.

Em síntese, é papel da Educação Ambiental preparar as pessoas do presente e do futuro, dispostas e aptas a estabelecerem com o mundo natural novas formas afetivas e vivenciais de educação, ou seja, pessoas capazes de verem e sentirem o ambiente em que vivem.

REFERÊNCIAS

ABÍLIO, F. J. P. (org.). Educação ambiental para o semiárido. João Pessoa: EDUFPB, 2011.

BAETA, A. M. B. et al. Educação ambiental: repensando o espaço. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2002. BEZERRA, M. C. L.; BURSZTYN, M. (Coord.). Ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável. Brasília: Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis: Consórcio CDS/ UNB/ Abipti, 2000. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Indicadores de qualidade do ensino. Brasília: MEC/SEF, 2006.

FIGUEREDO, S. A. Proposta curricular: educação ambiental. Brasília: MEC, 2004.

LEFF, E. Saber ambiental: Sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

OLIVEIRA, V. M.; SANTOS, M. E. P. A prática da educação ambiental no ensino de jovens e adultos (EJA). IX Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão, JEPEX, 2009, Anais.

PEREIRA, J. S. Educação ambiental na educação infantil: um compromisso social. Rev. Bras. Agroecologia, v.2, n.1, fev. 2007.

ROLDÃO, M. C. A educação básica numa perspectiva de formação ao longo da vida. In: Revista Inovação, v. 9, p. 205-217. 1996.

SATO, M. Educação ambiental. 2 ed. São Carlos-SP: Rima, 2003.

ZEPPONE, R. M. O. Educação ambiental: teoria e práticas escolares. Araraquara-SP: JME, 2011.

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