40
*M
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA ÇATARINA
CENTRO
DE
CIENCIAS
DA
SAUDE
DEPARTAMENTO
DE
TOCOGINECOIÍOGÍÃ
/D
¿//W
IIIIMITIFIISMÉÍII
Ill
I'EIiII|\II|\
MASSA
ÚSSEIR
M
MIIIIIEBES
I'ÍI$-|I|E|I'lI|'I\II$I\IIfl$
IITRIW
S
M
IlE|I$I`I'0MEI'III|l
IISSHI
:121
IMSIIS
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIENCIAS
DA
SAUDE
DEPARTAMENTO
DE TOCOGINECOLOGIA
ÍIIIIIITIFIIHIIÊIIU
Ill
PEIIIII
Ill
MASSA
IÍSSER
M
MIIIIIEIIES
|}IÍS-MEIIIIIPIIIISIIIIS
RTIIMIÊS
Ill
IIE|ISI`IIIME`I'RIl
IISSEI
:121
IMSIIS
(ø/\z‹/vw
'~.¿
AUToRz
PAULO
DE TARs0
FREITAS*
0RIENTADORAz
MIRIAM KRIEGER TAVARES
DA CUNHA
MELO
* Doutorando da 12° fase do Curso de Graduação
em
Medicina/UFSCAGRADECIMENTOS
-
Dra.
Miriam
Krieger
Tavares
da
Cunha
Melo;
- Dr.Luiz
Henrique
Silva;-
Guilhermina
dos
Santos;SUMÁRIO
RESUMO
... ..ABSTRACT
... .. 1.INTRODUÇAO
... .. 2. |v|ATER|A|.E |v|ÉToDos
... ._ 3.RESULTADOS
... .. 4.DISCUSSÃO
... _. 5.CONCLUSAO
... _. 6.REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..El?
RESUMO
Através de
um
estudo transversal,foram
analisadas 127 pacientesno
período entre fevereiro e
maio
de 1996, atendidasna
Clinica deMedicina
Nuclear
São
Sebastião,onde foram
submetidas aexame
de densitometria óssea duo-energéticacom
fontes de raios-X, a-fm
de se fazeruma
associação entreosteoporose e alguns dos principais fatores de risco que
podem
levar à perda demassa
óssea.Constatou-se que é muito importante a influência
do
tempo
demenopausa
na
determinaçãoda
massa
óssea, demodo
que é fundamental ainstituição de
uma
terapêutica precoce para se evitar osteoporoseno
futuro, eassim, reduzir as conseqüências catastróficas.
Não
foi encontrada relação entre tabagismo, história familiar e atividade fisicacom
perda demassa
óssea .Com
relação ao peso corporal, foi observadoque
as pacientes obesastiveram
menor
perda demassa
ósseano
fêmur,porém
esta relaçãonão
foi observadana
coluna.ABSTRACT
Through
a transversal study, 127 patientswere
analised in a periodbetween febmary and
march
of 1996, attended at the Clinic of NuclearMedicine
São
Sebastião,where
theyWere
submitted toan
exam
of
dual energy X-rayabsorptiometry, in order to
make
an associationamong
osteoporosisand
some
ofthe
main
factors that can determine the loss ofbone
mass.z›
It
was
verified that it is very important the influence infthe time ofmenopause
in the determination of thebone
mass, so that it is fundamental tohave
the institution of an early therapeutic in order to avoid osteoporosis thefuture,
and
intum
lessen the catastrophic consequences.It
was
found
that smoking, family historyand
physical activity haveno
relation to the loss
of
bone
mass.ln relation to
body
Wheight, itwas
observed that the obese patientshad
1.
1NTRoDUÇÃo
Osteoporose é
uma
doença
caracterizada pela diminuiçãoda
massa
óssea e a desorganização
da
arquitetura ósseacom
aumento do
risco de fratura(8,21).
A
diminuição damassa
óssea para60%
a65%
dos valores normais,isto é, ao atingir o lirnite teórico de fratura, predispõe a sua ocorrência-
em
regiõesespecíficas
do
esqueleto, a saber: coluna vertebral, região distaldo
rádio e colodo fêmur
(5,23).A
osteoporosepode
ser primáriaou
secundária.A
primária inclui a involucional tipo I (osteoporoseda
pós-menopausa), involucional tipo II(osteoporose senil), idiopática juvenil e idiopática
do
adultojovem
(4,23,26,27).A
secundáriatem
relaçãocom
inúmeras doenças,como:
insuficiência renal crônica, síndrome de má-absorção,mieloma
múltiplo, artrite reumatóide,hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, hipercortisolismo, diabetes mellitus, e
com
vários medicamentos,como:
anticonvulsivantes, antiácidoscom
alumínio,hormônios
tireoidianos, corticóides, vitamina A, diuréticosdealça
e agonistasdo
GnRH
(4,23,26,27).Há
três fases distintas demudança
na massa
ósseano
decorrerda
vidada
mulher:na
primeira fase,há
uma
obtençãodo
pico demassa
óssea, quetermina entre trinta e trinta e cinco anos de idade; a
segunda
fase consistena
perda lenta de
massa
óssea que se inicia após os trinta e cinco anos e.compromete
os ossos cortical e trabecular; por último, a terceira fase, queconsiste
na
perda óssea por deficiência estrogênica,havendo maior
ff/ .
,W
,‹.'
A
perda ósseana mulher
antesda
menopausa
atingeem
tomo
de3%
a5%
por década (4,21).Na
menopausa,
este índice atingeem
média
2%
por anopelos
próximos
cinco a dez anos (21). Durante este período a osteopenia segueuma
curva exponencial,com
a perdamaior
ocorrendo nos anosmais
precocesda
menopausa;
após, diminui e finalmente atingeo
nívelpós-menopáusico
(21).Com
referência à osteoporoseda
pós-menopausa, nos EstadosUnidos
constitui
um
problema
de saúde pública, pois afeta25
milhões de mulheres,com
média
anual de 1,3 milhões de fraturas e custo estimado de sete a dez bilhões dedólares (5, 23).
No
Brasil,embora
a fragilidade de nossas estatísticasnão
permita maiores infonnações,podemos
afirmar que oproblema
se agrava a cada ano,principalmente pelo
aumento
relativoda
população de mulheresmenopausadas
eda
expectativa de vida deste grupo (5).Existem
inúmeros fatores quepodem
levar à osteoporose: idadeavançada; mulheres
magras
e de baixa estatura; brancas e/ou orientais;menopausa
cirúrgicaou
natural; baixa ingestão de cálcio; alta ingestão deproteínas, fósforo, café (mais de 4 xícaras/dia), bebidas alcoólicas (mais de 2
drinques/dia);
além
defumo
(mais de 10 cigarros/dia), nuliparidade,,
4---~'¶
hereditariedade e vida sedentária (3,4,5,7,23,26).
Como
a diminuiçãoda
massa
óssea é progressiva depoisda
menopausa,
os sintomasnão
semanifestam
até ocorrerem as fraturas,com
aconseqüente dor (4,19). Portanto,
uma
história clínica, pormais
completa queseja,
não
serve paraum
diagnóstico precoce.São
descritosnumerosos
testesbioquímicos, entre os quais destacam-se
medida do
cálcio, fósforo, fosfatasealcalina, osteocalcina, coeficiente urinário de cálcio e hidroxiprolina,
porém
não
sao, atualmente, de grande utilidade, pois
na
maioria das vezes estão normais (19).Os
métodos
radiográficospouco
auxiliam, visto que só diagnosticam a*gw
ft
É
%¿;<â¬_ :fz
osteoporose
quando
existeuma
diminuição de pelomenos
30%
na
massa
óssea(5,l9,23).
Medir
a perda demassa
óssea antes que apareça a fratura constitui amelhor
alternativa, pois talmedição
permite prever o risco de fratura equantificar a severidade
da
enfermidade e a resposta ao tratamento (19).Hoje
em
dia, existem técnicas seguras e precisas para determinar amassa
óssea: densitometria de emissão única, densitometria de dupla emissao,tomografia axial computadorizada e ultra-sonografia (19).
As
principais indicações de densitometria óssea são: l) rastreamento9
Ie pacientes
com
risco de fratura (através de estudos populacionais, preocupação1 ( t
W
z 63,3 E(W
da
paciente, presença de fatores de risco, antes de iniciar tratamentocom
drogaspotencialmente osteopenizantes); 2) diagnóstico de pacientes
com
anormalidades vertebrais; 3) monitorização (identificar asnão
respondedoras auma
terapêutica e as “perdedoras rápidas”); 4) avaliação de pacientes de alto risco (amenoiréia,hiperprolactinemia, tratamento
com
corticosteróides, tratamentocom
anticonvulsivantes, alcoólatras, vida sedentária, história familiar, fumantes,
múltiplas fraturas atraumáticase outras doenças) ( 23,28).
O
presente estudo propõe-se a realizaruma
análise quantitativada
perda de
massa
óssea relacionada a alguns dos principais fatores de risco paraosteoporose,
em
mulheres que realizaramo
exame
de densitometria óssea dedupla emissão
na
Clínica deMedicina
NuclearSão
Sebastião,em
Florianópolis,2.
MATERIAL
E
MÉTODOS
Me"
Trata-se de
um
estudo transversa?`/qiue analisa mulheresna
pós-menopausa,
após realizarem oexame
de densitometria ósseana
Clínica deMedicina
NuclearSão
Sebastião,em
Florianópolis,no
períodocompreendido
entre fevereiro e
maio
de 1996.Foram
selecionadas todas as mulherescom
até dez anos demenopausa
natural,que
nunca
fizeram uso de hormonioterapia, possuindoou não
fatores derisco para osteoporose, totalizando 127 pacientes.
Ressalvamos
queforam
excluídas todas as pacientes que estavamno
menacme,
tinham mais
de dez anos demenopausa,
jáfizeram
uso de terapiade reposição hormonal,
possuíam
doençasou usaram medicamentos
que interfiramna
massa
óssea, mulherescom
menopausa
cirúrgica, e aquelas que játinham
osteoporose diagnosticada.A
todas as pacientes quechegavam
na
clínica,encaminhadas
porespecialistas de diversas áreas (endocrinologia, reumatologia, ginecologia, ortopedia, entre outras),
eram
feitas perguntas seguindoum
protocolo,com
afinalidade de preencher os critérios de seleção
acima
citados.aí/
/ 901.»/17As
variáveis estudadas foram:tempo
de pós-menopausa, tabagismo,história familiar de osteoporose, atividade ñsica e índice de
massa
corpórea.O
índice demassa
corpórea foi calculado atravésda
seguinte fónnula:peso/altura”, de
modo
que mulherescom
valores maioresou
igual a30
são consideradas obesas(9
).A
perda demassa
óssea foi calculadaem
percentagem esegundo o
escore de Z, quemede
a distânciado
valorda
densidade mineral ósseaem
relação ao valormédio
deuma
população adultajovem
em
unidades de desvio'P®”°'*
padrão (28).
Segundo
a OrganizaçãoMundial
de Saúde,1994
(25 ),Z
n_1_e1_1_Qr‹ou
igual a -2.5
DP
significa osteoporose; entre -2.00 e -2.50DP
significa osteopenia moderada; inferior a -1.00 e superior a -2.00 é osteopenia leve; entre-1.00 e zero é osteopenia fisiológica; valores positivos indicam ausência de
osteopenia.
Foi utilizado densitômetro de dupla emissão
com
fontes de raios-X,sendo
muito
adequado
para examinar o osso trabecular (vértebras lombares, colodo
fêmur),porém
também
permite estudar o esqueleto completo (l 1, 19,23).Os
resultadosna
colunaforam
obtidos basicamente poruma
média
dasmassas
ósseas entreL2
eL4
(L1 sofre influência das costelas eL5
da
cristailíaca), enquanto
no
fêmur foram
obtidos de acordocom
amassa
ósseado
triângulo de
Ward
(localonde
há maior
quantidade de osso trabecular).Os
dadosforam
digitados e analisados- atravésdo
pacote estatístico Epilnfo versão 6.04, utilizando-secomo
método
testeT
de Student.Foram
3.1
RESULTADOS
Nf*
TABELA
I -TEMPO
DE
PÓS-MENOPAUSA
XPERDA
ÓSSEA
NA
COLUZIÊC/
\ `¡/\g/(›0`d/
,IM /“
TEMPO
N°cAsos
MÉDIA
PERDA ÓssEA
(%)z
Mn
1 Até 2 anos incompletos 30 3,67 ,¡ -0 36WM/
'zasanosincompiezoâ 29 6,36 / -o_7o
A¬'^ 5 z 11 anos incompletos aa 17,33
/
-1_77X"›^//W p<o,o1
DÊ'
"“'°“'\ 'ÍM
N Fonte: Clínica de Medicina Nuclear São Sebastião, Florianópolis, 1996L/
M' ‹z«zQ‹~›<f404!/‹»‹<2‹z7
vi/z.‹›vÁ,, ó¿17zzz,¿,/¢‹@¿'-ff;
TABELA
|| -TEMPO
DEPÓS-|v|ENoPAusAx
PERDA
ÓssEA
No
|=Êiv|uRTEMPO
N°CASOS
MÉDIA
PERDA
ÓSSEA
(%)Z
Até 2 anos incompletos
30
8,07 -0_562 a 5 anos incompletos 29 17,45 -1_22 5 a 11 anos incompletos 68 23,63 -1,65
p<o,o1
Fonte: Clínica de Medicina Nuclear São Sebastião, Florianópolis, 1996
TABELA
III - ATIVIDADE FÍSICA XPERDA
ÓSSEA
NA
COLUNA
ATMDADE
|=is|cA N°cAsos
|v|ÉD|APERDA
ÓssEA
(%)z
/,
SEDENTÀRIA
99 11,82 --1.19/É/IODERADA
28 11,64 -1.220.05
Fonte: Clínica de Medicina Nuclear São Sebastião, Florianópolis, 1996
V¿z%`ózf(
ÁJ4‹é;‹/Lafidf
¿¿fi/¿íz,,,_¿Ú
o0M×<>â@(zwz¢¿Q,
Wymzâzrfi
TABELA
lv - A'r|v|DADE ¡=ís|cA xPERDA
ÓssEA
No FÊMUR
¡
ATIVIDADE
FÍSICAN°
CASOS
MÉDIA
PERDA ÓSSEA
(%)Z
SEDENTARIA
99 18,48 -1.29MODERADA
28 18,75 -1.32p> 0,05
TABELA V
-FUMO
X
PERDA
ÓSSEA
NA
COLUNA
FUMO
N°CASOS
MÉDIA
PERDA
ÓSSEA
(%)Z
FUMANTES
20 9,20 -0.93NÃO FUMANTES
107 12,27 -1.24p> 0,05
Fonte: Clinica de Medicina Nuclear São Sebastião, Florianópolis. 1996
TABELA
v|-Fumo
x
PERDA
ÓssEA
NoFÊMUR
FUMO
N°CASOS
MÉDIA
PERDA ÓSSEA
(%)Z
FUMANTES
20 17,65 -1.24NÃO
FUMANTES
107 18,71 -1.31p> 0,05
TABELA
VII - HISTÓRIA FAMILIAR XPERDA
ÓSSEA
NA
COLUNA
HISTÓRIA FAMILIAR
N°CASOS
MÉDIA
PERDA
ÓSSEA
(%)Z
SIM 23 11,04 -1.10
NÃo
104 11,95 -1.22p> 0,05
Fonte: Clínica de Medicina Nuclear São Sebastião, Florianópolis, 1996
TABELA
v||| - H|s'rÓR|A |=AM|L|AR xPERDA
ÓssEA
No FÊMUR
HISTÓRIA FAMILIAR
N°CASOS
MÉDIA
PERDA
ÓSSEA
(%)Z
SIM 23 18,65 -1.31
NÃO
104 18,52 -1.30p> 0,05
TABELA
IX- INDICE DEMASSA
CORPÓREA
X
PERDA
ÓSSEA
NA
COLUNA
|.M.c N°
cAsos
MÉD|A
PERDA
ÓssEA
(%)z
< 30,00 77 13,27 -1.35
2 30,00 50 9,50 -0.95
p> 0.05
Fonte: Clínica de Medicina Nuclear São Sebastião, Florianópolis, 1996
TABELA
x- |ND|cEDE
MAssA
CQRPÓREA
x
PERDA ÓssEA No
l=Ê|v|uRl.M.C N°
CASOS
MÉDIA
PERDA ÓSSEA
(%)Z
< 30,00 77 21,04 -1.48
Ô
z 30,00 so 14,70 -1.03Fonte: Iínica de Medicina Nuclear São Sebastião, Florianópolis, 1996
4.
DISCUSSÃO
Na
tabela I observa-seque
amédia
de perda demassa
ósseana
colunafoi de
3,67%
(Z=
-0,36) para mulherescom
até 2 anos depós-menopausa
incompletos (30 casos),
6,86%
(Z=
-0,70) para pacientescom
2 anos até 5 anos depós-menopausa
incompletos (29 casos) e17,38%
(Z=
-1,77) para mulherescom
5 anos até 11 anos incompletos depós-menopausa
(68 casos).Houve
significativa associação entre
tempo
depós-menopausa
e perda demassa
ósseana
coluna (p< 0,01).Enquanto
as pacientescom
até 2 anos depós-menopausa
tiveramuma
média
de perda demassa
óssea que corresponde a urna osteopeniafisiológica, as
com
pelomenos
5 anosdQS§11e~erm
uma
média
que corresponde auma
osteopenia leve.K“~
Na
tabela II os resultadosforam
semelhantes.A
perda ósseaem
mulheres
com
5 `a 11 anos de
pós-menopausa (23,63%;Z=
-1.65), foi muitomaior quando
comparada
a pacientescom
2 a 5 anos depós-menopausa
(17,45%;
Z=
-1.22) e até 2 anos(8,07%;Z=
-0.56), demodo
quetambém
houve
grande associação entretempo
depós-menopausa
e perda demassa
ósseano fêmur
(p<0,01).Mc
Knight
et al (15), Riggs et al (20), Stevenson et al (24) eRyan
etal (22), encontraram
uma
diferença significativa entre a densidade mineral ósseamédia
de mulheresna
pré-menopausa,menopausa
e pós-menopausa,mostrando
que
na pós-menopausa há
asmenores
densidades ósseas.Ooms
et al (18), ao estudarem mulheresacima
de70
anos,também
encontraram maiores perdas demassa
óssea nas mais idosas.Neste estudo, de acordo
com
as tabelas III e IV, encontramos,em
mulheres sedentárias ecom
atividade física moderada, valores semelhantes deosteopenia, tanto
na
colunacomo
no
fêmur.As
sedentárias (99 casos) tiveram_/-5£°1,
(Z=
-1.29)no
fêmur. Já ascom
atividade fisicamoderada
(28 casos),perderam
11,64%
(Z=
-1.22)na
coluna e18,75%
(Z=
-1.32)no
fêmur. Portanto,não
houve
associação entre atividade fisica e perda demassa
óssea (p>0,05)./Nelson
et al (17)não
encontraram, estatisticamente, diferençasna
densidade óssea entre mulheres
com
alta atividade fisica e sedentárias.Afirma
que
a ingestão elevada de carboidratos eaumento
dos níveis séricos de 1,25-dihidroxivitamina
D
nas mulherescom
alta atividade fisicapode
aumentar aabsorção intestinal de cálcio e níveis
aumentados do
GH
(hormônio do
crescimento) e
Sm-C
(somatomedina-C)podem
agircomo
fatoresdo
crescimentono
osso. J á as mulheres sedentárias, geralmente obesas,possuem
níveis maioresQ- e estrona e, desta forma,
mantêm
amesma
densidade mineral óssea. Fernandeset al (5) e Curiel (3),
sugerem
quena
atividade fisica os fatoresmecânicos
exercem
uma
influência fundamental sobre a homeostase óssea,aumentando
aatividade osteoblástica.
No
estudo deMc
Knight et al (15),também
não
foi encontradacorrelação entre atividade fisica e perda óssea,
porém
Greendale et al (6) e Krallet al (14)
sugerem
um
efeito protetordo
exercício sobre a densidade mineral ósseado
quadril.Nas
tabelasV
e VI, deum
total de20
mulheres fumantes, asmédias
de perda demassa
ósseana
coluna eno fêmur
foram, respectivamente,9,20%
(Z=
-0.93) e17,65%
(Z=
-1.24), enquantoem
107 não-fumantes, as perdasforam
de12,27%
(Z=
-1.24)na
coluna e18,71%
no fêmur (Z=
-1.31). Destaforma,
não
encontramos associação entre tabagismo e osteoporose (p>0,05),concordando
com
os estudos deMcKnight
et al (15),Hemenway
et al (10) e\5§<~
l*
Qéá
A
literatura mundial, porém, sugere esta associação (l,2,4,5,7,20).Há
diversas suposições: fumantes
do
sexo feminino são maismagras do
que asnão-fumantes, mulheres que
fumam
apresentam concentrações séricasmais
baixas de estrogêniosendógenos
eapresentam
mÇ_no11a_usa_mais,,pgrecocedo
queas mulheres que
não
fumam
(1,7).\
c”fi
Como
mostra as tabelas VII e VIH, dos 23 casoscom
história familiarpositiva,
houve médias
de perda demassa
óssea de11,04%
(Z=
-1. 10)na
colunae
18,65%
no fêmur (Z=
-1.31), enquanto os 104 casossem
história familiartiveram perdas de
11,95%
(Z=
-1.22) e18,52%
(Z=
-1.30). Portanto,não houve
associação
da
influência genéticacom
a osteoporose (p>0,05),concordando
com
o estudo de
Ryan
et al (22) .No
entanto, a literatura sugereo
contrário ( 4,5,l2,13). Kelly (12),em
um
recente estudo, sugeriu que influências genéticas estariam implicadasna
regulaçãoda
massa
óssea, taiscomo:
gene receptor deVitamina D,
genes pró- colágenos, gene receptor de estrogênio e outros.Observa-se
na
tabela IX,que nos50
casos de obesidade, tivemosuma
média
de perda demassa
óssea de9,50%
(Z=
-0,95), enquanto as77
mulheres não-obesas tiveramuma
perda de13,27%
(Z=
-1.35),não mostrando
correlaçãoentre osteopenia e índice de
massa
corpóreana
coluna (p>0.05). Jáno
fêmur,como
mostra a tabela X, a perda nas mulheres obesas foi de14,70%
(Z=
-1.03) e nas não-obesas21,04%
(Z=
-1.48),mostrando
que as obesastêm menor
perda demassa
ósseano fêmur
(p<0,03). Sugere-seque
o excesso de peso sobre o quadril sejaum
estímulo para a formação óssea (l,7,15,l7).Também
possuem, as obesas,maior
quantidade de estrogênio,ou
seja,um
fator de proteção para a osteoporose (1,7,15,17). _¬\
ML
LX
`*'lf\,` '/\/\l/\i/vi \¡ ¡^¡\ I \\w
ql
)í(gE,)J»\\»\¡iz%'Q
WW
HPor
outro lado,Nelson
et al (16) e Broulik et al (2), ao analisaremtanto pacientes saudáveis
como
osteoporóticas,não
encontraram nas pacientescom
osteoporoseum
índice demassa
corpórea significativamentemenor
,levando-os a sugerir que a obesidade
não
sejaum
fator de proteção para o desenvolvimento de osteoporose.5.
CONCLUSÃO
- Existe
uma
grande correlação entretempo
demenopausa
e perda demassa
óssea,evando
a crer queo
uso de terapia de reposição hormonal,a
/lí
n I 1 n I u o à'impedindo
o decrescimo dos esteroides sexuais endogenos,diminua
a aceleraçaoóa
perda demassa
óssea.JY\/OJ
Lè//Í~Ú¿¿'¿¿;«U3
~,›"--Ã;-
Não
encontramos associação entre história familiar, tabagismo e atividade fisicacom
perda demassa
óssea.-
As
mulheres obesastêm menor
perda demassa
ósseano
colodo
fêmur
em
comparação
com
as não-obesas.-
Não
encontramos con~e1ação entremassa
corporal e perda demassa
ó.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ALOLA,
J .F.;COHN,
S.M.;VASWANI,
A.,YEN,
J.K.;YUEN,
K.,ELLIS,
K.
Risk
factors forpostmenopausal
osteoporosis.Am.
J . Med., 78 (1):95-100, 1985.
BROULIK,
P.D.;KAPITOLA,
J. Interrelationsbetween body
weight,cigarette
smoking
and
spinemineral
density in osteoporoticCzech
Women.
Endocr. Regul,27
(2): 57-60, 1993.CURIEL,
M.D.
Fisiopatologiade
la osteoporosispostmenopáusica.
In:Palacios, S. Climaterio
y Menopausa.
Madri, Ed. Mirpal, p. 119-28, 1993.FERNANDES,
C.E. Osteoporose. In Halbe,H.W.:
Tratado de Ginecologia,2. ed.,
São
Paulo, Ed. Roca, p. 1259-73, 1994.FERNANDES,
C.E.;CAMPOS,
A.A.;PEREIRA
FILHO,
A.M.;
SOARES,
A.;
URBANETZ,
A.A.;FONSECA,
A.A. et al. Climatério -Manual
de
Orientação.FEBRASGO,
1995.GREENDALE,
G.A.;BARRET-CONNOR,
E.,EDELSTEIN,
S.,INGLES,
S.,HAILE,
R. Physical activityduring
the entire lifeand
osteoporosis.Am.
J. Epidemiol., 141 (10): 951-9, 1995.GRIFFIN,
J.Osteoporose
e o riscode
fratura.Office
of Health Economics,8.
HALBE,
H.W.;
MANTESE,
J.C.;CUNHA,
D.C. Osteoporose:Questões
Atuais. Sinopse de Ginecologia e Obstetrícia (4): 102-04, 1993.
9.
HALPERN,
A.Obesidade.
In:WALCHENBERG,
B.L. Tratado deEndocrinologia Clínica, 1. ed.,
São
Paulo, Ed. Roca, p. 914, 1992.10.
I-IEMENWAY,
D.;COLDITZ,
G.A.;WILLETT,
W.C.;
STAl\/IPFER, M.J.;SPLIZER,
F.E. Fracturesand
lifestyle: effect of cigarettesmoking,
alcohol intake,and
relativeweight
on
the risk of hipand
forearm
fractures in
middle
-aged
women.
Am.
J. Public Health,78
(12): 1554- 8, 1988.11.
JERGAS, M;
GENAUT,
H.K.
Métodos
actualisy
avances
recientesen
eldiagnóstico
de
la osteoporosis.Menopause
Digest, 4: 12-16, 1994.12.
KELLY,
P.J. Is osteoporosis a geneticallydetermined
disease? Br. J. Obstet. Gynaecol., 103 (Suppl. 13): 20-27, 1996.13.
KELSEY,
J.L.Risk
factors for osteoporosisand
associated fractures. Public Health Rep., 104 (Suppl. 14-20), 1989.14.
KRALL,
E.A.;HUGHES,
B.D.Caminar
está relacionadocon
ladensidad
óseay
las velocidadesde perdida
ósea.Am.
J.Med.,
96: 20-26, 1994.15.
MC
KNIGHT,
A;
STULE,
K;
MILLS,
K.;GILCHÇRIST,
C.,TAGGART,
H.Bone
mineral
density in relation tomedical
and
lifestyle risk factors for osteoporosis inpremenopausal,
menopausa!
and
postmenopausal
in general practice. Br. J. Gen. Pract.,45
(395): 317-20, 1995.NELSON,
D.A.;KLEEREKOPER,
M.,PETERSON,
E.,PARFITT,
A.M.
Skin
colorand body
size as risk factors for osteoporosis. J. Clin.Endocrinol. Metab., 3 (1): 18-23, 1993.
NELSON,
M.E.;MEREDITH,
C.N.;HUGHES,
B.D.;EVANS,
W.J.Hormone
and
bone
mineral
status inenduranced
- trainedand
sedentary
postmenopausal
women.
J. Clin. Endocrinol. Metab.,66
(5):927-33, 1988.
OOMS,
M.E.; LIPS, P.,VAN-LINGEN,
A.;VALKENBURG,
H.A.
Determinants
ofbone
mineral
densityand
risk factors for osteoporosis in healthy elderywomen.
J.Bone
Miner. Res., 8 (6): 669- 75, 1993.~
PALACIOS,
S.;CENO,
C.M.
Epidemiologia, clínica, diagnósticoy
screeningde
la osteoporosispostmenopausica.
In: Palacios, S.Climaterio
y
menopausa.
Madri, Ed. Mirpal, p. 129-141, 1993.RIGGS,
B.L. Pathogeuesis of osteoporosis.Am.
J. Obstet. Gynaecol., 156(5): 1342-46, 1987.
RIIS, B.J.
The
role ofbone
turnover
in thepathophysiology
ofosteoporosis. Br. J. Obstet. Gynaecol., 103 (13): 9-15, 1996.
RYAN,
P.J.;BLAKE,
G_.M.;FOGELMAN,
J.Postmenopausal
screeningfor osteopenia. Br. J. Rheumatol., 31 (12): 823-28, 1992.
SIMÕES,
R.D.;SZENJFELD,
V.L.;ATRA,
E.Aspectos
do
metabolismo
ósseo. Osteoporose. In: Lima, Rodrigues. Ginecologia endócrina.
São
STEVENSON,
J.C.;LEES,
B.,DEVEN
PORT,
M.;CUST,
M.P.;GAUGER,
K.F.Determinants
ofbone
density innormal
women:
risk factors for future osteoporosis? B.M.J,298
(6678): 924-8, 1989.SZENJFELD,
V.L.Medidas
de
massa
óssea.ARSCVRANDI
ClínicaMédica, (28): 58-62, 1995.
SZENJFELD,
V.L.;ATRA,
E. Osteoporose.ARSCVRANDI
ClínicaMédica, (28): 66-75, 1995.
WAHNER,
H.W.;
FOGELMAN,
I.Metabolic
bone
diseaseand
osteoporosis:
Relevant
information forbone
mineral measurements.
In:Wahner,
M.W.;
Fogehnan, I.:The
evaluationof
osteoporosis:Dual
energy x-ray absorptiometry in clinical practice, Ed. Martin Dunitz,
London,
p. 1-8, 1995.WAHNER,
H.W.;
FOGELMAN,
I. Clinicalbone
density. In:Walmer,
H.W.;
Fogelman, I.:The
evaluation of osteoporosis:Dual
energy x-rayabsorptiometry in clinical practice. Ed. Martin Dunitz,
London,
p. 230-7.
PROTOCOLO
1. Idade: 2. Peso: 3.Altura:___
w/W
ZL
4.Menopausa:
()sim
()não
5.Menopausa
2 ( )natural ( ) cirúrgica 6.Tempo
de pós-menopausa: 7. Atividade física:( ) alta (
)moderada
( ) sedentária 8. Tabagismo:( )
Sim
i( )I1ã09. História familiar de osteoporose:
()sim(
)não
(
)sim
()não
Qual(is)?11. Já
usou
algum medicamento
portempo
prolongado?( )
sim
( )não
Qual(is)?12.
Tem
alguma
doença?TCC
UFSC
TO
0141 Ex.l _ N-CMM TCC UFSC TO 0141Autor: Freitas, Paulo de
Título: Quantificação da perda da massa
‹ _ 972804185
V ~Ac_
254276