EFEITO DO CONTROLE DO BERN E SOBRE O GANHO DE PESO
E QUALIDADE DOS COUROS EM NOVILHOS DE CORTE'
FERNANDO EUSTAGUIO PEIXOTO DE MAGALHÃES1 e CARLOS LESSKIU'
RESUMO - Com o objetivo de avaliar o efeito do controle do berneDermatobia hominis sobreo ganho de peso e a qualidade dos couros, foi realizado um experimento, através do emprego de bernicidas, em 39 novilhos de corte distribuldos em três lotes de treze animais, atéa idade de abate, a saber, por um perlodo de dois anos e meio. Dois dos lotes foram tratados com o larvici-da fosfonato de 0,0 diinetil, oxi-2,2,2-tricloroetilo. O lote n° 1 recebeu o tratamento de quatro em quatro semanas, o lote n° 2 de oito em oito e o lote n°3 ficou sem tratamento. Os resultados mostraram que a infestação larval foi significativamente mais reduzida nos lotes tratados do que no lote não tratado (testemunha). Também não houve diferença significativa quanto ã qua-lidade dos couros nos dois lotes tratados: no testemunha, porém, a quaqua-lidade foi inferior. Neste trabalho é apresentada uma análise do custo-beneficio do tratamento.
Termos para indexação: milase cutãnea, bernicida, classificação de couros. EFFECT OF WARBLE FLY LARVAE CONTROL ON WEIGHT GAIN
AND H1DE GUALITY IN CAULE FOR BEEF PRODUCTION
ABSTRACT - Stucties are presented to measure the effect on weight gain and hide quaiity, in cattle reared for beel production, under severai conditions of contrai of infestations from the iarvae aI
Dermatobia hominis (Warble 1 ly). Thirty-nine caives were randomly distributed into three groups, each of thirteen animais, and reared until age for slaughter at iwo and haif years. Two aI the groups were treated with the larvicide 0,0 dirnethyi, oxy- L2,2 - triciaroethyi phosphonate and lhe third group remamned untreated to serve as a contrai. Olhe twa treated groups, the animais in one group received an appiication of the iarvicide ance everN four weeks and in the ather group, once every eight weeks. The resuits shawed that in the treate 1 groups iarvai infestation was very significantiy reduced in comparisan with the controis. There was no significant difference in weight gain between either lhe treated groups ar the contrai graup. Aisa. there was na significant difíerence in lhe quaiily of lhe hides in the twa treated groups, buithe contrai groupwas significantiy inferior. An anaiysis af lhe cost-benefit of treatment is presentect
index terms: skin disease aI beef cattle, iarvicide, classificatian af hides,
INTRODUÇÃO
Dcrmatobia hominis (Linnaeus Jr. 1781) é o agente
causal de uma milase cutânea de bovinos e demais animais domésticos e selvagens, da América tropical e subtropical. As infestações causadas em bovinos pe-las larvas dessa mosca, conhecida por berne no Bra-sil, constituem um grande obstáculo para a pecuária em muitos paises da América Latina. De modo geral, a Dermatobia encontra-se desde o sul do México até o norte da Argentina. O Chile é o único pais latino-ame-ricano livre deste parasito (Creighton & Neel 1952).
* Neguvan-Bayer
Aceïto para publicação em 11 dedezembrode 1981.
1
Med. Vet. Pesquisadorda EMBRAPA, atualmente à disposição do M.A. - LANARA, Caixa Postal 50 CEP 33600 - Pedro Leopoldo, MG.
Med. Vet. IAPAR, Caixa Postal 129, CEP 84100 - Ponta Grossa, PR.
Dentro de cada pais, o parasito tende a se localizar de preferência nas regiões quentes e úmidas, de vegeta-ção abundante e de altitude não superiora 1.000 me-tros. As regiões secas do Nordeste do Brasil não favo-recem o desenvolvimento do berne (Costa & Freitas 1960/1961).
As perdas ocasionadas pelo parasitismo dessas lar-vas no tecido subcutâneo dos bovinos são traduzidas pela diminuição da produção de leite e carne e desva-lorização comercial das peles e couros (Costa & Frei-tas 1960/1961 e Mateus 1967).
Segundo a revisão bibliokráfica realizada por Guimarães & Papavero (1966), estima-se que as per-das causaper-das pela Dermatobia atingem 200 milhões de dólares por ano, na América Latina,
Mullison & Shaver (1960) calcularam que este pa-rasito causa, na América Central, aproximadamente cinco milhões de dólares de prejuízos, por ano.
De acordo com Barat (1975), o couro de um bovino médio representa 7 a 7,5% do peso vivo do animal e 5 a 10% do valor total da rês- Acrescenta que a demanda de couros de boa qualidade tem aumentado muito e Pesq. agropec. bras., Brasilia, 17(2):329-336, fev, 1982.
K!i]
F.E.P. de MAGALHÃES e C. LESSKIU
somente se vê limitada pela escassa oferta do
produ-to. Essa escassez é efetivamente considerada crônica
no mercado internacional, uma vez que o preço da
matéria-prima tem registrado, nos últimos anos, um
aumento, sem precedentes, de 300%. Isto tem ainda
fortalecido a demanda de sucedáneos e acarretado
um grande problema para o couro natural e seus
sub-produtos. Embora a produção de couro de fontes
ordi-nárias, em forma de subprodutos da indústria de
car-ne, seja limitada e inelástica, existe ainda muita
margem para aumentá-la nos países em
desenvolvi-mento.
Segundo Lamadé (1975), as exportações de couros e
subprodutos de países em desenvolvimento têm
regis-trado um aumento bem expressivo. Como exemplo,
temos o Brasil, que, no ano de 1974, exportou 130 mi
lhóes de dólares, contra 37,4 milhões, em 1971.
Dados fornecidos pelo Centro de Indústrias de Cur-
tumes do Brasil/CACEX' mostram que as
exporta-ções de couros e peles efetuadas no triênio de 1978 a
1980 foram de 367,5 milhões de dólares. Desse total,
70% referem-se a couros e peles oriundas de bovinos.
No Brasil, o controle dessa parasitose que danifica
os couros, até o momento, está estritamente baseado
no uso de inseticidas que não têm, no entanto, ofere-
cido resultados inteiramente satisfatórios.
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a in-
tensidade de infestação por bernes, o ganho de peso, a
qualidade e a valorização dos couros de bovinos
tra-tados e não tratra-tados com bernicidas.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizados 39 novilhos de corte de 12 a15
me-ses de idade, 1/2 sangue Canchim, uniformes quanto ao
peso e conformação. O experimento foi conduzido na
UEPAE-EMBRAPA sediada em Ponta Grossa, PR. Os
animais (oram divididos em três lotes do modo mais
homogêneo possível, com treze animais cada.
Foi usado o fosfonato de 0,0 -dimetil
oxi-2,2,2-triclo-roetilo, aplicado na região lombar do animal, com
auxi-lio de uma escova, na dose de 7,5 a 10,0 g/animal.
O lote n° 1 recebeu o tratamento de quatro em quatro
semanas, o n° 2, de oito em oito semanas e o n° 3 ficou
sem tratamento.
Paralelamente, de quatro em quatro semanas, os
ani-mais foram pesados e o número de bernes contado,
con-forme a técnica adotada por Costa & Freitas(1960/
1961).
Na ocasião do experimento, os animais dos
respecti-vos lotes foram mantidos em pastagem natural, formada
de capim-quicuio
(Penniretum clandertinum)
e pangola
Comunicação pessoal
(Digitaria
decumbens),comum a todos. O período de
experimentação foi de setembro de 1975 a dezembro de
1977. Após o abate dos animais, os couros foram benef
i-ciados e classificados pela S.A. Cortume - Curitiba.
RESULTADOS
O número acumulado e a média de bernes dos lotes
tratados e do não tratado, contados no final de 29
me-ses, estão apresentados na Tabela 1.
As diferenças entre os números de bernes contados
nos animais tratados (lote 1 e lote 2) e nos não trata'
dos (loteS) foram estatisticamente significativas.
En-tre os grupos tratados, não houve diferenças
estatis-ticamente significativa, em relação ao número de
bernes contados.
Os dados referentes à média de ganho de peso dos
lotes tratados e do não tratado, no final de 29 meses,
estão apresentados na Tabela 2.
TABELA 1. Número de bernes em bovinos tratatlos e
não tratados com hernicida, durante 29
meses (1975 a 1977). em Ponta Grossa,
PR.
Número de bernes
Animais
Inicial
Final Média/animal
Lote 1
trat. de 4/4 semanas
O
152
11,7
Lote 2
trat, de 8/8 semanas
O
348
26,7
Lote 3
sem tratamento
O
3.174
244,1
TABELA 2. Ganho médio de peso (kg) dos bovinos
tratados e nlo tratados com bernicida,
durante 29 meses (1975 a 1977).em
Pon-ta Grossa, PR.
Peso dos animais (kg)
Animais
Inicial
Final
Diferença
Lote 1
trat, de 4/4 semanas
174
479
305
Lote 2
trat, de 8/8 semanas
173
462
289
Lote 3
sem tratamento
174
469
295
EFEITO DO CONTROLE DO BERNE 331
As diferenças entre o peso inicial e o peso final dos animais dos lotes tratados (lote 1 e lote 2) e do lote não tratado (lote 3) não foram estatisticamente significa-tivas.
A distribuição mensal do número de bernes nos bo-vinos tratados e nos não tratados com bernicida, du-rante dois anos, encontra-se nas Fig. 1 e 2.
A maior intensidade de bernes foi observada du-rante os meses de verão, e atinÉiu o pico nos meses de março e abril. A distribuição dos bernes foi aparen-temente semelhante durante os dois anos de observa-ção.
A classificação das peles de todos os animais, feita pelo S.A. Cortume Curitiba é apresentada na Tabe-la 3.
A percentagem de peles refugadas foi maior no gru-pode animais não tratados (lote 3), aproximadamen-te, o dobro da dos animais tratados (lote 1 e lote 2). Com base nos preços de custo, industrialização e venda de peles da Tabela 4, foram calculados a recei-ta,o custo e o saldo para as peles acabadas (Tabelas 5 e 6) e semi-acabadas (Tabelas 7 e 8).
O saldo obtido para as peles acabadas e semi-aca-badas foi maior para os lotes de animais tratados (lo-tes 1 e 2) do que para o dos não tratados (lote 3).
DISCUSSÃO
Os resultados verificados na contagem de bernes nos lotes tratados e no não tratado pelo fosfonato de
li e, 1 ID 11 c o - o o -w 5 a z
FIG. 1. Distribuição mensal do número de bernes nos bovinos tratados e no tratados com bernicida (outubro de 1975a outubro de 1976), em Ponta Grossa, PR.
2
o o -la
29
332 F.E.P. de MAGALRÃES e C. LESSKIU
0,0- dirnetikoxi-2,2,2,-tricloroetilo, aplicado na região lombar do animal, indicaram que o produto possui ação letal sobre a larva da mosca berneira. Durante 29 meses consecutivos, os animais dos lotes tratados receberam o fosforado, de quatro em quatro semanas (lote 1) e de oito em oito semanas (lote 2), mas não se apresentaram sintomas de intoxicação. Resultados semelhantes foram observados por Costa & Freitas (1960/1961), utilizando um fosforado administrado por via oral, durante dez meses consecutivos.
A distribuição anual de bernes foi estudada num perlodo de dois anos, e as flutuações das infestações foram bem semelhantes no respectivo período. O pico máximo de infestação por larvas de Dermatobia 1w-minta, no lote sem tratamento, foi observado nos me-
ses de abril de 1976 e março de 1977 (final de verão e inicio de outono), enquanto que a infestação mínima (depressão) foi observada nos meses de setembro de 1976 e agosto de 1977 (final de inverno) (Fig. 1 e 2). Estes dados sugerem que a incidência dessa parasito-se está relacionada às condições climáticas e depende principalmente das chuvas. De um modo geral, as in-festações começam a crescer por um período curto de tempo depois do começo da estação das chuvas, conti-nua a crescer durante toda a estação e atinge o pico máximo no final do verão. Por outro lado, um decrés-cimo gradativo é observado durante a estação seca. Dados semelhantes foram observados por IMm-bardero & Fontana (1968), na Província de Formosa. Eles verificaram que as infestações de
Dermatobia
FIG. 2. Distribuição mensal do número de bernes nos bovinos tratados e não tratados com bernicida (outubro de 1976 a outubro de 1977), em Ponta Grossa. PR.
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EFEITO DO CONTROLE DO BERNE 333
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334 FEl'. de MAGALHÃES e C. LESSKIU
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EFEITO DO CONTROLE DO BERNE 335
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hominis mantêm-se ao longo de todo o ano, com picos
de maior intensidade nas épocas de chuva, calor e umidade, enquanto que, em invernos rigorosos e se-cos, essa parasitose praticamente desaparece.Os animais do lote tratado de quatro em quatro se-manas ganharam, em média, 10 kg mais do que os do lote não tratado. O lote tratado de oito em oito sema-nas apresentou o menor ganho de peso e os animais ganharam, em média, 6 kg menos do que os não tra-tados. Estas diferenças, no entanto, não foram esta-tisticamente significativas, embora a intensidade de infestação tenha apresentado diferenças altamente significativas. Resultados semelhantes foram obti-dos por Costa & Freitas (196011961) que, trabalhando com Narlene, não encontraram nenhuma correlação entre o número médio de bernes e o ganho médio em peso, entre os lotes tratados e não tratado.
A classificação das peles obtidas dos animais dos vários lotes apresentou diferenças em relação aos tra-tamentos. Os couros obtidos dos animais tratados de oito em oito semanas, em m' de peles de melhor quali-dade (Classe A e B), apresentaram rendimento supe-rior ao dos animais dos outros dois lotes. O menor rendimento foi obtido no lote não tratado, cujas peles, em sua maioria, foram classificadas como refugo. Es-ses dados indicam que o controle de bernes permite a obtenção de peles que são melhor classificadas e su-gerem que este controle deva ser adotado para a pro-dução de material de boa qualidade.
Conforme demonstrado na Tabela 3, no tratamen-to 3 (testemunha), 61,54% das peles foram classifica-das como refugo e 38,46% como classe B; nenhuma pele obteve classificação A. O saldo mostrou-se superavi-tário em Cr$ 32,50 por m 2 de pele acabada e deficisuperavi-tário em Cr$ 24,24 por metro de pele semi--acabada (Tabelas 6 e 8). No tratamento 1, onde foram aplicados Cr$ 68,02 por m 2 em medicamentos, o saldo mostrou-se superavitário em Cr$ 83,71 por m de pele acabada e Cr$ 26,97 por m' de pele semi-acabada e in-dicou um retorno de Cr$ 1,23 e Cr$ 0,40, respectiva-mente, para cada unidade de capital aplicado em me-dicamento (Tabelas 6 e 8). Finalmente, no tratamen-to 2, onde foram aplicados Cr$ 34,01 por m em medi-camento, o saldo mostrou-se superavitário em Cr$ 125,42 por m 2 de pele acabada e Cr$ 68,68 por m 2 de pele semi-acabada, com um retomo de Cr$ 3,69 e Cr$ 2,02 por m, respectivamente (Tabelas 6 e 8). Isto indica ser este o tratamento recomendável.
CONCLUSÕES
1. A infestação por berne em bovinos, na região de Ponta Grossa, PR, é mais freqüente nos meses de
março e abril (final de verão e inicio de outono) e me-nos freqüente me-nos meses de agosto e setembro (final de inverno),
2. A aplicação de bernicida com intervalos de qua-tro e de oito semanas é suficiente para conqua-trolar a in-tensidade de infestação de bernes em bovinos.
3. A diferença em ganho de peso de animais trata-dos e não tratatrata-dos com bernicida não é estatistica-mente significativa.
4. O controle de infestação de bernes possibilita obtenção de peles de melhor qualidade e, em conse-quência, maior valorização na comercialização.
5. O maior rendimento em m' de pele acabada e se-mi-acabada é obtido de bovinos tratados com bernici-da em intervalos de oito em oito semanas.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à S.A. Cortume Curitiba pelo benefi-ciamento e classificação dos couros; ao Dr. Luiz Car-los Takao Yamaguchi, pela análise econômica dos dados; ao t». José Divino Uma, pela revisão do texto, e à Sra. Claret da Conceição Gonçalves Monteiro, pe-lo trabalho de datipe-lografia.
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