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Professor Ernesto Morais, uma vida de liderança.

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Academic year: 2021

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2019/2020

Joana Castro Pinto Ruivo Domingos

Professor Ernesto Morais, uma vida

de liderança.

Professor Ernesto Morais, a life of

leadership.

(2)

Mestrado Integrado em Medicina

Área: História da Medicina Tipologia: Monografia

Trabalho Efetuado Sob a Orientação de: Doutora Amélia Ricon Ferraz

Trabalho organizado de acordo com as normas da revista: Acta Médica Portuguesa Joana Castro Pinto Ruivo Domingos

Professor Ernesto Morais, uma vida de liderança.

Professor Ernesto Morais, a life of leadership.

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UC Dissertação/Projeto (6º Ano) - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE

Eu, Joana Castro Pinto Ruivo Domingos, abaixo assinado, nº mecanográfico 199603812, estudante do 6º ano do Ciclo de Estudos Integrado em Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta integridade na elaboração deste projeto de opção.

Neste sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual, ou partes dele). Mais declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores, foram referenciadas, ou redigidas com novas palavras, tendo colocado, neste caso, a citação da fonte bibliográfica.

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 11/05/2020

Assinatura conforme cartão de identificação:

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UC Dissertação/Projeto (6º Ano) – DECLARAÇÃO DE REPRODUÇÃO

NOME

Joana Castro Pinto Ruivo Domingos

NÚMERO DE ESTUDANTE E-MAIL

199603812 joandomingos@gmail.com

DESIGNAÇÃO DA ÁREA DO PROJECTO

História da Medicina

TÍTULO MONOGRAFIA (riscar o que não interessa)

Professor Ernesto Morais, uma vida de liderança.

ORIENTADOR

Doutora Amélia Ricon Ferraz

COORIENTADOR (se aplicável)

ASSINALE APENAS UMA DAS OPÇÕES:

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTE TRABALHO APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO PARCIAL DESTE TRABALHO (INDICAR, CASO TAL SEJA NECESSÁRIO, Nº MÁXIMO DE PÁGINAS, ILUSTRAÇÕES, GRÁFICOS, ETC.) APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.

DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR, (INDICAR, CASO TAL SEJA NECESSÁRIO, Nº MÁXIMO DE PÁGINAS, ILUSTRAÇÕES, GRÁFICOS, ETC.) NÃO É PERMITIDA A REPRODUÇÃO DE QUALQUER PARTE DESTE TRABALHO.

X

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 11/05/2020

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À Professora Amélia Ricon Ferraz,

pela oportunidade que me deu de contribuir para o trabalho fundamental que tem vindo a desenvolver no Museu de História da Medicina “Prof. Maximiano Lemos”. Ao aceitar orientar a minha tese de mestrado a minha formação ficou

mais completa.

À Fundação Professor Ernesto Morais, em particular ao seu atual Presidente, Coronel Henrique Morais, pela elegância e simpatia com que sempre me recebeu e pela disponibilidade com que sempre atendeu às minhas dúvidas.

Ao Professor Doutor Sobrinho Simões, ao Dr. Maia Gonçalves e ao Professor Doutor Arnaldo Mendonça, por se disporem a conversar comigo contribuindo com o seu saber para o meu melhor entendimento da vida e obra do Professor

Doutor Ernesto Morais.

Aos novos amigos que estes anos acrescentaram, em particular à Joana Rita, pela partilha do esforço e das etapas vencidas.

À minha família e amigos.

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Professor Ernesto Morais, uma vida de liderança.

Introdução

Ernesto Morais (1905-1986) foi Médico e Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). Possuía um dinamismo invulgar, um caráter inovador e um espírito de liderança que colocou ao serviço do ensino universitário e de instituições ligadas à área da saúde.

Esta dissertação pretende homenagear a vida e obra deste Professor, assim como realçar as marcas do contributo da sua obra na atualidade.

Material e Métodos

A pesquisa bibliográfica fundamentou-se na análise do acervo disponibilizado pela Fundação Professor Ernesto Morais, do Arquivo do Museu de História da Medicina da FMUP e do Catálogo Principal da Biblioteca da FMUP. Complementou-se a informação com entrevistas realizadas a diferentes personalidades ligadas ao seu percurso.

Resultados

Licenciou-se em Medicina (1928) e, em dez anos, ascendeu à Cátedra de Patologia Geral (1939). Foi o mais jovem Presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (1947). Entusiasta pela problemática social da Hemoterapia, lutou pela criação de um Instituto Nacional de Sangue.

Discussão

Ernesto Morais foi reconhecido pelos seus pares pelas suas extraordinárias capacidades de gestão e excecional diplomacia. Nos diferentes cargos que exerceu, foi um promotor de desenvolvimento, contribuindo, com a sua determinação, para o progresso da Medicina Portuguesa.

Conclusão

Ernesto Borges Teixeira de Morais pertenceu a um Escol de Professores que constituíram marcos incontornáveis da História da FMUP. A sua intelectualidade, rigor e espírito de liderança são um exemplo para quantos têm o privilégio de se cruzar com a sua história.

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Professor Ernesto Morais, a life of leadership.

ABSTRACT

Backgroud

Ernesto Morais (1905-1986) was a Physician and Professor at the Medical School of the University of Porto (FMUP). He displayed an unusual dynamism, an innovative character and a leadership spirit that he put at the service of university education and institutions connected to the health area. This dissertation intends to pay tribute to the life and work of the Professor, as well as to highlight, today, the marks of his contribution.

Methods

The bibliographic research was based on the analysis of the collection made available by Professor Ernesto Morais Foundation, the Archive of Medicine History Museum at FMUP and the Main Catalog of the Library of FMUP. The information was complemented with interviews with different personalities linked to his career.

Results

He graduated in Medicine (1928) and, in ten years, he became Professor of General Pathology (1939). He was the youngest President of the Northern Regional Section of the Ordem dos Médicos (1947). Enthusiastic about the social problems of Hemotherapy, he fought for the creation of a National Blood Institute.

Discussion

He was recognized by his colleagues for his extraordinary management skills and exceptional diplomacy. In the different positions he held, he dedicated himself to promote development, contributing, with his determination and ability, for the progress of Portuguese Medicine.

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Conclusions

Ernesto Borges Teixeira de Morais belonged to a breed of Professors that constituted essential milestones in the History of FMUP. His intellectuality, discipline and leadership spirit are an example for those who have the privilege of crossing his history.

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INTRODUÇÃO

O Professor Doutor Ernesto Borges Teixeira de Morais (1905-1986) foi um prestigiadoMédico, Investigador e Professor Universitário com forte impacto na cidade do Porto e no país. Catedrático de Patologia Geral e Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) manteve o seu percurso ligado a esta Faculdade. O seu entusiasmo e dinamismo colocaram-no na frente de ação levando-o a ocupar diversos cargos, aos quais imprimiu o seu cunho competente e inovador e umforte espírito de liderança.

Esta dissertação visa dar um contributo para um melhor conhecimento da vida e obra do Professor Ernesto Morais, realçando, na atualidade, as marcas do seu legado. Paralelamente, constitui informação organizada para o registo histórico da FMUP e para a própria história daMedicina Portuense.

MATERIAL E MÉTODOS

A informação obtida para a realização do presente trabalho fundamentou-se no acervo disponibilizado pela Fundação Professor Ernesto Morais, por intermédio do seu Instituidor, Dr. José Manuel Carvalho Morais e do atual Presidente, o Coronel Henrique Morais, na pesquisa bibliográfica do Arquivo documental do Museu de História da Medicina “Prof. Maximiano Lemos” e no Catálogo Principal da Biblioteca da FMUP.

Os documentos selecionados obedecem a um ou mais dos seguintes critérios: 1. referência; 2. autoria; 3. colaboração do Professor Ernesto Morais.

Com intuito de melhor complementar a informação sobre a vida e obra notável do Professor foram realizadas entrevistas às seguintes personalidades ligadas ao seu percurso: Professor Doutor Sobrinho Simões (n.1947), Professor Catedrático de Anatomia Patológica da FMUP, Diretor do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) e antigo aluno do Professor Ernesto Morais; Dr. Maia Gonçalves (n.1942), Médico Neurologista e Chefe de Serviço de Neurologia no Hospital de S. João, atualmente aposentado, um apaixonado pela História Médica Portuense e antigo aluno do Professor

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Ernesto Morais; e, Professor Doutor Arnaldo Mendonça (n.1937), Médico Hematologista e discípulo do Professor Ernesto Morais.

RESULTADOS

Os primeiros anos

Ernesto Borges Teixeira de Morais nasceu em Valpaços, distrito de Vila Real, a 17 de Abril de 1905. Foi o filho mais velho, de uma fratria de cinco, de José Eduardo Teixeira de Morais e de Maria Jesus Borges Morais, ambos funcionários dos CTT (Fig.1). Passou grande parte da sua infância na aldeia de Pegarinhos, concelho de Alijó, facto que assinalou em diferentes passagens da sua vida. De Pegarinhos viriam para trabalhar no Hospital Escolar de São João várias pessoas que, por seu intermédio, ficariam a saber da abertura dos Concursos Públicos aquando da sua inauguração.(L. Morgado, comunicação pessoal)

Figura 1 – O Professor Ernesto Morais com os Pais (primeira fila) e os Irmãos (segunda fila, da esquerda para a direita), Dra. Maria Luísa, Dra. Lídia, Dra. Eduarda e o Professor Eduardo.

Enquanto jovem estudante frequentou os Liceus de Emídio Garcia, em Bragança (1915-1919) e Rodrigues de Freitas, no Porto (1919-1922).1

Iniciou o seu percurso académico, com uma breve passagem pela Faculdade de Ciências do Porto (curso F.Q.N.), no ano letivo de 1922-1923,

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obtendo distinção em Botânica e Física, ingressando, em 1923, na Faculdade de Medicina do Porto. Licenciou-se, em 1928, com distinção em doze cadeiras (consultar, no anexo I, as classificações obtidas durante o curso), tendo concluído, nesse mesmo ano, com distinção, o Curso Especial de Higiene Pública da Faculdade de Medicina do Porto.1

Uma vida dedicada à Faculdade de Medicina do Porto

Concluída a licenciatura, solicitou um estágio voluntário no Laboratório de Anatomia Patológica da FMUP. Após o seu término, as suas qualidades de trabalho, inteligência, exatidão e natural apetência para a especialidade, levaram a que fosse convidado pelo Professor Doutor Amândio Tavares (1900-1974), Professor Catedrático de Anatomia Patológica da FMUP, conhecido mais tarde por “o Magnífico Reitor”, a ocupar um lugar na Faculdade de Medicina do Porto, no Laboratório de Anatomia Patológica. Precedendo concurso de provas públicas, foi nomeado Assistente de Histologia e Embriologia (Decreto 29-1-1930).1

O seu futuro estaria, assim, para sempre ligado à Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, à qual se dedicou ao longo da sua vida com a máxima seriedade e compromisso, compondo, a par da Família e do seu Laboratório particular, os lados do seu “Triângulo Sagrado” como costumava referir (Fig. 2).

Figura 2 – Professor Ernesto Morais com a Esposa, Maria da Hora Morais e os Filhos (da esquerda para a direita), José Manuel, Teresa,

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No mesmo ano, por alvará da Reitoria de 26 de Junho, transitou para o III Grupo, sendo reconduzido no cargo nos cinco anos seguintes. Ficou incumbido dos trabalhos práticos de Anatomia Patológica e de algumas demonstrações aos cursos de Patologia Geral.1

A par destas funções dedicou-se à investigação científica tendo produzido inúmeros trabalhos nos anos compreendidos entre 1930 e 1968, interessando-se, sobretudo, pelos temas da Oncologia, Imunologia e Hematologia (consultar, no anexo II, os trabalhos científicos publicados pelo Professor).

Em Julho de 1935, apresentou a sua dissertação de doutoramento intitulada “Estudos sobre o Sistema Retículo-Endotelial”, sob a orientação do Professor Amândio Tavares, amplamente citada pelos seus pares. Embora, na atualidade, se saibam desajustados alguns dos conceitos em que se baseava, continua a ser possível atribuir-lhe o reconhecimento de notável ensaio de Imunologia e documento incontornável para a história da especialidade.1

Precedendo concurso de provas públicas, em que foi aprovado por unanimidade, foi-lhe conferido, a 7 de Julho de 1938, o título de Professor Agregado do III Grupo nas cadeiras de Anatomia Patológica, Patologia Geral e Experimental e nos cursos de Histologia Patológica, Semiótica Laboratorial e Radiologia.1

A 14 de Março de 1939, foi contratado para Professor Auxiliar do III Grupo, por despacho ministerial publicado no Diário do Governo.

Pouco mais de dez anos após a sua licenciatura, por determinação do Conselho Escolar, sessão de 30 de Julho de 1939, ascendeu à Cátedra de Patologia Geral, passando a reger esta cadeira, deixada vaga pela Jubilação do Professor Catedrático Alberto Aguiar (1868-1948) (Fig.3).1 Inerente à regência

de Patologia Geral estava a direção do Laboratório Nobre da FMUP, cargo que assumiu a partir dessa data e ao qual se dedicou com o máximo rigor e entusiasmo. Em sessão de 4 de Outubro de 1943 é-lhe confiada a regência de Histologia e Embriologia.

Em 1946 cria o Serviço de Transfusão Sanguínea, anexo ao Laboratório Nobre da Faculdade de Medicina, com o intuito de facultar a formação de hemoterapia aos estudantes da FMUP. O Serviço era dotado de completa autonomia administrativa, servido por muitos auxiliares, que devido ao carácter

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empreendedor do Professor Ernesto Morais, rapidamente atingiu uma organização capaz de acompanhar os progressos da hemoterapia da época.4

Era o Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (1956-1960), quando esta foi transferida para o Hospital Escolar de São João em 1959-60. Após esta mudança, dedica-se, paralelamente, ao Serviço de Hemoterapia do Hospital de São João.

Jubilou-se em 1975, por ocasião do seu 70.º aniversário.

O seu percurso não se limitou à Faculdade agregando, à Academia, o seu Laboratório de Análises Clínicas particular e o Banco de Sangue da Santa Casa da Misericórdia. Ocupou vários cargos de chefia, a seguir mencionados, que soube conduzir com igual empenho e distinção.

Ernesto Morais deve ser também recordado como uma personalidade dotada de espírito de missão, empenhada em promover o ensino da Medicina, inscrevendo-se, neste propósito, a sua deslocação a África, nos anos sessenta, tendo deixado em Angola o seu principal contributo.

Faleceu, no Porto, aos 81 anos, no dia 2 de Janeiro de 1986.

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Um caminho de liderança

O Professor Ernesto Morais desempenhou cargos e funções de elevada responsabilidade e visibilidade, por todos reconhecido, de enorme relevância para a assistência médica no Norte do país.

Presidente do Conselho Regional do Porto da Ordem dos Médicos

Foi o primeiro Professor da Faculdade de Medicina a ser nomeado Presidente do Conselho Regional do Porto da Ordem dos Médicos. Em 1947, com apenas 41 anos, 15 a 20 anos mais novo que os seus antecessores, tomou posse do cargo, tornando-se o 5.º Presidente, sucedendo a Adolfo Pinto Leite (1881-1953).2

Vivia-se um período conturbado, ainda pelo rescaldo do Pós-Guerra, que exigia determinação e forte liderança. Soube ser firme durante o seu mandato, nomeadamente após o governo ter decretado a instituição, a nível nacional, da Federação das Caixas de Previdência que muito desagrado e polémica instalou na classe médica.2

Entre outras iniciativas, propôs-se organizar o que apelidou de “I Curso de Repetição e Actualização de Conhecimentos Médicos”, especialmente vocacionado para os colegas da província, com o intuito de contrariar a tendência centralizadora da Secretaria de Estado da Saúde. Durante o seu mandato foram realizados os três primeiros cursos (1947, 1948 e 1949), com grande sucesso, que haviam de continuar por dezenas de anos.2

Essa preocupação constante em impulsionar e disponibilizar o conhecimento a todos, traduz-se também no notável investimento que despendeu na Biblioteca do Conselho Regional, incrementando de forma considerável o número de revistas assinadas e alargando o horário de funcionamento ao período noturno para que mais colegas a pudessem frequentar. Tal feito ilustra bem as evidentes capacidades de gestão e de sensibilidade para a transmissão do saber médico, conseguindo reservar verbas de um parco orçamento, para cumprir este propósito.2

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Diretor do Serviço de Transfusão Sanguínea do Hospital Geral de Santo António

Diretor do Banco de Sangue da Santa Casa da Misericórdia.

Em 1933, assumiu a direção do Laboratório de Histopatologia, anexo ao serviço de Curieterapia do Hospital Geral de Santo António, executando as análises histológicas requisitadas pelos serviços deste hospital.1

Em 1935, foi nomeado, por unanimidade, precedendo concurso, Segundo Assistente do Laboratório de Análises Clínicas da Santa Casa da Misericórdia do Porto (sessão da Mesa de 19-6-1935). Iniciou com esta instituição uma estreita relação que haveria de resultar na colaboração entre a Santa Casa da Misericórdia do Porto, o Hospital Geral de Santo António e o Laboratório Nobre da Faculdade de Medicina do Porto na luta pela problemática social da Hemoterapia.1

O desenvolvimento das técnicas hemoterápicas, fortemente impulsionado pelas exigências associadas às Guerras Civil Espanhola (1936-1939) e Mundial (1939-1945), fazia sentir a premência da necessidade da criação de um serviço de sangue ajustado à realidade e capaz de dar resposta às constantes solicitações.

Após regressar de um estágio em Madrid, trazendo consigo a experiência espanhola dos Serviços de Sangue, o Professor Ernesto Morais, juntamente com o Dr. António Fânzeres criam, em 1941, o Serviço de Transfusão Sanguínea do Hospital de Santo António. A organização deste Serviço foi comunicada pelo Professor durante o “Congresso Luso-Espanhol para o Progresso das Ciências”, celebrado na cidade do Porto em Junho de 1942. O Serviço era constituído por duas secções: a seção científica, anexa ao Centro de Estudos de Anatomia Patológica; e, a seção técnica, que contava com o Laboratório de Análises da Santa Casa da Misericórdia.3

A atividade do Serviço de Transfusão Sanguínea do Hospital de Santo António foi remodelada pela Santa Casa da Misericórdia em 1945, passando a designar-se Banco de Sangue e Plasma da Santa Casa da Misericórdia, ficando inicialmente sob a direção do Dr. António Fânzeres.3

Em 1950, por motivo de doença, o Dr. António Fânzeres deixa a direção deste serviço passando a ser dirigido pelo Professor Ernesto Morais que lhe

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imprimiu a mesma orientação e dinâmica de trabalho do Serviço de Sangue anexo ao Laboratório Nobre.4 É, desta forma, que passa a dirigir os dois serviços,

concentrando-se neles uma parte muito importante da Hemoterapia da cidade do Porto. Em conjunto atendiam todos os doentes do Hospital de Santo António, Hospital do Conde Ferreira, Sanatório-Hospital de Rodrigues Semide, Sanatório de D. Manuel II e muitos doentes da clínica privada. 4

Sob a sua direção, a Hemoterapia no Porto assume um ritmo ascensional de eficiência e eficácia.

Membro da Comissão Instaladora e Administrativa do Hospital de São João.

Em 3 de Maio de 1954, foi nomeado Vogal da Comissão Instaladora e Administrativa do Hospital Escolar de São João, ao lado do Professor Doutor Hernâni Monteiro (1891-1963) e do Dr. Coriolano Ferreira (1916-1996). A inauguração do Hospital Escolar ocorreu a 24 de Junho de 1959. Foi um projeto grandioso de um edifício, cuja conceção datava dos anos vinte e que se encontrava ultrapassada e desajustada em alguns aspetos. Muitas foram as condicionantes a superar de modo a instalar, num espaço reduzido, as duas instituições, o Hospital e a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Na resolução do exigente desafio foram de suprema importância as qualidades diplomáticas do Professor Ernesto Morais que, recorde-se, na época, era Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Fig. 4).5

Enquanto membro da Comissão Instaladora, impulsionou o desenvolvimento do Serviço de Hemoterapia do Hospital de São João. Esta unidade, não estava contemplada nas especificações originais do edifício, tendo sido criada num anexo construído para o efeito, sob a forte determinação do Professor Ernesto Morais. Rapidamente se desenvolveu num centro de referência.

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Figura 4 – O Professor Ernesto Morais, numa visita oficial ao Hospital Escolar de São João (1965).

Pelas suas reconhecidas capacidades de trabalho e pela experiência adquirida aquando da instalação do Hospital Escolar de São João, foi uma das personalidades indicadas para a organização da assistência médica e do ensino médico em Angola. Em 1966, a convite da Reitoria dos Estudos Gerais Universitários de Angola e por determinação do Governo da Républica Portuguesa, desloca-se a Luanda onde colaborou na estruturação e planificação do Curso de Medicina. Promove, com o seu parecer técnico e científico, a instalação do Hospital Escolar Universitário, inaugurado em 1969 (Fig. 5). (L. Morgado, comunicação pessoal)

Figura 5 – O Professor Ernesto Morais a fotografar o edifício dos Estudos Gerais Universitários de Luanda, Angola (1965).

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Diretor do Hospital Escolar de São João

Foi Diretor do Hospital Escolar de São João entre 1970 e 1974. Lutou pelo Hospital Escolar, acreditando que o seu diretor devia ser escolhido entre os Professores da Faculdade.

Durante os anos da sua presidência provou, uma vez mais, que um Médico pode ser um excelente administrador.

Criou inimizades e despeitos inerentes a quem ocupa um cargo de chefia com sentido de justiça e uma orientação de trabalho clara e determinada. Obteve, dos seus pares, o reconhecimento do seu excelente entendimento sobre os problemas hospitalares e da sua capacidade para encontrar soluções modernas e inovadoras que o tempo se encarregou de demonstrar que foram corretas.

DISCUSSÃO

Neste capítulo pretende-se aprofundar alguns traços da personalidade do Professor Ernesto Morais e perceber nos dias de hoje marcas do seu contributo enquanto Professor Universitário, Diretor do Laboratório Nobre da FMUP, Diretor do Banco de Sangue da Santa Casa da Misericórdia e do Serviço de Sangue do Hospital de Santo António.

O Professor Universitário

Na altura em que tinha a seu cargo a disciplina de Patologia Geral, esta encontrava-se, por força da evolução do plano de estudos da Escola Médica, limitada à teoria da Patologia e a alguns tópicos como a Imunologia e a Genética. Sentia, por isso, dificuldade em organizar um programa coerente e apelativo para os alunos. Devido a esse fato, e ao seu elevado padrão de exigência, preocupava-se particularmente com a leitura que os seus alunos fariam das suas aulas, estudando-as ao pormenor, procurando novas formas de lecionar. Sempre aberto aos novos desenvolvimentos, na Patologia Geral introduziu

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métodos pedagógicos e de avaliação inovadores. Foram distribuídos os primeiros sumários das aulas e efetuados os primeiros exames de escolha múltipla, em regime de duas frequências, opcionais ao exame oral. Foi preciso alguma diplomacia para que tal se concretizasse, assumindo as despesas inerentes a estas mudanças. (L. Morgado, comunicação pessoal)

Deixou na memória dos seus alunos a simpatia dos seus modos e a empatia que sabia criar com eles numa época em que o Professor Universitário usava de um distanciamento coloquial. Pelo contrário, o Professor Ernesto Morais mostrava-se afável, dialogante, de uma linguagem corretíssima, nunca alterando o tom de voz. Apesar dessa abertura, era exigente e rigoroso, o mais temido arguente em provas de concurso e doutoramento.

Sobre o Professor Universitário, afirmava: “(...) ser professor não é só ser sabedor ou competente; é também, e primacialmente ensinar, e ensinar vivendo a preocupação da ciência, sentindo as necessidades dos alunos, promovendo a inquietação intelectual dos discípulos.”5

Foi assim que orientou sempre a sua forma de estar enquanto Professor Universitário, como alguém gerador de conhecimento, e assim ficou reconhecido pelos seus discípulos, recebendo o cognome de Professor “Honesto” de Morais.

O Laboratório Nobre

Na Faculdade, a área das Análises Clínicas estava ligada ao Laboratório Nobre, sendo este o laboratório de referência do Norte que servia as clínicas da Faculdade, instaladas no Hospital Geral de Santo António. Quando, pelo seu currículo e prestígio, assumiu a sua direção (1939), o Professor Ernesto Morais estava sensibilizado para a área da Hematologia. A sua investigação orientava-se orientava-segundo três vertentes: a resposta imunológica, as leucemias e os transplantes (a transfusão de sangue e a sua problemática; os substitutos do sangue; a transplantação cardíaca e a circulação extracorporal) (Fig.6). (L. Morgado, comunicação pessoal)

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Figura 6 – O Professor Ernesto Morais (1953).

Era conhecido o seu entusiasmo por novas técnicas e aparelhos, sempre aberto a novos desafios e métodos revolucionários. Disponibilizava o Laboratório Nobre a quem quisesse utilizar as instalações para um trabalho de investigação. Dessas parcerias resultaram, a título de exemplo, as primeiras experiências de circulação extracorporal, chefiadas pelo Dr. António Tenreiro (1922-2005). Transformou o Laboratório Nobre numa estrutura moderna, cientificamente apurada que logo se impôs, em particular, no difícil diagnóstico e tratamento das doenças malignas do sangue. (L. Morgado, comunicação pessoal)

A partir de 1950, o Professor Ernesto Morais cria o seu próprio Laboratório de Patologia Clínica, sediado na Praça Gomes Teixeira, no Porto, transportando a mesma qualidade e rigor com que sempre pautou o seu percurso, para o seu laboratório privado que se transformou numa referência nacional na área do diagnóstico das doenças hematológicas. (L. Morgado, comunicação pessoal)

Da Cruzada do Sangue ao Instituto Português do Sangue

Devido ao franco desenvolvimento das técnicas cirúrgicas, os Serviços de Transfusão passaram sérias dificuldades para manter o ritmo progressivamente crescente das necessidades hemoterápicas.6

Na época, os dadores de sangue classificavam-se em dadores regulares remunerados, dadores regulares graciosos e dadores ocasionais. Os primeiros constituíam 89% dos dadores e eram sobretudo pessoas humildes de condições socioeconómicas precárias, fisicamente frágeis que vendiam o seu sangue para

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compensar o baixo rendimento.7 Agravavam o problema as sangrias

clandestinas facilitadas pelo aumento do número de Serviços de Transfusão.8 O

Professor via este mercantilismo do sangue não só como degradante da dignidade humana como um risco para a saúde dos dadores, exigindo uma entidade oficial capaz de centralizar o ficheiro de todos os dadores remunerados, lutando sempre pela criação de um Serviço Nacional de Sangue.7

Para colmatar esta situação e dar resposta às necessidades do Banco de Sangue da Santa Casa da Misericórdia, o Professor Ernesto Morais obteve autorização, em 1949, para o recrutamento de dadores de sangue na guarnição militar do Porto. Em contrapartida, o Banco de Sangue ficava comprometido a fazer a classificação sanguínea de todas as praças do quadro permanente e a sangrar os dadores voluntários, não mais do que uma vez por quadrimestre.6 As

condições impostas, cumpridas escrupulosamente, implicavam soma importante de trabalho e despesas de vulto, traduzindo-se estes dadores num custo aditivo elevado para o Banco de Sangue da Santa Casa da Misericórdia. Por outro lado, este auxílio só se concretizaria até que o Exército organizasse o seu próprio serviço de transfusão no Porto. Antecipando esse tempo, o Professor Ernesto Morais lutava por uma alternativa capaz de pôr fim, simultaneamente, à falta de dignidade humana e ética social à qual a remuneração dos dadores conduzia e às dificuldades financeiras que punham em causa a capacidade dos Serviços de Sangue. Assim, entendia que as doações deveriam tornar-se gratuitas e constituir um dever social.6

Foram precisos muitos anos para que este comércio fosse banido, encarando-se a dádiva de sangue como um gesto de altruísmo, voluntário e reconhecido pela sociedade como um ato cívico. O início desta ação de mudança, deve-se à criação, em 1953, da “Cruzada do Sangue”, com o lema “DAR SANGUE É DAR VIDA”, que fundou em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia, no tempo do Provedor Professor Luís de Pina (1901-1972), insigne professor da FMUP (Fig.7). A “Cruzada do Sangue” surge para promover a solidariedade e a sensibilização das pessoas para a dádiva de sangue sem fins lucrativos. Ficou sediada num anexo do Hospital Geral de Santo António. Os apelos eram feitos pela “Cruzada do Sangue” aos familiares e amigos dos doentes tratados, na rádio, na imprensa, nas corridas de Fórmula 1 (circuito da

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Boavista) e nas igrejas, lembrando-se o princípio bíblico “o dom” de dar sangue como fonte de vida eterna. (L. Morgado, comunicação pessoal)

Figura 7 - O Professor Ernesto Morais no Hospital de St. António, no Porto, com o Professor Luís de Pina (década 60, séc. XX).

Incansável na sua determinação, não parou de lutar pela criação do Serviço Nacional de Sangue. Enquanto este não se concretizou, o Professor Ernesto Morais disponibilizou os meios ao seu alcance, enquanto diretor de dois dos principais Serviços de Sangue do Porto, oferecendo suporte técnico gratuito, para que imediatamente fosse possível, em qualquer localidade do Norte do País, iniciar a prática hemoterápica sem grandes custos práticos e financeiros.9

Sobre a urgência de um serviço nacional de sangue realçou a falta de legislação em Portugal neste domínio. Com uma preocupação constante em atingir os mais elevados patamares da ética e do rigor científico, identificou a dificuldade do recrutamento de dadores em número suficiente; os problemas éticos e financeiros colocados pela remuneração; o imperativo de criar uma entidade centralizadora dos ficheiros dos dadores; a importância de criar regulamentos sobre os exames médicos e laboratoriais do candidato dador, modelos de impressos, condições de admissão a serem adotados em todas as instituições; a premência de uniformizar materiais de acordo com os princípios aprovados nas conferências internacionais; a necessidade de um serviço de

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investigação, desenvolvido numa só secção devidamente apetrechada; a urgência de um centro de referência capaz de abastecer os organismos do Serviço Nacional e Centros particulares, entre os principais desafios.10

Foi baseado nestes princípios, elaborados em estreita colaboração com o Professor Doutor Almerindo Lessa (1909-1995), o primeiro a alertar e sensibilizar para a importância da sua existência que, em 1958, viria ser criado o Instituto Nacional de Sangue.

Sobre os aspetos do problema jurídico do sangue, o Professor Ernesto Morais destaca a necessidade de se clarificar em Portugal, quais os médicos qualificados para a prática da Hemoterapia, dado que à data, esta não era reconhecida como especialidade médica. Evidencia a importância da sua criação dado o desenvolvimento, complexidade e importância na prática clínica deste domínio do saber médico. A responsabilidade da direção e do trabalho desenvolvido nos centros de transfusões deveria ficar a cargo de médicos especialistas, garantindo a segurança de todas as operações e reduzindo ao mínimo o risco das transfusões.11,12

As suas ideias, defendidas com a tenacidade de quem vê a possibilidade de um caminho melhor, serviriam de diretrizes para construir o corpo legal do atual Instituto Português do Sangue, criado em 1990. Paralelamente, desde 1989, foi proibida a comercialização do sangue, sendo esta punida com pena de prisão até um ano e multa até 100 dias.

É notória e reconhecida a sua clarividência, tal como a universalidade e atualidade das suas recomendações.

CONCLUSÃO

Ernesto Borges Teixeira de Morais pertenceu a um Escol de Professores que constituíram marcos incontornáveis da História da FMUP e da assistência médica no Norte do país.

Incansável no seu percurso, o legado que o Professor Ernesto Morais nos deixou é a fundação sólida em que hoje assentam: a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto pelo exemplo de professor universitário de total dedicação ao ensino e à investigação no domínio a que se dedicou, pela direção da FMUP

(24)

e do Laboratório Nobre; o Hospital de Santo António pela direção do Serviço de Transfusão Sanguínea; o Hospital de São João, enquanto membro da Comissão Instaladora e Administrativa e posteriormente como seu Diretor; a especialidade de Hematologia, pelos desenvolvimentos que culminaram na sua individualização como um corpo de saber, metodologia e práticas próprias; e, o Instituto Português do Sangue pela sensibilização coletiva para a sua relevância e pela definição dos princípios basilares à sua formação.

Sempre aberto ao desenvolvimento científico, foi um impulsionador da Ciência e da Medicina Portuguesa, disponibilizando o seu saber e os meios de que dispunha para que esta estivesse ao alcance de todos.

A sua intelectualidade, rigor, diplomacia e espírito de liderança ficaram na memória daqueles que se cruzaram com a sua existência.

Da sua passagem por todos os cargos que exerceu, ficou sempre evidente um espírito profundo de servir com competência e profissionalismo.

(25)

REFERÊNCIAS

1. Morais E. Curriculum Vitae. Porto: Alberto de Oliveira Lda; 1944.

2. Gonçalves ASM. O Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos: Para uma história médica portuense. Porto: Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos; 2009.

3. Morais E. O Banco de Sangue da Misericórdia e o Hospital Geral de Santo António. Medico (Porto). 1952; 65:57-65.

4. Morais E, Gaspar BLA. Evolução da Hemoterapia no Porto. Medico (Porto). 1952; 58:1-11.

5. Website Oficial da Fundação Professor Ernesto Morais. [consultado em 2019 Dez] Disponível em: http://www.fpem.pt

6. Morais E. Recrutamento de Dadores no Exército. Medico (Porto). 1952; 62:39-47.

7. Morais E. Aspectos da Doação de Sangue no Porto. Medico (Porto).1952; 59:11-19.

8. Morais E. Multiplicidade dos Serviços de Hemoterapia. Medico (Porto). 1952; 60:19-25.

9. Morais E.Centros de Transfusão Concelhios. Medico (Porto). 1953; 70:3-17.

10. Morais E. Serviço Nacional de Sangue. Medico (Porto).1952; 61:25-39. 11. Morais E. Aspectos do Problema Jurídico do Sangue. Medico (Porto).

1952; 64:47-57.

(26)

ANEXO I

Listagem dos exames realizados pelo Professor Ernesto Morais durante o curso de Medicina e respetiva classificação.

Ano Letivo Disciplinas Data Classificação

1º ano Química fisiológica Abril 1924 Bom (16 valores)

1º ano Histologia e

Embriologia

12/06/1924 Bom (15 valores)

1º ano Anatomia Humana

Descritiva (menos Nevrologia e Estesiologia) 11/07/1924 Bom (15 valores) 2.º ano Anatomia Topográfica(com Nevrologia e Estesiologia) 03/06/1925 Aprovado com distinção, Bom (16 valores) 2.º ano Fisiologia Geral e

Especial

18/07/1925 Bom (15 valores)

2º ano Patologia Geral Novembro 1925 Bom (14 valores)

2.º ano Bacteriologia e Parasitologia 03/06/1926 Bom (14 valores) 3º ano Farmacologia e Terapêutica Geral 1/07/1926 Aprovado com distinção, Bom (16 valores) 3º ano Anatomia Patológica

Geral e Especial

12/07/1926 Aprovado com

distinção, Bom (17 valores) 3º ano História da Medicina,

Propedêutica Cirúrgica Medicina Operatória e Pequena Cirurgia 22/07/1926 Aprovado com distinção, Bom (17 valores)

4º ano Especialidades Clínicas Cirúrgicas

06/06/1927 Bom (15 valores) 4.º ano Especialidades Clínicas

Médicas

09/07/1927 Aprovado com

distinção, Bom (16 valores)

(27)

5.º ano Pediatria 23/06/1928 Aprovado com distinção, Bom (17

valores) 5.º ano Cirurgia (Patologia,

Terapêutica e Clínica)

04/07/1928 Aprovado com

distinção, Bom (17 valores) 5.º ano Medicina Legal,

Toxicologia Forense, Higiene e Epidemiologia 18/07/1928 Aprovado com distinção, Bom (17 valores) 5.º ano Obstetrícia e Ginecologia 12/10/1928 Aprovado com distinção, Bom (17 valores) 5.º ano Medicina Interna

(Patologia, Terapêutica e Clínica)

19/10/1928 Aprovado com

distinção, Bom (16 valores)

(28)

ANEXO II

Trabalhos Científicos realizados pelo Professor Ernesto Morais ao longo da sua carreira Académica (1929-1968).

1. Morais E. Volumoso fibromioma dum útero grávido. Portugal Médico, n.º 5. 1929.

2. Morais E. A propôs dúne épulis plasmacellulaire en transformation fibreuse. Folia Anatomica Universitatis Conimbrigensis, vol. V, n.º 3. 1930. 3. Morais E, Tavares A. Tumores da mama masculina. Portugal Médico, n.º

9. 1930.

4. Morais E, Monteiro H, Rodrigues A, Pereira S. Hernie diaphragmatique chez un lapin. Lisboa Médica, n.º 2. 1931.

5. Morais E, Tavares A. De l’influence de la sympathicectomie sur le développement des tumeurs du goudron. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie, tomo CVII. 1931.

6. Morais E, Júnior AS. Um novo caso de tumor da mama masculina. Portugal Médico, n.º 8. 1931.

7. Morais E, Monteiro H, Rodrigues A, Pereira S. Simpaticectomia e leucocitose. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie, tomo CVI. 1931.

8. Morais E. Sur un cas de cancer primitif double: épithélioma atypique du sein et malpighien du col de lútérus. Annales d’Anatomie pathologique et d’Anatomie normale médico-chirurgicale, tomo VIII, n.º 8. 1931.

9. Morais E. Tumores do útero e gravidez. Portugal Médico, n.º 5. 1931. 10. Morais E. Le blocage du système réticulo-endothélial e la production

d’hémolysines. Comunicação à Société de Biologie. 1932.

11. Morais E, Júnior AS. Cancro primitivo do rim. Portugal Médico, n.º 1. 1932. 12. Morais E. Contribuition à l’étude des leucocytes chez le Lapin. Folia

Anatomica Universitatis Conimbrigensis, vol. VII, n.º 6. 1932.

13. Morais E. Modifications de la température consécutives à la résection du glanglion cervical du sympathique chez le Lapin. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie, tomo IX.1932.

(29)

14. Morais E, Tavares A. Pseudo-tuberculoses peritoniais por corpos estranhos. Portugal Médico, n.º 2. 1932.

15. Morais E. Variations leucocytaires consécutives à la résection du glangion ervical du sympathique chez le Lapin. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie, tomo CXI. 1932.

16. Morais E, Bacelar J. Modifications leucocytaires au cours de la cancérisation expérimentale au goudron chez le Lapin. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie, tomo CXV. 1933.

17. Morais E. Nouvelles données pour l’étude des leucocytes chez le Lapin. Folia Anatomica Universitatis Conimbrigensis, vol. VIII, n.º 7. 1933.

18. Morais E. A propósito de um sarcoma com mieloplaxes. Comunicação às III Jornadas Médias Galegas. 1933.

19. Morais E. Sobre a hipertrofia dos incisivos no Coelho. Anais da Faculdade de Ciências do Porto, tomo XVIII. 1933.

20. Morais E, Tavares A. Sur les éléments à fonction colloidopexique dans l’ovaire. Comptes Rendus de l’Association des Anatomistes. 1933.

21. Morais E, Júnior AS. Sur une tumeur à type blastème rénal chez un chien. Folia Anatomica Univertatis Conimbrigensis, vol. VIII, n.º 4. 1933.

22. Morais E, Tavares A. La sympathicectomie et l’évolution des tumeurs du goudron chez le Lapin. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie, tomo CXIII, n.º 21. 1933.

23. Morais E, Monteiro H, Rodrigues A, Pereira S. As variações leucocitárias consecutivas ao corte e excitação do vago e do simpático. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie, tomo CXIII.1933.

24. Morais E, Reis B. Sobre a monocitose consecutiva à excitação do sistema retículo-endotelial. A Medicina Contemporânea, n.º 42. 1934.

25. Morais E, Monteiro H, Rodrigues A, Pereira S. As variações leucocitárias consecutivas à secção e à excitação do vago e do simpático. A Medicina Contemporânea, n.º 15. 1934.

26. Morais E. Acerca das lesões histológicas provocadas pelo torotraste. Medicina, n.º 10. 1935.

27. Morais E. Estudos sobre o sistema retículo-endotelial. Dissertação de candidatura ao grau de doutor. Imprensa Nacional de J. Vasconcelos.1935.

(30)

28. Morais E. Influence du taux de sérine du sérum sanguin dans les résultats de l’épreuve d’Adler et Reimann. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie, tomo CXVIII. 1935.

29. Morais E. A serologia do cancro. Conferência na Faculdade de Medicina do Porto. 1935.

30. Morais E, Tavares A. Sistema retículo-endotelial e tumores experimentais. Anales de la Academia Médico-Quirúrgica de Vigo, n.º 3. 1935

31. Morais E. Sobre o valor da prova do vermelho do Congo de Adler & Reimann. Germen, n.º 3. 1935.

32. Morais E. O sistema retículo-endotelial e os problemas da imunidade e da anafixalia. Portugal Médico, n.º 2. 1936.

33. Morais E, Tavares A. Sobre as vantagens da modificação da reacção de Wassermann proposta por Ch. Auguste. Portugal Médico, n.º 8. 1936. 34. Morais E. A questão da biligenia e as icterícias. Conferência na Faculdade

de Medicina do Porto. 1936.

35. Morais E, Fânzeres A. Acerca da modificação da reacção de Wassermann proposta por Ch. Auguste. Portugal Médico, n.º 7. 1937.

36. Morais E, Fânzeres A. Comparaison des résultats de la réaction de Wassermann dans le sérum entier et dans le sérum débarrassé de la fraction précipitable par l’acide chlorhydrique. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie, tomo CXXV.1937.

37. Morais E, Tavares A. L’influence de la castration ovarienne sur le développement et la croissannce des tumeurs du goudron. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie, tomo CXXV. 1937.

38. Morais E. A propósito de um caso de osteomielite do fémur. Génese dos osteoclastos. A Medicina Contemporânea, n.º 4. 1937.

39. Morais E, Melo J. A propósito de um caso de sodoku. Portugal Médico, n.º 10. 1937.

40. Morais E, Júnior AS. Tumeur du blastème renal. Folia Anatomica Conimbrigensis, vol. XII, n.º 5. 1937.

41. Morais E, Tavares A. Colesterolemia e tumores experimentais do alcatrão. Germen. 1938.

(31)

42. Morais E, Tavares A, Melo J. Du rôle de la teneur du sang en cholestérol sur la vitesse de sédimentation des hématies. Comunicação à Société de Biologie. 1938.

43. Morais E. Granulomas histiocitários das bainhas tendinosas. A Medicina Contemporânea, n.º 42. 1938.

44. Morais E, Fânzeres A. A propósito da reacção de Sachs-Witebsky para o diagnóstico da sífilis. Portugal Médico, n.º 6. 1939.

45. Morais E, Júnior AS. Considerações sobre a análise quantitativa da urina. Portugal Médico, n.º 3 e 4. 1940.

46. Morais E, Fânzeres A. Grupos sanguíneos nos Portugueses do Norte. Actas do Congresso Nacional de Ciências da População, vol.1. 1940 47. Morais E. Tumores gigantocelulares. Apontamentos para o seu estudo.

Arquivo de Patologia, n.º 1. 1940.

48. Morais E. Sobre o tratamento dos tumores gigantocitários das maxilas. Santa Casa Misericórdia do Porto, n.º especial dos Dias Estomatológicos, Junho de 1940.

49. Morais E, Tavares A, Simões F. A acção oncogénea do torotraste. Imprensa Médica, n.º 21. 1941.

50. Morais E. Sobre a actividade péxica dos elementos dos tumores gigantocelulares. Portugal Médico, n.º 12. 1941.

51. Morais E, Tavares A, Simões F. Tumores experimentais do torotraste. Folia Anatomica Universitatis Conimbrigensis, vol. XVI, n.º 13. 1941. 52. Morais E. O citodiagnóstico das neoplasias. Comunicação à VII Reunião

da Sociedade Anatómica Portuguesa. Coimbra, Novembro de 1942. 53. Morais E, Tavares A, Simões F. Novos ensaios sobre o poder

carcinogéneo do bióxido de tório. Imprensa, n.º 19. 1942.

54. Morais E, Fânzeres A. O serviço de transfusão sanguínea do Hospital de Santo António. Portugal Médico, n.º 8. 1942.

55. Morais E, Simões F. Sobre o índice de Vélez. Imprensa Médica, n.º 9. 1942.

56. Morais E, Barros O. O valor das granulações patológicas dos neutrófilos no diagnóstico da tuberculose. Comunicação ao Congresso Luso-Espanhol para o progresso das Ciências. Porto, 1942.

(32)

57. Morais E. Tentativas de aperfeiçoamento do diagnóstico microscópico dos tumores. Portugal Médico, n.º 8. 1943.

58. Morais E, Melo J. Tumores mediastino-pulmonares. Portugal Médico, n.º 2. 1943.

59. Morais E. O problema da linite plástica. Portugal Médico, n.º 1. 1944. 60. Morais E, Portugal MM, Melo J, Figueira R. Transfusão de glóbulos rubros

conservados. Comunicação às Reuniões Científicas da Faculdade de Medicina do Porto. Porto, 1944.

61. Morais E, Tavares A. Estado Actual de las Investigaciones Sobre la Accion Patógena del Bióxido de Torio. Trabajos del Instituto Nacional de Ciências Médicas, tomo VI. 1946.

62. Morais E, Moreira M. Soroterapia heteróloga, Técnicas de preparação e transfusão do soro. Jornal de Médico, VII, 198. 1946.

63. Morais E. A forma ulcerosa da Linite Plástica. Portugal Médico, vol. XXXI, n.º 3. 1947.

64. Morais E. Aspectos da Doação de Sangue no Porto. O Médico, n.º 59. 1952.

65. Morais E. Aspectos do Problema Jurídico do Sangue. O Médico, n.º 64. 1952.

66. Morais E. O Banco de Sangue da Misericórdia e o Hospital Geral de Santo António. O Médico, n.º 65. 1952.

67. Morais E, Sobrinho TS. Dois Casos de Púrpura Trombocitopénica tratados por Hemotransfusão Esternal. Arquivo de Clínica Médica, 4, fasc.2. 1952.

68. Morais E. Empirismo em Hemoterapia. Portugal Médico, n.º 11. 1952. 69. Morais E, Gaspar BL. A Evolução da Hemoterapia no Porto. O Médico, n.º

58. 1952.

70. Morais E. Heteroplasmoterapia. 1952.

71. Morais E. Multiplicidade dos Serviços de Hemoterapia. O Médico, n.º 60. 1952.

72. Morais E, Ferreira EA, Sobrinho TS, Gaspar BL, Vasconcelos JA. Notas de Hematologia e Hemoterapia. Instituto de Alta Cultura. 1952.

(33)

74. Morais E. Sobre a Hematologia e a Clínica das Leucoses Agudas. Arquivos do Instituto de Patologia Geral da Universidade de Coimbra, vol.VI. 1950-2.

75. Morais E. Serviço Nacional de Sangue. O Médico, n.º 61. 1952.

76. Morais E, Ferreira EA. Volemia e Protidemia nos operados. O Médico, nº 67. 1952.

77. Morais E. A Cruzada do Sangue. Santa Casa da Misericórdia do Porto, n.º 2. 1953.

(34)

Revista Científica da Ordem dos Médicos www.actamedicaportuguesa.com 1

Normas de Publicação da Acta Médica Portuguesa

Acta Médica Portuguesa’s Publishing Guidelines

Conselho Editorial ACTA MÉDICA PORTUGUESA

Acta Med Port 2016, 30 dezembro 2016

NORMAS PUBLICAÇÃO

1. MISSÃO

Publicar trabalhos científicos originais e de revisão na área biomédica da mais elevada qualidade, abrangendo várias áreas do conhecimento médico, e ajudar os médicos a tomar melhores decisões.

Para atingir estes objectivos a Acta Médica Portuguesa publica artigos originais, artigos de revisão, casos clínicos, editoriais, entre outros, comentando sobre os factores clí-nicos, científicos, sociais, políticos e económicos que afec-tam a saúde. A Acta Médica Portuguesa pode considerar artigos para publicação de autores de qualquer país.

2. VALORES

Promover a qualidade científica.

Promover o conhecimento e actualidade científica. Independência e imparcialidade editorial.

Ética e respeito pela dignidade humana. Responsabilidade social.

3. VISÃO

Ser reconhecida como uma revista médica portuguesa de grande impacto internacional.

Promover a publicação científica da mais elevada quali-dade privilegiando o trabalho original de investigação (clíni-co, epidemiológi(clíni-co, multicêntri(clíni-co, ciência básica).

Constituir o fórum de publicação de normas de orienta-ção.

Ampliar a divulgação internacional.

Lema: “Primum non nocere, primeiro a Acta Médica Portuguesa”

4. INFORMAÇÃO GERAL

A Acta Médica Portuguesa é a revista científica com revisão pelos pares (peer-review) da Ordem dos Médicos. É publicada continuamente desde 1979, estando indexa-da na PubMed / Medline desde o primeiro número. Desde 2010 tem Factor de Impacto atribuído pelo Journal Citation Reports - Thomson Reuters.

A Acta Médica Portuguesa segue a política do livre acesso. Todos os seus artigos estão disponíveis de for-ma integral, aberta e gratuita desde 1999 no seu site www.actamedicaportuguesa.com e através da Medline com interface PubMed.

A Acta Médica Portuguesa não cobra quaisquer taxas

relativamente ao processamento ou à submissão de arti-gos.

A taxa de aceitação da Acta Médica Portuguesa, em 2014, foi de aproximadamente de 20% dos mais de 700 manuscritos recebidos anualmente.

Os manuscritos devem ser submetidos online via “Submissões Online” http://www.actamedicaportuguesa.com /revista/index.php/amp/about/submissions#online Submissions.

A Acta Médica Portuguesa rege-se de acordo com as boas normas de edição biomédica do International Com-mittee of Medical Journal Editors (ICMJE), do ComCom-mittee on Publication Ethics (COPE), e do EQUATOR Network Resource Centre Guidance on Good Research Report (de-senho de estudos).

A política editorial da Revista incorpora no processo de revisão e publicação as Recomendações de Política Edi-torial (EdiEdi-torial Policy Statements) emitidas pelo Conselho de Editores Científicos (Council of Science Editors), dispo-níveis em http://www.councilscienceeditors.org/i4a/pages/ index.cfm?pageid=3331, que cobre responsabilidades e direitos dos editores das revistas com arbitragem científica. Os artigos propostos não podem ter sido objecto de qual-quer outro tipo de publicação. As opiniões expressas são da inteira responsabilidade dos autores. Os artigos publica-dos ficarão propriedade conjunta da Acta Médica Portugue-sa e dos autores.

A Acta Médica Portuguesa reserva-se o direito de co-mercialização do artigo enquanto parte integrante da revis-ta (na elaboração de separarevis-tas, por exemplo). O autor de-verá acompanhar a carta de submissão com a declaração de cedência de direitos de autor para fins comerciais. Relativamente à utilização por terceiros a Acta Médica Portuguesa rege-se pelos termos da licença Creative Com-mons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – Proibição de Rea-lização de Obras Derivadas (by-nc-nd)’.

Após publicação na Acta Médica Portuguesa, os auto-res ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados.

5. CRITÉRIO DE AUTORIA

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Revista Científica da Ordem dos Médicos www.actamedicaportuguesa.com Normas de Publicação da Acta Médica Portuguesa, 2016

Commitee of Medical Journal Editors” (ICMJE).

Todos designados como autores devem ter participado significativamente no trabalho para tomar responsabilidade pública sobre o conteúdo e o crédito da autoria.

Autores são todos que:

1. Têm uma contribuição intelectual substancial, directa, no desenho e elaboração do artigo

2. Participam na análise e interpretação dos dados 3. Participam na escrita do manuscrito, revendo os rascu-nhos; ou na revisão crítica do conteúdo; ou na aprovação da versão final

4. Concordam que são responsáveis pela exactidão e inte-gridade de todo o trabalho

As condições 1, 2, 3 e 4 têm de ser reunidas.

Autoria requer uma contribuição substancial para o ma-nuscrito, sendo pois necessário especificar em carta de apresentação o contributo de cada autor para o trabalho. Ser listado como autor, quando não cumpre os critérios de elegibilidade, é considerado fraude.

Todos os que contribuíram para o artigo, mas que não encaixam nos critérios de autoria, devem ser listados nos agradecimentos.

Todos os autores, (isto é, o autor correspondente e cada um dos autores) terão de preencher e assinar o “Formulá-rio de Autoria” com a responsabilidade da autoria, crité“Formulá-rios e contribuições; conflitos de interesse e financiamento e transferência de direitos autorais / copyright (modelo dispo-nível em http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP_ template-Declaracao-Responsabilidade-Autoral.doc). O autor Correspondente deve ser o intermediário em nome de todos os co-autores em todos os contactos com a Acta Médica Portuguesa, durante todo o processo de sub-missão e de revisão. O autor correspondente é responsável por garantir que todos os potenciais conflitos de interesse mencionados são correctos. O autor correspondente deve atestar, ainda, em nome de todos os co-autores, a origi-nalidade do trabalho e obter a permissão escrita de cada pessoa mencionada na secção “Agradecimentos”.

6. COPYRIGHT / DIREITOS AUTORAIS

Quando o artigo é aceite para publicação é mandatório o carregamento na plataforma electrónica de documento digitalizado, assinado por todos os Autores, com a partilha dos direitos de autor entre autores e a Acta Médica Portu-guesa.

O(s) Autor(es) deve(m) assinar uma cópia de partilha dos direitos de autor entre autores e a Acta Médica Portu-guesa quando submetem o manuscrito, conforme minuta publicada em anexo:

Nota: Este documento assinado só deverá ser enviado quando o manuscrito for aceite para publicação.

Editor da Acta Médica Portuguesa

O(s) Autor(es) certifica(m) que o manuscrito intitulado: __ __________________________________________ (ref. AMP________) é original, que todas as afirmações apre-sentadas como factos são baseados na investigação do(s)

Autor(es), que o manuscrito, quer em parte quer no todo, não infringe nenhum copyright e não viola nenhum direi-to da privacidade, que não foi publicado em parte ou no todo e que não foi submetido para publicação, no todo ou em parte, noutra revista, e que os Autores têm o direito ao copyright.

Todos os Autores declaram ainda que participaram no trabalho, se responsabilizam por ele e que não existe, da parte de qualquer dos Autores conflito de interesses nas afirmações proferidas no trabalho.

Os Autores, ao submeterem o trabalho para publicação, partilham com a Acta Médica Portuguesa todos os direitos a interesses do copyright do artigo.

Todos os Autores devem assinar

Data:__________________________________________ Nome (maiúsculas):______________________________ Assinatura:_____________________________________

7. CONFLITOS DE INTERESSE

O rigor e a exactidão dos conteúdos, assim como as opiniões expressas são da exclusiva responsabilidade dos Autores. Os Autores devem declarar potenciais conflitos de interesse. Os autores são obrigados a divulgar todas as relações financeiras e pessoais que possam enviesar o trabalho.

Para prevenir ambiguidade, os autores têm que explici-tamente mencionar se existe ou não conflitos de interesse. Essa informação não influenciará a decisão editorial mas antes da submissão do manuscrito, os autores têm que assegurar todas as autorizações necessárias para a publicação do material submetido.

Se os autores têm dúvidas sobre o que constitui um re-levante interesse financeiro ou pessoal, devem contactar o editor.

8. CONSENTIMENTO INFORMADO e APROVAÇÃO ÉTICA

Todos os doentes (ou seus representantes legais) que possam ser identificados nas descrições escritas, fotogra-fias e vídeos deverão assinar um formulário de consenti-mento informado para descrição de doentes, fotografia e vídeos. Estes formulários devem ser submetidos com o manuscrito (modelo disponível em http://www.actamedica- portuguesa.com/info/consentimento_informado_do_doen-te.doc).

A Acta Médica Portuguesa considera aceitável a omis-são de dados ou a apresentação de dados menos específi-cos para identificação dos doentes. Contudo, não aceitare-mos a alteração de quaisquer dados.

Os autores devem informar se o trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética da instituição de acordo com a de-claração de Helsínquia.

9. LÍNGUA

Os artigos devem ser redigidos em português ou em inglês. Os títulos e os resumos têm de ser sempre em por-tuguês e em inglês.

(36)

Revista Científica da Ordem dos Médicos www.actamedicaportuguesa.com 3 Normas de Publicação da Acta Médica Portuguesa, 2016

NORMAS PUBLICAÇÃO

10. PROCESSO EDITORIAL

O autor correspondente receberá notificação da recep-ção do manuscrito e decisões editoriais por email.

Todos os manuscritos submetidos são inicialmente re-vistos pelo editor da Acta Médica Portuguesa. Os manus-critos são avaliados de acordo com os seguintes critérios: originalidade, actualidade, clareza de escrita, método de estudo apropriado, dados válidos, conclusões adequadas e apoiadas pelos dados, importância, com significância e contribuição científica para o conhecimento da área, e não tenham sido publicados, na íntegra ou em parte, nem sub-metidos para publicação noutros locais.

A Acta Médica Portuguesa segue um rigoroso processo cego (single-blind) de revisão por pares (peer-review, exter-nos à revista). Os manuscritos recebidos serão enviados a peritos das diversas áreas, os quais deverão fazer os seus comentários, incluindo a sugestão de aceitação, aceitação condicionada a pequenas ou grandes modificações ou re-jeição. Na avaliação, os artigos poderão ser:

a) aceites sem alterações;

b) aceites após modificações propostas pelos consulto-res científicos;

c) recusados.

Estipula-se para esse processo o seguinte plano tem-poral:

• Após a recepção do artigo, o Editor-Chefe, ou um dos Editores Associados, enviará o manuscrito a, no mínimo, dois revisores, caso esteja de acordo com as normas de publicação e se enquadre na política editorial. Poderá ser recusado nesta fase, sem envio a revisores.

• Quando receberem a comunicação de aceitação, os Autores devem remeter de imediato, por correio electróni-co, o formulário de partilha de direitos que se encontra no site da Acta Médica Portuguesa, devidamente preenchido e assinado por todos os Autores.

• No prazo máximo de quatro semanas, o revisor de-verá responder ao editor indicando os seus comentários relativos ao manuscrito sujeito a revisão, e a sua sugestão de quanto à aceitação ou rejeição do trabalho. O Conselho Editorial tomará, num prazo de 15 dias, uma primeira deci-são que poderá incluir a aceitação do artigo sem modifica-ções, o envio dos comentários dos revisores para que os Autores procedam de acordo com o indicado, ou a rejeição do artigo.

Os Autores dispõem de 20 dias para submeter a nova versão revista do manuscrito, contemplando as modifica-ções recomendadas pelos peritos e pelo Conselho Editorial. Quando são propostas alterações, o autor deverá no prazo máximo de vinte dias, carregar na plataforma electrónica da Acta Médica Portuguesa uma versão revista do artigo, com as alterações inseridas destacadas com cor diferente, bem como um novo Documento Suplementar respondendo a todas as questões colocadas.

• O Editor-Chefe dispõe de 15 dias para tomar a deci-são sobre a nova verdeci-são: rejeitar ou aceitar o artigo na nova versão, ou submetê-lo a um ou mais revisores externos cujo parecer poderá, ou não, coincidir com os resultantes

da primeira revisão.

• Caso o manuscrito seja reenviado para revisão exter-na, os peritos dispõem de quatro semanas para o envio dos seus comentários e da sua sugestão quanto à aceitação ou recusa para publicação do mesmo.

• Atendendo às sugestões dos revisores, o Editor-Chefe poderá aceitar o artigo nesta nova versão, rejeitá-lo ou vol-tar a solicivol-tar modificações. Neste último caso, os Autores dispõem de um mês para submeter uma versão revista, a qual poderá, caso o Editor-Chefe assim o determine, voltar a passar por um processo de revisão por peritos externos. • No caso da aceitação, em qualquer das fases ante-riores, a mesma será comunicada ao Autor principal. Num prazo inferior a um mês, o Conselho Editorial enviará o ar-tigo para revisão dos Autores já com a formatação final, mas sem a numeração definitiva. Os Autores dispõem de cinco dias para a revisão do texto e comunicação de quais-quer erros tipográficos. Nesta fase, os Autores não podem fazer qualquer modificação de fundo ao artigo, para além das correcções de erros tipográficos e/ou ortográficos de pequenos erros. Não são permitidas, nomeadamente, alte-rações a dados de tabelas ou gráficos, altealte-rações de fundo do texto, etc.

• Após a resposta dos Autores, ou na ausência de res-posta, após o decurso dos cinco dias, o artigo considera-se concluído.

• Na fase de revisão de provas tipográficas, alterações de fundo aos artigos não serão aceites e poderão implicar a sua rejeição posterior por decisão do Editor-Chefe. Chama-se a atenção que a transcrição de imagens, quadros ou gráficos de outras publicações deverá ter a pré-via autorização dos respectivos autores para dar cumpri-mentos às normas que regem os direitos de autor.

11. PUBLICAÇÃO FAST-TRACK

A Acta Médica Portuguesa dispõe do sistema de publi-cação Fast-Track para manuscritos urgentes e importantes desde que cumpram os requisitos da Acta Médica Portu-guesa para o Fast-Track.

a) Os autores para requererem a publicação fast-track devem submeter o seu manuscrito em http://www.actame-dicaportuguesa.com/ “submeter artigo” indicando clara-mente porque consideram que o manuscrito é adequado para a publicação rápida. O Conselho Editorial tomará a decisão sobre se o manuscrito é adequado para uma via rápida (fast-track) ou para submissão regular;

b) Verifique se o manuscrito cumpre as normas aos au-tores da Acta Médica Portuguesa e que contém as informa-ções necessárias em todos os manuscritos da Acta Médica Portuguesa.

c) O Gabinete Editorial irá comunicar, dentro de 48 ho-ras, se o manuscrito é apropriado para avaliação fast-track. Se o Editor-Chefe decidir não aceitar a avaliação fast-track, o manuscrito pode ser considerado para o processo de re-visão normal. Os autores também terão a oportunidade de retirar a sua submissão.

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Revista Científica da Ordem dos Médicos www.actamedicaportuguesa.com Normas de Publicação da Acta Médica Portuguesa, 2016

NORMAS PUBLICAÇÃO fast-track, a decisão Editorial será feita no prazo de 5 dias

úteis.

e) Se o manuscrito for aceite para publicação, o objecti-vo será publicá-lo, online, no prazo máximo de 3 semanas após a aceitação.

12. REGRAS DE OURO ACTA MÉDICA PORTUGUESA

a) O editor é responsável por garantir a qualidade da revista e que o que publica é ético, actual e relevante para os leitores.

b) A gestão de reclamações passa obrigatoriamente pelo editor-chefe e não pelo bastonário.

c) O peer review deve envolver a avaliação de revisores externos.

d) A submissão do manuscrito e todos os detalhes asso-ciados são mantidos confidenciais pelo corpo editorial e por todas as pessoas envolvidas no processo de peer-review. e) A identidade dos revisores é confidencial.

f) Os revisores aconselham e fazem recomendações; o editor toma decisões.

g) O editor-chefe tem total independência editorial. h) A Ordem dos Médicos não interfere directamente na avaliação, selecção e edição de artigos específicos, nem directamente nem por influência indirecta nas decisões edi-toriais.

i) As decisões editoriais são baseadas no mérito de tra-balho submetido e adequação à revista.

j) As decisões do editor-chefe não são influenciadas pela origem do manuscrito nem determinadas por agentes exteriores.

k) As razões para rejeição imediata sem peer review ex-terno são: falta de originalidade; interesse limitado para os leitores da Acta Médica Portuguesa; conter graves falhas científicas ou metodológicas; o tópico não é coberto com a profundidade necessária; é preliminar de mais e/ou espe-culativo; informação desactualizada.

l) Todos os elementos envolvidos no processo de peer review devem actuar de acordo com os mais elevados pa-drões éticos.

m) Todas as partes envolvidas no processo de peer re-view devem declarar qualquer potencial conflito de interes-ses e solicitar escusa de rever manuscritos que sintam que não conseguirão rever objectivamente.

13. NORMAS GERAIS ESTILO

Todos os manuscritos devem ser preparados de acordo com o “AMA Manual of Style”, 10th ed. e/ou “Uniform Requi-rements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals”. Escreva num estilo claro, directo e activo. Geralmente, escreva usando a primeira pessoa, voz activa, por exemplo, “Analisámos dados”, e não “Os dados foram analisados”. Os agradecimentos são as excepções a essa directriz, e deve ser escrito na terceira pessoa, voz activa; “Os auto-res gostariam de agradecer”. Palavras em latim ou noutra língua que não seja a do texto deverão ser colocadas em itálico.

Os componentes do manuscrito são: Página de Título, Resumo, Texto, Referências, e se apropriado, legendas de figuras. Inicie cada uma dessas secções em uma nova página, numeradas consecutivamente, começando com a página de título.

Os formatos de arquivo dos manuscritos autorizados in-cluem o Word e o WordPerfect. Não submeta o manuscrito em formato PDF.

SUBMISSÃO

Os manuscritos devem ser submetidos online, via “Sub-missão Online” da Acta Médica Portuguesa http://www. actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/about/ submissions#onlineSubmissions.

Todos os campos solicitados no sistema de submissão online terão de ser respondidos.

Após submissão do manuscrito o autor receberá a con-firmação de recepção e um número para o manuscrito.

Na primeira página/ página de título:

a) Título em português e inglês, conciso e descritivo

b) Na linha da autoria, liste o Nome de todos os Autores (primeiro e último nome) com os títulos académicos e/ou profissionais e respectiva afiliação (departamento, institui-ção, cidade, país)

c) Subsídio(s) ou bolsa(s) que contribuíram para a rea-lização do trabalho

d) Morada e e-mail do Autor responsável pela corres-pondência relativa ao manuscrito

e) Título breve para cabeçalho

Na segunda página

a) Título (sem autores)

b) Resumo em português e inglês. Nenhuma

informa-ção que não conste no manuscrito pode ser mencionada no resumo. Os resumos não podem remeter para o texto, não podendo conter citações nem referencias a figuras. c) Palavras-chave (Keywords). Um máximo de 5 Keywords em inglês utilizando a terminologia que consta no Medical Subject Headings (MeSH), http://www.nlm.nih. gov/mesh/MBrowser.html, devem seguir-se ao resumo.

Na terceira página e seguintes: Editoriais:

Os Editoriais serão apenas submetidos por convite do Editor. Serão comentários sobre tópicos actuais. Não de-vem exceder as 1.200 palavras nem conter tabelas/figuras e terão um máximo de 5 referências bibliográficas. Não pre-cisam de resumo.

Perspectiva:

Artigos elaborados apenas por convite do Conselho

Editorial. Podem cobrir grande diversidade de temas com interesse nos cuidados de saúde: problemas actuais ou emergentes, gestão e política de saúde, história da medici-na, ligação à sociedade, epidemiologia, etc.

Referências

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