• Nenhum resultado encontrado

Capa, Expediente e Editorial da Revista

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Capa, Expediente e Editorial da Revista"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

RESUMO: Esta pesquisa teve como objetivo apresentar as diferentes discussões sobre as opiniões de autores especialistas na questão ambiental sobre a utilização de sacolas plásticas, demonstrando assim, todos os fatores ambientais relacionados a utilização deste material, bem como, apresentar alternativas em relação ao consumo das sacolas plásticas como forma de reduzir impactos ambientais. A crescente busca pela sustentabilidade das empresas faz despertar as questões ambientais para os seus colaboradores e consumidores, sendo então a utilização das sacolas plásticas um fator polêmico nas questões ambientais. Os resultados mostram que as sacolas plásticas são vítimas de uma sociedade consumista e que ainda falta investimento em educação ambiental e conscientização, além de iniciativas de coleta seletiva e reciclagem dos resíduos sólidos para uma melhoria no gerenciamento das questões ambientais pertinentes.

ABSTRACT: This research aimed to present the various discussions on the opinions of the researches in environmental issues on the use of plastic bags, thus demonstrating all the environmental factors related to use of this material, as well as present alternatives in relation to consumption of plastic bags in order to reduce environmental impacts. The growing quest for sustainable enterprises makes awake environmental issues for their employees and consumers, and then the use of plastic bags a controversial factor in environmental issues. The results show that plastic bags are victims of a consumerist society and still lack investment in environmental education and awareness initiatives in addition to the selective collection and recycling of solid waste to an improvement in the management of environmental issues relevant.

SACOLAS PLÁSTICAS

Publicação

Anhanguera Educacional Ltda. Coordenação

Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Correspondência

Sistema Anhanguera de Revistas Eletrônicas - SARE

Carla Dal Piva, Taciana Noriko Fernandes Orikassa - Universidade Anhanguera-Uniderp - Matriz

PALAVRAS-CHAVE:

sacolas plásticas; sustentabilidade; educação ambiental.

KEYWORDS:

plastic bags, sustainable, environmental education .

Sua utilização na visão de diferentes autores

Artigo Original

Recebido em: 13/10/2011 Avaliado em: 21/11/2011 Publicado em: 05/05/2014

(2)

1. INTRODUÇÃO

Como principal fator causativo da poluição é o ser humano, pode-se concluir que a poluição é fruto do crescimento populacional (BRAGA, 2005), o crescimento desordenado e a geração de resíduos aumenta a cada dia.

A destinação a ser tomada é um dos maiores problemas da gestão de resíduos, com a demanda cada vez maior, criam-se as dificuldades quanto ao que fazer com os mesmos (MOTA, 2000). Os resíduos, muitas vezes, são depositados em lugares inapropriados: jogados em vias públicas, terrenos abandonados, “lixões”, etc. Isto gera poluição, desconforto a população e impactos negativos ao meio ambiente.

O plástico, inventado pelo inglês Alexander Parkes em 1862 em Trigueiro (2003), possui propriedades que são fundamentais atualmente. São leves, resistentes, maleáveis e impermeáveis. Surgem às sacolas plásticas, que foram introduzidas nos anos 70, e se tornaram populares pela distribuição gratuita a cada compra em supermercados e lojas (FABRO, 2007).

A busca pela qualidade de vida através de tecnologias e facilidades no dia-a-dia, acaba esbarrando com o conceito de sustentabilidade; o uso sustentável inclui reduzir, reusar e reciclar Almeida (2008), que se propõe não é deixar de usufruir das tecnologias, mas sim buscar novos meios para alcançar a qualidade de vida sem se esquecer da qualidade ambiental, já que o homem está inserido no ambiente, é parte integrante desse meio e por isso o dever de preservá-lo.

A polêmica do uso de sacolas plásticas é pertinente na busca de um modelo sustentável. ONG’s, prefeituras, redes de supermercados tentam defender seus interesses e ao mesmo tempo buscar alternativas.

O marketing ambiental, o apelo pela sustentabilidade, está despertando nos empresários e consumidores a questão ambiental e uma dessas questões se trata na utilização de sacolas plásticas.

Existem diferentes opiniões de especialistas sobre o uso de sacolas plásticas. São taxadas como poluidoras, mas não são descartadas e recicladas de maneira correta; algumas são biodegradáveis, mas estudos são precários em relação aos efeitos de um aditivo que acelera a decomposição; é imposto taxas para utilizá-las, afim de diminuir seu uso; e até substituí-las por sacolas retornáveis, levando-as a cada compra.

O objetivo é esclarecer o uso das sacolas plásticas sobre o ponto de vista de vários autores e discutir se são “vilãs” ou “vitimas” inseridas no meio ambiente. Reunir as principais idéias e soluções pertinentes ao assunto, demonstrando quais as melhores alternativas que se enquadra na realidade de cada empresa, cidade, modo de vida.

(3)

2. SACOLAS PLÁSTICAS

As sacolas plásticas eram motivos de orgulho das redes de supermercados, e passaram de símbolo da modernidade para vilãs do meio ambiente (PLANETA SUSTENTÁVEL, 2007). Devido ao longo período de decomposição que podem levar de 100 a 300 anos, as sacolas são utilizadas, descartadas e permanecem no meio ambiente poluindo e causando impactos negativos.

É um objeto utilizado no cotidiano para transportar mercadorias. É também uma das formas de acondicionamento do lixo doméstico e, constituem uma forma barata de publicidade para as lojas que as distribuem.

A palavra plástico tem origem no grego plástikos, que significa moldáveis, uma característica essencial destes materiais. Feitos de resina sintética originadas do petróleo, esses sacos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza. São feitos de cadeias moleculares inquebráveis e é impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural. Nas sacolas de supermercados a matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada polietileno linear, polietileno de alta densidade ou de prolipropileno, polímeros de plásticos não biodegradáveis (Almeida, 2008).

Um aumento na geração de resíduos é conseqüência de um consumo de matéria-prima, as quais se encontram na natureza em quantidade limitadas (SILVA, 2010). O uso consciente dos materiais não-renováveis existentes na natureza contribui com uma menor geração de resíduos e consequentemente menor desperdício de materiais.

A disposição dos resíduos sólidos urbanos apresenta problemas relacionados à instalação adequada dos mesmos, ao espaço físico ocupado pelos rejeitos e o transtorno causado ao ambientem visualmente desagradável (Santos, 2004). A deposição incorreta dos resíduos é resultado de más condições de armazenamento trazendo problemas ambientais, sociais e de saúde pública.

2.1. Sacolas oxi-biodegradáveis

A sacola oxi-biodegradável recebe o aditivo d2w™ em seu processo de fabricação e possui vida útil definida (PLASZOM, 2009).

O aditivo d2w™ é incluído no processo de manufatura do plástico e causa a decomposição acelerada de forma total e segura em água, dióxido de carbono e uma pequena quantidade de biomassa (RESBRASIL, 2010). A RESBRASIL é a única empresa que certifica os produtos com o aditivo d2w™ no Brasil.

Apesar de ter sua decomposição acelerada, diferente de uma sacola biodegradável que é consumida por microrganismos, as sacolas oxi-biodegradáveis se utilizam de agentes

(4)

Para Esmeraldo (2009), as sacolas oxi-biodegradáveis são danosas ao meio ambiente por não ser totalmente degradada e se convertem em um pó que é ingerido pela fauna e contamina os recursos hídricos.

Ainda faltam estudos que comprovem a eficiência do aditivo nas sacolas oxi-biodegradáveis, e mesmo que existam estudos, a divulgação é mínima, o que causa dúvidas entre consumidores e fornecedores de sacolas plásticas. Além de expandir para outras empresas o processo de certificação dos produtos com o aditivo, assim o controle de qualidade e fiscalização será maior, diminuindo os impactos negativos prováveis no uso desses produtos. 2.2. Sacolas plásticas mais resistentes

A sacola plástica mais resistente suporta mais peso, o consumidor tem mais segurança ao transportar suas compras e preserva o meio ambiente, por ser mais resistente dispensa o uso de várias sacolas por acondicionar mais produtos (PLASTIVIDA, 2010). Para identificação dessas sacolas é impresso a certificação da ABNT – NBR-14937.

O uso de sacolas plásticas mais resistentes é uma alternativa para diminuição do uso de sacolas plásticas, pois considerando que suportam mais peso que as sacolas plásticas comumente utilizadas irá diminuir a utilização de mais sacolas para transportar a mesma quantidade de produtos. O que deve ser proposto é a divulgação desta sacola mais resistente aos consumidores, que adquiriram o hábito de reforçar o transporte de suas mercadorias utilizando duas ou mais sacolas. Divulgando através de treinamento dos funcionários, que as sacolas plásticas suportam mais peso e não simplesmente disponibilizar este produto. 2.3. Sacolas retornáveis

A melhor maneira de eliminar as sacolas plásticas de circulação é a utilização de sacolas retornáveis, como as famosas “sacolas de feira”, relata Daniel Pereira que acrescenta: “as sacolas plásticas ou saquinhos de supermercados são uma praga moderna que deve ser aos poucos abandonada por todos nós (PEREIRA, 2010).

Para Silva (2008) devem-se recusar as sacolas plásticas e ir às compras com uma sacola de tecido, já que para a autora, as sacolas plásticas são as vilãs do século XXI, que poluem rios, córregos e provoca entupimento de galerias pluviais.

O uso das sacolas retornáveis é uma solução viável, mas e quando se decide fazer compras quando já está na rua e não tem sua sacola retornável em mãos? (AFONSO, 2010).

A utilização de sacolas retornáveis requer mudança de hábito dos consumidores, pois o não fornecimento gratuito da sacola plástica para transporte de mercadorias gera desconforto para o consumidor despreparado. A divulgação com informativos antes da retirada das sacolas plásticas deve ser feita intensamente pelo responsável do estabelecimento, pois a adaptação dos consumidores deverá ser gradativa, assim o consumidor nem o empreendedor serão prejudicados pela mudança.

(5)

2.4. Cobrança pelo uso e uso consciente de sacolas plásticas

A exemplo tomado por outros países e já existente em algumas cidades brasileiras, deveria ser cobrado pelo uso das sacolas plásticas, por meio de legislação, ou de forma mais rígida ser proibida sua utilização para qualquer finalidade (RENOVATO, 2009).

Na China, as sacolas não são mais distribuídas gratuitamente. Afim de evitar a chamada “Poluição branca”, os consumidores devem pagar para utilizar a sacola de plástico (FOLHA, 2008).

Segundo Mancini (2010), o uso responsável é certamente a melhor forma de aproveitarmos o baixo custo e as boas propriedades do plástico, bem como minimizar os impactos ambientais que causamos.

Na sociedade contemporânea, a melhor forma de usufruir de conforto, praticidade, economia, segurança e qualidade de vida a que todos temos direito é utilizar esse ou qualquer outro produto de forma consciente, o que significa aplicar os três Rs: reduzir, reutilizar e reciclar (ESMERALDO, 2010).

Uma campanha do Ministério do Meio Ambiente denominada, “Saco é um saco” lançada em 2009, teve o objetivo de incentivar os consumidores a reduzir o uso de sacolas plásticas. A fim de enfrentar o impacto ambiental do consumo exagerado de sacolas plásticas, conscientizando e incentivando os consumidores a usarem alternativas para o transporte das compras e acondicionamento de lixo domiciliar (AKATU, 2009).

A redução tem como objetivo de diminuir a geração de resíduos mediante ações técnicas e gerenciais; a redução pode estar relacionada na fonte, evitando a formação do resíduo em sua origem assim como por técnicas de reciclagem e de reprocessamento interno, impedindo que o resíduo chegue ao meio ambiente (VALLE, 2002). Assim, o uso consciente de sacolas plásticas reduz a geração de resíduos diminuindo o impacto causado ao meio ambiente.

2.5. Uma questão de educação ambiental

O problema não reside no material empregado para confeccionar a sacola, e sim de não existir um sistema eficaz de reutilização, separação e coleta dos resíduos domésticos de maneira a se evitar sua deposição no meio ambiente (SARAIVA, 2008).

Para Afonso (2010), a reciclagem e a conscientização com educação ambiental, nunca serão suficientes para deter essa poluição causada pelas sacolas plásticas.

A questão de educação ambiental que é precária e ainda está crescendo sendo implantada nas escolas, em algumas empresas; são focos pontuais que ainda não atinge toda a população.

A relação homem-natureza é expressa por um conjunto de idéias que indicam que o homem deve se submeter as “leis da natureza”, assim como todos os outros seres vivos para

(6)

A diversidade biológica (ou biodiversidade) está diretamente relacionada com a manutenção desse meio ambiente equilibrado do ponto de vista ecológico. Para alcançar este objetivo, além da organização do poder público para orientar, legislar e fiscalizar as ações que possam impactar o meio ambiente é preciso que haja um movimento de conscientização de toda a sociedade e a escolaridade tem papel fundamental neste processo (PROBIO, 2006).

Mesmo com o apelo crescente nas questões ambientais, todas as discussões apontam para a necessidade de políticas publicas de educação ambiental (TOZONI-REIS, 2004).

A questão ambiental refere-se a mudança de hábitos o que dificulta a aceitação por pessoas já adultas e com opinião formada; o grande foco da conscientização é atingir a educação infantil e ensinos médios e superiores, onde as opiniões estão sendo formadas, adquirindo o conhecimento. O processo de educação ambiental começou recentemente e vai se firmar nas gerações que estão por vir.

Uma das metas básicas da Educação Ambiental é conseguir que as pessoas e as comunidades compreendam o caráter complexo do meio ambiente natural e artificial, resultante da inter-relação de seus aspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais e adquirir o conhecimento, os valores, as atitudes e as aptidões práticas que permitam participar, de forma responsável e eficaz, no trabalho de prever e de resolver problemas ambientais e de uma gestão qualitativamente apropriada do meio ambiente. (LINDNER, 2000).

A educação ambiental contribui para que a sociedade seja estimulada a participar do desenvolvimento sustentável. As pessoas serão chamadas para repensar, reprojetar e reestruturar seus valores (PALMA, 2005). As soluções não estarão prontas, mas sim, estão a disposição instrumentos para que cada um faça sua parte.

Educação ambiental foi definida por GUIMARÃES (1995) como:

Interdisciplinar, voltada para soluções de problemas locais; é participativa, comunitária, criativa e valoriza a ação. É transformadora de valores e atitudes através da construção de novos hábitos e conhecimentos, criadora de uma nova ética, sensibilizadora e conscientizadora para as relações integradas ser humano/ sociedade/natureza objetivando o equilíbrio como forma de obtenção da melhoria da qualidade de todos os níveis de vida.

Ainda em GUIMARÃES (1995), um conhecido lema ecológico o de “agir localmente e pensar globalmente”; atua na educação ambiental como cada ação local ou individual age sincronicamente no global, entre o indivíduo e a natureza.

Uma catástrofe ecológica preocupa não só ecologistas mas também outros setores da sociedade civil. Estas preocupações geram um consenso de que algo precisa ser feito urgentemente para interferir no processo de degradação ambiental (GRUN, 1996).

3. PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

Na tabela 3.1 é descrito os pontos positivos e negativos das iniciativas tomadas sobre o uso de sacolas plásticas.

(7)

A descrição é feita de maneira rápida para que consumidores se atentem para as principais causas da utilização de cada método para a diminuição das sacolas plásticas comuns.

Requer cada pessoa adaptar-se ao melhor método que é capaz de reduzir o uso de sacolas plásticas.

Tabela 3.1: Pontos positivos e negativos sobre as alternativas do uso das sacolas plásticas.

Ponto Positivo Ponto Negativo

Sacola Oxi-biodegradável Decomposição acelerada. conseqüências do aditivo d2w™.Deficiência em estudos sobre as

Sacola mais resistente Diminuição do uso de sacolas.

Possível aumento no tempo de decomposição por ser mais resistente,

requer uma quantidade maior de plástico para sua fabricação.

Sacola retornável

Diminuição no uso de sacolas plásticas e conseqüente menor geração de resíduos, e menor degradação ambiental.

Mudança de hábito do consumidor em lembrar-se em levar sua sacola para

as compras.

Custo pelo uso da sacola Diminuição no uso de sacolas plásticas.

Pessoas com dificuldade financeira teriam que buscar alternativas para transportar suas mercadorias, a longo

prazo seria um custo alto.

Uso consciente Diminuição do uso de sacolas plásticas. Depende da atitude de cada pessoa em tomar essa iniciativa.

Educação Ambiental Diminuição do uso de sacolas plásticas.

Depende da conscientização de pessoas com opiniões e hábitos formados, dificultando o trabalho de

educação ambiental.

4. QUESTÃO AMBIENTAL

Os plásticos são considerados substratos inertes, com índices de decomposição variáveis por elementos ambientais, como luz, umidade, calor e microrganismos. A não degradabilidade no ambiente de materiais plásticos pós-consumo tem sido um dos fatores em que ambientalistas têm centrado suas campanhas (FORLIN, 2002).

A grande maioria das sacolas plásticas disponíveis em supermercados brasileiros é feita de resina sintética originadas do petróleo, não são biodegradáveis e podem levar centenas de anos para se decompor. Nos mares, podem matar animais como tartarugas, que são vítimas freqüentes, pois confunde o material com as medusas, sua presa natural (POZZANA, 2010).

No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água - retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis - e dificultam

(8)

A idéia de desenvolvimento sustentável apareceu associada à legislação ambiental dos impactos ambientais indesejáveis; assim desenvolvimento sustentável é “produzir sem causar impacto”, sendo a relação home-natureza mediada por conhecimentos técnicos e científicos (TOZONI-REIS, 2004).

5. ALTERNATIVAS SOBRE O USO DE SACOLAS PLÁSTICAS

Levando em consideração os pontos positivos e negativos já apresentados, sobre o uso das sacolas plásticas e suas alternativas de utilização, a melhor alternativa seria o uso consciente das sacolas plásticas e a questão de educação ambiental focada ao consumidor. Porém, para que essas ações alcancem números satisfatórios de redução, uma ação imediata deve ser feita. Não apenas com o apelo sócio-ambiental tomados pelas empresas, mas também pelos educadores, colaboradores, poder público, etc.

Muitos estabelecimentos tomam iniciativas próprias para reduzir o uso de sacolas plásticas. Com o apelo sócio-ambiental através de cartazes, treinamentos de funcionários, a venda de sacolas retornáveis, a disposição de caixas de papelão para acondicionar as compras, etc.

Alguns estados brasileiros e vários países tomam suas próprias iniciativas através de elaboração de leis, resoluções proibindo a utilização de sacolas plásticas ou mesmo a cobrança pelo seu uso. Assim com punições e multas impõem ao consumidor repensar sobre sua responsabilidade ambiental.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A questão ambiental está presente em diversos setores, e aos poucos a conscientização ambiental está fluindo para todas as áreas de fabricação, consumo e pós-consumo. Este processo de adquirir a maneira sustentável é vagaroso, pois requer mudanças de hábitos, crenças, costumes o que demanda persistência e um alto investimento em educação ambiental.

A utilização de sacolas plásticas é apenas uma questão de educação ambiental; seu uso em excesso traz prejuízos ao ambiente, assim funciona com qualquer recurso que mal utilizado e posteriormente mal descartado, vai gerar riscos.

A educação ambiental é a base para despertar a consciência ecológica na população, somente com conscientização ambiental partindo da educação ambiental nas escolas. O foco na educação tem poder de transformação, começando pela educação infantil onde as idéias estão em formação facilitando o entendimento de maneiras de preservação do meio ambiente através de pequenas ações.

A questão das sacolas plásticas, não é tão simples em apenas querer banir seu uso. O fator principal é a não existência de um sistema de coleta seletiva e de reciclagem de

(9)

materiais, o que seria ideal para por em prática as questões de sustentabilidade em gestão de resíduos sólidos nas cidades.

As medidas que já estão em práticas em algumas regiões e setores, como a taxa cobrada e o apelo pelo uso de sacolas retornáveis, são medidas imediatas que estão contribuindo de maneira favorável a redução do uso de sacolas plásticas, porém essas medidas não são satisfatórias em longo prazo.

A degradação ambiental tem alcançado níveis jamais vistos; vivemos hoje uma crise ambiental sem precedentes; o que é necessário um repensar da humanidade em relação ao meio que vive, onde se enquadra a educação ambiental que surge não só como necessidade, mas também como esperança (GRUN, 1996).

Enquanto um sistema de gestão ambiental eficiente não é implementado, cabe ao consumidor refletir sobre seu papel na sociedade para garantir a qualidade de vida necessária para si e para as gerações seguintes.

REFERÊNCIAS

AFONSO, A. O caso da sacola plástica. 18 mar. 2010. Disponível em: <http://www.webartigos. com/articles/34560/1/O-caso-da-sacola-plastica/pagina1.html>. Acesso em 26 jul.2010.

ALMEIDA, F. Responsabilidade social e meio ambiente. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 160p. ALMEIDA, J. R. S. Sacolas Plásticas: O lixo em circulação. 2008. Disponível em: <http://www. webartigos.com/articles/10704/1/Sacolas-Plasticas-O-Lixo-em-Circulacao/pagina1.html>. Acesso em: 02 out.2010.

AKATU. 2009. Disponível em:<http://www.akatu.org.br/central/especiais/2009/ministerio-do-meio-ambiente-lanca-campanha-pela-reducao-do-uso-de-sacolas-plasticas>. Acesso em 14 set.2010. BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 318p. ESMERALDO, F. A. Plásticos são sustentáveis, só depende de nós. 22 set. 2009. Disponível em <http://www.plastivida.org.br> Sessão Artigos. Acesso em 01 ago. 2010.

ESMERALDO, F. A. Sacolas plásticas e o uso consciente. Jornal Folha de São Paulo 15 mar. 2010. FABRO, A. T.; LINDEMANN, C.; VIEIRA, S.C. Utilização de sacolas plásticas em supermercados.

Revista Ciências do Ambiente On-Line. v.3, n.1, p. 15-23, 2007. Disponível em: <http://sistemas. ib.unicamp.br/be310/viewarticle.php?id=75>. Acesso em: 05 junho 2010.

FOLHA ONLINE, 18/05/2008. Em luta contra a poluição, China cobrará por sacolas plásticas. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u403000.shtml>. Acesso em: 14 set.2010.

FORLIN, F. J. & FARIA, J. A. Considerações sobre a reciclagem de embalagens plásticas. Polímeros: Ciência e Tecnologia. V.2, n.1, p.1-10. 2002.

GRUN, M. Ética e Educação Ambiental: A conexão necessária. Campinas-SP. Papirus, 1996. GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. Campinas-SP. Papirus. 1995.

LINDNER, N. Educação Ambiental como Meio de Integração do Sistema de Gestão Ambiental

à Cultura Organizacional: Uma Proposta Metodológica. Florianópolis. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina. p. 182, 2000.

(10)

MOTA, S. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. Rio de Janeiro: ABES, 2000. 416p.

PALMA, I. R. Análise da percepção ambiental como instrumento ao planejamento da educação

ambiental. Dissertação de mestrado da Engenharia. UFRS. 83 p. 2005.

PEREIRA, D. Sacolas plásticas X Meio ambiente. Disponível em: <http://www.sermelhor.com/ artigo.php?artigo=56&secao=ecologia>. Acesso em: 26 jul. 2010.

PLANETA SUSTENTÁVEL. As sacolas de plástico devem ser substituídas? 15 out. 2007. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/conteudo_255967. shtml>. Acesso em: 26 jul. 2010.

PLASZOM. Notícias – Sacolas oxi-biodegradável. 17 jan. 2009. Disponível em: <http://www. plaszom.com.br/?link=noticias_detalhes&noticia=8>. Acesso em: 01 ago. 2010.

PLASTIVIDA. 2010. Disponível em <http://www.plastivida.org.br>. Acesso em 01 ago. 2010. PROBIO, Educação Ambiental 2006: (coordenador): Carlos Hiroo Saito. Brasilia; Departamento de Ecologia da Universidade de Brasilia/MMA. 136p.

POZZANA, M. Consumo de sacos plásticos. Disponível em: <http://www.mundoquente.com. br/artigos/sacos_plasticos.htm>. Acesso em 26 jul. 2010.

RENOVATO, E. Sacolas plásticas – Uma praga silenciosa. 30 set. 2009. Disponível em: <http:// www.meiaponte.org/artigos/sacolas-plasticas---uma-praga-silenciosa.html>. Acesso em 26 jul. 2010. RESBRASIL. Disponível em: <http://www.resbrasil.com.br>. Acesso em 01 ago. 2010.

SANTOS, A. S. F.; AGNELLI, J. A. M.; MANRICH, S. Tendências e desafios da reciclagem de

embalagens plásticas. 2004. Polímeros: Ciência e Tecnologia, vol.14, n 5, 307-312.

SARAIVA, C. C. Em defesa dos sacos plásticos. 08 set. 2008. Disponível em: <http://www. universia.com.br/docente/materia.jsp?materia=16628>. Acesso em 26 jul. 2010.

SILVA, D. A. Sacolas plásticas: um mal necessário? 25 mar. 2008. Disponível em <http://www. artigonal.com/meio-ambiente-artigos/sacolas-plasticas-um-mal-necessario-368931.html>. Acesso em: 26 jul. 2010.

SILVA, A. S. Resíduos sólidos drenados em sub-bacia hidrográfica urbana em Santa Maria-RS. Dissertação – Curso de Engenharia Civíl – Recursos hídricos e sanemaneto ambiental. UFSM. 144p. 2010.

TOZONI-REIS, M. F. C. Educação Ambiental: natureza, razão e história. Campinas –SP. Autores Associados, 2004.

TRIGUEIRO, A. A farra dos sacos plásticos. 2003. Disponível em: <http://ambientes. ambientebrasil.com.br/residuos/artigos/a_farra_dos_sacos_plasticos.html>. Acesso em: 27 jul. 2010.

Referências

Documentos relacionados

Por isso a ênfase contemporânea na informação, em estar informados, e toda a retórica destinada a constituir-nos como sujeitos informantes e informados; a informação não faz

Women from the region of Ouro Preto do Oeste, RO, after conversion to organic farming, began to produce food by diversifying production, preserving biodiversity and generating

materna é aquela com quem estes estabelecem uma relação de maior proximidade, parecendo esta proximidade estar relacionada com uma maior frequência de contacto e com o

É importante relembrar que, durante o século XVIII, houve uma intensa mobilização de tropas para o extremo sul da América. As tensões vividas na Europa entre as coroas ibéricas

Apesar do estudo não ter comprovado o impacto direto positivo entre a integridade com- portamental do líder e o desempenho na recuperação de erros, as conclusões deste estudo permi-

Ao longo deste ano letivo 2013/2014, fui responsável pela lecionação das aulas de Educação Física (EF) de uma turma de 8º ano de escolaridade numa escola EB 2/3 da cidade do

Norte/Sul. O Jornal de Notícias confia nos editores para fazerem uma seleção criteriosa das peças publicadas em cada edição. No entanto, algumas peças podem ter privilégios

Sítios de ocupação a céu aberto (Ribeira da Atalaia, Santa Margarida Coutada e povoado da Amoreira), monumentos megalíticos em diferentes estados de preservação (Anta 1 de Val