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Controle de sistemas eletro-hidráulicos via linearização por realimentação com compensação inteligente de incertezas

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. U NIVERSIDADE F EDERAL DO R IO G RANDE DO N ORTE C ENTRO DE T ECNOLOGIA P ROGRAMA DE P ÓS -G RADUAÇÃO EM E NGENHARIA M ECATRÔNICA. Controle de Sistemas Eletro-Hidráulicos via Linearização por Realimentação com Compensação Inteligente de Incertezas. George Oliveira de Araújo Azevedo. Orientador: Prof. Dr. Wallace Moreira Bessa. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecatrônica como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Engenharia Mecatrônica.. Número de ordem PEM: M005 Natal, RN, novembro de 2016.

(2) Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN Sistema de Bibliotecas – SISBI Catalogação da Publicação na Fonte - Biblioteca Central Zila Mamede Azevedo, George Oliveira de Araujo. Controle de sistemas eletro-hidráulicos via linearização por realimentação com compensação inteligente de incertezas / George Oliveira de Araujo Azevedo. - 2017. 109 f. : il. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecatrônica. Natal, RN, 2017. Orientador: Prof. Dr. Wallace Moreira Bessa. 1. Controle inteligente - Dissertação. 2. Linearização por realimentação - Dissertação. 3. Lógica fuzzy - Dissertação. 4. Sistemas eletro-hidráulicos - Dissertação. 5. Zona morta - Dissertação. I. Bessa, Wallace Moreira. II. Título. RN/UF/BCZM. CDU 004.312.

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(6) Este trabalho ´e dedicado a meus pais que sempre me deram suporte para o desenvolvimento pessoal e profissional..

(7) Agradecimentos Primeiramente, sou grato a Deus pela oportunidade de desenvolver esse trabalho e me permitir fazˆe-lo com m´aximo de empenho. Agrade¸co ao meu orientador, o professor Dr. Wallace Moreira Bessa, pelo incentivo e apoio para a pesquisa e liberdade na escolha do tema de pesquisa. Aos colegas e amigos de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Jo˜ao Gutemberg, Philippe Eduardo, Jo˜ao Deodato. Aos amigos que ajudaram na caminhada, sempre mostrando o apoio necess´ario, Edmilson Dantas, Arthur Kleyton, Leandro Augusto, Angelo Valerio e Hugo Natal. ` Fernanda Cunha pelos momentos de companhia e est´ımulo de continuar sempre, A mesmo quando estava sem aˆnimo. Agrade¸co tamb´em aos meus familiares, principalmente aos meus pais, Gerson Azevedo e Normaluce Oliveira, que estiveram sempre presentes na minha vida, dando todo o suporte para que as minhas atividades sejam desenvolvidas com afinco..

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(9) “Talvez n˜ao tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito. N˜ao sou o que deveria ser, mas Gra¸cas a Deus, n˜ao sou o que era antes” (Marthin Luther King).

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(11) Resumo Com o surgimento de t´ecnicas de controle que utilizam estrat´egias n˜ao lineares combinadas com algoritmos da inteligˆencia artificial, tem sido poss´ıvel em diversas a´rea da engenharia o controle eficaz de sistemas n˜ao lineares, mesmo na presen¸ca de elevado grau de incertezas. A l´ogica difusa (fuzzy) se destaca dentre as t´ecnicas de inteligˆencia artificial tanto pela facilidade de sua implementa¸ca˜o quanto pela semelhan¸ca entre o seu processo de inferˆencia e o racioc´ınio humano. Outra vantagem reside no fato de a l´ogica difusa n˜ao necessitar de conhecimento pr´evio do modelo do sistema, quando aplicada ao controle de sistemas dinˆamicos. No que tange `as estrat´egias de controle n˜ao linear, a principal limita¸c˜ao da t´ecnica de lineariza¸ca˜o por realimenta¸ca˜o, por exemplo, est´a na necessidade do conhecimento do modelo do sistema. Os sistemas eletro-hidr´aulicos, por sua vez, possuem comportamento n˜ao linear de dif´ıcil controle pelas t´ecnicas lineares cl´assicas e s˜ao utilizados em diversas ´areas da engenharia, como por exemplo nos setores industrial e aeroespacial. Desta forma, mostra-se extremamente importante que seu controle seja realizado de maneira eficiente, tanto por quest˜oes de economia quanto de seguran¸ca. Partindo das dificuldades apresentadas ao tentar controlar esse tipo de sistema, s˜ao apresentadas propostas de utiliza¸c˜ao da t´ecnica de controle de lineariza¸c˜ao por realimenta¸c˜ao em conjunto com a l´ogica difusa para compensar a n˜ao linearidade de zona morta e demais incertezas inerentes a este tipo de sistema. Para avaliar o desempenho das estrat´egias de controle propostas s˜ao realizadas simula¸c˜oes num´ericas utilizando um modelo n˜ao linear simplificado desse sistema e tamb´em s˜ao desenvolvidos testes experimentais em um atuador eletro-hidr´aulico de bancada. Palavras-chaves: controle inteligente. lineariza¸ca˜o por realimenta¸ca˜o. l´ogica fuzzy. sistemas eletro-hidr´aulicos. zona morta..

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(13) Abstract The emergence of control techniques that use nonlinear strategies combined with artificial intelligence algorithms has enabled the effective control of nonlinear systems in many engineering areas, even in the presence of high level of uncertainties. Fuzzy logic stands out among other artificial intelligence techniques due to both easy implementation and the similarity between its inference process and human reasoning. Another advantage is that fuzzy logic does not require prior knowledge of the system model when applied to the control of dynamic systems. Related to nonlinear control strategies the main limitation of feedback linearization is that knowledge of the system model is necessary. On the other hand electro-hydraulic systems have nonlinear behavior of difficult control by traditional control techniques and are used in several engineering areas such as industry and aerospace sector. In this way, it is extremely important to control efficiently these systems both for economic and safety reasons. From the difficulties presented trying to control electrohydraulic systems, technics are proposed with the use of feedback linearization combined with fuzzy logic to compensate dead-zone nonlinearity and other uncertainties inherent to this type of system. To evaluate the performance of the proposed strategies, numerical simulations are performed using a simplified nonlinear model of this system and then experimental tests are developed at an electro-hydraulic actuator. Key-words: intelligent control. feedback linearization. fuzzy logic. electro-hydraulic systems. dead-zone..

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(15) Lista de ilustra¸c˜oes Figura 1 – Aplica¸c˜ ao de atuador eletro-hidr´ aulico em escavador hidr´ aulico. 5. Figura 2 – Aplica¸c˜ ao de atuador eletro-hidr´ aulico em suspens˜ ao ativa de ve´ıculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 6. Figura 3 – Diagrama esquem´ atico do sistema eletro-hidr´ aulico . . . . . . .. 7. Figura 4 – Diagrama de corpo livre para as for¸cas sobre o atuador . . . .. 7. Figura 5 – Corte da se¸c˜ ao transversal da v´ alvula e do cilindro. . . . . . . .. 8. Figura 6 – N˜ ao linearidade do tipo zona morta. . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Figura 7 – Representa¸c˜ ao das fun¸co ˜es de pertinˆ encia mais comumente utilizadas na l´ ogica difusa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Figura 8 – Opera¸c˜ oes com fun¸co ˜es de pertinˆ encia. . . . . . . . . . . . . . . . 20 Figura 9 – Diagrama de blocos do sistema de inferˆ encia difuso gen´ erico . 23 Figura 10 – Distribui¸c˜ ao das fun¸co ˜es de pertinˆ encia em universo de discurso 24 Figura 11 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado sem zona morta ao rastrear trajet´ oria senoidal (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Figura 12 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria senoidal (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Figura 13 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado sem zona morta ao rastrear trajet´ oria triangular (FBL). . . . . . . . . . . . . . . 40 Figura 14 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria triangular (FBL). . . . . . . . . . . . . . . 41 Figura 15 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado sem zona morta ao rastrear trajet´ oria degrau (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Figura 16 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria degrau (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Figura 17 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria senoidal (FP). . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Figura 18 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria triangular (FP). . . . . . . . . . . . . . . . 45 Figura 19 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria degrau (FP). . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Figura 20 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria senoidal (FPD). . . . . . . . . . . . . . . . 47 Figura 21 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria triangular (FPD). . . . . . . . . . . . . . . 48 Figura 22 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria degrau (FPD). . . . . . . . . . . . . . . . . 49.

(16) Figura 23 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria senoidal (FBLFP). . . . . . . . . . . . . . . 51 Figura 24 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria triangular (FBLFP). . . . . . . . . . . . . 52 Figura 25 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria degrau (FBLFP). . . . . . . . . . . . . . . 53 Figura 26 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria senoidal (FBLFPD). . . . . . . . . . . . . . 54 Figura 27 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria triangular (FBLFPD). . . . . . . . . . . . 55 Figura 28 – Resposta do atuador eletro-hidr´ aulico simulado com zona morta ao rastrear trajet´ oria degrau (FBLFPD). . . . . . . . . . . . . . 56 Figura 29 – Bancada experimental do atuador eletro-hidr´ aulico. . . . . . . . 58 Figura 30 – Posi¸c˜ ao do atuador eletro-hidr´ aulico com amplifica¸c˜ ao apresentada a direita para verifica¸c˜ ao de ru´ıdos do sensor de posi¸c˜ ao (200 Hz). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Figura 31 – Velocidade do atuador eletro-hidr´ aulico com amplifica¸c˜ ao apresentada a direita para verifica¸c˜ ao de ru´ıdos do sensor de posi¸c˜ ao (200 Hz) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Figura 32 – Posi¸c˜ ao do atuador eletro-hidr´ aulico com amplifica¸c˜ ao apresentada a direita para verifica¸c˜ ao de ru´ıdos no sensor de posi¸c˜ ao (33,3 Hz). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 61. Figura 33 – Velocidade do atuador eletro-hidr´ aulico com amplifica¸c˜ ao apresentada a direita para verifica¸c˜ ao de ru´ıdos no sensor de posi¸c˜ ao (33,3 Hz). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 61. Figura 34 – Derivada da posi¸c˜ ao medida do atuador eletro-hidr´ aulico pelo m´ etodo das diferen¸cas e pelo estimador 2-SMD para verifica¸c˜ ao do ru´ıdo ` a esquerda e sua amplia¸c˜ ao apresentada a direita (200 Hz). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Figura 35 – Derivada da posi¸c˜ ao medida do atuador eletro-hidr´ aulico pelo m´ etodo das diferen¸cas e pelo estimador 2-SMD para verifica¸c˜ ao do ru´ıdo ` a esquerda e sua amplia¸c˜ ao apresentada a direita (33,3 Hz). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Figura 36 – Filtro complementar aplicado `a posi¸c˜ao medida pelo sensor potenciom´etrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 Figura 37 – Sa´ıda dos dados filtrados aplicados `a posi¸c˜ao medida pelo sensor para obten¸ca˜o da velocidade e acelera¸ca˜o. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 Figura 38 – Fluxograma do funcionamento da bancada experimental do sistema eletro-hidr´aulico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67.

(17) Figura 39 – Posi¸c˜ ao do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FBL). . . . . 70 Figura 40 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Figura 41 – Esfor¸co de controle do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Figura 42 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 71. Figura 43 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 71. Figura 44 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Figura 45 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Figura 46 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Figura 47 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FBL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Figura 48 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Figura 49 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Figura 50 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Figura 51 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Figura 52 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Figura 53 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Figura 54 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Figura 55 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Figura 56 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Figura 57 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 Figura 58 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80.

(18) Figura 59 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 81. Figura 60 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 81. Figura 61 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 Figura 62 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 Figura 63 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Figura 64 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Figura 65 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Figura 66 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FBLFP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 Figura 67 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FBLFP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 Figura 68 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FBLFP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 Figura 69 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FBLFP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Figura 70 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FBLFP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Figura 71 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FBLFP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Figura 72 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FBLFP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 Figura 73 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FBLFP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 Figura 74 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FBLFP). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 Figura 75 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FBLFPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Figura 76 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FBLFPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 91. Figura 77 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria senoidal (FBLFPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 91.

(19) Figura 78 – Posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FBLFPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Figura 79 – Esfor¸co de controle experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FBLFPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Figura 80 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria triangular (FBLFPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Figura 81 – Posi¸c˜ ao do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FBLFPD). . . Figura 82 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FBLFPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Figura 83 – Erro de posi¸c˜ ao experimental do atuador sujeito ` a trajet´ oria degrau (FBLFPD). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Figura 84 – Bancada experimental do atuador eletro-hidr´ aulico. . . . . . . . Figura 85 – Unidade de energia hidr´ aulica do atuador eletro-hidr´ aulico. . . Figura 86 – V´ alvula proporcional do atuador eletro-hidr´ aulico. . . . . . . . Figura 87 – Cilindro do atuador eletro-hidr´ aulico. . . . . . . . . . . . . . . . . Figura 88 – Cart˜ ao de amplifica¸c˜ ao de tens˜ ao do atuador eletro-hidr´ aulico. Figura 89 – Fonte de tens˜ ao do atuador eletro-hidr´ aulico. . . . . . . . . . . . Figura 90 – Sensor potenciom´ etrico linear do atuador eletro-hidr´ aulico. . . Figura 91 – Placa de aquisi¸c˜ ao de dados do atuador eletro-hidr´ aulico. . . .. 92 92 92 93 94 94 103 104 105 106 107 107 108 109.

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(21) Lista de tabelas Tabela 1 – Valores de ativa¸c˜ ao da base de regras para controlador FPD. . Tabela 2 – Parˆ ametros do sistema eletro-hidr´ aulico simulado. . . . . . . . Tabela 3 – EAM das simula¸c˜ oes apresentado por cada estrat´ egia de controle dado em metros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tabela 4 – Parˆ ametros utilizados para o tratamento de dados. . . . . . . . Tabela 5 – Parˆ ametros utilizados no modelo do sistema eletro-hidr´ aulico do controlador FBL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tabela 6 – EAM apresentados por cada estrat´ egia de controle em metros.. 32 36 56 65 69 95.

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(23) Lista de abreviaturas e siglas FBL. Feedback linearization - lineariza¸c˜ao por realimenta¸ca˜o. FP. L´ogica fuzzy proporcional ao erro. FPD. L´ogica fuzzy proporcional ao erro e a derivada do erro. FBLFP. Feedback linearization and fuzzy proportional - lineariza¸c˜ao por realimenta¸c˜ao com fuzzy proporcional ao erro. FBLFPD. Feedback linearization and fuzzy proportional and derivative - lineariza¸ca˜o por realimenta¸c˜ao com fuzzy proporcional e derivativo. EAM. Erro absoluto m´edio. 2-SMD. Second order sliding modes differentiator - Diferenciador por modos deslizantes de segunda ordem.

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(25) Lista de s´ımbolos P1 , P2. Press˜ao nas cˆamaras do cilindro hidr´aulico. Q1 , Q2. Vaz˜ao nas cˆamaras do cilindro. PS. Press˜ao de suprimento do sistema eletro-hidr´aulico. P0. Press˜ao de descarga ao reservat´orio. Mt. Massa da carga do sistema. Bt. Constante de amortecimento. Ks. M´odulo de elasticidade da mola. A1 , A2 , Ap. ´ Areas das cˆamaras do cilindro hidr´aulico. Fg. For¸ca resultante do cilindro. x. Posi¸ca˜o do pist˜ao do atuador. Pl. Press˜ao transmitida entre as cˆamaras do pist˜ao. Ql. Vaz˜ao de fluido atrav´es do sistema. Ci p. Coeficiente de vazamento de fluido entre cˆamaras. Ce p. Coeficiente de vazamento externo da cˆamara. βe. M´odulo de compressibilidade volum´etrica do fluido. V1 , V2. Volume das cˆamaras do cilindro hidr´aulico. V01 , V02. Volume inicial das cˆamaras do cilindro hidr´aulico. Vt. Volume total das cˆamaras do cilindro hidr´aulico. Ct p. Coeficiente de vazamento total do pist˜ao. sgn(.). Fun¸ca˜o sinal. Cd. Coeficiente de descarga da v´alvula. w. Gradiente de ´area da v´alvula. xsp. Deslocamento efetivo do carretel da v´alvula.

(26) ρ. Massa espec´ıfica do fluido hidr´aulico. kv. Ganho da v´alvula. δl , δr. Parˆametros que determinam o tamanho da zona morta da v´alvula. a0 , a1 , a2. Coeficientes da equa¸c˜ao do modelo do sistema eletro-hidr´aulico. b. Ganho do controlador do atuador eletro-hidr´aulico. α. Termo do filtro complementar. M. Quantidade de dados utilizados no filtro de m´edias m´oveis. λ0 , λ1. Parˆametros do diferenciador 2-SMD.

(27) Sum´ario 1. ˜ INTRODUC ¸ AO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1. 2. ´ SISTEMAS ELETRO-HIDRAULICOS . . . . . . . . . . . . . . . . .. 5. 3. ˜ LINEAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 CONTROLE NAO. 3.1. Lineariza¸c˜ ao por realimenta¸c˜ ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14. 4. ´ A LOGICA FUZZY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17. 4.1. Sistema de Inferˆ encia Difusa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21. 4.2. Controlador Fuzzy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24. 5. ´ CONTROLE DO SISTEMA ELETRO-HIDRAULICO. 5.1. Controlador por lineariza¸c˜ ao por realimenta¸c˜ ao (FBL) . . . . . . . . 29. 5.2. Controlador fuzzy proporcional ao erro (FP) . . . . . . . . . . . . . . 29. 5.3. Controlador fuzzy proporcional ao erro e sua derivada (FPD) . . . . 31. 5.4. Controlador por lineariza¸c˜ ao por realimenta¸c˜ ao com compensa¸c˜ ao fuzzy proporcional ao erro (FBLFP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33. 5.5. Controlador por lineariza¸c˜ ao por realimenta¸c˜ ao com compensa¸c˜ ao fuzzy proporcional ao erro e sua derivada (FBLFPD) . . . . . . . . . 33. 6. ˜ ´ SIMULAC ¸ OES NUMERICAS DOS CONTROLADORES . . . . . . 35. 6.1. Controlador FBL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36. 6.1.1. Trajet´oria Senoidal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37. 6.1.2. Trajet´oria Triangular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38. 6.1.3. Trajet´oria Degrau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39. 6.2. Controlador FP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41. 6.2.1. Trajet´oria Senoidal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42. 6.2.2. Trajet´oria Triangular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43. 6.2.3. Trajet´oria Degrau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43. 6.3. Controlador FPD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45. 6.3.1. Trajet´oria Senoidal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46. 6.3.2. Trajet´oria Triangular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46. 6.3.3. Trajet´oria Degrau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47. 6.4. Controlador FBLFP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50. 6.4.1. Trajet´oria Senoidal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50. 6.4.2. Trajet´oria Triangular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50. 6.4.3. Trajet´oria Degrau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50. . . . . . . . . 27.

(28) 6.5. Controlador FBLFPD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52. 6.5.1. Trajet´oria Senoidal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53. 6.5.2. Trajet´oria Triangular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53. 6.5.3. Trajet´oria Degrau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54. 7. ´ BANCADA EXPERIMENTAL DO ATUADOR ELETRO-HIDRAULICO 57. 7.1. Tratamento de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59. 7.1.1. Diferenciador por modos deslizantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61. 7.1.2. Filtro por m´edias m´oveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63. 7.1.3. Filtro complementar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64. 7.2. Avalia¸c˜ ao Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64. 7.2.1. Controlador FBL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68. 7.2.1.1. Trajet´ oria senoidal. 7.2.1.2. Trajet´ oria triangular. 7.2.1.3. Trajet´ oria degrau. 7.2.2. Controlador FP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74. 7.2.2.1. Trajet´ oria senoidal. 7.2.2.2. Trajet´ oria triangular. 7.2.2.3. Trajet´ oria degrau. 7.2.3. Controlador FPD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79. 7.2.3.1. Trajet´ oria senoidal. 7.2.3.2. Trajet´ oria triangular. 7.2.3.3. Trajet´ oria degrau. 7.2.4. Controlador FBLFP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84. 7.2.4.1. Trajet´ oria senoidal. 7.2.4.2. Trajet´ oria triangular. 7.2.4.3. Trajet´ oria degrau. 7.2.5. Controlador FBLFPD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89. 7.2.5.1. Trajet´ oria senoidal. 7.2.5.2. Trajet´ oria triangular. 7.2.5.3. Trajet´ oria degrau. 8. ˜ CONSIDERAC ¸ OES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 69. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 69. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 71. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 74. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 74. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 77. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 79. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 80. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 81. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 84. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 86. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 86. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 90. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 90. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 93. ˆ REFERENCIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99. ˆ ´ APENDICE A – DADOS TECNICOS DA BANCADA DO SISTEMA ELETRO-HIDRAULICO . . . . . . . . . . . . . . . 103 A.1. Unidade de energia hidr´ aulica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104. A.2. V´ alvula proporcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105. A.3. Cilindro hidr´ aulico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106.

(29) A.4 A.5 A.6 A.7. Cart˜ ao de amplifica¸c˜ ao . . . Fonte de tens˜ ao . . . . . . . Potenciˆ ometro Linear . . . . Placa de aquisi¸c˜ ao de dados. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. 106 107 108 108.

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(31) 1. 1 Introdu¸c˜ao Com o avan¸co do desenvolvimento tecnol´ogico, a produ¸c˜ao industrial necessitou dar mais aten¸c˜ao `a qualidade dos seus processos, com o objetivo de manter a seguran¸ca dos colaboradores do setor produtivo ou para garantir excelˆencia na fabrica¸c˜ao dos produtos e execu¸c˜ao de suas tarefas. Nesse contexto, um dos grandes desafios atuais na ´area de automa¸c˜ao industrial ´e projetar dispositivos que sejam capazes de proporcionar elevadas for¸cas com alta precis˜ao de movimento em um tempo limitado. Os sistemas eletro-hidr´aulicos, por exemplo, s˜ao dispositivos que proporcionam altas for¸cas e precis˜ao de movimento. Eles s˜ao utilizados em diversos ramos da automa¸c˜ao industrial como em manipuladores rob´oticos (YANG et al., 2012), escavadores hidr´aulicos (YAN et al., 2013), atuadores de aeronaves, sistema de suspens˜ao ativa veicular (EKORU; PEDRO, 2013), leme estabilizador de embarca¸co˜es de pesca (ALARC ¸ IN, 2013), etc. O uso desse tipo sistema se deve ao fato dele apresentar (MERRITT, 1967): (i ) boa dissipa¸ca˜o de calor e lubrifica¸ca˜o; (ii ) desenvolvimento de elevadas for¸cas e torques; (iii) alta velocidade de resposta com r´apido in´ıcio, parada e possibilidade de velocidade reversa; (iv ) boa rigidez. Por´em, apesar de ter um campo de aplica¸ca˜o bastante amplo, os atuadores eletrohidr´aulicos apresentam algumas desvantagens relacionadas a sua dinˆamica, que possui complexa modelagem e controle. Atuadores eletro-hidr´aulicos possuem comportamento altamente n˜ao linear, ocasionado pela dinˆamica do escoamento de fluido em sua servo-v´alvula (KIM et al., 2012), e varia¸co˜es no volume de controle e rigidez associada, que por sua vez trazem dificuldades ao controle desse tipo de sistema (GUAN; PAN, 2008). Deste modo, o estudo de novas t´ecnicas para controlar esse tipo de sistema vem crescendo bastante nos u ´ ltimos anos, tanto na ind´ ustria quanto no meio acadˆemico. Devido ao seu comportamento n˜ao linear e `a presen¸ca de incertezas entre o sistema real e o modelado ´e dif´ıcil projetar um controlador utilizando t´ecnicas lineares que o fa¸ca desempenhar as tarefas desejadas. Assim, justifica-se o interesse em desenvolver novas t´ecnicas capazes de controlar esse sistema contornando as adversidades apresentadas por esse sistema e n˜ao superadas pelos m´etodos tradicionais, que apresentam faixa de opera¸ca˜o limitada e baixo desempenho. As t´ecnicas convencionais de controle se baseiam em modelos linearizados, por isso n˜ao apresentam desempenho satisfat´orio quando aplicadas a sistemas fortemente n˜ao lineares. Diversos trabalhos abordam t´ecnicas modernas de controle aplicadas a esse tipo de sistema, como controle por modos deslizantes adaptativo (GUAN; PAN, 2008), algoritmo de controle em cascata baseado em modos deslizantes (GUO et al., 2008), controlador robusto adaptativo baseado em backstepping (HE et al., 2015), controle n˜ao linear por.

(32) 2. Cap´ıtulo 1. Introdu¸c˜ ao. realimenta¸ca˜o de sa´ıda (KIM et al., 2012) e controle baseado na t´ecnica de lineariza¸ca˜o por realimenta¸ca˜o (YANG et al., 2011). Com o objetivo de aprimorar e corrigir os problemas apresentados no controle de sistemas eletro-hidr´aulicos, s˜ao utilizadas diversas t´ecnicas de inteligˆencia artificial, como l´ogica fuzzy e redes neurais. Exemplos dessas aplica¸c˜oes s˜ao realizadas atrav´es das seguintes abordagens: controle adaptativo inverso baseado na rede neural Adaline (YAO et al., 2007); esquema de compensa¸c˜ao de zona morta fuzzy adaptativo (BESSA et al., 2010a); controle por modos deslizantes com compensa¸c˜ao de zona morta fuzzy adaptativo (BESSA et al., 2010b); controlador fuzzy adaptativo com compensa¸ca˜o fuzzy por modos deslizantes auto-ajust´avel (CHIANG et al., 2014). O uso da l´ogica fuzzy vem sendo bastante difundido no meio acadˆemico, por ser uma t´ecnica relativamente simples de ser implementada. Al´em disso, seu uso como t´ecnica de controle n˜ao necessita do conhecimento pr´evio do modelo do sistema. H´a diversos trabalhos onde a l´ogica fuzzy ´e aplicada na modelagem e controle de sistemas n˜ao lineares, como em Branco e Dente (2000a) e Branco e Dente (2000b) onde ´e realizada, respectivamente, a verifica¸c˜ao experimental da modelagem do atuador eletro-hidr´aulico atrav´es da l´ogica fuzzy e apresenta¸c˜ao de resultados experimentais de controle do sistema aplicando o modelo fuzzy extra´ıdo ao algoritmo de aprendizagem do controlador. Em Bessa et al. (2010b) ´e proposto um controlador de um sistema n˜ao linear por modos deslizantes com aprimoramento utilizando l´ogica fuzzy, aplicado a um sistema eletro-hidr´aulico. De Lima et al. (2014) aplica o controlador fuzzy a um sistema eletro-hidr´aulico real, comparando-o com o sistema simulado, obtendo bons resultados com o controlador difuso. O objetivo geral deste trabalho ´e a avalia¸ca˜o de abordagens de controle desenvolvidas teoricamente baseadas nas t´ecnicas de lineariza¸c˜ao por realimenta¸c˜ao e na l´ogica fuzzy, verificando seu desempenho atrav´es do controle de um atuador eletro-hidr´aulico, de modo simulado e experimental. Dentre os objetivos espec´ıficos se destacam a compara¸ca˜o do desempenho das estrat´egias de controle propostas, a verifica¸ca˜o experimental do sistema e uso das abordagens a` planta do atuador eletro-hidr´aulico. O modelo simulado ´e comparado com o modelo experimental da planta durante o uso da abordagem de controle por lineariza¸ca˜o por realimenta¸ca˜o. O uso da l´ogica difusa ´e realizado na tentativa de compensar as n˜ao linearidades desconhecidas pelo modelo do sistema e melhorar o desempenho desse controlador. O desempenho das abordagens propostas s˜ao verificados atrav´es de simula¸co˜es num´ericas utilizando diferentes trajet´orias de posi¸ca˜o a serem rastreadas pelo atuador e comparados para verificar a sua eficiˆencia. Al´em dos testes simulados, a eficiˆencia dos controladores ´e analisada atrav´es de uma bancada experimental do atuador eletro-hidr´aulico, onde s˜ao realizados experimentos para determina¸ca˜o dos parˆametros dos controladores para garantir que as trajet´orias predefinidas sejam rastreadas, o desempenho ´e apresentado atrav´es de gr´aficos de trajet´oria e esfor¸co de controle..

(33) 3. Para utiliza¸ca˜o da bancada s˜ao desenvolvidos alguns filtros para estima¸ca˜o dos estados necess´arios ao controle do atuador, que s˜ao a posi¸ca˜o, velocidade e e acelera¸ca˜o. Os filtros surgem como necessidade devido a presen¸ca de ru´ıdos apresentadas pela leitura de dados feita pelo sensor de posi¸c˜ao da bancada experimental. Este trabalho foi elaborado e organizado para apresentar a problem´atica encontrada ao utilizar o sistema eletro-hidr´aulico, sendo desenvolvidas as teorias utilizadas e solu¸co˜es propostas para o seu controle. Simula¸c˜oes num´ericas e testes experimentais pr´aticos s˜ao realizados para avalia¸ca˜o das t´ecnicas de controle desenvolvidas. No segundo cap´ıtulo ´e apresentado o modelo matem´atico do sistema eletro-hidr´aulico, o qual ´e representado atrav´es de modelo n˜ao linear que ´e utilizado na avalia¸c˜ao das abordagens de controle propostas. Al´em disso, ´e mostrada a n˜ao linearidade do tipo zona morta, encontrada devido ao comportamento da v´alvula que comanda o atuador, que provoca dificuldade no controle desse tipo de sistema. O terceiro cap´ıtulo apresenta t´ecnicas de controle n˜ao linear, sendo enfatizada e desenvolvida a t´ecnica de lineariza¸ca˜o por realimenta¸ca˜o que ser´a adotada nas abordagens de controle propostas. Essa t´ecnica ´e bastante utilizada quando se deseja controlar um sistema n˜ao linear e seu modelo ´e conhecido e n˜ao apresenta incertezas. O conceito da L´ogica Fuzzy ´e apresentada no quarto cap´ıtulo, onde alguns conceitos fundamentais s˜ao discutidos, bem como sua aplica¸ca˜o como op¸ca˜o inteligente nas a´reas de modelagem e controle de sistemas dinˆamicos, al´em de demonstra¸co˜es de seu desenvolvimento matem´atico. No quinto cap´ıtulo s˜ao apresentadas as metodologias de controle propostas para o sistema eletro-hidr´aulico atrav´es das t´ecnicas de lineariza¸c˜ao por realimenta¸c˜ao e l´ogica difusa. Os controladores s˜ao explicados e as leis de controle de cada abordagem s˜ao apresentadas. Nos Cap´ıtulos 6 e 7, s˜ao realizadas as avalia¸co˜es dos controladores aplicados ao sistema eletro-hidr´aulico, em simula¸c˜oes num´ericas. No Cap´ıtulo 6 s˜ao apresentados e discutidos os resultados obtidos via simula¸c˜ao num´erica. No Cap´ıtulo 7 s˜ao apresentados alguns resultados experimentais obtidos em um atuador real. Ainda nesse cap´ıtulo ´e apresentada organiza¸ca˜o da bancada experimental, dispondo os equipamentos utilizados que tem suas caracter´ısticas t´ecnicas apresentadas no Apˆendice A. A fim de obter as estimativas das grandezas n˜ao mensur´aveis da planta, utiliza-se a t´ecnica de diferencia¸c˜ao por modos deslizantes de segunda ordem associada aos filtros por m´edias m´oveis e complementar, tamb´em apresentados neste cap´ıtulo. As considera¸co˜es finais e conclus˜oes obtidas neste trabalho s˜ao apresentadas no oitavo cap´ıtulo, assim como sugest˜oes para trabalhos futuros..

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(35) 5. 2 Sistemas Eletro-Hidr´aulicos No estudo de sistemas dinˆamicos, ´e necess´ario o conhecimento do seu modelo baseado em leis da f´ısica. Isso possibilita a compreens˜ao das suas propriedades atrav´es de um modelo param´etrico capaz de representar seus poss´ıveis comportamentos (YAN et al., 2013). Os atuadores eletro-hidr´aulicos s˜ao utilizados em diversas a´reas da engenharia, sendo sua modelagem e controle amplamente estudados para que seu uso seja otimizado, fazendo com que as aplica¸co˜es se tornem cada vez mais eficientes. Algumas aplica¸co˜es s˜ao apresentadas por Le Hanh et al. (2009) e Yan et al. (2013) que desenvolveram, respectivamente, um controlador de trajet´oria usando algoritmo fuzzy auto-ajust´avel com redes neurais e modelagem n˜ao linear com identifica¸c˜ao do sistema de controle usando modelos n˜ao lineares de blocos orientados, ambos aplicados ao sistema do escavador eletro-hidr´aulico, como o apresentado na Figura 1, modelado matematicamente como um manipulador rob´otico de dois graus de liberdade. Esses atuadores tamb´em s˜ao aplicados `a suspens˜ao ativa de ve´ıculos e diversos tipos de controladores foram utilizados como o PID n˜ao linear (EKORU; PEDRO, 2013), o de redes neurais baseada em lineariza¸c˜ao por realimenta¸c˜ao (PEDRO; DAHUNSI, 2011), a abordagem h´ıbrida fuzzy-PID (DEMIR et al., 2012) e o controlador deslizante adaptativo com compensa¸ca˜o fuzzy auto-ajust´avel, representado na Figura 2. Figura 1 – Aplica¸c˜ ao de atuador eletro-hidr´ aulico em escavador hidr´ aulico. Fonte: Yan et al. (2013, adaptado). Neste trabalho, o modelo matem´atico adotado baseia-se em outros dispon´ıveis na literatura apresentado por Merritt (1967), Bessa et al. (2010b) e Jelali e Kroll (2003). Esse sistema possui configura¸c˜ao com v´alvula e cilindro hidr´aulico, sendo composto por uma.

(36) 6. Cap´ıtulo 2. Sistemas Eletro-Hidr´ aulicos. Figura 2 – Aplica¸c˜ ao de atuador eletro-hidr´ aulico em suspens˜ ao ativa de ve´ıculo. Fonte: Huang e Chen (2006, adaptado). v´alvula proporcional ou servo-v´alvula e um cilindro de dupla a¸ca˜o, o qual est´a submetido a um carregamento vari´avel representado por um sistema massa, mola e amortecedor, representado esquematicamente na Figura 3. O seu modelo ´e determinado atrav´es da an´alise de subsistemas ou volumes de controle. Inicialmente ser˜ao verificadas as for¸cas atuantes no sistema composto pelo atuador e pelo carregamento vari´avel, em seguida ser˜ao analisados os fluxos de fluido hidr´aulico pelo cilindro e pela v´alvula. Observando as for¸cas atuantes na extremidade do cilindro hidr´aulico, que est´a acoplada ao carregamento vari´avel do atuador, pode ser obtida a equa¸ca˜o de movimento de acordo com o diagrama de corpo livre apresentado na Figura 4. Aplicando a segunda Lei de Newton `a massa do aplicada ao sistema na Equa¸c˜ao 2.1 a equa¸c˜ao de movimento do carregamento vari´avel. Fg = A1 P1 − A2 P2 = Mt x¨ + Bt x˙ + Ks x. (2.1). sendo Fg a for¸ca resultante produzida pelo pist˜ao devido a diferen¸ca de press˜ao P1 e P2 do fluido hidr´aulico dentro das cˆamaras, que aplicadas sobre as ´areas A1 e A2 do pist˜ao, respectivamente, exercem for¸cas de mesma dire¸c˜ao e sentidos opostos sobre a haste do cilindro. Mt , Bt e Ks s˜ao, respectivamente, a massa total do sistema pist˜ao-carregamento,.

(37) 7. Figura 3 – Diagrama esquem´ atico do sistema eletro-hidr´ aulico. Fonte: Bessa et al. (2010a, adaptado) Figura 4 – Diagrama de corpo livre para as for¸cas sobre o atuador. o amortecimento total do sistema e a constante el´astica da mola, todos parˆametros do carregamento vari´avel aplicado ao sistema eletro-hidr´aulico em estudo. Para an´alise do movimento do sistema, x ´e o deslocamento do pist˜ao. Para esse modelo ser´a considerado que a haste do cilindro ´e passante, logo as a´reas nas duas cˆamaras s˜ao iguais. Assim, tem-se que Ap = A1 = A2 , e admitindo que a diferen¸ca de press˜ao transmitida entre as cˆamaras do cilindro ´e dada por Pl = P1 − P2 , a equa¸ca˜o que representa o movimento da massa acoplada a` haste do cilindro pode ser apresentada por: Mt x¨ + Bt x˙ + Ks x = Pl Ap. (2.2). Utiliza-se como vaz˜ao do fluido atrav´es do sistema Ql = (Q1 + Q2 )/2, representando o fluxo m´edio que passa nas linhas de transmiss˜ao, sendo esse conceito importante para redu¸c˜ao do n´ umero de vari´aveis requeridas para o fluxo. Na Figura 5 ´e apresentado o modelo de como ocorre a disposi¸c˜ao dos componentes internos da v´alvula e do cilindro hidr´aulico, ajudando assim na compreens˜ao da descri¸ca˜o matem´atica do sistema. Analisando o volume de controle composto pelo cilindro hidr´aulico e aplicando a.

(38) 8. Cap´ıtulo 2. Sistemas Eletro-Hidr´ aulicos. equa¸ca˜o da continuidade a cada cˆamara deste, tem-se: Q1 − Cip (P1 − P2 ) − Cep P1 =. dV1 V1 dP1 + dt βe dt. (2.3). Cip (P1 − P2 ) − Cep P1 − Q2 =. dV1 V2 dP2 + dt βe dt. (2.4). sendo V1 , V2 , Q1 , Q2 , P1 e P2 o volume, vaz˜ao e press˜ao nas cˆamaras 1 e 2 respectivamente, Cip o coeficiente de vazamento de fluido interno, entre as cˆamaras, Cep o coeficiente de vazamento externo do cilindro e βe o m´odulo de compressibilidade volum´etrica do fluido. Figura 5 – Corte da se¸c˜ ao transversal da v´ alvula e do cilindro.. V1. AP. KS. V2 Mt. Bt P2. P1. Q1. Q2. Ps. Os volumes das cˆamaras do cilindro s˜ao determinados como sendo o volume inicial e a sua componente de varia¸c˜ao devido ao deslocamento do pist˜ao, dado por: V1 = V01 + Ap x. (2.5). V2 = V02 + Ap x. (2.6). onde V01 e V02 s˜ao os volumes iniciais das cˆamaras 1 e 2. Para simplificar a an´alise ser´a assumido nesse modelo que o pist˜ao est´a em sua posi¸c˜ao central, desse modo os volumes s˜ao iguais V01 = V02 = V0 e o volume total das duas cˆamaras ´e a soma desses volumes, logo Vt = V1 + V2 = 2V0 . Outra forma de considerar o volume de cada cˆamara ser´a em fun¸ca˜o do seu volume inicial e a varia¸ca˜o de volume devido ao movimento do pist˜ao, dado por V1 = V0 + Ap x. (2.7).

(39) 9. V2 = V0 − Ap x. (2.8). sendo x a posi¸c˜ao do pist˜ao, j´a utilizada. Pode ser obtida a derivada do volume de cada cˆamara em rela¸ca˜o ao tempo: dV1 dx = Ap dt dt. (2.9). dV2 dx = −Ap (2.10) dt dt substituindo equa¸c˜oes que relacionam o volume e sua varia¸c˜ao em cada cˆamara nas Equa¸co˜es 2.3 e 2.4, tem-se de maneira j´a simplificada:   dx Cep V0 d(P1 − P2 ) Ap x dP1 dP2 Ql = Ap + (Cip + )(P1 − P2 ) + + + (2.11) dt 2 2βe dt 2βe dt dt A Equa¸c˜ao 2.11 pode ter seu u ´ ltimo termo desconsiderado pelo fato de as varia¸c˜oes de press˜ao em cada cˆamara do cilindro serem assumidas como idˆenticas em valor absoluto, por´em com sinais opostos, ou seja, o aumento da press˜ao em uma das cˆamaras ocasiona redu¸c˜ao na outra. Assim, a soma das derivadas das press˜oes se torna sempre nula. Para simplificar a an´alise, um novo parˆametro do sistema ´e utilizado, o coeficiente de vazamento total do pist˜ao dado pela soma entre os coeficientes de vazamento interno e externo, apresentado por Ctp = Cip + (Cep /2). A express˜ao que representa o escoamento do fluido no sistema ´e dada por: Ql = Ap x˙ + Ctp Pl +. Vt ˙ Pl 4βe. (2.12). O mesmo fluxo de fluido analisado anteriormente no volume de controle considerado como o cilindro hidr´aulico pode ser feito para a v´alvula proporcional 4/3 vias utilizada neste trabalho. Sabendo que a press˜ao do fluido no retorno para o reservat´orio ´e muito inferior `as outras press˜oes envolvidas no sistema, considera-se P0 ≈ 0. Assim, a vaz˜ao de fluido hidr´aulico obtida em rela¸c˜ao ao volume de controle composto pela v´alvula ´e apresentado a seguir: r 1 Ql = Cd wxsp (Ps − sgn(xsp )Pl ) (2.13) ρ sendo Cd o coeficiente de descarga, w o gradiente de ´area da v´alvula, xsp corresponde ao deslocamento efetivo do carretel da v´alvula, ρ a massa espec´ıfica do fluido utilizado, Ps a press˜ao fornecida pelo sistema de bombeio do fluido. A fun¸ca˜o sgn(.) pode ser definida do seguinte modo:   −1 se z < 0 sgn(z) = (2.14) 0 se z = 0   1 se z > 0.

(40) 10. Cap´ıtulo 2. Sistemas Eletro-Hidr´ aulicos. A dinˆamica da v´alvula ´e considerada como sendo suficientemente r´apida para que possa ser desprezada a sua velocidade de atua¸c˜ao. Com isso, o movimento do carretel ´e proporcional `a tens˜ao de controle (u) aplicada, promovendo mudan¸cas de posi¸c˜ao da haste da v´alvula e alterando a vaz˜ao ou dire¸ca˜o do fluxo do fluido. O movimento do pist˜ao ocorre atrav´es da for¸ca desenvolvida pela regi˜ao de maior press˜ao sobre a regi˜ao de menor press˜ao. Neste trabalho, ser´a inclu´ıda ao modelo a n˜ao linearidade do tipo zona morta, ocasionada devido `a sobreposi¸c˜ao do carretel da v´alvula proporcional, que pode ser verificada na representa¸c˜ao da v´alvula, na Figura 5, quando o carretel da v´alvula se movimenta em torno de sua posi¸c˜ao central, bloqueanto o fluxo de fluido para o cilindro. Na Figura 6 ´e representada a fun¸c˜ao que caracteriza o comportamento dessa n˜ao linearidade quando o esfor¸co de controle se aproxima do zero. Para uma pequena varia¸ca˜o da vari´avel de controle do sistema n˜ao ´e verificado movimento efetivo do carretel da v´alvula, ocasionando um acionamento de controle que n˜ao promove altera¸co˜es efetivas ao sistema. Matematicamente essa n˜ao linearidade ´e representada pela seguinte equa¸c˜ao:   se u ≤ δl  kv (u(t) + δl ) xsp = (2.15) 0 se δl < u < δr   kv (u(t) − δr ) se u ≥ δr sendo kv o ganho da v´alvula e δl e δr parˆametros que determinam os valores do esfor¸co de controle, onde ´e verificada a presen¸ca dessa n˜ao linearidade. Figura 6 – N˜ ao linearidade do tipo zona morta.. Outra forma de apresentar essa n˜ao linearidade quando aplicada a sistemas de controle ´e apresentada em Bessa et al. (2010b), dada por: xsp = kv [u(t) − d(u)]. (2.16).

(41) 11. onde d(u) auxilia na apresenta¸c˜ao dessa n˜ao linearidade e pode ser expressa por:    δl se u(t) ≤ δl d(u) = (2.17) ut se δl < u(t) < δr   δr se u(t) ≥ δr Combinando as Eqs. 2.2, 2.12, 2.13, 2.16 e 2.17 obt´em-se a representa¸c˜ao dinˆamica do comportamento do sistema eletro-hidr´aulico em uma equa¸ca˜o diferencial de terceira ordem mostrada abaixo: ... x = −a> x + bu − bd. (2.18). onde x = [x x˙ x¨]> ´e o vetor de estados do sistema, enquanto a = [a0 a1 a2 ]> ´e composto pelos parˆametros do sistema eletro-hidr´aulico, apresentados a seguir: a0 =. 4βe Ctp Ks Vt Mt. (2.19a). a1 =. Ks 4βe A2p 4βe Ctp Bt + + Mt Vt Mt Vt Mt. (2.19b). a2 =. Bt 4βe Ctp + Mt Vt. (2.19c). O ganho do controlador, presente na Eq. 2.18, ´e definido da seguinte maneira: r 4βe Ap 1 b= Cd wkv [Ps − sgn(u)(Mt x¨ + Bt x˙ + Ks x)/Ap ] (2.20) Vt Mt ρ A partir desse modelo, ser˜ao estudadas t´ecnicas de controle aplicadas ao sistema para contornar as n˜ao linearidades apresentadas. As t´ecnicas de controle abordadas nesse trabalho fazem uso do modelo aproximado do sistema e buscam contornar incertezas param´etricas, a dinˆamica n˜ao modelada e perturba¸co˜es externas. As n˜ao linearidades s˜ao inerentes aos sistemas reais, pois todos de alguma forma apresentam linearidade apenas em uma certa regi˜ao de opera¸ca˜o, assim se faz necess´ario o estudo de t´ecnicas de controle n˜ao linear para amplificar a faixa de opera¸ca˜o controlada. Al´em disso, no sistema real do atuador eletro-hidr´aulico h´a disponibilidade apenas de uma vari´avel de entrada e sa´ıda, que s˜ao, respectivamente, a posi¸ca˜o do atuador e a tens˜ao de controle da v´alvula, os demais estados necess´arios para o controle devem ser estimados..

(42)

(43) 13. 3 Controle n˜ao linear O controle de sistemas n˜ao lineares tem por objetivo construir um controlador para uma planta que em malha fechada sob determinadas condi¸co˜es apresente as caracter´ısticas desejadas pelo projetista. Por´em, a an´alise e projeto de sistemas dinˆamicos n˜ao lineares requerem o conhecimento de uma grande quantidade de ferramentas de an´alise n˜ao linear (KHALIL, 1996). Apesar de ser mais complexo, o uso desses tipos de controladores possui algumas vantagens em rela¸ca˜o aos lineares, o que vem provocando entusiasmo na pesquisa e aplica¸ca˜o de m´etodos de controle n˜ao linear. Segundo Slotine e Li (1991), as vantagens apresentadas no uso de sistemas de controle n˜ao lineares s˜ao o aumento da faixa de opera¸c˜ao do controlador, an´alise de n˜ao linearidades descont´ınuas, capacidade de considerar incertezas no modelo e excelente desempenho em modelos mais intuitivos. A amplia¸ca˜o na faixa de opera¸ca˜o resulta em um campo de a¸ca˜o maior do controlador, passando a compensar diretamente as n˜ao linearidades apresentadas pelo sistema sem necessidade de alterar sua estrutura. J´a as n˜ao linearidades descont´ınuas, como o atrito de Coulomb, histerese, zona morta e satura¸c˜ao, que n˜ao podem ser analisadas atrav´es dos m´etodos lineares convencionais, por n˜ao serem diferenci´aveis, s˜ao contornadas atrav´es do uso de m´etodos de controle n˜ao linear pois estes conseguem tratar naturalmente esse tipo de problema. Em alguns controladores lineares convencionais utilizam modelos de sistemas lineares e possuem faixa de opera¸ca˜o bastante limitada quando s˜ao aplicados a sistemas que possuem comportamento melhor descrito por um sistema n˜ao linear, principalmente quando h´a presen¸ca de incertezas param´etricas na modelagem. O uso de controladores n˜ao lineares se destaca na amplia¸c˜ao da faixa de opera¸ca˜o do sistema. No estudo do modelo dos sistemas eletro-hidr´aulicos percebe-se a presen¸ca de incertezas que s˜ao dif´ıceis de serem modeladas e controladas atrav´es das t´ecnicas de lineariza¸ca˜o por realimenta¸c˜ao e modos deslizantes, por exemplo. Quanto maior o grau dessa incerteza maior a necessidade do uso de uma estrat´egia inteligente para realizar seu reconhecimento na modelagem e compens´a-la previamente. Ent˜ao, para melhorar o desempenho desses sistemas foram apresentados trabalhos que desenvolveram e propuseram t´ecnicas de controle inteligente baseadas em estrat´egias convencionais como o controle por modos deslizantes (BESSA et al., 2010b; GUAN; PAN, 2008; HUANG; CHEN, 2006; CHIANG et al., 2014) e lineariza¸ca˜o por realimenta¸ca˜o (MINTSA et al., 2012; PEDRO et al., 2014). Os modelos matem´aticos utilizados para representar sistemas reais incluem certo tipo de aproxima¸c˜ao limitando a faixa de opera¸c˜ao desse modelo a uma regi˜ao limitada. Os.

(44) 14. Cap´ıtulo 3. Controle n˜ ao linear. modelos n˜ao lineares tendem a representar o modelo matem´atico de um sistema que n˜ao se limita apenas a`s vizinhan¸cas do ponto de lineariza¸ca˜o do sistema. Nesse contexto, esse trabalho ser´a abordada a t´ecnica de controle n˜ao linear conhecida como lineariza¸c˜ao por realimenta¸c˜ao, onde a vari´avel de controle ´e aplicada ao sistema fazendo com que seu comportamento se torne linear em malha fechada.. 3.1 Lineariza¸c˜ao por realimenta¸c˜ao A lineariza¸ca˜o por realimenta¸ca˜o aplicada ao controle de sistemas n˜ao lineares consiste na aplica¸ca˜o de um esfor¸co de controle que cancele as n˜ao linearidades do sistema de modo alg´ebrico, fazendo com que o sistema resultante em malha fechada seja linear. Segundo Slotine e Li (1991) as t´ecnicas de lineariza¸ca˜o por realimenta¸ca˜o podem ser consideradas como maneiras de transformar modelos de sistemas originais em modelos equivalentes de forma simplificada. O uso dessa t´ecnica foi realizado com sucesso no controle de sistema de suspens˜ao eletrohidr´aulica (PEDRO et al., 2014), robˆo b´ıpede sub-atuado (MOHAMED; KARIM, 2013) e sistemas eletro-hidr´aulicos (MINTSA et al., 2012). Alguns trabalhos tamb´em usaram essa t´ecnica associada a outras estrat´egias de controle para compensa¸ca˜o de incertezas do sistema, como ´e o caso de Abbas et al. (2015) que usam redes neurais com u ´nica camada oculta para compensar erros do modelo em sistemas altamente n˜ao lineares, Tanaka et al. (2013) fizeram uso da compensa¸ca˜o difusa aplicada aos sistemas n˜ao lineares incertos, enquanto Fernandes et al. (2012) tamb´em desenvolveram um esquema de compensa¸c˜ao para essa t´ecnica baseado em redes neurais. A descri¸c˜ao da forma mais simples de lineariza¸c˜ao por realimenta¸c˜ao consiste em cancelar as n˜ao linearidades do sistema de modo que a dinˆamica em malha fechada se apresenta de maneira linear. Considerando uma classe de sistema n˜ao linear na sua forma gen´erica do tipo:   x˙ 1 = x2        x˙ 2 = x3 .. (3.1) .     x˙ n = f (x, t) + b(x, t)u(t)     y = h(x) que pode ser apresentado na forma: ( x(n) = f (x, t) + b(x, t)u(t) y=x. (3.2). onde f (x, t), b(x, t) e h(x) s˜ao fun¸c˜oes n˜ao lineares, enquanto x ´e o vetor de estados do sistema, dado por x = [x x˙ x¨ . . . x(n−1) ]> . O objetivo dessa estrat´egia ´e determinar um.

(45) 3.1. Lineariza¸ca ˜o por realimenta¸c˜ ao. 15. esfor¸co de controle de modo que o sistema passe a ser linear em malha fechada. Para o caso de rastreamento de trajet´oria devem ser atingidos valores desejados para os estados (n−1) > do sistema, dados por xd = [xd x˙ d x¨d . . . xd ] , de forma que o erro x ˜ entre o vetor de estados do sistema x e o vetor de estados desejados xd tenda a zero para o tempo tendendo a` infinito, ou seja, x ˜ = x − xd → 0 quando t → ∞. Para expressar o sistema em sua forma canˆonica control´avel, usa-se o esfor¸co de controle: u = b−1 (υ − f ). (3.3). sendo b n˜ao nulo, as n˜ao linearidades podem ser canceladas e obtida a rela¸c˜ao entrada sa´ıda: x(n) = υ. (3.4). onde υ ´e a lei de controle dada por: υ = xd − k0 x˜ − k1 x˜˙ − . . . − kn−1 x˜(n−1) , (n). (3.5). a qual satisfaz a necessidade do problema de rastreamento de trajet´oria, em que o erro de rastreamento tende a zero quando o tempo tende a infinito, se os coeficientes ki (i = 0, 1, . . . , n − 1) fizerem parte do polinˆomio de Hurwitz, tal que pn + kn−1 pn−1 + . . . + k1 p + k0 possui todas as ra´ızes no semi-plano esquerdo do plano complexo. Assim, diz-se que o sistema possui uma dinˆamica exponencialmente est´avel. Ao aplicar a lei de controle, seu comportamento em malha fechada ´e descrito pela seguinte equa¸ca˜o: x˜(n) + kn−1 x˜(n−1) + . . . + k0 x˜ = 0. (3.6). O polinˆomio de Hurwitz pode ser obtido a partir da equa¸ca˜o caracter´ıstica associada a` equa¸ca˜o diferencial ordin´aria (EDO), apresentado em fun¸ca˜o de x ˜ e do vetor k composto pelos coeficientes do polinˆomio: ε = k> x ˜. (3.7). onde k = [c0 λn , c1 λn−1 , . . . , cn−1 λ], sendo λ uma constante estritamente positiva utilizada para determinar os coeficientes do polinˆomio e ci (i = 0, 1, . . . , n − 1) obtido atrav´es do binˆomio de Newton definido por: ! n n! ci = = (3.8) i!(n − i)! i Assim, a lei de controle da t´ecnica de lineariza¸c˜ao por realimenta¸c˜ao aplicada ao problema de rastreamento de trajet´oria e utilizada nesse trabalho ´e dada por: (n). u = b−1 (−f + xd − k> x ˜). (3.9).

(46) 16. Cap´ıtulo 3. Controle n˜ ao linear. O controle por lineariza¸ca˜o por realimenta¸ca˜o ´e bastante aplicado quando o modelo do sistema e seus parˆametros s˜ao exatamente conhecidos, de modo que as n˜ao linearidades s˜ao tamb´em conhecidas no modelo e podem ser canceladas com facilidade. Por´em, quando o sistema n˜ao ´e totalmente conhecido, possui incertezas em alguns parˆametros ou eles variam durante o funcionamento do sistema, as n˜ao linearidades n˜ao s˜ao canceladas de modo eficiente. Para contornar esse fato o controle por lineariza¸c˜ao por realimenta¸c˜ao ´e utilizado juntamente com t´ecnicas de controle inteligente que s˜ao usadas para corrigir o esfor¸co de controle para valores que sejam capazes de compensar as incertezas no modelo, varia¸c˜oes param´etricas ou perturba¸co˜es externas..

(47) 17. 4 A L´ogica Fuzzy Para solu¸ca˜o de problemas computacionais complexos, s˜ao utilizados sistemas inteligentes que mesclem conhecimento, t´ecnicas e metodologias de v´arias fontes. Na elabora¸ca˜o dos sistemas inteligentes pretende-se proporcionar experiˆencias humanas sem conhecimento espec´ıfico do problema, sendo capaz se adaptar-se diante das mudan¸cas impostas. A l´ogica fuzzy ou difusa ´e bastante utilizada para tratar de problemas que envolvam conceitos vagos, incertos ou imprecisos, que abranjam decis˜oes como “muito”, “pouco”, “talvez”, “prov´avel”, “em torno de” e in´ umeras outras vari´aveis lingu´ısticas que se assemelham a`s decis˜oes humanas. Na l´ogica cl´assica uma determinada proposi¸ca˜o possui apenas duas possibilidades, ou ela ´e verdadeira ou ela ´e falsa. Falando-se em conjuntos cl´assicos determinado elemento pertence ou n˜ao a um conjunto. A l´ogica difusa, por sua vez, teve seu in´ıcio a partir da introdu¸ca˜o de conjuntos difusos, por Lotfi A. Zadeh, objetivando aproximar a l´ogica matem´atica ao conhecimento humano. Cada elemento possui determinado “grau de pertinˆencia” aos conjuntos propostos, e para determinadas proposi¸co˜es um conjunto possui “grau de verdade” em rela¸ca˜o a esta proposi¸c˜ao, como apresentado por Jang et al. (1997). Escrevendo matematicamente, os conjuntos cl´assicos possuem fronteiras bem definidas, e os elementos do dom´ınio possuem apenas duas possibilidades de rela¸ca˜o de pertinˆencia aos conjuntos, como por exemplo o conjunto de n´ umeros reais maiores que 5 expressado por A = {x|x > 5}, onde n˜ao h´a ambiguidade, o conjunto ´e claro, se x ´e maior que o valor determinado, ent˜ao x pertence a esse conjunto, caso contr´ario ele n˜ao pertence. Por outro lado, os conjuntos difusos n˜ao apresentam contorno definido, havendo uma transi¸ca˜o gradual de pertencer ao n˜ao pertencer a determinado conjunto. Essa transi¸c˜ao suave ´e caracterizada por uma fun¸c˜ao de pertinˆencia. A fun¸c˜ao de pertinˆencia ´e definida por µA , a qual determina o quanto cada elemento pertence ao conjunto A. A representa¸c˜ao matem´atica do dom´ınio desse conjunto ´e dada por A = {(x, µA (x))|x ∈ X}, onde µA representa a fun¸ca˜o de pertinˆencia do conjunto difuso A e X corresponde ao universo de discurso. Enquanto nos conjuntos da l´ogica cl´assica a pertinˆencia de um elemento ao conjunto ´e zero ou um, nos conjuntos difusos o grau de pertinˆencia pode assumir infinitos valores intermedi´arios. Na Figura 7a observa-se um conjunto difuso onde os valores de pertinˆencia variam de zero a um, dependendo do valor de x. Diversas fun¸c˜oes podem ser utilizadas para representar essa suaviza¸ca˜o, por´em as mais utilizadas s˜ao as apresentadas nas Figuras 7a, 7b e 7c, por n˜ao exigirem grande esfor¸co computacional e suprir as necessidades esperadas para suaviza¸c˜ao das tomadas de decis˜oes..

(48) 18. Cap´ıtulo 4. A L´ ogica Fuzzy. • Fun¸c˜ ao de pertinˆ encia trapezoidal: Essa fun¸ca˜o ´e especificada pelos parˆametros ‘a’, ‘b’, ‘c’ e ‘d’, apresentada na Figura 7a, sendo obtida da maneira apresentada na Equa¸ca˜o 4.1.   0, x≤a    x−a    b−a , a < x ≤ b (4.1) µtrap (x) = 1, b < x ≤ c   d−x  , c<x≤d   d−c   0, x>d • Fun¸c˜ ao de pertinˆ encia Gaussiana: Essa fun¸ca˜o ´e especificada pelos parˆametros ‘c’ e ‘σ’, apresentada na Figura 7b e descrita pela Equa¸c˜ao 4.2. 1 x−c 2 ) σ. µgauss (x) = e− 2 (. (4.2). • Fun¸c˜ ao de pertinˆ encia triangular: Essa fun¸ca˜o ´e especificada pelos parˆametros ‘a’, ‘b’ e ‘c’, apresentada na Figura 7c, ´e obtida pela Equa¸ca˜o 4.3.   0, x≤a     x−a , a < x ≤ b b−a (4.3) µtriang (x) = c−x  c−b , b < x ≤ c     0, x>c Os conjuntos difusos possuem opera¸co˜es similares a`s opera¸co˜es dos conjuntos cl´assicos, que s˜ao as opera¸c˜oes de inclus˜ao, uni˜ao e interse¸c˜ao. A seguir ser˜ao apresentadas as defini¸c˜oes de cada opera¸c˜ao. Os seguintes conjuntos apresentados na Figura 8a ser˜ao utilizados para as opera¸co˜es b´asicas. • uni˜ ao (∪): A uni˜ao do conjunto difuso A com o conjunto difuso B, resulta em um conjunto difuso C, apresentada na Figura (8b), ou seja, C = A ∪ B ou C = A OU B, a Equa¸c˜ao 4.4 representa essa opera¸ca˜o. µC = max(µA (x), µB (x)) = µA (x) ∨ µB (x). (4.4). • Interse¸c˜ ao (∩): A interse¸c˜ao de conjuntos difusos A e B, resulta em um conjunto difuso C, apresentada na Figura (8c), onde C = A ∩ B ou C = A E B, logo sua express˜ao ´e dada pela Equa¸ca˜o 4.5. µC = min(µA (x), µB (x)) = µA (x) ∧ µB (x). (4.5). • Complemento: O complemento de um conjunto difuso A, indicado por A, apresentado na Figura (8d), ´e definido na Equa¸c˜ao 4.6. µA (x) = 1 − µA (x). (4.6).

(49) 19. Figura 7 – Representa¸c˜ ao das fun¸co ˜es de pertinˆ encia mais comumente utilizadas na l´ ogica difusa.. Grau de pertinˆencia [µ(x)]. Grau de pertinˆencia [µ(x)]. 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0. 0. 10. 20. 30 40 50 60 70 80 Universo de discurso [x]. 90 100. (a) Fun¸ca ˜o trapezoidal (a = 20, b = 30, c = 40 e d = 50).. 1 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0. 0. 10. 20. 30 40 50 60 70 80 Universo de discurso [x]. 90 100. (b) Fun¸ca ˜o gaussiana (c = 50 e σ = 10).. Grau de pertinˆencia [µ(x)]. 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0. 0. 10. 20. 30 40 50 60 70 80 Universo de discurso [x]. 90 100. (c) Fun¸ca ˜o triangular (a = 50, b = 60 e c = 80).. Para sistemas que recebem mais de uma entrada, as fun¸c˜oes de pertinˆencia podem ser distribu´ıdas em universos de discurso diferentes, como por exemplo as fun¸c˜oes de pertinˆencia bidimensionais, que s˜ao facilmente obtidas atrav´es da extens˜ao cil´ındrica. Al´em disso, as opera¸c˜oes que s˜ao aplicadas `as fun¸c˜oes de pertinˆencia bidimensionais s˜ao conhecidas por produto cartesiano e co-produto, sendo representadas por A × B e A + B, respectivamente. O produto cartesiano dos conjuntos A e B ´e um conjunto difuso composto pelo espa¸co produto de X × Y , apresentado pela Equa¸ca˜o 4.7. µA×B (x, y) = min(µA (x), µB (y)). (4.7). De modo an´alogo, o co-produto cartesiano entre os conjuntos A e B resulta em um conjunto com a seguinte fun¸ca˜o de pertinˆencia no espa¸co produto de X e Y , dado pela Equa¸ca˜o 4.8.. µA+B (x, y) = max(µA (x), µB (y)). (4.8). Assim, as opera¸c˜oes de produto e co-produto cartesiano, s˜ao bastante semelhantes `a.

Referências

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