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PPC Técnico em Manutenção Automotiva-Subsequente

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Academic year: 2021

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CÂMPUS BAMBUÍ

Fazenda Varginha – Rodovia Bambuí/Medeiros, Km 05 – Caixa Postal 05 – Bambuí-MG – CEP: 38900-000 (37) 3431-4900 – campus.bambui@ifmg.edu.br

PROJETO PEDAGÓGICO DO

CURSO TÉCNICO EM MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA

SUBSEQUENTE AO ENSINO MÉDIO

BAMBUÍ – MG 2014

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CÂMPUS BAMBUÍ

Fazenda Varginha – Rodovia Bambuí/Medeiros, Km 05 – Caixa Postal 05 – Bambuí-MG – CEP: 38900-000 (37) 3431-4900 – campus.bambui@ifmg.edu.br

Reitor Prof. Caio Mário Bueno Silva

Pró-Reitor de Ensino Prof. Washington Santos da Silva Diretor-Geral do CâmpusProf. Flávio Vasconcelos Godinho Diretora de Ensino Prof. Gabriel da Silva

Coordenador do CursoProf. Hêner Coelho

Colegiado de Curso

Coordenador:Prof. Hêner Coelho

Titulares Suplentes

Professor(a):Hêner Coelho Professor(a):Carlos Antônio Rufino

Professor(a):Pedro Renato Pereira Barros Professor(a):Cássia Félix Dias Criscolo Professor(a):Rodrigo Herman da Silva Professor(a):Júlio César dos Santos Professor(a):Rodrigo Caetano Costa

Professor(a):Júlio César Benfenatti Ferreira Professor(a):Flávio Raimundo Giarola

Discente:João Norberto Araújo de Oliveira Discente:Rômulo Faria Cançado

Discente:Romário Júnio de Castro

Técnico Administrativo:Alice Goulart da Silva

Técnico Administrativo: Flaviane Ribeiro da Costa

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1 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ... 5

2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ... 6

2.1 Finalidades do Instituto ... 6

2.2 Histórico do Câmpus ... 7

2.3 Inserção do curso proposto no contexto descrito ... 11

3 CONCEPÇÃO DO CURSO ... 13

3.1 Concepção filosófica e pedagógica da educação ofertada no IFMG, no Câmpus Bambuí e no curso 13 3.2 Diagnóstico da realidade ... 16

3.3 Perfil Profissional de Conclusão ... 16

3.3.1 Competências Profissionais Gerais ... 17

3.3.2 Competências Específicas ... 17

3.3.3 Características do saber ser ... 18

3.4 Objetivos do curso... 19

3.4.1 Objetivo Geral ... 19

3.4.2 Objetivos Específicos ... 19

3.5 Justificativa ... 20

4 ESTRUTURA DO CURSO ... 22

4.1 Descrição dos profissionais que atuarão no curso ... 22

4.1.1 Docentes ... 22

4.1.2 Técnicos Administrativos... 23

4.1.3 Colegiado do Curso ... 26

4.2 Requisitos e formas de acesso ... 27

4.3 Organização curricular ... 27

4.3.1 Matriz Curricular ... 29

4.3.2 Ementários ... 30

4.4 Critérios de aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores ... 31

4.5 Metodologias de Ensino ... 31

4.6 As estratégias de realização da interdisciplinaridade e integração entre as disciplinas/conteúdos ministrados, entre teoria e prática e entre os diversos níveis e modalidades de ensino ... 33

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4.11 Estratégias de apoio ao discente ... 40

4.12 A concepção e a composição das atividades de Estágio Curricular ... 45

4.13 Concepção e a composição das atividades complementares ... 47

4.14 Orientações relacionadas ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ... 48

4.15 Biblioteca, Instalações e equipamentos ... 48

4.15.1 Sala de Coordenação ... 48

4.15.2 Instalações e Equipamentos ... 49

4.15.3 Espaço Físico Disponível e Uso da Área Física do Câmpus ... 49

4.15.4 Salas de Aula ... 49

4.15.5 Biblioteca ... 50

4.15.6 Laboratórios ... 51

4.15.7 Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no Processo Ensino-Aprendizagem . 51 4.16 A descrição dos diplomas e certificados a serem expedidos ... 52

5 CRITÉRIOS EPROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO ... 53

5.1 Critérios de avaliação dos discentes ... 53

5.2 Instrumentos de avaliação dos discentes ... 54

5.3 Critérios e elementos de avaliação dos professores ... 55

5.4 Critérios e Elementos de avaliação do curso ... 55

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 57

6.1 Síntese do projeto ... 57

6.2 Os mecanismos de acompanhamento do curso, bem como de revisão/atualização do projeto, tendo em vista a necessidade de melhoria e reestruturação do curso ... 57

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 59

Apêndice A–Planos das Disciplinas ... 63

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... 85 Apêndice D– Laboratórios ... 86

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1 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

Denominação do curso: TÉCNICO EM MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA Atos legais autorizativos: Res. 02/IFMG, de 15/03/2010

Modalidade oferecida:Subsequente ao Ensino Médio

Título acadêmico conferido: Técnico (a) em Manutenção Automotiva Modalidade de ensino: Presencial

Regime de matrícula:Semestral

Tempo para integralização: Mínimo em 3 semestres e máximo em 6 semestres Carga horária total do curso:1.440 horas (incluindo 240 h de estágio)

Número de vagas oferecidas: 32vagas anuais Turno de funcionamento: Noturno

Endereço do curso: Instituto Federal Minas Gerais - Câmpus Bambuí Faz. Varginha - Rodovia Bambuí/Medeiros - km 05 Caixa Postal 05 - Bambuí – MG - CEP: 38900-000 www.bambui.ifmg.edu.br

campus.bambui@ifmg.edu.br Telefone/Fax: (37) 3431-4900

Forma de ingresso: Processo Seletivo e Transferência Eixo Tecnológico:Controle e Processos Industriais Coordenador do Curso: Prof. Hêner Coelho

Doutor em Mecanização Agrícola hener.coelho@ifmg.edu.br

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2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

2.1 Finalidades do Instituto

Conforme o art. 6º da Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008,o IFMG tem por finalidades e características:

I - ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos com vistas na atuação profissional nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional;

II - desenvolver a educação profissional e tecnológica como processo educativo e investigativo de geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas às demandas sociais e peculiaridades regionais;

III - promover a integração e a verticalização da educação básica à educação profissional e educação superior, otimizando a infraestrutura física, os quadros de pessoal e os recursos de gestão;

IV - orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atuação do Instituto Federal;

V - constituir-se em centro de excelência na oferta do ensino de ciências, em geral, e de ciências aplicadas, em particular, estimulando o desenvolvimento de espírito crítico, voltado à investigação empírica;

VI - qualificar-se como centro de referência no apoio à oferta do ensino de ciências nas instituições públicas de ensino, oferecendo capacitação técnica e atualização pedagógica aos docentes das redes públicas de ensino;

VII - desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica; VIII - realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico;

IX - promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais, notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente.

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2.2 Histórico do Câmpus

Nos anos de 1949 e 1950, na zona rural de Bambuí, algumas propriedades foram doadas, outras compradas e outras, ainda, desapropriadas, formando-se, assim, a Fazenda Varginha. Nessa fazenda, passou a funcionar o Posto Agropecuário em 1950, ligado ao Ministério da Agricultura, que utilizava o espaço para a multiplicação de sementes, empréstimo de máquinas agrícolas e assistência técnica a produtores de Bambuí e região. Ele era subordinado ao posto da cidade de Pains, que existe até os dias de hoje. Já em 1956, foi criada a “Secção de Fomento Agrícola em Minas Gerais”, que deu início ao Curso de Tratoristas.

Em 1961 nascia a Escola Agrícola de Bambuí, subordinada à Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário e criada pela Lei nº 3.864/A. Pelo Decreto de criação, a Escola deveria utilizar as dependências do Posto Agropecuário e do Centro de Treinamento de Tratoristas, absorvendo suas terras, benfeitorias, máquinas e utensílios.

Em 13 de fevereiro de 1964, a Escola foi transformada em Ginásio Agrícola pelo Decreto nº 53.558 e no dia 20 de agosto do “Ano da Agricultura” – 1968, o Decreto nº 63.923 elevou o Ginásio à posição de Colégio Agrícola de Bambuí, tendo como primeiro diretor o engenheiro agrônomo Guy Tôrres.

Nessa fase inicial, o Colégio funcionava no Centro de Treinamento de Tratoristas e o trabalho desenvolvido pelo Posto Agropecuário manteve-se em harmonia, mesmo com as atividades do Colégio. “Aprender para fazer e fazer para aprender” foi o lema que, durante anos, motivou alunos nas atividades setoriais e de produção, já que a fazenda precisava produzir para manter o funcionamento da instituição.

Em 04 de setembro de 1979, o Decreto nº 83.935 mudou a denominação de Colégio Agrícola para Escola Agrotécnica Federal de Bambuí (EAFBí), subordinada à Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário (COAGRI). A instituição ministrava o Curso Técnico em Agropecuária e o curso supletivo de Técnico em Leite e Derivados e em Agricultura. A COAGRI veio, de fato, criar um ambiente capaz de refazer o Ensino Agrícola de nível médio. Todo um contexto foi criado para oferecer melhores condições às Escolas nos diversos setores da educação, principalmente no que tangia à qualidade dos recursos materiais e humanos, que

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transformaram o aspecto do processo de ensino-aprendizagem e, consequentemente, a qualidade do profissional a ser formado.

Em 1986, foi extinta a COAGRI e criada a Secretaria de Ensino de Segundo Grau – SESG. No ano de 1990, esta foi transformada em Secretaria Nacional de Educação Tecnológica – SENETE; em 1992, passou a ser chamada Secretaria de Educação Média e Tecnológica – SEMTEC e, por último, em 2004, tornou-se a Secretaria de Educação Profissional Tecnológica – SETEC.

A Escola Agrotécnica baseava-se no trinômio Educação-Trabalho-Produção, que foi incorporado à pedagogia de ensino e buscava dignificar o trabalho, estimular a cooperação, desenvolver a crítica, a criatividade e o processo de análise. Seu principal objetivo era preparar o jovem para atuar na sociedade e participar da comunidade, utilizando o Sistema Escola-Fazenda, para que os alunos tivessem no trabalho um elemento essencial para a sua formação. Esse sistema visava à preparação e capacitação do técnico para atuar como agente de serviço e de produção, satisfazendo as necessidades de produtores rurais, atuando na resolução de problemas. Essa metodologia de ensino tinha como objetivo estruturar “uma escola que produz e uma fazenda que educa”, utilizando dois processos que funcionavam integrados: as Unidades Educativas de Produção – UEP e a Cooperativa-Escola. Outra transformação foi o aumento da carga horária do estágio, de 160 horas para 360 horas, de acordo com a Lei nº 6.494/77.

Em 1993, a Escola Agrotécnica de Bambuí foi transformada em autarquia federal, com autonomia didática, administrativa e financeira e dotação própria no orçamento da União, o que lhe conferiu maior dinamismo. Em 1997, com a reforma na educação profissional, a Escola Agrotécnica de Bambuí, que formava apenas técnicos agrícolas com habilitação em Agricultura e Zootecnia, passou a oferecer também cursos nas áreas da Agroindústria e Informática.

No ano de 2001, com o Programa de Expansão da Educação Profissional (PROEP), a Instituição firmou convênio com o Ministério da Educação para construir, equipar, reformar e modernizar instalações e laboratórios, além de qualificar pessoal para oferecer cursos dentro do padrão e da realidade das empresas tecnologicamente evoluídas e empregadoras dos egressos.

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A criação de novos cursos, os novos laboratórios, o investimento em infraestrutura, o crescimento da receita como fonte de sua própria manutenção, juntamente com a união de esforços de professores, diretores, alunos e servidores, culminou num projeto de transformação da então Escola Agrotécnica em Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET, no ano de 2002, com o curso de Tecnologia em Alimentos, o primeiro de nível superior oferecido pela Instituição.

Em dezembro de 2008, ampliando ainda mais as possibilidades da educação técnica e tecnológica, foram criados os Institutos Federais. Dessa forma, a tradicional Escola de Bambuí foi transformada em câmpus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Minas Gerais – IFMG.

A criação do IFMG - câmpus Bambuí se deu por meio da reversão ao IFMG do patrimônio do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) - Bambuí, que foi criado a partir da transformação da Escola Agrotécnica Federal de Bambuí, através do Decreto Presidencial de 17 de dezembro de 2002, publicado no D.O.U. no dia 18 do mesmo mês.

O IFMG - câmpus Bambuí fica localizado na região Centro-Oeste do Estado de Minas Gerais. A região tem uma localização geográfica privilegiada, permitindo uma interligação e escoamento da produção para todo o Estado e fora dele, por meio das rodovias MG 050, BR 354 e BR 262, situando-se a 260 Km de Belo Horizonte e de Uberaba, 240 km de Passos, 630 Km de Brasília e 660 Km de São Paulo, além da malha ferroviária.

Tem uma área de abrangência que inclui, além do município de Bambuí, as regiões do Cerrado Mineiro, Oeste de Minas, Noroeste, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba.

A Agropecuária é o setor de destaque na economia da mesorregião respondendo por 35,79% da população ocupada. A agricultura e pecuária leiteira se destacam com acentuado crescimento de pequenas indústrias de laticínios.

O setor industrial ocupa 25,23% da população economicamente ativa, incluindo indústria de transformação, mineração, construção e serviços industriais de utilidade pública. A indústria iniciou-se na mesorregião nas áreas têxtil e de alimentação, porém, atualmente, os principais destaques são a Siderurgia e a produção de cimento.

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O setor de serviços é o que mais vem crescendo na mesorregião, apesar de ocupar somente 6,59% da população do Estado, contribuindo com 0,62% de sua receita total. O setor de comércio detém 5,19% da população total, com receita de 4,4% do PIB estadual.

A mesorregião em questão possui diversos municípios de pequeno e médio portes, caracterizados, em grande parte, por micro, pequenas e médias empresas.

Os cursos técnicos e de nível superior são oferecidos na sede, na cidade de Bambuí, havendo também a oferta de cursos técnicos nas unidades conveniadas localizadas nas cidades de Bom Despacho, Oliveira e Pompéu.

Atualmente são ofertados os seguintes cursos técnicos: Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio:  Informática

 Manutenção Automotiva  Agropecuária

 Meio Ambiente;

Cursos Técnicos Subsequentes ao Ensino Médio:  Agropecuária,

 Meio Ambiente,  Gerência em Saúde,  Manutenção Automotiva,  Açúcar e Álcool.

Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio na modalidade EJA - Educação de Jovens e Adultos:

 Açúcar e Álcool,

Cursos de graduação (de Tecnologia, Licenciaturas e Bacharelado):  Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas,

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 Licenciatura em Ciências Biológicas,  Bacharelado em Administração,  Bacharelado em Agronomia,

 Bacharelado em Engenharia da Computação,  Bacharelado em Engenharia de Produção,  Bacharelado em Engenharia de Alimentos,  Bacharelado em Zootecnia.

Pós-Graduação stricto sensu em:

 Mestrado Profissional em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental

2.3 Inserção do curso proposto no contexto descrito

O câmpus Bambuí fica localizado no Município de Bambuí, na região Centro Oeste do Estado de Minas Gerais. A região tem uma localização geográfica privilegiada, permitindo uma interligação e escoamento da produção para todo o Estado e fora dele, por meio das rodovias MG – 050, BR – 354 e 262 e a ferrovia Centro-Atlântica, situando-se a 260 km de Belo Horizonte e de Uberaba, 240 km de Passos, 630 Km de Brasília e 660 Km de São Paulo. O município possui uma área territorial de 1.455,818 km², que tem como características geográficas sua altitude de 918 m, temperatura média anual de 20,7 ºC e índice médio pluviométrico anual de 1426,3 mm.

A atividade predominante no município é a agropecuária, com destaque para a produção de leite e de suínos e, na agricultura, o café, milho, feijão, arroz, soja e batata, em pequenas propriedades rurais, que variam entre 5 ha a 300 ha. Outras atividades se caracterizam por pequenas indústrias de transformação, mineração, construção e serviços industriais de utilidade pública, produtos alimentares, metalúrgica, química, editorial e gráfica, transportes e uma grande usina de açúcar e álcool. A vocação agrícola da região que compõe a esfera de atuação do câmpus Bambuí se faz presente desde os primórdios da escola, que sempre contou com a oferta de cursos na área de Agricultura e Zootecnia.

A necessidade de melhorar a produtividade no campo tem movimentado os produtores a buscar a aplicação de novas tecnologias. A escassez de mão de obra e a necessidade de

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dinamização do trabalho tem colocado, inevitavelmente, a mecanização agrícola em evidência, forçando a sua utilização.

A exigência de constante movimentação do produtor ou empresário rural. O empreendimento agrícola necessita de insumos, de negociações e de se estar contactado com o setor e especialmente comos centros urbanosparasobrevivência. Nisto autilização de transportes utilitários é imprescindível.

A geração da necessidade de manutenção tanto de máquinas e implementos agrícolas como de veículos automotivos, demandam mão de obra cada vez mais preparada e especializada.

É neste contexto que o câmpus Bambuí oferta o curso Técnico em Manutenção Automotiva, na expectativa de suprir a necessidade de profissionais ligados à área de manutenção de veículos e máquinas.

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3 CONCEPÇÃO DO CURSO

3.1 Concepção filosófica e pedagógica da educação ofertada no IFMG, no Câmpus Bambuí e no curso

Dentre estes princípios norteadores do IFMG, destacamos os que mais fortemente se vinculam aos aspectos pedagógicos:

 Responsabilidade social, através de inclusão de elementos sociais no ensino a fim de provocar aprendizagens significativas, visando contribuir com a formação do discente frente às demandas sociais;

 Priorizar a qualidade do ensino sendo essa exigência estendida às atividades de pesquisa e extensão;

 Garantir a qualidade dos programas de ensino, pesquisa e extensão, desenvolvendo atividades de pesquisa de relevância e qualidade, reconhecidas em nível nacional;

 Respeito aos valores éticos, estéticos e políticos;

 Articulação com empresas, família e sociedade;

 Integridade acadêmica através do compromisso de todos os membros da comunidade acadêmica com altos padrões de honestidade pessoal e comportamento ético.

Conforme definido no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para o quinquênio 2014-2018, o Instituto Federal de Minas Gerais tem como missão, visão e princípios institucionais:

Missão

“Promover Educação Básica, Profissional e Superior, nos diferentes níveis e modalidades, em benefício da sociedade.”

Visão

“Ser reconhecida nacionalmente como instituição promotora de educação de excelência, integrando ensino, pesquisa e extensão.”

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Princípios

I – Gestão democrática e transparente;

II – Compromisso com a justiça social e ética;

III – Compromisso com a preservação do meio ambiente e patrimônio cultural; IV Compromisso com a educação inclusiva e respeito à diversidade;

V – Verticalização do ensino;

VI – Difusão do conhecimento científico e tecnológico; VII – Suporte às demandas regionais;

VIII – Educação pública e gratuita;

IX – Universalidade do acesso e do conhecimento; X – Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;

XI – Compromisso com a melhoria da qualidade de vida dos servidores e estudantes; XII – Fomento à cultura da inovação e do empreendedorismo;

XIII – Compromisso no atendimento aos princípios da administração pública.

O IFMG tem como finalidade formar e qualificar profissionais de nível técnico, tecnológico, licenciatura, bacharelado e pós-graduação nas diferentes modalidades, em qualquer área dos vários segmentos e setores da economia, em estreita articulação com as demandas da sociedade e do mercado de trabalho.

A estrutura curricular e a organização didática do curso são coerentes e flexíveis, centradas no desenvolvimento de competências básicas e profissionais, objetivando a formação de cidadãos capacitados e competentes para atuarem em diversas profissões, pesquisa, difusão de conhecimentos e processos que contribuam para o desenvolvimento tecnológico, econômico e social da nação.

Através do currículo apresentado, será possível:

A integração da prática educacional e da prática pedagógica;

 A contextualização com a realidade da instituição e com o corpo discente;

 A construção do perfil adequado ao egresso para ingressar no mercado de trabalho;  A relevância do conhecimento selecionado para a formação do aluno;

 A incorporação da teoria e da prática;

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Os Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio, do IFMG câmpus - Bambuí baseiam-se nos mesmos princípios educacionais acima apresentados para o IFMG. Além disso, os cursos estão em conformidade com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, com o Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004,a Resolução CNE/CEB nº 06, de 20 de setembro de 2012, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio e o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

A dinâmica do curso contempla o desenvolvimento da capacidade empreendedora, da ética no trabalho com a utilização da metodologia do trabalho em equipe, tendo como ponto de partida a realidade da manutenção automotiva.

O curso Técnico em Manutenção Automotivasubsequente ao Ensino Médio foi estruturado para atender as áreas da Manutenção Automobilística e Agrícola, Segurança no Trabalho, Educação Ambiental, Gestão e Relacionamento Interpessoal. Na execução da base curricular estão previstas práticas orientadas integradoras oportunizando a construção de conhecimentos, a relação teoria/prática e a inter-relação das diversas áreas do conhecimento. Assim, além de garantir a integração das diversas dimensões da vida, o curso estará oportunizando ao estudante vivenciar as atividades, ser agente e construtor de seu próprio processo de aprendizagem.

A forma de organização do currículo de Técnico em Manutenção

AutomotivaSubsequenteao Ensino Médio considerará as necessidades apresentadas pelo mercado de trabalho, tendo em vista a empregabilidade dos alunos e a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos no setor automotivoa nível local e regional sem perder de vista a formação geral e humana.

A combinação entre teoria e prática é considerada como forma para desenvolvimento das competências necessárias à formação técnica. O enriquecimento de conhecimentos se dará, também, através de visitas técnicas, sendo escolhidas empresas, feiras, congressos e outros eventos relacionados à área, bem como palestras.

O curso visa à formação de profissional qualificado para o mercado do trabalho, mas também a formação de cidadãos críticos, proativos, responsáveis, conscientes da realidade social, política e cultural de sua região, dentro de um contexto nacional e global.

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3.2 Diagnóstico da realidade

De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) houve um aumento considerável na produção de automóveis, tratores e caminhões na última década. Com o desenvolvimento cada vez maior do Agronegócio no cenário nacional, a demanda de manutenção em máquinas agrícolas aumentou consideravelmente.

No município de Bambuí, pode-se constatar a abertura e até mesmo a reestruturação de oficinas mecânicas e lojas já existentes, para atender a essa crescente demanda, em diversos segmentos do setor de Manutenção Automotiva.

O contato com os proprietários dessas oficinas, donos de lojas especializadas na área e demais mecânicos se dá através de diversas formas promovidas pela instituição: eventos de extensão como palestras, visitas técnicas, Feira Interdisciplinar de Produção Acadêmica e atividades de estágio nestes estabelecimentos, onde muitos alunos egressos passam a trabalhar.

Segundo informações dos representantes do setor, o desempenho dos alunos, tanto no estágio, e, posteriormente, como profissionais formais, tem sido satisfatório, além de que a área demanda mais profissionais para atender às necessidades do mercado local e regional.

Em Bambuí e em seu entorno, não há oferta de demais cursos nesta área, o que favorece a empregabilidade do aluno egresso aqui e na região.

Através do Encontro de ex-alunos realizado pela escola, os relatos têm confirmado que os alunos que optaram pela inserção no mercado de trabalho, após a conclusão do curso técnico, têm encontrado opções de emprego, nos segmentos mencionados.

3.3 Perfil Profissional de Conclusão

Os cursos ministrados pelo IFMG têm como objetivo formar um profissional competente e atuante na área a que se destina, com base sólida de conhecimentos tecnológicos, capaz de gerenciar seu próprio negócio, adaptando-se a novas situações para o seu real sucesso profissional. O profissional deve ser capaz de desempenhar seu papel com competência, com postura profissional adequada a uma sociedade cada vez mais competitiva e exigente

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contribuindo para o desenvolvimento e melhoria da vida da comunidade e interferir no processo produtivo, adquirindo habilidades que o capacitem para o exercício da reflexão, da crítica, do estudo e da criatividade, adquirindo habilidades que o capacitem para o exercício da reflexão, da crítica, do estudo e da criatividade, a fim de contribuir para o desenvolvimento e melhoria da vida da comunidade com interferência no processo produtivo.

3.3.1 Competências Profissionais Gerais

 Coordenar e desenvolver equipes de trabalho que atuam na instalação, na produção e na manutenção, aplicando métodose técnicas de gestão administrativa e de pessoas.  Aplicar normas técnicas de saúde e segurança no trabalho e de controle de qualidade.  Aplicar normas técnicas, especificações de catálogos, manuais e tabelas em processos

de fabricação, na instalação e manutenção de máquinas e de equipamentos.

 Elaborar planilha de custos de fabricação e de manutenção de máquinas e equipamentos, considerando a relação custo e benefício.

 Aplicar métodos e processos na produção, instalação e manutenção.

 Aplicar técnicas de medição e ensaios visando a melhoria da qualidade de produtos e serviços da planta industrial.

 Avaliar as características e propriedades dos materiais, insumos e elementos de máquinas, correlacionando-as com seus fundamentos matemáticos, físicos e químicos para a aplicação nos processos de controle de qualidade.

 Identificar os elementos de conversão, transformação, transporte e distribuição de energia, aplicando-os nos trabalhos e implantação e manutenção do processo produtivo.

 Coordenar atividades de utilização e conservação de energia, propondo a racionalização de uso e de fontes alternativas.

3.3.2 Competências Específicas

 Diagnosticar defeitos em tratores, implementos agrícolas e em automóveis;

 Montar e desmontar os diversos sistemas de funcionamento de tratores, implementos agrícolas e veículos automotivos;

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 Reparar defeitos mecânicos e eletroeletrônicos de tratores, implementos agrícolas e veículos automotivos;

 Planejar e executar serviços de manutenção mecânica;  Gerenciar serviços e produtos de uma oficina mecânica;  Implantar serviços especializados de manutenção automotiva;

 Desenvolver atividades de comercialização e marketing na área de manutenção automotiva;

 Projetar ambientes de trabalho em oficinas mecânicas;

 Aplicar normas técnicas de segurança no trabalho e meio ambiente.

3.3.3 Características do saber ser

No que tange à formação do estudante enquanto cidadão, a instituição prioriza a formação de profissionais que:

 tenham competência técnica e política, em sua área de atuação;  sejam capazes de tomar decisões;

 construam uma cultura geral ampla e significativa;

 zelem por princípios éticos, desenvolvendo uma formação humana baseada em valores e atitudes que reflitam uma postura coerente de respeito, responsabilidade, flexibilidade, orientação global, decisão, iniciativa, criatividade e comunicação;

 atuem numa visão humanística, com responsabilidade social, harmonizando o volume de trabalho com a qualidade de vida;

 saibam ouvir e respeitar a opinião do outro, sabendo expor suas próprias ideias e concepções;

 busquem continuamente conhecimento e informações atualizadas;

 sejam comunicativos, tenham competência para se comunicar em linguagem oral e escrita, na língua portuguesa, expressando com clareza suas opiniões e propósitos;  sejam capazes de atuar preventivamente, com raciocínio lógico e capacidade de

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 trabalhem com tecnologias e tenham capacidade de absorver e desenvolver novas tecnologias, resolver problemas e atuar na melhoria dos processos de produção, incentivar o desenvolvimento pessoal, sociocultural e de cidadania;

 tenham habilidade para extirpar antigos e adotar modernos conceitos de gestão e novas tecnologias e de harmonizar o volume de trabalho com sua qualidade de vida, em relação à convivência familiar, lazer e saúde;

 sejam profissionais dinâmicos, com coragem de correr riscos, que criem novos conhecimentos e promovam o crescimento da empresa;

 demonstrem habilidades interpessoais, sendo líderes dinâmicos e agregadores, que motivem equipes de trabalho e desenvolva o espírito de colaboração em busca de resultados, que saibam enxergar quais são os anseios do cliente em relação à sua empresa;

 apresentem capacidade de desenvolver soluções simples e rápidas;

 desenvolvam pensamento criativo, capacidade de adaptação a diferentes cenários, aumentando o leque de alternativas de áreas em que o profissional possa atuar, criando para ele uma maior valorização perante o mercado.

3.4 Objetivos do curso

3.4.1 Objetivo Geral

Capacitar profissionais propiciando formação técnica para uma inserção competente e construtiva junto ao setor industrial e à sociedade no desenvolvimento de atividades relacionadas à manutenção automotiva.

3.4.2 Objetivos Específicos

 Formar profissionais capazes de atender às necessidades ligadas à mecânica Automotiva, de forma a contribuir para melhoria de prestação de serviços, aplicando técnicas apropriadas que impulsionem o desenvolvimento do setor na localidade e região.

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 Desenvolver competências técnicas e gerenciais, preservando o equilíbrio entre aspectos teóricose práticos, favorecendo a participação dos alunos em atividades produtivas e significativas do ponto de vista educacional.

 Fornecer ao aluno condições reais de trabalho, favorecendo a integração da escola, comunidade e setores de produção.

 Formar profissionais capazes deabsorver e desenvolver novas técnicas, atuando na melhoria da manutenção de veículos automotivos, máquinas, implementosagrícolas, equipamentos industriais e outros veículos motorizados.

3.5 Justificativa

O IFMG – câmpus Bambuí fica localizado no Município de Bambuí, região Centro Oeste do Estado de Minas Gerais. Situa-se no Km 5 da Rodovia Bambuí / Medeiros, a 260 Km de Belo Horizonte e de Uberaba, 240 km de Passos, 630 Km de Brasília e 660 Km de São Paulo.Tem uma área de abrangência que inclui além do município de Bambuí as mesorregiões do Cerrado Mineiro: Oeste de Minas, Noroeste, Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba.

Do Centro Oeste de Minas provém a maior parte dos alunos e ocorre maior índice de empregabilidade dos egressos.

Além das atividades agropecuárias, predominantes na região, tem surgidogrande número de empresas e serviços na área de comércio, divulgação, insumos, pesquisa e consultorias.

Na comunidade e região, o atendimento aos serviços de manutenção automotiva e de máquinas e implementos agrícolas tem sido realizado por “mecânicos práticos”, com a ajuda de jovens aprendizes, que quase sempre não estudam e dão continuidade ao ofício criando suas próprias oficinas.

Não há cursos profissionalizantes nesta área na região, apenas no SENAI em Belo Horizonte e algumas escolas particulares, sendo escassos até mesmo em nível nacional, ou até inexistentes no caso da mecanização agrícola de nível técnico.

O curso Técnico em Manutenção Automotiva se justifica pela necessidade de profissionalizar pessoas em nível técnico e de qualificação para atendimento de necessidades locais e regionais de manutenção e máquinas e implementos agrícolas e de veículos

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automobilísticos, especialmente utilitários, para desenvolvimento do setor agropecuário e também melhorar o atendimento aos cursos Técnico em Agropecuária, Agronomia, Zootecnia e Engenharia de Produção.

A escola possui pessoal docente habilitado para condução do curso; foi construído um laboratórioequipado, com tecnologia de manutenção de veículosautomotores, para desenvolver as aulas práticas; o IFMG – câmpus Bambuí conta com uma oficina mecânica que presta assistência aos veículos oficiais, máquinas e equipamentos.

Além disso, o cenário da indústria brasileira apresenta um crescimento em ritmo acelerado, e a indústria automotiva cada vez mais moderna e competitivanecessita de profissionais qualificados e capacitados para operar suas máquinas, realizar as manutenções preventivas e até mesmo as corretivas.

Como as indústrias automotivas estão produzindo automóveis cada vez mais sofisticados, fazem-se necessários profissionais qualificados e gabaritados para atender as oficinas. Nas revendas,explicações de um técnico sobre funcionamentos de peças e equipamentos automotivos podem ser decisivas, pois os clientes gostam de entender o que estão comprando.

O técnico em Manutenção Automotiva encontra espaço privilegiado no mercado de trabalho, principalmente na indústria automotiva, indústria agrícola, além de oficinas e casas de peças, por se tratar de um profissional importante para o funcionamento desses setores da economia.

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4 ESTRUTURA DO CURSO

4.1 Descrição dos profissionais que atuarão no curso

4.1.1 Docentes

Atualmente o câmpus possui professores efetivos de 40 horas semanais com dedicação exclusiva (DE), professores efetivos de 20 horas semanais e professores substitutos/professores temporários.

Esses professores são lotados nos Departamentos Acadêmicos a saber: Departamento de Ciências Agrárias (DCA), Departamento de Engenharias e Computação (DEC), Departamento de Ciências Gerenciais e Humanas (DCGH) e Departamento de Ciências e Linguagens (DCL).

Por se tratar de um curso técnico subsequente ao ensino médio, a maioria dos professores é oriunda do Departamento de origem, aquele ao qual o curso pertence.

Quadro 1 - Descrição dos professores que atuarão no curso

Nome Titulação Regime de

Trabalho C.H. Disciplinas

Alexandre Moura Giarola Mestrado DE 40 Sistema de suspensão, direção e freios.

Motor de Combustão Interna ciclo diesel. Antônio Eustáquio dos Santos Especialização CLT 40 Relações Interpessoais.

Fundamentos de Gestão Carlos Antônio Rufino Mestrado DE 40 Eletrônica Embarcada I

Eletrônica Embarcada II Robson ShigueakiSasaki Doutorado DE 40 Implementos Agrícolas,

Manutenção de Tratores e Implementos Agrícolas Gilberto Augusto Soares Mestrado DE 40 Sistema de Suspensão,

Direção e Freios. Manutenção.

Hêner Coelho Doutorado DE 40 Motor de Combustão

Interna - Ciclo Diesel. Sistema de Tratores. Manutenção de Tratores e Implementos Agrícolas. Implementos Agrícolas. Humberto Garcia de Carvalho Doutorado DE 40 Desenho Técnico

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João Paulo de Resende Silva Graduação CLT 40 Manutenção. Motor de Combustão Interna ciclo Otto.

Sistema de Transmissão Automotiva.

Sistema de suspensão, direção e freios.

Júlio César Benfenatti Ferreira Doutorado DE 40 Fundamentos de Gestão. Relações Interpessoais Lucas Rodrigues Oliveira Graduação CLT 40 Informática

João Flávio Freitas Almeida Mestrado CLT 40 Segurança do trabalho e Meio Ambiente

Pedro Renato Pereira Barros Doutorado DE 40 Desenho Técnico.

Rodrigo Caetano Costa Doutorado DE 40 Motor de Combustão Interna – Ciclo Otto, Manutenção.

Rodrigo Herman da Silva Especialização DE 40 Sistema de Transmissão Automotiva.

4.1.2 Técnicos Administrativos

O IFMG adota como política institucional para seleção dos servidores técnico administrativos em educação os requisitos dispostos na Lei nº 11.091/05.

O plano de carreira e regime de trabalho dos servidores técnico-administrativos em educação obedece ao disposto nas Leis nº 11.091/05 e 11.784/08.

O IFMG ampliará as políticas de incentivo à capacitação dos servidores técnico-administrativos através de participação em processos de formação, qualificação e requalificação, eventos didático-pedagógicos e científicos, bem como o estímulo e disponibilização do técnico-administrativo para realização de cursos de graduação e pós-graduação.

O quadro de Técnicos Administrativos é composto, por técnicos administrativos de nível de apoio/auxiliar, técnicos administrativos de nível intermediário e de nível superior

Quadro 2. Técnicos-administrativos que atuarão no suporte ao curso DIRETORIA DE ENSINO

COORDENAÇÃO DE ASSUNTOS DIDÁTICOS E PEDAGÓGICOS- CADP Mariângela de Faria – Técnica em Assuntos Educacionais

Alice Goulart da Silva –Técnica em Assuntos Educacionais Flaviane Ribeiro da Costa – Técnica em Assuntos Educacionais Maria Amélia Giannecchini Fernandes Rocha Souto - Pedagoga

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Samuel Leandro Fonseca Amaral - Pedagogo Douglas Bernardes de Castro - Bibliotecário

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL Monícia Paula Lemos – Assistente Social

Andréia Martins de Oliveira e Lima – Técnica em Agropecuária Elza Soares da Silveira – Cozinheira

Eurico José da Silva – Cozinheiro

Gislaine Pacheco Tormen - Professora Ensino Básico e Tecnológico Heloísa Cristina Pereira – Psicóloga

Márcia Teixeira Bittencourt – Nutricionista Márcio Reis Costa – Técnico em Enfermagem Ramon José de Oliveira Dias – Médico

Thaís Cristina Vasconcelos Ramos - Odontóloga Irineu José Gomes Neto – Auxiliar de Encanador José de Alencar Silva – Vigilante

Ramon José de Oliveira Dias – Médico Renata de Carvalho Ferreira – Administradora

Wilker Nunes Medeiros – Assistente em Administração MORADIA ESTUDANTIL

Andréia Martins de Oliveira e Lima – Técnica em Agropecuária Irineu José Gomes Neto – Auxiliar de Encanador

Ivamar Ângelo da Silva – Vigilante Nelci Faria – Pedreiro

Ronaldo Garcia – Vigilante

Aracele de Paula Garcia – Assistente de Alunos Érica de Sousa Carneiro – Assistente de Alunos

LABORATÓRIOS Alda Maria Torres Campos – Técnica em Agropecuária

Anne Caroline Barbosa - Professora Ensino Básico e Tecnológico

Antônio Carlos Dal'Acqua da Silva - Professor Ensino Básico e Tecnológico Ascendino dos Reis Melo – Técnico em Agropecuária

Carlos Alberto de Carvalho – Médico Veterinário

Cristina Dias de Mendonça – Técnica em Alimentos e Laticínios Élcio José Chaves – Servente de Obras

Gil de Faria Leite – Engenheiro

Joel Guimarães de Brito Júnior – Professor Ensino Básico e Tecnológico João Teixeira Júnior – Operador de Máquinas Agrícolas

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José Calixto de Menezes – Técnico em Agropecuária José Heleno de Carvalho – Auxiliar de Agropecuária José Maria Diniz Leite – Técnico em Contabilidade José Nivaldo Moreira – Auxiliar de Agropecuária Konrad Passos e Silva – Técnico em Agropecuária Li Chaves Miranda – Engenheiro

Luís Carlos de Macedo – Técnico em Agropecuária Márcio José Ponciano – Auxiliar de Agropecuária

Maria Aparecida de Oliveira – Técnica em Contabilidade Osvaldo Inocêncio do Vale – Técnico em Agropecuária Ricardo Cruz Vargas – Zootecnista

Rui Morlin – Jardineiro

Tiago Garcia Cunha - Técnica em Laboratório

Vicente de Paulo Silva – Técnico em Nutrição e Dietética CERIMONIAL E EVENTOS

Soraya Goulart Passos de Oliveira – Assistente em Administração ALMOXARIFADO

Mussolino Paulinelli Filho – Operador de Máquina de Lavanderia Vanderlei Eustáquio da Costa – Auxiliar em Administração Ademar Câmara – Almoxarife

Ronan José de Oliveira Dias – Assistente em Administração BIBLIOTECA

Douglas Bernardes de Castro – Bibliotecário Ivana Faria Mota – Assistente em Administração Lilian Faria – Operadora de Máquina de Lavanderia Marlúcia da Silva Coelho – Assistente em Administração Yuri Gagarin Silva Mourão – Assistente em Administração Lucimara Aparecida Diniz – Assistente em Administração Benjamin Pereira de Melo – Mecânico

REGISTRO ACADÊMICO Mariele Valadão Silva– Assistente em Administração Maria Jeanete Muniz Rocha – Assistente em Administração Rogério Elias Rocha Souto – Assistente em Administração Joice Nara de Faria – Assistente em Administração

Viviane Vaz Ramos Soares – Assistente em Administração RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Arnaldo Francisco – Assistente em Administração

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Cleonir Zuleica Couto Campos – Auxiliar de Biblioteca

Lourdes Maria de Carvalho Francisco – Assistente em Administração

4.1.3 Colegiado do Curso

O Colegiado de Curso é um órgão responsável por exercer a coordenação, o planejamento, o acompanhamento, o controle e a avaliação das atividades de ensino de cada curso de nível técnico, de graduação ou de pós-graduação.

Conforme definido nas resoluções do Conselho Superior do IFMG, Resolução CS/IFMG nº 41/2013, e do Conselho Acadêmico do câmpusBambuí, Resolução CA/Bambuí/IFMG nº 8/2013, compete ao Colegiado de Curso:

I. manter atualizado o Projeto Pedagógico do Curso em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais, com o PDI e com o Projeto Pedagógico Institucional e submetê-lo à aprovação da respectiva Diretoria Sistêmica, de acordo com a normatização da Pró-Reitoria correspondente, com subsequente encaminhamento aos Conselhos deliberativos do IFMG;

 prestar auxílio ao Coordenador de Curso nas atividades de supervisão do funcionamento do curso;

 executar as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Superior, pelo Colégio de Dirigentes e pelo Conselho Acadêmico do Câmpus;

IV. exercer a coordenação interdisciplinar, visando conciliar os interesses de ordem didática dos Departamentos com os do curso;

V. promover continuamente ações de correção das deficiências e fragilidades do curso especialmente em razão dos processos de auto avaliação e de avaliação externa;

VI. emitir parecer sobre assuntos de interesse do curso;

VII. eleger, dentre os membros docentes, um Coordenador Substituto; VIII. julgar, em grau de recurso, as decisões do Coordenador de Curso; IX. estabelecer mecanismos de orientação acadêmica aos estudantes do curso.

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4.2 Requisitos e formas de acesso

Para ingressar no Curso Técnico em Manutenção Automotivana modalidadesubsequente, o aluno deverá ter concluído o Ensino Médio, de acordo com parágrafo 1º do art. 4º do Decreto 5.154/04 de 23 de julho de 2004, Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de setembro de 2012, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, atender demais requisitos que constam no edital do processo seletivo do Instituto Federal de Minas Gerais.

O acesso ao curso será por Exame de Seleção e Transferência. O Exame de Seleção visa avaliar a formação recebida pelos candidatos e classificá-los dentro do limite de vagas oferecidas. Os Exames de Seleção serão regulamentados através de editais próprios, conforme períodos definidos no Calendário Acadêmico. Os processos de transferência interna, transferência externa e obtenção de novo título são regulamentados pelo Regimento de Ensino do IFMG, aprovado pela resolução CS/IFMG nº 041 de 03 de dezembro de 2013.

4.3 Organização curricular

A organização curricular do curso proposto está estruturada em disciplinas técnicas semestrais. Nesta perspectiva:

 O modelo de ensino-aprendizagem a ser adotado pressupõe a professor/aluno;  A relação teoria/prática será entendida como eixo articulador da produção do

conhecimento na dinâmica do currículo e o desenvolvimento da autonomia do aluno relaciona-se com os processos de construção e reconstrução do conhecimento;

 A pesquisa deve ser incorporada ao processo de aprendizagem do aluno, visando à modificação da sua atitude diante do mundo;

 O aluno deve ser instigado a formular e resolver problemas, possibilitando, dessa forma, o desenvolvimento da sua capacidade de pesquisa;

 O objeto da aprendizagem deve ser compreendido como parte de uma realidade social diversificada;

 A prática e a ampliação dos conhecimentos adquiridos, mediante experiências em espaços e momentos de formação externos, como cursos extracurriculares,

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seminários, feiras e atividades culturais, farão parte dos processos formativos do aluno, na medida em que sua formação não se restringe à sala de aula.

 O Curso é organizado em três ciclos independentes. Em acordo com Resolução nº 6/2012, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional técnica de nível médio, a instituição de ensino possui autonomia para elaboração de seus currículos, assim como seus planos de curso, conforme a legislação educacional vigente;

 A referida Resolução, em seu Artigo 18, inciso III, indica a possibilidade de organização curricular segundo itinerários formativos, de acordo com os correspondentes eixos tecnológicos, em função da estrutura sócio-ocupacional e tecnológica consonantes com políticas públicas indutoras e arranjos socioprodutivos culturais locais;

 Conforme a organização curricular do curso, não há sequência obrigatória dos Ciclos a serem cursados, uma vez que não existem pré-requisitos entre as disciplinas do curso, o que significa que cada semestre letivo cursado é constituído como uma unidade pedagógica independente e autônoma, alinhada ao perfil profissional estabelecido pela legislação vigente.

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4.3.1 Matriz Curricular CICLO I Descrição Ch Pré-Requisitos (quando houver) Fundamentos de Gestão 40 Manutenção 80 Desenho Técnico 40 Informática Aplicada 80 Relações Interpessoais 40

Segurança no Trabalho e Meio Ambiente 40

Eletricidade Básica 80 Total Horas 400 CICLO II Descrição Ch Pré-Requisitos (quando houver) Eletrônica I 80 Sistemas de Transmissão 80 Manutenção Automotiva 80

Motores de Combustão Interna - Ciclo Otto 80

Sistemas de Suspensão, Direção e Freios 80

Total Horas 400 CICLO III Descrição Ch Pré-Requisitos (quando houver)

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Sistemas de Tratores 80

Implementos Agrícolas 80

Motores de Combustão Interna - Ciclo Diesel 80

Manutenção de Tratores e Implementos Agrícolas 80

Sistemas de Transmissão de Tratores 40

Eletrônica II 40

Total núcleo de formação profissional (h) 400

Estágio Supervisionado(h) 240

Total Horas do Curso(h) 1440

4.3.2 Ementários

A temática da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Lei n° 11.645 de 10/03/2008; Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004) e a educação em Direitos Humanos (Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 2009 e Resolução nº 1 de 30 de maio de 2012) estão inclusas na(s) disciplina(s) de RelaçõesInterpessoaisperpassa, sempre que possível, nas demais disciplinas, além de proposta nas atividades curriculares e/ ou extracurriculares do curso. Além disso, o projeto de extensão "Capoeira Alternativa do IFMG", implantado no câmpus, servirá de ferramenta para fomentar a discussão e debate na temática abordada pela Lei supracitada.

Anualmente o Instituto organizará a "Semana de Consciência Negra", em novembro, quando, por meio de palestras, debates, mostras culturais, minicursos e oficinas, a temática será discutida entre o corpo docente e discente da instituição, com participação, direta ou indiretamente, da coordenação de cada curso e das direções Geral e de Ensino. O evento contará, sempre que possível, com personalidades relevantes no âmbito da questão, promovendo a discussão, a capacitação e, principalmente, a conscientização sobre a questão afrobrasileira em nosso câmpus.

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A educação ambiental será abordadana disciplina Segurança no Trabalho e Meio Ambientee sempre que possível nas demais disciplinas do curso, de modo transversal, conforme Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281 de 25 de junho de 2002.

Os Planos das Disciplinas podem ser observados no Apêndice A.

4.4 Critérios de aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores

De acordo com a Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, diz que na educação profissional, “o conhecimento adquirido na educação profissional, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos”.

Também é facultado ao discente, solicitar o aproveitamento de disciplinas já cursadas e nas quais obteve aprovação, desde que sejam correspondentes às disciplinas ofertadas no curso, no mesmo nível de ensino.

A regulamentação sobre critérios de aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores, bem como o aproveitamento de disciplinas já cursadas, é dada pelo Regimento de Ensino IFMG, aprovado pela resolução CS/IFMG. Nº 041/2013.

As datas de requerimento para a avaliação, aplicação das provas e divulgação dos resultados deverão fazer parte do calendário acadêmico do câmpus.

4.5 Metodologias de Ensino

O currículo do curso do IFMG – câmpus Bambuí deve valer-se de uma metodologia que conduza o aluno na busca do conhecimento e do desenvolvimento e/ou aquisição das características necessárias à formação profissional, partindo do princípio de que a formação se realiza pela constituição de competências e habilidades,bem como, a formação do ser humano, consciente da necessidade de uma atuação embasada nos princípios éticos, da sua inserção na comunidade e de suas atribuições sociais.

Desta forma, as disciplinas do curso deverão ser trabalhadas de forma que o aluno tenha um papel ativo no processo ensino-aprendizagem, onde encontre meios para:

(33)

1) desenvolver a capacidade de pensar e de aprender a aprender; 2) dar significado ao aprendido;

3) relacionar a teoria com a prática;

4) associar o conhecimento com a experiência cotidiana; e

5) fundamentar a crítica e argumentar os fatos, atingindo o desenvolvimento da capacidade reflexiva dos alunos.

A metodologia de ensino deverá se desenvolver através das estratégias de exposição didática, estudos de caso, dos exercícios práticos em sala de aula, dos estudos dirigidos e seminários. Deverá também articular a vida acadêmica com a realidade concreta da sociedade e os avanços tecnológicos, procurando incluir, assim, alternativas como multimídia, visitas técnicas, teleconferências, internet e projetos a serem desenvolvidos junto a organizações parceiras da Instituição.

O professor deverá definir quais recursos metodológicos de ensino-aprendizagem são mais adequados ao conteúdo que ministra e mais capazes de contemplar as características individuais do estudante ou da turma, conforme o seu Plano de Ensino, valorizando a cultura investigativa e a postura ativa que lhe permitam avançar frente ao desconhecido.

Os métodos de ensino são os caminhos utilizados pelo docente para atingir um objetivo. Em função da aprendizagem dos alunos o professor utiliza intencionalmente algumas ações - os métodos de ensino - visando a assimilação do conteúdo a ser trabalhado, observando-se o respeito à individualidade, o conhecimento prévio do aluno, o estímulo à criatividade, à curiosidade, ajudando os alunos a desenvolverem atitudes que norteiam suas escolhas diante dos problemas do dia a dia, conforme compete à modalidade presencial de ensino.

Assim, a escolha do método dependerá do conteúdo específico e dos objetivos a serem alcançados em cada disciplina, sendo a postura do professor de mediador, de provocador, tornando, assim, o aluno autônomo, sujeito de sua aprendizagem.

O professor escolherá estratégias didáticas variadas, como aula expositiva dialogada, trabalhos em grupo, estudo dirigido, discussão dirigida, Phillips 66, debate, grupo de cochicho, GVGO (grupo de verbalização-grupo de observação), tempestade mental, visitas

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técnicas, realização de projetos, pesquisas, seminários, filmes, palestras, grupos de estudos e outros.

Para os alunos que apresentarem dificuldades na assimilação dos conteúdos trabalhados, o professor deverá utilizar outros métodos e/ou procurar alternativas junto à equipe pedagógica, a fim de recuperar a aprendizagem dos mesmos.

O docente ainda poderá utilizar outras metodologias de ensino como:pedagogia de projetos, a aprendizagem por resolução de problemas, a aprendizagem por simulação, etc.

4.6 As estratégias de realização da interdisciplinaridade e integração entre as disciplinas/conteúdos ministrados, entre teoria e prática e entre os diversos níveis e modalidades de ensino

As considerações presentes neste projeto de curso pretendem orientar e aportar uma formação integral. Os alunos deverão entrar em contato com a realidade onde irão atuar, conhecendo melhor seus problemas e potencialidades, assim como vivenciar atividades relacionadas à profissão. Uma vez estabelecido este contato com a realidade, esta deverá ser fonte de investigação e revisão do conhecimento, reorientando as atividades de ensino-aprendizagem.

Para dar conta da complexidade da realidade, torna-se necessária a ênfase na multi e interdisciplinaridade, implicando a adoção de estratégias que levem ao desenvolvimento de trabalhos em grupo de diferentes áreas do conhecimento, que possuam afinidades e interesses comuns, na busca da melhoria do ensino e da formação profissional. Esta interdisciplinaridade pressupõe mudança de atitude, ou seja, a substituição de uma concepção fragmentada do conhecimento por uma abordagem que conceba o conhecimento de forma integral e ampla.

Desta forma, a interdisciplinaridade é uma preocupação constante do corpo docente, desde a elaboração detalhada dos planos de ensino das disciplinas, como também na utilização de outras metodologias que, sempre que possível, atenderão às necessidades de todas as disciplinas do semestre, pois uma disciplina isoladamente não esgota a realidade dos fatos físicos e sociais, devendo buscar dialogar com as outras, proporcionando interações que permitam aos alunos a compreensão mais ampla da realidade.

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A integração das disciplinas e a união entre os diversos níveis de ensino podem ser observadas durante a Feira de Ciências, um evento destinado e realizado pelos estudantes dos cursos técnicos integrados no câmpus, realizado durante a Semana de Ciência e Tecnologia.

O projeto pedagógico do curso visa uma ação planejada e combinada entre os conteúdos do Ensino Médio e do Ensino Profissionalizante por meio de adoção de estratégias integralizadoras, como: (1) proposição conjunta de planos de curso de disciplinas afins; (2) visitas técnicas orientadas concomitantemente pelos professores de disciplinas afins e (3) demais ações pontuais elaboradas pelos professores e aprovadas pelo colegiado em reunião.

A fragmentação do conhecimento é um dos principais entraves para a produção/construção de um conhecimento holístico, imprescindível para o profissional da área de mecânica. Se o aluno não consegue perceber a interligação entre as disciplinas técnicas, como exigir que este aluno, quando profissional, consiga desenvolver e inter-relacionar os processos mecânicos a serem analisados com o conhecimento básico adquirido durante o seu curso técnico? Se não promovermos a integração dos conteúdos e apresentarmos a conexão entre os saberes ao aluno durante o curso técnico, estaremos formando apenas profissionais “fazedores de tarefas”. A fragmentação do conhecimento acompanha, portanto, o preceito que o todo, dividido em partes, tem como objetivo facilitar a aprendizagem, mas esse pressuposto mostra-se inadequado, porque além de descaracterizar o todo, desconstitui a possibilidade de construção de vínculo do conhecimento com a realidade vivida (CZRNISZ E BARION, 2013).

O tratamento disciplinar fragmentado se mostra ineficiente e insuficiente para a solução de problemas concretos. O relacionamento das grandes áreas de conhecimento e dos saberes para a resolução de problemas não é propriamente novidade, mas a intencionalidade de ações nessa direção, no que diz respeito ao ensino, é recente. Advém do resgate de visões epistemológicas e práticas de pesquisa que trabalham o objeto do conhecimento como totalidade, com interferência de múltiplos fatores, pressupostos estabelecidos a partir dos avanços científicos e tecnológicos contemporâneos (CZRNISZ E BARION, 2013).

A interdisciplinaridade e a integração dos conhecimentos e saberes se torna, portanto, uma ferramenta mais que necessária para facilitar os caminhos que levarão os alunos do curso Técnico em Manutenção Automotiva Subsequente a construir a tão desejada e transformadora visão holística. Porém, é preciso deixar bem claro que a integração dos conhecimentos e

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saberes não é uma tarefa fácil de ser realizada e dependerá do empenho de todos os profissionais envolvidos no curso.

O trabalho interdisciplinar, como estratégia metodológica, viabiliza o estudo de temáticas transversais, o qual alia a teoria e prática, tendo sua concretude por meio de ações pedagógicas integradoras. Tem como objetivo, numa visão dialética, integrar as áreas de conhecimento e o mundo do trabalho.

No âmbito do curso Técnico em Manutenção Automotiva Subsequente a integralização dos conhecimentos e saberes pode ser implantada de várias formas.

As propostas de integração são várias, como podemos vislumbrar nos exemplos a seguir:

 Sistemas de Tratores – temática integradora: Utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI) na manutenção de máquinas agrícolas Proposta integradora 1 – Informática + Manutenção – temática integradora: Programas de computadores, informatização e controle dos processos de manutenção em oficinas mecânicas.

 Proposta integradora 2 – Segurança no Trabalho e Meio Ambiente + Manutenção + e automóveis.

 Proposta integradora 3 – Desenho Técnico + Disciplinas Técnicas – temática integradora: Leitura e interpretação de manuais dos fabricantes de automóveis e máquinas agrícolas.

 Proposta integradora 4 – Implementos Agrícolas + Manutenção de Tratores e Implementos Agrícolas – temática integradora: Manutenção, regulagem e componentes das máquinas agrícolas.

 Proposta integradora 5 – Manutenção + Disciplinas Técnicas – temática integradora: Princípios de manutenção nos diversos componentes automotivos e máquinas agrícolas.

Essas são cinco sugestões de temas integradores num universo muito maior. Além das propostas de integração de conteúdo, não se pode deixar de contabilizar as possibilidades de aulas de campo e visitas técnicas, no entorno de Bambuí ou em outras áreas, que poderão ser utilizadas como ferramentas que favorecem essa integração. Essas aulas de campo e visitas

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técnicas poderão ser realizadas com a participação de dois ou mais professores, das diferentes disciplinas, e abordar uma temática única, como por exemplo:

 Visita à AGRISHOW – Feira internacional de tecnologia agrícola em ação, com o objetivo de levar aos alunos o conhecimento de novas tecnologias em máquinas agrícolas.

 Visita à Fiat Automóveis, com a possibilidade de participação dos diversos professores da área técnica.

 Visita técnica à Marchesan, fabricante de implementos agrícolas.

 Visita técnica às fazendas circunvizinhas, para acompanhamento de operacionalização de máquinas agrícolas.

 Visita técnica às oficinas mecânicas circunvizinhas.

Como é possível perceber, com esses poucos exemplos, a possibilidade de se construir um curso subsequente no seu contexto literal é amplo, bastando ter criatividade, articulação e boa vontade por parte da equipe que comporá o quadro docente do Curso Técnico em Manutenção Automotiva.

4.7 Estratégias de fomento ao empreendedorismo e à inovação tecnológica

O IFMG oferece com os recursos próprios bolsas de Pesquisa e Extensão para a execução de projetos. As propostas devem ser submetidas aos editais que são abertos em data específica e passam pela avaliação de uma banca para a aprovação. A Pesquisa e Extensão juntamente com o Ensino, são pilares fundamentais para a melhor formação profissional dos alunos. Todos os anos, é realizada a Semana de Ciência e Tecnologia e, desde 2014, a Mostra de Extensão. Durante essa semana, são publicados trabalhos oriundos dos projetos em andamento e apresentados às comunidades interna e externa, trabalhos são publicados. A Feira de Ciências, que ocorre durante a Semana de Ciência e Tecnologia, envolve alunos dos cursos técnicos e superiores, participantes de projetos de Iniciação Científica, Tecnológica e de Extensão, e de grupos de estudo de diversas áreas do conhecimento.

Os grupos de estudo têm por tradição desenvolver atividades que envolvam a Comunidade Externa, como dias de campo envolvendo empresas privadas, produtores rurais e empresas de assistência técnica da região. Alguns cursos também desenvolvem atividades relacionadas às

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suas áreas: as Licenciaturas participam dos Encontros do PIBID (em 2014 ocorreu em Bambuí); a Agronomia desenvolve o FESTMILHO e, a partir de 2014, com parceria de outros cursos, o FESTAGRI; a Biologia junto com a Assistência Estudantil promove o Saúde com MotivAção; o curso de Engenharia de Alimentos tem oferecido cursos relacionados à alimentação e saúde no Laboratório de Alimentos e Bebidas.

O setor de extensão com algumas parcerias tem desenvolvido ações junto a comunidade externa. Oferece cursos em parceria com empresas, atendendo a demanda das mesmas, bem como cursos de extensão para alunos e produtores rurais. Os alunos também organizam eventos específicos aos grupos de estudos como simpósios e semanas temáticas relacionadas envolvendo estudantes do Câmpus, empresas e comunidade.

Além de atividades dentro da Instituição, os alunos podem realizar estágios em empresas conveniadas com a Instituição, nos quais o aluno poderá utilizar os conhecimentos vivenciados nas disciplinas na execução de tarefas dentro das empresas, desenvolvendo assim o espírito empreendedor.

O empreendedorismo e a inovação tecnológica serão tratados como temas transversais, permeando diversas disciplinas do curso. Tal inserção visa garantir ao aluno uma educação que lhe possibilite atuar criticamente, tomar decisões, ser criativo, incentivando-o ao empreendedorismo, à busca de resoluções de problemas, bem como à inovação de tecnologias existentes, tornando possível a formação de um cidadão mais atuante.

4.8 Estratégias de fomento ao desenvolvimento sustentável e ao cooperativismo

Os conceitos de desenvolvimento sustentável e cooperativismo possuem grandes laços, os quais permitem a identificação de diversas características comuns em termos de objetivos e interações. Estas interações são constituídas e mantidas na constante busca de geração de valor, a partir da rede de relações sociais e do cumprimento de metas que permitam o crescimento conjunto justo, sustentável e equilibrado.

O curso proposto é pautado na formação de um profissional consciente dos problemas do planeta e do papel social de sua profissão no contexto da sociedade, possuindo uma atitude reflexiva, questionadora, crítica e equilibrada perante a mesma, e com a consciência voltada

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