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A CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA SOB O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA | Anais do Congresso Acadêmico de Direito Constitucional - ISSN 2594-7710

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Anais do I Congresso Acadêmico de Direito Constitucional Porto Velho/RO 23 de junho de 2017 P. 62 a 80 A CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA SOB O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA

PESSOA HUMANA

Lorena Íngrity Cardoso Reis1 Carina Gassem Martins Clemes2

RESUMO

As leis surgiram para disciplinar comportamentos sociais e assim diminuir conflitos em sociedade, sendo preciso atribuir regras de direitos e deveres a todos os cidadãos para garantir o bem comum. O objetivo deste trabalho é demonstrar que as leis atuais não garantem proteção a todos os cidadãos, visto que há uma lacuna em nosso ordenamento jurídico, que não prevê como crime a homofobia em nosso País. A população homossexual vem crescendo cada vez mais e sofre com a discriminação e com o preconceito daqueles que não respeitam seu semelhante e sua diversidade. Através da análise dos princípios constitucionais, e tendo como base o maior princípio garantido pelo estado democrático de direito, que é o da dignidade da pessoa humana, e o projeto de lei 122/2006, afirma-se que todos são iguais perante as leis e merecem respeito como ser humano, vivendo de forma digna.

Palavras-chave: Dignidade, Homossexuais, Ordenamento Jurídico, Criminalização.

ABSTRACT

Laws have arisen to discipline social behavior and thus to reduce conflicts in society, so it was necessary to assign rules of rights and duties to all citizens to guarantee the common good. The objective of this work is to demonstrate that current laws do not guarantee protection to all citizens, since there is a gap in our legal system, which does not predict homophobia in our country. Homosexual publics are growing more and more, and suffer with the discrimination and prejudice of those who do not respect their similarity and their diversity. Through the analysis of the constitutional principles is based on the highest principle guaranteed by the democratic state of law

¹ Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade Católica de Rondônia. E-mail: lorenna_reis@hotmail.com

2 Professora Especialista na rede Privada no Estado de Rondônia, Porto Velho – RO. Orientadora

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that is the dignity of the human person, it is bill 122/2006, that all are equal before the laws, and deserve respect as being Human being is to live in dignity.

Keywords: Dignity, Homosexuals, Legal Order, Criminalization.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar a possibilidade da criminalização da homofobia, sob os princípios constitucionais do ordenamento jurídico com base na necessidade da realidade social, tendo em vista que a sociedade vem passando por constantes transformações sociais e afetivas, e o crescimento do número de pessoas com a orientação sexual em questão tem contribuído para reconstruir os conceitos interpostos no passado.

A rejeição ou a aceitação da homossexualidade pela sociedade vem se arrastando por longos anos da história. Casais do mesmo sexo comumente relatam constrangimentos e insegurança em locais públicos, pois a intolerância segue negando seus direitos individuais. O preconceito e a violência contra LGBT é uma realidade em nosso país; chegam a ser alarmantes os ataques, nos quais muitos são espancados e até assassinados pelo fato de ter uma orientação sexual diferente em relação à do agressor.

Os homossexuais são pessoas comuns, semelhantes a qualquer outra e não deveriam ser excluídos em classes. Por muito tempo, foram tratados como doentes e pecadores, submetidos a tratamento e a torturas com o objetivo de procurar a “cura”. Mesmo depois de anos e com toda a evolução humana, e com acesso a informações, ainda são vítimas de ataques, mesmo vivendo em uma sociedade diversificada, descendentes de raças, cor, etnia, credo e cultura diferentes. É dever de cada indivíduo procurar conviver em harmonia, de forma pacífica, respeitando quaisquer outras diferenças as quais estamos acostumados a presenciar, evitando sofrimento alheio desnecessário.

Apesar de as pessoas serem instituídas de total aptidão e discernimento, elas não são capazes de respeitar as diferenças, por isso, é necessário que seja imposto coercitivamente. Os movimentos sociais buscam alterar a lei 7.716/89, que trata de punições a crimes derivados de preconceito e discriminação, outros tipos de crime

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de ódio na constituição que atentam contra a dignidade humana, acrescentando em seu rol taxativo os crimes contra gênero, sexo, orientação sexual, identidade sexual, segundo o Projeto de Lei 122/2006 apresentado ao congresso Nacional.

Com base nos direitos garantidos pela Constituição Federal/88, demonstrar-se-á que essa omissão fere os direitos individuais, e mesmo que a Lei não acabe com o preconceito, sua aprovação mostraria que o Brasil não tolera mais a discriminação, pois aqueles que mesmo assim cometerem estarão infringindo a lei.

1. DEFINIÇÃO: SEXUALIDADE E HOMOSSEXUAL

Para entender o que seria uma atitude de homofobia, é necessário entender os termos “sexualidade” e “homossexual”.

1.1 SEXUALIDADE

O conceito de Sexualidade vem se modificando e evoluindo ao longo do tempo, pelas transformações históricas e sociais, agregando um conjunto de aspectos que influenciam no comportamento em relação à satisfação do desejo. Ela é sentida por todos os seres humanos, porém se trata de algo individual; cada um pode sentir e expressar de formas diferentes, determinadas por sua personalidade e não precisa necessariamente estar ligada com o sexo.

A sexualidade não é uma simples tensão orgânica anônima. Muito pelo contrário, toda a vivencia humana está carregada de intencionalidade, de desejos que buscam a satisfação. A forma específica pela qual cada um realiza a sua sexualidade é também específica de sua existência no mundo. Portanto, [...] a sexualidade é um daqueles terrenos, um daqueles palcos onde se lançam todos os conflitos da existência humana. (DALGALARRONDO, 2000, p. 216).

As influências políticas, religiosas e culturais contribuem de alguma forma para limitar o que é certo e errado, definindo, assim, um padrão “normal” a seguir, através dos costumes enraizados na sociedade.

Percebe-se que há várias dimensões em torno da sexualidade humana, englobando mais que o genital ou biológico. Definir seu conceito é muito complexo, visto que é algo diferente para cada pessoa. Por mais que seja um tabu nas famílias,

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a educação sexual transmitiria conhecimento e conscientização, uma vez que cada indivíduo é livre para escolher sua sexualidade, não sendo repreendido ou julgado.

1.2 HOMOSSEXUAL

Quando o ser humano entende sua sexualidade, ele não escolhe por ser “Homo” ou “Hétero”, não se trata de uma questão de escolha, é natural do ser humano. Portanto, não se pode julgar ou culpar por algo que não escolheu.

O vocábulo homossexual surgiu na etimologia grega, “homo” ou “homoe”, que significa semelhança, igualdade. A prática homossexual vem dos primórdios da humanidade, sempre existiu, mas vem sendo renegada à marginalidade por se afastar dos padrões sociais, sendo tida como imoral ou amoral.

Uma pessoa homossexual, assim como uma pessoa heterossexual, tem desejos sexuais manifestados por sua sexualidade e efetividade humana; ocorre, no entanto, que um indivíduo homossexual vai se relacionar com pessoas do mesmo sexo.

2. JULGAMENTO DA HOMOSSEXUALIDADE PELA SOCIEDADE

As formas de inferioridade e preconceito manifestadas pela sociedade contra a homossexualidade no decorrer do tempo são diversas. Ela já foi considerada como doença, distúrbio, pecado, dentre outras denominações para sua justificação, e nenhuma delas foi suficiente. Apesar de novos estudos e interpretações, o preconceito já se enraizou como cultura na sociedade e vem contribuindo até hoje para atitudes discriminatórias.

Segundo Dias (2014, p. 203), não é crime nem pecado, não é uma doença nem um vício e também não é um mal contagioso, nada justificando a dificuldade que as pessoas têm de conviver com os homossexuais.

Podemos analisar algumas justificativas consideradas:

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A homossexualidade deixou de ser considerada como pecado ou obsessão e passou a ser considerada como doença que precisava de “cura”; porém, em 1973, a Associação Psíquica Americana deixou de considerar como transtorno mental e tirou da lista de doenças desse tipo. Tal decisão foi seguida por todos os profissionais da área.

Em 1992, a Classificação Internacional de Doença (CID) retirou o homossexualismo como doença de transtorno mental, por não se sustentar como diagnóstico médico. Assim como o Conselho Regional de Psicologia, em 1999, através da Resolução CFP 001/99, que determinou:

Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados (BRASIL, Resolução CFP 001 de 1999)

2.2 HOMOSSEXUALIDADE COMO PECADO

“Deus fez o homem e a mulher com sexos diferentes para que cumpram o seu papel e tenham filhos”. O universo religioso concorda com essa afirmação, tendo uma acepção fértil em relação a homossexuais, de que iguais não podem procriar e justificam essa discriminação através da Bíblia, na qual o homossexual é tido como reprovável no campo moral, considerado como pecado.

A condenação religiosa considerava os atos homossexuais como de extrema gravidade, comparando-os com os atos fora do casamento, como crime punível com morte na fogueira, vigente no Brasil até 1830. Essa condenação vem do fator histórico ocidental, em que, na interpretação cristã, acredita-se que os atos humanos, corrompidos pelo pecado, devem se reconciliar com o criador.

Apesar de ser motivo de muita controvérsia nas igrejas, algumas religiões pedem perdão aos homossexuais, outras oferecem a libertação por crer que, ao longo das concepções, a homossexualidade continua inexplicável. Considera-se, ainda, que muitas igrejas ainda concebem como pecado ou possessão demoníaca, algo que se apropria do espírito do indivíduo, devendo ser expulso, neutralizando a heterossexualidade.

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67 3. DISCRIMINAÇÃO E PRECONCEITO

Apesar de se correlacionarem – a discriminação é a extração do preconceito –; esses termos não se confundem.

O preconceito é um juízo de valor que pré-julga as pessoas através de estereótipos antecipadamente. Manifesta-se em atitudes discriminatórias e suas formas mais comuns são o social, o racial e o sexual.

A discriminação surge da soma dos estereótipos e do preconceito, objetivando um tratamento diferenciado ou não se misturar com pessoas ou grupos determinados, por suas características pessoais, culturais, raciais ou sociais, que tem posição de inferioridade, com atitudes de raiva, hostilidade ou intolerância por padrões definidos pela sociedade ou pelas tradições religiosas.

O não reconhecimento das diferenças ou a intolerância constrói novos padrões de violência entre o preconceito e as formas de discriminação e exclusão. Hoje, em pleno século XXI, ainda há a necessidade de conscientizar as pessoas sobre as diversidades sociais e viabilizar mudanças para desconstruir novos conceitos dessa realidade.

A discriminação acompanha a sociedade brasileira ao longo da história, desde a cor da pele até a classe social, por isso, é difícil desconstruir o preconceito. A universalização de tratamento jurídico moldou as leis no passado, tornando crimes inafiançáveis, por exemplo, a prática de racismo, e é justamente por essa universalização que os homossexuais lutam para serem reconhecidos seus direitos, sem que o conservadorismo do passado reflita no presente.

4. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

A origem da palavra “princípio” vem do latim “principium”, que significa origem, começo ou início. Os princípios encontram-se no topo da pirâmide jurídica e sistematizam a constituição para facilitar sua interpretação, sendo muito importantes, pois traduzem os valores a serem observados quando da sua aplicação nas normas.

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Hoje, com constantes mudanças na sociedade, não é possível prever todos os fatos jurídicos em lei, portanto, nos casos de lacunas normativas específicas de determinado assunto, o julgador aplica os princípios no momento da decisão, pois são normas hierárquicas que sustentam o ordenamento jurídico.

Os princípios constitucionais estão previstos na Constituição Federal Brasileira de 1988 nos artigos (1° a 4°), que estabelecem as decisões políticas essenciais quanto à estrutura do estado e do governo:

Art. 1° A República Federativa do Brasil, formada pela União indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I- A soberania II- A cidadania

III- A dignidade da pessoa humana

IV- Os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa V- O pluralismo político

Parágrafo único: todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representante eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição.(BRASIL,1998)

A soberania nasceu no século XIV, como estruturação e formação de um estado, como um poder acima dos demais poderes.

Para Kelsen (2011), a soberania é uma qualidade do estado, sendo absoluto, e nenhuma outra manifestação pode se contrapor à vontade estatal. A doutrina afirma que a soberania tem como tais características ser um poder acima dos outros, aplicando-se a todos os acontecimentos internos no Estado. Se o Estado perde ele desparece e, por fim, não há limite de duração.

A cidadania é uma participação política que conduz os negócios e os interesses estatais; seu conceito não é fácil, visto que antes da Segunda Guerra, ser cidadão era votar e ser votado, porém, hoje o conceito se amplia e vai além da política, se desenvolvendo por direitos de garantias fundamentais.

A dignidade da pessoa humana dispõe que a ninguém é dado o direito de violar os direitos do homem, e cabe ao estado proteger essas garantias do exercício das liberdades individuais.

Através do parágrafo único do artigo 1° da CF, percebemos que o estado emprega o estado democrático de direito diante do povo, como a única origem de poder, á participação de todo cidadão e de quem exerce a vida política.

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Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa têm relação com a dignidade da pessoa humana, o valor social impõe privilégio econômico á determinado grupo. O indivíduo acredita que através do seu trabalho contribui para o progresso e recebendo remuneração é condições de trabalho, regendo á proteção constitucional. A noção de livre iniciativa tem relação com liberdade de empresa é contato, além de produzir, na ordem econômica, assegurar condição de dignidade é justiça social.

O artigo 3°da CF estabelece os objetivos fundamentais da República, que são á construção de uma sociedade livre, justa é solidária, o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza é a marginalização, reduzindo as desigualdades sociais e regionais, é por último, não menos importante, promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade, é quaisquer outras formas de descriminação. Sendo assim, a homofobia é inserida como uma forma de discriminação e pode ser classificada como crime de ódio, devendo ser punida.

O pluralismo é um pensamento liberal e se desmembra do princípio democrático, o qual o Estado não pode impedir ou incentivar, pois todos têm direito à liberdade no ambiente social, além de trazer respeito à diversidade. Barroso (2003, p. 141):

Os princípios constitucionais são o conjunto de normas da ideologia da Constituição, seus postulados básicos e seus afins. Dito de forma sumária, os princípios constitucionais são as normas eleitas pelo constituinte como fundamento ou qualificações essenciais da ordem jurídica que institui.

A primazia da constituição sobre as demais normas só tem esse sentido quando assegura a maior proteção de direitos fundamentais iguais a todos os membros da sociedade; por isso, direitos fundamentais são condições ao exercício dos demais direitos previstos no ordenamento jurídico.

4.1 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Hoje o principal direito fundamental constitucional garantido às pessoas é o da dignidade da pessoa humana. Ele reflete nos demais princípios, normais constitucionais e infraconstitucionais, sendo absoluto é pleno, considerado primordial pelo intérprete na aplicação ou criação das normas.

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Esse princípio teve necessidade através dos períodos históricos, em que se justificavam as atrocidades da época, várias pessoas foram queimadas em fogueiras por causa de religião, torturas, perseguições, por sua cor, por sua origem, dentre outros motivos. É por essa razão que se torna necessário identificar a dignidade da pessoa sendo refletida no texto constitucional; foram essas experiências históricas que geraram a consciência de preservar a todo custo essa dignidade. Assim, levam em conta todas as violações que foram extraídas dessa experiência histórica para serem combatidas.

Assim, entende-se que a dignidade nasce com o indivíduo, ela é inerente a sua essência, porém, nenhum ser humano vive isolado, ele nasce com sua integridade física e psíquica, cresce no meio social e se adapta, sendo nessa etapa que sua dignidade se concretiza. Suas ações, comportamentos e pensamentos devem ser respeitados, uma vez que derivam de sua liberdade. Sua imagem, intimidade, consciência religiosa, espiritual ou científica vão compondo sua dignidade.

Portanto, toda pessoa tem dignidade, até o maior criminoso tem sua dignidade preservada, porque é reconhecido como pessoa pelo simples fato de nascer pessoa humana, por mais que não tenha comportamento digno com a sociedade e até consigo mesmo. Por isso, é incorporada a dignidade, uma qualidade social zelada pelo Estado.

Como superprincípio, temos a Carta Magna, em seu art. 5°, III, segundo o qual: “ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante”. Deixa claro que o indivíduo não pode ser humilhado, ridicularizado nem submetido à violência. O Estado é incumbido de proteger esses direitos é a ordem, criar as condições favoráveis ao indivíduo que depende de sua soberania para a construção de uma sociedade mais digna, justa e solidária.

Diante disso, á dignidade não é apenas um direito, e sim um atributo que todo ser humano tem, sendo um valor individual, que impõe ao Estado é a sociedade que protejam e promovam condições para exercer a vida com dignidade, para que o indivíduo possa viver em harmonia, sendo tratado como pessoa, já que possuem direitos e cumpre deveres, mas não pode desrespeitar o direito da dignidade dos demais, visto que para o homem não existe valor maior que sua dignidade.

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4.2 PRINCÍPIO DA IGUALDADE

A igualdade apresenta uma abrangência de interpretação constitucional que está presente em vários dispositivos constitucionais, como, por exemplo, o art. 3°, que estabelece a não discriminação como um dos objetos fundamentais do estado; no art. 5°, como direito e garantias fundamentais, no que pese a Carta Magna, que assegura o princípio da Igualdade: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)”, dentre outros protegidos pelo artigo. No entanto, a maioria dos doutrinadores constitucionais entende que há necessidade de “tratar os iguais de maneira igual, e os desiguais na medida de sua desigualdade”, ou seja, que trate igual aquele que se encontra na mesma situação e de forma desigual os desiguais na medida de sua desigualdade.

Apesar dessa proteção, é impossível garantir todos esses direitos a todos os cidadãos, visto que todos são dotados de diferenças, seja econômica, social ou profissional, pelo fato de se tratarem de pessoas distintas. É essa e a função do nosso ordenamento: diminuir essa desigualdade.

A igualdade é compreendida sobre duas percepções, a formal e a material. A igualdade formal visa acabar com privilégios de classes, tendo um tratamento igualitário entre todos; e a igualdade material é voltada para atender as condições de justiça social, minimizando a desigualdade do direito social do homem.

É possível encontrar autores que têm um entendimento mais amplo do princípio da igualdade do estado democrático de direito, vão além da igualdade formal e material; trata-se da igualdade procedimental, que visa a uma condição igualitária a todos os cidadãos nas atividades estatais de políticas públicas. A preocupação hoje é distinguir a diferenciação e a discriminação.

A diferenciação seria um instrumento de proteção às minorias excluídas de participar de decisões institucionais, sendo a discriminação arbitrária e lesiva, referente à igualdade. O problema seria como estabelecer critérios para diferenciação (uma discriminação adequada, razoável) de uma discriminação (desproporcional, absurda) de tratar os desiguais na medida em que se desigualam.

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Segundo Robert Alexy (2011), a igualdade deve ser interpretada como uma norma de tratamento igual e só permite tratamento desigual caso for justificado com razões suficientes; sendo assim, o tratamento desigual teria a fundamentação baseada na exigência de razão suficiente para tal tratamento com argumentação ao legislador. Existem diversas fundamentações de juízo de valor sobre a igualdade e desigualdade que podem justificar o tratamento.

Álvaro Ricardo de Souza Cruz, constitucionalista brasileiro, apresenta dois critérios para que minorias possam ser identificadas e receber tratamento diferenciado:

1. Minoria marginalizada economicamente, socialmente e politicamente, faltando meios de atrair a atuação dos políticos e eleitores para seu interesse;

2. Minoria vítima de preconceito, ódio ou estereótipos, que aos olhos na maioria sejam limitados ou punidos em razão de suas diferenciações.

4.3 PRINCÍPIO DA LIBERDADE

O art. 5°, na constituição, tem um amplo conceito desse direito, chamado por alguns autores de direito geral da liberdade, devido às suas atribuições como liberdade de expressão, locomoção, consciência e crença, manifestação, dentre outras. Apesar disso, a privação de liberdade de alguém só será efetiva mediante a existência de uma lei; nestes termos, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo se não em virtude de lei.

Constou também no art. 4° na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789):

A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.

O exercício da liberdade pode ser tomado não só por parte do Estado, como também por relações sociais e particulares, que podem afrontar a liberdade do indivíduo. Motivo esse de ser vista por parte da pessoa humana e não do Estado.

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Sarmento (2006) acredita que a autonomia de escolha é considerada como elemento essencial da dignidade da pessoa humana, baseado na crença do indivíduo conformador de si próprio e da sua vida. A autonomia privada assim é considerada como instrumento de realização do princípio da liberdade e consequentemente da própria dignidade da pessoa humana, vez que “negar ao homem o poder de decidir de que modo vai conduzir a sua vida privada é frustrar sua possibilidade de realização existencial”.

Diante disso, podemos afirmar que a liberdade é uma opção de escolha do ser humano, ele é capaz de escolher fazer ou deixar de fazer, aceitar ou não determinado fato que ocasione em uma responsabilidade.

5. HOMOFOBIA

O termo Homofobia foi usado pela primeira vez nos Estados Unidos da América, em 1971, pelo psicólogo George Weinberg, em sua obra, combinando a palavra grega phobos (fobia), com o prefixo homo (igual); porém, a palavra só surgiu no dicionário de língua francesa na década de noventa, descrevendo á aversão é a hostilidade a homossexuais. Da mesma forma que xenofobia ou antissemitismo, trata-se de uma manifestação de inferioridade ou anormalidade devido à diferença pessoal.

5.1 CONCEITO

Homofobia é qualquer ato ou manifestação de ódio, repugnância, aversão ou medo irracional que algumas pessoas ou grupos sentem em relação a homossexuais.

Em relação ao medo, consiste no medo das pessoas de serem homossexuais, ou dos outros pensarem que elas são. Tem tudo a ver com a necessidade de reafirmar sua heterossexualidade.

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As atitudes negativas podem ser percebidas em piadas vulgares é pejorativa que ofendem e ridicularizam o indivíduo é suas formas de exclusão profissional, social ou estudantil. A extrema violência física, moral ou psicológica pode chegar ao extermínio, principalmente para aqueles assumidos publicamente.

A primeira discriminação sofrida geralmente é em casa, por familiares e amigos próximos, onde se espera acolhimento e proteção, é vai se desencadeando por outros fatores, contribuindo para a rejeição é o ódio. Alguns acreditam que os homossexuais podem influenciar outros indivíduos considerados “normais”, outros consideram um perigo social.

Algumas pessoas não se consideram preconceituosas, seja por vergonha de assumir ou pela reação que outras pessoas possam ter em relação a ela, mas tratam com indiferença. Isso é chamado de homofobia interna, situação em que as ações neutras se camuflam na discriminação.

Junqueira (2009) relata que as pessoas, em sua maioria, não se consideram preconceituosas, mas tratam a homossexualidade como se fosse “contagiosa”, criando uma resistência para demonstrar sentimento ou aproximação.

Toda sociedade deveria aprimorar á desconstrução social, começando em casa, passando para as escolas, ao trabalho, universidades, sobre o quão importante é respeitar o ser humano e sua diversidade. Afetando a vida das pessoas, conscientizando que atitudes homofóbicas matam! E se tornam aquilo que a sociedade também repudia que é o criminoso.

5.3. A CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA

A discriminação homossexual foi levantada pela primeira vez através da união do Governo Federal é os Ministérios, que promoveram políticas para viabilizar a população homossexual. A primeira medida foi a implementação das recomendações oriundas da Conferencia Mundial das Nações de Duban, que foi á criação do Conselho Nacional de Combate à Discriminação (CNCD), pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em outubro de 2001, através do dec. 3.950 (revogado pelo dec. 5.397/05, e dec. 7.388).

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Em 2003, criou-se a comissão para receber denúncias é violações dos direitos humanos, e o programa ao combate à violência contra LGBTT, chamado “Brasil sem Homofobia”.

A estabilidade veio com o dec. 7.388 de 09 de dezembro de 2010, sancionado pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva; desde então, a população LGBTT estrutura a CNCD, voltada ao combate à discriminação e à defesa dos direitos.

Mesmo com o provimento dessas ações, é visível que essas medidas ainda não são suficientes para seu combate. É preciso uma ação mais viável, como a criminalização definitiva do ato, pois a justiça não pode punir atitudes homofóbicas sem lei anterior que o tipifique como crime (CF, art. 5°, XXXIX).

Os legisladores dificultam a aprovação de qualquer projeto que vise a esse objetivo, mesmo sendo o Brasil o país que mais registra números de crimes homofóbicos. É por esse motivo que há a necessidade de uma legislação específica no sistema jurídico. A lei 7.716/89 veio para criminalizar preconceito de raça ou de cor, a ECA é o Estatuto do Idoso contra o preconceito por causa da idade, no entanto, a homofobia segue sem regulamentação.

Apesar de o judiciário suprir algumas lacunas em relação à garantia de alguns direitos (em relação à família como união homo afetiva, pensão por morte no direito previdenciário e sucessório), a violência ainda é um impasse muito grande.

5.3.1 Projeto de Lei Complementar Nº 122/2006

A população LGBTT do país há tempos vem lutando incansavelmente para combater a discriminação, por uma sociedade mais justa, não medindo esforços para a aprovação do Projeto de Lei da câmara nº 122/2006, da Deputada Federal Iara Bernardi.

Trajetória:

O projeto teve início na Câmara dos Deputados em 2001, como Projeto de Lei (PL) 5003/2001, que previa sanções ás práticas discriminatórias por Orientação Sexual. Após a tramitação, na Comissão Constituição e Justiça (CCJ) da câmara, foi modificado pelo Deputado Luciano Zica, relator do projeto na comissão. A nova versão do projeto é aprovada na câmara é segue para o Senado Federal com nova numeração, sendo tramitada como PLC 122/2006.

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Em 2007, a ex-senadora Fátima Cleide, denominada relatora do projeto, manifestou-se favorável é tentou várias vezes levar a pauta para votação, de 2008 a 2009, sem que houvesse alteração, mas o projeto nem chegou para debate.

Em 2009, a relatora modificou a redação ao projeto, ampliando o rol para punir outras formas de discriminação, porém ele foi arquivado em 2011, de acordo com o Regimento Interno do Senado Federal.

Em 2011, a senadora Marta Suplicy pediu o desarquivamento do projeto e enviou para reexame à comissão de Direitos Humanos. Ela apresentou novo texto, mas a votação ficou adiada e se encontra arquivada até hoje. Esse projeto teve muitas propostas e seguimentos adiados.

5.3.2 Propostas do PLC 122/2006 apresentado pela ex-senadora Fátima Cleide

Primeira Proposta: Alterar a Lei 7.716/89 em seu art. 1º, que trata de punição de crimes que resultem de discriminação, de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou nacional, abrangida para alcançar a discriminação por gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. No art. 8° seria incluído o parágrafo único com a redação:

Parágrafo único: Incide nas mesmas penas aquele que impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público de pessoas com as características previstas no art. 1º desta Lei, sendo estas expressões e manifestações permitida às demais pessoas. (BERNARDI, Iara,2006)

No art. 20º, seria incluída ao rol a discriminação contra a pessoa idosa e pessoa com deficiência, vigorando assim:

Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.(BERNARDI, Iara,2006)

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Na esfera penal a proposta é modificar o § 3° do artigo 14.039, acrescentando punição à injúria cometida em virtude de gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.

5.3.4 Projeto de Lei apresentado pela Senadora Marta Suplicy

Seria necessária a criação de uma lei específica, deixando intacta a lei 7.716/89. O texto inclui a discriminação do mercado de trabalho, consumo e serviços públicos e altera os art. 61, 121, 129, 136, 140 e 2286 do CP, como aumento de pena por discriminação por sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.

6. CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA SOB O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Como já identificado, a sexualidade é inerente ao indivíduo como um fato natural que compõe a sua dignidade, englobando a dignidade da pessoa humana garantida pela CF/88, como um dos fundamentos do Estado Democrático. Portanto, qualquer indivíduo pode buscar essa garantia e a proteção do Estado.

Nosso ordenamento já reconhece como crime a discriminação de cor, raça, etnia, religião, mas não criminaliza a discriminação por orientação sexual; é talvez seja por esse motivo que os homossexuais sofrem violência cada vez mais bárbara, pois não há um limite de consequências para atos homofóbicos.

Essa omissão deixa um grande número de pessoas sem proteção, e a proposta da lei 122/2006 é incluir no rol de discriminação e punir esses crimes. Isso se faz tão necessário quando percebemos o aumento de homossexuais lesados de direito, vivendo indignos e menosprezados, sendo que a própria Constituição assegura que todos são iguais perante a lei, sem distinção (art. 5º, caput).

O Estado não pode se considerar democrático enquanto essa parcela da sociedade é discriminada, violentada e julgada por causa da omissão do

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ordenamento. É sua atribuição dar ao indivíduo o mínimo de dignidade para viver, porque a dignidade é considerada o maior bem que o ser humano possa ter.

O superprincípio da dignidade da pessoa humana é base essencial para a criminalização da homofobia, sendo dever do Estado garantir que todos tenham uma vida digna, visto que ninguém goza de sua dignidade sendo alvo de ataque, agressão ou insulto.

É nítida a necessidade de aprovar a criminalização, com objetivo de proteção aos homossexuais. Uma vez que o Estado não dispor de leis para acompanhar a evolução da sociedade, não está preparado para garantir essa proteção a todos os cidadãos e promover a sua dignidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A homossexualidade passou ao longo do tempo por várias justificações é até hoje não foi possível chegar a uma conclusão; portanto, considera-se que é uma característica inerente ao indivíduo, que não pode ser discriminado pelo fato de não se tratar de uma escolha e sim de um fato natural.

A CF/88 renega qualquer forma de discriminação, sendo mencionada ao menos cinco vezes no seu texto, condenando os atos discriminatórios. Conforme se apresenta no trabalho, pode-se perceber que a criminalização da homofobia não é nenhum empecilho pelos princípios constitucionais, tendo como base o princípio da dignidade da pessoa humana, segundo o qual nenhum ser humano é capaz de resistir tendo sua dignidade hostilizada reiteradamente por pessoas que não são capazes de respeitar seu semelhante. É concedido ao indivíduo o exercício dos princípios e as garantias a partir do nascimento, sem distinção de gênero.

O legislador deve criminalizar os atos homofóbicos que resultam de discriminação por orientação sexual, pois o ordenamento jurídico não pode ser inerte ao problema social quando uma parcela da sociedade necessita de proteção, com indivíduos sendo ameaçados, mortos, agredidos, excluídos e vendo seus direitos sendo lesados, vivendo de forma indigna. Sendo assim, a CF tem como seu fundamento o maior princípio constitucional que rege todos os direitos, que é o da dignidade da pessoa humana.

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Portanto, o ordenamento deve acompanhar a evolução social para cumprir seu papel, que é o de garantir a organização e o desenvolvimento social, trazendo a harmonia em sociedade.

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Referências

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